assunto sobre fenicios

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Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, onde hoje se encontra o Líbano. Os povos originários dessa civilização são os semitas que, saindo do litoral norte do Mar Vermelho, fixaram-se na Palestina realizando o cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, a pesca e o artesanato também eram outras atividades por eles desenvolvidas. A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsável pelas questões políticas e administrativas. O poder político exercido no interior das cidades fenícias costumava ser assumido por representantes de sua elite marítimo-comercial. Tal prática definia o regime político da fenícia como uma talassocracia, ou seja, um governo comandado por homens ligados ao mar. Em meados de 1500 a.C. a atividade comercial fenícia intensificou-se consideravelmente fazendo com que surgisse o interesse pela dominação de outros povos comerciantes. No ano de 1400 a.C.os fenícios dominaram as rotas comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses, que ligavam a região da Palestina ao litoral sul do Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia, diferentes cidades imprimiam sua hegemonia comercial na região. Por volta de 100 a.C. – após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.  Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os fenícios influenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação necessárias à prática comercial. Além disso, o alfabeto fonético deu origem às línguas clássicas que assentaram as bases do alfabeto ocidental contemporâneo. No campo religioso, os fenícios incorporaram o predominante politeísmo das sociedades antigas. Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astartéia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios costumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.

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Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, onde hoje seencontra o Líbano. Os povos originários dessa civilização são os semitasque, saindo do litoral norte do Mar Vermelho, fixaram-se na Palestinarealizando o cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, apesca e o artesanato também eram outras atividades por eles

desenvolvidas.

A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípciosdeu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dosmais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por elesocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon eUgarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsávelpelas questões políticas e administrativas.

O poder político exercido no interior das cidades fenícias costumava ser

assumido por representantes de sua elite marítimo-comercial. Tal práticadefinia o regime político da fenícia como uma talassocracia, ou seja, umgoverno comandado por homens ligados ao mar. Em meados de 1500 a.C. aatividade comercial fenícia intensificou-se consideravelmente fazendo comque surgisse o interesse pela dominação de outros povos comerciantes.

No ano de 1400 a.C.os fenícios dominaram as rotas comerciais,anteriormente controladas pelos cretenses, que ligavam a região daPalestina ao litoral sul do Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia,diferentes cidades imprimiam sua hegemonia comercial na região.

Por volta de 100 a.C. – após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon eBiblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da CostaPalestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com aposterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tirobuscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.

 Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os feníciosinfluenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao

intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi um campo desenvolvido emfunção das técnicas de navegação necessárias à prática comercial. Alémdisso, o alfabeto fonético deu origem às línguas clássicas que assentaramas bases do alfabeto ocidental contemporâneo.

No campo religioso, os fenícios incorporaram o predominante politeísmo dassociedades antigas. Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan,seu filho, era a divindade das fontes. Astartéia era uma deusa vinculada àriqueza e à fecundidade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícioscostumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.

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http://www.brasilescola.com/historiag/fenicios.htm

O COMERCIO E A ESCRITA ENTRE OS FENÍCIOS

No progresso de suas atividades comerciais, os fenícios tiveram expressivodestaque no desenvolvimento de embarcações que pudessem lhes colocarem contato com as diversas civilizações do mar Mediterrâneo. Odeslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla rede de rotascomerciais que garantia a circulação dos vários produtos que despertavamo interesse da poderosa classe mercante mantenedora desse tipo deatividade econômica.

Os barcos eram equipados com velas e proas de madeira onde, geralmente,havia a representação da cabeça de um cavalo. As mercadorias negociadaseram todas estocadas no porão dos navios e protegidas em grandes vasosde argila preenchidos com areia. Dessa maneira, os fenícios conseguiampreservar as mercadoria e minimizar as perdas materiais ocorridas duranteo transporte.

Além de se preocuparem com a acomodação dos bens comercializados, osfenícios também tinham de enfrentar a cobiça de outros navegantes quecruzavam a extensão do Mar Mediterrâneo. A pirataria e os saques já erampráticas comuns ao comércio marítimo daquela época. Por isso, algumasembarcações se deslocavam com a proteção de outros navios de guerraequipados com remos e aríetes capazes de interceptar a ação de umaembarcação pirata.

Em cada ponto comercial espalhado pelo Mar Mediterrâneo havia grandeshabitações que abrigavam os marinheiros, artesãos e comerciantesenvolvidos nessa movimentada atividade econômica. Quando as condiçõesclimáticas impediam as viagens pelo mar, tais abrigos poderiam servir depouso durante meses inteiros a uma determinada tripulação. Foi por meiodessa impressionante estrutura envolvida é que os fenícios se destacaramno campo comercial.

Contudo, toda essa estrutura não foi capaz de controlar as riquezas quepassavam de mão em mão. O controle sobre os estoques, os acordoscomerciais, encomendas, preços e outras negociações teriam de serdevidamente registrados para que todo esse esforço fosse apropriadamenterecompensado. Foi então que a cultura fenícia estabeleceu odesenvolvimento de um sistema de símbolos que pudesse facilitar o

processo de comunicação entre as pessoas.

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O sistema de símbolos fenício consistia em um alfabeto fonético compostopor vinte e duas letras. Esse sistema de comunicação teve grandeimportância não só para os fenícios, mas também influenciou no longoprocesso que deu origem às letras que integram o alfabeto ocidentalcontemporâneo. A civilização greco-romana, considerada berço de várias

línguas atuais, teve visível influência do sistema gráfico fenício.

http://www.brasilescola.com/historiag/o-comercio-escrita-entre-os-fenicios.htm

FeníciaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mapa da Fenícia e rotas de comércio.

Fenícia (em fenício: , Kna nˁ ; em hebraico: ןענכ, Kna'an; em grego antigo: Φοινίκη, Phoiníkē ; em latim: Phœnicia; em árabe: ايقينيف) foi uma antiga civilização cujoepicentro se localizava no norte da antiga Canaã, ao longo das regiões litorâneas dosatuais Líbano, Síria e norte de Israel. A civilização fenícia foi uma cultura comercialmarítima empreendedora que se espalhou por todo o mar Mediterrâneo durante o

 período que foi de 1500 a.C. a 300 a.C. Os fenícios realizavam comércio através dagalé, um veículo movido a velas e remos, e são creditados como os inventores dos

 birremes.[1]

 Não se conhece com exatidão a que ponto os fenícios viam a si próprios como umaúnica etnia; sua civilização estava organizada em cidades-estado, de maneira

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semelhante à Grécia Antiga; cada uma destas constituía uma unidade políticaindependente, que frequentemente se entravam em conflito e podiam dominar umas asoutras - embora também colaborassem através de ligas e alianças. [2] Embora asfronteiras antigas destas culturas antigas fossem incertas e inconstantes, a cidade de Tiro 

 parece ter marcado seu ponto mais meridional. Sarepta (atual Sarafant), entre Sídon e

Tiro, é a cidade mais extensivamente escavada pelos arqueólogos em território fenício.

Os fenícios foram a primeira sociedade a fazer uso extenso, a nível estatal, do alfabeto.O alfabeto fonético fenício é tido como o ancestral de todos os alfabetos modernos,embora não representasse as vogais (que foram adicionadas mais tarde pelos gregos).Os fenícios falavam o idioma fenício, que pertence ao grupo canaanita da famílialinguística semita.[3][4] Através do comércio marítimo, os fenícios espalharam o uso doalfabeto até o Norte da África e Europa, onde foi adotado pelos antigos gregos, que o

 passaram aos etruscos, que por sua vez o repassaram aos romanos.[5] Além de suasdiversas inscrições, os fenícios deixaram diversos outros tipos de fontes escritas, porém

 poucas sobreviveram até os dias de hoje. A Preparação Evangélica, de Eusébio de

Cesareia, faz citações extensas de Filo de Biblos e Sanconíaton.

Índice

[esconder]

• 1 Etimologia• 2 História

o 2.1 Origens: 2300-1200 a.C.  2.1.1 Estudos genéticos

o 2.2 Ápice: 1200–800 a.C. o 2.3 Declínio: 539-65 a.C.

• 3 Comércio• 4 Cultura

o 4.1 Língua e literaturao 4.2 Arteo 4.3 Religião

• 5 Influência na região do Mediterrâneo• 6 Na Bíblia• 7 Hippoi 

o 7.1 Ilustrações• 8 Relações com os gregos

o 8.1 Comércioo 8.2 Alfabetoo 8.3 Ligações com a mitologia grega

8.3.1 Cadmo 8.3.2 Deuses fenícios do mar

• 9 Ver também• 10 Referências• 11 Bibliografia

• 12 Ligações externas

[editar] Etimologia

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O termo fenício, por intermédio do latim  poenicus (posteriormente punicus), vem dogrego antigo  phoinikes, atestado desde Homero, e influenciado por  phoînix, " púrpuratíria", "carmesim"; "murex" (que por sua vez vem de phoinos "vermelho cor desangue").[6] O termo foi atestado no Linear B como po-ni-ki-jo, de onde teria sidoemprestado do egípcio antigo  Fenkhu ( Fnkhw),[7] "povo sírio". A associação entre

 phoinikes e phoînix espelha uma antiga etimologia popular presente no fenício, queassociava Kina'ahu ("Canaã", "Fenícia") com kinahu ("carmesim").[8] A região eraconhecida entre os nativos como Kina'ahu, forma citada no século VI a.C. por  Hecateu sob a forma (influenciada pelo grego) de Khna (χνα), e seu povo como Kena'ani.

[editar] História

[editar] Origens: 2300-1200 a.C.

Sarcófago fenício encontrado em Cádis, Espanha, atualmente no MuseuArqueológico de Cádis. Acredita-se que tenha sido encomendado e pago porum mercador fenício, e construído na Grécia, com influência egípcia.

Em termos de arqueologia, língua e religião, pouco separa os fenícios das outrasculturas da região de Canaã. Como canaanitas, sua única diferença eram seus notáveis

feitos marítimos. Nas tabuletas de Amarna do século XIV a.C., chamam-se de Kenaaniou Kinaani ("canaanitas"), embora estas cartas antecedam a invasão dos Povos do Mar  em mais de um século. Bem mais tarde, no século VI a.C., Hecateu de Mileto escreveque a Fenícia era chamada anteriormente de χνα, um nome que Filo de Biblos adotou

 posteriormente em sua mitologia como seu epônimo para os fenícios: " Khna, que posteriormente foi chamado de Phoinix."[carece de fontes

 

] Já no terceiro milênio a.C.expedições marítimas eram sido feitas pelos egípcios para trazer "cedros do Líbano".

O relato de Heródoto (escrito por volta de 440 a.C.) se refere aos mitos de Io e Europa:[9]

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“Os persas mais esclarecidos atribuem aos fenícios a causa dessasinimizades. Dizem eles que esse povo, tendo vindo do litoral daEritreia para as costas do nosso país, empreendeu longas viagensmarítimas, logo depois de haver-se estabelecido no país que ainda

hoje habita, transportando mercadorias do Egito e da Assíria...”

[editar] Estudos genéticos

Spencer Wells, do Genographic Project, realizou estudos genéticos que demonstraramque a população masculina do Líbano, Malta, Espanha, e outras áreas colonizadas pelosfenícios, partilham o mesmo cromossomo-Y M89.[10] As populações masculinas quehabitam as áreas associadas com a civilização minóica e os Povos do Mar têmmarcadores genéticos totalmente diferentes, o que indica que não existia relaçãoancestral entre os fenícios e estes povos.[11][12]

Em 2004, dois geneticistas da Universidade Harvard, importantes cientistas do ProjetoGenográfico da  National Geographic , Pierre Zalloua e Wells, identificaram "ohaplogrupo dos fenícios" como sendo o haplogrupo J2, deixando aberto o caminho paraestudos futuros.[13][14] A população masculina da Tunísia e de Malta também foramincluídos nestes estudos, e mostraram partilhar "contundentes" semelhanças genéticascom os libaneses. Em 2008 cientistas do Genographic Project anunciaram que "até umem cada 17 homens vivendo atualmente no litoral do Norte da África e sul da Europa

 pode ter um ancestral fenício direto em sua linhagem paterna."[15]

[editar] Ápice: 1200–800 a.C.

O historiador francês Fernand Braudel comentou em seu livro, A Perspectiva doMundo, que a Fenícia foi um dos primeiros exemplos de uma "economia-mundial"cercada por impérios. O ponto alto da cultura fenícia e de seu poder marítimo costumaser datado como o período que vai de 1200 a 800 a.C.

Diversos dos importantes centros urbanos fenícios, no entanto, haviam sido fundadosmuito antes disso: Biblos, Tiro, Sídon, Simira, Arwad e Beirute ( Berytus) são citadasnas tabuletas de Amarna. A arqueologia identificou elementos culturais do zênitefenício já no terceiro milênio a.C.

Uma liga formada por cidades-estado portuárias independentes, juntamente com outrassituadas em ilhas ou ao longo dos litorais do mar Mediterrâneo, era muito apropriada

 para o comércio entre a região do Levante, rica em recursos naturais, e o resto domundo antigo. Durante o início da Idade do Ferro, por volta de 1200 a.C., um evento atéagora desconhecido ocorreu, associado historicamente com a chegada de um povovindo do norte, conhecido pelo exônimo de Povos do Mar . Estes povos enfraqueceram edestruíram as civilizações egípcia e hitita, respectivamente; no vácuo de poder que seseguiu à sua chegada, diversas cidades fenícias adquiriram importância como potênciasmarítimas.

As sociedades fenícias estavam fundamentada em três bases de poder: o rei; o templo eseus sacerdotes; e o conselho de anciãos. Biblos foi a primeira cidade a se tornar umcentro predominante, a partir de onde os fenícios saíram para dominar as rotas

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comerciais dos mares Mediterrâneo e Eritreu (Vermelho). Foi nesta cidade que a primeira inscrição no alfabeto fenício foi encontrada, no sarcófago de Ahiram (c. 1200a.C.). Posteriormente, Tiro tornou-se a cidade mais poderosa; um de seus reis, osacerdote Itobaal I (887-856 a.C.) estendeu seu domínio sobre a Fenícia até a cidade deBeirute, e conquistou parte da ilha de Chipre. Cartago foi fundada em 814 a.C., pro

Pigmalião de Tiro (820-774 a.C.). O conjunto de cidades-reino que formavam a Fenícia passou a ser conhecido por estrangeiros, e até mesmo pelos próprios fenícios, comoSidônia (Sidonia) ou Tíria (Tyria); os fenícios e cananeus eram chamados de sidôniosou tírios, à medida que uma cidade fenícia sucedeu a outra no poder.

[editar] Declínio: 539-65 a.C.

Ação naval ocorrida durante um cerco; desenho de André Castaigne, 1888-1889.

Ciro, o Grande, rei da Pérsia, conquistou a Fenícia em 539 a.C. Os persas dividiram aFenícia em quatro reinos vassalos: Sídon, Tiro, Arwad, e Biblos. Estes reinos

 prosperaram, e forneceram frotas navais para os reis persas. A influência fenícia, noentanto, passou a diminuir depois da conquista; é provável que boa parte da populaçãofenícia tenha migrado para Cartago e outras colônias depois do domínio persa. Em 350e 345 a.C. uma rebelião em Sídon liderada por Tennes foi esmagada por  Artaxerxes III;sua destruição foi descrita por Diodoro Sículo.[16]

Alexandre, o Grande conquistou Tiro em 332 a.C. após o Cerco de Tiro. Alexandre foiexcepcionalmente cruel com a cidade, executando 2000 de seus principais cidadãos,embora tenha mantido o rei no poder. Em seguida tomou posse das outras cidades demaneira pacífica; o soberano de Árados submeteu, e o rei de Sídon foi deposto. Aascensão da Grécia helenística gradualmente tomou o lugar dos resquícios do antigo

domínio fenício sobre as rotas comerciais do leste do Mediterrâneo. A cultura feníciaacabou por desaparecer totalmente em sua pátria de origem, embora Cartago tenha

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continuado a florescer no Norte da África, controlando a mineração de ferro e metais preciosos na Ibéria, e utilizando seu poder naval considerável e seus exércitos demercenários para proteger seus interesses comerciais, até a eventual destruição pelastropas romanas em 146 a.C., no fim das Guerras Púnicas.

Depois de Alexandre, a pátria fenícia foi controlada por uma sucessão de soberanoshelenísticos: Laomedonte (323 a.C.), Ptolemeu I (320 a.C.), Antígono II (315 a.C.),Demétrio (301 a.C.), e Seleuco (296 a.C.). Entre 286 e 197, a Fenícia (com a exceção deÁrados) foi dominada pelos Ptolemeus do Egito, que instauraram os sumos-sacerdotesda deusa Astarte (Eshmunazar I, Tabnit, Eshmunazar II) como soberanos vassalos deSídon.

Em 197 a.C. a Fenícia, juntamente com a Síria, voltou para a mão dos Selêucidas. Aregião ficou cada vez mais helenizada, embora Tiro tenha se tornado autônoma em 126a.C., seguida por Sídon em 111 a.C. Toda a Síria, incluindo a Fenícia, foi capturada

 pelo rei Tigranes, o Grande, da Armênia, de 82 a 69 a.C., quando o monarca foi

derrotado pelo general romano Lúculo. Em 65 a.C. Pompeu, o Grande finalmenteincorporou o território à província romana da Síria.

[editar] Comércio

Ver também: Fenícios e o vinho

Mapa da Fenícia e suas rotas comerciais.

Os fenícios foram alguns dos maiores comerciantes de seu tempo, e deviam muito desua prosperidade ao comércio. Inicialmente mantinham relações comerciais apenas comos gregos, vendendo madeira, escravos, vidro e a púrpura de Tiro em pó. Esta célebretinta de forte cor púrpura era muito usada pela elite grega para colorir suas vestes; otermo fenício vem do grego antigo  phoínios, que significa "púrpura". À medida que ocomércio e o processo de colonização se espalhou sobre o Mediterrâneo, os fenícios egregos parecem ter, de maneira inconsciente, dividido aquele mar em duas partes; os

fenícios navegavam pela (e eventualmente dominaram) parte meridional do mar,enquanto os gregos mantinham suas atividades nas costas setentrionais. As duas

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culturas se confrontaram muito esporadicamente, como na Sicília, que eventualmentefoi repartida em duas esferas de influência, a fenícia no sudoeste e a grega no nordesteda ilha.

Prato fenício com engobo vermelho, século VII a.C., escavado na ilha deMogador, Essaouira, Marrocos.

Após 1200 a.C., os fenícios foram por séculos a principal potência naval e mercantil daregião. O comércio fenício foi fundado com base na tinta conhecida como púrpura tíria,uma tinta de um púrpura profundo, derivado da concha do molusco gastrópode Murex,que anteriormente era encontrado com abundância nas águas costeiras do leste doMediterrâneo, e que acabou sendo extinta. As escavações de James B. Pritchard emSarepta, no Líbano atual, mostraram conchas esmagadas do molusco, e recipientes decerâmica manchados com a tinta produzida no local. Os fenícios fundaram um segundocentro de produção da tinta em Mogador , no atual Marrocos. Produtos têxteis de cores

 brilhantes eram símbolos característicos de riqueza na sociedade fenícia, bem como o

vidro, outro importante item de exportação. Os fenícios também trouxeram para aregião do Mediterrâneo cães de origem africana e asiática, que acabaram por dar origema diversas raças locais. O Egito, onde as vinhas não podiam ser cultivadas devido aoclima, comprava vinho dos fenícios do século VIII; este comércio está documentado demaneira destacada nos navios naufragados descobertos em 1997 no alto-mar, a 30milhas a oeste de Ascalão.[17] Fornos de cerâmica em Tiro e Sarepta produziam asgrandes  jarras de terracota usadas para o transporte do vinho; o Egito pagava com ourovindo da Núbia.

De outros lugares obtinham diferentes materiais, dos quais talvez os mais importantessejam a  prata, obtida da península Ibérica, e o estanho, da Grã-Bretanha (este último era

fundido com o cobre (do Chipre), criando uma liga metálica mais durável, o bronze.Estrabão afirma que existia um comércio altamente lucrativo entre a Fenícia e aBritânia.

Os fenícios estabeleceram entrepostos comerciais ao longo do Mediterrâneo, dos quaiso mais importante, estrategicamente, era Cartago, no Norte da África. Antigasmitologias gaélicas mencionam um influxo de fenícios/citas à Irlanda, liderados por Fênio Farsa. Outros fenícios também navegaram para o sul, ao longo da costa africana;uma expedição cartaginesa liderada por Hanão, o Navegador , explorou e colonizou olitoral atlântico da África até o golfo da Guiné, e, de acordo com Heródoto, umaexpedição fenícia enviada para o mar Vermelho pelo faraó  Necho II do Egito, por volta

de 600 a.C., chegou até mesmo a circunavegar  o continente e retornar, passando pelosPilares de Hércules (o estreito de Gibraltar ) três anos depois.

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[editar] Cultura

[editar] Língua e literatura

Ver artigos principais: Língua fenícia e Alfabeto fenício

O alfabeto fenício foi um dos primeiros alfabetos a ter uma forma rígida e consistente.Presume-se que seus caracteres lineares simplificados se originaram a partir de umalfabeto semítico pictórico ainda não atestado, que teria sido desenvolvido algunsséculos antes no sul do Levante.[18][19] O precursor do alfabeto fenício provavelmentetinha origem egípcia, como os alfabetos da Idade do Bronze Média do sul do Levantelembram os hieróglifos egípcios ou, mais especificamente, um sistema alfabético deescrita encontrado em Wadi-el-Hol, no Egito central.[20][21] Além de ter sido antecedido

 pelo proto-canaanita, o alfabeto fenício também teve como antecessor uma escritaalfabética de origem mesopotâmica chamada ugarítica. O desenvolvimento do alfabeto

fenício a partir do proto-canaanita coincidiu com o início da Idade do Ferro, no séculoXI a.C.[22]

O alfabeto foi descrito como um abjad , uma escrita que não representa as vogais. As primeiras duas letras, aleph e beth deram o seu nome.

Sarcófago de Ahiram, no Museu Nacional de Beirute.

A representação mais antiga conhecida do alfabeto fenício foi a inscrição do sarcófago do rei Ahiram, de Biblos, que data no máximo do século XI a.C. Inscrições fenícias

foram encontradas no Líbano, Síria, Israel, Chipre e diversas outras localidades até os primeiros séculos da Era Cristã. Os fenícios foram responsáveis por espalhar o uso deseu alfabeto por todo o mundo mediterrâneo.[23] Comerciantes fenícios levaram estesistema de escrita ao longo das rotas comerciais do mar Egeu, chegando a Creta e àGrécia; os gregos adotaram a maior parte das letras, alterando, no entanto, algumasdelas para vogais, dando origem ao primeiro alfabeto real.

O idioma fenício está classificado no subgrupo canaanita do ramo noroeste da famílialinguística semita. Seu descendente posterior no Norte da África é conhecido como

 púnico. Nas colônias fenícias ao redor do Mediterrâneo ocidental, a partir do século IXa.C., o fenício foi definitivamente suplantado pelo púnico, variante que continuava a ser 

falada no século V d.C.; Santo Agostinho, por exemplo, cresceu no Norte da África e oidioma lhe era familiar.

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[editar] Arte

A arte fenícia não tem as características exclusivas que a distinguem de seuscontemporâneos; isto se deve por ter sido altamente influenciada por culturas artísticasestrangeiras, principalmente o Egito, Grécia e Assíria. Os fenícios que estudavam às

margens do Nilo e do Eufrates conquistavam uma ampla experiência artística, eacabavam por desenvolver sua própria arte na forma de um amálgama de modelos e

  perspectivas internacionais.[24] Em artigo do New York Times publicado em 5 de janeirode 1879, a arte fenícia foi descrita da seguinte maneira:

"Ela entrava nos trabalhos dos outros homens e aproveitava ao máximo sua herança. A

 Esfinge do Egito se tornou asiática , e sua nova forma foi transplantada para Nínive , por um lado, e para a Grécia, no outro. As rosetas e outros padrões dos cilindros

babilônios foram introduzidos ao artesanato fenício, e passados desta maneira para o

Ocidente, enquanto o herói do antigo épico caldeu primeiro se tornou o Melcarte tírio,e, posteriormente, o Héracles , da Hélade." 

[editar] Religião

Ver artigo principal: Religião canaanita

Os fenícios eram  politeístas, e cultuaram diferentes divindades, muitas oriundas deculturas vizinhas, ao longo de sua história. As evidências do segundo milênio a.C. estãoAdônis, Amon, Astarte, Baal Safon, Baalat Gebal ("Senhora de Biblos"), Baal Shemen (consorte de Baalat Gebal), El, Eshmun, Hail, Ísis, Melcarte, Osíris, Shed, o venerávelReshef (Reshef da Flecha), YHWY e Gebory-Kon. Já no milênio seguinte foram

registrados outros, como Chusor, Dagon, Eshmun-Melcarte, Milkashtart, Reshef-Shed,Shed-Horon e Tanit-Astarte.

Os fenícios conservavam ritos bem arcaicos, como a prostituição divina e o sacrifício decrianças (em particular dos primogênitos) e de animais. A maioria dos rituais religiososeram feitos ao ar livre.

[editar] Influência na região do Mediterrâneo

Cadmo combatendo o dragão; lado de uma ânfora em figuras negras daEubeia, c. 560–550 a.C., Louvre.

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A cultura fenícia teve um grande impacto sobre as culturas da bacia do Mediterrâneo noinício da Idade do Ferro, que por sua vez também os influenciaram enormemente. NaFenícia, por exemplo, a divisão tripartida entre Baal, Mot e Yam parece ter sidoinfluenciada pela divisão que havia na mitologia grega entre Zeus, Hades e Posídon. Ostemplos fenícios dedicados a Melcarte nos diversos portos mediterrâneos passaram a ser 

conhecidos, durante o período clássico da história grega, como sagrados para Héracles.Histórias como o Rapto de Europa e a chegada de Cadmo também apresentaminfluências fenícias.

A recuperação da economia mediterrânea, após o colapso ocorrido no fim da Idade deBronze, parece ser em grande parte obra dos comerciantes e príncipes-mercadoresfenícios, que reestabeleceram o comércio de longa distância, como o existente entre oEgito e a Mesopotâmia, durante o século X a.C. A revolução  jônia foi, pelo menos nahistória lendária, liderada por  filósofos como Tales de Mileto e Pitágoras, ambos filhosde pais fenícios. Motivos fenícios também estão presentes no período orientalizantedaarte grega, e desempenharam um papel formativo na civilização etrusca, na região da

Toscana, da  península Itálica. [carece de fontes

 

]

Existem diversos países e cidades no mundo cujos nomes são derivados da línguafenícia, como Altiburius, cidade da Argélia, a sudoeste de Cartago, que vem do fenício"Iltabrush" ; Bosa, na Sardenha, do fenício "Bis'en" ; Cádis, na Espanha, do fenício"Gadir" ; Dhali ( Idalion), no centro da ilha de Chipre, do fenício "Idyal" ; Érice ( Erice),na Sicília, do fenício "Eryx" ; Malta, ilha no Mediterrâneo, do fenício "Malat" 

('refúgio'); Marion, cidade no Chipre ocidental, do fenício "Aymar" ; Oed Dekri, naArgélia, do fenício "Idiqra" ; e Espanha, do fenício "I-Shaphan" ('Terra dos Híraces'),latinizado posteriromente como Hispania ("Hispânia").

[editar] Na Bíblia

O fenício Hirão, na Bíblia, foi associado com a construção do Templo de Salomão:[25]

“II Crônicas 2:14 — Filho de uma mulher das filhas de Dã, e cujo paifoi homem de Tiro; este sabe trabalhar em ouro, em prata, embronze, em ferro, em pedras e em madeira, em púrpura, em azul,e em linho fino, e em carmezim, e é hábil para toda a obra doburil, e para toda a espécie de invenções, qualquer coisa que se

lhe propuser...…”

Hirão seria Hiram Abiff , arquiteto do Templo segurando a crença maçônica; ambosteriam sido muito famosos por sua tinta púrpura.

Posteriormente, profetas reformistas protestaram contra a prática da escolha de esposasreais entre estrangeiros; Elias execrou Jezebel, princesa de Tiro que se tornou consortedo rei Acab e introduziu o culto de seus deuses, entre eles Baal.

Muito depois da cultura fenícia ter florescido, ou mesmo da existência da Fenícia como

entidade política, os canaanitas helenizados naturais da região ainda eram conhecidos

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como "siro-fenícios", como no Evangelho de Marcos, 7:26: "E esta mulher era grega,

 sirofenícia de nação…" [26]

O termo Bíblia, que vem do grego antigo "biblion" , "livro", deu origem ao nome dacidade fenícia helenizada de Biblos, que até então era chamada de Gebal . Os gregos

deram-lhe este nome porque era de lá que vinha o papiro egípcio (Bύβλος, byblos) queera importado pelas cidades da Grécia. A Biblos atual é conhecida em árabe como Jbeil 

,جبيل) ubayl Ǧ ), que vem de Gebal .

[editar]  Hippoi 

Os gregos tinham dois nomes para os navios fenícios: hippoi e galloi. Galloi significa" banheiras" e hippoi, "cavalos". Os nomes são facilmente compreensíveis através dasilustrações de navios fenícios nos palácios dos reis assírios dos séculos VIII a VII a.C.,onde os navios têm forma de banheiras com cabeças de cavalos em suas extremidades.

É possível que estes hippoi estariam relacionados às ligações fenícias com o deus gregoPosídon.

[editar] Ilustrações

As portas de Tel Balawat (850 a.C.) podem ser encontradas no palácio de Shalmaneser ,um rei assírio, próximas a Nimrud. São feitas de bronze, e mostram navios chegando

 para prestar homenagens a Shalmaneser.[27][28]

O baixo-relevo de Khorsabad (século VII a.C.) mostra o transporte de madeira (provavelmente cedro) do Líbano. Encontra-se no palácio construído especificamente

 para Sargão I, outro rei assírio, em Khorsabad, no norte do atual Iraque.[29][30]

[editar] Relações com os gregos

[editar] Comércio

 No fim da Idade do Bronze (por volta de 1200 a.C.), havia intenso comércio entre oscanaanitas (ancestrais dos fenícios), egípcios, cipriotas e gregos. Nos restos de umnaufrágio ocorrido no litoral da Turquia (Ulu Bulurun), cerâmica canaanita usada para otransporte de mercadoria foi encontrada juntamente com objetos de cerâmica do Chipre

e da Grécia. Os fenícios eram célebres por suas habilidades ao trabalhar com o metal, e,ao fim do século VIII a.C., as cidades-estado gregas mandavam enviados ao Levante

 para obter mercadorias de metal.[31]

O auge da atividade comercial fenícia se deu por volta dos séculos VII e VIII a.C. Nestaaltura ocorre uma dispersão das importações (cerâmica, pedra e faiança) do Levanteindicando um canal comercial fenício até a Grécia continental, através do Egeu central.[31] Em Atenas existem poucas evidências deste comércio, com apenas algumasimportações do Oriente, porém outras cidades litorâneas gregas contém uma quantidadeabundante destas mercadorias originárias da região, evidenciando este comércio. [32]

Al-Mina é um exemplo específico do comércio que era realizado entre os gregos efenícios.[33] Já se levantou a hipótese de que, por volta do século VIII a.C., comerciantes

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da Eubeia teriam estabelecido uma ligação comercial com a costa levantina, utilizando-se de Al-Mina, na Síria, como base para este empreendimento, embora ainda não sesaiba até que ponto seriam reais estas alegações.[34] Os fenícios até mesmo obtiveramseu nome dos gregos, devido às suas atividades comerciais; seu produto mais célebreera a tinta púrpura, conehcida em grega como phoenos.[35]

[editar] Alfabeto

O alfabeto fonético fenício foi adotado e modificado pelos gregos, provavelmente por volta do século VIII a.C. (na mesma época das ilustrações dos hippoi fenícios). Isto

 provavelmente não ocorreu de uma vez, mas sim ao fim de um longo processo deintercâmbios comerciais. Possivelmente neste período também tenha ocorridoigualmente a adaptação de algumas idéias religiosas. Heródoto cita a cidade de Tebas, no centro da Grécia, como o local específico onde esta importação do alfabeto teriaocorrido. O lendário herói fenício Cadmo é quem leva o crédito por ter trazido oalfabeto à Grécia, porém é mais plausível que tenha sido levado por migrantes fenícios

 para a ilha de Creta,[36] de onde se expandiu gradualmente para o norte.

[editar] Ligações com a mitologia grega

[editar] Cadmo

Tanto na mitologia fenícia quanto na grega Cadmo é um príncipe fenício, filho deAgenor, rei de Tiro. Heródoto atribui a Cadmo o mérito de levar o alfabeto fenício àGrécia,[37] aproximadamente seiscentos anos antes da época em que o próprio Heródotoviveu, ou seja, por volta de 2000 a.C.[38]

"Os fenícios que haviam acompanhado Cadmo e no número dos quais figuravam os

 gefireus, introduziram na Grécia, durante sua permanência nesse país, váriosconhecimentos, entre eles os alfabetos que eram, na minha opinião, até então

desconhecidos no país. A princípio, os gregos fizeram uso dos caracteres fenícios, mas,com o correr do tempo, as letras foram-se modificando com a língua e tomaram outra

 forma." [39]

[editar] Deuses fenícios do mar

Devido ao grande números de divindades que seguem o modelo de "Senhor dos Mares"

nas mitologias clássicas, é difícil atribuir um nome específico à divindade marinha dareligião fenícia. Esta figura "Posídon-Netuno" é mencionada por autores e em diversasinscrições como muito importante para mercadores e marinheiros,[40] porém o seu nomeespecífico ainda está por ser descoberto. Existem, no entanto, nomes específicos usados

 para cada cidade-estado individualmente a suas divindades marinhas locais. O deus dosmares de Ugarit, por exemplo, era Yamm. Yamm e Baal, o deus das tempestades damitologia ugarítica, frequentemente associado a Zeus, se enfrentam numa batalha épica

 pelo domínio do universo. Como Yamm é o deus dos mares, ele representa o vasto caos.[41] Baal, por outro lado, representa a ordem. Na mitologia ugarítica, Baal derrotaYamm; em algumas versões do mito, ele o mata com uma clava feita especialmente

 para ele, e, em outras, a deusa Astarte ( Athtart ) salva Yamm e lhe ordena que fique emseus próprios domínios, já que fora derrotado. Yamm é o irmão do deus da morte, Mot.[42]

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Alguns estudiosos identificaram Yamm com Posídon, embora ele também tenha sidoidentificado com Ponto.[43]

[editar] Ver também

• Arte fenícia

Referências

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• Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia eminglês, cujo título é Phoenicia.

[editar] Bibliografia

• Aubet, Maria Eugenia, The Phoenicians and the West: Politics,Colonies and Trade, tr. Mary Turton (Bryn Mawr Classical Review,2001: review)

• The History of Phoenicia, publicado em 1889 por George Rawlinson,disponível no Project Gutenberg ([3]; o texto de Rawlinson, do séculoXIX, precisa de atualizações para uma compreensão histórica).

• Todd, Malcolm, Andrew Fleming. The South West to AD 1,000(Regional history of England series No.:8). Harlow, Essex: Longman,

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para um exame crítico da evidência do comércio fenício com osudoeste do Reino Unido.

• Markoe, Glenn. Phoenicians. [S.l.]: University of California Press,2000. ISBN 0-520-226135 (hardback)

•  Thiollet, Jean-Pierre, Je m'appelle Byblos, H & D, Paris, 2005. ISBN 2914 266 04 9

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%ADcia