as principais ameaças à flora portuguesa e conservação · 2020. 11. 8. · ameaças/pressões...
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As Principais Ameaças à Flora Portuguesa e Algumas Propostas de Medidas de
Conservação
Paulo Miguel dos Santos Carvalho Pereira
SPB / NBI
• 630 plantas avaliadas (cerca de
1/5 da flora de Portugal
continental), 63% ameaçadas
Resultados: Avaliação do Risco de Extinção
• 381 Ameaçadas (CR, EN, VU) - 60% das plantas avaliadas
• 106 Quase Ameaçadas (NT) • 19 Extintas (EX,RE)
• 105 Pouco Preocupantes (LC) • 19 Informação Insuficiente (DD)
19
84
128
169
106 105
19
EX+RE CR EN VU NT LC DD
Ameaçadas 381
No Norte: concentração de várias plantas finícolas e
alguns endemismos ibéricos de distribuição restrita,
nas serras do Gerês, Montesinho e Nogueira e no
vale do Douro internacional;
No Centro: concentração de vários endemismos e de
plantas de distribuição localizada, na Serra da
Estrela; várias extinções no Baixo Mondego e no
Baixo Vouga ao longo do último século;
No Sul: várias plantas arvenses associadas aos solos
básicos (Beja, Elvas, arredores de Lisboa, Arrábida,
Barrocal Algarvio); Endemismos na costa sudoeste e
no litoral algarvio.
Resultados: Padrões de Distribuição das Plantas Ameaçadas
O Noroeste e Centro é a região com mais plantas
ameaçadas (127), com plantas exclusivas de alta
montanha e da faixa litoral de influência atlântica.
O Sudoeste Alentejano e Algarve tem 87 espécies
ameaçadas, concentradas no litoral sul e nas serras
algarvias.
No Nordeste Transmontano e Beira Interior há 79
espécies ameaçadas, repartidas entre as serras
continentais, o vale do Douro e os enclaves ultrabásicos.
O Oeste, Vale do Tejo e Bacia do Sado as 59 ameaçadas
concentram-se nas serras calcárias e no litoral.
No Alentejo interior, a maioria das 48 espécies distribui-
se entre os olivais de sequeiro, as serras calcárias e os
charcos temporários mediterrânicos
1
2
4
5
8
10
8
13
18
34
18
20
27
23
40
19
29
35
41
45
0 20 40 60 80 100 120 140
Alentejo Interior
Oeste, Vale do Tejo e Bacia do Sado
Nordeste Transmontano e Beira Interior
Sudoeste Alentejano e Algarve
Noroeste e Centro
EX+RE CR EN VU
Resultados: Número de Espécies Ameaçadas por Região
Resultados: Distribuição das Plantas Ameaçadas
1
6
6
4
2
13
27
17
11
14
2
5
28
28
16
30
21
7
33
39
25
37
28
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Subcosmopolitas
Europeias
Mediterrânicas
Ibero-magrebinas
Ibéricas
Lusitânicas
EX+RE CR EN VU
• Quase metade de todas as espécies ameaçadas são endémicas Lusitânicas, Ibéricas ou Ibero-magrebinas;
• Das endémicas Lusitânicas, apenas 4 espécies estão Criticamente em Perigo ou Extinta;
• Cerca de 22% espécies ameaçadas são mediterrânicas;
• 24% são europeias e apenas 7% têm distribuição subcosmopolita.
Resultados:
17
26
31
7
35
43
2
19
28
13
3
16
33
24
7
1
6
11
3
6 10
17
68
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CR EN VU NT LC
< 50 [50 - 250[ [250 - 1000[
[1000 - 2 500[ [2500 - 10 000[ [10 000 - 15 000[
>= 15 000
• Mais de 70% das Criticamente em Perigo (CR) têm menos de 250 indivíduos
• Cerca de 60% das Em Perigo (EN) têm menos de 1000 indivíduos
• Das de Categoria Vulnerável (VU), 30% têm menos de 1000 indivíduos
Número de Indivíduos por Categoria de ameaça
19 17
53
12 15
14 103
39
11 107
2
7
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
RE+E Criticamente Em Perigo
Em Perigo Vulnerável
0 1 2 a 5 6 a 10 Mais de 10
Resultados:
Número de Localizações por categoria de ameaça
• Todas as extintas (RE+E) e 20% das CR não têm localizações
• 63% das Criticamente Em Perigo (CR) têm apenas uma localização
• 80% das Em Perigo (EN) têm de 2 a 5 localizações e 9% tem apenas uma localização.
• Das de Categoria Vulnerável (VU), 64% têm entre 6 a 10 localizações e indivíduos 32% tem menos de 5 localizações.
50% Desenvolvimento urbano 35% Atividade agrícola 32% Espécies exóticas
Resultados: Principais Ameaças e Pressões para as 400 Espécies
41
49
51
53
64
66
80
92
96
101
120
127
138
144
171
199
0 50 100 150 200 250
Erosão
Exploração de recursos geológicos e biológicos
Incêndios recorrentes
Poluição
Atividade florestal
Atividade pecuária
Doenças e problemas biológicos
Dinâmicas da vegetação
Alterações climáticas
Exploração de recursos hídricos
Outras perturbações e intrusões humanas
Espécies exóticas invasoras
Atividade agrícola
Más práticas de gestão de vegetação
Ameaças imprevisíveis e outras ameaças
Desenvolvimento urbano e infraestruturas
As ameaças estão diretamente relacionadas com a expansão humana (vermelho), atividade agrícola (amarelo), atividade florestal (castanho) e fenómenos naturais (verde) e seminaturais (roxo)
No Sudoeste Alentejano e Algarve destacam-se o desenvolvimento urbano, as outras perturbações humanas e as espécies exóticas;
A intensificação agrícola é a ameaça principal no Alentejo interior;
No Oeste, Vale do tejo e Bacia do Sado destacam-se o desenvolvimento urbano e a atividade agrícola;
No Noroeste e Centro destacam-se as alterações climáticas, as espécies exóticas, as outras perturbações humanas e a exploração de recursos hídricos;
No Nordeste transmontano e Beira Interior as ameaças imprevisíveis, más práticas de gestão de vegetação e a exploração de recursos hídricos (construção de barragens) são as sinalizadas.
Resultados: Principais Ameaças e Pressões nas 5 regiões
0 50 100 150 200 250
Alterações climáticas
Exploração de recursos hídricos
Outras perturbações e intrusões humanas
Impactos relacionados com espécies alóctones
Atividade agrícola
Más práticas de gestão de vegetação
Ameaças imprevisíveis e outras ameaças
Desenvolvimento urbano e infraestruturas
Sudoeste Alentejano e Algarve Alentejo Interior Oeste, Vale do Tejo e Bacia do Sado Noroeste e Centro Nordeste Transmontano e Beira Interior
1ª Ameaça/Pressão: Desenvolvimento • Desenvolvimento urbano, industrial e turístico
• Desenvolvimento de infraestruturas de transportes
• Construção de estruturas na linha de costa
• Construção de parques eólicos e solares
• Construção de linhas elétricas, gasodutos e oleodutos
• Intervenções no litoral
• Outras construções
Ameaça e pressão concentrada em toda a faixa litoral de Portugal Sudoeste Alentejano e Algarve (68), Noroeste e Centro (47) e Oeste, Vale do Tejo e Bacia do Sado (39)
2ª Ameaça/Pressão: Ameaças Imprevisíveis • Fatores estocásticos ou ameaças imprevisíveis
• Ameaças desconhecidas
• Outras ameaças
Ameaça e pressão sinalizada sobretudo no norte de
Portugal
Noroeste e Centro (61) e Nordeste Transmontano (48)
Pinheirinho (Palhinhaea cernua)
Aplica-se normalmente a espécies muito localizadas ou com poucos efetivos, e que por qualquer ameaça difícil de prever, ou simplesmente por fatores estocásticos, possa desaparecer num futuro próximo. Por exemplo, para a arabeta-da-beira (Arabis beirana): “Devido ao reduzido tamanho dos núcleos populacionais conhecidos, estes são muito suscetíveis a fatores estocásticos ou a quaisquer ameaças imprevisíveis”
Arabeta-da-beira (Arabis beirana)
26 Espécies com menos de 50 indivíduos
80 Espécies com uma localização apenas
3ª Ameaça/Pressão: Má Gestão da Vegetação:
• Más práticas culturais ou de gestão de vegetação
• Desflorestação e desmatação
Ameaça e pressão praticamente transversal a todo o país:
Noroeste e Centro (42), Nordeste Transmontano (32), Sudoeste Alentejano e
Algarve (29) e Alentejo Interior (27)
“Aqui não há necessidade de fazer gestão e
manutenção do sub-bosque mas há quem se
lembre de criar faixas ao redor do edificado e
de aglomerados, obrigando ao abate desta
espécie de árvores, cuja distância entre
copas seja inferior a 4 metros.”
4ª Ameaça/Pressão: Intensificação Agrícola • Intensificação e expansão da atividade agrícola
Destaque para o todo o Alentejo, sendo também importante no
Oeste e Noroeste
Alentejo interior (41), Sudoeste Alentejano e Algarve (26) ,
Noroeste e Centro (34) e Oeste, Vale do Tejo e Bacia do Sado (28)
2017
2020
5ª Ameaça/Pressão: Espécies Invasoras • Impactos relacionados com espécies alóctones
As espécies exóticas invasoras são uma pressão/ameaça
grave concentrada em toda a região litoral de Portugal.
Sudoeste Alentejano e Algarve (39) , Noroeste e Centro
(59) e Oeste, Vale do Tejo e Bacia do Sado (19)
Bosques, arribas e massas de água entre outros
habitats enfrentam um problema crescente de espécies
exóticas invasoras que ocupam extensas áreas de
território, em detrimento das espécies nativas.
Perda de biodiversidade, simplificação do ecossistema e
perda da sua funcionalidade implicam grandes prejuízos
económicos a curto prazo.
6ª Ameaça/Pressão: Outras Perturbações e Intrusões
Humanas • Pisoteio e outras perturbações associadas a atividades de lazer ou
recreativas
Noroeste e Centro (50) e Sudoeste Alentejano e Algarve (46) concentram a
maioria das espécies ameaçadas por atividades turísticas na natureza.
7ª Ameaça/Pressão: Exploração de Recursos Hídricos • Construção de barragens e açudes
• Exploração e sobre-exploração de recursos hídricos
• Drenagem
Ameaça/pressão mais concentrada no norte por impacto das grandes barragens.
Noroeste e Centro (34), Nordeste Transmontano (26) e Oeste, Vale do Tejo e Bacia
do Sado (22).
8ª Ameaça/Pressão: Alterações Climáticas • Diminuição da precipitação sob a forma de neve
• Alterações do balanço hídrico ou do regime
hidrológico
Argençana-dos-pastores (Gentiana lutea)
Ameaça/pressão mais concentrada no Noroeste e Centro
(61) por afetar negativamente espécies de montanha
Das restantes ameaças, a maioria é significativa para alguns
habitats:
• Dinâmicas da vegetação (matos, bosques, vegetação
costeira)
• Doenças e problemas biológicos (matos, bosques,
vegetação costeira e rupícola)
• Intensificação pecuária (prados),
• Intensificação florestal (matos, bosques)
• Incêndios recorrentes (bosques e vegetação rupícola
• Exploração de recursos (vegetação rupícola)
• Erosão (vegetação costeira)
Ameaças emergentes e outras ameaças: a intensificação agrícola, alterações climáticas e expansão de exóticas invasoras são as mais preocupantes. A recolha e coleta de plantas raras pode vir a ser um problema.
Resultados: Em que habitats estão as espécies ameaçadas? Para cada espécie foi indicado pelo avaliador um ou mais habitats. Prados e pastagens foi o habitat mais selecionado, contabilizando-se 146 espécies; Os Matos foram assinalados por 103 vezes enquanto que os Bosques são referenciados 97 vezes; As vegetação aquática (82), a vegetação costeira (79) e a vegetação rupícola (46) foram os habitats selecionados para as restantes espécies.
0 50 100 150 200
Vegetação rupícola
Vegetação costeira
Vegetação aquática
Bosques
Matos
Prados e pastagens
EX+RE CR EN VU
0 50 100 150 200 250
Vegetação rupícola
Vegetação costeira
Vegetação aquática
Bosques
Matos
Prados e pastagens
EX+RE CR EN VU NT LC DD
Ameaças/Pressões dos Prados e Pastagens (104):
• Prados arvenses (38)
• Prados húmidos (28)
• Ervaçais anuais (20)
• Ervaçais perenes (18)
Ameaças em destaque: Intensificação pecuária
0
1
2
6
6
8
10
10
12
14
22
32
39
40
49
52
0 10 20 30 40 50
Incêndios recorrentes
Poluição
Erosão
Intensificação florestal
Doenças e problemas
Outras perturbações humanas
Alterações climática
Exploração de recursos
Espécies invasoras
Exploração RH
Intensificação pecuária
Dinâmicas da vegetação
Ameaças imprevisíveis
Má gestão vegetação
Intensificação agrícola
Desenvolvimento
buglossa-menor (Anchusa puechii)
perpétuas-dos-prados (xeranthemum
inapertum )
orquídea-laxa (Anacamptis laxiflora)
Ameaças/Pressões da Vegetação Aquática (72):
• Vegetação anfíbia, ribeirinha e turfófila (28)
• Vegetação aquática, dulçaquícola (24)
• Vegetação anfíbia, perene, halófila (13)
• Vegetação anfíbia, efémera, dulçaquícola (7)
Ameaças em destaque: Coincidentes com as 8 mais
significativas
trevo-de-quatro-folhas
(Marsilea quadrifolia) cardo-dos-brejos
(Cirsium welwitschii) pilulária-menor
(Pilularia minuta)
2
5
5
8
10
12
13
20
20
22
24
34
38
39
40
43
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Incêndios recorrentes
Erosão
Poluição
Exploração de recursos
Dinâmicas da vegetação
Doenças e problemas
Intensificação florestal
Intensificação pecuária
Má gestão vegetação
Desenvolvimento
Ameaças imprevisíveis
Alterações climática
Intensificação agrícola
Outras perturbações humanas
Espécies invasoras
Exploração RH
Ameaças/Pressões dos Matos (63):
• Matos calcícolas (31)
• Matos acidófilos (12)
• Matos orófilos (11)
• Matos de leitos de cheia (7)
• Matos ultrabásicos (2)
Ameaças em destaque: Doenças e problemas,
Intensificação florestal e Dinâmicas da vegetação
3
6
6
8
9
10
12
13
15
16
16
17
24
28
30
32
0 5 10 15 20 25 30 35
Poluição
Erosão
Espécies invasoras
Exploração RH
Intensificação pecuária
Incêndios recorrentes
Outras perturbações humanas
Alterações climáticas
Exploração de recursos
Dinâmicas da vegetação
Má gestão Vegetação
Intensificação florestal
Doenças e problemas
Intensificação agrícola
Ameaças imprevisíveis
Desenvolvimento
orelhas-de-coelho (Andryala ragusina)
trovisco-do-gerês (thymelaea broteriana)
cardo-pinheiro-de-folha-comprida(Rhaponticum
longifolium)
Ameaças/Pressões dos Bosques (62):
• Bosques caducifólios (29)
• Bosques perenifólios (11)
• Bosques ripícolas (16)
• Orlas de bosque (6)
Ameaças em destaque: Incêndios recorrentes, Doenças
e problemas, Intensificação florestal e Dinâmicas da
vegetação
2
2
3
6
6
8
10
10
14
15
19
21
21
24
28
41
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Exploração de recursos
Erosão
Poluição
Intensificação pecuária
Outras perturbações humanas
Desenvolvimento
Alterações climática
Exploração RH
Intensificação agrícola
Dinâmicas da vegetação
Intensificação florestal
Espécies invasoras
Doenças e problemas
Ameaças imprevisíveis
Incêndios recorrentes
Má gestão vegetação
sorveira-branca (Sorbus aria) barrete-de-padre
(Euonymus europaeus)
teixo (Taxus baccata)
Ameaças/Pressões da Vegetação Costeira (60):
• Vegetação costeira, de arribas (29)
• Vegetação costeira, nitrófila (11)
• Matos psamófilos (10)
• Vegetação de dunas (6)
• Ervaçais anuais psamófilos (4)
Ameaças em destaque: Erosão, Doenças e Problemas e
Dinâmicas da vegetação
mostarda-das-dunas (Coincya johnstonii)
arméria-da-boa-nova (Armeria pubigera)
limónio-de-são-vicente (Limonium nyddegeri)
1
2
2
4
4
6
7
8
9
11
15
25
26
41
41
44
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Incêndios recorrentes
Intensificação florestal
Exploração RH
Alterações climáticas
Intensificação pecuária
Exploração de recursos
Poluição
Intensificação agrícola
Má gestão vegetação
Dinâmicas da vegetação
Doenças e problemas
Erosão
Ameaças imprevisíveis
Desenvolvimento
Espécies invasoras
Outras perturbações humanas
Ameaças/Pressões da Vegetação Rupícola (30):
• Vegetação rupícola, exocomofítica (paredes e taludes terrosos) e epifítica 3
• Vegetação nanocamefítica de leptossolos e orófila 7 • Vegetação rupícola, saxícola (de pedregais) 8 • Vegetação nanocamefítica de leitos de cheia torrenciais 8 • Vegetação rupícola, casmocomofítica (fendas) 13
Ameaças em destaque: Doenças e Problemas,
Incêndios recorrentes, Exploração de recursos
silene-da-estrela (Silene foetida)
1
1
4
4
4
5
5
6
6
6
8
9
12
13
13
20
0 5 10 15 20
Intensificação agrícola
Erosão
Intensificação florestal
Intensificação pecuária
Poluição
Espécies invasoras
Má gestão vegetação
Dinâmicas da vegetação
Exploração de recursos
Exploração RH
Incêndios recorrentes
Doenças e problemas
Alterações climáticas
Desenvolvimento
Outras perturbações humanas
Ameaças imprevisíveis
Dragão-das-arribas (Antirrhinum lopesianum)
feto-labiado-dos-guanches
(Cheilanthes guanchica)
Das espécies avaliadas, 124 têm
algum tipo de proteção legal
(Diretiva Habitats, Convenção de
Berna, CITES), mas 46% destas estão
ameaçadas e 16% quase ameaçadas!
0
20
40
60
80
100
120
140
Diretiva Berna CITES
EX+RE CR EN VU NT LC DD
Proteção Legal:
Medidas de Conservação in situ:
48 espécies (8% das avaliadas) foram alvo
de medidas de conservação in situ
dirigidas à espécie ou ao seu habitat;
Destas, 8 estão Criticamente em Perigo e
15 Em Perigo;
Foram ainda alvo de medidas de
conservação 8 espécies avaliadas como
Vulnerável;
8 espécies da categoria Quase Ameaçada
e 5 Pouco Preocupante também
beneficiaram de medidas de conservação.
Medidas de Conservação ex situ: 211 espécies (36% das avaliadas) foram alvo de medidas de conservação ex situ, na maioria dos casos, apenas o armazenamento de material genético em bancos de germoplasma;
Evidente falta de continuidade das ações de
gestão de habitat desenvolvidas;
Falta de coordenação na aplicação de
outras medidas de conservação ex situ (e.g.
reforços populacionais de teixo e pinheiro-
silvestre, repovoamento de diabelha-do-
almograve, translocação de narciso-do-
guadiana).
Medidas de Conservação Propostas: Proposta de medidas de proteção legal:
Reforço de aplicação de legislação já existente - 27%
Criação ou redelimitação de áreas protegidas - 20%;
Proteção legal do táxon e/ou do seu habitat – 6%.
Proposta de medidas in situ:
Gestão de habitat – 39%;
Controlo de espécies exóticas - 23%;
Outras medidas de gestão - 15%;
Incentivos económicos - 11%.
Proposta de medidas ex situ
Armazenamento em bancos de germoplasma - 39%;
Criação de coleções vivas - 18%;
Realização de ações de fortalecimento populacional – 17%;
Reintrodução – 2%.
114
33
106
86
68
105
187
59
96
14
198
107
54
6
22
34
29
40
58
12
8
47
8
0 50 100 150 200 250 300
Aplicação ou reforço da aplicação de …
Produção de nova legislação para proteção …
Definição de áreas de proteção
Educação ambiental e divulgação
Outras medidas de gestão e conservação
Controlo de táxones invasores ou …
Restauração ou gestão do habitat
Incentivos económicos e outros
Repovoamento ou fortalecimento populacional
Reintrodução
Conservação ex situ: salvaguarda do …
Conservação ex situ: propagação em viveiro
Ameaçadas Não ameaçadas
Estudos Propostos: Dos estudos propostos, a monitorização regular dos núcleos conhecidos e a realização de estudos sobre distribuição e dinâmica populacional foram os que mais vezes foram apontados como necessários, tanto para as espécies ameaçadas como para as não ameaçadas. Estes estudos são essenciais para o conhecimento da distribuição geográfica das espécies e para determinar a tendência populacional ao longo do tempo, permitindo avaliar se uma espécie está ou não em declínio.
61 69 59 28
4
6 8 14 6
10
7 10 16
44
1 1
0%
50%
100%
Criticamente Em Perigo
Em Perigo Vulnerável Quase Ameaçada
Pouco Preocupante
Declínio continuado Declínio não continuado Estável Aumento
244
52
51
65
301
100
15
111
45
47
22
104
11
7
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Realização de estudos sobre distribuição e dinâmica populacional
Realização de estudos taxonómicos
Realização de estudos sobre ameaças e pressões
Realização de estudos sobre requisitos ambientais e ciclo de vida
Monitorização regular dos núcleos conhecidos
Elaboração de plano de conservação dedicado
Outros estudos
Ameaçadas Não ameaçadas
Considerações Finais (Positivas): • Rede de naturalistas
• Nova geração de projetos pós LV
• Nova atitude dos cuidadores
• Investigação centrada em ações concretas
Coordenação: Parceria: Financiamento:
Obrigado pela atenção.