assembléia legislativa do estado do rio grande do sul ... · o turismo rural como agente...
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Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do SulCOMISSÃO ESPECIAL DE TURISMO RURAL
SUMÁRIO
COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ............................................... 2
CORPO TÉCNICO ................................................................... 3
I. INTRODUÇÃO 1. A Comissão de Turismo Rural .......................................... 42. Objetivos da Comissão .................................................... 6
O TURISMO RURAL 1. O Conceito de Turismo Rural ........................................... 72. O Turismo Rural como agente modificador da vida no campo.......................................................................................... 83. Princípios Essenciais do Turismo Rural ........................... 11
REUNIÕES REALIZADAS1. Reunião de abertura – Assembléia Legislativa ................. 122. Visitas técnicas a Portugal ............................................. 123. Reunião em Pelotas ....................................................... 134. 4ª Reunião em Caxias do Sul ......................................... 155. 1º Simpósio de Turismo Rural ........................................ 15
CONCLUSÕES .............................................................. 18
ANEXO I – Fotografias de empreendimentos de Turismo Rural no Estado
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COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO
Presidente Aloísio Classmann - PTB
Vice-Presidente Leila Fetter - PP
Relator Márcio Biolchi - PMDB
Titulares SuplentesReginaldo Pujol - PFL José Sperotto - PFLAdilson Troca – PSDB Ruy Pauletti - PSDB
Gerson Burmann - PDT Abílio dos Santos – PTBPaulo Azeredo - PDT Floriza dos Santos - PDT
Maria Helena Sartori - PMDB Osmar Severo - PDTVilson Covatti - PP Edson Brum – PMDB
Adão Villaverde – PT Nélson Härter - PMDBElvino Bohn Gass - PT João Fischer - PP
Frei Sérgio – PT Marco Peixoto – PPDionilso Marcon – PT
Flavio Koutzii - PTRonaldo Zülke - PT
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CORPO TÉCNICO
CoordenadorJosé Luiz Ruschel
SecretáriaLia Sandy Wilhelm Coelho
ColaboradoresIlmo Afonso Adams – Consultor
Prof. Eurico de O. SantosRoseli WeberCarmen Leal
Secretaria Estadual de TurismoBRDE
Banco do BrasilCaixa Econômica Federal
Caixa RSABAVI
SEBRAEe todos os palestrantes presentes nas reuniões.
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RELATÓRIO
I. INTRODUÇÃO
Sonhar é preciso; e todos no mundo do turismo e da
hospitalidade têm um sonho, um Rio Grande mais justo com um
turismo desenvolvido de forma sustentável, capaz de proteger
nossos valores e repartir seus benefícios entre todos.
Este é o sonho da Comissão Especial de Turismo Rural
desta Casa. Sem sonho, sem desejo de ultrapassar e de superar o
que aí está, nada evolui. Este ideal transformador é a tônica das
atividades desta Comissão.
I.1. – A Comissão Especial de Turismo Rural
A Comissão Especial de Turismo Rural surgiu da
iniciativa do Deputado Aloísio Classmann através do Requerimento
de Comissão Especial 09/2005 que foi aprovado por esta Assembléia
Legislativa no dia 21 de setembro de 2005, de acordo com o previsto
no Regimento Interno desta Casa nos arts. 79 a 82 que tratam das
comissões especiais.
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O então presidente da Assembléia Legislativa,
deputado Iradir Pietroski, instalou a Comissão Especial de Turismo
Rural no dia 04 de outubro de 2005. Presidida pelo Deputado Aloísio
Classmann, a comissão incitou o debate de propostas que estimulam
o turismo rural como alternativa para a geração de emprego e renda
nas regiões mais afetadas pelas frustrações de safras no Estado. A
cerimônia de instalação, no gabinete da presidência, contou com a
presença do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE),
Victor Faccioni, e com o Secretário Estadual de Turismo, Luís
Augusto Lara.
A comissão concentrou suas atividades no estudo e na
proposta de questões que incentivem o turismo rural, adequando as
medidas públicas que envolvem o setor à evolução e aos desafios da
atualidade. As atividades da Comissão foram suspensas em
decorrência do recesso parlamentar retomando os trabalhos nesta
sessão legislativa.
As reuniões da Comissão foram realizadas duas vezes
na Assembléia Legislativa, 01 (uma) reunião na metade sul do
Estado na cidade de Pelotas, 01 (uma) reunião na metade norte na
cidade de Caxias do Sul, além de uma visita técnica a Portugal
passando por vários empreendimentos turísticos daquele país, e
finalizando, o 1º Simpósio de Turismo Rural.
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I.2. – Os objetivos da comissão
A Comissão Especial de Turismo Rural através de seus
membros estabeleceu uma série de objetivos a que se propunha
alcançar ao longo do trabalho realizado.
Os objetivos traçados foram:
• Realizar reuniões no interior do Estado e participar
de atividades em diversas localidades para buscar
subsídios, conhecer experiências de trabalhos já
existentes e fomentar iniciativas que visem
desenvolver essa atividade;
• Diagnosticar as potencialidades do turismo rural no
interior do Estado do Rio Grande do Sul;
• Gerar, através do turismo rural, emprego e renda
para as comunidades envolvidas;
• Apontar as potencialidades turísticas desconhecidas
ou não exploradas, sugerindo aos políticos
municipais alternativas de políticas públicas, visando
o desenvolvimento desta atividade;
• Conscientização do homem do campo de que o
turismo é uma grande alternativa de fonte de renda,
principalmente nos momentos de crise do setor
primário.
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• Identificar e transmitir aos agente políticos
municipais os possíveis meios de financiamento para
viabilizar o investimento no turismo rural;
II. O TURISMO RURAL
O turismo no ambiente rural foi implantado, no Brasil,
em 1986, na cidade de Lages/Santa Catarina, advindo da
necessidade de se criar uma alternativa econômica para a melhoria
de renda do produtor rural.
II. 1. – O conceito de turismo rural
A concepção de turismo rural é bastante abrangente,
pois apresenta muitos pontos em comum com outras atividades no
mesmo espaço, como por exemplo, turismo ecológico, turismo
cultural, turismo de aventura, turismo esportivo entre outros. Em
determinadas situações, cada atividade pode ser identificada
isoladamente, em outras, elas se complementam. Dada as
características das áreas rurais brasileiras, é muito comum esta
multiplicidade de atividades turísticas no turismo rural.
O fenômeno do turismo rural envolve um conjunto de
atividades que se distinguem da atividade agrícola tradicional.
“Portanto, a expressão turismo rural é empregada muitas vezes no
sentido genérico como conjunto de atividades que se desenvolvem
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no meio rural, tendo como objetivos proporcionar, ao produtor rural,
a complementação da renda, e ao visitante o descanso, o contato
com os valores culturais e patrimoniais tradicionais e/ou a prática do
lazer num âmbito diferente da cidade” (www.ufsm.br/turismorural).
Uma outra definição de turismo rural é de um
estabelecimento, no meio rural, que traz alguns atrativos da zona
urbana para a zona rural com o intuito de proporcionar momentos
agradáveis junto com os atrativos desse meio, sendo a hotelaria sua
maior lucratividade, sendo que a atividade agropecuária em sua
extensão é secundária (www.gauchos.com.br/agroturismo).
II. 2. – O Turismo Rural como agente modificador da vida no
campo.
O Poder Legislativo tem o dever de ser propositivo,
provocar a comunidade e incitá-la na construção de soluções. Isso
requer a quebra de paradigmas até então aceitos como exclusivos do
Poder Público. É o choque entre a visão cartesiana, fundamentada no
desenvolvimento econômico e a visão sistêmica cujo pilar é a
integração local.
O turismo rural pode tornar-se um dos vértices do
desenvolvimento local se compreendidos os conceitos de integração
e sustentabilidade. A visão sistêmica enaltece o protagonismo local, o
resgate da cultura, das tradições, levando em conta que dentro de
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uma mesma região existem peculiaridades, vocações diferenciadas
que acompanham as diversas etnias e que constituem a chamada
cidadania e isso se constitui em patrimônio raramente explorado.
Chegamos então, ao embrião do processo de
desenvolvimento local, integrado e sustentável como política pública
alternativa ao status vigente que reflete exclusão, agravadas com as
sucessivas estiagens em doses insuportáveis.
A constituição dos atores locais como protagonistas (o
protagonismo local), a articulação entre organização e a cooperação
(construção do capital social), a aprendizagem e o conhecimento
(formação do capital humano), o fomento ao empreendedorismo
integrado a redes e cadeias produtivas, a geração no território de
novos padrões sócio-produtivos e de reprodução ambiental, a criação
de novos espaços públicos de decisão e gestão são atributos básicos
na busca de sustentabilidade dos processos locais e de
transformação da vida do homem do campo através da agregação de
renda e melhoria da qualidade de vida.
O turismo rural se adapta perfeitamente no conceito
moderno de eco-turismo, ambientalmente correto, preservacionista
em sua essência, e que vem sendo cada vez mais procurado por uma
sociedade revoltada com os crimes praticados contra o meio
ambiente.
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Nesse viés apresenta-se como fato real capaz de gerar
desenvolvimento, integração, participação, cujos reflexos aparecem
na melhoria geral das condições de vida da população local.
O turismo, enquanto atividade econômica, encerra
valores de alto impacto, não se reflete somente nos beneficiários
diretos, como hotéis, restaurantes, comércio. Seus efeitos atingem a
maioria da comunidade. Ademais o turismo como atividade
econômica proporciona respostas muito rápidas aos seus apelos,
além de possuir inúmeros valores agregados, sendo um deles o
incremento na auto-estima da população.
Sob esse prisma, o turismo sustentável, incorporando
as vocações regionais, amplia de maneira definitiva esse amplo
espectro, inserindo o agricultor familiar como agente direto do
processo, assim como os indígenas, através do resgate de sua
cultura, folclore e artesanato, os fundamentos transformados da
economia local, as maravilhosas paisagens, a potencialidade para
novos empreendimentos de base local e atraídos pela oportunidade,
e a possibilidade de bem apresentar ao Rio Grande do Sul, ao Brasil
e ao mundo, como exemplo dignificante de uma ação pública e
privada.
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II. 3. Princípios Essenciais do Turismo Rural
De acordo com Zimmermmann (1996), existem alguns
princípios fundamentais do turismo rural que devem ser respeitados
para que possa atender à expectativa dos envolvidos, os quais são
tanto os proprietários como os turistas.
Estes princípios são:
* Identidade própria – respeito pelas características do
ambiente como um todo, preservação da paisagem, do tipo de
atividades produtivas, da cultura étnica do proprietário e do local,
conservação da arquitetura das edificações da propriedade.
* Autenticidade – deve ser espontânea, assumindo o
“clima” local.
* Harmonia ambiental – preservação do ambiente
como um todo, obedecendo o perfil arquitetônico existente e, com
isso, buscando um equilíbrio harmônico.
* Preservação das raízes – a cultura deve estar
contextualizada. Preservação dos hábitos e costumes, resgatando e
viabilizando ao turista vivenciar todas as formas culturais locais
* Divulgação dos costumes – demonstração das raízes
e da cultura local das mais variadas formas.
* Atendimento familiar – este é o grande diferencial
dos sistemas tradicionais de hospedagem, pois promove um forte
relacionamento humano de amizade.
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III. REUNIÕES REALIZADAS
III. 1. – Reunião de Abertura
A reunião de abertura da Comissão de Turismo Rural
foi realizada no dia 18 de outubro de 2005 na Sala Professor
Sarmento Leite no terceiro andar do Palácio Farroupilha. Na ocasião
estiveram presentes os Senhores Deputados Reginaldo Pujol, Maria
Helena Sartori, Leila Fetter, Gerson Burmann, Adílson Troca, Frei
Sérgio e Vilson Covatti.
Nesta reunião de trabalho foram elencados de forma
conjunta entre todos os deputados presentes os princípios e
objetivos que norteariam os trabalhos da Comissão ao longo dos
seus 120 (cento e vinte) dias. Os objetivos elencados já foram
citados no item I.2 do presente relatório.
Além disso, somaram-se várias manifestações dos
presentes acerca da importância do turismo rural para o Estado do
Rio Grande do Sul, bem como foram tratadas as questões estruturais
para viabilizar as visitas aos empreendimentos turísticos do Estado
nos diversos municípios.
III. 2. – Visita Técnica a Portugal
O Deputado Aloísio Classmann esteve em Portugal
visitando empreendimentos turísticos naquele país e colhendo idéias
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sobre turismo rural. Neste percurso foi visitada a cidade de Colares,
onde conheceu a experiência da agro-vitivinicultura na região do
litoral. O segundo passo foram reuniões técnicas no Parlamento da
República Portuguesa e reunião com a assessora de Comunicação
Social do Partido Socialista, Dra. Teresa Azevedo Gomes.
A visita ao Santuário de Fátima teve a finalidade de
conhecer a experiência em turismo religioso desenvolvido na região.
A viagem a Sintra, Quinta do Rio Touro e reunião com o embaixador,
Dr. Fernando Reino, empreendedor na área de turismo rural e
proprietário de um hotel rural na região, trouxe através do Deputado
Classmann fartos conhecimentos sobre o turismo rural a serem
implantados no Rio Grande do Sul. E, finalmente, realizou-se reunião
com a Diretora de Turismo de Sintra, Fátima Fernandes, na Câmara
Municipal.
III. 3. – Reunião em Pelotas
Na reunião realizada na cidade de Pelotas, na metade
sul do Estado estiveram presentes os Deputados Aloísio Classmann,
presidente da Comissão, a Deputada Leila Fetter, além de diversas
autoridades locais.
Na ocasião foram relatadas as dificuldades da metade
sul na implementação do Turismo Rural. Na seqüência foi
apresentado para os participantes o Projeto Qualificação da Oferta
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Turística da Costa Doce, feito em conjunto pelos representantes dos
vários municípios que participam do projeto, bem como
representantes de universidades da região.
O Projeto Costa Doce é realizado pela Agência de
Desenvolvimento do Turismo na Costa Doce, que é uma associação
privada, sem fins econômicos, formada por empresários, entidades
de classe, prefeituras e universidades. A finalidade da associação é
organizar uma estrutura regional para dinamizar o turismo. A Costa
Doce é formada por inúmeros municípios da metade sul do Estado.
O projeto elenca as potencialidades da região, aponta e
divulga os locais turísticos desta verdadeira corrente de municípios
em prol do turismo e tem como objetivos a qualificação dos
atrativos, serviços e equipamentos turísticos, serviços de apoio e da
gestão pública do turismo, através da articulação, da educação
empreendedora e da capacitação dos atores locais, contribuindo para
a consolidação da Costa Doce no mercado turístico.
Os resultados obtidos por este esforço conjunto de
municípios constata-se através da ampliação da satisfação dos
turistas que visitam a Costa Doce, da ampliação do fluxo turístico e
do faturamento das empresas envolvidas, refletindo na renda da
população.
Também foi apresentado o projeto Museu Ecológico
pela sua mantenedora e idealizadora Sra. Dulce Helena.
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Estiveram presentes representantes de todos os
municípios da Costa Doce no evento.
III. 4. – Reunião em Caxias do Sul
Na reunião realizada na metade norte do Estado, no
município de Caxias do Sul foi acompanhada pelos deputados Aloísio
Classman e Maria Helena Sartori.
Na ocasião foi apresentado o projeto de turismo rural
proposto pela Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis que de
maneira brilhante estabelece as etapas de desenvolvimento do
projeto de turismo rural no município. Também fizeram relatos da
atuação em turismo rural o Prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori
e o Secretário de Turismo, Daniel Guerra, que mostraram a maneira
empreendedora com que o município trata o turismo rural.
III. 5. – 1º Simpósio de Turismo Rural
O 1º Simpósio de Turismo Rural do Rio Grande do Sul,
foi realizado no plenarinho da Assembléia Legislativa, no dia 29 de
março de 2006.
O Simpósio foi aberto pelo Presidente da Comissão
Especial de Turismo Rural, Aloísio Classmann que reforçou a
importância do Legislativo gaúcho se tornar parceiro dos municípios
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em busca de novas alternativas econômicas e de geração de renda
para o desenvolvimento deste segmento do turismo.
A Comissão vem trabalhando intensamente há quatro
meses, com o objetivo de mostrar aos gaúchos as belezas e
potencialidades das cidades do Interior. Ao longo desse período, os
deputados realizaram audiências em alguns municípios e debateram
com representantes de diferentes entidades sobre a necessidade de
incentivar o turismo rural no Rio Grande do Sul.
Os deputados Reginaldo Pujol e Maria Helena Sartori,
membros titulares da Comissão, também participaram da abertura do
Simpósio. Eles cumprimentaram Classmann pela iniciativa e
enfatizaram as potencialidades turísticas do estado.
Após as manifestações dos Deputados, foi apresentado
um vídeo sobre as potencialidades turísticas da região Noroeste.
O secretário substituto da Secretaria Estadual do
Turismo, Heitor Gularte, evidenciou os investimentos e incentivos do
governo para fomentar o turismo rural. Logo após, o secretário
municipal de Caxias do Sul, Daniel Guerra, apresentou dados da
prefeitura, ressaltando o desafio de se trabalhar de forma integrada
com outros setores da comunidade. A secretária de Turismo da
Capital, Ângela Baldino, citou dados sobre o crescimento do turismo
no País, e afirmou que no estado houve um incremento de 20% a
30% no setor, especialmente no meio rural.
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O Simpósio, em vista das dificuldades verificadas pela
Comissão de Turismo procurou tratar de temas práticos na busca da
solução dos problemas relacionados ao assunto. Linhas de crédito,
investimentos e valorização do setor foram temas apresentados
neste sentido
As formas com que as agências podem financiar as
atividades dos pequenos e médios empresários foram apresentadas
pelo representante do Banco do Brasil (BB) José Antônio Sobrinho.
De acordo com Sobrinho, o BB já financiou 584 projetos, quantia que
ultrapassa os R$ 16 milhões.
O instrutor da Caixa Econômica Federal, Ricardo Culau,
afirmou o interesse da instituição em participar de projetos de
turismo, considerando o universo de crescimento que o setor pode
trazer para o Estado.
Questões como um bom planejamento e a colaboração
da sociedade foram defendidas pelo gerente da Caixa-RS, Maureci
Bergler.
O diretor do BRDE, João Francisco Sattamini, explanou
sobre a tradição do banco em investir nesta área. De acordo com ele,
o turismo rural pode trazer excelentes resultados se for efetivamente
implementado, a partir de ações integradas entre os setores público
e privado.
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A diretora do Sebrae, Vânia Fernandes, falou das
características do turismo rural, infra-estrutura, estratégias e
parcerias.
O Presidente da Comissão de Turismo Rural Aloísio
Classman ao finalizar enfatizou que o encontro foi determinante na
disseminação do segmento. Através da Comissão, foram conhecidas
as possibilidades de investimentos e as potencialidades do interior do
Estado. De agora em diante os atingidos por este trabalho têm mais
condições de transformar a realidade, dando condições de emprego
e renda aos agricultores que vivem na colônia.
Com o final do encontro, o Deputado Classman,
acompanhado de representantes do setor, visitou o presidente do
Parlamento, Deputado Fernando Záchia, para propor que a Comissão
de Turismo Rural assuma caráter permanente.
IV. CONCLUSÕES
Integrar o cidadãos pela prática de políticas públicas de
inclusão, geração e distribuição de renda talvez se constitua na
panacéia buscada por qualquer programa de governo que pense no
curto, médio e longo prazo, pelos seus múltiplos efeitos agregados.
Um destino só é bom para o turista quando é bom para
o cidadão que nele reside; porque os mais confiáveis veículos de
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comunicação de uma cidade ou região, sob a ótica do turista, são
seus próprios moradores.
Um projeto dessa amplitude deve contemplar o
agricultor como base do turismo oportunizando oferecer ao visitante
o domínio da rotina de uma propriedade rural, de como vive uma
família no campo, a gastronomia colonial, e o processo produtivo.
Um longo caminho, no entanto, deve ser percorrido.
Transformações não são obras do acaso, são ações sociais, culturais,
econômicas e políticas integradas. São negociações e concessões. A
verdade é um processo em construção evolutivo e que precisa de
constantes correções.
Afinal, é preciso ter consciência de que a atividade
turística também tem uma espécie de ciclo de vida com fases
distintas: de implantação, crescimento e amadurecimento.
O sonho é possível, a realização nosso compromisso, só
depende de nós.
Ao finalizar, o relatório, de acordo com o art. 81, § 2º
do Regimento interno desta Casa vem trazer seu encaminhamento
de sugestões aos órgãos competentes baseados nas reivindicações
recolhidas junto à comunidade gaúcha, secretários municipais,
prefeitos e vereadores em matéria de turismo rural.
1º - A Melhoria dos acessos às áreas propícias ao
turismo rural.
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2º - Fomento de meios de financiamento ao
projetos de turismo rural, principalmente em relação a infra-
estrutura dos locais com potencial turístico;
3º - Criação, no âmbito da Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, de uma
Comissão Permanente de Turismo Rural.
Finalizando, é com muito orgulho, e depois de muito
esforço e trabalho que apresentamos este relatório com a convicção
de que, humildemente, esta Comissão auxiliou na melhoria da
qualidade de vida de inúmeros homens do campo que agora
vislumbram uma vida nova, de melhor qualidade e com maiores
expectativas de renda para sua família.
Porto Alegre, 30 de março de 2006.
Deputado Márcio Biolchi
Relator
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Deputado Aloísio Classmann Deputada Leila Fetter
Presidente Vice-Presidente
II. Deputado Adão Villaverde Deputado Elvino Bohn Gass
Deputado Frei Sérgio Deputado Vilson Covatti
Deputada Maria Helena Sartori Deputado Gerson Burmann
Deputado Paulo Azeredo Deputado Reginaldo Pujol
III. Deputado Adilson Troca
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