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Artigo Científico A - Dados de identificação Professor PDE – Andréa Aparecida Inácio da Silva Área - Ciências Núcleo – NRE – Ponta Grossa Professor Orientador IES - Msc. Marcela Teixeira Godoy IES vinculada - UEPG Escola de Implementação - Colégio Meneleu de Almeida Torres Público objeto da intervenção - Alunos da oitava série do Ensino Fundamental B – Tema de estudo do Professor PDE – Biodiversidade C - Título Estudo do Parque Estadual de Vila Velha como patrimônio ambiental e cultural de Ponta Grossa

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Artigo Científico

A - Dados de identificação

Professor PDE – Andréa Aparecida Inácio da Silva

Área - Ciências

Núcleo – NRE – Ponta Grossa

Professor Orientador IES - Msc. Marcela Teixeira Godoy

IES vinculada - UEPG

Escola de Implementação - Colégio Meneleu de Almeida Torres

Público objeto da intervenção - Alunos da oitava série do Ensino

Fundamental

B – Tema de estudo do Professor PDE – Biodiversidade

C - Título – Estudo do Parque Estadual de Vila Velha como patrimônio

ambiental e cultural de Ponta Grossa

Estudo do Parque Estadual de Vila Velha como patrimônio ambiental e

cultural de Ponta Grossa

SILVA, Andréa Aparecida Inácio ¹

Resumo

Conhecer para valorizar o Patrimônio Natural de sua região, constitui-se em um dos objetivos propostos nas Diretrizes Curriculares de Ciências. O presente trabalho contemplou esse objetivo através de um projeto de intervenção desenvolvido com turmas de oitavas séries de uma escola do Paraná. Trata-se de uma estratégia de ação ligado ao Programa de Desenvolvimento Educacional. O principal objetivo foi levar os alunos a conhecerem o Parque Estadual de Vila Velha, explorando as várias oportunidades de aprofundamento do conteúdo que a atividade oferece. Tendo o Parque como tema gerador, foram contemplados conteúdos de Ciências, História, Geografia, Língua Portuguesa e Artes. As atividades foram desenvolvidas com estratégias metodológicas variadas como discussões, aulas práticas, excursões, produção de textos e gravuras, entre outras. Houve uma prévia discussão com os alunos antes da visita ao Parque, seguida de representações gráficas e um questionário para avaliar o nível de conhecimento destes antes e depois do Projeto. Os resultados mostram que, apesar de residirem na mesma cidade onde está localizado o Parque, 80% dos alunos não o conheciam. Pôde-se concluir, através da análise do material produzido pelos alunos, que houve uma aprendizagem significativa, desenvolvimento de habilidades variadas como aumento da sociabilidade entre alunos e professores, ampliação dos conhecimentos regionais e troca de conhecimento. O projeto possibilitou ainda que alunos relacionassem os conhecimentos adquiridos ao seu cotidiano, valorizando ainda mais o patrimônio em questão. Devido à perspectiva interdisciplinar inerente ao trabalho desenvolvido, houve o favorecimento de uma aprendizagem significativa, justificando a ampliação do projeto para as próximas turmas. Palavras chave : Parque Estadual de Vila Velha .Patrimônio ambiental . Campos Gerais.

¹ Professora PDE em Ciências – 2008 - [email protected]

Study of Parque Estadual de Vila Velha as environmental and cultural heritage of Ponta Grossa

SILVA, Andréa Aparecida Inácio ¹

Abstract

To know to value the Natural Inheritance of his region, it is constituted in one of the objectives proposed in the Directives Curriculares of Sciences. The present work contemplated this objective through a project of intervention developed with groups of eighth series of a school of the Paraná. it the question is a strategy of action taken notice of the Program of Education Development. The principal objective took the pupils to know the Parque Estadual de Vila Velha, exploring the newspaper commentaries opportunities of aprofundamento of the content that the activity offers. When creator takes the Park as a subject, there were contemplated contents of Sciences, History, Geography, Portuguese Language and Arts. The activities were developed by strategies metodológicas varied like discussions, practical classrooms, excursions, production of texts and engravings, between others. There was a prior discussion with the pupils before the visit to the Park, pursuance of graphic representations and to value the level of knowledge you gave a questionnaire before and after the Project. The results show what, in spite of residing in the same city where the Park is located, did not knowing 80 % of the pupils. It was possible to end, through the analysis of the material produced by the pupils, which there was a significant apprenticeship, development of skills varied like increase of the sociability between pupils and teachers, enlargement of the regional knowledges and exchange of knowledge. The project made possible still which pupils were making a list of the knowledges acquired to his daily life, valuing still more the inheritance open to question. Due to the interdisciplinary perspective inherent in the developed work, there was the favorecimento of a significant apprenticeship, justifying to enlargement of the project for the near groups.

Key words: Parque Estadual de Vila Velha .Patrimônio. General fields.

¹ Professora PDE em Ciências – 2008 - [email protected]

Estudio de Parque Estadual de Vila Velha como patrimonio ambiental y cultural de Ponta Grossa

SILVA, Andréa Aparecida Inácio ¹

Abstract

Resumen de saber para mejorar el patrimonio natural de su región, se encuentra en uno de los objetivos propuestos en las directrices del currículo de Ciencias. Este estudio examinó este objetivo a través de un proyecto de intervención desarrollado con grupos de escolares de octavo grado de Paraná. Esta es una estrategia de acción en el Programa de Desarrollo Educativo. El objetivo principal era llevar a los estudiantes a conocer el Parque Estadual de Vila Velha, a explorar las muchas oportunidades para profundizar en el contenido que ofrece la actividad. Dado que el parque como un tema, se incluyeron contenidos de Ciencias, Historia, Geografía, Lengua Portuguesa y las Artes. Las actividades se han desarrollado con diferentes estrategias metodológicas, tales como debates, sesiones prácticas, visitas, producción de textos e imágenes, entre otros. Hubo una discusión previa con los estudiantes antes de visitar el Parque, seguido de los dibujos y un cuestionario para evaluar el nivel de conocimiento de estos, antes y después del proyecto. Los resultados muestran que, a pesar de que residen en la misma ciudad donde está ubicado el parque, el 80% de los estudiantes no lo sabía. Se concluyó con el análisis del material producido por los estudiantes, hubo un aprendizaje significativo, desarrollo de habilidades variadas como la sociabilidad entre los estudiantes y profesores, la ampliación de los conocimientos técnicos regionales y el intercambio de conocimientos. El proyecto también permitió a los estudiantes a relacionar el conocimiento adquirido a su vida cotidiana, además apreciar el patrimonio en cuestión. Debido al trabajo interdisciplinario inherente, no había el fomento de un aprendizaje significativo, lo que justifica el proyecto de expansión para el las próximas clases.

Palabras clave: Parque Estadual de Vila Velha. Patrimonio medio ambiente. Campos Gerais.

¹ Professora PDE em Ciências – 2008 - [email protected]

Introdução

Foi observado que muitas vezes o nome de Vila Velha está vinculado ao

nome da cidade – Ponta Grossa, cidade de Vila Velha – fala-se do parque

como se fosse conhecido por todos os moradores da cidade. Mas, a maioria

dos moradores da cidade, bem como os nossos alunos não o conhecem.

Ainda que conheçam algumas de suas lendas, desconhecem a vegetação e

sua fauna predominante e também a sua constituição rochosa. Buscando

meios para associar a educação ambiental com a educação patrimonial,

responsável pela consideração de patrimônio natural e cultural por meio da

preservação que constrói memórias, identidades e subjetividades

questionadoras. O conhecimento criado na área de gestão territorial pode e

deve ser o agente otimizador de novos processos educativos que conduzam as

pessoas por caminhos onde se vislumbre a possibilidade de mudança e

melhoria do seu ambiente total. É um processo lento e contínuo, que inclui

decidir coletivamente e influi nas relações mais íntimas entre os seres

humanos.

Não é um processo educacional que caiba em uma sala de aula, vai

além da escola, se relaciona com o que as pessoas fazem, desde o motivo

porque o fazem. Desde o seu pensamento lógico, à sua consciência e seus

sentimentos, até os seus hábitos e condicionamentos. O ambiente considerado

como espaço construído inclui o mundo natural, mas não como realidade

autônoma, independente, sem sujeito social. O ser humano vive e realiza sua

existência num espaço e tempo que ele define e redefine como produção de

sua intervenção através do trabalho, da construção da moradia, do lúdico, das

relações sociais produzidas, da convivência, do consumo, da transformação e

destruição da natureza.

Paulo Freire (2004, p.11) diz que “a leitura do mundo precede a leitura

da palavra; daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da

continuidade da leitura daquele”.

Assim, afirmamos que não há compreensão sobre a natureza que não

seja humana, pois ao entendermos que as interpretações, análises,

representações, enfim, o conceito mediador que se possa escolher para

dialogar com a natureza é criado pelo homem histórico, possuindo desta forma

a sua inserção sócio-cultural no tempo e espaço. Consideramos que a noção

de patrimônio ambiental se refere a todos os elementos materiais e imateriais,

decorrentes de uma produção cultural representante da experiência histórica

acumulada por uma determinada sociedade. Como efeito exemplificador da

amplitude desta noção, servimo-nos de sua definição legal proposta pela

Constituição Federal de 1988, que expressa em seu artigo:

“216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”

Se não nos dispusermos a enfrentar a educação como um processo de

mudança, a ler e reler o ambiente construído sócio-historicamente, a resgatar

as práticas tradicionais, a respeitar e estimular a manifestação de diversas

culturas e saberes, na prática a mesma educação que ensina pode deseducar,

e pode correr o risco de fazer o contrário do que pensa que faz, ou do que

pensa que pode fazer.

As relações entre o homem e a natureza dependem do grau de

desenvolvimento social. Essa preocupação com o espaço vivido colocou no

centro da análise o lugar. Isso porque é o lugar, mas, do que o espaço, que se

relaciona à existência real e à experiência vivida. O lugar, é visto sob influência

da fenomenologia e não como um lugar em si, um lugar objetivo, mas, como

algo que transcende sua materialidade, por ser repleto de significados. Por isso

é que o lugar, concreto, único e que tem uma paisagem, não apenas natural,

mas, essencialmente cultural, torna-se o centro e o objetivo do conhecimento

geográfico.

A escola enquanto espaço privilegiado pela produção de conhecimentos,

socialização e universalização de saberes é responsável pelo desenvolvimento

e formação das novas gerações. O atual quadro de degradação ambiental não

tem sua origem na falta de educação dos indivíduos mas sim, na visão de

mundo adotada e construída historicamente pela sociedade, cujos valores

econômicos contrapõem-se aos princípios da vida. Portanto, apenas a

transmissão de informações sobre os processos ecológicos e sobre os fatores

bióticos e abióticos são insuficientes para promover uma educação crítica e

transformadora da realidade. Acreditamos que só conseguiremos alcançar a

mudança atitudinal através da sensibilização, uma vez que apenas o

conhecimento não basta. As relações de patrimônio ambiental e identidade

cultural estão relacionadas com o modo de vida e existência de uma

comunidade, acontece no dia a dia das pessoas, num determinado lugar e

sociedade. O presente trabalho busca o desenvolvimento de sentimentos de

patrimônio e identidade cultural dos educandos e da comunidade entorno com

o Parque Estadual de Vila Velha, apresentando-os como sujeitos constituídos

por seu grupo social, que interagem com diferentes tipos de conhecimentos,

interpretando-os a partir de suas idéias, seus valores, costumes e crenças os

quais provém de influências socioculturais que fazem parte de suas vivências.

Cada sujeito é constituído por sua cultura e por suas experiências relacionadas

à sua vivência e sua interpretação de mundo.

Os alunos e a comunidade entorno foram alertados para a compreensão

de que o Parque Estadual de Vila Velha é nosso patrimônio ambiental e

cultural e faz parte da nossa identidade. Após ter sido identificada a

importância histórica do Parque na região dos Campos Gerais e estimulado

nos alunos o desenvolvimento de uma visão ecológica, que lhes permitiu

perceber a interdependência entre os seres vivos e o meio ambiente e avaliar

como o equilíbrio dessas relações é importante para a sobrevivência da

espécie humana e da continuidade da vida no planeta. Os alunos foram

sensibilizados através de visitas de observação e estudo, onde foram

reconhecidas as principais formações rochosas encontradas no Parque

Estadual de Vila Velha (PEVV), bem como espécies da flora e fauna foram

diferenciadas . As lendas mais conhecidas utilizadas para explicar a formação

da “Cidade de pedras” e os aspectos históricos que cercam a criação do

Parque foram pesquisados e incentivada a sociabilização dos alunos através

de apresentações culturais ressaltando a criatividade e oralidade, estimulando

um convívio mais harmonioso entre os alunos, maior união e respeito entre

eles e responsabilidade nas atividades.

Desenvolvimento

A discussão sobre o modo do espaço a ser percebido e sobre os

significados e valores modelados pela cultura e estrutura social atribuídos a

este espaço passaram a ser analisados com o objetivo de compreender os

sentimentos que os homens têm por pertencerem a uma determinada região.

Assim, procurou-se apreender os laços afetivos que criam uma identidade

regional. A identidade dos homens com a região se tornou, então, um problema

central , pois o ambiente é produto da história e da cultura.

A aprendizagem é significativa quando um novo conteúdo tem uma

conexão com o conhecimento prévio do aluno, passando a ter um significado

para ele, por isso, se faz necessária a prática constante de reflexões sobre o

meio ao qual nos encontramos inseridos. Nos limites da compreensão e da

consciência a teoria mais importante que podemos ensinar aos nossos

educandos do ponto de vista ambiental, social e político é a crença e a

experiência, de que suas ações podem e devem fazer a diferença no mundo à

sua volta e principalmente, no espaço de convivência escolar. A escola precisa

criar novas formas de entender e compreender as representações

sócioambientais, de pensar e viver as relações com o planeta, o ambiente

natural, social, econômico e cultural.

A pesquisa-ação a que estamos nos referindo no presente trabalho

envolve participação de toda a comunidade escolar. “ O primeiro passo para a

transformação social e envolve os grupos sociais na geração de seu próprio

conhecimento e na sistematização de sua própria experiência”. (Fazenda,

1993, p. 12).

Há três aspectos atingidos pela pesquisa-ação: resolução de problemas,

tomada de consciência e produção de conhecimento.

A interdisciplinaridade enfrenta como obstáculo, bem observa Ivani

Fazenda, no sistema escolar, “ a estrutura linear de um currículo estruturado

por matérias”. Seria necessária”a eliminação das barreiras entre as disciplinas”

e, principalmente, “que fossem eliminadas as barreiras entre as pessoas”

(Fazenda, 1993, p. 89 e 90).

A Educação Ambiental pode e deve ser esse elemento transformador de

novos processos educativos que conduzam as pessoas por caminhos onde se

observe a possibilidade de mudança e melhoria do seu ambiente total. É um

processo lento e contínuo, mas, duradouro. Não é um processo educacional

que caiba em uma sala de aula, vai além dos muros e paredes da escola, se

relaciona com o que as pessoas fazem, desde o motivo porque o fazem. Desde

o seu pensamento lógico, à sua consciência e seus sentimentos, até os seus

hábitos e condicionamentos.

O ambiente considerado como espaço construído inclui o mundo natural,

mas não como realidade autônoma, independente, sem sujeito social. O ser

humano vive e realiza sua existência num espaço e tempo que ele define e

redefine como produção de sua intervenção através do trabalho, da construção

da moradia, do lúdico, das relações sociais produzidas, da convivência, do

consumo, da transformação e destruição da natureza.

A sala de aula, a escola, o bairro, a casa, o trabalho, a rua, são locais

adequados para se realizar pesquisas, entrevistar pessoas, coletar dados,

registrar fatos e acontecimentos, observar como ocorre a ocupação e a

apropriação do espaço. Ler o ambiente e dialogar com o conhecimento das

pessoas.

Para ampliar a concepção de ambiente como um espaço construído

historicamente e tecido nas relações sociais cotidianas, permeadas por

atividades econômicas, políticas e culturais, e a estimular o reolhar, o

redescobrir, o desvendar o ambiente em que vivemos e convivemos, devemos

fazer um inventário, um levantamento e um registro da situação ambiental do

bairro e da cidade em seus múltiplos aspectos, enfim, inventariar as relações

sociais que os seres humanos vão estabelecendo entre si e os demais seres

vivos, quem se apropria e como se apropria dos elementos naturais

.Gradativamente, vai sendo traçado um perfil da situação ambiental vivida pela

comunidade, retratando as concepções que tanto os alunos quanto os

moradores da localidade têm acerca do ambiente, tomando como referência o

passado, como era antes, o presente, como é hoje e o futuro, como será.

Os problemas ambientais deixam de ser naturalizados, independentes,

autônomos, sem sujeito social, e passam a ser compreendidos como o produto

de determinadas formas de organização social, no seio de uma cultura, quando

localizados no tempo e no espaço e considerados no seu contexto sócio-

histórico. Dessa forma, podemos ver que não são os homens enquanto

categoria genérica que estão destruindo a natureza e que a poluição não é

natural do progresso.

Se não nos dispusermos a enfrentar a educação como um processo de

mudança dessas relações, a ler e reler o ambiente construído sócio-

historicamente, a resgatar as práticas tradicionais, a respeitar estimular a

manifestação de diversas culturas e saberes, na prática a mesma educação

que ensina pode deseducar, e pode correr o risco de fazer o contrário do que

pensa que faz, ou do que pensa que pode fazer.

As relações entre o homem e a natureza dependem do grau de

desenvolvimento social. Essa preocupação com o espaço vivido colocou no

centro da análise o lugar. Isso porque é o lugar, mas, do que o espaço, que se

relaciona à existência real e à experiência vivida. O lugar, é visto sob influência

da fenomenologia e não como um lugar em si, um lugar objetivo, mas, como

algo que transcende sua materialidade, por ser repleto de significados. Por isso

é que o lugar, concreto, único e que tem uma paisagem, não apenas natural,

mas, essencialmente cultural, torna-se o centro e o objetivo do conhecimento

geográfico.

A discussão sobre o modo do espaço ser percebido e sobre os

significados e valores modelados pela cultura e estrutura social atribuídos a

este espaço passaram a ser analisados com o objetivo de compreender o

sentimentos que os homens têm por pertencer a uma determinada região.

Assim, procurou-se apreender os laços afetivos que criam uma identidade

regional. A identidade dos homens com a região se tornou, então, um problema

central , pois o ambiente é produto da história e da cultura.

Internacionalmente, a abordagem educativa que considera os aspectos

ambientais incorpora três grandes domínios (SATO, 1992): Educação sobre o

ambiente – favorece a aquisição de experiências e conhecimentos na área

ambiental e seus problemas correlatos (concepção positivista com ênfase no

domínio cognitivo). Educação no ambiente – desperta valores e motivações

que considerem um ambiente mais adequado (concepção construtivista com

ênfase no domínio afetivo); Educação para o ambiente – promove a aquisição

de habilidades e competências para agir e resolver os problemas ambientais

(concepção reconstrutivista com ênfase no domínio participativo).

Atualmente se faz necessária a aproximação entre os conteúdos teóricos

vistos em aula e a vivencia dos alunos. Precisamos de um novo olhar e de uma

nova atitude em relação à natureza e esta passa pela discussão das

representações de natureza construídas em diferentes instâncias culturais, com

a escola e a mídia, sendo que muitas vezes esta nos oferece uma natureza

objeto, sujeita à exploração e à dominação humana em nome do

desenvolvimento tecnológico e cultural de uma sociedade. Se não nos

conscientizarmos de nossas responsabilidades pessoais, se não percebermos

nossa contribuição para o estado atual de nosso planeta não vai haver ação

significativa a favor do meio ambiente. Por isso, nossa parceira é a Educação

Ambiental, mas, que sozinha não é suficiente para resolver os problemas

ambientais, mas, é condição indispensável para tanto. A grande importância

desta é contribuir para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na

preservação do meio ambiente e aptos a tomar decisões sobre questões

ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável.

Na EA confirma-se um lema ecológico, o de “agir localmente e pensar

globalmente”, adquirindo cidadania planetária.

Segundo Boff (1994, p.48): “ Tudo o que cada pessoa humana faz ou deixa

de fazer concorre para a criação desta nova fase da humanidade ou a impede.

Por isso importa cada um sentir-se em profunda osmose com a terra e seu

destino.”

Nós somos terra (Adam, húmus-homo), parte da terra. Entre os seres vivos e inertes, entre a atmosfera,

os oceanos, as montanhas, a superfície terrestre, a biosfera e a antroposfera vigoram inter-retro-relacionamentos.

Não há adição de todas essas partes, mas, organicidade entre elas. Todos são interdependentes de forma

que formam um único sistema complexo . ( Boff 1994, p.42).

Nosso objeto de estudo foi o Parque Estadual de Vila Velha, sua criação,

suas lendas, sua flora e fauna, a composição de suas rochas mas,

principalmente a formação em nossos alunos e comunidade entorno de uma

identidade afetiva e efetiva com relação ao Parque, que é o maior patrimônio

ambiental e cultural dos moradores de Ponta Grossa.

Um notável agrupamento de esculturas naturais ruiniformes, o Parque

Estadual de Vila Velha – PEVV, desenvolvido em arenitos do Carbonífero

Superior e de grande valor científico. Situada a 20 Km de Ponta Grossa, região

dos Campos Gerais, sob as seguintes coordenadas geográficas: 25° 14’ 09” de

latitude Sul e 50° 00” 17” de longitude oeste, altitude 917 metros. O principal

acesso ao local é realizado através da rodovia BR – 376, importante corredor

viário que interliga o Norte do Paraná ao litoral, passando por Curitiba. Com

uma área de 3.122 ha, em 12/10/1953, pela Lei nº 2.192, foi criado o Parque

estadual de Vila Velha. Em 1966 o conjunto Vila Velha foi tombado pelo

Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado.

Vila Velha constitui um patrimônio natural de valor inestimável. As

esculturas naturais tem forte impacto paisagístico, atraindo visitantes do Brasil

e do mundo. O local é adequado para atividades de educação ambiental, pois

além do relevo ruiniforme apresenta ainda ecossistemas naturais preservados,

com espécies endêmicas, ameaçadas de extinção.

A área apresenta vegetação de campo e capões de mato esparsos com

Campos e áreas de Floresta Ombrófila Mista, onde se destacam os Pinheiros

do Paraná. O clima é mesotérmico com verões frescos, úmido e temperado,

não apresentando estação seca definida (subtropical úmido). Topografia

ondulada com escarpas, possuindo vários cursos d´água, que deságuam no

Rio Tibagi. Abriga uma fauna variada: lobos guará, jaguatiricas, quatis, gatos-

do-mato, iraras, furão, catetos, veados, tatus, pica-paus, pombas, perdizes,

tamanduás bandeira e mirins, diversos tipos de aves.

As esculturas naturais em arenito de Vila Velha constituem um

impressionante exemplo de relevo ruiniforme, derivado da associação de

processos erosivos com características preexistentes da rocha, atualmente se

fala muito na ação erosiva das águas meteóricas, que compreendem a água

existente na natureza, na forma de chuva, neve ou granizo.

O Arenito Vila Velha, incluído no Grupo Itararé possui coloração

avermelhada pela presença de cimento ferruginoso, apresenta granulação

média e fina. As esculturas naturais apresentam altura variável de até 30

metros. A sua formação arenítica e o resultado do depósito de um grande

volume de areia há aproximadamente 340 milhões de anos, no período

Carbonífero, quando esta região estava coberta por um lençol de gelo. Com o

degelo, esse material foi ali deixado, e com a erosão normal e as águas dos

riachos da frente glassiária engrossando, esses depósitos foram retalhados,

originando os arenitos de Vila Velha. Essa evolução continua ocorrendo. Vila

Velha está exposta à ação atmosférica e suas formações sugerem variadas

figuras como: camelo, índio, noiva, garrafa, bota, esfinge, taça, etc.

O solo do PEVV é ácido, com pH 4 a 5, pobre em elementos nutritivos e

matéria orgânica, muito arenoso e com baixa capacidade de retenção de água.

Em conjunto com as formações areníticas , as Furnas e a Lagoa Dourada

constituem os principais atrativos turísticos do parque. As furnas, localizadas a

3 Km do conjunto principal dos arenitos, são poços de desabamento com

pareces verticais semelhantes a crateras, duas delas estão abertas à visitação.

A maior delas possui um elevador panorâmico que leva até uma plataforma

flutuante situada no espelho d’água. Suas paredes verticais atingem uma

profundidade de mais de cem metros, com um volume de água que a

preenche até a metade aproximadamente.

Para a Lagoa Dourada admite-se que tenha a mesma origem das Furnas,

sendo que ela recebe água do nível freático, desaguando no Rio Guabiroba

através de um canal pequeno. O nome vem do fato que ao cair da tarde,

quando refletem o sol, suas águas tornam-se douradas. A cor azul-esverdeada

e a limpidez favorecem a observação de cardumes de peixes, ao redor da

lagoa a vegetação é densa.

(Figura 1 – Mapa do Paraná indicando a localização do Parque Estadual de Vila Velha fonte – Atlas do Estado do Paraná 1990 – domínio publico) Quanto ao histórico de Vila Velha, os primeiros homens brancos a

visualizarem os Campos Gerais foram os bandeirantes paulistas no século XVI,

Aleixo Garcia em 1526, Pedro Lobo e Francisco Chaves em 1531. Também é

descrita a passagem pela região do governador nomeado do Paraguai, o

espanhol Dom Álvar Nuñez Cabeza de Vaca em 1541. No século XVII, as

expedições paulistas continuaram a percorrer a região à procura de ouro e

pedras preciosas, bem como para o aprisionamento de indígenas. Segundo

Ferreira & Kersten (1990), são desta época as primeiras notícias que se têm de

Vila Velha, pois era o ponto de referência de viajantes que rumavam para o

Sul.

EM 1876 a região dos Campos Gerais foi percorrida pela Primeira

vecomissão Geológica do Império do Brasil, sendo referenciadas no relatório

de Luthero Wagoner, as camadas carboníferas e a descoberta de fósseis

devonianos em estratos sotopostos aos arenitos, depois denominados

“Formação Ponta Grossa”.

Para as populações tribais, antigos habitantes da região, as esculturas

ruiniformes de Vila Velha foram explicadas através de várias lendas, algumas

delas permanecendo até hoje. Destaca-se a lenda da ITACUERETABA, a

extinta “cidade de pedra”.

Na primeira lenda de Vila Velha, Itacueretaba, antigo nome do local onde

conhecemos por Vila Velha, significa “cidade extinta de pedras”. Esse paraíso

foi escolhido pelos primitivos habitantes para se chamar Abaretama, “terra dos

homens”, onde esconderiam o precioso tesouro Itainhareru. Tendo proteção de

Tupã, era vigiado cuidadosamente pelos Apiabas, varões escolhidos entre os

melhores homens de todas as tribos. Os Apiabas desfrutavam de todas as

regalias, porém não podiam ter contato com mulheres. A tradição dizia que as

mulheres, estando de posse do segredo de Abaretama, revelariam aos quatro

ventos e, chegando a notícia aos ouvidos do inimigo, estes tomariam o tesouro

para si. Se o tesouro fosse perdido, Tupã deixaria de resguardar o seu povo e

lançaria sobre ele as maiores desgraças. Dhui (Luís), fora escolhido chefe

supremo dos Apiabas, mas, não desejava seguir esse destino, visto que se

tratava de um chunharapixara (mulherengo). As tribos rivais, ao terem

conhecimento deste fato, escolheram a bela Aracê Poranga (aurora da manhã),

para tentar seduzir o jovem guerreiro e tomar-lhe o segredo do tesouro. A moça

escolhida logo conquistou o coração de Dhui. Numa tarde de primavera, Aracê

veio ao encontro de Dhui trazendo uma taça de Uirucur (licor de butiás), para

embebedá-lo. No entanto, o amor já havia tomado conta de seu coração não

conseguindo assim completar a traição. Aracê decidiu tomar a bebida com o

seu amado, e os dois se amaram a sombra de um ipê. Tupã logo descobriu a

traição do seu guerreiro e furioso provocou um terremoto sobre toda a região. A

antiga planície fora transformada em um conjunto de suaves colinas.

Abaretama, transformou-se em pedra, o solo rasgou-se em alguns pontos,

dando origem as Furnas, o precioso tesouro fora derretido formando a Lagoa

Dourada. Os dois amantes ficaram petrificados e entre os dois a taça ficou

como o símbolo da traição. Diz a lenda, que as pessoas mais sensíveis à

natureza e ao amor, quando ali passam ouvem a última frase de Aracê: xê

pocê o quê (dormirei contigo).

Já a segunda lenda usada para explicar a formação de Vila Velha diz que

ao cair a tarde no infinito horizonte, Itaqueretaba, a cidade velha de pedra nos

Campos Gerais de Tabapirussu. Quando povoavam a Terra das araucárias

guaranis e tupis, os destemidos filhos de Tupã, que dominavam o Sul de

Pindorama. Os maiorais da tribo guarani, que se fixaram ali, há muitas luas,

sabiam da existência de fabuloso tesouro em Itaqueretaba, e por isso evitavam

que gente estranha entrasse na região. Um índio tupi, que viera com intenções

suspeitas, fora aprisionado e aguardava punição, porém conseguiu fugir e levar

a notícia à sua tribo.

O grande conselho de anciãos guaranis resolveu formar uma legião de

valentes guerreiros, sob o comando do grande chefe Tarobá para guardar os

campos . A morte seria o único castigo a quem se aproximasse da cidade de

pedra. Todos sabiam que os inimigos tupis planejavam apossar-se de

Itaqueretaba. Os tupis armaram um plano de ação para o pretendido assalto. A

princesa índia Nabopê recebera de sua tribo a missão de facilitar a invasão dos

tupis, acampados no vale do Rio Tibagi. Deveria ela deixar-se cair prisioneira

de Tarobá, contando-lhe o infortúnio de ser banida do meio de seus irmãos, por

recusar-se a casar com um guerreiro inimigo de seu falecido pai. Nabopê fora

conduzida até os campos do Cambijú e dali sozinha, dirigiu-se ao perigoso

destino. Sob a noite escura de Itaqueretaba, temerosa de maus espíritos da

cidade de pedra, fingiu que estava perdida e começou a gritar por socorro Não

tardou que um vigilante guerreiro guarani logo a capturasse, levando-a a seu

chefe. A beleza de Nabopê impressionou os olhos penetrantes de Tarobá. Ele

não conseguiu trata-la como simples prisioneira sujeita a pena de morte.

Nabopê permaneceu sob vigilância na gruta onde se alojava o chefe guarani.

Com o passar dos dias e noites, conheceram-se melhor e daí nasceu um

romance de amor. A princesa tupi passou a viver sob a proteção de Tarobá e

por ele também se apaixonou, contrariando os planos que ali a levaram. Ambos

foram forçados a esquecer a missão que lhes confiaram suas tribos. O amor

fizera os dois amantes caírem na desgraça perante sua gente.

Através de todos esses estudos buscou-se sensibilizar nossos alunos,

seus familiares e comunidade escolar sobre a importância do Parque Estadual

de Vila Velha para a nossa cidade e valorizá-lo como patrimônio ambiental e

cultural, desenvolvendo assim uma relação de identidade e afetividade com o

mesmo, foram realizadas diferentes ações neste processo de pesquisa ação e

pesquisa participante. Foram efetivadas reuniões com professores, equipe

pedagógica, direção, funcionários e APMF do Colégio Estadual Meneleu de

Almeida Torres, ensino fundamental e médio para a exposição do projeto,

enfatizou-se a importância e necessidade da participação de todos. Foram

coletados anseios e expectativas de todos sobre a realização do projeto.

Tendo iniciada a abordagem da temática do projeto para os alunos, foi

aplicado um questionário contendo questões sobre o PEVV onde foram

verificados os seus conhecimentos adquiridos ao longo de sua caminhada

escolar ou através do relato de pessoas conhecidas e também através da

mídia. Esses dados foram de grande valia para que nossas ações no projeto

fossem orientadas.

Foto 1 – Alunos em sala de aula realizando atividades referentes ao PEVV, à esquerda a Prof Débora (intérprete) e prof. Andréa. - Fonte ׃ Andrea Inacio

Por meio da pesquisa bibliográfica e visitação orientada ao PEVV, foram

trabalhados os conhecimentos adquiridos associados à manifestações

artísticas como: declamação de poesias, redações, desenhos, cartazes,

músicas, raps, paródias, Hip Hop, construção de maquetes, criação de frases,

etc.

Foto 2- Visita dos alunos ao PEVV , 2009

Fonte ׃ Andrea Inacio

Após realizada atividades na escola, e tendo os alunos respondido o

mesmo questionário aplicado no início do projeto, esses dados foram

comparados e verificou-se o amadurecimento e a apreensão dos

conhecimentos cognitivos e atitudinais relacionados à temática estudada,

visando o planejamento de novas ações, buscando através de todas as ações

o desenvolvimento de uma nova relação com o PEVV, valorizando-o como

nosso patrimônio ambiental e cultural. Esses dados obtidos foram

apresentados à toda comunidade escolar .

Foto 3- Visita dos alunos ao PEVV , 2009

Fonte ׃ Andrea Inacio

A sistemática da pesquisa consistiu em analisar os conhecimentos que

os alunos possuíam e sua identidade relacionada ao PEVV. O questionário

aplicado antes do estudo e visita ao parque e após visitação para verificação

dos conhecimentos e sentimentos apreendidos, constou de doze perguntas

onde discutiu-se qual o ponto turístico mais importante da cidade, nesta

questão verificou-se que 80% dos alunos consideram o PEVV, mas, outras

respostas surgiram como os parques aquáticos localizados na cidade, bem

como shopping Center. Perguntou-se se já conheciam o parque, a pesquisa

revelou que 90 % dos alunos e seus familiares não o conheciam. Nas questões

que discutiam os meios pelos quais mais obtinham informações sobre o

parque, 80 % dos alunos assinalaram a TV e os demais através da internet e

escola.

Nas questões referentes às limitações e dificuldades de acesso ao

parque 70% dos alunos disseram que há pouca divulgação pelos órgãos

responsáveis pelo turismo no Estado, outros reclamaram do valor pago pelo

ingresso. E nas questões relacionadas as medidas que devem ser tomadas

para fortalecer os laços de afetividade e identidade dos pontagrossenses com o

parque, 50 % dos alunos pedem incentivo ao turismo e 50 % a divulgação nos

meios de comunicação e 100% dos alunos compreenderam ao final do projeto

que o PEVV é nosso patrimônio ambiental e cultural e este faz parte da

identidade da população de Ponta Grossa.

A sistemática da pesquisa consistiu em analisar o conhecimento dos

alunos em relação ao PEVV bem como as informações que recebem sobre o

mesmo, dos familiares, da escola, da mídia, etc. Através desta pesquisa,

procurou-se estabelecer uma amostragem dos educandos dessa cidade e, por

meio dos resultados obtidos nesta, traçar o perfil do deste estabelecendo

relações entre as experiências apreendidas e sua identidade cultural.

Foram entrevistados 100 alunos da oitava série do Colégio Estadual

Prof. Meneleu de Almeida Torres, no período de março a abril de 2009.

Qual o ponto turístico mais importante da cidade de Ponta Grossa

?

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Vila Velha - Lagoa Dourada Capão da Onça Shooping Center

Ponto turístico

Gráfico 01: Ponto turístico mais importante da cidade Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

2 – Qual o local mais bonito para fazer passeios e atividades de lazer na

cidade?

Outros 15

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Vila Velha Buraco do Padre Capão da Onça Outros

Gráfico 02: Locais para atividades de lazer Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

Neste item pode ser notado que dentre tantos locais tidos como “bonitos”

o PEVV ainda aparece em maior freqüência. Com relação ao item “Outros”,

variadas respostas surgiram como ׃ shooping center, parque aquático, clube,

etc.

3 – Você conhece o PEVV ?

0

20

40

60

80

100

Não Sim

Conhecem o PEVV

Gráfico 03: Conhecem o PEVV Fonte Pesquisa de Campo, 2009

A maioria dos alunos considera o PEVV o ponto turístico mais

importante e mais bonito da cidade, mas, observa-se que 80 % dos alunos não

conhecem o parque.

4 – Escreva cinco palavras que vem à sua mente quando você pensa no

PEVV?

0

5

10

15

20

25

30

35

Rochas Natureza Beleza Formação Outro

Palavras que mais apareceram

Gráfico 04: Palavras que mais apareceram Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

Na opção outros, surgiram palavras como flora, fauna, animais, plantas,

etc.

5- Na sua residência, seus familiares, conhecem o PEVV ?

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Não Sim

Familiares que conhecem o PEVV

Gráfico 05: Familiares que conhecem o parque

Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

6 –Através de quais meios você recebe mais informações sobre o PEVV ?

Gráfico 06:Meios de informação

Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

Observa-se neste item que a TV ainda é o principal meio de

comunicação de massa.

7 – Quais as maiores limitações que dificultam o acesso ao parque ?

Gráfico 07: Dificuldade de acesso ao parque Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

8 – Descreva a sua opinião sobre o PEVV ׃

Nesta questão foram obtidas diferentes respostas, por se tratar de uma

questão aberta; portanto, sujeita a inúmeras respostas. No entanto, as

respostas encontradas em maior frequência foram׃ bonito, natureza, seres

vivos. As mesmas respostas aparecem nas perguntas 9 e 1 0 que pediam a

opinião dos alunos em relação à Lagoa Dourada e Furnas.

11 – Na tua opinião, quais medidas deveriam ser tomadas para que o

PEVV fosse mais visitado pelos pontagrossenses ?

Gráfico 08: Medidas que devem ser tomadas Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

12 – Na tua opinião, por que o PEVV deve ser visitado, preservado e

principalmente estudado pelos pontagrossenses?

Gráfico 09:Importância do PEVV Fonte: Pesquisa de campo, 2009.

Os alunos têm consciência da importância do parque para todos nós.

Conclusão

Subentendeu-se através da realização deste trabalho que a busca por

desenvolvimento sustentável é a tônica dos nossos dias e que não é apenas a

Educação ambiental que resolverá esses problemas, mas seu trabalho

conjunto com a Educação Patrimonial que promove a consideração do

patrimônio natural e cultural por meio da gestão e da preservação dos bens

patrimoniais, que podem construir memórias, identidades, tornando-se

criadoras de novas atividades econômicas, culturais, sociais, políticas que

utilizem os recursos naturais de forma consciente, cuidando e respeitando os

seres vivos, melhorando a qualidade da vida humana, conservando a

diversidade biológica e cultural e respeitando os limites de capacidade de

suporte do planeta, transformando atitudes e práticas individuais e coletivas,

incentivando a gestão do meio ambiente e do patrimônio natural e cultural

pelas próprias comunidades locais.

Compreendeu-se que a noção de patrimônio natural deve ser

contextualizada no interior de uma noção de historicidade, na qual a ação e

efeito de investigação, conhecimento e narração dos fenômenos históricos

passados, se tornam presentes através deste exercício humano, e poderão vir-

a-ser novamente reconstruídos no futuro, com um contexto da época, se um

ser humano dispuser-se a re-criar esta prática. Os espaços que os homens

definem e os usos que dele o fazem, são produções humanas que se

apropriam do ambiente, dando ao mesmo uma determinada configuração. No

entanto, nem o exercício de apropriação, nem o objeto apropriado são

estáticos. Existe neste processo uma dinâmica social constante, pois da forma

como se apropria também se é apropriado. É um reflexo da dinâmica do

processo dialético, no qual sujeito e objeto interagem constantemente, auto-

influenciando-se, como um ciclo de auto-organização humana-natural, criando

novos elementos, histórico-naturais.

Anexos

Questionário realizado com os alunos, antes e após visitação ao PEVV

PDE – Ciências 2008 – prof. Andréa Aparecida Inácio da Silva – Estudo do Parque Estadual de Vila Velha como patrimônio ambiental e cultural de Ponta Grossa - Professor Orientador IES - Msc. Marcela Teixeira Godoy - Entrevista com os alunos da 8ª série do período matutino do Colégio Estadual Professor Meneleu de Almeida Torres. Ensino Fundamental, Médio e Profissional -Rua : Graciliano Ramos, 20, Jardim Carvalho. Ponta Grossa – Pr

Fone (42) 2334-1459 – e-mail : [email protected] Nome_____________________________ nº______ Turma ______ Data ___/___/___

1 – Qual o ponto turístico mais importante da cidade de Ponta Grossa ? 2 – Na tua opinião qual o local mais bonito para fazer um passeio ou atividades de lazer na cidade ? 3 – Você conhece o Parque Estadual de Vila Velha - PEVV ? 4 – Escreva 5 palavras que vem à sua mente quando você pensa no PEVV ? 5 – Na residência que você mora, seu familiares, conhecem o PEVV ? 6 – Através de quais meios você recebe mais informações sobre o PEVV ? ( ) TV ( ) Radio ( ) Escola ( ) Internet ( ) Livros ( ) Revistas ( ) Jornais ( ) Outros : ____________ 7 –Quais as maiores limitações que dificultam o acesso dos pontagrossenses ao PEVV ? ( ) Valor cobrado pelo ingresso ( ) Dificuldades no transporte. ( ) distância ( ) Falta de incentivo ao turismo ( ) Pouca divulgação do PEVV pelos órgãos responsáveis do governo do Estado do Paraná. ( ) Falta de interesse da população em relação ao PEVV. 8 – Descreva a tua opinião sobre os arenitos do PEVV : 9 – Descreva a tua opinião sobre a Lagoa Dourada : 10 – Descreva a tua opinião sobre as Furnas : 11 – Na tua opinião quais medidas deveriam ser tomadas para que o PEVV fosse mais visitado pelos pontagrossenses ? 12 – Na tua opinião, por que o PEVV deve ser visitado, preservado e principalmente estudado pelos pontagrossenses ?

Referências bibliográficas

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANA . Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Paraná. 2008 OLIVEIRA, D. L. Ciências nas salas de aula – Educação Básica 2. 4ª edição. Porto Alegre , RS: Editora Mediação, 2002. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 3ª edição. São Paulo: Editora Habra, 1996. KRASILCHIK, M. Educação ambiental em Ciência e Ambiente . 2ª edição. São Paulo: Editora Habra, 1994. WEISMANN, H. Didática das Ciências Naturais. Porto Alegre , RS: Editora Artmed, 1998. ALVES, R. A alegria de ensinar. 2ª edição. Campinas, SP: Editora Papirus, 2000. CURRIE, K. Meio ambiente: interdisciplinaridade na prática. 3ª edição. Campinas, SP: Editora Papirus, 2002. SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos, SP: Editora Rima, 2002. BOFF, L. Nova era: A civilização planetária. São Paulo, SP: Editora Atica, 1994 CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo, SP: Editora Cultrix, 1991 FAZENDA, Ivani C. A. Práticas Interdisciplinares na Escola. São. Paulo: Cortez, 1993. FREIRE, P. Educação e Mudança. 12ª edição. São Paulo, SP: Editora Paz e Terra, 1979 FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 29ª edição São Paulo, SP: Editora Paz e Terra, 2004 GADOTTI, M. ; FREIRE, P. ; GUIMARÃES, S. Pedagogia: diálogo e conflito. 4ª edição. São Paulo, SP: Editora Cortez, 1995 FREIRE, p. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos São Paulo, SP: Editora UNESP, 2000 GIOPPO, C. ; SILVA, R. V. ; BARRA, V. M. A Avaliação em Ciências Naturais no Ensino Fundamental. Curitiba, PR: Editora UFPR Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores, 2006 MELO, M. S. ; MORO, R. S. ; GUIMARÃES, G. B. Patrimônio Natural dos Campos Gerais do Paraná. Ponta Grossa, PR: Editora UEPG,2007 MEYER, M. A. Educação Ambiental: uma Proposta Pedagógica, MEC, em aberto, Brasília, v. 10, n.49, jan./mar. 1991.

UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2003. Caracterização do Patrimônio Natural dos Campos Gerais do Paraná. Ponta Grossa: UEPG: Relatório de Pesquisa, 239 p. disponível em : http://www.uepg.br/natural MATOS, M. G. ; VALADARES, J. O efeito da actividade experimental na aprendizagem da ciência pelas crianças do primeiro ciclo do ensino básico. Disponível em: http:// www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/epef/viii/PDFs/PA4_01.pdf . Acesso em 20/10/2008