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CLAUDIA DINIZ
DÉBORA SAMPAIO FERRAZ
GILDA DINIZ
LILIANE AMORIM
UMA TENDÊNCIA DE TRABALHO: O HOME OFFICE E SEUS
BENEFÍCIOS
Lorena
2013
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CLAUDIA DINIZ
DÉBORA SAMPAIO FERRAZ
GILDA DINIZ
LILIANE AMORIM
UMA TENDÊNCIA DE TRABALHO: O HOME OFFICE E SEUS
BENEFÍCIOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção de título de Bacharel em Administração das Faculdades Integradas Teresa D´Ávila. Orientação: Prof. MS. André Alves Prado
Lorena
2013
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RESUMO
Este artigo foi elaborado através de pesquisa bibliográfica, trazendo como
tema o Home Office. Tem por objetivos analisar conceitos sobre gestão de pessoas
e os componentes que compõem a Tecnologia da Informação, como o E-business
(Serviço Eletrônico), E-commerce (Comércio Eletrônico), apresentando uma breve
história da evolução da Internet. Também fará conceitos sobre o Home Office, uma
opção de trabalho muito desejada por funcionários, em vista da oportunidade de se
trabalhar no conforto de sua casa, com horários mais flexíveis, que vai de acordo
com as necessidades do empregador e do funcionário. Foi realizada uma pesquisa
em duas empresas nas quais o Home Office foi implantado com excelentes
resultados. Diante do apresentado, percebe-se que o Home Office é uma excelente
opção de trabalho, pois não exige o rígido cumprimento de horário imposto pelos
demais locais de trabalho. O colaborador tem que entregar o trabalho pronto dentro
do prazo determinado, mas o mesmo estipula qual horário é mais conveniente para
que esse trabalho seja realizado.
Palavras-chave: Home Office, Tecnologia da Informação, Internet.
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ABSTRACT
This article was prepared under literature, bringing the theme the Home Office. Aims
to analyze concepts about managing people and the components that make up the
Information Technology, such as E-business, E-commerce, presenting a brief history
of the evolution of the Internet. Also make concepts about the Home Office, an option
to work much desired by employees, given the opportunity to work in the comfort of
your home with more flexible hours, which goes according to the needs of the
employer and the employee. We conducted a survey in two companies in which the
Home Office was deployed with excellent results. Presented before, it is clear that
the Home Office is a great option to work, it does not require strict compliance with
the schedule imposed by other work places. The person has to deliver the work done
within the given time, but she herself states what time is most convenient for this
work to be done.
Keywords: Home Office, Information Technology, Internet.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . 05
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . 06
2.1 Evolução do Mercado de Trabalho . . . . . 06
2.2 Gestão de Pessoas . . . . . . . 08
3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO . . . . . . 10
3.1 E-commerce . . . . . . . . 11
3.2 E-business . . . . . . . . 12
3.3 Internet . . . . . . . . 13
4. HOME OFFICE . . . . . . . . 15
4.1 Desvantagens do Home Office . . . . . . 16
5. METODOLOGIA . . . . . . . . 17
6. ESTUDO DE CASO . . . . . . . . 17
6.1 Discussão dos Resultados . . . . . . 18
7. CONCLUSÃO . . . . . . . . . 23
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . 24
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1 INTRODUÇÃO
Este artigo retrata o Home Office como uma alternativa de trabalho. É uma
forma de trabalho diferenciada, mas que compartilha da infraestrutura doméstica.
Atualmente existe um grande número de empresas que estão optando pelo Home
Office, tornando-se alavanca do setor empresarial e transformando a economia
nacional.
O termo Home Office é abrangente e descreve as práticas que estão além
dos modelos normais de trabalho. Dispensa o vínculo empregatício com as grandes
empresas e é desenvolvido no ambiente doméstico, oferecendo maior comodidade
para quem o executa.
A prática do Home Office começou nos Estados Unidos e está ganhando
força em todo o mundo. São cada vez mais frequentes funcionários que não vão ao
escritório realizando o trabalho em casa.
Diante da tecnologia avançada da atualidade, isso é perfeitamente possível.
Basta instalar os softwares utilizados no escritório, ter acesso à internet, e já se está
conectado com o trabalho, mesmo em outro ambiente. Porém, a produtividade tem
que ser equivalente ao método de trabalho convencional para que não haja prejuízo
para a empresa.
Esse estudo analisa o Home Office e suas vantagens, trazendo uma pesquisa
entre duas empresas que usam a prática deste conceito de trabalho, mostrando que
esta alternativa, em muito beneficia tanto o funcionário quanto a empresa.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta parte do estudo fará uma apresentação de conceitos sobre o tema
proposto, tendo como base autores que pesquisaram sobre o assunto.
2.1 Evoluções do Mercado de Trabalho
Fernandes (2001), relata que nos primórdios da sociedade medieval, a vida
econômica acontecia sem a utilização de capital. Era uma economia centrada em
trocas, onde cada aldeia era, praticamente, autossuficiente. O comércio funcionava
por meio de intercambio de mercadorias. O servo e sua família produziam bens e
alimentos com as próprias mãos e os senhores feudais logo atraiam aqueles que
apresentassem as melhores aptidões. Ali se fabricava e se consumia.
Conforme já abordado, o autor ainda reforça que, o crescimento do comércio
na região do mediterrâneo acentuou a importância do capital, surgindo dessa
maneira as primeiras evidencias práticas de alguma forma de administração, nos
moldes que conhecemos hoje. A contabilidade baseada no método das partidas
dobradas para controle das transações comerciais da época, as regulamentações
nacionais que substituíam os acordos locais e a gradativa absorção pela sociedade
do conceito de cidadania foram marcos importantes nessa transição. A tradição,
como principal elemento motivador pelo qual as pessoas apenas escutavam e
obedeciam, foi sendo gradativamente substituída por uma postura mais proativa na
sociedade.
Percebe-se que com a introdução da máquina a vapor e das grandes fábricas
no século XVIII, surgiu outra ordem para sustentar a evolução de uma nova
economia industrial. O significativo desenvolvimento da infraestrutura de
comunicações e as oportunidades de investimentos, com financiamento em alta e
custos relativamente baixos de energia, marcaram esse período como de forte
dependência do capital. A nova ordem econômica substituía o artesanato pela
produção em grande escala. Produzir mais e mais, para um mercado de massa,
avido, impessoal, carente de bens e serviços, levando a proliferação de arranjos
organizacionais onde o controle era a missão crítica principal (op.cit, 2001).
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O capital atraia os trabalhadores para as fábricas e ditava as regras para um
novo tempo. Dessa forma, a migração rural inundou para as fábricas e colocou muita
gente trabalhando junta. As indústrias tiveram que se submeter às mudanças, sob o
ponto de vista tecnológico e organizacional do trabalho. Em termos de produtividade
econômica, a transformação social foi um imenso sucesso, contudo, marcado pelo
sofrimento humano que reduziu os camponeses pobres a uma massa miserável,
destituída, desmoralizada e tão degradada, a ponto de fazer com que até mesmo um
campeão de entusiasmo do progresso industrial ficasse profundamente abalado com
seus efeitos devastadores (FERNANDES, 2001).
É a partir da Revolução Industrial que surge o conceito atual de trabalho. E é
no decorrer do século XX que o trabalho recebeu a configuração que hoje está
assumindo. Este período trouxe grandes mudanças e transformações que
influenciaram as organizações, sua administração e seu comportamento. É um
século que pode ainda ser definido como o século das burocracias ou das fábricas,
apesar das mudanças aceleradas em suas ultimas décadas. Essas mudanças
marcaram a maneira de administrar as pessoas (CHIAVENATO, 2012).
A falta de conhecimento é intensiva em força, traduzida em esforço físico. A
medida que o conhecimento avança, o mesmo ocorre com a demanda pelos
recursos tecnológicos e vice-versa. A revolução das organizações para o século XXI
começa com a gestão do conhecimento. As organizações inteligentes descobriram a
necessidade da gestão do conhecimento como fator de diferenciação e
competitividade (op.cit, 2012).
Cattani (2007, p. 12), observa que após três séculos de sociedade industrial,
o trabalho assumiu um conteúdo crescentemente intelectual, com o aumento da
instância da informação. Isso está levando a uma revisão das relações entre
trabalho, emprego, identidade individual e social, e ao surgimento de novas formas
de construção de identidade e de socialização.
O grau de mudanças depende do posicionamento estratégico, variando entre
estagnação, repetição e inovação. O novo faz pensar, instiga e pode ditar um novo
padrão, até que um desafiante vencedor venha substitui-lo. O futuro de uma
organização só se viabiliza com a permanente atenção sobre os conhecimentos,
habilidades, atitudes e crenças de cada pessoa no presente. O crescimento e
mesmo a sobrevivência dependem da habilidade da organização em enxergar com
clareza as realidades do momento e suas tendências, bem como em repensar os
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seus objetivos e valores, componentes essenciais para a construção de uma
organização que aprende (CHIAVENATO, 2012).
Quando as organizações são bem sucedidas, elas tendem a crescer. O
crescimento acarreta maior complexidade de recursos de capital, incremento de
tecnologia, atividades de apoio etc. e provoca o aumento de número de pessoas,
bem como a necessidade de intensificar a aplicação de seus conhecimentos,
habilidades e destrezas indispensáveis à manutenção e competitividade no negócio.
As pessoas passam a significar o diferencial competitivo que mantem e promove o
sucesso organizacional, passando a constituir a competência básica da organização,
sua principal vantagem competitiva em um mundo globalizado, instável e concorrido
(FERNANDES, 2001).
Por isso, o próximo assunto a ser discutido é Gestão de Pessoas.
2.2 Gestão de Pessoas
Segundo Fernandes (2001), discute-se atualmente que as pessoas e não as
coisas são os elementos fundamentais para o sucesso das organizações. Do
armazém ao grande conglomerado, o gerenciamento de pessoas assume cada vez
mais um papel fundamental, sendo base para todas as demais ações. Foi o tempo
do gerente de pessoas ficar limitado ao departamento pessoal. Hoje o
gerenciamento de pessoas é disseminado por toda a organização. Sua função é
promover o trabalho em times, atuando como facilitador, motivador, mediador e
educador. Tem como desafio criar harmonia com pessoas diferentes, favorecendo o
argumento das ideias que conduzam à produtividade e à inovação.
É comum na empresa a elaboração de projetos bem intencionados, ou
investir em treinamentos inadequados que não trazem resultados práticos. Uma das
principais diferenças entre duas companhias, mesmo que estejam num mesmo
negócio, é o desenvolvimento de aptidões coletivas, e como criar um ambiente
competitivo com a cara da organização que sejam reconhecidos na visão do cliente.
Por isso, é importante pensar em termos de criar um sistema dinâmico que gere o
aperfeiçoamento da competência necessária para a organização (op.cit, 2001).
Gestão de Pessoas, conforme Gil (2001), é a função gerencial que visa
cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos
tanto organizacionais quanto individuais. É uma evolução das áreas de
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administração de pessoas, relações industriais e administração de recursos
humanos.
O mesmo autor considera ainda que, devido às mudanças ocorridas no
mercado, as pessoas passaram a constituir o capital intelectual da organização e as
empresas devem tratar os empregados como parceiros dos negócios. Assim,
verifica-se em algumas organizações a tendência para reconhecer o empregado
como parceiro, já que todo processo produtivo realiza-se com a participação
conjunta de diversos parceiros, como fornecedores, acionistas e clientes. Cada um
dispõe-se a investir seus recursos nas organizações, à medida que obtém um
resultado satisfatório, torna-se necessário valorizar o empregado, já que ele é o
parceiro mais íntimo da organização. A força do empregado torna-se mais evidente
numa organização à medida que sua força de trabalho esteja envolvida
principalmente com atividades especializadas. Esses fatos mostram que se está
evoluindo para uma nova forma de recursos humanos, designada como Gestão de
Pessoas, que constitui, ainda, uma tendência que se manifesta mais nos meios
acadêmicos que propriamente nas empresas. Mas, muitas empresas já demonstram
a tendência para tratar os empregados como parceiros, incentivando sua
participação nas decisões e utilizando ao máximo o talento das pessoas para o seu
desenvolvimento.
“A Gestão de Pessoas abrange amplo leque de atividades, como,
recrutamento de pessoal, descrição de cargos, treinamento e desenvolvimento,
avaliação de desempenho etc.” (GIL, 2001, p. 24).
Segundo o autor a expressão Gestão de Pessoas não caracteriza uma nova
profissão. Refere-se mais a um propósito que a um cargo ou função exercido nas
organizações. Pode-se dizer que um gestor de pessoas é um novo profissional, pois
embora ocupando um cargo de Administração de Pessoal, requer-se dele um
conjunto de atitudes e práticas bastante diferenciadas em relação às que vinham
sendo desenvolvidas num passado bem recente e mesmo na atualidade em muitas
empresas.
O contexto de gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações,
pois estas passam boa parte de sua vida trabalhando nas organizações que
dependem delas para poder funcionar e alcançar o sucesso. Separar o trabalho da
existência das pessoas é impossível diante da importância e do impacto que o
trabalho nelas provoca. Assim, as pessoas dependem das organizações nas quais
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trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. As organizações
dependem diretamente das pessoas para operar, produzir seus bens e serviços,
atender seus clientes, competir no mercado e atingir seus objetivos. Cada parte
depende da outra, numa relação de mutua dependência na qual há benefícios
recíprocos (GIL, 2001).
De acordo com Chiavenato (2012), sem organizações e sem pessoas não
haveria Gestão de Pessoas. As organizações dependem das pessoas para atingir
seus objetivos e cumprir suas missões. E as organizações constituem o meio
através do qual as pessoas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um custo
mínimo de tempo, de esforço e de conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais
poderiam ser alcançados se não houvesse o trabalho e as organizações aproveitam
a sinergia das pessoas para atingirem seus objetivos.
A Gestão de Pessoas é a função que permite a colaboração eficaz das
pessoas para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. Os nomes dos
setores são usados para descrever a unidade ou equipe relacionada com a gestão
de pessoas. As pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma
organização, dependendo da maneira como elas são tratadas. Elas podem ser a
fonte de sucesso, como podem ser a fonte de problemas. Para que os objetivos da
Gestão de Pessoas sejam alcançados, é necessário que as pessoas sejam tratadas
como elementos básicos para a eficácia organizacional (op.cit, 2012).
As formas de trabalho têm inovado através dos tempos, alcançando novas
tecnologias que podem ser gestadas, mesmo à distância, como será tratada nos
próximos capítulos.
3 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A Tecnologia da Informação é uma das muitas ferramentas que os gerentes
utilizam para enfrentar as mudanças. Hardware é o equipamento físico usado para
atividades de entrada, processamento e saída de um sistema de informação.
Software são as instruções detalhadas e pré-programadas que controlam e
coordenam os componentes do hardware de um sistema de informação. A
tecnologia de armazenagem abrange tanto os meios físicos de armazenagem de
dados, como discos, fitas magnéticos ou ópticos, quanto os programas que
comandam a armazenagem. A tecnologia de comunicações interliga os diversos
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equipamentos de computação e transfere dados de uma ligação para outra. Todas
essas tecnologias representam recursos que constituem a infraestrutura da
Tecnologia da Informação (TI) (LAUDON, 2004).
Chiavenato (2012), considera a Tecnologia da Informação como o principal
produto da cibernética. Representa a convergência do computador com a televisão e
as telecomunicações. Ela está invadindo e permeando a vida das organizações e
das pessoas provocando profundas transformações. As comunicações tornaram-se
móveis, flexíveis, rápidas, diretas e em tempo real, permitindo maior tempo de
dedicação ao cliente.
Segundo O’Brien (2004), a Tecnologia da Informação desempenha papel
importante na reengenharia da maioria dos processos de negócios. A velocidade, a
capacidade de processamento de informações dos processos de negócios bem
como as comunicações e a colaboração entre as pessoas responsáveis por sua
cooperação e administração.
A Tecnologia da Informação não está mais limitada a computadores, mas
consiste em um conjunto de tecnologias que habilitam a ligação de computadores
em rede com a finalidade de trocar informações a longas distâncias e fora das
fronteiras organizacionais (LAUDON, 2004).
3.1 E-commerce
Segundo Franco Jr (2005), E-commerce significa comércio eletrônico ou
comércio virtual. São transações comerciais feitas especialmente através de um
equipamento eletrônico. Seus fundamentos estão baseados em segurança,
criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos.
A compra de produtos e serviços pela Internet está causando enorme
revolução no mundo dos negócios e na vida dos consumidores. Para quem já sabe
usar um browser (programa desenvolvido para permitir a navegação pela web), é
muito mais cômodo fazer uma reserva de passagem aérea pelo site de uma
companhia de aviação na Internet do que por meio de uma agencia de turismo
convencional. Pode-se considerar a compra de um bilhete aéreo como uma
operação típica do E-commerce. É por meio dele que as transações de compras e
vendas acontecem. A proposta do E-commerce é transformar o ciclo de compra em
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um processo mais claro e dinâmico de relacionamento de compra/venda com o
cliente (op.cit, 2005).
Os pressupostos a serem considerados de acordo com o autor são: o
processo de compra/venda deve ser o mais fácil possível para o cliente; é
necessário que o cliente perceba o valor agregado em seus processos de
compra/venda pela Internet; criar mecanismos em que o cliente possa personalizar
seu produto/serviço de maneira simples e fácil; o E-commerce deve,
obrigatoriamente, em função do aumento da produtividade do fator humano,
aumentar o poder de venda de uma empresa; deve ser uma ferramenta que, além
de vender, possa auxiliar na melhoria do gerenciamento das equipes de vendas.
3.2 E-business
Franco Jr (2005), conceitua E-business como negócio eletrônico. É uma
negociação feita eletronicamente, mas que não envolve necessariamente uma
transação comercial. Abrange mais que apenas o E-commerce e identifica os
negócios efetuados por meios eletrônicos no sentido mais amplo da palavra negócio.
Um dos primeiros a usarem esse termo foi a IBM, a partir de 1977. Até então o
conceito de E-business estava sobreposto pelo conceito de E-commerce.
A IBM definia o E-business como uma forma segura, flexível e integrada de
fornecer um valor diferenciado na gestão administrativa pela combinação de
sistemas e processos para a administração e funcionamento de operações centrais,
de forma simples e eficiente, alavancada pela aplicação de tecnologia da internet
(op.cit, 2005).
A partir da conexão dos tradicionais sistemas e Tecnologia de Informação
(T.I.) de uma empresa à Internet, de acordo com Franco Jr. (2005), implanta-se o
conceito E-business, tornando-se um conjunto de sistemas de uma empresa
interligado aos sistemas de diversas outras empresas, interagindo para que o E-
commerce aconteça. O E-business pode ser conceituado como sistemas de
informação eletrônicos que auxiliam o processo de negócio. Estes sistemas podem
ser desde B2C (business to consumer) e B2B (business to business) até CRM
(Customer Relationship Management) e SCM (Supply Chain Management).
O B2C é um modelo baseado na Internet pura. Já o B2B, embora também
esteja baseado na internet, usa os recursos de extranet. Empresas distintas, com
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intranets próprias, abrem acesso de suas redes as redes de seus parceiros, quer
sejam fornecedores, prestadores de serviços, serviços de manutenção, ou canais de
distribuição formando redes de acesso com troca de informações em ambos os
sentidos. O B2B, como o E-commerce nos modelos B2C, está também criando
novos modelos de relacionamento entre empresas que vão além da cooperação
mutua existente nos modelos tradicionais e que obviamente não deverá deixar de
existir (FRANCO Jr, 2005).
O CRM (Customer Relationship Management) traz o cliente de forma
sistemática, para dentro da empresa. Segundo Franco Jr (2005), trabalha com três
nichos de relacionamentos com o cliente, desenvolvendo diferentes estratégias para
cada um dos grupos.
a) A primeira estratégia gerencia o relacionamento com o grupo dos não
clientes, objetivando a conquista de novos clientes no universo da Internet;
b) A segunda estratégia busca maximizar a qualidade e a satisfação dos clientes
atuais;
c) A terceira estratégia busca encantar aquele grupo que já é cliente, no entanto
está com um nível mais baixo de atividade. Busca adicionalmente encontrar
os principais fatores que estão fazendo esse grupo de clientes diminuírem
suas atividades.
O SCM (Supply Chain Management) é o gerenciamento da rede de
fornecedores. É o sistema de informações que integra o ERP (enterprise resource
planning) da empresa com os sistemas de informações de seus diversos
fornecedores. Fazendo isso com os recursos eletrônicos de troca de informações em
protocolo da Internet, transforma-se o gerenciamento da rede de fornecedores em
SCM (op.cit, 2005).
3.3 Internet
Laudon (2004), informa que a Internet começou como uma rede do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos, criada para interligar cientistas e
professores universitários em todo o mundo. Atualmente qualquer pessoa que tenha
um computador, um modem e queira pagar uma pequena taxa de utilização mensal
poderá acessá-la por meio de um Provedor de Serviços de Internet (Internet Service
Provider - ISP).
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De acordo com Lemos (2010), a sociedade da informação é uma realidade
mundial. A Internet já faz parte dessa realidade, interligando todos os países do
planeta, os telefones celulares estão em franca expansão, os serviços de governo
eletrônico são implantados ao redor do mundo, comunidades e redes sociais
nascem como ferramentas da Web, formas de ativismo politico e protestos emergem
utilizando essas tecnologias como suporte.
Laudon (2004), observa ainda, que no comércio eletrônico, as empresas
podem trocar transações eletrônicas de compra entre si ou com clientes individuais.
Empresas eletrônicas usam a Internet e a tecnologia digital para acelerar a troca de
informações que pode facilitar a comunicação e a coordenação tanto dentro da
organização quanto com seus parceiros de negócios. As empresas digitais fazem
uso intensivo da tecnologia de Internet no comércio e nos negócios eletrônicos para
gerenciar seus processos internos e relacionamentos com os clientes, fornecedores
e outras entidades externas.
Segundo Lemos (2010), na atual “requisição digital” do mundo, criam-se
possibilidades de ampliação da comunicação e da gestão racional e cientifica do
planeta. Buscar o sentido, ou os sentidos da tecnologia é se engajar na via de
compreensão desse destino do homem no mundo. Essa pergunta deve deslocar-se
hoje para as virtualidades e atualidades da informatização do mundo, para os
destinos da sociedade informacional, tendo em vista que estamos nesse modelo e
que não sairemos dele tão cedo. Para tanto, basta pensar que a sociedade da
informação vem transformando a sociedade industrial em três pilares fundamentais:
a estrutura em rede (informação, comunicação), as redes sociais (as relações
sociais, a comunicação) e a globalização (a desterritorialização e mundialização).
Esse tripé desenha uma nova relação política.
Nesse contexto, tudo aponta para a expansão da cibercultura. Isso significa
reconhecer a evolução das tecnologias da comunicação e da computação,
apontando para uma maior informatização no mundo. Devido às características
atuais do ciberespaço, é possível produzir o sentido da tecnologia coletivamente,
cooperativamente, para além das fronteiras das culturas, das religiões, dos territórios
(op.cit, 2010).
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4 HOME OFFICE
A partir da metade do século passado (década de 50), a invenção do
computador trouxe grandes transformações que estão levando os centros de
produção a repensar seus paradigmas. Isso se insere na terceira onda proposta por
Toffler (1999, apud SIQUEIRA, 2009), que se iniciou no pós-guerra com o avanço
das indústrias das novas tecnologias.
Para Levy (1998, apud op.cit, 2009), o virtual sempre esteve presente na
história da humanidade, tanto no desenvolvimento da linguagem como das
ferramentas. Entretanto, o surgimento da Internet e do cibermercado provocou uma
revolução nessa virtualização e alterou o modo de fazer negócios. Além de tratar-se
de uma nova tecnologia, a Internet é um meio de comunicação e de relacionamento
entre compradores, vendedores e entre pessoas em geral.
E foi justamente a tecnologia que permitiu o desenvolvimento de uma nova
forma de organização do trabalho, hoje conhecida, entre outras denominações,
como teletrabalho, trabalho remoto ou à distância e, ainda, Home Office (MELLO,
1999 apud op.cit, 2009).
Segundo Silva (2009), Home Office é uma forma de trabalho que engloba a
flexibilidade de tempo, espaço e comunicação, sendo ainda, mais que uma questão
tecnológica, se mostrando também como uma questão social e organizacional.
E, afirma que o Home Office não deve ser conceituado simplesmente como
trabalho à distância, mas sim como um elemento das mudanças organizacionais
estratégicas que apontam para novas formas de trabalho flexível. O Home Office é
uma tendência, não deve atingir a todos, pois, muitas profissões e trabalhadores não
se enquadram/adaptam a esta forma organizacional flexível. É importante sempre
lembrar que o contato humano jamais perderá sua importância. Em muitos casos, é
natural e na maioria das vezes necessário, que o profissional desta modalidade de
trabalho em casa, compareça esporadicamente ao escritório e a reuniões em
horários programados (SILVA, 2009).
Nessa forma de trabalho, há uma economia considerável por parte da
empresa, em termos de espaço, equipamentos, despesas de água, luz, etc. Não
seria difícil calcular o quanto a mudança significou em redução de custo mensal,
mesmo levando-se em conta os custos da ida dos empregados para casa, em
termos de equipamentos e de muitas outras despesas destinadas à sua necessária
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instalação, ao seu Home Office. No Brasil, as organizações podem reduzir, também,
custos de vale-transporte e do vale-refeição. Sem falar nos custos não mensurados,
como o uso do telefone para fins particulares, e uma série de pequenos fatores que
só aparecem na contabilidade da empresa, como o cafezinho, a água, a faxineira,
etc. Há também outro fator a ser considerado: a eficácia dos funcionários aumenta,
especialmente nos casos em que não dependem de outros para realizar o seu
trabalho. Para o trabalhador, o teletrabalho significa, então, não só liberdade para
trabalhar onde e quando considerar mais confortável, nos horários em que se sentir
mais produtivo, mas também, em muitos casos, a possibilidade de eliminar ou
minimizar os problemas de transporte e os riscos de exposição à violência urbana,
principalmente em cidades grandes (SILVA, 2009).
O autor pondera que outras vantagens para o trabalhador também beneficiam
a sociedade: o fato dele permanecer em sua casa e não se deslocar para o local da
empresa reduz carros na rua, ou nas estradas, especialmente em horários de pico,
diminui os congestionamentos, com consequente diminuição de perda de tempo no
trânsito e da poluição causada pelos veículos de transporte. Essa nova organização
do trabalho não leva o homem de volta aos tempos do artesão, em que ele tinha o
controle total do produto, mas permite que ele possa decidir a respeito do ambiente
e do ritmo de trabalho, obtendo com isso, maior eficiência e melhores resultados, em
condições de trabalho mais amenas, se comparadas com aquelas que permeiam o
trabalho convencional na fábrica e no escritório.
4.1 Desvantagens do Home Office
HARA (2011) relata que as desvantagens para o trabalhador relacionam-se
ao isolamento social, visto que o mesmo deixa de ter o contato direto com os
colegas de trabalho, podendo tornar-se um profissional inseguro, além disso, há
também a redução de das oportunidades profissionais, reduzindo o funcionário a um
simples número em relação aos trabalhadores presenciais.
A autora ainda reforça que o colaborador pode também trabalhar em
demasia, uma vez que possui todas as ferramentas disponíveis para a execução da
tarefa.
A dificuldade para possíveis sucessões de cargos, o envolvimento das
questões familiares com as profissionais, problemas para obter créditos no mercado,
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no caso de empresa informal, e aumento de riscos de segurança das informações
são algumas das desvantagens do Home Office, no que se refere às organizações
(SEBRAE, 2013).
A sociedade também sofreria impactos com a implantação do Home Office,
entre elas estão os reflexos negativos no mercado imobiliário, tendo em vista que as
empresas deixariam os aluguéis, além da abertura de concorrência estrangeira, isto
levaria o mercado de trabalho a ficar instável e vulnerável a concorrência desleal
(HARA, 2011).
5 METODOLOGIA
O presente artigo foi elaborado a partir de pesquisas bibliográficas, por meio
de consultas a livros e sites que dissertam sobre o tema.
Também foi realizado um estudo de caso em duas empresas do Vale do
Paraíba que já adotam o Home Office.
6 ESTUDO DE CASO
O estudo de caso foi realizado baseado em duas empresas localizadas no
Vale do Paraíba.
A empresa nº 01 é uma empresa que desenvolve softwares administrativos
nas áreas contábil, fiscal e pessoal para plataforma Windows.
Optaram pela utilização de softwares devido ao incomodo e tempo gasto com
visitas aos clientes pessoalmente para solucionar algum problema em seu
computador, o que tornava a operação lenta e onerosa.
Devido a isso, optaram por criar um chat como consultoria e usar um
aplicativo para controle remoto do computador do cliente. No início foi utilizado um
freeware (programa gratuito), chamado VNC e, com isso, bastava obter o endereço
de IP da conexão de internet do computador do cliente e o problema seria
solucionado.
A empresa nº 02 atua no ramo contábil há mais de cinquenta anos e optou
por iniciar o processo de implantação Home Office no ano de 2012, por já possuir
estrutura suficiente para adotar o mesmo e perceber que o mais importante era o
trabalho desenvolvido pelo colaborador, do que simplesmente ir à empresa, ainda
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não são todos os funcionários que trabalham desta forma, porém a ideia é de
implantar em todo o escritório.
6.1 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Quanto ao questionamento sobre o momento em que se optou pelo Home
Office, a empresa nº 01 relata que a escolha ocorreu quando possuíam todas as
ferramentas para viabilizar o trabalho, já de acordo com a empresa nº 02 optar pelo
Home Office foi uma questão de perceber que o mais importante para a organização
é o trabalho executado independente de o funcionário estar dentro da empresa ou
em casa. Pode-se perceber através das respostas das organizações que a empresa
nº 02 está considerando também a viabilidade para o funcionário.
No que diz respeito à migração do método anterior para o atual (Home Office)
e suas principais vantagens, para a empresa nº 01 a redução de custos, melhor
atendimento ao cliente e qualidade de vida dos colaboradores da empresa foram
fatores determinantes de vantagem do Home Office, já para a empresa nº 02 os
fatores mais vantajosos foram o aumento de produtividade e a eliminação do tempo
perdido no deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa, além disso, a maior
satisfação do funcionário, visto que poderá fazer seu próprio horário de trabalho.
Neste caso, percebe-se que as duas organizações estão preocupadas com a
qualidade de vida do colaborador e em busca de resultados mais eficazes, porém a
empresa nº 01 já trabalha em Home Office há mais tempo e, portanto a mensuração
de redução de custos se torna mais precisa, enquanto a empresa nº 02 ainda está
em fase de implantação, sendo que apenas alguns colaboradores trabalham no
modelo citado. Em relação aos custos fixos, foi questionado se houve alguma
redução significante para a empresa, vide figura 1:
Figura 1: Redução dos custos fixos
Fonte: as autoras (2013)
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Conforme a figura 1 pode-se perceber que a empresa nº 01 já possui uma
diminuição considerável de seus custos fixos, enquanto a empresa nº 02 que ainda
está no início da implantação do Home Office começa agora a sentir a economia que
se faz ao optar por este modelo de trabalho.
No que tange a indagação de que existe algum perfil adequado de funcionário
para exercer o Home Office, de acordo com a empresa nº 01 é fundamental
conhecer profundamente as áreas Contábil, Fiscal e Pessoal, além das ferramentas
de desenvolvimento de softwares. Para a empresa nº 02 é necessário ser dedicado,
atento, honesto no cumprimento de suas tarefas e envolvido com o objetivo da
empresa. Neste caso é possível analisar que a empresa nº 02 não busca
primeiramente qualificação profissional, mas sim a responsabilidade e disciplina do
colaborador, visto que a mesma os treina e capacita para estarem aptos a
desenvolver as tarefas que lhes cabem.
Com relação aos clientes, foi perguntado se houve algum problema na
adaptação, vide figura 2:
Figura 2: Problemas com clientes na adaptação
Fonte: as autoras (2013)
De acordo com a figura 2, é possível perceber que a empresa nº 01 teve uma
adaptação extremamente satisfatória com seus clientes. Porém a empresa nº 02
observou alguns problemas neste quesito, isto pode ter se originado do fato de ser
uma empresa tradicional que presta serviço a organizações também com muito
tempo de atuação, sendo estas um pouco resistentes a mudanças.
No que se refere a como administrar o trabalho e a vida pessoal já que não
existe um horário fixo, ambas as empresas concordam que é necessário ter
organização, disciplina, determinação e foco. Entretanto, cada uma delas adotou um
meio de se assegurar que o trabalho seja desempenhado com qualidade. No caso
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da empresa nº 01, são adotados horários fixos para atendimento aos clientes e na
empresa nº 02 são estipulados datas para a entrega do trabalho.
Quanto à redução de funcionários com a implantação do Home Office, vide
figura 3:
Figura 3: Redução de funcionários
Fonte: as autoras (2013)
De acordo com a figura 3, é possível perceber que a redução de funcionários
pode ser uma vertente da adoção do Home Office, porém de acordo com os dados
coletados isto não acontece de forma acentuada nas organizações.
Com relação ao gerenciamento de pessoal após a implantação do Home
Office, as empresas possuem métodos para controle, a empresa nº 01 possui
ferramentas de auditoria que permitem identificar qualquer insatisfação em tempo
hábil para que possa ser feita a correção, já na empresa nº 02 são estipuladas datas
de entrega dos trabalhos.
Avaliando estas informações é possível perceber que o Home Office também
possui ferramentas para gerenciar o trabalho, podendo ser caracterizado como um
modelo de trabalho altamente confiável e de qualidade, ainda que o colaborador
esteja desempenhando o mesmo em sua casa.
No que tange a preferência de contratação de colaboradores pelas
organizações, vide figura 4:
Figura 4: Momento da contratação de colaboradores
Fonte: as autoras (2013)
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De acordo com a figura 4, no que tange aos direitos trabalhistas previstos na
CLT (Consolidação das Leis de trabalho) em relação ao trabalho a distância, a
empresa nº 01 relata que não tem problemas, pois todos os colaboradores possuem
CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), não havendo, portanto vínculo
empregatício, já na empresa nº 02 todas as regras são definidas em contrato, sendo
fornecido equipamento necessário, atentando-se as normas de saúde e segurança e
estabelecendo formas de controle de trabalho. Percebe-se então, que a empresa nº
02 ainda tem preferência pela contratação de pessoa física, isso pode estar
ocorrendo devido ao fato de a implantação encontrar-se em fase inicial, de forma
que a empresa ainda está avaliando os resultados do novo modelo.
Ambas as empresas concordam que o retorno sobre investimento em
tecnologia se dá em longo prazo, considerando também que não há diferença de
rendimento de trabalho entre homens e mulheres, além disso, mencionam que o
Home Office proporciona maior nível de concentração ao colaborador, apontando
que o fato de estarem próximos à família, em nenhum momento foi prejudicial para o
desenvolvimento do trabalho, sendo que a produtividade aumentou com o modelo
de trabalho adotado.
As empresas estudadas mencionam ainda que o próprio colaborador é que
faz seu horário de trabalho, sendo que em nenhum momento o sistema utilizado é
bloqueado para os mesmos.
Quanto ao fato de o colaborador prestar serviços para mais de uma
organização, as duas empresas estudadas também concordam que depende do
perfil de cada profissional, ou seja, é necessário que haja comprometimento e foco
por parte do colaborador.
Pelos dados apresentados na pesquisa acima, pode-se perceber que o Home
Office em muito beneficia tanto a empresa quanto os colaboradores. Isso porque,
não se perde em visitas, em trânsito e também existe um horário mais flexível, é
possível ao funcionário produzir mais e melhor, porque fará o horário de acordo com
suas necessidades, não tendo a preocupação de ter deixado para trás algo
importante a ser feito, por conta do horário extensivo do trabalho.
O trabalho em casa não possui as distrações do escritório e não é gasto o
tempo com locomoção. Aqueles que trabalham em casa são mais produtivos do que
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os que ficam na empresa. Alguns precisam de supervisão, porém isso pode ser feito
por meio de metas a serem atingidas dentro de determinado prazo.
O método de trabalho Home Office traz benefícios para a empresa, uma vez
que o colaborador não utiliza computador, lanches, água, energia, telefone e internet
da empresa, reduzindo assim, as despesas do escritório.
Outra vantagem é que o colaborador pode ser contratado por meio de
contratos independentes de prestação de serviço, o que economizará os custos da
folha de pagamento.
CONCLUSÃO
A prática do Home Office começou nos Estados Unidos e atualmente está se
espalhando por todo o mundo.
Neste artigo foi realizada uma pesquisa, por meio de questionário, sobre a
prática do Home Office em duas empresas, além de conceitos bibliográficos sobre
essa prática e assuntos correlacionados.
Pode-se verificar que as empresas analisadas optaram por essa prática
quando perceberam que o importante era ter o serviço pronto de maneira
satisfatória, mesmo com o colaborador trabalhando em casa e com as ferramentas
que viabilizam o trabalho.
Essa opção ocorreu em virtude da redução de custos, melhor atendimento ao
cliente e qualidade de vida do colaborador. Também a flexibilidade de horários
resultou em maior produtividade, pois o colaborador não perde tempo se deslocando
de casa para o trabalho e vice-versa.
Ainda proporciona redução de custos para a empresa, uma vez que o
colaborador não faz uso das dependências do escritório e não faz uso de água,
energia, telefone, internet, lanches etc.
Para exercer o Home Office é fundamental ter conhecimento das ferramentas
de softwares, além de ser dedicado, disciplinado com horários e atento ao
cumprimento de suas tarefas, sempre estando envolvido com os objetivos da
empresa.
O empregador deve definir as regras do contrato, fornecendo equipamento
necessário e estabelecendo as formas do contrato de trabalho.
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É possível concluir que o Home Office é uma excelente opção de trabalho,
desde que suas vantagens e desvantagens sejam cuidadosamente analisadas, pois
pode trazer benefícios tanto para o empregador quanto para o funcionário e atende
as necessidades de ambas as partes, sendo também caracterizado como uma forma
de trabalho altamente confiável, possuindo ferramentas que possibilitam o
gerenciamento do trabalho.
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