assepsia e antissepsia colocaÇÃo de campos cirÚrgicos · usado para esterilizar material de...
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ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
COLOCAÇÃO DE CAMPOS
CIRÚRGICOS
MEDICINA – UFSC
MÓDULO SAÚDE DO ADULTO II (MED 7009)
TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL
4ª FASE
PROF. GILBERTO VAZ TEIXEIRA
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1. INTRODUÇÃO
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1.INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Para prevenir a contaminação da ferida cirúrgica e o
desenvolvimento de infecção são preconizados cuidados
que vão desde a conduta adequada no centro cirúrgico até a
preparação da equipe cirúrgica e do paciente, além da
utilização de agentes antimicrobianos
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2. HISTÓRIA
Ignaz Phillip Semmelweis (Viena, 1846)
Estabeleceu a transmissão da febre puerperal àsparturientes, através das mãos contaminadas dos médicos obstetras que advinham de necropsias
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2. HISTÓRIA
Oliver Wendell Holmes(Harvard, 1840)
Determinou que os médicos que atendessem pacientes com febre puerperal não atendessem pacientes saudáveis ou que pelo menos lavassem suas mãos com cloreto de cálcio e trocassem suas roupas antes de examinar as pacientes
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2. HISTÓRIA
Louis Pasteur (Strausburg, 1870)
Teoria microbiana da fermentação e putrefação do vinho, publicando sua primeira descrição do "princípioantisséptico" , e elaborou a teoria dos germes
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2. HISTÓRIA
Joseph Lister (Glasgow, 1865)
Início da era da antissepsia, instituindo a utilização de ácidofênico na pele do paciente e nos campos operatórios, além de ferver os instrumentais antes da execução da cirurgia
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2. HISTÓRIA
Gustav Adolf Neuber
(Kiel, 1882)
Sugeriu a separação em salas de operação séptica e asséptica. Fez o primeiro hospital asséptico e introduziu o uso do avental cirúrgico
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2. HISTÓRIACurt Schimmelbusch (Berlin, 1891)
Padronizou a antissepsia da mão e iniciou processo de autoclavagem de roupas e material cirúrgico com uso de caixas, além da máscara de anestesia com éter e clorofórmio
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2. HISTÓRIA
Robert Koch (Berlin, 1900)
A infecção cirúrgica poderia ser ocasionada por seis tipos diferentes de microorganismos, propondo técnicas de antissepsia e assepsia a base de iodo, cloro e bromo
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2. HISTÓRIAWillian S. Halsted (Baltimore, 1889)
Instituiu a utilização de luvas emborrachadas na execução do ato operatório, zelando ainda pelo cuidado na manipulação tecidual, para que se produzisse o mínimo de trauma possível
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3. CONCEITOS
CONTAMINAÇÃO: entrada de microorganismos em algum objeto, material ou ambiente. Pode ser direta ou indireta
INFECÇÃO: Processo pelo qual ocorre invasão do corpo por microorganismos com ou sem doença manifestada
ASSEPSIA: são as manobras realizadas com o intuito de se manter o doente e o ambiente cirúrgico livres de germes
ANTISSEPSIA: utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície
ESTERILIZAÇÃO: É o conjunto de operações que objetiva destruir (ou remover) todas as formas possíveis de microorganismos(incluindo esporos bacterianos) de superfícies animadas ou inanimadas
DESINFECÇÃO: é o processo que visa a eliminação de microorganismos na forma vegetativa, excetuando-se esporos bacterianos ou suas endotoxinas
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4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
A infecção no campo operatório se define como aquela que
ocorre nos primeiros 30 dias do período pós-operatório, exceto
quando se utilizam implantes sintéticos, onde a infecção pode
ocorrer mais tardiamente.
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4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
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FLORA RESIDENTE:
Staphylococcus epidermidis,
micrococcus sp, Acinetobacter sp,
que são germes não patogênicos.
O Staphylococcus aureus não faz
parte da flora residente, mas pode
ser encontrado nas pregas
cutâneas e fossas nasais de
adultos. A Escherichia coli faz parte
da flora cutânea normal nas
proximidades dos tratos
gastrointestinal e urinário
4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Objetivos:
1. Reduzir o número de microrganismos patogênicos para
níveis em que os mecanismos de defesa normais dos
pacientes podem impedir a infecção;
2. Quebrar o ciclo de infecção e eliminar a contaminação
cruzada;
3. Tratar todos os pacientes e instrumentos como passíveis
de transmitir doença infecciosa;
4. Proteger pacientes e profissionais de saúde da infecção
e suas consequências.
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4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
1. Técnicas de barreira (luvas, máscaras, roupão , tampas de
borracha) combinados com protocolos de
esterilização/desinfecção/ antissepsia apropriados
2. Uso de substâncias químicas e físicas utilizadas nos
diversos processos de desinfecção, antissepsia e assepsia,
associado a esterilização
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5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
5.1. TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO (HIGIENIZAÇÃO OU
SANITIZAÇÃO)
É o processo que visa a eliminação de microorganismos na forma
vegetativa, excetuando-se esporos bacterianos ou suas
endotoxinas. Os procedimentos de desinfecção não asseguram a
eliminação total de bactérias na forma de esporos ou de proteínas
tóxicas (príons, endotoxinas bacterianas).
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5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Princípios ativos dos desinfetantes mais utilizados:
FORMALDEÍDO: Como desinfetante é mais utilizado a formalina.
IODO: Além do uso como antisséptico pode ser usado na desinfecção de vidros, ampolas, metais resistentes à oxidação e bancadas. O (PVPI) Iodopovidona pode ser utilizado na assepsia das mãos, regiões para injeção, campos cirúrgicos etc.
CLORO: O hipoclorito está indicado para desinfecção e descontaminação de superfícies e de artigos plásticos e borracha. Também é utilizado em superfícies de áreas como lavanderia, lactário, copa, cozinha, balcões de laboratório, banco de sangue, pisos etc.
ÁLCOOL: O álcool é amplamente usado como desinfetante, tanto o álcool etílico 70%, como o isopropílico 92%, por terem atividade germicida, menor custo e pouca toxicidade.
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5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
5.2. TÉCNICAS DE ANTISSEPSIA
Procedimento através do qual microorganismos presentes
em tecidos (pele e mucosas) são destruídos ou eliminados
após a aplicação de agentes antimicrobianos denominadas
antissépticos
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5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Agentes recomendados para antissepsia:
COMPOSTOS DE IODO: o iodo é um halogênio pouco solúvel em água, porém facilmente solúvel em álcool e em soluções aquosas de iodeto de potássio. O iodo livre é mais bactericida do que bacteriostático, e dá um poder residual à solução. O composto de iodo mais usado é o álcool iodado a 0,5% ou 1.
IODÓFOROS: a polivinilpirrolidona (PVP), além de conservar inalteradas as propriedades germicidas do iodo não queima, não mancha tecidos, raramente provoca reações alérgicas, não interfere no metabolismo e mantém ação germicida residual. Para as feridas abertas ou mucosas, (sondagem vesical), usamos o complexo dissolvido em solução aquosa. Para a antissepsia da pele integra a solução alcóolica.
ETANOL (álcool etílico): Utilizar em concentrações de 60%-70% após a limpeza química com sabonetes comuns e ou escova.
CLOREXIDINA: É um complexo orgânico contendo cloro e anéis fenólicos. A clorexidina é suave, baixa toxicidade, ação rápida e baixa absorção tecidual. É o antisséptico mais utilizado no controle de Staphylococcus. Utilizada para degermação das mãos e antebraço da equipe; preparo da pele (pré-operatório e procedimentos invasivos)
TRICLOSAN: Apresenta ação contra bactérias Gram positivas e a maioria das Gram-negativas e é encontrado em formulações de sabonetes em barra e líquidos, e é utilizado na degermação da equipe médica. 2
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5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
5.4. TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO
É o conjunto de operações que objetiva destruir (ou remover)
todas as formas possíveis de microorganismos (incluindo
esporos bacterianos) de superfícies animadas ou inanimadas
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5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃOTécnicas de esterilização:
CALOR SECO: Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação), pela chama (flambagem) ou pela eletricidade (fulguração). O exemplo é a estufa, para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina.
CALOR ÚMIDO: pode-se usar o calor através da fervura. Foi um método correntemente usado na prática diária, mas não oferece uma esterilização completa
VAPOR SOB PRESSÃO (autoclave): age difundindo o vapor d'água sob pressão, para dentro da membrana celular. Serve para objetos que não estragam com a umidade e temperatura alta como panos, meios bacteriológicos, soluções salinas, instrumentais (não os de corte), agulhas, seringas, vidraria (não as de precisão ) etc.
ÓXIDO DE ETILENO: é um gás incolor que é bactericida, esporicida e virucida. Penetra em substâncias porosas, não corroe ou danifica materiais, age rapidamente e é removível.
ALDEÍDO: Glutaraldeido a 2%, associada a um antioxidante, por 8 a 12 horas, é usado para esterilizar material de acrílico, cateteres, drenos, nylon, silicone, teflon, pvc, laringoscópicos e outros. Formaldeído, usado tanto na forma líquida ou gasosa por 18 horas.
ÁCIDO PERACÉTICO: é usado como desinfetante e esterilizante para cateteres. 23
6. CUIDADOS COM O DOENTE
A limpeza e a antissepsia da pele a ser operada contribuem
para a prevenção da infecção da incisão cirúrgica. As
principais etapas no preparo pré-operatório da pele são o
banho geral, a tricotomia e a antissepsia do local.
Dentre os compostos empregados, como antisépticos,
destacam-se, o álcool iodado, a clorexidina e os iodofóricos
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6.1. TRICOTOMIA
Realizar a tricotomia apenas quando o pêlo prejudicar a
técnica cirúrgica
A tricotomia deve ser realizada, o mais próximo da
cirurgia, não ultrapassando o prazo de duas horas, antes
da mesma, se possível, usando o aparelho elétrico
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6.2. DEGERMAÇÃO
A degermação do leito cirúrgico consiste no preparo
químico da área cirúrgica e se caracteriza pela aplicação
de produtos antissépticos (normalmente PVPI ou
clorexidina) sobre o leito cirúrgico (área da pele na qual se
dará a incisão e o procedimento cirúrgico)
Objetiva reduzir ao máximo a microbiota da pele, evitando
consequentemente a presença de microrganismos na
ferida cirúrgica
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6.3. ANTISSEPSIA (PINTURA) DO
LEITO CIRÚRGICO
A pintura é sempre realizada da área menos contaminada
(local da incisão) para a área mais contaminada.
A antissepsia é feita em sentido centrífugo (do centro para
a borda) em relação à área de interesse.
Utiliza-se gazes que são embebidas em solução
antisséptica contida em uma cuba (ex. PVPI, clorexidina),
com o uso de pinças de preensão apropriadas (Cheron,
Foerster, Pean)
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7. CUIDADOS COM O AMBIENTE
CIRÚRGICO
O Procedimento cirúrgico deve ser realizado em unidade
cirúrgica preparada e dimensionada para a realização de
cirurgias, devendo ser em um ambiente com contaminação
controlada e utilizando materiais esterilizados e livres de
patógenos.
Preconiza-se que o ambiente possua circulação de ar com fluxo
laminar e com pressão positiva, sem comunicação com o ar
externo
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7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS
CIRÚRGICOS
Após a paramentação e antissepsia do paciente, deve-se iniciar a colocação dos campos operatórios.
instrumentador entrega ao cirurgião um dos camposmaiores, sendo este desdobrado nas duas extremidades, com uma segurada pelo cirurgião e outra pelo auxiliar.
Em média são utilizados 5 campos: a) inferior de proteção, b) lateral direito, c) lateral esquerdo, d) superior, e) inferior
Os campos cirúrgicos devem ser adequadamente fixados com pinça de Backaus, adesivo ou ponto cirúrgico
Após a colocação dos campos, procede-se a fixação da caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador
Para pequenas operações, usa-se campos menores de tamanhos variáveis com um orifício no centro através do qual se realiza o procedimento (campos fenestrados)
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7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS
CAMPO DESCARTÁVEL COM ADESIVO
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7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS
CAMPO DESCARTÁVEL COM ADESIVO
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8. CUIDADOS COM A EQUIPE
MÉDICA
A preparação da equipe cirúrgica envolve lavagem das
mãos, a escovação (degermação) e o vestuário cirúrgico.
Dentre os agentes empregados com tal finalidade pode-se
relacionar gluconato de clorexidina, iodo-povidona,
hexaclorofeno, paraclorometaxilenol e triclosana
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OBRIGADO!
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