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1 A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS E TÉCNICAS NA NOVA SISTEMÁTICA DO DEMONSTRATIVO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA EMPRESAS, INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADES EM GERAIS THE IMPORTANCE OF STANDARDS AND TECHNIQUES IN NEW SYSTEMATIC THE STATEMENT OF CASH FLOWS FOR COMPANIES, INSTITUTIONS, ORGANIZATIONS AND CORPORATIONS IN GENERAL Deise Regina Cabrera - CRA/GO 15021; [email protected] 1 Derival Alves Ferro - CRC/GO 16079; [email protected] 2 Mario Ferreira Neto; [email protected] 3 Orientador - Prof. MSc. Fábio da Silva e Almeida; [email protected] 4 MBA em Perícia Judicial e Auditoria IPECON/PUC-GO RESUMO O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é uma ferramenta de grande valorização para a Contabilidade por analisar e avaliar os efeitos práticos das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos no fluxo de caixa de certo período contábil das empresas ou instituições ou organizações. Com a edição da Lei nº 11.638, de 28/12/2007 que passou a vigorar a partir de 1º/1/2008, o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa, no Brasil, tornou-se indispensável e obrigatória, tantos para os profissionais da Contabilidade quanto aos administradores, diretores ou gestores das empresas ou instituições ou organizações que fazem parte do ambiente comercial, contábil e empresarial, necessitam de conhecer, compreender e elaborar o Balanço Patrimonial, através do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa com a finalidade de instruí-los para interpretar criticamente os seus resultados. O presente estudo-trabalho procura demonstrar, clara e objetivamente, através de uma pesquisa bibliográfica, realizar abordagens dos conceitos e definições dos componentes, métodos e a estrutura das demonstrações contábeis estabelecidas pelas normas nacionais e internacionais, apresentando-lhe as técnicas de elaboração e resolução, etapa por etapa, por meio de um exemplo prático de Demonstração do Fluxo de Caixa para que possa entender a funcionalidade da Contabilidade, neste aspecto contábil e matemático. O objetivo deste estudo-trabalho é contribuir para a discussão, análise e avaliação do poder informativo do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa e a sua utilidade no processo/produto de tomada de decisão tanto pela administração e gestão quanto do profissional de Contabilidade das empresas ou instituições ou organizações. PALAVRAS-CHAVES: Contabilidade Geral. Contabilidade Financeira. Contabilidade Tributária. Demonstrativo do Fluxo de Caixa. Empresa. Estrutura do Demonstrativo 1 Especializanda da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria PUC-GO/IPECON. 2 Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria PUC-GO/IPECON. 3 Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria PUC-GO/IPECON. 4 Professor Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo PUC/SP.

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Page 1: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

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A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS E TÉCNICAS NA NOVA SISTEMÁTICA

DO DEMONSTRATIVO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA EMPRESAS,

INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADES EM GERAIS

THE IMPORTANCE OF STANDARDS AND TECHNIQUES IN NEW

SYSTEMATIC THE STATEMENT OF CASH FLOWS FOR COMPANIES,

INSTITUTIONS, ORGANIZATIONS AND CORPORATIONS IN GENERAL

Deise Regina Cabrera - CRA/GO 15021; [email protected]

1

Derival Alves Ferro - CRC/GO 16079; [email protected]

Mario Ferreira Neto; [email protected]

Orientador - Prof. MSc. Fábio da Silva e Almeida; [email protected]

MBA em Perícia Judicial e Auditoria – IPECON/PUC-GO

RESUMO

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é uma ferramenta de grande valorização para a

Contabilidade por analisar e avaliar os efeitos práticos das atividades operacionais, de

investimentos e de financiamentos no fluxo de caixa de certo período contábil das

empresas ou instituições ou organizações.

Com a edição da Lei nº 11.638, de 28/12/2007 que passou a vigorar a partir de

1º/1/2008, o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa, no Brasil, tornou-se indispensável e

obrigatória, tantos para os profissionais da Contabilidade quanto aos administradores,

diretores ou gestores das empresas ou instituições ou organizações que fazem parte do

ambiente comercial, contábil e empresarial, necessitam de conhecer, compreender e

elaborar o Balanço Patrimonial, através do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa com a

finalidade de instruí-los para interpretar criticamente os seus resultados.

O presente estudo-trabalho procura demonstrar, clara e objetivamente, através de uma

pesquisa bibliográfica, realizar abordagens dos conceitos e definições dos componentes,

métodos e a estrutura das demonstrações contábeis estabelecidas pelas normas nacionais

e internacionais, apresentando-lhe as técnicas de elaboração e resolução, etapa por

etapa, por meio de um exemplo prático de Demonstração do Fluxo de Caixa para que

possa entender a funcionalidade da Contabilidade, neste aspecto contábil e matemático.

O objetivo deste estudo-trabalho é contribuir para a discussão, análise e avaliação do

poder informativo do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa e a sua utilidade no

processo/produto de tomada de decisão tanto pela administração e gestão quanto do

profissional de Contabilidade das empresas ou instituições ou organizações.

PALAVRAS-CHAVES: Contabilidade Geral. Contabilidade Financeira. Contabilidade

Tributária. Demonstrativo do Fluxo de Caixa. Empresa. Estrutura do Demonstrativo

1 Especializanda da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON.

2 Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON.

3 Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON.

4 Professor Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo

– PUC/SP.

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Contábil. Instituição. Método de Relatório. Organização. Padrão de Norma Nacional e

Internacional.

ABSTRACT

The Statement of Cash Flows is a tool of great value to Accounting for analyzing and

evaluating the practical effects of operating, investing and financing cash flow in a

period of accounting firms or institutions or organizations.

With the enactment of Law No. 11.638, of 12.28.2007 which became effective from

1/1/2008, the Statement of Cash Flows, in Brazil, has become indispensable and

obligatory, for many professionals in Accounting as the officers, directors or

managers of companies or institutions or organizations that are part of the business

environment, accounting and business, need to know, understand and prepare the

Balance Sheet through the Statement of Cash Flows in order to instruct them to

critically interpret their results.

This study-work seeks to demonstrate, clearly and objectively, through a literature

search, conduct approaches the concepts and definitions of components, methods and

structure of the financial statements set by national and international standards,

offering him the techniques of preparation and resolution, step by step, through a

practical example of the Statement of Cash Flows for you to understand the

functionality of accounting, accounting and math this respect.

This study-work is contributing to the discussion, analysis and evaluation of the

informative power of the Statement of Cash Flows and its usefulness in the process /

product decision making by both the administration and management as the

professional accounting companies or institutions or organizations.

KEYWODS: General Ledger. Financial Accounting. Tax Accounting. Statement of

Cash Flows. Company. Structure of Accounting Statement. Institution. Method Report.

Organization. Standard Standard National and International.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, assiste-se a evolução do mundo competitivo e globalizado nos

negócios, nos avanços tecnológicos e não é exagero afirmar que se trata da “terceira

revolução industrial”, exigindo aperfeiçoamento e maturidade dos profissionais

responsáveis pela elaboração e interpretação dos dados econômico-financeiros das

empresas ou instituições ou organizações. Cada vez mais é necessária a utilização de

instrumentos ou mecanismos que garantam a sobrevivência das empresas, das

instituições e das organizações no mercado.

A maximização do valor para os acionistas, credores, investidores e sócio-

proprietários constituem-se em um dos principais objetivos dos administradores e

gestores. A realidade agitada e turbulenta da economia mundial impõe às empresas,

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instituições e organizações a necessidade de administração e gestão do valor para a

sobrevivência sustentada de seus negócios, no mercado interno ou externo.

Com a edição da Lei nº 11.638, de 28/12/2007, a Contabilidade brasileira

converteu-se aos moldes do padrão internacional, especialmente das normas da

International Financial Reporting Standards - IFRS e International Accounting

Standards Board - IASB, adicionada ao intenso processo de modernização e

informatização do sistema de fiscalização contábil e tributária com a implantação do

Sistema Público de Escrituração Digital - SPED (fiscal, contábil e social) e da Nota

Fiscal eletrônica - NF-e, tornando-se a Contabilidade, indispensavelmente, um

instrumento para a sobrevivência das empresas, instituições e organizações,

independentemente, da estrutura operacional/organizacional e do poder econômico.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é um excelente e valioso instrumento

direcionado a Contabilidade para analisar e avaliar os efeitos das atividades

operacionais e gerenciais, de investimentos e de empréstimos/financiamentos no fluxo

de caixa de certo período das empresas, instituições e organizações.

A novidade substancial trazida pela Lei nº 11.638/2007 é a obrigatoriedade de

se divulgar e publicar o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa em substituição ao

Demonstrativo das Origens e Aplicações de Recursos.

A divulgação e a publicação do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa se

tornaram obrigatória, em diversos países, inclusive no Brasil, a partir de 1º de janeiro de

2008, por força da Lei nº 11.638, de 28/12/2007. Por exemplo, o Canadá estabeleceu

normas contábeis que obrigaram essa divulgação e publicação, desde 1985. Os Estados

Unidos fizeram o mesmo, desde 1987. As normas internacionais contábeis foram

aprovadas em 1992 pelo International Accounting Standards Board5 - IASB.

Sob o prisma informativo, prático e útil do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa,

asseguram às empresas, instituições e organizações desempenhar um papel importante

como ferramenta de operacionalização e gerenciamento de seus recursos econômico-

financeiros e de análise para tomada de decisões, uma vez que, os administradores e

gestores precisam considerar as possíveis alternativas existentes para agregar valor,

como a necessidade de aplicar, investir, manter e negociar o quantum da sua riqueza

(patrimônio) foi produzido para considerar a distribuição de dividendos aos acionistas,

credores, investidores e sócios-proprietários.

5 Conselho de Padrões de Contabilidade Internacionais.

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Ao final deste estudo-trabalho, são apresentadas as conclusões obtidas com as

demonstrações contábeis na nova sistemática da estrutura e dos métodos estabelecidos

pela lei brasileira, normas nacionais e internacionais, pelas entidades e órgãos

reguladores afetos à Contabilidade.

1.1. TEMA

A importância da estrutura, das normas e técnicas contábeis nacionais e

internacionais na nova sistemática de apresentação, divulgação e publicação do

Demonstrativo dos Fluxos de Caixa para as microempresas, pequenas e médias

empresas, sociedades anônimas e limitadas, sociedades de grande estrutura operacional

e organizacional, organizações estatais (autarquias, concessionárias de serviço público,

fundações, entre outras), para estais (Organização da Sociedade Civil de Interesse

Público - OSCIP) e não estatais (entidades filantrópicas e religiosas, sem fins

lucrativos).

1.2. JUSTIFICATIVA

As incessantes mutações econômicas, filosóficas, religiosas, políticas, sociais e

tecnológicas estão modificando características do mundo competitivo e globalizado,

desde o século passado.

A globalização dos negócios tem se transformado a cada dia, este mercado de

negócios mais competitivo e os avanços e inovações tecnológicas tem surgida como

uma grande e relevante contribuição para as empresas, instituições, organizações nesse

aspecto, sobretudo para as diversas áreas de conhecimento (Ciências Exatas, Humanas,

Sociais, entre outras).

Essas modificações têm conduzido às empresas, as instituições privadas ou

públicas, as organizações a se sujeitarem, cada vez mais, aos novos métodos e

procedimentos de administração e gestão de trabalho, novos processos/produtos, novas

metodologias, novos programas e projetos, inovadores. Com isso, sobretudo as

organizações governamentais e não-governamentais tem se orientado a reavaliarem suas

filosofias, paradigmas e políticas estruturais, operacionais e organizacionais.

As inovações e transformações fazem com que cada vez mais, as empresas, as

instituições privadas ou públicas e as organizações se focalizem em seus objetivos,

missões, metas, funções e finalidades para que possam se manter no mercado dos

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5

negócios em face da competitividade e da globalização. Essa necessidade de assegurar a

continuidade das empresas, das entidades privadas ou públicas também se reproduz e

repercute na preocupação com a economia, qualidade e produção, inovação resultante

do conhecimento no trabalho operacional e gerencial.

Atualmente, são priorizadas as atividades fins para que as empresas e as

instituições privadas ou públicas possam responder, com economicidade, efetividade,

eficácia, eficiência, produtividade e rapidez, às exigências do mercado de negócios e as

necessidades dos clientes/usuários, transmitindo-se a outrem profissional o

planejamento, a execução e o controle das atividades meio, principalmente a

Contabilidade.

Nesta perspectiva, essas atividades atuam como participantes das mutações

processadas nas empresas, instituições privadas ou públicas e organizações para avaliar

os controles e recomendar ou sugerir as ações e os ajustes necessários nos sistemas e

procedimentos internos operacionais e gerenciais para manutenção ou maximização dos

recursos econômicos (capital6 - dinheiro) para se expandirem no mercado dos negócios.

Com a evolução e competitividade globalizada do mercado dos negócios, cada

vez mais, as empresas e as instituições privadas ou públicas estão na busca de novas

tecnologias operacionais, organizacionais e gerenciais, que permitam a administração

em geral vislumbrar perspectivas futuras para qualquer espécie e natureza de

organização.

O objetivo do presente estudo-trabalho não é apresentar novidade na área da

Contabilidade, mas evidenciar a existência de ferramentas eficazes e eficientes para a

administração e gestão das empresas e instituições privadas ou públicas, especialmente

para o profissional da Contabilidade. Por exemplo, tem-se o planejamento, a execução e

o controle financeiro que, quando adequada e corretamente implantados com coerência,

conveniência e seriedade na administração e gestão de qualquer empresa ou instituição

ou organização contribuem para o acompanhamento das diretrizes e para o alcance das

metas e objetivos estabelecidos, desejados ou previstos.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa fornece informações acerca das

alterações no caixa e equivalentes de caixa das empresas, instituições e organizações 6 Capital é representado principalmente pelos recursos financeiros (dinheiro) necessários para custear o

consumo ou novos investimentos. O conceito de capital é bastante abrangente que se inclui a tecnologia e

a capacidade empresarial. Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Conhecido

como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (Valor

Presente).

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para um período contábil, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades

operacionais, nas atividades de investimentos e nas atividades de

empréstimos/financiamentos.

As informações sobre o fluxo de caixa de qualquer espécie ou natureza de uma

empresa ou instituição são úteis para proporcionar aos clientes/usuários das

demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade, destas entidades, gerar

caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades das entidades de utilização

desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos clientes/usuários

exigem avaliação da capacidade, das empresas e instituições, gerar caixa e equivalentes

de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração ou

produção.

1.3. PROBLEMA

Quais os tipos indispensáveis de informações contábeis devem constar na

Demonstração dos Fluxos de Caixa das empresas ou instituições privadas ou públicas?

Quais as conclusões contábeis podem ser extraídas dos resultados da

Demonstração dos Fluxos Contábeis para evidenciar as variações ocorridas no caixa e

equivalentes de caixa ou disponível das empresas ou instituições privadas ou públicas?

Qual a relevância da Demonstração dos Fluxos de Caixa como instrumento de

planejamento, execução e controle futuro das empresas ou instituições privadas ou

públicas para se evitar a insolvência ou a falência?

1.4. HIPÓTESES

H1→ Aferição do nível de economicidade, efetividade, eficácia, eficiência e

produtividade da Administração nas utilizações dos recursos de caixa gerados nas

atividades operacionais.

H2→ Avaliação da capacidade de geração ou produção de caixa nas atividades

operacionais e de pagamentos das obrigações futuras (dividendos, empréstimos,

fornecedores, entre outros) da empresa ou instituição privada ou pública.

H3→ Verificação de como a empresa ou instituição financia suas necessidades

de capital de giro e de investimento.

1.5. METODOLOGIA

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O presente estudo-trabalho foi desenvolvido, baseando-se na pesquisa-estudo

bibliográfica de vários autores afeto à área de Contabilidade Geral, Financeira e

Tributária, com a identificação dos conceitos e definições dos componentes utilizados

no Demonstrativo dos Fluxos de Caixa, nas recentes obras e periódicos publicados na

internet, livros, revistas e sites das entidades e órgãos de classes de categorias

profissionais, não contendo quaisquer informações de empresas, instituições ou

organizações privadas ou públicas, objetivando-se contribuir para uma melhor

compreensão deste valioso instrumento de demonstração contábil-financeiro, servindo-

se este estudo-trabalho para posteriores discussões e estudos acadêmicos.

1.6. OBJETIVO GERAL

Apresentar, demonstrar e revelar tanto ao Técnico em Contabilidade quanto ao

Acadêmico como ao Profissional de Ciências Contábeis, os conceitos de caixa, uma

visão etapa por etapa da estrutura (modelo) de elaboração e análise crítica do Balanço

Patrimonial referente ao Demonstrativo do Fluxo de Caixa de uma empresa, instituição

ou organização estatal, paraestatal ou não-estatal, de conformidade com a Lei nº

11.638/2007, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2008, demais regramentos e

normativos dos órgãos reguladores, nacionais e internacionais, afetos à Contabilidade,

visando dar-lhe suporte à tomada de decisões, através dos conceitos e definições dos

componentes ou elementos, dos métodos e técnicas do Demonstrativo dos Fluxos de

Caixa para ter-se uma melhor compreensão e entendimento sobre o desempenho de

caixa de qualquer espécie ou natureza de empresa ou instituição, as informações sobre o

capital de lucro ou prejuízo, à maneira de sua distribuição, utilizando-se como

ferramentas essenciais e indispensáveis à administração e a gestão corporativa,

adequando-as aos novos processos/produtos de internacionalização e nacionalização da

Contabilidade, tendo em vista o avanço tecnológico do sistema contábil, fiscal e

tributário: fiscalização digital contábil e tributária (SPED), com a integração dos riscos,

através da padronização e compartilhamento dos entes públicos (Federal, Estadual e

Municipal); emissão da Nota Fiscal eletrônica (NF-e); emissão da Guia de Transporte

eletrônica (GT-e).

1.7. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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Analisar a utilidade das informações extraídas e obtidas pelo Demonstrativo

dos Fluxos de Caixa para tomada de decisão;

Atender às necessidades de maior transparência e qualidade das informações

contábeis para buscar uma harmonização com as práticas contábeis nacionais e

internacionais;

Compreender os critérios de mensuração e reconhecimento, de apresentação e

de elaboração dos elementos das demonstrações contábeis e o impacto econômico-

financeiro das práticas brasileiras, internacionais e norte-americanas;

Demonstrar a estruturação metodológica e técnica das demonstrações contábeis

pertinentes ao Demonstrativo dos Fluxos de Caixa e a sua finalidade a respeito dos

aspectos de planejamento, execução e controle na tomada de decisões;

Entender os aspectos relacionáveis à preparação e ao contexto das

Demonstrações dos Fluxos de Caixa, possibilitando perceber e vislumbrar a função e o

papel da Contabilidade para planejamento, execução, controle na tomada de decisões

(ciclo da auditoria operacional e de gestão), inclusive com atualização geral do contexto

da Contabilidade;

Refletir sobre as alterações e modificações ocorridas nas demonstrações

contábeis e a mudança de postura do profissional da Administração, da Contabilidade,

da Gestão de quaisquer modalidades de empresas ou instituições privadas ou públicas.

2. A ESSENCIALIDADE E OBRIGATORIEDADE DO DFC

Em 19732 foi criado o International Accounting Standards Committee - IASC

pelos organismos profissionais de contabilidade de 10 (dez) países: 1- Alemanha; 2-

Austrália; 3- Canadá; 4- Estados Unidos da América; 5- França; 6- Irlanda; 7- Japão; 8-

México; 9- Países Baixos; 10- Reino Unido.

A nova entidade foi criada com o objetivo de formular e publicar de forma

totalmente independente um novo padrão (método - modelo) de normas contábeis

internacionais que possa ser mundialmente aceitas.

O IASC foi criado como uma fundação independente sem fins lucrativos e com

recursos próprios procedentes das contribuições de vários organismos internacionais,

assim como as principais firmas de auditoria.

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9

Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram

chamados de International Accounting Standard - IAS. Uma quantidade numerosa de

normas ainda está vigente, a pesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo.

O modelo padrão do DFC foi criado pelo IASC, através do International

Accounting Standard - IAS chamado Padrão Internacional de Contabilidade (IAS-7),

com vigência, a partir de 1º de janeiro de 1994.

Em 1997 o IASC criou o Standing Interpretations Committee - SIC um Comitê

Técnico dentro da estrutura do IASC responsável pelas publicações de interpretações,

cujo objetivo era responder as dúvidas de interpretações dos profissionais e usuários da

área de Contabilidade.

As normas de apresentação e elaboração do DFC foram estabelecidas pelo

FASB, através do Statement of Financial Accounting Standard - SFAS, conhecido

como Declaração de Padrões de Contabilidade nº 95 de adoção e aplicação obrigatória,

desde 1988, nos Estados Unidos. O SFAS é a principal publicação de Padrões de

Contabilidade nos Estados Unidos editado pelo FASB.

Em 1º de abril de 2001 foi criado o International Accounting Standards

Board - IASB na estrutura do IASC que assumiu as responsabilidades técnicas do

IASC. A criação do IASB teve objetivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e

validação dos novos pronunciamentos contábeis internacionais a serem emitidas pelo

IASB com o novo nome de pronunciamentos International Financial Reporting

Standard - IFRS.

O novo nome que foi escolhido pelo IASB tem demonstrada a vontade do

Comitê de transformar progressivamente os pronunciamentos contábeis anteriores em

novos padrões internacionalmente aceitos de reporte financeiro com o fim de responder

as expectativas crescentes dos profissionais e usuários da informação financeira

(analistas, investidores, instituições, profissionais de contabilidade, entre outros).

Dentre todos, os sistemas alemão e canadense foram considerados os mais

adequados, enquanto os sistemas inglês e americano como os que mais necessitam de

adaptações. Em dezembro de 2001 o nome do Standing Interpretations Committee - SIC

foi alterado, modificado para International Financial Reporting Interpretations

Committee - IFRIC.

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Em 18 de setembro de 2002, em Norwalk (Connecticut), FASB e IASB se

reuniram e divulgaram um “Memorando de Entendimento” - “Memorandum of

Understanding”.

O IFRIC passou a ser responsável pela publicação e interpretações sobre o

conjunto de normas internacionais, a partir de 2002.

Em março de 2004, diversas normas do IAS/IFRS foram publicadas pelo

IASB, incluindo a norma IFRS-1 que define os princípios a serem respeitada pelas

empresas no processo de conversão, primeira publicação de demonstrações financeiras

em IFRS.

A partir de 1º de janeiro de 2005 todas as empresas europeias abertas passaram

a adotar, obrigatoriamente, as normas IFRS para publicarem suas demonstrações

financeiras consolidadas.

Em 31 de dezembro de 2008 encerrou-se o prazo do período de adaptação.

Entrada em vigor das normas e padrões do IFRS, tornando-se obrigatória para

todas as empresas de capital aberto e empresas de capital fechado de média e grande

estrutura organizacional. Os bancos podem passar a exigir as demonstrações financeiras

de acordo com o novo padrão.

As normas internacionais de contabilidade, em inglês: International

Accounting Standard - IAS, atualmente são conhecidas: International Financial

Reporting Standards - IFRS, é um conjunto de pronunciamentos internacionais na área

de contabilidade, publicados e revisados pelo International Accounting Standards

Board - IASB.

As normas IFRS foram adotadas, entre outros, pelos países da União

Europeia pelo Regulamento CE nº 1.725, de 21/9/2003 da Comissão Europeia,

atualizado pelo Regulamento CE nº 1.126/2008, com o objetivo de harmonizar e

uniformizar as demonstrações contábeis e financeiras consolidadas, publicadas

pelas empresas abertas europeias. A iniciativa foi internacionalmente acolhida pela

comunidade financeira.

Atualmente vários países têm projetos oficiais de convergência das normas

contábeis locais para as normas internacionais, inclusive o Brasil.

O Financial Accounting Standards Board - FASB é o principal órgão

responsável pela criação e edição de Princípios de Contabilidade nos Estados Unidos,

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11

nominado de Generally Accepted Accounting Principles in the United States –

US/GAAP.

O International Accounting Standards Board - IASB e o International

Financial Reporting Standard - IFRS estão em busca de uma convergência

internacional com o FASB.

A diferença entre FASB e IFRS referem-se aos projetos de convergência em

curso, as diferenças entre as normas FASB e IFRS é cada vez menor. Algumas

das principais diferenças entre as normas FASB e IFRS: a) Apresentação dos

demonstrativos; b) Há um consenso que tanto o FASB como o IFRS provem poucas

informações referentes aos formatos que devem ser observados para apresentação dos

demonstrativos financeiros; c) No FASB as informações sobre as apresentações são

dispersas em diversas normas; d) O IFRS não exige um formato específico para os

demonstrativos financeiros.

Um projeto para atender a um formato em comum para FASB e IFRS está em

discussão e seria um grande passo para a harmonização e uniformização das normas

contábeis, caso fosse padronizado um único sistema de apresentação de demonstrativos

para FASB e IFRS.

Um dos objetivos do FASB por participar nas atividades internacionais

consiste em aumentar a comparabilidade internacional e a qualidade das normas

utilizadas nos Estados Unidos.

O FASB atua em cooperação com o International Accounting Standards Board

- IASB que é o sistema de normas contábeis para Europa e outros países que seguem

esse organismo.

O FASB acredita que o ideal seria um único conjunto de normas contábeis.

Atualmente, um único conjunto de normas contábeis de alta qualidade, que seja aceito

em todos os países de capitais não existe.

Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas domésticas são registradas no

Securities and Exchange Commission - SEC devem apresentar relatórios financeiros de

acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos pelo US/GAAP. As empresas

estrangeiras associadas do SEC podem usar o US/GAAP e também podem usar o

GAAP de seu país ou as normas internacionais, mas se usarem normas de seus países

deve fornecer uma reconciliação para US/GAAP.

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12

O FASB está engajado em uma variedade de atividades para o alcance dos

objetivos de alta qualidade. Quase todos os projetos do FASB envolvem interesse em

algum outro país ou com envolvimento no IASB.

Desde 1973, o Financial Accounting Standards Board - FASB foi designado

como a organização do setor privado para o estabelecimento de normas de contabilidade

financeira e apresentação de relatórios. Essas normas regulamentam a preparação dos

relatórios financeiros. São oficialmente reconhecidos como abalizado pela Securities

and Exchange Commission (Financial Reporting Release nº 1, Seção 101 e confirmados

na Declaração Política de abril 2003) e do American Institute of Certified Public

Accountants (artigo 203, regras de conduta profissional, conforme alteração de maio de

1973 e maio de 1979).

Essas normas são essenciais para o funcionamento eficiente da economia,

porque os investidores, credores e auditores focam a comparabilidade, credibilidade e

transparência das informações financeiras.

A Securities and Exchange Commission - SEC tem autoridade legal para

estabelecer normas de contabilidade financeira e de comunicação sobre as empresas

sujeitas a regulamentação do Securities Exchange.

A missão do Financial Accounting Standards Board - FASB é estabelecer e

melhorar as normas de contabilidade financeira e de apresentação de relatórios para a

orientação e educação do público, incluindo os emitentes, auditores e usuários das

informações financeiras.

Normas contábeis são essenciais para o funcionamento eficiente da economia,

porque as decisões sobre a alocação de recursos dependem fortemente de credibilidade,

concisão, transparência e compreensão das informações financeiras. Informações

financeiras sobre as operações e posição financeira de cada uma das entidades também é

utilizado pelo público para suportar vários tipos de decisões. Para cumprir sua missão, o

FASB atua para:

1- Considerar rapidamente mudanças significativas nas áreas que requerem

melhora na informação financeira através do processo de normalização;

2- Manter os padrões atuais para refletir as mudanças nas formas de fazer

negócios e adequação às mudanças determinadas pela economia;

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13

3- Melhorar a utilidade da informação financeira, centrando-se nas principais

características de relevância e de confiabilidade das contas e sobre as qualidades de

comparabilidade e coerência;

4- Melhorar o entendimento comum sobre a natureza e finalidade das

informações contidas nos relatórios financeiros;

5- Promover a convergência das normas contábeis internacionais

simultaneamente com a melhoria da qualidade da informação financeira.

O FASB desenvolve ampla definição de conceitos, bem como define normas

de informação financeira. Também fornece orientações sobre a aplicação das normas.

Conceitos são úteis para orientar ao Comitê FASB na elaboração de normas e na

prestação de um quadro de referência, ou quadro conceitual, para resolver questões

contábeis. O FASB também ajuda a compreender a natureza e as limitações das

informações fornecidas pelos relatórios financeiros.

O FASB procura promover ativamente as opiniões dos seus vários grupos com

poder de decisão sobre questões contábeis.

O comitê FASB segue determinados preceitos na realização de suas atividades:

1- Para maior objetividade nas tomadas de decisão e para assegurar, na medida

do possível, a neutralidade da informação resultante das suas normas;

2- Para ser neutra, a informação deve ser a mais fiel possível sem desvirtuar a

imagem e sem influenciar comportamentos em qualquer direção específica;

3- Para pesar cuidadosamente as opiniões dos seus membros na definição de

conceitos e normas. No entanto, a última palavra determinante de conceitos e normas

deve vir do Comitê de julgamento, com base em pesquisa, dados públicos, e cuidadosa e

deliberação sobre a utilidade das informações resultantes;

4- Para promulgar normas apenas quando os benefícios esperados excedem os

custos percebidos. Embora confiáveis os dados quantitativos de custo-benefício,

calculados quando, raramente, possíveis, o Comitê se esforça para determinar que uma

proposta de norma considere varias alternativas e os custos respectivos;

5- Para trazer mudanças necessárias de forma a minimizar a ruptura da

continuidade da comunicação prática;

6- Para analisar os efeitos de decisões passadas, interpretar, modificar e

substituir as normas em tempo oportuno, quando tal ação é indicada.

O FASB está empenhado em seguir um diálogo aberto, ordenado promovendo

Page 14: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

14

um processo de ajuste padrão que se opõe sem colocação de qualquer interesse

particular acima dos interesses dos muitos usuários das informações financeiras.

Os IFRS é compostos por: 1- International Financial Reporting Standards -

IFRS: normas publicadas depois de 2001; 2- International Accounting Standards - IAS:

normas publicada antes de 2001; 3- Interpretations originated from the International

Financial Reporting Interpretations Committee - IFRIC: interpretações do International

Financial Reporting Interpretations Committee; 4- Standing Interpretations Committee

- SIC: publicadas antes de 2001; 5- Framework for the Preparation and Presentation of

Financial Statements (1989). Todos os pronunciamentos contábeis internacionais são

publicados pelo International Accounting Standards Board em língua inglesa.

Sob o aspecto legal, o DFC é uma peça contábil obrigatória para todas as

espécies e naturezas de Empresas, Sociedades Anônimas tanto de capital aberto quando

de capital fechado, Sociedade de Estrutura organizacional e Poder Econômico, como

também àquelas consideradas Microempresas, Pequenas e Médias Empresas, tendo em

vista o que determinam os regramentos: Lei nº 11.638/2007, Normas Internacionais de

Contabilidade - International Accounting Standards (IAS), Normas Internacionais de

Relato Financeiro - International Financial Reporting Standards (IFRS), Comitê de

Pronunciamentos Contáveis - CPC, Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade -

CFC, independente da sistemática de tributação decidida ou optada pelas empresas ou

instituições.

As Sociedades de Grande Estrutura Organizacional devem cumprir e observar

as disposições da Lei nº 11.638/2007 (§ único, art. 3º), mas também tem que cumprir e

respeitar as normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, às determinações que

contém nas Normas Brasileira de Contabilidade (NBC) emitida pelo Conselho Federal

de Contabilidade - CFC e os Pronunciamentos Técnicos editados pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis - CPC, inclusive essa obrigatoriedade de cumprimento e

observação das legislações e regramentos aplicáveis à Contabilidade estendem-se as

entidades, sem finalidades lucrativas.

As Leis n° 11.638/2007 e n° 11.941/2009, que alteraram a Lei n° 6.404/1976 -

Lei das Sociedades por Ações, estabeleceram as condições para a participação do Brasil

no processo mundial de convergência das normas e práticas contábeis internacionais

(International Accounting Standards - IAS e International Financial Reporting

Standards - IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB.

Page 15: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

15

As normas foram introduzidas no Brasil pelo Comitê de Pronunciamentos

Contábeis - CPC que, emite seus pronunciamentos em consonância com as práticas

internacionais, referendando-os, através de outros órgãos ou entidades: Agência

Nacional de Energia Elétrica - ANEEL; Agência Nacional de Saúde - ANS; Agência

Nacional de Transportes Terrestres - ANTT; Comissão de Valores Mobiliários - CVM;

Conselho Federal de Contabilidade - CFC; Conselho Monetário Nacional - CMN;

Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, pertinente ao contexto normativo que

lhe for afeto.

A apresentação de balanços patrimoniais e de demonstrativos financeiros de

acordo com o IFRS se tornou obrigatório para a grande maioria das empresas. A

mudança das normas contábeis continua dificultando a apresentação e a leitura dos

balanços patrimoniais. Este fato é grave, por comprometer a transparência e a

compreensão da real situação das empresas, dificultando decisões, por exemplo, de

concessão de crédito.

Para se ajustar e amoldar eficaz e eficiente, os administradores, diretores e

gestores e os profissionais de contabilidade de qualquer espécie de empresa necessitam

indispensavelmente de conhecer em profundidade as complexas alterações e

modificações das normas e técnicas contábeis. Esses profissionais devem buscar

informações materializadas a respeito dos regramentos das demonstrações contábeis

para terem conhecimentos e estarem instruídas sobre aquelas alterações e modificações

e referentes às diferenças comparativas entre as instituições responsáveis para

disciplinarem as normas e técnicas das demonstrações contábeis: Poder Executivo

Nacional através da edição de Leis e Decretos; IAS, IFRS, US/GAAP, BR/GAAP, CFC,

entre outros, através de seus Pronunciamentos e Resoluções.

Não é exagero afirmar que, mesmo os mais experientes profissionais da área de

Contabilidade que vem estudando as novas regras, métodos e técnicas contábeis, estão

consumindo e despendendo muito mais tempo para elaborar, apresentar e divulgar ou

ler e interpretar um balanço patrimonial do que o tempo anteriormente consumido em

BR/GAAP.

A harmonização e uniformização de normas e técnicas contábeis é uma

necessidade para as empresas e os profissionais da contabilidade que operam mais

adiante das fronteiras pela dificuldade de compreensão e interpretação das regras e por

causa das oportunidades de aumentar suas atividades e negócios.

Page 16: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

16

Há fatores econômicos, culturais, religiosos, filosóficos, políticos e sociais que

têm causado dificuldades nesse processo, fazendo com que existam, no mundo, diversas

normas contábeis, como: IAS, IFRS, US/GAAP, BR/GAAP, CFC, entre outras

instituições afetas à área da Contabilidade.

Este estudo-trabalho, entre outros objetivos, visa apresentar uma análise das

diferenças entre as normas e técnicas contábeis norte-americanas e brasileiras,

apontando as diferenças mais relevantes entre os regramentos internacionais e

nacionais.

É importante destacar que a US/GAAP e BR/GAAP é uma organização

formada por profissionais multidisciplinares.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa tornou-se obrigatório no Brasil para as

todas as modalidades de empresas, consideradas de grande, média, pequeno ou micro

porte, a partir do advento da Lei nº 11.638/2007 e dos demais ordenamentos e

normativos de órgãos e entidades afetas ao processo/produto ou sistema de

Contabilidade.

Anteriormente a edição da Lei supracitada, o Instituto dos Auditores

Independentes do Brasil - IBRACON, já teria recomendado e sugerido a adoção deste

procedimento técnico com a publicação do Pronunciamento nº 20, de 30 de abril de

1999 (NPC 20 - Demonstração dos Fluxos de Caixa - Princípios Contábeis Aplicáveis),

anteriormente ao advento da Lei supracitada.

Em 3 de setembro de 2008, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC

divulgou o Pronunciamento Técnico CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa,

possuindo o objetivo de “exigir o fornecimento de informação acerca das alterações

históricas de caixa e equivalentes de caixa”, bem como apresenta os principais atributos

dessa demonstração.

Esse pronunciamento foi referendado - aprovado pela Comissão de Valores

Mobiliários - CVM, conforme Deliberação nº 547, de 13/8/2008 e ratificado pela

Deliberação nº 641, de 7/10/2010; Conselho Federal de Contabilidade - CFC, conforme

Resolução nº 1.125 - NBC T 3.8, de 15/8/2008; Conselho Monetário Nacional - CMN,

conforme Resolução nº 3.604, de 29/8/2008 do Banco Central do Brasil; Agência

Nacional de Energia Elétrica - ANELL, conforme Despacho nº 4.794, de 24/12/2008 e

Ofício-Circular nº 2.775/2008-SFF/ANELL, de 24/12/2008; Superintendência de

Seguros Privados - SUSEP, conforme Ofício-Circular nº 424, de 29/4/2011; Agência

Page 17: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

17

Nacional de Saúde - ANS, conforme Instrução Normativa nº 37, de 22/12/2009

revogada pela Resolução Normativa nº 290, de 27/2/2012.

No Poder Público da Administração Direta, Indireta e Autárquica (Setor

Público), O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa passou a ser exigida a partir de 1º de

janeiro de 2010, com a edição da Resolução nº 1.133, de 21/11/2008 do Conselho

Federal de Contabilidade - CFC, por aprovar a NBC T 16.6 - Demonstrações Contábeis,

tendo em vista ao estabelecido na Portaria nº 184, de 25/8/2008 do Ministério da

Fazenda.

De acordo com Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 16.6, itens 30 a

34, a Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC definem que:

“30. A Demonstração dos Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos

futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de

manutenção do regular financiamento dos serviços públicos. 31. A Demonstração dos Fluxos

de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou indireto e evidenciar as movimentações

havidas no caixa e seus equivalentes, nos seguintes fluxos: (a) das operações; (b) dos

investimentos; e (c) dos financiamentos. 32. O fluxo de caixa das operações compreende os

ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os desembolsos

relacionados com a ação pública e os demais fluxos que não se qualificam como de

investimento ou financiamento. 33. O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos

relacionados à aquisição e à alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em

dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras

operações da mesma natureza. 34. O fluxo de caixa dos financiamentos inclui os recursos

relacionados à captação e à amortização de empréstimos e financiamentos”.

Um dos objetivos principais do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é fornecer

informações convenientes e relevantes sobre as entradas e saídas de caixa ou dos

equivalentes de caixa em um determinado período para possibilitar a tomada de

decisões em cenários futuros.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa tornou-se relatório essencial e

obrigatório pelas Normas de Contabilidade para todas as empresas e sociedades de

capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$2.000.000,00 (Dois milhões de

reais).

Essa obrigatoriedade vigora, desde 1º de janeiro de 2008, conforme estabelece

a Lei 11.638/2007, em concomitância com as normas e regras das entidades de classe

nacional e internacional. Com isso, tornou-se mais um importante relatório para a

tomada de decisões administrativas e gerenciais das empresas e instituições, privadas ou

públicas.

Page 18: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

18

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis aprovou o Pronunciamento Técnico

(CPC-03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa), a partir 3 de setembro de 2010 em

função do Pronunciamento elaborado a partir do IAS 7 - Statement of Cash Flows

(BV2010), emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB), sua

aplicação, no julgamento deste Comitê, produz reflexos contábeis que estão em

conformidade com o documento editado pelo órgão IASB.

O Pronunciamento Técnico - CPC 03 trata-se da Demonstração dos Fluxos de

Caixa, o qual foi referendado (aprovado) por outros órgãos deliberativos e reguladores:

Conselho de Valores Mobiliários - CMV na Deliberação CVM nº 641, de 7/10/2010;

Conselho Federal de Contabilidade - CFC na Resolução nº 1.296, de 17/9/2010 (NBC

TG 03); Conselho Monetário Nacional - CMN na Resolução nº 3.604, de 29/8/2008 do

Banco Central do Brasil; Superintendência de Seguros Privados - SUSEP na Circular nº

424, 29/4/2011.

De modo resumido, o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa indica a origem de

todo o capital que entrou no caixa em determinado período na empresa ou instituição e

também o Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultados

de Exercícios, a Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma demonstração dinâmica e

sintética que está contida no Balanço Patrimonial.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa revela quais foram às entradas e saídas

de capital no caixa durante certo período e o resultado desse fluxo.

A Contabilidade passa por um período de intensa modernização em face do

processo de convergência internacional. A Lei nº 11.638/2007 está em vigor, desde 1º

de janeiro de 2008 e o IFRS - International Financial Reporting Standards (Padrões de

Relatórios Financeiros Internacionais) é uma realidade mundial irreversível. As

empresas ou instituições através de seus administradores, diretores e gestores ou por

intermédio de seus profissionais contábeis, precisam adequar e moldar-se rapidamente

às alterações e modificações, significativas melhorias, para prestarem serviços de

qualidades com economicidade, efetividade, eficácia, eficiência e produtividade.

A Demonstração do Resultado e o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa devem

ser vistas como algo excludente, mas complementar. Essa Demonstração do Resultado

possui uma superioridade na capacidade preditiva e na avaliação da posição financeira.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é mais útil para a análise de curto prazo. Por

Page 19: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

19

exemplo: A empresa Y que possuir um lucro alto e um fluxo de caixa negativo pode ter

grandes dificuldades no pagamento de dívidas de curto prazo.

De modo geral, todo o resultado em algum momento é caixa, excluída a recém-

criada despesa comstock options. Porém, o resultado utiliza-se os custos de maneira

mais relevante, fazendo frente à despesa desenvolvida por este.

Por exemplo, pense na aquisição de uma máquina ou equipamento que valor

muito, tenha uma vida útil de, apenas, dez anos, não seria conveniente e correto a

empresa ter um mau resultado no primeiro ano de sua aquisição como também ter um

lucro alto nos anos seguintes. O certo e coerente seria o custo da máquina ou

equipamento afetar o lucro durante toda a vida útil deste bem, da maneira que melhor

reflita seus benefícios econômicos, isto é, confrontação da receita e custo (contábil) e

confrontação economicidade e produtividade (operacional e gerencial).

Para melhor compreensão:

Economicidade = Custos ÷ Benefícios;

Eficácia = (Metas reais × Tempos previstos) ÷ (Metas previstas × Tempos

reais);

Eficácia = Resultados alcançados ÷ Resultados pretendidos;

Eficiência = Eficácia × (Custos reais ÷ Custos previstos);

Eficiência = Resultados alcançados ÷ Recursos consumidos;

Produtividade = Eficácia ÷ Eficiência;

Produtividade = Custos previstos ÷ Custos reais;

Produtividade = Benefícios ÷ Custos.

O regime de competência faz com que o ‘fluxo de caixa’ seja diferente do

‘resultado’. Porém, não faz com que a Demonstração do Resultado seja de manipulação

mais fácil, sem a utilização de fraude, porque os pagamentos podem ser gerenciados,

por exemplo: atraso no pagamento de um fornecedor, a competência não, jamais.

A adoção e a utilização, independente da obrigatoriedade imposta pela lei ou

por outras normas emanadas de órgãos reguladores, O Demonstrativo dos Fluxos de

Caixa proporciona a operacionalização e o gerenciamento do caixa, propiciando aos

administradores e gestores das empresas e instituições identificarem os restos e as faltas

de recursos nos respectivos períodos.

Neste sentido, Marion (2009, p. 446) expressa que:

“por meio do planejamento financeiro o gerente saberá o montante certo em que contrairá

empréstimos para cobrir a falta (insuficiência) de fundos, bem como quando aplicar no

Page 20: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

20

mercado financeiro o excesso de dinheiro, evitando, assim, a corrosão inflacionária e

proporcionando maior rendimento à empresa”.

A estrutura conceitual de preparação e apresentação das demonstrações

contábeis financeiras internacionais é detalhada no framework - Framework for the

preparation and presentation of Financial Statements.

O framework não é uma norma internacional de contabilidade. O texto é uma

descrição dos conceitos básicos que devem ser respeitados na preparação e apresentação

das demonstrações financeiras internacionais, por definir o espírito intrínseco das

normas internacionais, a filosofia geral das normas e ter como objetivo ajudar a

Diretoria do IASB no desenvolvimento e interpretação das normas internacionais de

contabilidade, os clientes/usuários na elaboração das demonstrações financeiras e, os

auditores na formação de uma opinião de auditoria.

Em caso de conflito entre qualquer norma internacional e o framework, as

exigências da norma internacional prevalecem sobre as do framework. Os pressupostos

básicos podem ser regime de competência e continuidade.

O fundamental e principal objetivo das demonstrações contábeis financeiras,

tanto das Entidades e Órgãos Reguladores nacionais e internacionais é dar informações

sobre a posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma

empresa/instituição/organização, que sejam lógicas, práticas e úteis a um grande número

de clientes/usuários (acionistas, administradores, auditores, clientes, contadores,

cotistas, empregados, fornecedores, investidores, instituições bancárias e financeiras ou

governamentais, agências de notação e público, sócio-proprietários, entre outros) em

suas tomadas de decisões.

Os elementos das demonstrações contábeis financeiras (Balanço Patrimonial,

Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa,

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, informações por segmento de

negócio, as notas explicativas e as divulgações e publicações) podem alcançar

características qualitativas das demonstrações financeiras nas normas internacionais e

nacionais: Comparabilidade, Compreensibilidade, Confiabilidade e Relevância.

3. CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE COMPONENTES DO DFC

A Contabilidade não é fim, em si mesma. O patrimônio quer da pessoa física

ou jurídica, de uma Empresa, Instituição, Organização Governamental ou Organização

Page 21: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

21

não-Governamental, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP,

Entidade filantrópica ou religiosa estão interlaçadas e interligadas com os elementos

contábeis de créditos e débitos (ativos e passivos). Por este mecanismo se constata a

existência de equilíbrio, de insolvência ou falência patrimonial.

A Contabilidade tem a responsabilidade de interligar as ações e as atividades

das empresas e instituições privadas ou públicas às sociedades nacional ou internacional

que, em última instância, é com quem participa e compartilha os recursos de caixa ou

disponíveis, devendo-lhes prestar contas.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa exigida pela Lei nº 11.638/2007 é de

grande utilidade interna na empresa, instituição ou organização.

Resumidamente, o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa indica a origem de todo

o capital (dinheiro) que entrou no caixa e a aplicação de todo o capital que saiu desse

caixa em certo período, podendo visualizar-se as informações contábeis com praticidade

e utilidade, através do Resultado do Fluxo Financeiro.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é uma demonstração contábil dinâmica e

sintética que, está contida no Balanço Patrimonial que, por sua vez, é uma demonstração

estática. A demonstração é estática, por ser uma fotografia do saldo disponível no início

e outra no final do período. Essa demonstração indica o que ocorre no período em

termos de entrada e saída de capital no caixa (demonstração dinâmica) e o resultado

desse fluxo.

Com as alterações e modificações estabelecidas pelas legislações,

normatizações e regramentos das entidades e órgãos afetos à Contabilidade têm-se

novos conceitos e definições dos componentes das demonstrações contábeis, dentre os

quais:

Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,

quantitativa e qualitativamente, em determinado período, a posição patrimonial e

financeira da empresa ou instituição, constituindo-se por Ativo, Passivo e Patrimônio

Líquido. É a essencial e usual fonte de informações para identificação das transações

comerciais e contábeis constantes no Demonstrativo dos Fluxos de Caixa.

Demonstrativo do Fluxo de Caixa é um demonstrativo contábil-financeiro

que comprova e evidencia a variação líquida do saldo contábil do caixa e equivalentes

de caixa em certo período, consignando os pagamentos e recebimentos que possam

Page 22: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

22

causar essa variação, nas atividades operacionais, de investimentos e de

empréstimos/financiamentos.

Caixa compreende o capital em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Fluxos de caixa são entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta

liquidez, que são prontamente conversíveis em valor futuro (montante7) conhecido de

caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Caixa ou equivalentes de caixa é a movimentação dos recursos financeiros,

incluindo-se, não somente, saldos de moeda (dinheiro) em caixa ou depósitos em conta

bancária, mas outros tipos de contas que possuem as mesmas características de liquidez

e de disponibilidade imediata. Como equivalentes de caixa, devem ser consideradas as

aplicações financeiras com característica de liquidez imediata.

Equivalentes de caixa são aqueles investimentos temporários que possuem

distinção de baixo risco de mudança no seu valor de mercado em função do curto prazo

para recuperar, restituir ou remir a aplicação financeira; curto prazo para recuperação ou

restituição; instantâneo e rápido removíveis e transferíveis em caixa, sem risco de perca

importante no seu valor consignado.

Ativo é um recurso controlado pela empresa ou instituição ou organização

como resultado de eventos passados, do qual se esperam benefícios econômicos futuros

(provável realização de caixa).

Passivo é uma obrigação presente da empresa ou instituição ou organização,

resultante de eventos passados, da qual se esperam a liquidação que produza um

desembolso de recursos contendo benefícios econômicos.

Patrimônio Líquido é o interesse nos ativos da empresa ou da instituição ou

da organização, depois de subtraído todos os seus passivos. Tanto a Contabilidade

quanto a Matemática tem que o Patrimônio Líquido é os ativos subtraídos dos passivos:

PL = A – P8.

Receitas são os aumentos dos benefícios econômicos durante o período

contábil, através de ingressos de recursos ou maximizações de ativos ou decréscimos de

7 PL→ Patrimônio Líquido; A→ Ativo; P→ Passivo. 8 Valor Futuro ou Montante é a soma do Valor Presente (Capital) com os Juros (rendimentos - é o custo

do capital emprestado ou financiado sob o aspecto de remuneração ou o retorno do capital investido sob o

aspecto de aplicação financeira).

Page 23: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

23

passivos que resultam em aumento do patrimônio líquido, não se misturando com as

contribuições dos proprietários.

Despesas são as diminuições dos benefícios econômicos durante o período

contábil, através de saídas de recursos ou minimizações de ativos ou acréscimos de

passivos que resultam em redução do patrimônio líquido, não se misturando com as

distribuições dos proprietários.

Resultado é a medida ou a mensuração de desempenho, servindo-se de base

para outras avaliações por estar direta e intimamente ligado e relacionado com as

receitas e despesas no período contábil.

As empresas, instituições ou organizações são obrigadas apresentar a

Demonstração dos Fluxos de Caixa dividida em três grupos: Atividades Operacionais,

Atividades de Investimentos e Atividades de Empréstimos/Financiamentos.

Atividades Operacionais são aquelas principais atividades geradoras de

receita da empresa ou instituição e outras atividades que não são de investimento,

tampouco de empréstimo/financiamento. Essas atividades demonstram a capacidade das

empresas e instituições em produzirem caixa em suas operações contábeis e financeiras.

Atividades operacionais compreendem as transações que envolvem a

consecução do objeto social da Empresa, Entidade ou Instituição, exemplificando-as

pelo recebimento de uma venda, pagamento de fornecedores por compra de materiais,

pagamento dos funcionários, entre outras.

Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são: a)

recebimentos de vendas de bens, mercadorias e prestação de serviços; b) recebimentos

de caixa decorrentes de comissões, de honorários, de juros sobre

empréstimos/financiamentos concedidos e investimentos temporários, royalties, outras

receitas; c) dividendos recebidos, entre outros; d) pagamentos a fornecedores de

mercadorias e serviços; e) pagamentos de salários a empregados/funcionários, em

conexão com a relação empregatícia; f) pagamentos ou restituições de tributos sobre o

lucro, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de

empréstimo/financiamento ou de investimento; g) recebimentos e pagamentos de

investimentos, empréstimos/financiamentos, outros contratos mantidos com a finalidade

de negociação, similares aos estoques adquiridos especificamente para revenda; h)

pagamentos de juros sobre empréstimos/financiamentos contratados e obtidos, entre

outros.

Page 24: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

24

Existem operações que transitam pelo resultado, como a venda de item do ativo

imobilizado, que não são classificadas nas Atividades Operacionais, pois são fluxos de

caixa provenientes de Atividades de Investimentos.

Atividades de Investimentos são aquelas referentes à aquisição e à venda de

ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.

Essas atividades demonstram como são investidos os recursos produzidos pelas

empresas e instituições em suas operações contábeis e financeiras conseguidas de fontes

externas direcionadas aos recebimentos e pagamentos relacionados às atividades

permanentes e temporárias.

Atividades de investimentos compreendem as transações com os ativos

financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras empresas, entidades ou

instituições e de ativos utilizados na produção de bens ou prestação de serviços ligados

ao objeto social da Empresa, Entidade ou Instituição. Essas atividades de investimentos

não compreendem a aquisição de ativos com o objetivo de revenda.

Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades de investimentos

são:

a) recebimentos de resultantes da venda de instrumentos de dívidas, de

patrimônios de outras empresas e instituições, de participações societárias em

empreendimentos controlados e coligados em conjunto (exceto recebimentos referentes

a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação ou

venda); b) recebimentos de valor principal de venda de bens do ativo imobilizado e de

restituição dos investimentos temporários não equivalentes ao caixa (ações, debêntures9,

letras de câmbio, notas promissórias, entre outros títulos); c) recebimentos resultantes

da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo; d)

recebimentos de dividendos, entre outros; e) recebimentos de adiantamentos de

empréstimos/financiamentos concedidos a terceiros; f) recebimentos por liquidação de

adiantamentos e amortização de empréstimos/financiamentos concedidos a terceiros; g)

recebimentos derivados de contratos futuros, contratos a termo, contratos de opção e

contratos de swap (exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação ou

vendas e ou recebimentos forem classificados como atividades de

9 Debênture é um título de crédito representativo de empréstimo que uma empresa, instituição ou

organização faz junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas condições

constantes da escritura de emissão.

Page 25: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

25

empréstimo/financiamento; h) recebimentos derivados de contratos futuros, contratos a

termo, contratos de opção e contratos de swap (exceto quando tais contratos forem

mantidos para negociação ou vendas e ou recebimentos forem classificados como

atividades de empréstimo/financiamento; i) pagamentos pela aquisição de ativo

imobilizado (incluindo os ativos imobilizados construídos internamente), ativos

intangíveis e outros ativos de longo prazo; j) pagamentos pela aquisição de instrumentos

de dívida, de patrimônios de outras empresas e instituições, de participações societárias

em empreendimentos controlados e coligados em conjunto (exceto desembolsos

referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para

negociação ou venda); m) pagamentos pelos gastos diferidos; n) pagamentos por

contratos futuros, contratos a termo, contratos de opção e contratos de swap (exceto

quando tais contratos forem mantidos para negociação ou vendas e ou pagamentos

forem classificados como atividades de empréstimo/financiamento; o) pagamentos pela

aquisição de ativo imobilizado (incluindo os ativos imobilizados construídos

internamente), ativos intangíveis e outros ativos de longo prazo.

Existem atividades de investimentos temporários que não são classificadas no

caixa e equivalentes de caixa como Atividades de Investimentos: os investimentos

temporários que são considerados equivalentes de caixa10

; os investimentos realizados

pela empresa e instituição com o propósito (vontade) de negociação que devem ser

classificados nas Atividades Operacionais, por exemplo: ações, debêntures, entre outros

de sociedades abertas.

Atividades de Empréstimos/Financiamentos são aquelas que resultam em

mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da

empresa ou da instituição. Essas atividades demonstram as fontes externas de

empréstimos/financiamentos das empresas e instituições em suas operações contábeis e

financeiras.

Atividades de Empréstimos/Financiamentos compreendem a captação de

recursos dos acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucros ou dividendos, a

captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração.Exemplos

de fluxos de caixa que decorrem das atividades de empréstimos/financiamentos são: a)

10 Investimentos temporários que possuem distinção de baixo risco de mudança no seu valor de mercado

em função do curto prazo para recuperar, restituir ou remir a aplicação financeira; curto prazo para

recuperação ou restituição; instantâneo e rápido removíveis e transferíveis em caixa, sem risco de perca

importante no seu valor consignado.

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26

recebimentos pela emissão de ações ou quotas ordinárias ou preferenciais ou outros

instrumentos patrimoniais; b) recebimentos pela emissão de títulos de débito

(debêntures, notas promissórias, papéis comerciais, hipotecas,

empréstimos/financiamentos de curto ou longo prazo, entre outros); c) recebimentos

pela conquista ou obtenção de empréstimos/financiamentos bancários, entre outros; d)

pagamentos de aplicador/investidores para adquirir ou resgatar ações ou quotas da

empresa ou instituição; d) pagamentos para amortização de empréstimo/financiamento;

e) pagamentos de arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento

mercantil (leasing) financeiro; f) pagamentos de dividendos aos acionistas, credores,

investidores, quotistas, sócios-proprietários, entre outros; g) pagamentos do valor

principal dos títulos de débito remidos ou restituídos; pagamentos pela reaquisição

(tornar comprar) de ações de emissão da própria empresa, instituição ou organização.

As transações das atividades de empréstimos/financiamentos possibilita avaliar

e verificar as principais fontes de empréstimos/financiamentos (acionistas, aplicadores,

credores, empresas ou instituições ligadas e coligadas, investidores, novos

empréstimos/financiamentos, entre outros) que a empresa ou instituição utiliza-se para

emprestar/financiar suas operações financeiras e investimentos, com isso, pode-se aferir

ou mensurar, se a empresa ou instituição, está contraindo ou constituindo dívida que

supera à sua capacidade de geração ou produção de caixa.

A apresentação do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa pode ser dada mediante

a utilização de dois métodos (modelos), método direto e indireto:

O método direto consiste na apresentação do resultado das atividades

operacionais, em vez do lucro líquido ajustado, demonstrando as principais classes de

recebimentos e pagamentos brutos de caixa. Nesse método todas as entradas e saídas

referentes às atividades operacionais são apuradas e apresentadas por classes de

operações comerciais. Objetiva este método provar que os valores dos recebimentos e

pagamentos individualmente consignados no caixa estejam certos, corretos.

O método indireto consiste na apresentação do resultado ajustado pelos efeitos

de transações que não envolvem caixa, quaisquer diferimentos ou outros ajustes por

competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros, itens

de receita ou de despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimentos

ou de empréstimos/financiamentos. Os recebimentos e pagamentos são atividades

operacionais representadas pelo lucro/prejuízo líquido do exercício, ajustado pela soma

Page 27: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

27

e dedução, das receitas auferidas e despesas provisionadas no resultado do exercício

corrente ou anterior que, não foram recebidas e pagas, outros ajustes que não afetam o

caixa e outros recebimentos e pagamentos sem efeito no resultado que possui

característica de atividade operacional.

A utilização do método indireto tem ligação direta ao caixa das atividades

operacionais. Os juros e impostos de renda pagos devem ser divulgados e publicados no

Demonstrativo do Fluxo de Caixa - Informações complementares.

Um dos mecanismos para se reconhecer os elementos das demonstrações

contábeis é analisar e avaliar a probabilidade que qualquer benefício econômico futuro

tenha ou não, associado com a entrada ou saída do elemento da empresa ou instituição;

analisar e verificar o custo ou valor do elemento para mensurá-lo com confiabilidade.

Os critérios de mensuração dos elementos das demonstrações contábeis

concentram-se no: custo histórico; custo corrente; valor realizável líquido (liquidação);

valor presente de fluxo de caixa futuro.

Por definição financeira de capital, lucro é ganho, somente se o valor

financeiro futuro (montante) dos ativos líquidos no final do período contábil exceder

aquele valor financeiro futuro (montante) dos ativos líquidos no início do período

contábil. Deste modo, a manutenção do capital financeiro pode ser mensurada, através

de unidades monetárias nominais ou unidades de poder aquisitivo constante.

Por definição física de capital, lucro é ganho, somente se a capacidade

produtiva física no final do período exceder a capacidade física produtiva no início do

período. Desta maneira, a manutenção do capital financeiro requer a adoção do custo

corrente.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa reflete as transações de caixa originárias

das: a) atividades operacionais; b) atividades de investimentos; c) atividades de

empréstimos/financiamentos. Neste aspecto, deve-se apresentar uma conciliação entre o

resultado e o fluxo de caixa líquido produzido pelas atividades operacionais visando

fornecer informações sobre os efeitos líquidos das transações operacionais e de outros

eventos que afetam o resultado.

Uma das finalidades principais do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é a de

propiciar informações convenientes e relevantes sobre as movimentações de entradas e

saídas de caixa de uma empresa ou instituição em determinado período ou exercício.

Page 28: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

28

As informações contidas no Demonstrativo dos Fluxos de Caixa, quando

utilizadas com os dados divulgados e publicados nas demonstrações contábeis,

destinam-se auxiliar os clientes/usuários a avaliar a produção e desenvolvimento de

fluxos de caixa para o pagamento de obrigações, dividendos e lucros a seus acionistas

ou cotistas; a identificar as necessidades de empréstimo/financiamento; as razões para

as diferenças entre o resultado e o fluxo de caixa líquido originado das atividades

operacionais; revelar o efeito das transações de investimentos e financiamentos, com a

utilização ou não de valor monetário (moeda - dinheiro) sobre a posição financeira.

Determinados recebimentos ou pagamentos de caixa podem ter características

que se enquadrem tanto no fluxo de caixa das atividades operacionais como nas

atividades de financiamentos ou nas atividades de investimentos. Se for o caso, a

classificação apropriada deverá levar em consideração qual atividade é predominante na

produção do fluxo de caixa.

Por exemplo, as transações envolvendo imóveis geralmente são consideradas

como atividades de investimentos. Porém, se um imóvel é adquirido com o objetivo de

revenda, o fluxo de caixa produzido por essa transação é considerado como operacional,

por possuir a característica de estoque, como em uma empresa do ramo imobiliário.

Outro exemplo é a manutenção de ativos e passivos financeiros sem o objetivo primário

de auferir ganhos financeiros.

As informações sobre atividades de investimentos e de financiamentos que

resultaram em reconhecimento de um ativo ou de um passivo, mas que não resultaram

em pagamentos ou recebimentos de caixa deve excluí-los do Demonstrativo dos Fluxos

de Caixa e serem apresentadas em local apropriado nas demais demonstrações

contábeis, registrando-as nas notas explicativas. Exemplo: aquisições de ativos

realizadas por meio de empréstimos ou financiamentos.

Com isso, somente as transações econômicas que afetam o fluxo de caixa

devem ser apresentadas no Demonstrativo dos Fluxos de Caixa.

4. NOVA SISTEMÁTICA DA METODOLOGIA E DA TÉCNICA CONTÁBIL

Uma das finalidades do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa é evidenciar as

variações ocorridas nos recursos econômicos disponíveis das empresas ou instituições

entre certo período de tempo. Faz parte do DFC todas as contas do grupo dos recursos

disponíveis: caixa, bancos, aplicações de liquidez, entre outras.

Page 29: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

29

De acordo a FIPECAFI (2010, p. 565):

“o objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informações

relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos

durante um determinado período”.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa para um determinado período ou

exercício contábil deve apresentar o fluxo de caixa procedente ou aplicado nas

atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos, também o seu efeito

líquido sobre os saldos de caixa, conciliando seus saldos no início e no final do período

ou exercício contábil. O DFC é um sistema contábil de caixa em que se evidenciam as

entradas e saídas de recursos no disponível das empresas ou instituições.

As Empresas, Entidades ou Instituições sujeitas aos órgãos reguladores devem

cumprir as legislações e as normas, utilizarem se houver modelos estabelecidos pelos

respectivos órgãos reguladores.

Na preparação para a elaboração do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa há

duas modalidades de demonstrativo que pode ser utilizado, o método direto e o indireto.

O método direto caracteriza-se por apresentar os componentes (elementos) dos

fluxos de caixa por seus valores brutos, ao menos para os itens mais significativos dos

recebimentos e pagamentos.

No método direto devem ser apresentados, no mínimo, os seguintes tipos de

recebimentos e pagamentos relacionados às operações de: 1) Recebimento de clientes;

2) Juros, lucros e dividendos recebidos; 3) Pagamentos a fornecedores e empregados

(funcionários); 4) Juros pagos; 5) Imposto de Renda pago; 6) Outros recebimentos e

pagamentos.

O método indireto caracteriza-se por apresentar os componentes (elementos)

dos fluxos de caixa líquido, relacionados às operações da: 1) Movimentação líquida das

contas que influenciam na determinação dos fluxos de caixa das atividades

operacionais: estoques, contas a receber, contas a pagar; 2) Movimentação líquida das

contas que influenciam na determinação dos fluxos de caixa das atividades de

investimentos e de financiamentos, a partir das disponibilidades produzidas pelas

atividades operacionais, ajustadas pelas movimentações dos itens que não geram caixa:

depreciação, amortização, baixas de itens do ativo permanente, entre outros.

A conciliação do resultado com o fluxo de caixa líquido das atividades

operacionais deve ser demonstrada tanto pelo método direto quanto pelo método

Page 30: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

30

indireto. Todos os ajustes de conciliação entre o resultado e o caixa produzido pelas

atividades operacionais devem ser clara e objetivamente identificadas como itens de

conciliação. Ao final, alguns exemplos elaborados e realizados passo a passo, para

melhor compreensão dos conceitos e das técnicas do Demonstrativo dos Fluxos de

Caixa.

Para elucidação deste estudo-trabalho, vejam os exemplos:

Deve-se classificar como descendente de atividade operacional o capital

(dinheiro) recebido de: 1) Clientes por venda de produtos e serviços; 2) Subsidiárias

avaliadas pelo método de equivalência patrimonial a título de lucros ou dividendo; 3)

Reembolsos de fornecedores, companhias de seguros, restituição de impostos, entre

outros.

Deve-se classificar como utilizado na atividade operacional o capital (moeda)

pago a: 1) Fornecedores por compra de material produtivo; 2) Empregados; 3)

Processos, reembolsos a clientes, entre outros; 4) Governos por impostos e

contribuições.

Deve-se classificar como originário de atividades de investimentos o capital

(numerário) recebido por: 1) Venda de ativos permanentes; 2) Distribuição de lucros ou

dividendos de outros investimentos.

Deve-se classificar na atividade de investimentos o capital (dinheiro) utilizado

na aquisição de ativo permanente.

Deve-se classificar como procedente de atividades de financiamentos o capital

(moeda) recebido por: 1) Integralização de capital; 2) Colocação de títulos em longo

prazo (debêntures e equivalentes); 3) Obtenção de empréstimos.

Deve-se classificar na atividade de financiamentos o capital (valor monetário)

pago a: 1) Acionistas ou cotistas por lucros, dividendos, juros sobre o capital próprio ou

reembolso de capital; 2) Credores de obrigações por financiamentos.

As informações históricas consignadas no Demonstrativo dos Fluxos de Caixa

são de suma importância para o planejamento, execução e controle futuro de qualquer

empresa, instituição ou organização, por ser possível construir suas ações e atividades

com economicidade, efetividade, eficácia, eficiência e produtividade, assim se antecipar

na execução dessas ações e atividades.

Os resultados do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa também são

extremamente relevantes por constituir um ciclo do Planejamento, Execução, Controle,

Page 31: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

31

Auditoria - PECA, este é um ciclo da qualidade organizacional, fundamentado para

auditar as informações contábeis na busca por desvios, erros, falhas, fraudes ou

irregularidades contábeis.

Nestes aspectos são os comentários e opiniões de Lamas e Gregório (2009, p.

101) e Marion (2009, p. 446).

Devem constas no Demonstrativo dos Fluxos de Caixa todas as entradas ou

recebimentos, pagamentos ou saídas, de caixa ou disponível. Por exemplo, quando uma

operação contábil-financeira representar uma entrada de caixa, deverá ser adicionada e

se for uma saída deverá ser subtraída na demonstração.

5. ESTRUTURA E PADRÃO DE APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DO DFC

A estrutura de elaboração de um Demonstrativo de Fluxo de Caixa pode ser

produzida de várias maneiras, porém às suas variáveis envolvidas são as mesmas. Cada

profissional de Contabilidade ou Administrador e Gestor de qualquer espécie de

empresa ou instituição pode realizar o controle dos recebimentos e pagamentos de

caixa, da forma que entender conveniente.

De acordo com Lamas e Gregório (2009), quando da elaboração de uma

Demonstração dos Fluxos de Caixa que, seja estruturada e organizada, conforme as

Normas de Contabilidade, nacionais e internacionais, se torna possível à comparação do

desempenho operacional e gerencial entre diferentes espécies e naturezas de empresas,

por eliminar os efeitos diferentes e desiguais dos possíveis tratamentos contábeis.

Diante da necessidade de estruturação, padronização e uniformização das

demonstrações contábeis, torna-se indispensável que algumas normas ou regras sejam

respeitadas na elaboração do DFC.

No Brasil a norma contábil responsável pelo método-padrão sistemático é o

Pronunciamento Técnico - CPC-03 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis

correlacionados às Normas Internacionais de Contabilidade - IAS-7 (IASB) que trata

exclusivamente da Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Este pronunciamento estabelece a estrutura do Demonstrativo de Fluxo de

Caixa em três grupos: I- Atividades Operacionais; II- Atividades de Investimentos; III-

Atividades de Empréstimos/Financiamentos.

Page 32: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

32

As atividades operacionais se referem ao montante dos recursos que a empresa

ou instituição produziu através de sua atividade-fim. Fazem parte dessas atividades os

componentes relacionados com a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.

Aderindo as tendências internacionais e nacionais, através de seus órgãos ou

entidades reguladoras, o fluxo de caixa deve ser incorporado às demonstrações

contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas ou instituições privadas ou

públicas. Basicamente o relatório do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa está

materializado e segmentado nestas três áreas: I- Atividades Operacionais; II- Atividades

de Investimentos; III- Atividades de Financiamentos.

As Atividades Operacionais são explicadas pelas Receitas e Despesas

decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa ou

instituição. Estas atividades têm ligação com o Capital Circulante Líquido da empresa

ou instituição.

As Atividades de Investimentos são os gastos efetuados no Realizável à Longo

Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por

venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas.

As Atividades de Empréstimos/Financiamentos são os recursos obtidos do

Passivo Não-Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos, os empréstimos

e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e

os valores pagos aos acionistas, aplicadores, credores, investidores, sócios-proprietários

a título de dividendos, distribuição de lucros.

O método direto é aquele segundo o qual as principais classes de recebimentos

e pagamentos brutos são divulgadas e publicadas.

De acordo com o método direto, as informações sobre as principais classes de

recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas:

a) dos registros contábeis da entidade; b) ajustando as vendas, os custos das

vendas (no caso de instituições financeiras, os componentes formadores da margem

financeira, juntamente com as receitas com serviços e tarifas) e outros itens da

demonstração do resultado referentes à:

b.1) mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a

receber e a pagar; b.2) outros itens que não envolvem caixa; b.3) outros itens cujos

efeitos no caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento e de

investimento.

Page 33: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

33

As vantagens são:

a) Revela melhor a habilidade da empresa de gerar caixa suficiente das

operações para arcar com suas dívidas, reinvestir o lucro e remunerar o acionista; b) O

formato é mais simples de se entender;

As desvantagens são:

a) Muitas entidades não tem acesso (ou é muito difícil) às informações

requeridas para sua confecção; b) Mostra itens de resultado sob o regime de caixa ao

invés da competência. Isto pode sugerir que os fluxos líquidos operacionais é uma

medida de desempenho melhor que o resultado contábil (por competência); c) O método

indireto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos:

c.1) das transações que não envolvem caixa; c.2) de quaisquer deferimentos ou

outras apropriações por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais

passados ou futuros; c.3) de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa

das atividades de investimento ou de financiamento.

O método direto relaciona os fluxos de caixa que efetivamente geram ou

consomem caixa das operações. Uma das principais vantagens é a simplicidade relativa,

embora possa parecer-se em parte com a demonstração de resultado em uma base caixa.

Este método não realiza a reconciliação entre o lucro contábil e o caixa operacional. A

sua principal vantagem está na simplicidade de sua apresentação, que o torna mais

accessível aos clientes/usuários.

De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades

operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:

a) mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a

receber e a pagar; b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões,

impostos diferidos, variações cambiais não realizadas, resultado de equivalência

patrimonial em investimentos e participação de minoritários, quando aplicável; c) todos

os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das

atividades de investimento ou de financiamento.

O fluxo de caixa líquido das atividades operacionais pode ser apresentado

conforme o método indireto, mostrando as receitas e as despesas divulgadas na

demonstração do resultado e as mudanças ocorridas no período nos estoques e nas

contas operacionais a receber e a pagar.

As vantagens são:

Page 34: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

34

a) Foca na diferença entre o lucro e o caixa líquido proveniente das operações;

b) Fornece um link útil entre os fluxos de caixa, demonstração de resultado abrangente e

demonstração da posição financeira.

A única desvantagem é:

a) Formato não amigável.

O método indireto parte do resultado líquido do exercício até chegar ao Fluxo

de Caixa Operacional - FCO, depois de uma série de ajustes. Em um primeiro momento

elimina os efeitos que não afetam o caixa, mas que estão incluídos no resultado líquido.

Em seguida converte esse valor no Fluxo de Caixa Operacional pelos ajustes de

acréscimos ou decréscimos nos ativos e passivos operacionais de curto e de longo

prazo. Sua principal vantagem consiste em reconciliar o Lucro Líquido ao caixa

operacional.

Neste aspecto, a Demonstração dos Fluxos de Caixa tem a finalidade de

apresentar informações sobre os fluxos das transações e eventos que afetaram o caixa da

empresa ou instituição ao longo de determinado período, de forma estruturada e

organizada por atividades, permitindo melhor compreensão da articulação entre as

diversas demonstrações contábeis financeiras.

Por meio desta demonstração é possível avaliar as alternativas de investimentos

e as razões que provocam as mudanças da situação contábil-financeira da empresa ou

instituição, as formas de aplicação do lucro produzido pelas operações, até mesmo os

motivos de eventuais declínios no capital de giro.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem as seguintes vantagens:

a) fácil entendimento entre os profissionais da Contabilidade e os

clientes/usuários; b) mostra a real condição de pagamento das dívidas; c) informa sobre

os problemas de insolvência e liquidez, podendo prevenir a falência; d) evidencia como

a empresa ou instituição produziu caixa e como é gasto; e) instrumento com utilização

de nível mundial; f) mostra o valor futuro (montante) de recursos financeiros

disponíveis na empresa ou instituição, evitando que fiquem ociosos e auxiliando em

suas aplicações.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem as seguintes desvantagens:

a) as regras de apresentação e classificação das informações ainda não estão

claramente definidas; b) para alguns autores, o fluxo de caixa pode ser manipulável, por

exemplo, através do atraso no pagamento de fornecedores, gerando um caixa ilusório; c)

Page 35: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

35

a uma tendência de utilização do método indireto, muito parecido com a Demonstração

das Origens e Aplicações dos Recursos - DOAR não solucionaria o problema de

entendimento por parte dos clientes/usuários; d) não considera os itens que não

transitam pelo caixa, por exemplo, os financiamentos obtidos através de financiamento

mercantil (Lustosa e Santos, 2004).

As contas integrantes ao Balanço Patrimonial, geradas e produzidas de

transações ligadas às receitas, custos e despesas devem ser consideradas, por exemplo:

as contas a receber, se relacionadas com as vendas a prazo; os estoques, se relacionados

com os custos; os fornecedores, se relacionados com as compras a prazo; as contas a

pagar, se relacionadas com as despesas.

Conforme a FIPECAFI (2010, p.567), as Atividades Operacionais: “envolvem

todas as atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços e os

eventos que não sejam definidos como atividades de investimento e financiamento”.

Exemplos de Atividades Operacionais podem ser classificados como: a) as

entradas de vendas à vista: o recebimento de clientes/usuários; o recebimento de juros;

b) as saídas: o pagamento de fornecedores; o pagamento de impostos; o pagamento de

despesas diversas.

As Atividades de Investimentos se referem às transações em que a empresa ou

instituição, se utiliza dos restos de caixa, aplicando ou investindo recursos, objetivando

um benefício futuro.

Dessa maneira, quando existir recurso disponível que possa ser aplicado ou

investido pela empresa ou instituição, poder-se-á emprestar para terceiros ou investir na

aquisição de ativos fixos, classificados como investimentos, imobilizados ou intangíveis

no Balanço Patrimonial. Quando a empresa ou a instituição comprar certo ativo fixo,

isso representa uma saída de caixa. Quando a empresa ou instituição vender algum

desses ativos, representa uma entrada de caixa.

Para melhor compreensão a respeito da relevância da apresentação, divulgação

e publicação apartada do Demonstrativo dos Fluxos de Caixa de Atividades de

Investimentos, a IAS-7 (IASCF, 2008, p.862) distingue que é: “importante porque os

fluxos de caixa representam a extensão dos gastos efetuados com recursos destinados a

gerar receita e fluxos de caixa futuros”.

Integram as Atividades de Investimentos todas as transações corelacionadas e

ligadas com o ativo não circulante do Balanço Patrimonial.

Page 36: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

36

Exemplos: a) de entradas: as vendas de investimentos; as vendas de

imobilizados; os recebimentos de empréstimos/financiamentos; b) de saídas: as compras

de investimentos; as compras de imobilizados; as compras de ativos intangíveis.

As Atividades de Empréstimos/Financiamentos referem-se às transações em

que a empresa ou a instituição pega ou obtém recursos emprestados/financiados, sempre

que há uma carência ou falta (escassez) de caixa.

Os recursos econômicos podem ser atraídos e conseguidos de terceiros ou de

seus próprios acionistas, aplicadores, cotistas, credores, investidores ou sócios-pro-

prietários das empresas ou instituições.

Integram as Atividades de Empréstimos/Financiamentos todos os componentes

(variáveis contábeis) corelacionados e ligados com o exigível em longo prazo, o

patrimônio líquido e os empréstimos/financiamentos de curto prazo, situados no passivo

circulante, os quais devem estar inseridos no Balanço Patrimonial.

Exemplos: a) de entradas de recursos: os aumentos de capital; as emissões de

novas ações; os empréstimos/financiamentos conseguidos e obtidos; b) de saídas: os

pagamentos de dividendos; as reaquisições (tornar a comprar) de ações da empresa e

instituição; os pagamentos de empréstimos/financiamentos.

Ressalta-se que algumas transações econômicas e contábeis podem não ser

observadas pelas informações contidas no Balanço Patrimonial - BP e na Demonstração

do Resultado do Exercício - DRE, carecendo de adotar e utilizar a Demonstração das

Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL.

Segundo FIPECAFI (2010, p. 573) o resultado final da Demonstração do Fluxo

de Caixa - DFC é a adição algébrica dos resultados líquidos de cada uma das atividades:

operacionais, de investimentos e de empréstimos/financiamentos encontradas quer pelo

método direto ou indireto, que devem ser conciliadas com a subtração entre os saldos

respectivos das disponibilidades, ou seja, considerando-se entre o início e o fim do

exercício ou período contábil.

Ensina Lustosa e Santos (2004) que essa classificação em três áreas de

atividades tem relevante praticidade e utilidade em termos de informações, mas existem

controvérsias a respeito de algumas transações financeiras, por exemplo, as Reservas de

Capital.

Conforme CPC-03 - Demonstração do Fluxo de Caixa emitido pelo

Pronunciamento Técnico, algumas situações podem apresentar transações em que os

Page 37: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

37

fluxos de caixa são classificados em mais de uma atividade. Exemplo, quando houver

um desembolso de caixa para pagamento de empréstimo/financiamento. Neste aspecto,

os juros podem ser classificados como atividade operacional e o valor do principal deve

ser classificado como atividade de empréstimo/financiamento.

Existem algumas operações que não devem fazer parte da Demonstração do

Fluxo de Caixa pelo fato de não afetarem o caixa. Exemplo, as depreciações, as

provisões, os ganhos e perdas de equivalência patrimonial, entre outros.

Segundo a FIPECAFI (2010, p. 569) podem ocorrer que algumas transações de

investimentos e empréstimos/financiamentos sem efeito no caixa. Exemplo, as dívidas

convertidas em aumento de capital, porém devem ser evidenciadas em notas

explicativas.

O Demonstrativo dos Fluxos de Caixa - DFC podem ser elaborados de acordo

com os métodos (modelos) direito ou indireto. A diferença entre esses métodos está nas

atividades operacionais.

No método direto as atividades operacionais são elaboradas e apresentadas,

utilizando-se os reais recebimentos de clientes/usuários, os pagamentos de fornecedores

e os pagamentos de despesas.

De acordo com a FIPECAFI (2010, p.573):

“o método direto explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos princi-

pais componentes das atividades operacionais, como os recebimentos pelas

vendas de produtos e serviços e os pagamentos a fornecedores e empregados”.

Antes de iniciar-se a elaboração do DFC é indispensável, saber que existem

algumas transações que afetam o caixa.

I- Transações que aumentam ou majoram o caixa (disponível):

a) Integralização do capital pelos acionistas, cotistas, credores, investidores,

sócios-proprietários, são os investimentos realizados pelos sócios-proprietários. Se a

integralização não for, em dinheiro, mas em bens permanentes: estoques, títulos, entre

outros, não afetará o caixa;

b) Empréstimos/financiamentos bancários são os recursos financeiros

originados das instituições bancárias ou financeiras. Normalmente, os empréstimos

bancários são utilizados como Capital de Giro (Circulante) e os financiamentos para

aquisição de Ativo Permanente (Fixo);

Page 38: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

38

c) Vendas de itens do ativo permanente, embora não seja uma prática comum,

mas a empresa ou instituição pode vender itens do Ativo Fixo. Neste caso, tem-se uma

entrada de recursos financeiros;

d) Vendas à vista e recebimentos de duplicatas a receber, é a principal fonte de

recursos do caixa, aquela resultante de vendas;

e) Outras entradas são os juros recebidos, dividendos recebidos de outras

empresas e instituições, indenizações de seguros recebidas, entre outras.

II- Transações que diminuem ou reduzem o caixa (disponível):

a) Pagamentos de dividendos aos acionistas, cotistas, credores, investidores,

sócio-proprietários;

b) Pagamentos de correção monetária, de juros moratórios, de multa moratória

de dívidas e amortização de dívida;

c) Aquisição de itens do Ativo Permanente;

d) Compras à vista e pagamentos de fornecedores;

e) Pagamentos de despesas/custos, contas a pagar e outros.

As transações que maximizam o caixa (disponível) referem-se às entradas de

capital no caixa. As transações que minimizam o caixa (disponível) referem-se às saídas

de capital no caixa.

III- Transações que não afetam o caixa (disponível):

a) Depreciação, amortização e exaustão, são meras reduções de Ativo, sem

afetar o caixa;

b) Provisão para devedores duvidosos, estimativas de prováveis perdas com

clientes/usuários que não representa o desembolso;

c) Acréscimos ou diminuições de itens de investimentos pelo método de

equivalência patrimonial, com a correção monetária pode haver aumentos ou

diminuições em itens de investimentos, sem significar que houve vendas ou novas

compras.

Preliminarmente, há de ser discernida a parte teórica para que se possa

compreender com logicidade, praticidade e utilidade à estrutura e o método de

elaboração e apresentação do Demonstrativo do Fluxo de Caixa - DFC, portanto, tem-se

em anexo a este estudo-trabalho, algumas situações contábeis, demonstrando uma

estrutura e os métodos direto e indireto para elaboração e apresentação do

Demonstrativo dos Fluxos de Caixa no Balanço Patrimonial.

Page 39: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

39

Primeiro deve-se elaborar o DFC pelo método direto, por ser necessário

conhecer a variação do disponível. A variação do disponível é encontrada pela

subtração do disponível entre os dois exercícios ou períodos contábeis. Posteriormente,

elaborar-se as atividades operacionais que essencialmente possuem três componentes:

recebimento de clientes/usuários, pagamento de fornecedores, pagamento de despesas.

Para encontrar, o valor realmente recebido dos clientes/usuários é necessário

realizar uma análise lógica, deve-se considerar todas as vendas como se fosse a prazo,

porque não é possível identificar, a princípio, diretamente qual seriam os valores à vista

e a prazo pelo fato da Contabilidade ser elaborada por regime de competência, isto é, os

fatos contábeis são contabilizados, independentemente, de seus recebimentos ou

pagamentos.

Encontrado o valor dos recebimentos dos clientes/usuários é necessário

calcular-se o valor dos pagamentos das compras. O raciocínio é basicamente semelhante

ao que se utiliza nos recebimentos dos clientes/usuários, com única diferença, que para

se encontrar o valor dos pagamentos dos fornecedores, primeiro, deve-se encontrar o

valor das compras, por estar embutido (incluído) no valor dos Custos das Mercadorias

Vendidas - CMV na Demonstração do Resultado do Exercício - DRE: CMV = EI + C –

EF11

.

Para se elaborar o Demonstrativo dos Fluxos de Caixa - DFC é necessário que

sejam seguidas alguns mecanismos e técnicas que se utilizam das informações e de

outras demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do

Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

A realização de estudo-trabalho buscou-se apresentar um método-padrão

(modelo) e uma técnica simplória, porém com logicidade, praticidade e utilidade para se

elaborar uma Demonstração do Fluxo de Caixa, ligada às informações e origens das

demonstrações contábeis. Essa natureza de estudo-trabalho é importante para todos os

profissionais que tenham relações com a Administração, Contabilidade e Gestão das

empresas, instituições, organizações e sociedades, independente de sua estrutura

econômica, gerencial, operacional e organizacional e a todas as pessoas que, de uma

forma ou de outra, tenham correlações ou ligações com o ambiente de mercado dos

negócios.

11 CMV→ Custos de Mercadorias Vendidas; EI→ Estoque Inicial; C→ Compras; EF→ Estoque Final.

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40

6. EQUAÇÕES MATEMÁTICAS

Para que possa se ter uma padronização e uniformização do Demonstrativo de

Fluxo de Caixa - DFC é necessária para permitir a comprovação propícia entre

diferentes espécies e naturezas de empresas ou instituições e períodos contábeis para

certa empresa ou instituição. Porém, somente poderá ocorrer essa padronização e

uniformização se for materializada as definições matemáticas e contábeis das variáveis

(componentes) inseridas no contexto da Contabilidade.

Apuração dos valores das Atividades Operacionais:

Recebimentos de Vendas = Saldo inicial de Duplicatas a Receber + Vendas

(Receitas) – Saldo final de Duplicatas a Receber;

Compras = Estoque final + Custos das Mercadorias Vendidas – Estoque inicial;

Pagamentos de Fornecedores = Saldo inicial de Fornecedores + Compras –

Saldo final de Fornecedores;

Pagamentos de Salários = Saldo inicial de Salários + Despesas de Salários –

Saldo final de Salários.

Equações algébricas matemáticas envolvidas nas demonstrações contábeis:

PL = A – P:

PL→ Patrimônio Líquido; A→ Ativo; P→ Passivo; PE→ Passivo Exigível.

A ˃ P→ Ativo maior do que Passivo → Positivo/Superavitário.

A ˂ P→ Ativo menor do que Passivo→ Negativo/Deficitário.

A = P→ Ativo igual ao Passivo→ Nulo/Equilibrado.

Ativo = Passivo Exigível→ Patrimônio Líquido = 0.

A = PE→ PL = 0.

A = PL→ A = PL→ PE = 0.

PE = PL→ A = 0.

CMV = EI + C – EF:

CMV→ Custo de Mercadoria Vendida; EI→ Estoque Inicial; C→ Compras; EF→

Estoque Final.

CCL = AC – PC:

CCL→ Capital Circulante Líquido; AC→ Ativo Circulante; PC→ Passivo Circulante.

LL = R – De, quando AC ˃ PC:

LL→ Lucro Líquido; R→ Receitas; D→ Despesas.

P = R – De, quando AC ˂ PC:

P→ Prejuízo; R→ Receitas; D→ Despesas.

Page 41: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

41

LL = R – Dd – Cu – De, quando R ˃ (Dd + Cu + De):

P→ Lucro Líquido; R→ Receitas; Dd→ Deduções; Cu→ Custos; De→ Despesas.

P = R – Dd – Cu – De, quando R ˂ (Dd + Cu + De):

P→ Prejuízo; R→ Receitas; Dd→ Deduções; Cu→ Custos; De→ Despesas.

LO = LB – DO:

LO→ Lucro Operacional; LB→ Lucro Bruto; DO→ Despesas Operacionais.

RL = RB – Dd:

RL→ Receita Líquida; RB→ Receita Bruta; Dd→ Deduções.

LB = RL – Cu:

LB→ Lucro Bruto; RL→ Receita Líquida; Cu→ Custos.

LAIR = LO – DNO + RNO:

LAIR→ Lucro Antes do Imposto de Renda; LO→ Lucro Operacional; DNO→

Despesas Não-Operacionais; RNO→ Receitas Não-Operacionais.

LDIR = LAIR + CSSL – IR:

LDIR→ Lucro Depois do Imposto de Renda; LAIR→ Lucro Antes do Imposto de

Renda; CSSL→ Contribuição Social Sobre Lucro; IR→ Imposto de Renda.

LE = R – De:

LE→ Lucro Econômico; R→ Receitas; De→ Despesas.

*Receitas: ganha/gerada/obtida.

*Despesas: consumida/incorrida.

LF = R – De:

LE→ Lucro Financeiro; R→ Receitas; De→ Despesas.

*Receitas: recebidas.

*Despesas: pagas.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A Contabilidade é uma ciência que tem entre as suas principais funções,

fornecer informações úteis aos diversos clientes/usuários e aos profissionais que lidam

com essa ciência.

Atualmente, com as novas alterações e modificações das legislações e normas

nacionais e internacionais a Contabilidade emana da econômica sobre a forma jurídica.

A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) pode vir a ser o formidável

instrumento de análise financeira das empresas se elaborada e utilizada adequadamente,

permitindo à contabilidade desempenhar mais eficientemente o seu papel de principal

guia na seleção e tomada das mais adequadas decisões econômicas.

A segregação das atividades da empresa em três grupos fundamentais

(operacionais, de investimentos e de financiamento) contribui decisivamente para a

DFC atingir sua meta enquanto instrumento de apoio às atividades financeiras da

empresa, porém a identificação e classificação dessas atividades em uma das três

categorias descritas talvez seja o grande desafio.

Page 42: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

42

A Demonstração dos Fluxos de Caixa propicia e proporciona à Administração

e Gestão da empresa/instituição/organização a elaboração de melhor planejamento,

execução e controle financeiro com economicidade, efetividade, eficácia, eficiência e

produtividade, tendo em vista que em uma economia tipicamente inflacionária não é

aconselhável excesso de caixa, mas o estritamente necessário para cumprir e honrar os

compromissos.

Neste aspecto a Administração e Gestão terão informações e conhecimentos

para saber o quantum (montante) certo deverá contrair de empréstimo/financiamento

para cobrir a falta (insuficiência) de fundos, bem como quando deverá aplicar no

mercado financeiro o excesso do capital, evitando-se a corrosão inflacionária,

proporcionando maior rendimento à empresa/instituição/organização.

A condição para que a empresa/instituição/organização viva e ganhe dinheiro é

ter recebimentos operacionais que superem os pagamentos operacionais. O

Administrador ou Gestor se depara com o dilema do Risco e Rentabilidade, se por um

lado precisar manter-se uma liquidez imediata essencial à manutenção das atividades,

por outro lado, pode incorrer em riscos de custos de oportunidade. O desafio para os

administradores ou gestores é buscar um volume adequado de caixa para

empresa/instituição/organização, de forma a incorrer o mínimo possível em riscos.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma importante ferramenta que auxilia

na tomada de decisões e pode facilitar o trabalho dos administradores e gestores, através

das análises de fluxos passados e previsão de fluxos futuros.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma ferramenta de sustentabilidade

para as empresas/instituições/organizações, por auxiliar seus administradores e gestores

a controlar melhor os recursos econômicos de seus negócios, com isso, pode prevenir,

inconvenientes e intempéries futuras.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é de suma relevância por ter a finalidade

de permitir aos acionistas, cotistas, credores, investidores, sócio-proprietários e

usuários/clientes, avaliar a capacidade da empresa/instituição/organização em gerar

(produzir) fluxos de caixa positivos para atender às obrigações financeiras, adimplir

dividendos e aferir as necessidades de empréstimos/financiamentos externos.

O objetivo da Contabilidade é produzir informação útil, confiável em tempo

hábil para uma gama enorme de usuários que na grande maioria das vezes não possui,

Page 43: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

43

ou possui pouco conhecimento para análise de demonstrações mais complexas como a

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, por exemplo.

Neste sentido a Demonstração dos Fluxos de Caixa é ideal por ser de fácil

entendimento pelos diversos tipos de usuários. Desde que seja elaborada

adequadamente o Demonstrativo do Fluxo de Caixa é um importante instrumento de

análise financeira das empresas que permite à Contabilidade desempenhar mais

eficientemente o seu papel de principal guia na tomada de decisões econômicas.

Vale ressaltar também que as informações sobre fluxo de caixa são úteis

porque além da facilidade de entendimento e ferramenta auxiliar na tomada de decisões

econômicas, proporciona aos usuários das informações contábeis como investidores e

credores, uma base para avaliar a capacidade de a empresa gerar caixa e valores

equivalentes à caixa e, as necessidades da empresa em utilizar esses fluxos de caixa.

Mudanças no fluxo global de capitais e o crescente avanço tecnológico, aliados

à globalização comercial e do mercado de capital, demandam a harmonização das

normas contábeis às exigências nos moldes da contabilidade internacional, além da

compatibilidade dos relatórios contábeis entre as entidades de diferentes países.

É cediço que, seguindo a tendência internacional, o Brasil promoveu a

alteração da Lei nº 6.404/1976 através da Lei nº 11.638/2007 e da Lei nº 11.941/2009,

convergindo assim, para a substituição da DOAR pela DFC, tendo como ponto crucial o

fato da DFC ser mais transparente, prática, útil e de fácil entendimento para os que não

são tão detentores do conhecimento contábil.

Quanto ao método de apresentação do DFC, a norma legal passou a facultar a

opção pelo método direto ou indireto, desta forma infere-se dos ensinamentos

doutrinários predominantes o incentivo pela utilização do primeiro, uma vez que este

propicia informações específicas do potencial de movimentação financeira, por

conseguinte, mais claras e úteis para o mercado de capitais avaliarem o montante, o

tempo e as incertezas relacionadas aos fluxos de caixa futuros da companhia.

Contudo, não se pode afirmar com precisão existir um modelo melhor do que o

outro, tendo em vista que para a escolha levar-se-á em conta a demanda, ou seja, tudo

dependerá da necessidade de informação do usuário, aliada ao nível de seus

conhecimentos contábeis.

Logo, a adoção de qualquer um dos métodos, quer seja direto ou indireto, não

representa algo negativo, conquanto de cada uma das metodologias possam ser extraídas

Page 44: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

44

vantagens e desvantagens, devendo apenas ser observada a sua adequada conformação

as necessidades da companhia e a utilidade para as pretensões de seus usuários.

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por

Ações. Diário Oficial da União, Brasília-DF, 17/12/1976 (Suplemento),

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm.

BRASIL. Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei

nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976,

estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de

demonstrações financeiras. Diário Oficial da União, Brasília-DF, 28/12/2007 (Edição

Extra), http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm.

BRASIL. Lei nº 11.941 de 29 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal

relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários, entre outros, dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília-DF, 28/5/2009,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm.

FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Rio de Janeiro:

Campus, 2009.

FIPECAFI. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2010.

FIPECAFI, ERNST & YOUNG. Manual de Normas de Contabilidade 1. 2.ed. São

Paulo: Atlas, 2010.

IUDICIBUS, ELISEU, SANTOS & GELBCKE, Sergio de, Martins, Ariovaldo dos e

Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade Societária Aplicável a Todas as

Sociedades. São Paulo: Atlas.

LAMAS & GREGÓRIO, F. R., A. A. Demonstração dos Fluxos de Caixa e

Contabilidade Criativa. Revista Universo Contábil. Blumenau-SC, v.5, n.3, p. 99/115,

jul./set. 2009.

LUSTOSA & SANTOS, P. R. B., A. Como classificar as reservas de Capital na

Demonstração dos Fluxos de Caixa? In: XXVIII EnANPAD. Curitiba-PR, 2004.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 14.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MORANTE, Antonio Salvador; JORGE, Fauzi Timaço. Administração Financeira:

Decisões de curto prazo – decisões de longo prazo – indicadores econômicos. São

Paulo: Atlas, 2009.

NETO & SILVA, Alexandre Assaf e César Augusto Tibúrcio. Administração do

Capital de Giro. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Page 45: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

45

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO – CPC-03. Demonstração dos Fluxos de Caixa -

DFC, Brasília-DF, 13 de junho de 2008.

REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Demonstrações Contábeis: Estrutura e análise -

Adaptada às Alterações Introduzidas pela Lei n. 11.938/07 e Regulamentações

Posteriores. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

RIBEIRO, Osni Moura. Demonstrações financeiras mudança na lei das sociedades

por ações: como era e como ficou. São Paulo: Saraiva, 2008.

RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços - Fácil. São Paulo: Saraiva,

2009.

SALOTTI & YAMAMOTO, B. M., M. M. Divulgação Voluntária da Demonstração

dos Fluxos de Caixa no Mercado de Capitais Brasileiro. Revista de Contabilidade e

Finanças - USP., São Paulo, v.19, n.48, p. 37/49, set./dez. 2008.

SILVA, C. A. T. Administração do Capital de Giro. São Paulo, 3.ed. São Paulo:

Atlas, 2008.

STICKNEY & WEIL, C. P., R. L. Contabilidade Financeira: Uma Introdução aos

Conceitos, Métodos e Usos. São Paulo: Atlas.

SZUSTER, Natan e outros. Contabilidade Geral: Introdução à Contabilidade

Societária. São Paulo: Atlas, 2008.

www.anpad.org.br., www.audicont.com.br., www.cfc.org.br., www.cvm.org.br.,

www.cpc.org.br., www.fipecafi.org.br., www.ibracon.com.br.

Page 46: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

46

Método Direto versus Método Indireto

Entradas

Operacionais

Saídas

Operacionais

Lucro Líquido

Ajustes

Geração Interna

de Caixa

Geração Operaci-

onal de Caixa

Fluxo Operacional

Geração Não Ope-

racional de Caixa

Variação do Disponível

MenosMais / Menos

Igual

Mais / Menos

Igual

Igual

Mais / Menos

tod

o D

ire

toM

éto

do

Ind

ireto

Page 47: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

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AUDITORIA, CONSULTORIA E PERICIA DE CÁLCULOS E RECÁLCULOS

Deise Regina Cabrera - Administradora (CRA-GO 15021) - Derival Alves Ferro-Contador (CRC-GO 16079) e Mário Ferreira Neto (Especialista em Matemática e Estatística - Matemática Financeira)

(62) 9623 9211 - [email protected], (62) 9253 1958 - [email protected] e (62) 8419 7983 - [email protected]

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO INDIRETO Com base nas Demonstrações Contábeis abaixo elabore a Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto e Direito

ATIVO 2007 2008 VARIAÇÃO PASSIVO 2007 2008 VARIAÇÃO

Circulante R$ 650.000,00 R$ 1.130.000,00 R$ 480.000,00 Circulante R$ 225.000,00 R$ 503.200,00 R$ 278.200,00

Caixa e Banco R$ 300.000,00 R$ 150.000,00 -R$ 150.000,00 Fornecedores R$ 100.000,00 R$ 140.000,00 R$ 40.000,00

Duplicatas a receber R$ 120.000,00 R$ 160.000,00 R$ 40.000,00 Salários a pagar R$ 125.000,00 R$ 183.000,00 R$ 58.000,00

Estoques R$ 230.000,00 R$ 820.000,00 R$ 590.000,00 Impostos a pagar R$ - R$ 180.200,00 R$ 180.200,00

NÃO CIRCULANTE

Realizável em longo prazo R$ 300.000,00 R$ 291.000,00 -R$ 9.000,00 NÃO CIRCULANTE R$ 280.000,00 R$ 100.000,00 -R$ 180.000,00

Duplicatas a receber (Terceiros) R$ 300.000,00 R$ 291.000,00 -R$ 9.000,00 Exigível em longo prazo R$ 280.000,00 R$ 100.000,00 -R$ 180.000,00

Financiamento a pagar R$ 280.000,00 R$ 100.000,00 -R$ 180.000,00

Ativo Permanente R$ 94.000,00 R$ 121.000,00 R$ 27.000,00 Patrimônio Líquido R$ 539.000,00 R$ 938.800,00 R$ 399.800,00

Imobilizado R$ 152.000,00 R$ 200.000,00 R$ 48.000,00 Capital Social R$ 439.000,00 R$ 489.000,00 R$ 50.000,00

( - ) Depreciação -R$ 58.000,00 -R$ 79.000,00 -R$ 21.000,00 Reserva legal R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ -

Resultado acumulado R$ 95.000,00 R$ 444.800,00 R$ 349.800,00

VALOR TOTAL ATIVO R$ 1.044.000,00 R$ 1.542.000,00 R$ 498.000,00 VALOR TOTAL PASSIVO R$ 1.044.000,00 R$ 1.542.000,00 R$ 498.000,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas R$ 4.500.000,00

(-) Custos -R$ 3.449.000,00

Page 48: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

48

(-) Despesas Administrativas -R$ 200.000,00

(-) Despesas Salários -R$ 300.000,00

(-) Depreciação -R$ 21.000,00

(-) IR e CS -R$ 180.200,00

(=) Lucro Líquido R$ 349.800,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO INDIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL R$ 19.000,00

Ajusto do Lucro R$ 349.800,00

(+) Depreciação R$ 21.000,00

VALOR TOTAL R$ 370.800,00

2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 48.000,00 VARIAÇÃO PRATIMONIAL

(-) Imobilizado -R$ 48.000,00 (-) Duplicatas a receber em longo prazo -R$ 40.000,00

(+) Estoques -R$ 590.000,00

3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO -R$ 121.000,00 (+) Fornecedores R$ 40.000,00

(+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 9.000,00 (+) Salários a pagar R$ 58.000,00

(-) Financiamento a pagar -R$ 180.000,00 (+) Impostos a pagar R$ 180.200,00

(+) Capital Social R$ 50.000,00 -R$ 351.800,00

VALOR TOTAL -R$ 121.000,00 R$

370.800,00 R$ 351.800,00 R$ 19.000,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) -R$

150.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

150.000,00

VALOR TOTAL -R$

150.000,00

Page 49: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

49

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO DIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL R$ 19.000,00 2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 48.000,00

Recebimentos de vendas R$ 4.460.000,00 (-) Imobilizado -R$ 48.000,00

Pagamentos de fornecedores -R$ 3.999.000,00

Pagamentos de salários -R$ 242.000,00 3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO -R$ 121.000,00

Pagamentos de despes administrativas -R$ 200.000,00 (+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 9.000,00

VALOR TOTAL R$ 19.000,00 (-) Financiamento a pagar -R$ 180.000,00

(+) Capital Social R$ 50.000,00

VALOR TOTAL -R$ 121.000,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) -R$

150.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

150.000,00

VALOR TOTAL -R$

150.000,00

Apuração dos valores afetos à ATIVIDADE OPERACIONAL

Recebimentos de vendas = saldo inicial de duplicatas a receber + vendas (receitas) - saldo final de duplicatas a receber

Recebimentos de vendas = R$120.000,00 + R$4.500.000,00 - R$160.000,00 = R$4.460.000,00

Compras: estoque final + CMV (custos) - estoque inicial

Compras: R$820.000,00 + R$3.449.000,00 - R$230.000,00 = R$4.039.000,00

Pagamentos de fornecedores = saldo inicial de fornecedores + compras - saldo final de fornecedores

Pagamentos de fornecedores = R$100.000,00 + R$4.039.000,00 - R$140.000,00 = R$3.999.000,00

Page 50: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

50

Pagamentos de salários = saldo inicial de salários + despesas de salários - saldo final de salários

Pagamentos de salários = R$125.000,00 + R$300.000,00 - R$183.000,00 = R$242.000,00

Pagamentos de despesas administrativas = R$200.000,00

AUDITORIA, CONSULTORIA E PERICIA DE CÁLCULOS E RECÁLCULOS

Deise Regina Cabrera - Administradora (CRA-GO 15021) - Derival Alves Ferro-Contador (CRC-GO 16079) e Mário Ferreira Neto (Especialista em Matemática e Estatística - Matemática Financeira)

(62) 9623 9211 - [email protected], (62) 9253 1958 - [email protected] e (62) 8419 7983 - [email protected]

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA Com base nas Demonstrações Contábeis abaixo elabora a Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto e Direito

ATIVO 2005 2006 VARIAÇÃO PASSIVO 2005 2006 VARIAÇÃO

Circulante R$ 650.000,00 R$ 730.000,00 R$ 80.000,00 Circulante R$ 225.000,00 R$ 323.000,00 R$ 98.000,00

Caixa e Banco R$ 300.000,00 R$ 550.000,00 R$ 250.000,00 Fornecedores R$ 100.000,00 R$ 140.000,00 R$ 40.000,00

Duplicatas a receber R$ 120.000,00 R$ 160.000,00 R$ 40.000,00 Salários a pagar R$ 125.000,00 R$ 183.000,00 R$ 58.000,00

Estoques R$ 230.000,00 R$ 20.000,00 -R$ 210.000,00 Impostos a pagar R$ - R$ - R$ -

NÃO CIRCULANTE R$ 394.000,00 R$ 412.000,00 R$ 18.000,00

Realizável em longo prazo R$ 300.000,00 R$ 291.000,00 -R$ 9.000,00 NÃO CIRCULANTE R$ 280.000,00 R$ 500.000,00 R$ 220.000,00

Duplicatas a receber (Terceiros) R$ 300.000,00 R$ 291.000,00 -R$ 9.000,00 Exigível em longo prazo R$ 280.000,00 R$ 500.000,00 R$ 220.000,00

Financiamento a pagar R$ 280.000,00 R$ 500.000,00 R$ 220.000,00

Ativo Permanente R$ 94.000,00 R$ 121.000,00 R$ 27.000,00 Patrimônio Líquido R$ 539.000,00 R$ 319.000,00 -R$ 220.000,00

Imobilizado R$ 152.000,00 R$ 200.000,00 R$ 48.000,00 Capital Social R$ 439.000,00 R$ 489.000,00 R$ 50.000,00

( - ) Depreciação -R$ 58.000,00 -R$ 79.000,00 -R$ 21.000,00 Reserva legal R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ -

Resultado acumulado R$ 95.000,00 -R$ 175.000,00 -R$ 270.000,00

Page 51: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

51

VALOR TOTAL ATIVO R$ 1.044.000,00 R$ 1.542.000,00 R$ 498.000,00 VALOR TOTAL PASSIVO R$ 1.044.000,00 R$ 1.542.000,00 R$ 498.000,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas R$ 4.500.000,00

(-) Custos -R$ 4.249.000,00

(-) Despesas Administrativas -R$ 200.000,00

(-) Despesas Salários -R$ 300.000,00

(-) Depreciação -R$ 21.000,00

(-) IR e CS R$ -

(=) Lucro Líquido -R$ 270.000,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO INDIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL R$ 19.000,00

Ajusto do Lucro -R$ 270.000,00

(+) Depreciação R$ 21.000,00

VALOR TOTAL -R$ 249.000,00

2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 48.000,00 VARIAÇÃO PRATIMONIAL

(-) Imobilizado -R$ 48.000,00 (-) Duplicatas a receber em longo prazo -R$ 40.000,00

(+) Estoques R$ 210.000,00

3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO R$ 279.000,00 (+) Fornecedores R$ 40.000,00

(+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 9.000,00 (+) Salários a pagar R$ 58.000,00

(-) Financiamento a pagar R$ 220.000,00 (+) Impostos a pagar R$ -

(+) Capital Social R$ 50.000,00 R$ 268.000,00

VALOR TOTAL R$ 279.000,00 -R$

249.000,00 R$ 268.000,00 R$ 19.000,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) R$

250.000,00

Page 52: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

52

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

550.000,00

VALOR TOTAL R$

250.000,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO DIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL R$ 19.000,00 2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 48.000,00

Recebimentos de vendas R$ 4.460.000,00 (-) Imobilizado -R$ 48.000,00

Pagamentos de fornecedores -R$ 3.999.000,00

Pagamentos de salários -R$ 242.000,00 3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO R$ 279.000,00

Pagamentos de despes administrativas -R$ 200.000,00 (+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 9.000,00

VALOR TOTAL R$ 19.000,00 (-) Financiamento a pagar R$ 220.000,00

(+) Capital Social R$ 50.000,00

VALOR TOTAL R$ 279.000,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) R$

250.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

550.000,00

VALOR TOTAL R$

250.000,00

Apuração dos valores afetos à ATIVIDADE OPERACIONAL

Recebimentos de vendas = saldo inicial de duplicatas a receber + vendas (receitas) - saldo final de duplicatas a receber

Recebimentos de vendas = R$300.000,00 + R$4.500.000,00 - R$291.000,00 = R$4.460.000,00

Compras: estoque final + CMV (custos) - estoque inicial

Compras: R$20.000,00 + R$4.249.000,00 - R$230.000,00 = R$4.039.000,00

Page 53: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

53

Pagamentos de fornecedores = saldo inicial de fornecedores + compras - saldo final de fornecedores

Pagamentos de fornecedores = R$100.000,00 + R$4.039.000,00 - R$140.000,00 = R$3.999.000,00

Pagamentos de salários = saldo inicial de salários + despesas de salários - saldo final de salários

Pagamentos de salários = R$125.000,00 + R$300.000,00 - R$183.000,00 = R$242.000,00

Pagamentos de despesas administrativas = R$200.000,00

Uma empresa mercantil apresentou, no final do ano de 2011, os seguintes dados: a) Custos das Mercadorias Vendidas: R$450.000,00; b) Estoques em 01/01/2011: R$110.000,00; c) Estoques em 31/12/2011: R$150.000,00. Qual foi o total das compras no período? R: R$490.000,000.

Resposta: Compras = Estoque final + Custos das Mercadorias Vendidas - Estoque inicial [Efinal + CMV - Einicial] = R$150.000,00 + R$450.000,00 - R$110.000,00 = R$490.000,000.

Sabendo-se que o saldo final da conta de fornecedores foi de R$237.200,00 e as compras do período registradas nos estoques foram de R$282.000,00 e a alíquota de ICMS dessas compras é de 18%. Sabendo-se que o saldo inicial da conta de fornecedores era de R$75.000,00. Pede-se: Quanto se pagou aos fornecedores neste período? R: R$181.702,44.

Resposta: SDf = R$237.200,00; SDi = R$75.000,00; C = R$282.000,00; ICMS = 18%. Cálculo matemático: 1) Utilizar-se a regra de três (duas maneiras): Valor das compras equivale a 82% e Valor total das compras (X) equivale a 100%→ R$282.000,00 ÷ X = 82% ÷ 100%→ X = R$282.000,00 × 100) ÷ 82→ X = R$343.902,44; 2) ICMS = 18%→ 100% - 18% = 82% (82÷100 = 0,82): R$282.000,00 ÷ 0,82 = R$343.902,44. Observação: ICMS é um tributo por dentro enquanto o IPI é um tributo por fora. Prova do cálculo: ICMS = 18%→ 100% - 18% = 82% (82÷100 = 0,82)→ R$343.902,44 x 0,82 = R$282.000,00. Pgto de fornecedores = Saldo inicial da conta de fornecedores + Compras registradas nos estoques - Saldo final da conta de fornecedores→ Pgto de fornecedores = R$75.000,00 + R$343.902,44 - R$237.200,00→ Pgto de fornecedores = R$181.702,44.

Sabendo-se que, todas as compras à vista da empresa representam 35% do volume de compras do mês e que o caixa informa haver pago, neste mês, R$148.500,00 a título de compras à vista, pergunta-se: Qual o valor das compras do mês em questão? R: R$424.285,71.

Resposta: O volume de compras à vista = 35%; pgto pelas compras = R$148.500,00. Cálculo matemático (duas maneiras): 1) Utilizar-se a regra de três: Valor do pgto pelas compra equivale a 35% e Valor total das compras (X) equivale a 100%→ R$148.500,00 ÷ X = 35% ÷ 100%→ X = (R$148.500,00 × 100) ÷ 35→ X = R$424.285,71. Prova do cálculo: R$424.285,71 × 0,35 = R$148.500,00.

Page 54: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

54

Indique a alternativa que afeta o caixa: a) Reavaliação do Permanente; b) Correção Monetária do Permanente; c) Baixa do Permanente; d) Venda de Permanente à vista.

Normalmente, o item que afeta o Caixa na DPLA é: a) Saldo inicial de Lucros Acumulados; b) Destinação do Lucro para Reservas; c) Reservas de Contingências; d) Dividendos.

1) O Sr. José não sabe "onde está indo" o dinheiro do mês a mês da empresa. Seu Gerente Financeiro diz que a empresa esta gerando lucro, porém Sr. José argumenta "todo mês ele me diz que tivemos lucro, porém não sei para onde esta indo meu dinheiro". Construa a DFC e explique ao Sr. José o que está acontecendo com os recursos. Quais são os itens com maior participação no consumo de recursos da empresa (Observação: seja claro e objetivo na sua explicação):

AUDITORIA, CONSULTORIA E PERICIA DE CÁLCULOS E RECÁLCULOS

Deise Regina Cabrera - Administradora (CRA-GO 15021) - Derival Alves Ferro-Contador (CRC-GO 16079) e Mário Ferreira Neto (Especialista em Matemática e Estatística - Matemática Financeira)

(62) 9623 9211 - [email protected], (62) 9253 1958 - [email protected] e (62) 8419 7983 - [email protected]

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 2007 2008 VARIAÇÃO PASSIVO 2007 2008 VARIAÇÃO

Circulante R$ 673.000,00 R$ 962.000,00 R$ 289.000,00 Circulante R$ 248.000,00 R$ 291.840,00 R$ 43.840,00

Caixa e Banco R$ 300.000,00 R$ 292.000,00 -R$ 8.000,00 Fornecedores R$ 100.000,00 R$ 105.000,00 R$ 5.000,00

Duplicatas a receber R$ 120.000,00 R$ 80.000,00 -R$ 40.000,00 Salários a pagar R$ 125.000,00 R$ 130.000,00 R$ 5.000,00

Estoques R$ 253.000,00 R$ 590.000,00 R$ 337.000,00 Impostos a pagar R$ 23.000,00 R$ 56.840,00 R$ 33.840,00

NÃO CIRCULANTE R$ 394.000,00 R$ 133.000,00 -R$ 261.000,00

Realizável em longo prazo R$ 300.000,00 R$ 31.000,00 -R$ 269.000,00 NÃO CIRCULANTE R$ 280.000,00 R$ 290.000,00 R$ 10.000,00

Duplicatas a receber (Terceiros) R$ 300.000,00 R$ 31.000,00 -R$ 269.000,00 Exigível em longo prazo R$ 280.000,00 R$ 290.000,00 R$ 10.000,00

Imobilizado R$ 152.000,00 R$ 190.000,00 R$ 38.000,00 Financiamento a pagar R$ 280.000,00 R$ 290.000,00 R$ 10.000,00

( - ) Depreciação -R$ 58.000,00 -R$ 88.000,00 -R$ 30.000,00

Patrimônio Líquido R$ 539.000,00 R$ 513.160,00 -R$ 25.840,00

Page 55: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

55

Capital Social R$ 439.000,00 R$ 306.000,00 -R$ 133.000,00

Reserva legal R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ -

Resultado acumulado R$ 95.000,00 R$ 202.160,00 R$ 107.160,00

VALOR TOTAL ATIVO R$ 1.067.000,00 R$ 1.095.000,00 R$ 28.000,00 VALOR TOTAL PASSIVO R$ 1.067.000,00 R$ 1.095.000,00 R$ 28.000,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas R$ 4.500.000,00

(-) Impostos sobre Venda -R$ 380.000,00

(-) Custos -R$ 3.449.000,00

(-) Despesas Administrativas -R$ 200.000,00

(-) Despesas Salários -R$ 300.000,00

(-) Depreciação -R$ 30.000,00

(-) IR e CS -R$ 33.840,00

(=) Lucro Líquido R$ 107.160,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO INDIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL -R$ 116.000,00

Ajusto do Lucro R$ 107.160,00

(+) Depreciação R$ 30.000,00

VALOR TOTAL R$ 137.160,00

2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 38.000,00 VARIAÇÃO PRATIMONIAL

(-) Imobilizado -R$ 38.000,00 (-) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 40.000,00

(+) Estoques -R$ 337.000,00

3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO R$ 146.000,00 (+) Fornecedores R$ 5.000,00

(+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 269.000,00 (+) Salários a pagar R$ 5.000,00

(-) Financiamento a pagar R$ 10.000,00 (+) Impostos a pagar R$ 33.840,00

(+) Capital Social -R$ 133.000,00 -R$ 253.160,00

Page 56: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

56

VALOR TOTAL R$ 146.000,00 -R$

249.000,00 R$ 268.000,00 R$ 19.000,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) -R$

8.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

292.000,00

VALOR TOTAL -R$

8.000,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO DIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL -R$ 116.000,00 2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 38.000,00

Recebimentos de vendas R$ 4.540.000,00 (-) Imobilizado -R$ 38.000,00

Pagamentos de fornecedores -R$ 3.781.000,00

Pagamentos de salários -R$ 295.000,00 3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO R$ 146.000,00

Pagamentos de despes administrativas -R$ 200.000,00 (+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 269.000,00

Impostos sobre venda -R$ 380.000,00 (-) Financiamento a pagar R$ 10.000,00

VALOR TOTAL -R$ 116.000,00 (+) Capital Social -R$ 133.000,00

VALOR TOTAL R$ 146.000,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) -R$

8.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

292.000,00

VALOR TOTAL -R$

8.000,00

Apuração dos valores afetos à ATIVIDADE OPERACIONAL

Recebimentos de vendas = saldo inicial de duplicatas a receber + vendas (receitas) - saldo final de duplicatas a receber

Page 57: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

57

Recebimentos de vendas = R$120.000,00 + R$4.500.000,00 - R$80.000,00 = R$4.540.000,00

Compras: estoque final + CMV (custos) - estoque inicial

Compras: R$590.000,00 + R$3.449.000,00 - R$253.000,00 = R$3.786.000,00

Pagamentos de fornecedores = saldo inicial de fornecedores + compras - saldo final de fornecedores

Pagamentos de fornecedores = R$100.000,00 + R$3.786.000,00 - R$105.000,00 = R$3.781.000,00

Pagamentos de salários = saldo inicial de salários + despesas de salários - saldo final de salários

Pagamentos de salários = R$125.000,00 + R$300.000,00 - R$130.000,00 = R$295.000,00

Pagamentos de despesas administrativas = R$200.000,00

Observação: Impostos sobre venda: R$380.000,00 (Lança-se este valor como consta da Demonstração do Resultado do Exercício): isto é, negativo.

CONCLUSÃO: Constata-se pelo Balanço Patrimonial, bem como pelos Demonstrativos de Fluxos de Caixa que a empresa do Sr. José, no ano exercício de 2007 para o ano exercício de 2008 está em prejuízo de R$8.000,00, se persistir essa situação de o ano exercício fechar com Caixa e Banco com saldo negativo, certa e brevemente, estará em estado de falência.

AUDITORIA, CONSULTORIA E PERICIA DE CÁLCULOS E RECÁLCULOS

Deise Regina Cabrera - Administradora (CRA-GO 15021) - Derival Alves Ferro-Contador (CRC-GO 16079) e Mário Ferreira Neto (Especialista em Matemática e Estatística - Matemática Financeira)

(62) 9623 9211 - [email protected], (62) 9253 1958 - [email protected] e (62) 8419 7983 - [email protected]

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 2008 2009 VARIAÇÃO PASSIVO 2008 2009 VARIAÇÃO

Page 58: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

58

Circulante R$ 6.185.783,00 R$ 15.747.208,00 R$ 9.561.425,00 Circulante R$ 3.087.000,00 R$ 3.140.899,00 R$ 53.899,00

Caixa e Banco R$ 300.000,00 R$ 1.350.000,00 R$ 1.050.000,00 Fornecedores R$ 2.100.000,00 R$ 2.354.134,00 R$ 254.134,00

Duplicatas a receber R$ 3.540.000,00 R$ 11.097.208,00 R$ 7.557.208,00 Salários a pagar R$ 987.000,00 R$ 786.765,00 -R$ 200.235,00

Estoques R$ 2.345.783,00 R$ 3.300.000,00 R$ 954.217,00 Impostos a pagar R$ - R$ - R$ -

NÃO CIRCULANTE R$ 14.316.200,00 R$ 11.180.328,00 -R$ 3.135.872,00 NÃO CIRCULANTE R$ 2.800.000,00 R$ 3.800.000,00 R$ 1.000.000,00

Duplicatas a receber (Terceiros) R$ 4.323.000,00 R$ 858.983,00 -R$ 3.464.017,00 Financiamento Máquina R$ 2.800.000,00 R$ 3.800.000,00 R$ 1.000.000,00

Imobilizado R$ 10.573.200,00 R$ 11.000.345,00 R$ 427.145,00

( - ) Depreciação -R$ 580.000,00 -R$ 679.000,00 -R$ 99.000,00 Patrimônio Líquido R$ 14.614.983,00 R$ 19.986.637,00 R$ 5.371.654,00

Capital Social R$ 14.439.000,00 R$ 14.890.000,00 R$ 451.000,00

Reserva legal R$ 80.983,00 R$ 80.983,00 R$ -

Resultado acumulado R$ 95.000,00 R$ 5.015.654,00 R$ 4.920.654,00

VALOR TOTAL ATIVO R$ 20.501.983,00 R$ 26.927.536,00 R$ 6.425.553,00 VALOR TOTAL PASSIVO R$ 20.501.983,00 R$ 26.927.536,00 R$ 6.425.553,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas R$ 24.500.004,00

(-) Impostos sobre Venda R$ -

(-) Custos -R$ 18.794.678,00

(-) Despesas Administrativas R$ -

(-) Despesas Salários -R$ 685.672,00

(-) Depreciação -R$ 99.000,00

(-) IR e CS R$ -

(=) Lucro Líquido R$ 4.920.654,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO INDIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL -R$ 3.437.872,00

Ajusto do Lucro R$ 4.920.654,00

(+) Depreciação R$ 99.000,00

Page 59: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

59

VALOR TOTAL R$ 5.019.654,00

2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 427.145,00 VARIAÇÃO PRATIMONIAL

(-) Imobilizado -R$ 427.145,00 (-) Duplicatas a receber em longo prazo -R$ 7.557.208,00

(+) Estoques -R$ 954.217,00

3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO R$ 4.915.017,00 (+) Fornecedores R$ 254.134,00

(+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 3.464.017,00 (+) Salários a pagar -R$ 200.235,00

(-) Financiamento a pagar R$ 1.000.000,00 (+) Impostos a pagar R$ -

(+) Capital Social R$ 451.000,00 -R$ 8.457.526,00

VALOR TOTAL R$ 4.915.017,00 R$

5.019.654,00 -R$ 8.457.526,00 -R$ 3.437.872,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) R$

1.050.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

1.350.000,00

VALOR TOTAL R$

1.050.000,00

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA - MODELO DIRETO - RESPOSTA/SOLUÇÃO 1. ATIVIDADE OPERACIONAL -R$ 3.437.872,00 2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO -R$ 427.145,00

Recebimentos de vendas R$ 16.942.796,00 (-) Imobilizado -R$ 427.145,00

Pagamentos de fornecedores -R$ 19.494.761,00

Pagamentos de salários -R$ 885.907,00 3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO R$ 4.915.017,00

Pagamentos de despes administrativas R$ - (+) Duplicatas a receber em longo prazo R$ 3.464.017,00

Pagamentos de impostos R$ - (-) Financiamento a pagar R$ 1.000.000,00

VALOR TOTAL -R$ 3.437.872,00 (+) Capital Social R$ 451.000,00

Page 60: Artigo   importância da nova sistemática para dfc

60

VALOR TOTAL R$ 4.915.017,00

EFEITO CAIXA (1 + 2 + 3) R$

1.050.000,00

SALDO INICIAL (CAIXA E BANCO) R$

300.000,00

SALDO FINAL (CAIXA E BANCO) R$

1.350.000,00

VALOR TOTAL R$

1.050.000,00

Apuração dos valores afetos à ATIVIDADE OPERACIONAL

Recebimentos de vendas = saldo inicial de duplicatas a receber + vendas (receitas) - saldo final de duplicatas a receber

Recebimentos de vendas = 3.540.000,00 + R$24.500.004,00 - R$11.097.028,00 = R$16.942.796,00

Compras: estoque final + CMV (custos) - estoque inicial

Compras: R$3.300.000,00 + R$18.794.678,00 - R$2.345.783,00 = R$19.748.895,00

Pagamentos de fornecedores = saldo inicial de fornecedores + compras - saldo final de fornecedores

Pagamentos de fornecedores = R$2.100.000,00 + R$19.748.678,00 - R$2.354.134 = R$19.494.761,00

Pagamentos de salários = saldo inicial de salários + despesas de salários - saldo final de salários

Pagamentos de salários = R$987.000,00 + R$685.672 - R$786.765,00 = R$885.907,00

DEISE REGINA CABRERA - Especializanda da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON.

DERIVAL ALVES FERRO - Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON.

MÁRIO FERREIRA NETO - Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON.