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Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 1 de 23 ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA COMISSÃO CENTRAL DE 1 GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Aos quatorze 2 de novembro do ano de dois mil e dezessete, reuniu-se a Comissão Central de 3 Graduação, na sala de reuniões do Conselho Universitário no prédio da 4 Reitoria, primeiro andar, na Cidade Universitária “Zeferino Vaz", em Campinas, 5 sob a presidência da Professora Doutora Eliana Martorano Amaral - Presidente 6 da CCG e com a presença dos seguintes Membros Coordenadores de 7 Cursos de Graduação: Professores Doutores: Abner de Siervo, Adriana Nunes 8 Ferreira, Adriana Vitorino Rossi, Alexandrina Monteiro, Aluísio de Souza 9 Pinheiro, André Ricardo Fioravanti, Antônio Carlos Luz Lisboa, Christiane 10 Marques do Couto, Cláudio Chrysostomo Werneck, Eduardo Alves do Valle 11 Júnior, Eduardo Cardoso de Abreu, Emília Wanda Rutkowski, Erica C. Marocco 12 Duran, Filipe Mattos Salles, Flavio Henrique Baggio Aguiar, Lauro José 13 Siqueira Baldini, Leandro Aparecido Villas, Lucilene Reginaldo, Márcio Augusto 14 Damin Custódio, Marcos Akira d’Avila, Mônica Graciela Zoppi Fontana, Paulo 15 Clóvis Dainese Junior, Paulo Eduardo Neves F. Velho, Paulo José Siqueira 16 Tiné, Priscila Gava Mazzola, Rafael Augustus de Oliveira, Renato da Rocha 17 Lopes, Ricardo Miranda Martins, Rosa Cristina Cecche Lintz, Tiago Zenker 18 Girelli e Wanilson Luíz Silva. Como Convidados Permanentes: José Alves de 19 Freitas Neto, Edvaldo Sabadini, Orlando Carlos Furlan e Mara Patrícia Traina 20 Chacon Mikahil. Compareceram também os Coordenadores Associados: 21 Professores Doutores: Maria Inês Freitas Petrucci dos Santos Rosa, Marco 22 Carlos Uchida e os Representantes discentes: Aldair Silva Miranda, Luiz 23 Renato Valadão Moreira e Mateus Pereira do Carmo. Foram encaminhadas as 24 justificativas de Ausência: Carmenlúcia Santos G. Penteado, Débora Cristina 25 Jeffrey, Eduardo Okamoto, Gisele Busichia Baioco, Marisa Martins Lambert, 26 Milena Pavan Serafim e Susana Soares Branco Durão. Havendo o quórum 27 legal, a senhora Presidente declara aberto os trabalhos da Reunião 28

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Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 1 de 23

ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA COMISSÃO CENTRAL DE 1

GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Aos quatorze 2

de novembro do ano de dois mil e dezessete, reuniu-se a Comissão Central de 3

Graduação, na sala de reuniões do Conselho Universitário no prédio da 4

Reitoria, primeiro andar, na Cidade Universitária “Zeferino Vaz", em Campinas, 5

sob a presidência da Professora Doutora Eliana Martorano Amaral - Presidente 6

da CCG e com a presença dos seguintes Membros – Coordenadores de 7

Cursos de Graduação: Professores Doutores: Abner de Siervo, Adriana Nunes 8

Ferreira, Adriana Vitorino Rossi, Alexandrina Monteiro, Aluísio de Souza 9

Pinheiro, André Ricardo Fioravanti, Antônio Carlos Luz Lisboa, Christiane 10

Marques do Couto, Cláudio Chrysostomo Werneck, Eduardo Alves do Valle 11

Júnior, Eduardo Cardoso de Abreu, Emília Wanda Rutkowski, Erica C. Marocco 12

Duran, Filipe Mattos Salles, Flavio Henrique Baggio Aguiar, Lauro José 13

Siqueira Baldini, Leandro Aparecido Villas, Lucilene Reginaldo, Márcio Augusto 14

Damin Custódio, Marcos Akira d’Avila, Mônica Graciela Zoppi Fontana, Paulo 15

Clóvis Dainese Junior, Paulo Eduardo Neves F. Velho, Paulo José Siqueira 16

Tiné, Priscila Gava Mazzola, Rafael Augustus de Oliveira, Renato da Rocha 17

Lopes, Ricardo Miranda Martins, Rosa Cristina Cecche Lintz, Tiago Zenker 18

Girelli e Wanilson Luíz Silva. Como Convidados Permanentes: José Alves de 19

Freitas Neto, Edvaldo Sabadini, Orlando Carlos Furlan e Mara Patrícia Traina 20

Chacon Mikahil. Compareceram também os Coordenadores Associados: 21

Professores Doutores: Maria Inês Freitas Petrucci dos Santos Rosa, Marco 22

Carlos Uchida e os Representantes discentes: Aldair Silva Miranda, Luiz 23

Renato Valadão Moreira e Mateus Pereira do Carmo. Foram encaminhadas as 24

justificativas de Ausência: Carmenlúcia Santos G. Penteado, Débora Cristina 25

Jeffrey, Eduardo Okamoto, Gisele Busichia Baioco, Marisa Martins Lambert, 26

Milena Pavan Serafim e Susana Soares Branco Durão. Havendo o quórum 27

legal, a senhora Presidente declara aberto os trabalhos da Reunião 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 2 de 23

Extraordinária da CCG, cumprimenta a todos anuncia e a pauta única que será 1

discutida a proposta do edital para o novo formato do vestibular 2019. Antes 2

pede Prof. José Alves com apoio técnico do sr. Rafael Maia apresentarem a 3

síntese das opiniões emitidas pelas congregações. ORDEM DO DIA - I PARA 4

EMISSÃO DE PARECER – 1. NOVAS FORMAS DE INGRESSO – A Câmara 5

Deliberativa da COMVEST encaminha, de acordo com o cronograma 6

estabelecido no art. 4º da Del. CONSU-A-08/17, devidamente aprovado, 7

relatório elaborado pelo GT – Ingresso 2019, bem como proposta de 8

Deliberação CONSU acerca das novas formas de ingresso aos cursos de 9

graduação. O Prof. José Alves explica que traz os resultados finais depois da 10

votação da última votação da câmara deliberativa da COMVEST. Agradece a 11

todos os ingressantes do GT que contribuíram para o debate e aos 12

coordenadores que os auxiliaram nas discussões nas diversas Unidades. 13

Comenta que tiveram o retorno das 24 unidades favoravelmente ao 14

documento, fazendo ajustes pontuais, diz que ao final irá elencar alguns dos 15

temas. E que o resumo da proposta é bem mais simples que da outra vez e a 16

reformulação do PAAIS, a questão do SISU, a adoção das Cotas, o Vestibular 17

Indígena o Edital das Vagas Olímpicas e a proposta de ampliação do ProFIS. 18

Resumidamente é uma proposta diferente do quadro que veio da primeira vez, 19

e que para fica mais nítido no SISU manuseando 20% das vagas da Unicamp, 20

e o Vestibular “até 80%” das vagas. Explica que o termo até 80% das vagas, 21

por conta da análise que a Procuradoria já tem feito a respeito das vagas 22

adicionais que estão chamando de “overbooking”, talvez tenha que haver um 23

diálogo de negociação do ponto de vista jurídico que estas vagas tenham que 24

ser subtraídas do número do “até 80% das vagas regulares”. Então para que 25

entendam será até 80% e 20% do SISU, no caso 15% de Cotas no mínimo 26

tendo a franja de 12,2% quando os candidatos tiverem com notas acima da 27

nota mínima de opção para poder também atender os 37,2%, 27,2% do 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 3 de 23

Vestibular e 10% das Cotas pelo SISU. Resumidamente, a mudança do PAAIS 1

terá 40 pontos para o Ensino Médio Público, 20 pontos para o Ensino 2

Fundamental II, atuando essas notas da primeira e segunda fase. Para ter ideia 3

de como será o modelo atual 60+20 pontos, 90+30 pontos, tendo os 30 pontos 4

de PPI’s que deixam de atuar em um modelo que vai passar a existir, então 5

será 20, 40 e 60 pontos possíveis dentro da nota padronizada final. O professor 6

Jose Alves explica o que embasou os estudos foi a nota real dos candidatos 7

com a nota a pontuação do PAAIS atual e o que pretendem com esse sistema 8

mais equilibrado que está sendo proposta na mudança e que foi bem recebida 9

pelas Unidades. Sobre as cotas: a meta é de ter 37,2%, com 10% SISU, 15% 10

com piso no Vestibular Unicamp utilizando-se a nota mínima de opção. Explica 11

que a proposta será até 80% das vagas serão manuseadas pelo Vestibular, 12

sendo que 52,8% dessas vagas ficarão na ampla concorrência e outros 12,2% 13

ficarão na zona hibrida para os candidatos autodeclarados pretos e pardos 14

acima da nota mínima de opção que poderão ocupar esse percentual, já 15

chegando na meta dos 37,2%, ou independente da nota mínima de opção, de 16

15% para os autodeclarados pretos e pardos no Vestibular. E que pelo SISU 17

estão lidando com 20% das vagas fazendo com 10% delas sendo para os 18

estudantes vindos de Escolas Públicas, 5% para aqueles que são 19

autodeclarados pretos e pardos, e 5% para autodeclarados pretos e pardos 20

também com adicional de ser Escola Pública. Sobre o Vestibular Indígena: terá 21

a criação de provas específicas, de um novo Vestibular, uma outra prova com a 22

perspectiva de ter 2 vagas para cada um dos cursos apresentados no Slides, 23

mas explica que será objeto de discussão e debates e nova votação e consulta 24

as Unidades, e que pelo documento se tem a prerrogativa de que até 2021, 25

todos os cursos estejam adotando o Vestibular Indígena. Sobre o edital das 26

Vagas Olímpicas: o acesso sem vestibular, que seria buscar os alunos com alta 27

performance, manteve a ideia do “overbooking”, mas pelo que já expos, no 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 4 de 23

debate poderá esclarecer mais sobre a posição da Procuradoria da 1

Universidade a respeito disso. E que essas Vagas Olímpicas também será 2

objeto de um novo edital e consulta e será aprovado pela CCG e CEPE como 3

órgãos de assessoria ao CONSU para pode ser implementado. Quantos aos 4

resultados das 24 Unidades, a Câmara Deliberativa da COMVEST entendeu, 5

feitas as consultas a essas Unidades receberam alguns comentários pontuais a 6

respeito de alguns itens, nenhum deles foi extremamente marcante a ponto de 7

alterar a proposta original do grupo de trabalho por isso, foi transformada em 8

proposta de deliberação o que tinha sido estudo original da COMVEST. Há 9

propostas de quatro unidades, para a ampliação das vagas do SISU e destinar 10

também para vagas de ampla concorrência, e 2 unidades propuseram pela não 11

utilização das notas do SISU, considerando que os candidatos tem apenas 2 12

opções no SISU, e a Unicamp tem a maior parte dos seus cursos poucas 13

vagas, então não seria tão atrativas, e que ao invés de aderir ao SISU 14

diretamente pudessem utilizar um sistema próprio com as notas do ENEM, e 15

não obrigatoriamente no SISU o que daria aos potenciais candidatos maior 16

possibilidade de escolha. No PAAIS surgiram três propostas sugerindo a 17

inversão, de que o Ensino Fundamental II tivesse 40 pontos e não o Ensino 18

Médio, mas tecnicamente este dado interfere no número de candidatos de 19

Escola Pública aprovados pelas simulações feita pela COMVEST. A respeito 20

das cotas 4 unidades se manifestaram abertamente para revisar o mecanismo 21

de preenchimento das vagas e 1 quinta unidade sugeriu mais estudos sobre o 22

potencial das formas de ingresso, que foi o Instituto de Economia, então sobre 23

esse assunto foram apenas seis manifestações especificas então entenderam 24

que as demais 18 unidades concordaram com o sistema proposto. Comenta 25

que a questão das olimpíadas recebeu nove manifestações e a maioria delas 26

favoráveis, apenas uma unidade pediu que o tema fosse retirado de discussão, 27

que foi a Faculdade de Educação, as demais manifestaram algum tipo de 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 5 de 23

interesse na atuação. E que para o Vestibular Indígena houve oito 1

manifestações, algumas questionando que não é o momento para se começar, 2

e outras manifestam interesse em disponibilizar vagas, e uma delas já acenou 3

a negativa de oferecer vaga nesse primeiro momento, foram manifestações 4

pontuais a respeito do tema. Houve outros apontamentos sobre a questão da 5

permanência, e do mecanismo das pessoas com deficiência, e algumas 6

manifestações política em prol da melhoria da escola básica de Ensino Público. 7

Houve a sugestão da FEEC, que as vagas do ProFIS fossem contadas dentro 8

da ideia do “overbooking”, que é o ponto final. Em linhas gerais o documento 9

desta maneira, a Câmara da COMVEST considerou que não tinha autonomia 10

para subverter o que as Unidades tinham votado, sugeriu a CCG a aprovação 11

mandando o documento na integra aprovado por unanimidade e com um 12

parecer da Câmara Deliberativa, indicando que como há sugestões de 13

aperfeiçoamento, a respeito da Olimpíadas, do Vestibular Indígena e do 14

mecanismo de funcionamento com a questão do SISU, que essas ideias 15

fossem consideradas e incorporadas no mecanismo ou instruções normativas 16

da COMVEST futuras ou em perspectivas dos estudos que serão necessários 17

para as outras possibilidades de ingresso a Unicamp para 2019. A senhora 18

Presidente solicita aos presentes que se manifestem para esclarecimentos. 19

Informa que a partir da página 100 da pauta consta a proposta da Deliberação 20

o detalhamento do que pautaria os princípios, com a possibilidade de uma ou 21

outra alteração de redação visto que será necessário a revisão pela 22

Subcomissão de Legislação e Normas e após para aprovação no CONSU. O 23

representante discente Luiz Renato diz ter alguns comentários positivos e 24

outros negativos. Primeiro: é a questão da autodeclaração comenta que houve 25

fraudes em outras Universidades que adotaram o mesmo modelo, e diz que 26

que não sabe se é bom usar esse modelo, e que a alternativa não lhe parece 27

muito boa também, porque tanto a autodeclaração quanto estabelecer um 28

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tribunal racial acha pior, mas que ficar aberto a fraude também não é tão bom. 1

Diz que é um fato que já ocorreu na Federal do Rio Grande do Sul. Sobre o 2

PAAIS no item 1.1.2 da proposta da COMVEST entende que deveria ser mais 3

igualitário entre os cursos, e dar a mesma quantidade de pontos em todos 4

cursos, vai criar um diferenciamento, deveria ser mais individualizado, pegando 5

o desvio padrão de cada curso no Vestibular e adotando os bônus a partir 6

disso, para que se tenha o mesmo significado de bônus, independente do 7

curso aplicado ao invés do mesmo número de ponto a mais. E que no ponto 8

1.1.3 que fala “que não há discrepância de rendimento acadêmico entre os 9

optantes pelo PAAIS, e os estudantes que entraram sem bonificação”, diz 10

haver estudos que mostra que existe em exatas essa discrepância. Comenta 11

que no 1.4.1, sobre a bonificação para os estudantes do Ensino Fundamental II 12

acha a decisão muito boa, pois, colocar só para os estudantes do Ensino 13

Médio, sendo que eles podem ter feito todo o Ensino Fundamental em escola 14

particular não é uma medida que faz a diferenciação social. No ponto 1.5.4 15

concorda que adotando a cota não faz sentido a bonificação para os PPIS 16

continuarem. Diz achar o ProFIS o melhor programa de inclusão social e que 17

será muito bom a sua expansão para Limeira e Piracicaba. No 3.3.2 sobre o 18

SISU que fala sobre a nota mínima que cada curso poderá adotar em cada 19

uma das áreas do ENEM, também é muito bom pois, precisam estabelecer 20

algo em que realmente saiba que os ingressantes tenham a capacidade 21

mínima de acompanhar o curso. Sobre a questão das cotas étnicos raciais, 22

critica dizendo que racismo é diferenciar os povos por questões que não 23

diferenciam de verdade e que cor da pele não muda em nada entre uma 24

pessoa e outra, e que para ele cotas são racismo e não existe racismo positivo. 25

No 4.3.2 onde diz “que a meta é ter o percentual de população que se declaro 26

preto e parda no Estado de São Paulo”, não vê muito sentido, porque ao seu 27

ver a meta deveria ser esse percentual dos formandos do Ensino Médio, que é 28

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diferente do percentual total. E que no 4.3.4-b, fala “que o compromisso de 1

programa de cota deve ser acompanhado de efetivos programas de apoio a 2

permanência, desenvolvimento acadêmico”, concorda com isso, mas a questão 3

é falta verba e que o fluxo está sendo invertido. Acha que primeiro o orçamento 4

da Universidade deve ser arrumando só para depois o programa ser 5

implementado. No 4.4.4 onde diz “que a reserva de vaga no Vestibular, de 15% 6

representa o mínimo de participação”, ou seja, que mesmo que os alunos não 7

tenham atingido nota mínima, será colocado na Unicamp, para ele perde o 8

sentido baixar a nota mínima para atingir um certo percentual. Sobre o 9

Vestibular Indígena no 5.1.2, que diz “que precisaria ser um vestibular 10

diferenciado”. Fala que a educação brasileira tem diferença em várias regiões. 11

No 5.2.5 que fala sobre a garantia de espaço dos indígenas, fala que nunca viu 12

durante esses anos que está na Universidade, alguém barrar alguma 13

manifestação indígena ou algo do tipo. No 5.4.5 “que sugere ficar a vagas 14

desperdiçadas por estudantes acompanhados de bolsa permanência”, além 15

disso acha que é necessário verificar as condições financeiras dos indígenas 16

para a permanência na Universidade. No ponto 6, é a melhor ponto da 17

proposta, pois realmente precisam pegar os alunos de alta performance devem 18

vir para a Unicamp. Critica o fato de se usar a nota do Ensino Médio como 19

forma de acesso por conta da diversidade da educação brasileira. O Prof. 20

Abner diz que sua questão é para o esclarecimento das vagas por olimpíadas, 21

para o processo de preenchimento, entenderam que serão convocados num 22

edital a parte, questiona o que utilizar como discriminador, se for necessário 23

usar talvez uma nota como o ENEM. Pelo que entendeu, seria chamado o 24

percentual que fosse decidido pelas Unidades envolvidas até 10%, esses 25

alunos seriam chamados primeiro como overbooking, por outro lado 50% dos 26

que foram convocados pelas Vagas Olímpicas, confirmarem a matricula. 27

Entende que esse número será subtraído do número da quantidade de vagas 28

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totais do curso. A senhora Presidente salienta a necessidade de focarem na 1

proposta da deliberação. Em relação a autodeclaração receberam a visita do 2

secretário Nacional da Secretaria de Proteção e Promoção da Igualdade 3

Racial, a discussão sobre autodeclaração e da fraude do tribunal, tinham a 4

percepção do tribunal como inadequado, mas na verdade fora demandado para 5

a Unicamp que fosse dessa forma o procedimento de avaliação. A sugestão 6

que tinha se pensado a respeito da autodeclaração com uma declaração 7

assinada do candidato se comprometendo a respeito de sua declaração 8

tentando evitar o Tribunal Racial. Quanto a questão dos estudantes PAAIS ou 9

não das Exatas pede que algum professor dessa área possa comentar a 10

questão mais especificamente. Quanto a expansão do ProFIS, em 2018 será 11

montado um grupo de trabalho específico sobre o ProFIS. Comenta que o 12

ProFIS hoje passa do pressuposto de uma bolsa para todos os estudantes, 13

isso terá que ser repensado. Já havia uma previsão de expansão do programa 14

de permanência estudantil. Existe uma proposta de expansão de 11% do 15

orçamento na previsão do aumento de demanda. A questão das Vagas das 16

Olímpica, pede para o Prof. José Alves e o sr. Rafael Maia, falarem mais sobre 17

a questão. Lembra que conceitualmente as Vagas Olímpicas não serve só para 18

estudantes de olímpiadas, então se trata de um nome “fantasia”, mas ele se 19

amplia além do mecanismo específico. O Prof. José Alves responde que a ideia 20

do preenchimento um dos anexos do documento vai a proposta do algoritmo, 21

primeiramente serão preenchidas as vagas vindas do SISU, depois serão 22

preenchidas a cotas tendo no mínimo os 15% e avançando mais 12,2%, ou 23

outros itens se tiver o percentual de rendimento dos estudantes em seguida as 24

vagas do vestibular fechando o primeiro conjunto. Em seguida será o Vestibular 25

Indígena e as Vagas das Olimpíadas entrando como “overbooking”, todas as 26

vagas não preenchidas retornam para o vestibular, pois o vestibular continuará 27

sendo o principal instrumento de acesso a Universidade, manuseando até 80% 28

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das vagas. O prof. Paulo Dainese pergunta se o algoritmo descrito, corre todos 1

os passos respeitando a nota mínima e se volta depois isso. O Prof. José Alves 2

responde que só será desrespeita a nota mínima no caso de cursos que não 3

tenha nem 15% de autodeclarados. O sr. Rafael comenta que em relação a 4

nota mínima é um critério que o vestibular já utiliza há muitos anos, ele não é 5

uma nota de exclusão é só um critério de como será gerada a lista de 6

classificação, a primeira parte são os alunos de primeira opção que tem nota 7

acima da nota mínima e a segunda parte todos os demais alunos. O prof. Paulo 8

Dainese que muda o cenário pois existe em paralelo as Vagas Olímpicas, se 9

avança além da nota mínima, as vagas que poderiam ser preenchidas com os 10

candidatos das olímpiadas, não poderiam mais preencher. O sr. Rafael 11

responde dizendo que não por que os candidatos das olimpíadas serão 12

convocados em primeira chamada. O Prof. José Alves responde que todas as 13

pessoas serão convocadas para fazerem a matrícula no mesmo dia. A 14

senhora Presidente pergunta se na proposta das Vagas Olímpicas elas serão 15

preenchidas antes da lista avançar. O Prof. Aluísio pergunta se o algoritmo e o 16

que o professor José Alves está dizendo se são duas coisas diferentes. Então 17

que a dúvida sobre as Vagas Olímpicas vem do fato de que serão convocados 18

primeiramente os selecionados do SISU, após serão transferidas as vagas do 19

SISU não preenchidas, depois para os selecionados da primeira chamada do 20

vestibular com todos os critérios já citados, e só após serão convocados os do 21

Vestibular Indígena e os da Olímpiadas. O Prof. José Alves informa que a 22

discussão está sendo feita conforme o documento circulou e como está. Diz 23

que o que está sendo discutido na Procuradoria é que talvez por conta de 24

questionamentos de outra natureza de outra ordem, daquele candidato que se 25

sentirá excluído, estão ainda em discussão do ponto de vista jurídico, que as 26

unidades declararem que são vagas extras. A senhora Presidente salienta que 27

ainda que tenha problema de fluxo, o importante é entender que para as 28

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unidades que querem ter estudantes também selecionados através desse outro 1

critério especial que isso esteja no “fluxo de preferência”, visto que é grande 2

esforço que está sendo feito. E que a questão legal se aplica ao uso do 3

“overbooking”, essa termologia será discutida pela Procuradoria Geral. O Prof. 4

Flávio comenta a respeito do “overbooking” algumas unidades no primeiro 5

momento aumentará o número de vagas, porém esse aumento acaba a partir 6

da segunda chamada. Questiona se existe um levantamento sobre as unidades 7

que terão um aumento real no número de vagas. O Prof. José Alves responde 8

que em nenhuma, que em toda história do vestibular da Unicamp nunca houve 9

caso de cursos que foram preenchidos 100% das vagas na primeira chamada. 10

A senhora Presidente comenta que a maioria das pessoas não tem noção de 11

qual é o perfil dos alunos com relação a nota mínima. O Prof. Aluísio queria 12

entender porque que na questão da autodeclaração os números são baseados 13

na autodeclaração que as pessoas fazem durante o CENSO, pergunta o 14

porquê a autodeclaração do CENSO tem valor legal e não tem valor para a 15

entrada o processo do vestibular. O Prof. José Alves responde que em sua 16

leitura a autodeclaração é insuficiente, porém como política pública existem as 17

suspeitas a respeito de vagas e devem ser acompanhadas para evitar 18

possíveis fraudes. Diz que as experiências das Universidades como um todo 19

são muito variadas. A Profa. Lucilene comenta que o mecanismo da 20

autodeclaração tendo sido utilizado na maioria das instituições no Brasil desde 21

2002. Diz que não entendeu o posicionamento da SEPPIR já tinha sido 22

validando esse mecanismo da autodeclaração. Acha que a Unicamp quanto 23

universidade tem autonomia para decidir o que fazer. Acha o termo “tribunal 24

racial” pejorativo. A senhora Presidente esclarece que só utilizou o termo por 25

ser usado rotineiramente pelas pessoas e que foi surpreendida com a 26

informação do secretário que não recomenda a autodeclaração. O 27

representante discente Luiz Renato comenta não ser a favor do tribunal e diz 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 11 de 23

achar as duas medidas erradas. Diz que a respeito do CENSO não traz 1

nenhum benefício a mais do que o outro, enquanto a autodeclaração no 2

Vestibular trará esse benefício. O Prof. Aluísio comenta que o problema é muito 3

sutil e que até o nome fraude lhe parece improcedente numa situação dessa 4

porque o indivíduo pode ter feito a autodeclaração muitas vezes. Gostaria de 5

fazer um paralelo no caso das pessoas com deficiência, é um problema muito 6

sério, pois na página da COMVEST consta que existe cerca de 9,6 milhões de 7

deficientes no estado de São Paulo e 43,6 milhões no Brasil. Fala que em 2015 8

o IBGE divulgou os dados do PNOS onde consta 6,2% de deficientes na 9

população brasileira, então autodeclaração e a percepção de que é uma 10

deficiência é bem diferente para pessoa que está falando e para poder definir 11

políticas públicas. Cabe a Unicamp decidir se a deficiência declarada traga a 12

ela desvantagens de forma que tenhas que trazê-la para dentro da Unicamp de 13

uma forma diferente da pessoa que não tenha essa deficiência. O Prof. José 14

Alves esclarece que as informações da página da COMVEST foram dadas pelo 15

Secretário Adjunto da Pessoa com Deficiência que é uma autoridade 16

legitimamente constituída. Diz ser um leque muito mais amplo do que falar 17

apenas de deficiência física. O Prof. José Alves explica que na Unicamp há 18

uma comissão específica presidida pelo Dr. Chaim e por membros da comissão 19

deliberativa para pontuar os laudos médicos recebidos. A senhora Presidente 20

solicita informações sobre o número de deficientes e que merece um GT 21

especial. O Prof. José Alves informa que entre os quase 84 mil candidatos do 22

Vestibular são 350 candidatos, sendo que destes 80% são portadores de 23

TDAH e é para o curso de medicina. Dos candidatos que precisarão de 24

necessidades especiais como tradutor, libras, o índice cai para um número de 25

pouco mais de trinta e poucas pessoas. O Prof. Aluísio a respeito a questão do 26

Vestibular Indígena estão fazendo um vestibular para inclusão indígena que 27

preserve ao máximo as características da educação que eles têm. Questiona a 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 12 de 23

possibilidade da entrada deles paralela ao PROFIS, porque força-los a entra 1

diretamente em cursos e como será a entrada deles. Diz que da forma como 2

está sendo feita vão encontrar uma dificuldade maior de ingresso. Fala sobre a 3

dificuldade inicial dos alunos do PAAIS, porém se recuperam ao longo do 4

tempo. O Prof. José Alves explica que não houve propostas de cursos 5

diferentes para esses grupos. O Prof. Aluísio diz ser difícil entender porque as 6

vagas do SISU são tão compartimentalizadas, pois irá naturalmente afastar os 7

alunos que fazem o ENEM. Diz que da maneira como está provavelmente as 8

vagas voltarão para o vestibular por falta de candidatos. Sugere as proporções 9

como estavam de 75/ com15 e 20 com 5, as proporções de PPIS dentro dos 10

dois grupos e ainda restariam 20% das vagas para a ampla concorrência no 11

SISU, está escrito no documento do GT que querem diversidade regional. Acha 12

muito triste excluir pessoas que não tem condições de vir a Campinas realizar o 13

vestibular, porque estudaram um ano em escola provada. O Prof. Tiago diz que 14

haverá uma dificuldade grande de usar o SISU como a USP tem por conta do 15

número de vagas. Diz ver com bons olhos alternativamente a questão de se 16

usar o ENEM ao invés do SISU. E da forma como está, a experiência da USP 17

mostra estar fadado ao fracasso. Diz que pode ser feito um sistema próprio 18

usando o ENEM e não será necessário fixar o número de vagas. Acha que se 19

deve aumentar a visibilidade do ENEM para que o aluno enxergue que a 20

Unicamp utilizará essa nota. A senhora Presidente pede que seja informado se 21

o debate aconteceu dentro do GT. O Prof. José Alves diz que num primeiro 22

momento não tinham sido considerados a formatação da proposta. Concorda 23

com o professor Aluísio e Tiago que a excessiva fragmentação poderá 24

afugentar os candidatos. Diz que num segundo instante viu-se a possibilidade 25

de trazer o ENEM, porém somente duas unidades manifestaram claramente 26

em prol do ENEM, como proposta é uma normativa de Deliberação que será o 27

CONSU que irá definir, não se sentiram legitimados como GT para subverter o 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 13 de 23

entendimento de outras 22 Unidades que nãos se manifestaram. Diz que a 1

proposta deve ser aperfeiçoada e que particularmente entende que o ENEM 2

trará muitos benefícios e permitirá que o estudante tenha mais de duas opções. 3

O Prof. Abner comenta que o IFGW fez uma opção diferente para evitar a 4

fragmentação, e que pela especificidade da Física da quantidade de vagas 5

disponíveis, os 20% reservados, ainda seria um atrativo e teria visibilidade, do 6

ponto de vista da concorrência aos candidatos, se utilizado o SISU. Ressalta 7

que, em havendo o entendimento geral pelo ENEM, sua unidade daria o apoio. 8

A senhora Presidente comenta que começa a existir sugestões de mudanças e 9

que merecem ser analisadas para haver uma proposta da CCG, caso haja 10

consenso. Assim pede aos demais inscritos para prosseguirem com as 11

manifestações. O Prof. Ricardo diz que trocar SISU por ENEM resolve muito 12

dos problemas da proposta e é uma direção para resolver a 13

compartimentalização. Ressalta que a troca pode prever possíveis atritos de 14

calendário e atrasos na nota, como já ocorreu outrora e que impossibilitou o 15

uso pela universidade. E da ideia de que o SISU trará visibilidade para a 16

universidade, comenta que, dificilmente o aluno que tenha capacidade de ser 17

aprovado na Unicamp não saiba da sua existência, pelos rankings, pela 18

excelência e demais fatores. E finalizando, afirma ter dúvidas com relação ao 19

algoritmo exato utilizado, e exemplificando, questiona o que acontecerá com a 20

nota mínima de opção. Ressaltando que o GT indica ter utilizado o algoritmo 21

proposto pelo IMECC, que ao seu ver não foi utilizado como proposto, que 22

seria mais interessante, chamar a nota mínima de opção até atingir as cotas e 23

em seguida chamar os candidatos de segunda opção. O senhor Rafael Maia 24

explica que o critério é priorizar os candidatos de primeira opção que obtiveram 25

nota acima da nota mínima, e na sequência entram na lista de chamada os 26

candidatos de segunda opção que atingiram a nota mínima e os de primeira 27

opção que não atingiram a nota. Ressaltando que este procedimento é o que 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 14 de 23

vem sendo utilizado, e não é novidade no processo. A Profa. Lucilene 1

parabeniza o GT pelo trabalho impressionante, e pelo debate que ocorreu nas 2

unidades da Unicamp. Fala de uma série de questões que estão sendo postas 3

em discussão que são questões que devem ser pensadas e ponderadas para a 4

proposta de ingresso para 2019. Comenta que outras devem ser amadurecidas 5

num médio prazo, pois será necessária uma avaliação do mecanismo e uma 6

avaliação da própria política. Diz que no caso do IFCH foram feitas algumas 7

considerações que podem ser pensadas para o aperfeiçoamento desse 8

mecanismo. Entende que no conjunto das propostas, algumas são aplicáveis 9

para 2019 e as outras devem ser pensadas posteriormente, num mecanismo 10

de aperfeiçoamento. Comenta sobre o vestibular indígena, que há uma 11

discussão acumulada sobre o assunto no Brasil, tendo desde vestibulares 12

pequenos até grandes ações, como no Rio Grande do Sul, que é muito 13

importante, até do ponto de vista quantitativo, esclarece. Coloca outra questão 14

que é da demanda indígena em relação a Universidade e da importância de 15

saber o que esperam desta oferta. Afirma que do ponto de vista constitucional 16

os indígenas têm direito a educação diferenciada e universidade ao incorporá-17

los no processo estará cumprindo o que se propõe a Lei. Observa que do ponto 18

de vista da diversidade cultural e regional, há a questão da maioria dos 19

indígenas terem o português como segunda língua. Pensa que há uma 20

proposta muito básica para o vestibular indígena e muitas questões que 21

precisam ser discutidas e aprimoradas. Fala que as comunidades indígenas 22

devem ser ouvidas para demostrarem qual é o interesse nos cursos da 23

universidade e não apenas as unidades manifestarem seu interesse de ofertar. 24

Afirma que alguns cursos já há o conhecimento da universidade de qual o 25

interesse da comunidade indígena, como Enfermagem e História, explicando 26

que estes são alguns dos demandados em outras universidades. Acrescenta, 27

colocando que, outra questão para o conjunto de demandas de 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 15 de 23

aperfeiçoamento estão os debates da autodeclaração e da fraude, e que 1

evidentemente não será possível voltar atrás da Deliberação CONSU de 30 de 2

maio de 2017. Autentica que há uma discussão acumulada nas diversas 3

instâncias da universidade com relação a questão, e que há dados para o 4

embasamento, não havendo como se esquivar da inobservância do fato de 5

quem é negro de fato, e das diversas particularidades envolvidas, do ponto de 6

vista histórico e sociológico. Acrescentando dados recentes de pesquisa sobre 7

a renda da população, os salários pagos e itens afins. Lembra também da 8

política de cotas da UERJ que permite a observação, visual até, da inserção do 9

negro à educação superior, o que corrobora que a fraude não é o que 10

constituiu aquela população inserida no campus. Dando sequência, a senhora 11

Presidente comenta da demanda dos indígenas, e que já há um indicativo, 12

inclusive compartilhado com a CPFP, da criação de um curso de Licenciatura 13

Indígena, que deve respeitar as particularidades culturais, e questões como de 14

calendário e estrutura curricular como um curso contínuo ou um curso em 15

módulos, que melhor os atenda. Acrescenta que o papel da Unicamp hoje é de 16

aprovar uma deliberação, e elencar as questões que podem ainda ser 17

aperfeiçoadas para 2019. Afirma que, particularmente, vê a questão dos 18

indígenas e dos PCDs, para o aperfeiçoamento e estudos específicos, e que 19

pelo manifestado pelos membros, a questão da substituição do SISU pelo 20

ENEM é medida imediata. A Profa. Alexandrina menciona a fala da Profa. 21

Lucilene e os pontos por ela levantados, e acrescenta da educação indígena, 22

que não se trata de incorporara-los ou de nivela-los e sim de uma educação 23

intercultural, de uma outra dimensão de educação e de mudança. Fala que a 24

Unicamp tem muito a ganhar com a convivência com essas pessoas. Comenta 25

não ter se convencido da razão da valorização de pessoas que fazem 26

olimpíadas. Diz não estar claro o porquê do privilégio desses alunos, já que 27

está sendo pensado num processo de inclusão. O Prof. Eduardo Valle, pede 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 16 de 23

um aparte, colocando que o ponto em pauta é o ingresso, e vê como uma 1

oportunidade ímpar a discussão. Diz que um ponto nevrálgico é a temática da 2

inclusão, que não é apenas uma questão de justiça social. Afirma que vem 3

discutindo com os colegas do instituto e insistido, quando questionado do 4

porquê das cotas raciais desvinculadas à questão social, que a questão da 5

diversidade racial não é apenas de interesse da sociedade, mas também de 6

interesse pedagógico da universidade, uma vez que, a promoção de uma 7

experiência de convivência mais diversa dentro da Universidade, provoca uma 8

experiência de ensino melhor. Afirma ser de interesse, como coordenador de 9

graduação, ter a inclusão étnico racial não somente como justiça racial. 10

Acrescenta que outro ponto do ingresso é a oferta de vagas para este público 11

de destaque. Acha importante atrair os candidatos de excelência intelectual 12

que vierem através das olimpíadas, pois eles podem ser aprovados na 13

Unicamp sim, mas também em qualquer Universidade do Brasil. Diz achar 14

importante zelar pela diversidade em todos os sentidos, inclusive dar 15

oportunidade desses candidatos que demonstram excelência de maneira não 16

convencional. A senhora Presidente comenta que o debate das cotas étnico 17

raciais, trouxe à tona a questão da ampliação das formas de acesso para a 18

Unicamp. Diz que o que a comunidade tem tentado fazer é pensar a ampliação 19

das diferentes maneiras de acesso, que não sejam excludentes, que não seja 20

exclusivamente o clássico vestibular e que atendam as diferentes demandas. A 21

Profa. Alexandrina diz que, pensando na perspectiva de que é a Unicamp que 22

tem interesse nestas pessoas de bom desempenho, há a necessidade de 23

incluir outros ofertantes de excelência, como as competições físicas como 24

corridas, onde cita a São Silvestre, que poderia ofertar alunos para o curso de 25

Educação Física ou então uma pessoa com ótimo desempenho musical para o 26

curso de Música. E questiona, se esse é o intuito da questão. A senhora 27

Presidente responde ser este o intuito dos indicadores e que cada unidade 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 17 de 23

poderá definir seus critérios. O Prof. José Alves comenta que o Instituto de 1

Artes se manifestou a favor da deliberação na questão das Artes e Dança, 2

assim como as escolas agrícolas também poderão ser comtempladas no perfil. 3

O Prof. Renato diz que a impressão da FEEC é que o PAAIS é um mecanismo 4

que favorece alunos que não precisam e isso afeta principalmente os cursos de 5

alta demanda e que é um fator de alerta na Engenharia Elétrica, pois seus 6

alunos são provenientes de escolas técnicas, com melhores condições de 7

aprovação e foram beneficiados pelo sistema sem que necessitassem dessa 8

pontuação. O Prof. Ricardo diz concordar com as falas anteriores. Comenta 9

que o nome olimpíada veio do IMECC, pois estão acostumados a atrair esse 10

tipo de aluno. Fala sobre o evento realizado no instituto onde os alunos são 11

chamados para palestras e isso tem funcionado. Diz achar que a estratégia 12

funciona bem, desde que seja feito uma boa propaganda. Querendo ou não 13

isso funciona mais como marketing e concorda com a Profa. Alexandrina, 14

esses alunos já iriam passar no vestibular, e como eles são bons porque não 15

os pegar primeiro? Isso acaba divulgando a universidade e trazendo os 16

talentos para dentro da universidade. Fala que essa estratégia funcionará muito 17

bem para os demais cursos também e não somente para os cursos de exatas. 18

Sugere, inclusive, que seja utilizado outro nome e não “olimpíada” como vem 19

sendo usado. O Prof. Abner diz concordar com as falas anteriores e comenta 20

ter um aluno medalhista de ouro na olimpíada de física e que decidiu vir para a 21

Unicamp após visita. Fala que nas Universidades Internacionais a briga pelos 22

talentos é bastante agressiva. O Prof. Paulo Tiné diz que no caso Instituto de 23

Artes não houve concordância e optou-se pelos dois caminhos, por exemplo, 24

no caso dos cursos de música eles já vem bem preparados de um curso 25

técnico então irão bem no vestibular, já no caso da dança era interessante o 26

uso da “olimpíada”. A Profa. Maria Inês comenta que que pensando no ensino 27

médio o currículo é espaço de luta, e nem todos as disciplinas escolares tem o 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 18 de 23

mesmo espaço e mesmo status. Então a princípio no c comum, se o aluno é 1

bom de matemática ele é bom em tudo, mas ele for bom em educação física e 2

arte será que eu também vou pensar que é bom em tudo? Relata que isso faz 3

parte do imaginário social, se sabe matemática e física é bom em tudo, e isso, 4

para ela, já é um pressuposto equivocado. Diz que o vestibular também tem um 5

papel social, e o que estão pensando em termos de ingresso na educação 6

superior. Para ela, o ingresso na educação superior passa por um crivo/filtro, 7

que olha a formação integral do aluno no ensino médio, se ele sabe escrever, 8

seus conhecimentos de história, geografia física, química, biologia e 9

matemática, se é capaz de escrever uma redação argumentativa. Para ela, a 10

Unicamp estará incorrendo em um grande equívoco ao chanceler essa forma 11

de ingresso, olhando exclusivamente por um campo de conhecimento. O 12

ingresso na educação superior está atrás de talentos ou está atrás de jovens 13

que se formaram de maneira integral para que possam dar sequência a sua 14

escolaridade? Frisa que pessoalmente, acho que existe um equívoco muito 15

grande e lamenta que a Unicamp esteja de forma “inovadora” incorrendo nesse 16

equívoco. O Prof. Aluísio diz que a beleza da Universidade está na diversidade 17

e se certas áreas não têm interesse em captar talentos que não tenham uma 18

formação completa não são obrigados a isso. Porém as áreas que tem esse 19

interesse devem ter liberdade para tal. Diz que quanto ao ser bom em 20

matemática e física é gerar uma ideia preconcebida de que a pessoa é boa em 21

tudo, informa que em países como Alemanha e França a formação matemática 22

é central e é utilizada para ingresso na universidade nesses países, bem como 23

nas universidades dos Estados Unidos, como citado anteriormente pelo Prof. 24

Abner. Diz que existem exemplos do mundo inteiro, e não devemos fechar 25

nossos olhos para esses exemplos, além disso, não estamos querendo impor 26

as outras áreas, nós, do IMECC, só estamos querendo fazer o que nós 27

achamos que é adequado para as nossas áreas. Infelizmente nós vemos que a 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 19 de 23

diversidade da universidade as vezes funciona só para um lado, e quando 1

chega a hora de deixar os outros usarem a diversidade para seus próprios fins, 2

aparecem as opiniões contrarias a diversidade. O Prof. Eduardo Valle diz 3

concordar que o ponto da formação integral é o ponto central da Universidade, 4

porém existe a questão das necessidades diferenciadas e das particularidades 5

dos cursos de Ciências Exatas. Diz que o extremo talento de um candidato 6

mesmo apresentando algumas deficiências permite que faça contribuições 7

extraordinárias nas áreas a ponto de compensar as deficiências. Diz querer 8

pleitear o espaço de liberdade e diversidade para esse pequeno número de 9

candidatos, respeitando as especificidades da área. A Profa. Alexandrina 10

comenta que lhe pareceu ser algo específico das exatas, porém entendeu estar 11

aberta para que todas as áreas possam propor caso tenham interesse. O 12

representante discente Luiz Renato comenta que o que está sendo esquecido 13

é que a classificação das olimpíadas levará em conta a nota do ENEM e terá a 14

formação integral. Comenta que existem várias olimpíadas que não se 15

enquadram nessa formação, mas muitas vezes são ainda mais importantes 16

para determinados cursos do que a formação integral. Cita como exemplo a 17

olimpíada de informática e para o curso de Computação acaba sendo 18

importante. Comenta sobre os 20% de vagas do ENEM e diz achar errada a 19

diferenciação que está sendo feita nas cotas, mas ainda mais errada é a 20

exclusão feita no ENEM dos alunos das escolas particulares. O Prof. Paulo 21

Velho parabeniza o grupo pelo trabalho feito no período recorde. Lembra a 22

todos que os candidatos com déficit de atenção se concentram nos cursos de 23

alta demanda. Diz que em relação as cotas também poderão haver 24

concentração de pessoas que usem de forma inadequada e isso não quer dizer 25

que a Medicina seja contra as cotas. O Prof. Cláudio agradece e parabeniza o 26

grupo pelo trabalho feito. Diz se assustar com as mudanças propostas pela 27

COMVEST, mas que vivendo outras experiências de mudanças promovidas 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 20 de 23

anteriormente, sabe do retorno bem próximo do proposto e esperado. Adverte 1

que todas as preocupações anteriormente colocadas, são importantes e 2

ressalta a questão das olimpíadas como benéfica, uma vez que a competição 3

pela obtenção de bons alunos, não se dá somente com as universidades 4

brasileiras, mas também com as internacionais de renome. Comenta da 5

preocupação particular do IB, pelo vestibular indígena, que da forma como está 6

parece prematura. Conta que surgiu a proposta de um curso especial para uma 7

educação diferenciada a eles, alertando para o choque cultural, e a falta de 8

conhecimento para poder tratar do assunto, além da importância da 9

estruturação para esta inclusão. A Profa. Lucilene comenta que se deve de fato 10

discutir o mecanismo. Diz ser favorável ao vestibular indígena e entender que 11

algumas áreas estejam menos preparadas para entender do que se trata o 12

assunto. Diz ter aprendido com a experiência de outras universidades que se 13

tem uma visão muito simplificado do que é o indígena na universidade, pois 14

aquele que vem para a universidade já tem um contato com o mundo escolar e 15

acadêmico, e já aprendeu português como segunda língua, e isso o aproxima 16

muito da academia. Fala que o vestibular indígena atende uma parcela da 17

população indígena que embora tenham uma identificação étnica, falem sua 18

própria língua, mas já tem uma inserção na comunidade ocidental muito 19

grande. Diz achar que a presença indígena na Universidade nos ensine que os 20

indígenas são muito diferentes do que aparece no senso comum. A Profa. 21

Mônica diz achar necessário pensar numa licenciatura específica para as 22

comunidades indígenas e que se deve manter a proposta, pois os cursos que 23

se manifestaram a favor da abertura das vagas têm conhecimento e 24

experiência acumulada, com experiências concretas junto as comunidades 25

indígenas. Considera que a demanda para essa formação para as 26

comunidades indígenas é urgente. Diz que por se tratar de vagas específicas e 27

vestibular específico deve ser votado o mais rápido possível. A Profa. Maria 28

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 21 de 23

Inês lembra da lei que altera a LDB de 30 de agosto de 2017, lei nº 13.478 que 1

fala de um mecanismo diferenciado acesso de profissionais do magistério aos 2

cursos de licenciatura por meio de um processo seletivo diferenciado. Diz achar 3

a lei interessante pois combate a história do notório saber e credencia o 4

professor como licenciado na Universidade, mas também poderá ser 5

interessante para se discutir a questão da licenciatura indígena e a questão das 6

escolas indígenas existentes nas comunidades que são escolas dos sistemas 7

estaduais educação, funcionam como escola urbana, porém estão dentro das 8

comunidades e que os professores não possuem licenciatura. Fala que a lei 9

vem ao encontro do debate e das diversas formas de ingresso na 10

Universidade. O Prof. Eduardo Abreu parabeniza o GT por conseguir como 11

bastante esforço uma percepção geral da Universidade com diversidade e 12

excelência. Acha a questão do ENEM uma decisão acertada e que colocará a 13

Unicamp junto a diversidade e excelência. Sobre as vagas olímpicas sugere 14

vagas de graduação de excelência na Unicamp. O Prof. Renato solicita 15

esclarecimento se a condução da mesa será a respeito do SISU e ENEM. A 16

senhora Presidente esclarece que os debates que chegaram após o GT serão 17

para subsidiar as discussões no CONSU. O Prof. Renato explica ser uma 18

demanda antiga da Engenharia Elétrica e reforça o pedido por vagas de ampla 19

concorrência. Solicita que entre no indicativo de debates no CONSU. A Profa. 20

Adriana Nunes parabeniza o GT pelo trabalho, pelo debate amplo feito em tão 21

pouco tempo. Diz nas audiências públicas ficou claro que já tem uma reflexão 22

importante sobre a questão do Vestibular Indígena. E outro ponto bastante forte 23

na audiência púbica é que a reflexão sobre política de ingresso não deve ser 24

separada da reflexão sobre política de permanência. Comenta que acontecerá 25

desafios importantes de ordem pedagógica, de acompanhamento psicológico, 26

formas de combate à discriminação. Reforça a importância de uma discussão 27

agora. A senhora Presidente comenta que a discussão da política de 28

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permanência e de apoio estudantil, também do ponto de vista das legislações 1

vigentes, passará por um trabalho de atualização. E não havendo mais 2

inscritos para o uso da palavra, a senhora Presidente solicita a manifestação 3

ativa da plenária, colocando em votação a proposta de Deliberação CONSU 4

elaborada pelo GT- Ingresso 2019, aprovada e encaminhada pela Câmara 5

Deliberativa da COMVEST com sugestão de alteração no Artigo 1º, inciso II e 6

seus desdobramentos no que diz respeito a substituição do uso do SISU pela 7

nota do ENEM e com indicativos de necessidade de revisão da nomenclatura 8

atribuída para as vagas de olimpíadas e da análise aprofundada da questão do 9

Vestibular Indígena. Com a manifestação ativa dos membros, o item é 10

aprovado, com trinta e quatro votos favoráveis, um voto contrário e uma 11

abstenção, nos termos indicados pela presidência na oportunidade da votação. 12

Em seguida, a senhora Presidente solicita aos representantes discentes 13

informações sobre a eleição da representação estudantil na CCG. O 14

representante discente Luiz Renato comenta que o sistema de eleição para 15

representante discente mudou nesse ano. Diz que antigamente era feito pelo 16

sistema de urnas e que neste ano a votação passou a ser online. Comenta que 17

na sua opinião foi muito bom pela maior neutralidade na eleição e que o ponto 18

a melhorar é a questão de navegadores de internet desatualizados. A senhora 19

Presidente reforça a necessidade de uma participação ativa com o maior 20

número possível de representantes discentes na CCG, e da importância da 21

mesma participação nas discussões dentro das próprias unidades. Após, 22

informa do oferecimento pelo EA² do encontro sobre “Políticas de Educação 23

Superior, regulação do trabalho Acadêmico e Internacionalização” as 14 horas, 24

com o Prof. Jaime Morales Vasques do México. E não havendo mais itens, a 25

senhora Presidente agradece a presença de todos, o empenho na discussão 26

de um tema de grande relevância e finalizada os trabalhos da Reunião 27

Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 23 de 23

Extraordinária da Comissão Central de Graduação, na Cidade Universitária 1

“Zeferino Vaz”, em 14 de novembro de 2017. 2