aspectos da américa latina: méxico
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Aspectos da América Latina:
MÉXICO
Prof. Carlos Benjoino Bidu
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México
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HERANÇA ASTECA
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• Durante o movimento emancipacionista do século XIX, ocorrido nas Américas, o México tornou-se independente, em 1821, em relação à Espanha
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• Após a independência política, o México, assim como todos os países latino-americanos, manteve intocada a estrutura econômica, social e política que herdara de seu passado colonial: uma elite latifundiária, concentradora de riquezas, e uma imensa massa de despossuídos.
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• Em 1845, o Texas declarou-se independente do México e incorporou-se aos EUA; em 1846, o país entrou em guerra contra os EUA até 1848, e perdeu grande parte de seu território. Em 1853, vendeu uma faixa de terra ao sul do Arizona e Novo México, diminuindo mais um pouco sua extensão territorial.
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• Em 1876, ascendeu ao poder Porfírio Dias, que ali permaneceu até 1911, através de fraudes eleitorais e corrupção política. A elite fundiária manteve o controle da terra e, em contrapartida, os demais setores da economia aos poucos foram monopolizados por empresas estrangeiras.
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MOVIMENTO ZAPATISTA
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• A resistência frente a esse estado de exploração foi liderada por Pancho Villa e Emiliano Zapata, defendendo os camponeses contra as oligarquias e contra a Igreja, exigindo reforma agrária e reformas sociais urgentes.
• O movimento popular recebeu a adesão de parte das oligarquias descontentes com o governo. Em 1911, com a queda do ditador Porfírio Dias, subiu ao poder Francisco
Madero, representante da burguesia liberal.
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• Entretanto, o governo Madero encontrou uma grande resistência por todos os lados: as camadas dominantes receavam o apoio popular ao seu governo; as classes populares viam suas tão sonhadas reformas não serem implementadas e o capital norte-americano temia perder seus investimentos no país.
Francisco Madero
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• Dois anos após, Madero foi assassinado e o país passou para um governo submisso à política norte-americana interessada na exploração dos recursos minerais do rico subsolo mexicano.
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• Pancho Villa, pelo norte, e Zapata, pelo sul, retomaram os movimentos de rebelião, organizando a resistência no campo e nas cidades, contra a tendência oficial pró-Washington. Os revolucionários confiscaram as grandes propriedades e as distribuíram para a massa camponesa.
• A repressão culminou no assassinato de Zapata (1919) e de Pancho Villa (1923), mas o movimento continuou atraindo a atenção dos EUA, que ameaçavam invadir o México em nome da tranquilidade democrática.
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• Em 1934, Lázaro Cárdenas foi eleito presidente e iniciou um programa de reformas inspirado no programa zapatista: realizou a reforma agrária para o descontentamento geral dos latifundiários, nacionalizou as empresas estrangeiras, atraindo a fúria externa, e enfatizou a educação e a valorização da cultura nacional mexicana.
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• Nas duas últimas décadas do século XX, o México iniciou um programa de privatização das empresas estatais e permitiu a venda das terras pertencentes às comunidades rurais, ocorrendo um novo ciclo de grande concentração de renda e a subordinação do país ao capital internacional através da dívida externa e da apropriação dos setores produtivos.
• A população, após tantas idas e vindas, recebeu como prêmio desemprego,
baixos salários e inflação.
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• Em 1992, o México ingressou no Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte – ao lado dos EUA e do Canadá. O acordo entrou em vigor em 10/1/1994.
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• Imediatamente, eclodiu uma violenta revolta camponesa liderada pelo EZLN – Exército Zapatista de Libertação Nacional –, tendo à frente o “subcomandante Marcos”. Tomando de assalto a região de Chiapas, eles exigiam “pão, saúde, educação, autonomia e paz”.
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• Apesar das pressões camponesas, a política de privatização prosseguiu e o México estreitou sua dependência em relação aos EUA, atualizando o lamento mexicano:
• “Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos EUA.”
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