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22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230 Eletronorte apresenta inovações tecnológicas e premia inventores Centro Eletronorte de Cultura de Altamira recebe alunos da Apae Assinado contrato do lote C do linhão Tucuruí-Manaus-Macapá A Manaus Transmisso- ra de Energia S.A, da qual a Eletronor- te detém 30% das ações, assinou no último dia 16 de outubro o contrato de concessão 010/2008, para a construção manuten- ção e operação das linhas de transmissão Oriximiná – Itacoatiara e Itacoatiara – Cariri, com extensão de aproximadamente 586 qui- lômetros, e as subestações Itacoatiara e Cariri. O con- trato foi assinado pelo di- retor da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, Jerson Kelman, e pelos di- retores Geral e Técnico da empresa, Luciano Paulino Junqueira e José Orlando Cintra, durante a cerimô- nia de assinatura dos con- tratos de concessão de novas linhas de transmis- são arrematadas no leilão 004/2008. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou a importância do leilão para aumentar a ex- tensão da rede, que até o fim do ano atingirá um total de 100 mil quilôme- tros. Serão, ao todo, três mil quilômetros de linhas, vinte subestações e inves- timentos de mais de R$ 3 bilhões. O Ministro regis- trou a importância da linha Tucuruí-Macapá-Manaus, que vai permitir a interliga- ção dos sistemas isolados ao Sistema Interligado Na- cional - SIN. O diretor da Aneel, Jer- son Kelman, disse que o su- cesso dos leilões de trans- missão feitos pela Aneel demonstra que “esse é o caminho certo”. Questio- nado sobre o possível adia- mento do leilão das linhas de transmissão do Comple- xo do Rio Madeira, Kelman disse que “esse adiamento não deve ultrapassar os 30 dias e, de forma alguma, vai atrasar o cronograma de conclusão das obras. As li- nhas têm que estar compa- tibilizadas com o primeiro megawatt de energia gera- do”. Lote C - O lote C é composto pelas linhas de transmissão em 500 kV, cir- cuito duplo, com origem na Subestação Oriximiná, no Pará, e término na Subesta- ção Itacoatiara, no Amazo- nas com extensão aproxi- mada de 374 km; e o trecho com origem na Subestação Itacoatiara e término na Su- bestação Cariri, no Estado do Amazonas com exten- são aproximada de 212 km, além das subestações Itacoatiara em 500/138 kV (150 MVA) e Cariri em 500/230 kV (1800 MVA). O lote faz parte do linhão, que terá um total de 1.829 quilômetros de linhas de transmissão. O diretor Técnico da Manaus Transmissora, José Orlando Cintra, explica que o empreendimento tem prazo de conclusão de 36 meses, mas que a expectativa é entregar an- tes disso. “Estamos na fase da entrega dos estudos ambientais e acreditamos que é possível ter a licen- ça de instalação em apro- ximadamente dois meses para, então, começarmos as obras”, afirma.

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22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Eletronorte apresenta inovações tecnológicas e premia inventores

Centro Eletronorte de Cultura de Altamira recebe alunos da Apae

Assinado contrato do lote C do linhão Tucuruí-Manaus-Macapá

A Manaus Transmisso-ra de Energia S.A, da qual a Eletronor-

te detém 30% das ações, assinou no último dia 16 de outubro o contrato de concessão 010/2008, para a construção manuten-ção e operação das linhas de transmissão Oriximiná – Itacoatiara e Itacoatiara – Cariri, com extensão de aproximadamente 586 qui-lômetros, e as subestações Itacoatiara e Cariri. O con-trato foi assinado pelo di-retor da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, Jerson Kelman, e pelos di-retores Geral e Técnico da empresa, Luciano Paulino Junqueira e José Orlando Cintra, durante a cerimô-nia de assinatura dos con-tratos de concessão de novas linhas de transmis-

são arrematadas no leilão 004/2008.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou a importância do leilão para aumentar a ex-tensão da rede, que até o fim do ano atingirá um total de 100 mil quilôme-tros. Serão, ao todo, três mil quilômetros de linhas, vinte subestações e inves-timentos de mais de R$ 3 bilhões. O Ministro regis-trou a importância da linha Tucuruí-Macapá-Manaus, que vai permitir a interliga-ção dos sistemas isolados ao Sistema Interligado Na-cional - SIN.

O diretor da Aneel, Jer-son Kelman, disse que o su-cesso dos leilões de trans-missão feitos pela Aneel demonstra que “esse é o caminho certo”. Questio-

nado sobre o possível adia-mento do leilão das linhas de transmissão do Comple-xo do Rio Madeira, Kelman disse que “esse adiamento não deve ultrapassar os 30 dias e, de forma alguma, vai atrasar o cronograma de conclusão das obras. As li-nhas têm que estar compa-tibilizadas com o primeiro megawatt de energia gera-do”.

Lote C - O lote C é composto pelas linhas de transmissão em 500 kV, cir-cuito duplo, com origem na Subestação Oriximiná, no Pará, e término na Subesta-ção Itacoatiara, no Amazo-nas com extensão aproxi-mada de 374 km; e o trecho com origem na Subestação Itacoatiara e término na Su-bestação Cariri, no Estado

do Amazonas com exten-são aproximada de 212 km, além das subestações Itacoatiara em 500/138 kV (150 MVA) e Cariri em 500/230 kV (1800 MVA). O lote faz parte do linhão, que terá um total de 1.829 quilômetros de linhas de transmissão.

O diretor Técnico da Manaus Transmissora, José Orlando Cintra, explica que o empreendimento tem prazo de conclusão de 36 meses, mas que a expectativa é entregar an-tes disso. “Estamos na fase da entrega dos estudos ambientais e acreditamos que é possível ter a licen-ça de instalação em apro-ximadamente dois meses para, então, começarmos as obras”, afirma.

6 de outubro de 2008 ano 12 nº 229

Eletronorte prorrogará Programa Waimiri Atroari

“A Eletronorte deve se orgulhar do que fez ao nosso povo. Uma vitó-

ria para todos”. É assim que o coordenador de educação indígena do Programa Wai-miri Atroari, Marcelo Ewepe Atroari, define a importância das ações que vêm sendo de-senvolvidas pela Eletronorte e Funai desde 1988 junto àque-la comunidade indígena.

Com o objetivo de reno-var o convênio, que vence em 2013, três membros da etnia visitaram a Sede da Empresa, no último dia 8 de outubro. Para o diretor-presidente da Eletronorte, Jorge Palmeira, não há nenhum obstáculo que impeça a continuidade do Programa. “Estamos traba-lhando junto à área de estu-dos e projetos ambientais na elaboração do novo convê-nio. Temos muito orgulho do Programa, pois é um trabalho de resgate daquela etnia que soube preservar seus aspec-tos culturais. A Eletronorte sente-se feliz por ser reco-nhecida como uma Empresa que ajudou aquela comunida-de”, declara Palmeira.

Programa A comunidade Waimiri

Atroari, composta por 20 al-deias, está localizada no norte do Amazonas e sul de Rorai-ma. Antes da criação do Pro-grama, em 1988, a sua popu-

lação era constituída por 374 membros. As ações mitiga-doras empreendidas pela Ele-tronorte devido aos impactos provocados pela construção da Usina Hidrelétrica Balbina em suas terras, possibilitaram uma taxa de crescimento de 5,76% ao ano. Até janeiro de 2008, 1.245 membros forma-vam a comunidade.

Quando o Programa Wai-miri Atroari começou, os ín-dios tinham pouco contato com o mundo ocidental, por isso o trabalho foi feito de for-ma gradativa. “Nosso propósi-to não era retirá-los da flores-ta nem modificá-los, mas fazer com que eles entendessem o nosso mundo para se relacio-

do, muito enriquecedor. “En-tender outra língua foi algo complicado. Quando come-cei a escrever a nossa língua e aprender a interpretar os textos, comecei a pensar em ser professor. Tenho muito orgulho em dizer que nun-ca precisamos ir até a cidade para estudar”, frisa Marcelo.

Na escola, as turmas são divididas de acordo com o horário. Há a preocupação de que as crianças não fiquem apenas em sala de aula, mas também tenham tempo para aprender a cultura dos seus ancestrais. A sabedoria dos velhos – txamyry é funda-mental nesse processo, pois ajuda a disseminar a história do seu povo.

Hoje, a maioria das pes-soas já sabe ler e escrever as duas línguas. Os líderes re-passam o conhecimento para as novas gerações. “A respon-sabilidade do nosso povo está nas mãos da nova geração. Temos que começar a nos preparar para dar andamento ao trabalho que foi iniciado. O papel da Eletronorte foi traba-lhar com a educação para que nosso povo não fosse enga-nado. Isso já foi feito. Estamos na luta pelos nossos direitos”, reafirma o professor.

nar numa posição de igualda-de. Hoje eles dominam vários setores do nosso sistema e voltaram a ser independentes com relação à economia. Essa independência começa a ser vista também na saúde e edu-cação”, esclarece o consultor indigenista da Eletronorte e idealizador do Programa, José Porfírio Carvalho.

Segundo o líder da comu-nidade, Mário Parwe Atroari, o povo Waimiri Atroari pas-sou por muitas dificuldades nas mais diversas áreas. “Antes do Programa era muito ruim. Morreram muitas pessoas na nossa comunidade, inclusive minha esposa e meu pai, por falta de assistência médica. Hoje a nossa população está feliz com o apoio da Eletro-norte. Temos saúde, educa-ção, fiscalização e demarca-ção”, relata o líder.

EducaçãoQuando o Programa co-

meçou, Marcelo Ewepe Atro-ari, hoje coordenador da edu-cação indígena e professor, tinha 14 anos. Ele aprendeu a ler e escrever e depois se tornou professor. Primeiro os índios aprendem a escrever sua própria língua e depois o português.

Para Marcelo Ewepe este foi um processo difícil, contu-

22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Rondônia também leva o Prêmio Sesi Qualidade no TrabalhoDepois de Mato Grosso,

a Regional de Produção de Rondônia foi reconhecida na categoria especial pelo Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho - PSQT, na mo-dalidade grande empresa. Quem recebeu o prêmio foi o colaborador Regildo Araú-jo, da Divisão de Engenharia e Qualidade, representando o gerente da Regional, Ed-

gard Temporim Filho. “Para nós, esse reconhecimen-to foi uma grata surpresa, tendo em vista estarmos participando da modalidade especial em nível nacional”, enfatizou. De acordo com Euzébio André Guareschi, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia e diretor Regional do Sesi, “a Eletronorte tem

sempre se destacado na execução de seus trabalhos, daí esse reconhecimento com o Prêmio”.

A modalidade especial é a categoria na qual as empre-sas que tenham sido vence-doras estaduais nos últimos dois anos consecutivos são automaticamente classifica-das para a fase nacional do Prêmio. Em Rondônia, a Ele-

tronorte foi uma das únicas empresas reconhecidas nes-ta modalidade. “Esse reco-nhecimento mostra que toda a equipe da Regional tem se dedicado para que a Empre-sa possa realizar bons tra-balhos. Todos tiveram uma parcela de participação para a conquista desse prêmio”, relembra Edgard Temporim.

Centro Eletronorte de Cultura de Altamira recebe alunos da Apae

Em parceria com a Associação de Pais e Amigos de Excepcio-

nais- Apae, o Centro Eletro-norte de Cultura de Altamira passa a atender um público mais que especial em seu te-lecentro, por meio do Proje-to Rede Floresta de Inclusão Digital – Topawa Ka’a. Até o momento, já foram aten-didas 96 crianças e jovens portadoras de necessidades especiais que nunca tiveram contato com o computador. A meta é que sejam atendi-dos todos os 300 alunos da escolinha da Apae de Alta-mira.

O objetivo dessa parce-ria com a Associação é dar oportunidade para que os alunos excepcionais tenham o contato com uma nova ferramenta, possibilitando o desenvolvimento de no-vas habilidades e que sejam inseridos na era digital. No início, os monitores estavam preocupados em receber um público novo, mas, jun-tamente com o auxílio das professoras da Apae, logo essa preocupação se trans-formou em incentivo.

“Essas crianças e jovens não sabem ler, e com isso tornou-se difícil o repasse de informações. Ressalto que ficou difícil, mas não im-possível, e logo cada um foi mostrando o interesse pelo que mais gostava no com-putador. A capacidade de se adaptar às novas situações surpreendeu a equipe do telecentro, e o receio inicial de não darem conta do novo desafio se transformou em alegria ao perceber o avanço que os alunos tiveram. Toda a experiência está sendo gra-tificante e enriquecedora e certamente estamos apren-dendo mais com eles, do que eles com a gente”, re-lata a colaboradora Ozirene Pereira de Lima e Silva, do Centro Eletronorte de Cul-tura de Altamira.

Ozirene finaliza com uma bonita lição a todos: “A sen-sação é de que fizemos no-vos amigos e desenvolvemos algo mais que capacidades. A Eletronorte se orgulha de continuar contribuindo para o desenvolvimento das ativi-dades cognitivas dessas pes-soas tão especiais”.

22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Eletronorte apresenta inovações tecnológicas e premia inventores

O desenvolvimento de tecnologias avançadas e pio-neiras sempre foi um dos pon-tos fortes da Eletronorte. Para apresentar seus trabalhos e aprimorar a sua excelência na área, a Empresa realizou em Belém - PA, o V Workshop de Química e Meio Ambiente, a III Feira de Inovação Tecnoló-gica e a entrega do III Prêmio Muiraquitã.

Os eventos reuniram cen-tenas de participantes, entre professores, estudantes e técnicos de diversas áreas da Empresa e de outras empre-sas públicas e privadas, e ins-tituições de ensino, tais como Universidade Federal do Pará – UFPA, CpQD, Vale, Lactec, BNDES e Coppe.

O diretor de Gestão Cor-porativa, Tito Cardoso, res-saltou a importância de se reunir acadêmicos e técnicos para debater a pesquisa e o desenvolvimento de novas

tecnologias. “A Eletronorte exterioriza o que faz. E só faz isso, espontaneamente, quem sabe que está fazendo certo. Nos últimos dez anos investi-mos R$ 100 milhões em ino-vação, e cerca de 30% desse total foram aplicados no Pará”, afirmou.

Promovido pelo Centro de Tecnologia da Eletronorte, o V Workshop de Química e Meio Ambiente teve como tema “Sustentabilidade Ener-gética em Química, Tecnolo-gia e Meio Ambiente” e tratou de temas diversos tais como monitoramento hídrico de hidrelétricas, utilização de bio-diesel em motores de grupos geradores, gases do efeito es-

tufa e mecanismos de desen-volvimento limpo.

“O objetivo principal é mostrar a experiência da Ele-tronorte numa série de assun-tos relacionados à química e ao meio ambiente. Esses são temas abrangentes que a Em-presa trabalha no seu dia-a-dia em várias áreas e processos”, explica Francisco Roberto Reis França, superintendente do Centro de Tecnologia, um dos mais avançados e bem equi-pados do País, desenvolvendo testes elétricos, mecânicos e físicos certificados e reconhe-cidos no Brasil e no exterior.

InovaçõesA III Feira de Inovação

Tecnológica apresentou pro-jetos e produtos desenvol-vidos pelos colaboradores da Eletronorte, em parceria com instituições de pesquisa, a partir da carteira de proje-tos de P&D que a Empresa desenvolve todos os anos. Também foram apresenta-dos os produtos e processos com pedido de patente jun-to ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial – Inpi, bem como outras ações dos programas de Pesquisa e De-senvolvimento Tecnológico,

de Propriedade Intelectual e de Eficiência Energética da Empresa.

“A Eletronorte possui em seus quadros empregados preocupados com a cultura da inovação e com o desenvolvi-mento. Por isso a Empresa dá visibilidade às invenções que patrocina, com o propósito de comercializar esses produ-tos e de gerar melhorias para a sociedade brasileira”, afirma Neusa Lobato, superinten-dente de Pesquisa e Desen-volvimento Tecnológico.

Encerrando os eventos, foi feita a entrega do Prêmio Muiraquitã, totalizando R$ 89 mil em prêmios, um reco-nhecimento aos profissionais que contribuem com suas inovações para a projeção da Empresa no Setor Elétrico brasileiro e para a redução de custos em produtos e proces-sos empresariais.

“Com esse Prêmio, a Ele-tronorte reconhece os seus talentos e trabalha hoje para patentear esses inventos, de tal forma que possa ter tam-bém aumento de receita e diminuição de custos. Essas invenções mostram que nós temos grandes potenciais, que estão promovendo me-

22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Pureza da Silva, Dário Viana Silva, Raimundo das Mercês O. Barros e José Roberto Ferreira da Mota); Software: WebDoc (Paulo Roberto de Almeida Mello, Carlos Teixeira da Silva e Everton Batista Ra-mos); Cadeira para inspeção e manutenção de linhas de transmissão (João Nilson de Oliveira e Valdemar Amadeu Dagnoluzzo).

Inovações resultantes de P&D:

Faixa Prata – Ferramen-ta de Integração de Sistemas Especialistas para Sistemas Elé-tricos (Milton Nunes da Silva Filho).

Faixa Bronze - Metodo-logias avançadas para estudo de impactos ambientais e ter-melétricas (José Vicente Gallo Soares); Desenvolvimento de software inteligente para

treinamento de operadores e pessoal de manutenção (Mau-ro Luis Aquino dos Santos); Desenvolvimento de meto-dologia para mapeamento de regiões do sistema Eletronor-te com problemas de tensão (Julio Cesar Roma Buzar); e Turbina hidrocinética para pe-quenas comunidades - aper-feiçoamento do projeto hi-drodinâmico e atualização do protótipo (Wandyr de Oliveira Ferreira).

lhorias, as quais nós estamos começando a replicar”, afir-mou o diretor de Produção e Comercialização, Wady Cha-rone.

Foram premiadas as ino-vações que resultam em me-lhorias nos produtos, equipa-mentos, ferramentas, sistemas eletrônicos e de informática, entre outros.

O prêmio é festejado por pessoas como Daniel Simões Pires, faixa ouro na categoria de inovações desenvolvidas por colaboradores, com o invento do dispositivo analó-gico para teste de relés, utili-zado nas unidades geradoras da Usina Hidrelétrica Samuel. “Esse é o reconhecimento da Empresa e nós ficamos bas-tante animados. Eu já estou inclusive pensando no projeto que vamos apresentar no ano que vem”, diz Daniel. Confira abaixo os inventores premia-dos.

Inovações desenvolvidas por colaboradores:

Faixa Ouro - Dispositivo analógico para teste de relés (Daniel Simões Pires e Theo-mário Alves Ferreira);

Faixa Prata - Aparato para inspeção à distância de transformadores energizados (Jorge Luiz Barata Júnior); Sis-tema de Gestão da Parcela Va-

riável (Milton Nunes da Silva Filho); Aparato para filtragem primária em máquinas gerado-ras térmicas (Pedro Emanuel Ramos Cruz); Alteração na disposição de equipamentos em centrífuga de lavagem de óleo para melhoria da manu-tenção (Francisco de Assis dos Santos Oliveira e João Bosco Pureza da Silva); Sistema flexí-vel para limpeza a vácuo de tu-bulações (Raimundo Nonato de Oliveira Guimarães); Fer-ramenta para retirada do garfo de interligação da biela com anel distribuidor de turbinas Kaplan (Raimundo Nonato de Oliveira Guimarães); Disposi-tivo analógico para regulagem de parâmetros em máquinas elétricas rotativas (Djailson Honório dos Santos); Apara-to para extração de pino de cisalhamento do distribuidor de turbinas hidráulicas (Pedro Virgulino da Silva); Software: Gerenciamento de conteúdo na Web (Fábio Ferreira de Souza); Software: Ajuri- Notas Fiscais (Cláudio Gilberto Rech, Luciana Abreu Murad Pádua e Jacqueline Bernardi Candido).

Faixa Bronze - Altera-ção na disposição de sensor em motor diesel Wartsila para melhoria de funcionamento, monitoramento e manuten-ção (Francisco de Assis dos Santos Oliveira, João Bosco

Sistema Eletrobrás participa do 5º EnaseA Eletrobrás e a Eletro-

norte representaram o Siste-ma Eletrobrás na 5ª edição do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico - Enase, no Rio de Janeiro. No Encontro, que reuniu agentes do Setor Elétrico de todo o País, foram discutidos temas como o futu-ro do Setor Elétrico, o aumen-to da oferta de energia elétrica, o desenvolvimento sustentável e a segurança energética.

O presidente da Eletro-brás, José Antonio Muniz Lopes, fez uma apresen-tação sobre a hidrelétrica Belo Monte e informou que pretende entregar o estudo e relatório de impactos am-bientais (EIA-Rima) do em-preendimento ainda neste mês ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - Ibama. “É a melhor usina hidrelétri-

ca do mundo, com potência instalada de 11.181 MW e capacidade de gerar cerca de 25 mil empregos diretos”, afirmou Antonio Muniz.

O diretor presidente, Jor-ge Palmeira, debateu, duran-te o Fórum dos Presidentes, a expansão da matriz ener-gética do Brasil e sua interli-gação com a América Latina. “O Sistema Eletrobrás está sendo reformulado. Entre

os seus objetivos, estão a integração sul-americana e a análise de empreendimentos nesta região que vão impul-sionar o desenvolvimento da economia brasileira. Acredi-to que o modelo do Setor Elétrico vem sendo aprimo-rado a cada ano. Com pla-nejamento e bons projetos, é possível crescer de forma eficaz e com menor custo”, concluiu.

22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Qualidade da energia é medida em Sinop

O Centro de Tecnolo-gia da Eletronorte, em parceria com a

equipe técnica da Divisão de Transmissão de Sinop, reali-zou a medição de qualidade de energia na Subestação Sinop, em Mato Grosso. A medição atende a solicita-ção da Superintendência de Engenharia de Operação e Manutenção da Transmissão, e cumpre a determinação do Operador Nacional do Siste-ma Elétrico - ONS, que trata do gerenciamento dos indi-cadores de desempenho da

LBR, que é de propriedade da Eletronorte. O instrumento tem um protocolo de medição que, a cada segundo, captura 256 pontos de um ciclo, iniciando um processo de filtragem por média móvel, ou seja, no pró-ximo segundo são capturados novamente 256 pontos de um ciclo, e então, calcula-se a média destes valores com os captura-dos no segundo anterior. Este procedimento repete-se du-rante 600 segundos, quando o valor médio é armazenado em um registro de memória. Logo em seguida, o procedimento

repete-se indefinidamente até que se encerre o processo de medição, que é de sete dias consecutivos, durante 24 ho-ras por dia”.

O instrumento utilizado possui protocolo adequado e aprovado pelo Operador para esse tipo de medição. E apesar de o processo ter essa agilidade, os resultados ainda estão sendo tabulados e serão analisados e encaminhados a Superintendência de Opera-ção e Transmissão, para poste-riormente, serem repassados ao ONS.

rede básica e de seus com-ponentes.

As medições são feitas sem-pre antes e após a entrada de consumidores ou cargas espe-ciais no Sistema Interligado Na-cional. No caso de Sinop, elas foram realizadas na tensão 230 kV nas três fases, em função da instalação do compensador es-tático instalado em junho deste ano.

O processo para medição, segundo o colaborador Manuel Joaquim é rápido e preciso. “Para fazer a medição foi utili-zado o instrumento ION 7600

Karatecas conhecem Subestação CoxipóOs alunos do Projeto Ka-

ratê com Energia tiveram um presente especial em Cuiabá. Divididos em duas turmas, as crianças e adolescentes pu-deram entender um pouco como a energia elétrica che-ga até suas casas e como é o dia-a-dia da força de trabalho dentro da uma subestação.

Entusiasmados, os carate-cas foram recepcionados pelo operador de subestação Fran-cisco César, que fez um breve histórico sobre a Subestação Coxipó. “Ela é responsável

por aproximadamente 80% da energia elétrica do estado, e é uma das maiores e mais antigas também. Sua constru-ção data da década de 1980”, relatou Francisco, que usou uma linguagem simplificada para que todos pudessem en-tender.

Após o histórico, o opera-dor Vandeir Bogue mostrou o pátio da subestação e ex-plicou qual a função de alguns equipamentos, comparando com o que as crianças vêem em suas casas, o que, segun-

do ele, é uma boa forma de aproximar a tecnologia da re-alidade de todos. “É mais fácil explicar o que é um disjuntor se exemplificar que em casa eles têm um semelhante. A diferença - enorme por sinal - é na potência. Enquanto te-mos um disjuntor, por exem-plo, de 230 mil volts, eles têm um de 220 volts”, conta.

Além do disjuntor, as crian-ças aprenderam um pouco sobre chaves seccionadoras e transformadores. Questiona-do sobre o porquê do uso de

botas, capacetes e luvas, Van-deir explicou que a segurança do operador está sempre em primeiro lugar. “Nós temos os equipamentos de proteção in-dividual, que todos que entram na subestação são obrigados a usar. Os equipamentos são uma forma de isolamento, no caso das botas, por exemplo, pelo fato de serem feitas de borracha”. O operador ainda relatou sobre o risco de aci-dentes e que todos os proce-dimentos são sempre feitos a partir de planejamento.

Turma da manhã Turma da tarde

22 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Eletricistas de linha recebem treinamentoOnze novos candidatos

às vagas de eletricistas de li-nha passaram pelo curso de formação na Regional de Transmissão do Mato Gros-so. Desses, sete disputam as cinco vagas disponíveis para o estado e quatro serão en-caminhados para Roraima. O curso tem duração de 13 me-ses e, na primeira etapa, os candidato que, foram apro-vados no concurso de 2006, ainda podem ser eliminados com base no desempenho técnico.

A turma aprende a fa-zer manutenção em linha de transmissão desenergizada com os instrutores Divino José Martins e José Galantine Neto, ambos sob a coorde-nação do eletricista de linha Wilson Malheiro. Mas, antes da parte prática, os bolsistas tiveram informações teóricas sobre o trabalho. A segunda etapa do treinamento tem previsão para começar em fevereiro de 2009. “Nem todos serão aprovados, mas mesmo assim, com a entrada deles na Empresa, ficaremos

com uma equipe praticamen-te completa. Esse é o grupo que desejamos há algum tem-po, pois o mais novo de nossa época tem 40 anos”, lembra Malheiro.

O coordenador do curso lembra que para atuar como eletricista de linha, além de saúde física e mental, os can-

didatos que disputam a vaga devem ter muita concentra-ção, inteligência e amor ao que fazem.

Com a bolsa, a equipe recebe 60% do salário base do eletricista e dedica oito horas do seu dia aos treina-mentos. Sobre as atividades do eletricista, Malheiro lem-

bra que os aprovados serão responsáveis em atender ocorrências de emergência, as planejadas e as programa-das. “Por ser uma atividade que exige muito e por sub-meter o profissional a situa-ções complicadas, durante o treinamento a pessoa pode ser eliminada”.

Em Tocantins, seminário discutemelhorias na qualidade de gestão

A Eletronorte foi uma das instituições participan-tes do Seminário “Em Busca da Excelência”, realizado no auditório da Escola Técnica Federal de Palmas - TO. O evento foi promovido pela Fundação Nacional da Qua-lidade, em parceria com o Sebrae e com o Programa de Qualidade, Produtividade e Competitividade Tocantins Mais - no qual a Regional de Transmissão de Tocantins é parceira. Participaram do encontro o gerente da Re-gional, Carlos Humberto, e os empregados Paulo Cezar

Oliveira, Carlos Batista das Neves e Janildo Barbosa.

O Seminário foi dire-cionado aos empresários, líderes organizacionais e também à comunidade aca-dêmica. Aproximadamente 250 pessoas participaram do encontro e puderam co-nhecer as melhores práticas de gestão das organizações reconhecidas pelos prêmios de qualidade do País, como o Prêmio Nacional da Quali-dade, o Prêmio Nacional de Gestão Pública – do qual a Regional de Transmissão de Tocantins é Faixa Bronze-,

e o Prêmio de Competiti-vidade Micro e Pequenas Empresas Brasil, em que a Regional é uma importante parceira desde sua criação,

em 2004, através dos em-pregados voluntários que participam da comissão téc-nica, da banca de instruto-res, examinadores e juízes.

5 de5agosto de 2008 ano 12 nº 22622 de outubro de 2008 ano 12 nº 230

Projeto SOX: Sistema Eletrobrás inicia implantação nas subsidiárias

A Eletrobrás iniciou em todas as suas subsidiá-rias a implementação

do Projeto SOX 2008/2009, que trata da aderência à Lei Sarbanes-Oxley, tendo em vis-ta o recém-obtido registro de seus American Depositary Re-ceipts (ADRs) na Securities and Exchange Commission (SEC), o que permite a negociação das ações da empresa no pregão da New York Stock Exchange (NYSE).

A Sarbanes-Oxley (SOX) é uma lei promulgada pelo governo dos EUA em 2002, aplicada às empresas de capital aberto, nacionais e estrangeiras, registradas na bolsa de valores americana, com o objetivo de elevar o nível de responsabilida-de e comprometimento da ad-ministração empresarial; forta-lecer a governança corporativa; aumentar a supervisão sobre as demonstrações contábeis; resti-tuir a confiança dos investidores e permitir a maior transparência e credibilidade das divulgações ao mercado financeiro.

O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, comemo-rou o registro na SEC como uma vitória de todo o Sistema Eletrobrás e não apenas da hol-ding. “Esse é um momento his-tórico que pertence a todos os 27 mil empregados do Sistema Eletrobrás. Foi graças ao esforço conjunto de todas as empresas que compõem o Sistema que conseguimos essa conquista”, disse o executivo. Muniz não teme que a crise financeira in-ternacional prejudique a com-panhia que preside. “Toda crise é sinônimo de oportunidade e

Comitê de Processos, que fará a interlocução para tratamento dos assuntos de interesse do projeto, vinculados a cada di-retoria.

Quem é quemConheça quem estará à

frente dos trabalhos do Projeto SOX na Eletronorte: patrocina-dor local, Diretor-Presidente; líder geral local, Luís Cláudio Araújo de Almeida; coorde-nador local de processos de negócios, Romualdo Che-chin; coordenador local de tecnologia da informação, Eduardo de Oliveira Lima; coordenador local de comu-nicação, Isabel Cristina Moraes Ferreira; gerência local de processos de negócios, Ro-gério Palmeirão de Alvarenga; gerência local de tecnologia da informação, Josita Arcanjo Ramos Ferreira; e Comitê de Processos, Fernando Augusto Gillet Lomônaco (DG), José Ricardo Pinheiro de Abreu (DF), Aroldo Luís da Silva (DE), Márcio Ernane Costa (DC) e Luís Cláudio Araújo de Almeida (PR).

comunicação clara nas organi-zações sobre a importância do projeto; a disponibilidade de infra-estrutura física; o acesso aos gestores e demais empre-gados e o acompanhamento e cobrança de pendências.

Na Eletronorte, a Resolu-ção de Diretoria 0703/2008 estabeleceu a criação da estru-tura semelhante à existente na Eletrobrás. Foi criado o Comi-tê Diretivo, responsável maior pelo desenvolvimento de pro-jeto ADR Nível II, repassando as orientações estratégicas e homologando os resultados apresentados, composto pelos diretores, com o apoio do líder geral local; o Comitê Gestor, cuja atribuição será a comuni-cação das orientações sobre o projeto, apoio às iniciativas para atendimento às necessi-dades das gerências do pro-jeto, avaliações periódicas do andamento dos trabalhos na Eletronorte, e homologação dos resultados apresentados, composto pelas coordenações locais de processos de negó-cios, de tecnologia da infor-mação e de comunicação; e o

essa não é diferente. Os investi-dores estão se voltando para o mundo real e esse é o mundo da Eletrobrás. O mundo das pessoas, do cimento e do me-tal”, afirmou.

ResponsabilidadesA partir da implementação

e manutenção da metodolo-gia de avaliação e monitora-mento dos controles internos sobre relatórios financeiros, as empresas do Sistema Eletro-brás terão a responsabilidade de manter a documentação desses controles atualizada e efetuar a avaliação em bases anuais, além de emitir a sub-certificação anual sobre a efi-cácia dos controles. A diretoria da Eletrobrás emitirá a certifi-cação final e a auditoria externa opinará sobre o ambiente de controles internos.

Todo esse processo será monitorado por um Comitê Gestor, visando a identificar eventuais morosidades no trâmite da documentação, in-clusive com o apoio do con-sultor externo Ernst&Young, levando-se em consideração a