artigo: impactos socioambientais do lixo

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I - TÍTULO DO ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO PRODUZIDO NO MUNICIPIO DE PAU DOS FERROS/RN II - ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE SOCIAL E CONTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL RESUMO: O lixo urbano é um grave problema que afeta a qualidade de vida de bilhões de pessoas no mundo, desde a produção até o destino final. Um dos maiores desafios com que se defronta a sociedade moderna é o equacionamento da questão do lixo urbano. Além do expressivo crescimento da geração de resíduos sólidos, sobretudo nos países em desenvolvimento, observam-se, ainda, ao longo dos últimos anos, mudanças significativas em suas características. O estudo de caso aqui tratado é a cidade de Pau dos Ferros localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. O objetivo geral desta pesquisa é mostrar o destino dado ao lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de pessoas de renda nenhuma, que sobrevivem nos lixões. E para enfatizar esta questão, adota-se como metodologia, uma revisão bibliográfica incluindo nesta, artigos, textos, materiais coletados na internet e uma pesquisa de campo. Por fim é um trabalho de caráter quali- quantitativo. Palavras Chave: Lixo, Catadores e Responsabilidade Socioambiental.

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Artigo sobre os impactos socioambientais do lixo produzido no município de Pau dos Ferros (RN).

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Page 1: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

I - TÍTULO DO ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

PRODUZIDO NO MUNICIPIO DE PAU DOS FERROS/RN

II - ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE SOCIAL E CONTABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL

RESUMO:

O lixo urbano é um grave problema que afeta a qualidade de vida de bilhões de pessoas no mundo, desde a produção até o destino final. Um dos maiores desafios com que se defronta a sociedade moderna é o equacionamento da questão do lixo urbano. Além do expressivo crescimento da geração de resíduos sólidos, sobretudo nos países em desenvolvimento, observam-se, ainda, ao longo dos últimos anos, mudanças significativas em suas características. O estudo de caso aqui tratado é a cidade de Pau dos Ferros localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. O objetivo geral desta pesquisa é mostrar o destino dado ao lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de pessoas de renda nenhuma, que sobrevivem nos lixões. E para enfatizar esta questão, adota-se como metodologia, uma revisão bibliográfica incluindo nesta, artigos, textos, materiais coletados na internet e uma pesquisa de campo. Por fim é um trabalho de caráter quali-quantitativo.

Palavras Chave: Lixo, Catadores e Responsabilidade Socioambiental.

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1 INTRODUÇÃO

O homem e o ambiente estão interligados, tanto é que, uma das preocupações

centrais do homem moderno relaciona-se à qualidade de seu meio ambiente. Os problemas

inter-relacionados com o manejo dos resíduos sólidos nas sociedades modernas são muito

complexos em virtude da quantidade e natureza diversa de seus componentes formadores, do

desenvolvimento espalhado das áreas urbanas, das limitações dos recursos econômicos

disponíveis, dos impactos tecnológicos e das limitações que surgem para a utilização da

energia dos materiais brutos (PAES, 1982).

Os problemas relacionados com o sistema de limpeza urbana e o destino dado ao

lixo na cidade de Pau dos Ferros, localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do

Brasil não fogem à regra da maioria dos municípios de pequeno e médio porte brasileiros no

que se refere à ausência de prioridade voltada a esse serviço. O manejo dos resíduos sólidos,

da cidade de Pau dos Ferros/RN, depende do seu modo de organização espacial como

acondicionamento, coleta, transporte e destino final. “A importância deste sistema é ressaltada

quando se analisa o problema do manejo considerando os impactos sócio-ambientais

produzidos pelo lixo” (PAES, 1982:243).

O lixo é um material indesejado. Todos procuram dele descartar-se. Até pagam

para dele se verem livres. O que é pior, o lixo é inevitável. Não se consegue parar de produzi-

lo, todos os dias. “Além disso, do processo produtivo resulta sempre a geração de resíduos, de

duas formas distintas: em um primeiro momento, como conseqüência do próprio ato de

produzir; posteriormente, após a cessação da vida útil dos produtos” (CALDERONI 2003).

No cenário atual, o lixo ganha força como campo de trabalho. Assim, o objeto de

investigação desta pesquisa é, Mostrar os impactos socioambientais causados pelo lixo no

município de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de pessoas de renda mínima,

que sobrevivem nos lixões.Como Objetivos Específicos, destacam-se:

• Analisar o perfil da cidade de Pau dos Ferros/RN.

• o destino dado a todo o lixo produzido no município de Pau dos Ferros/RN

• Enfocar a situação das pessoas que sobrevivem no lixão de Pau dos Ferros/RN;

• Estudar soluções para a destinação do lixo de Pau dos Ferros/RN;

O interesse pelo tema surgiu a partir das questões relativas ao meio ambiente em

que vivemos, considerando seus elementos físicos e biológicos, e os modos de interação do

homem com a natureza, por meio do trabalho, da ciência e da tecnologia, e dando ênfase ao

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destino do lixo urbano, produzido no município de Pau dos Ferros – RN, através da

conscientização dos impactos socioambientais causados por esse material.

Esta pesquisa esta fundamentada em textos pesquisados na internet, livros, artigos,

revistas e pesquisa de campo. É, portanto, um trabalho de caráter qualiquantitativo.

2 LIXO NO PLANETA, UM PROBLEMA SOCIAL

A palavra lixo tem origem no Latim e quer dizer cinza. O lixo é gerado pelas

atividades humanas e é considerado resíduo sólido. No entendimento de Moreira (2002 s.p. ?),

boa parte desses resíduos pode ser reciclada, gerando muitos benefícios. Para garantir a

qualidade do meio ambiente e proteger pessoas de possíveis doenças, é necessário destinar o

lixo para locais próprios e adequados.

Segundo definição buscada na internet, "Resíduo ou lixo, é qualquer material

considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa

ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita

eliminar".

São resultantes da atividade domestica, comercial e industrial. A sua composição

varia de população para população. Vai depender da situação sócio-econômica e das

condições e hábitos de vida de cada um.

Existem também alguns tipos de resíduos que são denominados tóxicos. Que

necessitam de um destino especial para que não contaminem o ambiente, como aerosóis

vazios, Pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, restos de medicamentos, lixo hospitalar etc.

Na era da reciclagem é fácil entender que papel não é lixo, lata (metais) não é

lixo, plástico não é lixo. Esses materiais, por serem recicláveis, têm valor, são essenciais ao

processo fabril de muitos produtos indispensáveis à sociedade, além de oferecer

oportunidades para ‘catadores' gerar renda, comercializando-os com a indústria.

Para Calderoni (1998, p. 25),

“O lixo é um material mal amado (...) Vive-se, em conseqüência, uma imensa crise. Ao

mesmo tempo em que cresce o volume de lixo produzido, resultante do aumento

desvairado do consumo, são cada vez mais caras, mais raras e mais distantes as

alternativas tradicionais de disposição do lixo em aterros”.

Esta afirmação serve para ilustrar o que vem ocorrendo nas cidades, o tipo de

tratamento que se dá ao lixo, “o material mal amado” pela grande maioria da população, é

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simplesmente depositado em locais abertos, gerando mais um problema ambiental, tendo

em vista a poluição dos lençóis freáticos pelo chorume, e ainda, por ser fonte de seleção de

materiais recicláveis e de alimentos para inúmeras pessoas que sobrevivem no anonimato

destes lixões, expostos a graves problemas de saúde.

O homem é o único ser responsável por este tipo de substância na terra. Apesar de

todas as atividades humanas terem como matéria-prima recursos naturais, muitos dos

produtos produzidos por esta transformação não podem ser decompostos pela natureza, pois

os processos de transformação que estes recursos naturais sofreram para se tornarem produtos

de consumo humano são irreversíveis. (Os materiais “naturais” passam por um processo de

“artificialização”, e para se integrarem novamente ao meio natural precisam passar por longos

processos naturais de decomposição (FIGUEREDO, 1995; MELLO, 1981; PEREIRA NETO,

1999) o grande problema da questão do lixo está na sua quantidade, em sua diversidade e no

tempo que é necessário para que este seja decomposto.

Lixão é a disposição final de lixo sem qualquer tratamento. É a forma que mais

causa danos ao homem e ao meio ambiente. Segundo o IBGE (2007), mais de 90% do lixo em

todo o país é jogado ao ar livre.

Como os lixões não são controlados nem medidos por ninguém, qualquer pessoa

ou empresa sem responsabilidade social, pode jogar ali, resíduos perigosos como lixo

hospitalar, produtos radioativos ou muito tóxicos, que deveriam ter um tratamento especial.

O lixão a céu aberto também atrai catadores de lixo (adultos e crianças que se

contaminam com doenças variadas) e animais domésticos, que comem aqueles restos.

3 COMO É FEITA A COLETA DO LIXO NO BRASIL

No Brasil, a coleta do lixo cobre cerca de 70% da população das áreas urbanas,

em media. Nos estados do sul, sudoeste e centro-oeste a coleta do lixo atinge um percentual

maior da população, sendo a media de domicílios sem coleta de lixo nessas regiões de 12%.

Nas regiões norte e nordeste, essa média é de 42% (NATHIELI 2005, SANDRO 2005).

O lixo que é coletado diariamente é de cerca de 230 mil toneladas. De todo esse

lixo, apenas 4% é reciclado e, do restante, 20% dos municípios jogam em rios e vázeas.

Apenas 8% dos municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. (IBGE,

2007).

O Brasil produz aproximadamente 230 mil toneladas de lixo por dia. Cada

brasileiro gera, em média, 500 gramas de lixo diariamente, podendo chegar até a mais de 1

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kg, dependendo do poder aquisitivo e local em que mora. Todo o material descartado e que se

transforma no lixo das cidades, em grande parte, deve ser destinado de outra maneira para ser

recuperado como matéria-prima, podendo assim ser reutilizado na fabricação de um novo

produto. Esse processo denomina-se Reciclagem.

Reciclar é aproveitar o material de que foi feito um objeto, uma embalagem ou

qualquer coisa fabricada e que já tenha sido usada. Dessa maneira evita-se que o material

acabe no lixo. “Jogar fora” se torna constante na vida do brasileiro, o que é um grande

desperdício. “Jogar fora” significa jogar aqui mesmo no nosso planeta, quase sempre em

lugares errados, sujando as águas, o solo e destruindo os lugares mais interessantes.

Por isso, a CSLU (Coleta Seletiva do Lixo Urbano) em conjunto com a

reciclagem é um grande meio para a solução do problema. Isso ajuda a minimizar a

quantidade de lixo que se produz nas cidades. A maior parte das coisas que se joga no lixo

não está suja, torna-se suja depois de misturada. E aí é muito difícil de separar com um

melhor aproveitamento.

Segundo pesquisa coordenada pelo UNICEF em 1997, em 88% das cidades do

País, o lixo é despejado em locais abertos.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, realizada pelo IBGE, revela

uma tendência de melhora da situação de destinação final do lixo coletado no país nos últimos

anos. Em 2000, o lixo produzido diariamente no Brasil chegava a 125.281 toneladas, sendo

que 47,1% era destinado a aterros sanitários , 22,3 % a aterros controlados e apenas 30,5 % a

lixões. Ou seja, mais de 69 % de todo o lixo coletado no Brasil estaria tendo um destino final

adequado, em aterros sanitários e/ou controlados. Todavia, em número de municípios, o

resultado não é tão favorável: 63,6 % utilizavam lixões e 32,2 %, aterros adequados (13,8 %

sanitários, 18,4 % aterros controlados), sendo que 5% não informou para onde vão seus

resíduos. Em 1989, a PNSB mostrava que o percentual de municípios que vazavam seus

resíduos de forma adequada era de apenas 10,7 %.

As 13 maiores cidades do Brasil são responsáveis por 31,9% de todo o lixo

urbano brasileiro. Dos 5.507 municípios brasileiros, 4.026, ou seja 73,1%, têm população até

20.000 habitantes. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos gerados são vazados em lixões e

em alagados. Se tomarmos, entretanto, como referência, a quantidade de lixo por eles gerada,

em relação ao total da produção brasileira, a situação é menos grave, pois em conjunto

coletam somente 12,8 % do total brasileiro (20.658 t/dia). Isto é menos do que o gerado pelas

13 maiores cidades brasileiras, com população acima de 1 milhão de habitantes. Só estas,

coletam 31,9 % (51.635 t/dia) de todo o lixo urbano brasileiro, e têm seus locais de disposição

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final em melhor situação: apenas 1,8 % (832 t/dia) é destinado a lixões, o restante sendo

depositado em aterros controlados ou sanitários.

Os vazadouros a céu aberto, conhecidos como “lixões”, ainda são o destino final

dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros, mas esse quadro teve uma

mudança significativa nos últimos 20 anos: em 1989, eles representavam o destino final de

resíduos sólidos em 88,2% dos municípios. As regiões Nordeste (89,3%) e Norte (85,5%)

registraram as maiores proporções de municípios que destinavam seus resíduos aos lixões,

enquanto as regiões Sul (15,8%) e Sudeste (18,7%) apresentaram os menores percentuais.

Paralelamente, houve uma expansão no destino dos resíduos para os aterros sanitários,

solução mais adequada, que passou de 17,3% dos municípios, em 2000, para 27,7%, em 2008.

Em todo o país, aproximadamente 26,8% dos municípios que possuíam serviço de manejo de

resíduos sólidos sabiam da presença de catadores nas unidades de disposição final de resíduos

sólidos.

Para o IBGE (1997, p. 30-31), destino do lixo é:

“O lixo proveniente dos domicílios particulares permanentes foi classificado de acordo com os seguintes destinos: Coletado – Quando o lixo domiciliar fosse coletado diretamente por serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que atendia ao logradouro onde se situava o domicílio, ou fosse depositado em caçamba, tanque ou depósito de serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que posteriormente recolhia; ou Outro – Quando o lixo domiciliar fosse queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio, logradouro, rio lago ou mar ou tivesse outro destino que não se enquadrasse nos anteriormente descritos”.

Assim, o quadro abaixo mostra os dados referentes à pesquisa: destinação do lixo total e os percentuais da área urbana e rural, realizada pelo IBGE nos domicílios brasileiros.

Distribuição dos domicílios particulares permanentes: Destino do Lixo em Percentual.

TOTAL URBANA RURALColetados Outros Coletados Outros Coletados Outros

76,3 23,7 90,7 9,3 14,5 85,5

Fonte: IBGE 1997. Não há dados mais recentes ?

Percebe-se, a partir desses dados que 76,3% do lixo no Brasil é recolhido pelo

poder público ou por empresas particulares que realizam os serviços mediante licitação

municipal, e que 23,7%, tem outra destinação como, por exemplo, são incinerados pelos

moradores ou simplesmente jogados nos rios e mares.

Page 7: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

Comparando os dados referentes à área urbana com a rural, percebe-se que a

coleta do lixo na área urbana é bem expressiva 90,7% contra 9,3% que tem outra

destinação. Na área rural 85,5% é de outras formas de destinação do lixo e coleta-se apenas

14,5% do lixo produzido por essa população.

Face ao exposto, vê-se que embora o poder público cobre dos moradores a taxa

de limpeza urbana e realize a coleta, o problema ainda persiste com relação a deposição

final do lixo.

A solução pode vir pela implantação do sistema de coleta seletiva, promovendo

o fomento de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, objetivando a reciclagem e

o esclarecimento dos moradores dos perigos advindos da má disposição final do lixo.

Para atingir estas metas, deverão ser utilizados todos os recursos materiais e

humanos disponíveis, envolvendo as mais diversificadas entidades existentes nos locais, tais

como: igrejas, escolas, associações de moradores, clubes de mães, empresários locais, o

poder público, dentre outros, servindo-se da educação ambiental e de outros educadores

com suas disciplinas respectivas, para atingirem as metas educativas de esclarecerem os

moradores a respeito da problemática ambiental.

Assim, o inicio do trabalho de sensibilização com relação ao meio ambiente,

poderá ocorrer através da coleta seletiva do lixo nos municípios, pois segundo o UNICEF

1999, ainda são poucos municípios que implementaram a coleta seletiva do lixo, “apenas

100 dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros têm coleta seletiva do lixo”.

3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O município de Pau dos Ferros situa-se na mesorregião Oeste Potiguar, limitando-

se com os municípios de Francisco Dantas, São Francisco do Oeste, Marcelino Vieira, Rafael

Fernandes, Antonio Martins, Serrinha dos Pintos e Encanto e com o Estado do Ceará,

abrangendo uma área de 277 km², inseridos na folha Pau dos Ferros (SB.24-Z-A-II), na escala

1:100.000, editada pela SUDENE. Onde, Quando em Quê...

A sede do município tem uma altitude média de 193 m e coordenadas 06°06’39,6”

de latitude sul e 38°12’32,4” de longitude oeste, distando da capital cerca de 417 km, sendo

seu acesso, a partir de Natal, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-304 e BR-405.

O município de Pau dos Ferros foi criado pela Resolução Provincial nº 344, de

04/09/1856, desmembrado de Portalegre.

As principais atividades econômicas são: agropecuária, extrativismo e comércio.

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FIGURA 01: Mapa do Estado do Rio Grande do Norte em destaque o município de Pau

dos Ferros.

FONTES: IBGE 2010

O município de Pau dos Ferros atualmente conta com uma população de 27.809

habitantes segundo dados do IBGE (2010) é uma área de 277 Km2, com uma densidade de

106,0 hab./ Km2 .

4 DISCUSSÕES E RESULTADOS

A problemática maior em Pau dos Ferros/RN é a destinação final do lixo. Por não

ter uma política de saneamento voltado para o tratamento do lixo produzido pela a população

local, o mesmo é depositado em lixões a céu aberto, o que torna um grave problema para a

população e, conseqüentemente, para o meio ambiente. Em Pau dos Ferros existiam dois

depósitos a céu aberto, um muito próximo da cidade que todos os dias pessoas iam catar

alimentos que, na opinião deles, se encontrava em bom estado, que na atualidade encontra-se

desativado e o outro que se situa a exatos 4 km do bairro São Geraldo, pertencente à cidade e

a 3 km do rio Mossoró e de um açude particular, onde a água é utilizada para consumo animal

e humano.

Nas imediações do primeiro depósito surgiu um novo bairro, o Manoel Domingos.

A população desse bairro era muito afetada pela proximidade desse lixão, e depois de muito

debate com as autoridades locais, os moradores conseguiram com que não fosse mais

Page 9: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

depositado lixo nesse local, mas as seqüelas provocadas pelo lixo ficaram, principalmente

devido à variedade de lixo depositado nessa localidade, que recebia inclusive lixo hospitalar.

Diante dessa situação os poderes públicos, representados pela prefeitura, resolvem

fazer outro depósito, mas o problema continua o mesmo ou até pior. O desmatamento

promovido pela prefeitura na referida área para construção desse depósito a céu aberto, pode

trazer graves conseqüências para o meio ambiente.

Nesse contexto, notamos que a falta de políticas públicas que garantam o

saneamento do lixo, praticamente inexistem, provocando com isso, graves conseqüências para

a vida das pessoas, tanto no presente quanto numa perspectiva futura.

Os dados levantados na pesquisa revelam que os problemas do lixo urbano em

Pau dos Ferros/RN estão associados ao: i) desconhecimento involuntário com omissão de sua

existência; ii) desconhecimento das soluções existentes; iii) falta de meios econômicos para

adotar a solução técnica adequada de gerenciamento. Estas causas, somadas a ausência de

uma legislação específica, aumentam ainda mais, a responsabilidade do poder municipal no

que concerne a um eficiente e adequado desempenho do acondicionamento, coleta, transporte

e, principalmente, disposição final do lixo.

A preocupação maior da municipalidade e da população em geral, é de se livrarem

do lixo, pouco importando como a disposição final dos resíduos está se processando. Neste

aspecto, observa-se que o município lança os resíduos no lixão ou em terrenos baldios, que

não apresentam as mínimas condições técnicas ou ambientais de funcionamento, submetendo

a população e o meio ambiente a graves riscos sanitários e à deterioração dos recursos

naturais da região. Além disso, ainda há o problema da existência de pessoas - os catadores –

que sobrevivem da coleta de materiais reprocessáveis, que submetidos a condições

degradantes, incorporam uma face social no espectro dos problemas causados por esse tipo

inadequado de destinação final dos resíduos sólidos.

Existe um interesse latente da parte dos catadores atuais em que seja estimulada a

criação de uma associação de catadores, onde o poder público local pode contribuir com a

dotação de uma infra-estrutura mínima. Além disso, verificou-se também o interesse da

população de que sejam implantados programas de coleta seletiva e de reciclagem do lixo.

Entretanto, para que tal programa funcione é necessário que seja implantado um eficiente

programa de educação e conscientização ambiental, envolvendo os diversos atores ligados à

questão do lixo.

Pôde-se observar durante a pesquisa que no local do lixão, existem construções de

um aterro sanitário, com galpões, banheiros, energia elétrica, porém encontra-se abandonado,

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sem acesso, totalmente cercado, mas em ruínas, dominado pelo lixo, hoje fazendo parte do

cenário do lixão.

Em entrevista com os catadores, que são em cerca de 38 pessoas que do lixão

retiram sua sobrevivência, entre eles, homens, mulheres, crianças e idosos, foi feita a pesquisa

com 18 catadores, pois a maioria não aceita dar entrevistas e nem todos estão ao mesmo

tempo na coleta naquele local.

Serão apresentados os resultados analisados e discutidos a partir das informações

fornecidas pelos os catadores entrevistados, mediante a aplicação do instrumento de coleta de

dados elaborando para presente pesquisa, feita nos dias 06, 07 e 08 de janeiro de 2011.

Tabela 1 Dados Sócio-demográficos dos entrevistados (Catadores) de Pau dos Ferros – RN

Fonte: Pesquisa Direta, 2011

Na tabela 1 observa-se os dados sócio – demográficos da amostra. No que se

refere ao estado civil verificou-se que 50% dos catadores são casados, 22% concubinatos,

17% divorciados e 11% são solteiros.

No que diz respeito ao grau de instituição e renda familiar foram encontrados os

seguintes resultados: 67% da amostra cursaram o ensino fundamental incompleto e a renda

mensal era de menos de 1(um) salário mínimo é de 83%. Isso implica sobre as questões

sociais local, ao acesso do nível educacional dos catadores.

Pau dos Ferros – RNDados Sócio-Demográficos - n %

Estado CivilCasado 9 50Solteiro 2 11Divorciado 3 17Concubinato 4 22

EscolaridadeEns. Fundamental Completo - -Ens. Fundamental Incompleto 12 671 Grau Completo -2 Grau Completo -Não Alfabetizado 6 33

Renda MensalEntre 1 e 2 salários - -1 Salário 3 17Menos de 1 salário 15 83

Page 11: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

Tabela 2 – Quantidade do lixo produzido na cidade de Pau dos Ferros/RN

Quantidade Dia Semana Mês 20.000 kg 140.000 kg 600.000 kg

Fonte: Pesquisa Direta, 2011

Observando o histórico de produção do lixão da cidade de Pau dos Ferros a media

de coleta de resíduos sólidos é muito grande em media por mês recolhem +/ - 600.000

toneladas de lixo na cidade de Pau dos Ferros – RN, segundo dados coletados na secretaria

municipal de meio ambiente e urbanismo.

Na pesquisa, obtivemos a resposta de que a coleta é feita de forma individual, não

há uma cooperativa nem associação de catadores, cada qual faz sua coleta e qualquer pessoa

que queira chegar no local e coletar materiais, o acesso é livre.

Constatamos que há disposição final inadequada do lixo em terreno baldios e vale.

Também registramos a crença local de que o lixo afastado do leito dos rios e ruas não

prejudica o morador local, como é o caso do lixão da cidade.

Situações de poluição pela disposição inadequada de lixo provocam impactos

ambientas negativos em diferentes lugares, como leitos dos rios, estradas e entre outros locais.

Isso são determinadas pelos valores culturais, crenças e hábitos instruídos.

Com a entrevista podemos constatar que diariamente há “queimadas” dos

materiais no local, uma vez que essas queimadas ocorrem através da combustão dos materiais

que ali se encontram.

Foto 04 – Lixão da cidade de Pau dos Ferros/RN

Page 12: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

Foto 03 – Poluição do Lençol Freático de Pau dos Ferros/RN

Fonte: Pesquisa Direta, 2011.

A inadequada utilização do lixo em ambientes acena um comportamento observável e

implicam em dados ambientais graves.

Existem pessoas que não só coletam esses materiais, mas vivem local, moram em

barracos de papelão, sem nenhuma condição de higienização, e conversando com eles, dizem

que moram no local por opção, pois fica mais próximo da coleta diária.

As fotos de 5 á 10 permite visualizar o processo de acondicionamento em locais

diferentes de materiais do lixo de acordo com os seguintes grupos: material seco ( plástico,

vidros, lixo orgânico e o lixão a céu aberto).

Foto 05 – Material coletado no lixão - vidros

Fonte: Pesquisa Direta, 2011.

Page 13: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

Foto 06 e 07 - Material coletado no lixão – plásticos

Fonte: Pesquisa Direta, 2011.

Foto 08 - Material coletado no lixão – papelão

Na área do lixão são visíveis grandes problemas de ordem ambiental e saúde

pública já que todos os resíduos coletados entram em decomposição a céu aberto, tornando-se

praticamente impossível residir nas proximidades, também foi constatado uma proliferação

muito grande de insetos, moscas, baratas, ratos e etc, a poluição do ar, contaminação do solo

pelo chorume da decomposição do lixo e uma grande ameaça para os recursos hídricos já que

fica próximo a um açude e na época do inverno esses dejetos podem ser carreados pela força

da água para o leito do açude.

O lixo coletado nas vias públicas pelos garis, é transportado em caminhões para o

lixão da cidade, transportado de forma inadequada, sem nenhuma separação, uma vez que,

como não há uma educação para a população fazer a separação, o lixo urbano é levado todo

misturado com restos de alimentos, papeis, animais mortos e demais dejetos.

Page 14: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

Foto 10 – Lixão á céu aberto Pau dos Ferros – RN – coleta

Fonte: Pesquisa Direta, 2011.

Os objetivos da pesquisa foram alcançados, uma vez que foi possível levantar

dados acerca da percepção que os catadores de lixo têm da relação de trabalho e de sua

profissão. A utilização de entrevistas também se mostrou adequada, uma vez que possibilitou

levantar informações dos trabalhadores que compõem a categoria de catador representados no

tema, bem como do problema pesquisado.

.

Dentre as alternativas de tratamento para o lixo urbano, a reciclagem configura-se

como importante elemento, pois possibilita o reaproveitamento de materiais descartados

novamente incorporados ao circuito produtivo e traz benefícios ambientais através da

economia de recursos naturais, energia e água.

Além do inquestionável aspecto ambiental, a reciclagem possibilita ganhos sociais

ao absorver no seu circuito produtivo os catadores de materiais recicláveis. Esses

trabalhadores desempenham um papel preponderante para o processo de reciclagem, pois,

atualmente, o fruto de seu trabalho é ponto de partida para o abastecimento, com matérias-

primas, das indústrias de reciclagem.

Contudo, trata-se de uma inclusão perversa, pois como se pode verificar, com a

lucratividade assegurada pelos processos de reciclagem, estes estão sendo realizados por

pessoas de diferentes segmentos e até mesmo por organizações terceirizadas, o que conduz

paulatinamente para nova exclusão dos catadores.

O problema do lixão é um agravante crônico, e nas entrevistas, ao questionarmos

o apoio do poder público, todos deixam evidentes que apesar de terem conhecimento da

Page 15: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

situação precária que essas pessoas vivem e sobrevivem naquele ambiente, não tem nenhuma

assistência de qualquer natureza por parte do poder público.

Trata-se de um tema relevante e atual, e seguramente não se esgotará em uma

pesquisa, sugere-se que outras pesquisas sejam desenvolvidas aprofundando as formas de

inclusão perversa e a alienação dos catadores de lixo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa, permitiu concluir que o acondicionamento e o destino final do lixo,

não estão sendo adequadamente norteados pelas ações das instituições publicas responsáveis.

Possibilitou os primeiros passos no processo de integração, (com quê) ?. Mostra a

relevância do tema e a urgência com que devemos resolver o problema, considerando as

crianças encontradas trabalhando no lixão. As informações coletadas, sistematizadas em

números absolutos e relativos, ajudaram na elaboração de analises e estudos, objetivando a

pesquisa em geral. Com isso atinge seus objetivos.

É preciso que as pessoas tenham uma conscientização a respeito desse problema,

busquem formas de diminuir os danos causados ao meio ambiente por esses resíduos.

Concluímos que a questão da produção versus destino final é um problema grave para a

sociedade moderna que é extremamente consumista gerando uma quantidade muito elevada

de lixo sem se preocupar com o seu destino final que na maioria das vezes é feito de forma

irregular causando danos irreversíveis a saúde da população e ao meio ambiente.

Na área do lixão são visíveis grandes problemas de ordem ambiental e saúde

pública já que todos os resíduos coletados entram em decomposição a céu aberto, tornando-se

praticamente impossível residir nas proximidades, também foi constatado uma proliferação

muito grande de insetos, moscas, baratas, ratos e etc., a poluição do ar, contaminação do solo

pelo chorume da decomposição do lixo e uma grande ameaça para os recursos hídricos já que

fica próximo a um riacho e na época do inverno esses dejetos podem ser carreados pela força

da água para o leito do riacho.

Ocorre também nas áreas desses lixões a presença dos catadores, inclusive de

crianças, que além de não possuírem os EPI - Equipamentos de Proteção Individual como:

luvas, roupas especiais, máscaras, óculos e calçados, ficam expostos ao mau cheiro, vidros e

metais cortantes e doenças infecto-contagiosas, ocasionando, portanto, problemas de ordem

sanitária e social.

Page 16: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

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Page 19: ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

ANEXO I

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Questionário sobre o destino final de lixo urbano.

Localidade: Lixão Município: Pau dos Ferros- RNPesquisa: Breve analise sobre o destino final do lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros

I. Caracterização sócia demográfico da amostra:

11 SexoMasculino ___ Feminino ___ Idade ___1.2 Formação escolar a) Ensino fundamental ( ) completo ( ) incompleto ( )b) Ensino médio ( ) completo ( ) incompleto ( )1.3 Renda familiar media:

( ) menos de 1 salário mínimo ( ) entre 1 e 2 salários mínimos( )1 salário mínimo( )2 salários mínimos

II. Questionamentos específicos 2.1 Você pensa em montar um tipo de cooperativa de reciclar esses resíduos sólidos para se ter uma renda certa?

Sim ( ) Não ( ) 2.2 Como funciona a separação do lixo?

( ) individual ( ) Coletiva2.3 Qual a freqüência das queimadas no lixão?

( ) Diariamente ( ) Casualmente2.4 Você já recebeu alguma orientação relacionada do meio ambiente?

Sim ( ) Não ( )Se sim, quem orientou? _________________________

2.5 Você acha que a população esta preocupado quanto o consumo racional dos resíduos sólidos e como saber aproveitá-los ?

Sim ( ) Não ( )Se sim quais? ________________________

2.6 Você acha que se houver uma transformação perante o poder municipal juntamente com população, melhoraria a qualidade de vida da cidade?

Sim ( ) Não ( )2.7 Existem pessoas morando no local?

Sim ( ) Não ( )2.8 O poder público tem dado algum apoio a vocês catadores?

Sim ( ) Não ( )2.9 Há quanto tempo vivem no lixão?

( ) Menos de 1 ano ( ) Mais de 1 ano ( ) mais de 5 anos ( ) Mais de 10 anos