atlas minas gerais
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desastres naturaisTRANSCRIPT
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VOLUME MINAS GERAIS
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PRESIDENTE DA REPÚBLICAExcelentíssima Senhora Dilma Vana Rousseff
MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONALExcelentíssimo Senhor Fernando Bezerra de Souza Coelho
SECRETÁRIO NACIONAL DE DEFESA CIVILExcelentíssimo Senhor Humberto de Azevedo Viana Filho
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DEMINIMIZAÇÃO DE DESASTRESExcelentíssimo Senhor Rafael Schadeck
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAMagnífco Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina
Professor Álvaro Toubes Prata, Dr.
Diretor do Centro Tecnológico da Universidade Federal
de Santa Catarina
Professor Edson da Rosa, Dr.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS EPESQUISAS SOBRE DESASTRESDiretor Geral
Professor Antônio Edésio Jungles, Dr.
Diretor Técnico e de Ensino
Professor Marcos Baptista Lopez Dalmau, Dr.
Diretor de Articulação Institucional
Professor Irapuan Paulino Leite, Msc.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E EXTENSÃOUNIVERSITÁRIA
Superintendente Geral
Professor Pedro da Costa Araújo, Dr.
Esta obra é distribuída por meio da Licença Creative Commons 3.0
Atribuição/Uso Não-Comercial/Vedada a Criação de Obras Derivadas / 3.0 / Brasil .
Catalogação na publicação por Graziela Bonin – CRB14/1191.
Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Estudos e
Pesquisas sobre Desastres.
Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Minas Gerais /Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis:
CEPED UFSC, 2011.
95 p. : il. color. ; 30 cm.
Volume Minas Gerais.
ISBN 978-85-64695-15-3
1. Desastres naturais. 2. Estado de Minas Gerais - atlas. I. Universidade
Federal de Santa Catarina. II. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas
sobre Desastres. III. Secretaria Nacional de Defesa Civil. IV. Título.
CDU 912(815.1)
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A construção de uma nova realidade para a Defesa Civil no Brasil, principal-
mente no que se refere à política de redução de riscos, requer conhecer os
fenômenos e os desastres que nosso território está sujeito. Para nos prepa-rarmos, precisamos saber os perigos que enfrentamos.
O levantamento de informações e a caracterização do cenário nacional de
desastres é uma necessidade antiga, compartilhada por todos que traba-
lham com Defesa Civil. A concretização do referido levantamento contou
com a participação de todos os estados e da academia. A cada dia ca mais
evidente que a colaboração entre os atores envolvidos (Distrito Federal, es-
tados e municípios) é essencial para o alcance de objetivos comuns.
A ampla pesquisa realizada e materializada pela publicação deste Atlas teve
como objetivo corrigir essa falta de informações. O conhecimento gerado
poderá beneciar os interessados no assunto, a partir dos mais diversos
propósitos, e estará em constante desenvolvimento e melhoria.
Finalmente, deixo aqui expresso meu sincero agradecimento a todos aque-
les que de alguma forma contribuíram para a construção deste trabalho
que a Secretaria Nacional de Defesa Civil, em cooperação com a Universi-
dade Federal de Santa Catarina, apresenta para a sociedade brasileira.
Secretário Humberto Viana
Secretário da Secretaria Nacional de Defesa Civil
Nas últimas décadas os Desastres Naturais constituem um tema cada vez mais presente no cotidiano das populações.Há um aumento considerável não só na frequência e intensidade, mas também nos impactos gerados, com danos e
prejuízos cada vez mais intensos.O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais é um produto de pesquisa resultado do acordo de cooperação entre a SecretariaNacional de Defesa Civil e o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal deSanta Catarina.A pesquisa teve por objetivo compilar e disponibilizar informações sobre os registros de desastres ocorridos em todoo território nacional nos últimos 20 anos (1991 a 2010), por meio da publicação de 26 Volumes Estaduais e um VolumeBrasil.O levantamento dos registros históricos, derivando na elaboração dos mapas temáticos e na produção do Atlas, é re-levante na medida em que viabiliza construir um panorama geral das ocorrências e recorrências de desastres no país esuas especicidades por Estado. Possibilita, assim, subsidiar o planejamento adequado em gestão de risco e redução dedesastres, a partir da análise ampliada abrangendo o território nacional, dos padrões de frequência observados, dos pe-ríodos de maior ocorrência, das relações destes eventos com outros fenômenos globais e da análise sobre os processosrelacionados aos desastres no país.
O Brasil não possuía, até o momento, bancos de dados sistematizados e integrados sobre as ocorrências de desastrese, portanto, não disponibilizava aos prossionais e aos pesquisadores informações processadas acerca destes eventos,em séries históricas.Este Atlas é o primeiro trabalho em âmbito nacional realizado com a participação de 14 pesquisadores para recolherdados ociais nos 26 Estados e no Distrito Federal do Brasil e envolveu um total de 53 pessoas para a sua produção. Asinformações apresentadas foram retiradas de documentos ociais nos órgãos estaduais de Defesa Civil, Ministério daIntegração Nacional, Secretaria Nacional de Defesa Civil, Arquivo Nacional e Imprensa Nacional.A proposta de desenvolver um trabalho desta amplitude mostra a necessidade premente de informações que ofereçamsuporte às ações de proteção civil. O foco do trabalho consiste na caracterização dos vários desastres enfrentados pelopaís nas duas últimas décadas.Este volume apresenta os mapas temáticos de ocorrências de desastres naturais do Estado de Minas Gerais, referente a4.137 documentos compulsados, que mostram, anualmente, os riscos relacionados a vendavais, inundações bruscas eoutros eventos naturais adversos.
Nele, o leitor encontrará informações relativas aos totais de registros dos desastres naturais recorrentes no Estado, es-pacializados nos mapas temáticos dos eventos adversos, que, juntamente com a análise de infográcos com registrosanuais, grácos de danos humanos, frequências mensais das ocorrências e de médias de precipitação, permitem umavisão global dos desastres em Minas Gerais, de forma a subsidiar o planejamento e a gestão das ações de minimizaçãono Estado.
Prof. Antônio Edésio Jungles, Dr.Coordenador Geral CEPED UFSC
APRESENTAÇÃO
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EXECUÇÃO DO ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES
GeoprocessamentoProfessor Carlos Antonio Oliveira Vieira, Dr.
Renato Zetehaku Araujo
Revisão bibliográfca e ortográfca
Graziela BoninPedro Paulo de Souza
Revisão do conteúdoGerly Mattos SánchezMari Angela MachadoMichely Marcia MartinsSarah Marcela Chinchilla Cartagena
Equipe de campo, coleta e tratamento de dados
Carolinna Vieira de CisneDaniel Lopes GonçalvesDaniela Prá S. de SouzaDrielly Rosa NauBruno Neves MeiraÉrica ZenFabiane Andressa TascaFernanda Claas RonchiFilipi Assunção CurcioGabriel MunizGerly Mattos SánchezKaren Barbosa AmaranteLarissa Dalpaz de AzevedoLarissa MazzoliLaura Cecilia MüllerLorran Adão Cesarino da RosaLucas Soares MondadoriLucas Zanotelli dos SantosMichely Marcia MartinsMonique Nunes de FreitasNathalie Vieira FozPatricia Carvalho do Prado Nogueira
Coordenação do projetoProfessor Antônio Edésio Jungles, Dr.
Supervisão do projetoProfessor Rafael Schadeck, Ms. - GeralJairo Ernesto Bastos Krüger - Adjunto
Equipe de elaboração do atlasBruna Alinne ClasenDaniela Prá S. de SouzaDiane GuziDrielly Rosa NauEvandro RibeiroFrederico de Moraes Rudorff Gerly Mattos Sánchez
Lucas dos SantosMari Angela MachadoMichely Marcia MartinsPatricia de CastilhosRegiane Mara SbrogliaRita de Cassia DutraSarah Marcela Chinchilla Cartagena
Projeto Gráfco
Alex-Sandro de SouzaDouglas Araújo VieiraEduardo Manuel de SouzaMarcelo Bezzi Mancio
Diagramação Alex-Sandro de SouzaAnnye Cristiny Tessaro (Lagoa Editora)Douglas Araújo VieiraEduardo Manuel de SouzaJosé Antônio Pires NetoMarcelo Bezzi Mancio
Priscila Stahlschmidt MouraRenato Zetehaku Araujo
Thiago Hülse CarpesThiago Linhares BilckVinícius Neto TruccoVlade Dalbosco
Equipe de apoioEliane Alves BarretoJuliana Frandalozo Alves dos SantosLucas MartinsPaulo Roberto dos SantosValter Almerindo dos Santos
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LISTA DE FIGURASFigura 1 - Esquema do registro de desastres ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................11Figura 2 – Hierarquização de Documentos ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 11Figura 3 - Codicação dos documentos ociais digitalizados ........................................................................................................................................................................................................................................................................... 12Figura 4 - Ouro Preto, Minas Gerais ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 22Figura 5 - Rio completamente seco, Campo Azul .................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 30Figura 6– Busca de água durante o período seco em Jequitinhonha .............................................................................................................................................................................................................................................................31Figura 7 – Inundação brusca do rio Arrudas, Contagem .....................................................................................................................................................................................................................................................................................46Figura 8 – Consequências das enxurradas em Governador Valadares ...........................................................................................................................................................................................................................................................46Figura 9 – Inundação gradual em Machacalis ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................47Figura 10 – Inundação gradual em Muriaé ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................52Figura 11 – Granizos nos municípios de Oratórios ................................................................................................................................................................................................................................................................................................63Figura 12 – Deslizamentos de terra em Juiz de Fora ............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 67Figura 13 – Incêndios orestais no município de Grão Mogol .........................................................................................................................................................................................................................................................................74
LISTA DE GRÁFICOS
Gráco 1 - Frequência mensal das estiagens e secas em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ...............................................................................................................................................................................................32Gráco 2 - Médias pluviométricas em 2001, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Santa Catarina ...............................................................33Gráco 3 – Danos humanos ocasionados por estiagens e secas, no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................................................................34Gráco 4 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Minas Gerais .................................................................. 45Gráco 5 – Médias pluviométricas do período de 1991 a 2010, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Minas Gerais .............................45Gráco 6 - Frequência mensal de inundações bruscas em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................................................45
Gráco 7 - Danos humanos ocasionados por inundações bruscas, em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ..........................................................................................................................................................................46Gráco 8 - Frequência mensal de inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................................................................................ 52Gráco 9 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Minas Gerais .................................................................. 52Gráco 10 - Danos humanos ocasionados por inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ...................................................................................................................................................................... 56Gráco 11 - Frequência mensal de vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................................................................57Gráco 12 – Danos humanos causados por vendavais e/ou ciclones no período de 1991 a 2010....................................................................................................................................................................................................61Gráco 13 - Frequência mensal de queda de granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010............................................................................................................................................................................................63Gráco 14 – Danos humanos causados por granizos no período de 1991 a 2010................................................................................................................................................................................................................................... 65Gráco 15 - Frequência mensal de movimentos de massa em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 .......................................................................................................................................................................................... 69Gráco 16 - Danos humanos ocasionados por movimentos de massa, em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................................69Gráco 17 - Frequência mensal de incêndios em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................................................................................................74Gráco 18 - Danos humanos ocasionados por incêndios, em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................................................75Gráco 19 - Frequência mensal de erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................................................................................... 77Gráco 20 - Frequência mensal de erosão uvial em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ......................................................................................................................................................................................................78Gráco 21 - Danos humanos ocasionados por erosão linear, no período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................................................................................78Gráco 22 - Danos humanos ocasionados por erosão uvial, no período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................................................................................78Gráco 23 – Percentual dos desastres naturais mais recorrentes no Estado de Minas Gerais, durante o período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................... 87Gráco 24 - Frequência mensal dos desastres mais recorrentes em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................................................................88Gráco 25 - Municípios mais atingidos de Minas Gerais, classicados pelo total de registros, no período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................88Gráco 26 – Total de danos humanos em Minas Gerais, período de 1991 a 2010................................................................................................................................................................................................................................... 89Gráco 27 - Comparativo de registros de ocorrência de desast res entre as décadas de 1990 e 2000 ............................................................................................................................................................................................95Gráco 28 - Total de registros coletados entre 1991 e 2010 .............................................................................................................................................................................................................................................................................95
LISTA DE INFOGRÁFICOSInfográco 1 – Municípios atingidos por estiagens e secas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................................................33Infográco 2 – Municípios atingidos por inundações bruscas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010. .............................................................................................................................................................. 44
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Infográco 3 – Municípios at ingidos por inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................................................................. 55Infográco 4 – Municípios atingidos por vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................................................... 62Infográco 5 – Municípios at ingidos por granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ...................................................................................................................................................................................................67Infográco 6 – Municípios at ingidos por movimentos de massa em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ..............................................................................................................................................................................72Infográco 7 – Municípios atingidos por incêndios em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ........................................................................................................................................................................................................75Infográco 8 – Municípios at ingidos por erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ..........................................................................................................................................................................................76Infográco 9 – Municípios atingidos por erosão uvial em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ..........................................................................................................................................................................................77
LISTA DE MAPASMapa 1 - Político do Estado de Minas Gerais ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................16
Mapa 2 - Político das Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce .................................................................................................................................................................................................................17Mapa 3 - Político das Mesorregiões Central Mineira, Noroeste de Minas e Triângulo de Mineiro/Alto Parnaíba .......................................................................................................................................................................18Mapa 4 - Político das Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri ......................................................................................................................................................................................................................... 19Mapa 5 - Político das Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas ...........................................................................................................................................................................................................................................20Mapa 6 - Político das Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata ...............................................................................................................................................................................................................................................21Mapa 7 - Desastres Naturais causados por estiagem e seca em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ...............................................................................................................................................28Mapa 8 - Desastres Naturais causados por estiagem e seca em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................... 29Mapa 9 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a 2010 ................................................................ 36Mapa 10 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Central Mineira, Noroeste Mineiro e Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010 .............................37Mapa 11 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri no período de 1991 a 2010 ......................................................................38Mapa 12 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a 2010 ........................................................................................ 39Mapa 13 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a 2010 ............................................................................................ 40Mapa 14 - Desast res Naturais causados por inundação gradual em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................... 48
Mapa 15 - Desastres Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a 2010 ............................................................ 49Mapa 16 - Desastres Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a 2010 ...................................................................................... 50Mapa 17 - Desastres Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a 2010 .......................................................................................... 51Mapa 18 - Desast res Naturais causados por vendaval e/ou ciclone em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................ 58Mapa 19 - Desastres Naturais causados por vendaval e/ou ciclone nas Mesorregiões Central Mineira, Jequitinhonha, Norte de Minas, Noroeste de Minas, Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba e Valedo Mucuri no período de 1991 a 2010 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................59Mapa 20 - Desastres Naturais causados por granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .............................................................................................................................................................................................. 64Mapa 21 - Desastres Naturais causados por movimentos de massa em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................................................68Mapa 22 - Desastres Naturais causados por incêndio, erosão uvial e erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................72Mapa 23 - Desastres Naturais causados por Incêndio, Erosão Linear e Erosão Fluvial em Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................73Mapa 24 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a 2010 ....................................82Mapa 25 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Central Mineira, Noroeste de Minas e Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010 83Mapa 26 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri no período de 1991 a 2010 ............................................84Mapa 27 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudoeste de Minas no período de 1991 a 2010 ........................................................... 85
Mapa 28 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a 2010 ..................................................................86
LISTA DE TABELASTabela 1 - Classicação dos desastres naturais quanto à origem ....................................................................................................................................................................................................................................................................12Tabela 2 - População, taxa de crescimento e taxa de população urbana e rural, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2000/2010 ...............................................................................................24Tabela 3 - População, taxa de crescimento, densidade demográca e taxa de urbanização, segundo as Grandes Regiões do Brasil – 2000/2010..................................................................................................... 24Tabela 4 - Produto Interno Bruto per Capita, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2004/2008.....................................................................................................................................................................25Tabela 5 - Décit Habitacional Urbano em Relação aos Domicílios Particulares Permanentes, Segundo Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação - 2008 ...................................................................25Tabela 6 - Distribuição percentual do Décit Habitacional Urbano por Faixas de Renda Média Familiar Mensal, Segundo Região Sudeste e Estado de Minas Gerais - FJP/2008 ....................................... 25Tabela 7 - Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distribuição percentual, por grupos de anos de estudo - Brasil, Região Sudeste e Estado de Minas Gerais – 2009 ........................... 26Tabela 8 - Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo - Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação – 2009 ..... 26Tabela 9 – Regist ros de desastres naturais por evento, nos municípios de Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................89
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SUMÁRIO
15
29
30
38
49
65
59
INTRODUÇÃO
O ESTADO DE MINAS GERAIS
DESASTRES NATURAIS EM MINAS GERAIS DE 1991 A 2010
GRANIZO
ESTIAGEM E SECA
INUNDAÇÃO BRUSCA
INUNDAÇÃO GRADUAL
VENDAVAL E/OU CICLONE
MOVIMENTOS DE MASSA 69
DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
81
95
11
INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL 74
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Serra do CipóFoto: Fabiane Tasca
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11Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INTRODUÇÃO
No Brasil, as informações ociais sobre um desastre
podem ocorrer pela emissão de dois documentos distintos, não
obrigatoriamente dependentes: o Formulário de Noticação
Preliminar de Desastre (NOPRED) e/ou o Formulário de Avaliação
de Danos (AVADAN). Quando um município encontra-se emsituação de emergência ou calamidade pública, um representante
da Defesa Civil do município preenche o documento e o envia
simultaneamente para a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
e para a Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Após a emissão de um dos dois documentos, ocorre a
ocialização da ocorrência do desastre por meio de um Decreto
Municipal exarado pelo Prefeito. Quando não é possível preencher
um dos dois documentos, o Prefeito Municipal pode ocializar a
ocorrência de um desastre diretamente pela emissão do Decreto.
Em seguida, ocorre a homologação do Decreto pela
divulgação de uma Portaria no Diário Ocial da União, emitida
pelo Secretário Nacional de Defesa Civil ou Ministro da Integração
Nacional, como forma de tornar pública e reconhecida uma
situação de emergência ou um estado de calamidade pública. A
Figura 1 ilustra o processo de informações para a ocialização de
um registro de um desastre.
Figura 1 - Esquema do registro de desastres
O Relatório de Danos foi um documento para registro
ocial utilizado pela Defesa Civil até meados de 1990, sendo
substituído, posteriormente, pelo AVADAN. Os documentos são
armazenados em meio físico, sendo o arquivamento dos mesmos
responsabilidade das Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil.
A relevância da pesquisa refere-se à importância que
deve ser dada ao ato de registrar e armazenar, de forma precisa,integrada e sistemática, os eventos adversos ocorridos no país.
Até o momento da pesquisa não foram evidenciados bancos de
dados ou informações sistematizadas sobre o contexto brasileiro
de ocorrências e controle de desastres no Brasil.
Assim, a pesquisa justica-se pela construção pioneira
do resgate histórico e ressalta a importância dos registros pelos
órgãos federais, distrital, estaduais e municipais de Defesa Civil,
para que estudos abrangentes e discussões sobre as causas e
intensidade dos desastres possam contribuir para a construção
de uma cultura de proteção civil.
Levantamento de Dados
Entre outubro de 2010 a maio de 2011, pesquisadores
do CEPED UFSC visitaram as 26 capitais brasileiras para obter os
documentos ociais de registros de desastres disponibilizados
pelas Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil. Os
pesquisadores também foram à Secretaria Nacional de Defesa
Civil para coletar os registros arquivados. Primeiramente, todas
as Coordenadorias Estaduais receberam um ofício da Secretaria
Nacional de Defesa Civil comunicando o início da pesquisa e
solicitando a cooperação no levantamento dos dados.
Como na maioria dos Estados os registros são realizadosem meio físico e arquivados, os pesquisadores utilizaram como
equipamento de apoio um scanner portátil para transformar em
meio digital os documentos disponibilizados. Foram digitalizados
os documentos datados entre 1991 e 2010, possibilitando o
resgate histórico dos últimos 20 anos de registros de desastres
no Brasil. Os documentos ociais encontrados consistem em
relatório de danos, AVADANs, NOPREDs, decretos e portarias.
Como forma de minimizar as lacunas de informações
foram coletados documentos em arquivos e banco de dados
do Ministério da Integração Nacional e Secretaria Nacional de
Defesa Civil, por meio de consulta de palavras-chave “desastre”,
“situação de emergência” e “calamidade”.
Tratamento dos Dados
Para compor a base de dados do Atlas Brasileiro de Desastrese a m de evitar a duplicidade de registros, os documentos foram
selecionados de acordo com a escala de prioridade da Figura 2.
Figura 2 – Hierarquização de Documentos
INTRODUÇÃO
Fonte: Própria pesquisa, 2011.
Fonte: Própria pesquisa, 2011.
Os documentos selecionados foram nomeados com
base em um código formado por 5 campos (Figura 3), que
permitem a identicação da:
1 – Unidade Federativa
2 – Tipo do documento:
A – AVADANN – NOPRED
R – Relatório de danos
P – Portaria
D – Decreto municipal ou estadual
O – Outros documentos (tabelas, ofícios, etc.)3 – Código do município estabelecido pelo IBGE4 – Codicação de desastres, ameaças e riscos (CODAR)5 - Data de ocorrência do desastre (ano/mês/dia).
Quando não possível identicar refere-se a data de homologaçãodo decreto ou elaboração do relatório.
Ã
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12Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Figura 3 - Codicação dos documentos ociais digitalizados
Fonte: Própria pesquisa, 2011.
O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais considera como
fonte de informações os documentos ociais relativos aos
dezenove tipos de desastres naturais mencionados na Tabela
1, considerados os principais eventos incidentes no país. Esses
Tabela 1 - Classicação dos desastres naturais quanto à origem
A m de identicar discrepâncias nas informações, erros
de digitação e demais falhas no processo de transferência de
dados, foram criados ltros de controle para vericação dos
mesmos:
1 - De acordo com a ordem de prioridade apresentada
na Figura 2, os documentos referentes ao mesmo evento,
emitidos com poucos dias de diferença, foram excluídos paraevitar a duplicidade de registros;
2 – Os danos humanos foram comparados com a
população do município registrada no documento (AVADAN)
para identicar discrepâncias ou incoerências de informações.
Quando identicada uma situação discrepante, adotou-se como
critério não considerar a informação na amostra, informando os
dados não considerados na análise dos documentos. A pesquisa
não modicou os valores julgados como discrepantes.
O levantamento de dados para o Estado de Minas
Gerais identicou 5.907 documentos, sendo:
Quadro 1 – Total de documentos levantados do Estado de Minas Gerais
desastres foram classicados em treze grupos, e, ao agrupar
alguns deles, os registros foram somados. Foi considerada para
este agrupamento a classicação quanto à origem dos desastres
determinada pela Codicação de Desastres, Ameaças e Riscos
(CODAR), desenvolvida pela Defesa Civil Nacional.
As informações presentes nos documentos do banco de
dados foram manualmente tabuladas em planilhas para permitira análise e interpretação de forma integrada.
O processo de validação dos documentos ociais foi realizado
juntamente com as Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil, por
intermédio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, com o objetivo de
garantir a representatividade dos registros de cada Estado.
1 2 3 4 5
INTRODUÇÃO
Fonte: Defesa Civil Nacional. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Após o processo de vericação de duplicidades, recorte
histórico dos últimos 20 anos (1991-2010) e seleção dos tipos de
desastres considerados (Tabela 1) os documentos totalizaram
4.137 registros de desastres, sendo:
Quadro 2 – Total de documentos considerados do Estado de Minas Gerais
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Não foram identicadas informações discrepantes para
o Estado de Minas Gerais, assim não houve a necessidade de
desconsiderar dados.
A VA DA N NO PRED Rel at ór io Dec reto P or ta ri a O ut ro s T ot al
2432 219 16 340 2855 45 5907
A VA DA N NO PRED Rel at ór io Decr eto P or ta r ia O ut ro s T ot al
2335 254 1 195 1352 0 4137
INTRODUÇÃO
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 13/95
13Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Produção de Mapas Temáticos
Com o objetivo de possibilitar a análise dos dados,
foram desenvolvidos mapas temáticos para espacializar e
representar a ocorrência dos eventos. Utilizou-se a base de
dados georreferenciada do Instituto Brasileiro de Geograa e
Estatística (IBGE, 2005), como referência para a produção dosmapas. Assim, os mapas que compõem a análise dos dados por
Estado, são:
• Mapa Político do Estado;
• Mapas temáticos para cada tipo de desastre;
• Mapa temático com o total de registros no Estado.
Análise dos Dados
A partir dos dados coletados para cada Estado, foram
desenvolvidos mapas, grácos e tabelas que possibilitaram
construir um panorama espaço-temporal sobre a ocorrência de
desastres. Quando encontradas fontes teóricas que permitissem
caracterizar os aspectos geográcos do Estado, como clima,
vegetação e relevo, as análises puderam ser complementadas.
Os aspectos socioeconômicos do Estado também compuseram
uma fonte de informações sobre as características locais.
A análise consiste na breve caracterização dos aspectos
geográcos do Estado, avaliação dos registros de desastres e
avaliação dos danos humanos relativos às ocorrências, com a
utilização de mapas e grácos para elucidar a informação. Assim,
as informações do Atlas são apresentadas em três capítulos:
Capítulo 1 – Apresentação do Estado, mapa político,
aspectos geográcos e demográcos;Capítulo 2 – Análise dos desastres naturais do Estado
entre 1991-2010, mapas temáticos e análise de cada desastre
ocorrido, grácos relacionados aos registros de desastres e
danos humanos;
Capítulo 3 – Diagnóstico dos desastres naturais no
Estado, mapa temático contendo todos os registros desastres
ocorridos entre 1991-2010 e grácos de todos os desastres
recorrentes.
A análise apresenta uma descrição do contexto onde os
eventos ocorreram e permitem subsidiar os órgãos competentes
para ações de prevenção e reconstrução. Assim, o Atlas
Brasileiro de Desastres Naturais consiste em uma fonte para
pesquisas e consultas, pois reúne informações sobre os eventos
adversos registrados no território nacional o que contribui para
a construção de conhecimento.
Limitações da pesquisa
As principais diculdades encontradas na pesquisa,
foram: as condições de acesso, as lacunas de informações por
mau preenchimento, banco de imagens e referencial teórico
para a caracterização geográca de cada Estado, além da
armazenagem inadequada dos formulários, muitos guardados
em locais sujeitos a fungos e à umidade.
Por meio da realização da pesquisa, evidenciaram-se
algumas fragilidades quanto ao processo de gerenciamento das
informações sobre os desastres brasileiros, como:
• A ausência de unidades e campos
padronizados para as informações declaradas
pelos documentos;
• Ausência de sistema de coleta sistêmica e
armazenamento dos dados;
• Cuidado quanto ao registro e integridade
histórica;
• Diculdades na interpretação do tipo de
desastre pelos responsáveis pela emissão dos
documentos;
• Diculdades de consolidação, transparência eacesso aos dados.
Cabe ressaltar que o aumento do número de registros a
cada ano pode estar relacionado à evolução dos órgãos de Defesa
Civil quanto ao registro de desastres nos documentos ociais.
Assim, acredita-se que pode haver carência de informações sobre
os desastres ocorridos no território nacional, principalmente entre
1991 e 2001, período anterior ao formulário AVADAN.
INTRODUÇÃO
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 14/95
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 15/95
O Estado de Minas Gerais
Fonte: Secretaria de Turismo do Estado de Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 16/95
16Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
G o i á sG o i á s
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o
d o S u ld o S u l
B a h i aB a h i a
G o i a sG o i a s
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
E s p i r i t oE s p i r i t o
S a n t oS a n t o
R i o d eR i o d e
J a n e i r oJ a n e i r o
D i s t r i t oD i s t r i t o
F e d e r a lF e d e r a l
NORTE DE MINAS
JEQUITINHONHANOROESTE DE MINAS
ZONA DAMATA
TRIANGULO MINEIRO/ALTO PARANAIBA
VALE DO RIO DOCE
SUL/SUDOESTE DE MINAS
CENTRAL MINEIRA
OESTE DE MINAS
VALE DO MUCURI
CAMPO DAS VERTENTES
METROPOLITANA DEBELO HORIZONTE
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W14°S14°S
18°S 18°S
22°S 22°S
MAPA 1 - POLÍTICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
40°W70°W
0°
30°S
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE MINAS GERAIS NO BRASIL
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
1:75000000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N OO C E A N O
A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O
µ0 45 90 135 180 225 km
1:4500000
O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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17Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
JEQUITINHONHANORTE DE MINAS
CAMPO DAS VERTENTES
NOROESTEDE MINAS
Serro
Itabira
Mutum
Ferros
Aimorés
Mariana
Itambacuri
ÁguaBoa
Caratinga
Ouro Preto
Peçanha
Inhapim
Governador Valadares
Guanhães
Galiléia
Resplendor
Açucena
Caeté
ConselheiroPena
Pocrane
Itueta
Baldim
Jaboticatubas
Sabinópolis
Mantena
Iapu
Esmeraldas
Coroaci
Tarumirim
Itabirito
Rio Vermelho
Pitangui
Cordisburgo
Marliéria
ConceiçãodoMato Dentro
AntônioDias
Betim
Paraopeba
Itanhomi
SantanadePirapama
Alvinópolis
Brumadinho
Jampruca
Ipanema
Papagaios
Itaguara
Jequitibá
Coluna
SantaBárbara
Braúnas Tumiritinga
Bonfim
Sete Lagoas
Dionísio
Sabará
NovaLima
NovaEra
BeloVale
Virginópolis
Pará de Minas
Campanário
Pequi
Santana
do Riacho Morrodo Pilar
Pescador
Frei Inocêncio
Itatiaiuçu
São Domingosdo Prata
Itaverava
Mesquita
Dom Joaquim
Alvarenga
NovaMódica
Araçaí
Inhaúma
Jeceaba
Bugre
Carmésia
BeloOriente
Congonhas
Joanésia
Periquito
Rio Piracicaba
Virgolândia
Sobrália
Paulistas
Maravilhas
Gonzaga
Entre RiosdeMinas
Rio Acima
Marilac
Florestal
Moeda
Rio Manso
CatasAltas
Ipatinga
Cuparaque
Taparuba
Ipaba
Alvoradade Minas Sardoá
Naque
Funilândia
Contagem
Timóteo
Capitão Andrade
Queluzito
UbaporangaJaguaraçu
NovaBelém
Bom Jesusdo Galho
SantaMariado Suaçuí
SantaMariadeItabira
SantaRitadoItueto
Materlândia
Congonhasdo Norte
Belo
Horizonte
MateusLeme
São JoãoEvangelista
Matozinhos
Senhorado Porto
BarãodeCocais
Ouro Branco
SantaLuzia
DoresdeGuanhães
PedroLeopoldo
São Sebastiãodo Maranhão
São Josédo Jacuri
LagoaSanta
ConselheiroLafaiete
Alpercata
MendesPimentel
São Josédo Divino
Itambédo Mato Dentro
Taquaraçude Minas
NacipRaydan
Desterro deEntre Rios
Divino dasLaranjeiras
Crucilândia
NovaUnião
São Pedrodo Suaçuí
Igarapé
Onça dePitangui
Córrego Novo
Santanado Paraíso
José Raydan
Cantagalo
Imbé deMinas
Ibirité
São Gonçalodo Rio Abaixo
PiedadedosGerais
São Geraldodo Baixio
SantoAntôniodo Itambé
Juatuba
Centralde Minas
Caetanópolis
CasaGrande
Coronel Fabriciano
Goiabeira
Fortunade Minas
São Joséda Safira
Mathias Lobato
Serra Azulde Minas
FreiLagonegro
Conceiçãode Ipanema
Engenheiro
Caldas
Itabirinha deMantena
SantanadosMontes
São Joséda Varginha
CristianoOtoni
Passabém
São Josédo Goiabal
São Félixde Minas
Bom Jesusdo Amparo
Raposos
VargemAlegre
RibeirãodasNeves
FernandesTourinho
DiogodeVasconcelos
Sarzedo
EntreFolhas
CapimBranco
Prudentede Morais
São Geraldoda Piedade
CatasAltasda Noruega
Divinolândiade Minas
Vespasiano
João Monlevade
Dom Cavati
São Joãodo Oriente
São Joãodo Manteninha
São Brásdo Suaçuí
Confins
BelaVistade Minas
SantaE figêniade Minas
PiedadedeCaratinga
Pingo-D'Água
SantaB árbarado Leste
São Sebastião do Rio Preto
SantoAntônio do Rio Abaixo
São Sebastiãodo Anta
SantaRitade Minas
São Joaquimde Bicas
Cachoeirada Prata
São Joséda Lapa
São DomingosdasDores
MárioCampos
ZONA DA MATA
CENTRAL MINEIRA
OESTE DE MINAS
VALE DO MUCURI
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o41°W
41°W
43°W
43°W
45°W
45°W
18°S 18°S
20°S 20°S
MAPA 2 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E VALE DO RIO DOCE
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 16 32 48 64 80 km
1:1600000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
18 O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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18Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
SUL/SUDOESTE
DE MINAS
V ALE DO RIO DOCE
NORTE DE MINAS
JEQUITINHONH A
OESTE DE MINAS
METROPOLIT ANA DEBELO HORIZONTE
Unaí
Paracatu
Prata
Buritis
Ar inos
João Pinheiro
Ibiá
Uber aba
Tir os
Curvelo
Frutal
Formoso
Uberlândia
Corinto
Luz
Araguari
Pompéu
ItuiutabaPatrocínio
Per dizes
Cor omandel
Abaeté
Sacramento
Campina Verde
V azante
Santa V itór ia
Tr ês Marias
Patos de Minas
Araxá
Itapagipe
Tapira
Gurinhatã
IturamaCar neirinho
PresidenteOlegário
Guarda-Mor
Lagamar
Tupaciguar a
Buenópolis
Felixlândia
Br asilândia de Minas
Monte Alegrede Minas
Veríssimo
Rio Paranaíba
Campo Florido
Canápolis
Ser ra do Salitr e
Ipiaçu
BomDespacho
Augustode Lima
Pr atinha
Monjolos
Dom Bosco
Indianópolis
Lagoa FormosaCapinópolis
Comendador Gomes
Biquinhas
Planura
Pira juba
São Gonçalodo Abaeté
Nova Ponte
MoradaNo vade Minas
MonteCar melo
LagoaGrande
Bonfinópolisde Minas
Limeira
do Oeste
União de
Minas Dores doIndaiá
Paineiras
São Gotardo
Carmo doParanaíba
Conquista
MartinhoCampos
Estrelado Sul
Conceiçãodas Alagoas
Cabeceira Grande
SantaJ uliana
Inimutaba
CamposAltos
JoaquimFelício
São Franciscode Sales
Romar ia
Natalândia
Abadia dosDourados
Quar tel Geral
Varjãode Minas
Estrela doIndaiá
Ar aporã
Ur uana deMi nas
Pr esidenteJuscelino
Ar aújos
Guimarânia
Centralina
ÁguaComprida
SantoHipólito
MatutinaPedrinópolis
Lagoa da Prata
Iraí deMinas
Moema
Mor ro da Garça
CascalhoRico
Ar apuá
Fr onteir a
GrupiaraDour adoquar a
LeandroFerreira
Delta
Serra da
Saudade
Japaraíba
Cedrod o Abaeté
SantaRosada Serra
CachoeiraDourada
Cruzeiro da For taleza
G o i a sG o i a s
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
B a h i aB a h i a
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o
M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l
D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l
44°W
44°W
47°W
47°W
50°W
50°W
16°S 16°S
19°S 19°S
MAPA 3 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES CENTRAL MINEIRA,NOROESTE MINEIRO E TRIÂNGULO DE MINAS
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 30 60 90 120 150 km
1:3000000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
19O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 19/95
19Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
CENTRAL MINEIRA
METROPOLITANADE BELO HORIZONTE
NOROESTE DE MINAS
VALE DO RIO DOCE
TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO DO PARNAÍBA
Januária
Buritizeiro
Jaíba
Bocaiúva
Diamantina
Lassance
Grão Mogol
Itinga
Araçuaí
Manga
Urucuia
Ataléia
Teófilo Otoni
Salinas
Janaúba
Jequitinhonha
MontesC laros
Bonito de Minas
Almenara
São Francisco
Joaíma
Caraí
CarlosC hagas
FranciscoSá
Itamarandiba
São Romão
Ibiaí
Espinosa
Jacinto
Medina
ChapadaG aúcha
Riachinho
Ubaí
Itacambira
Nanuque
Porteirinha
Jequitaí
Rio Pardo de Minas
Botumirim
SantaFéde Minas
Gameleiras
Olhos-D'Água Carbonita
Rubim
PedraAzul
MinasNovas
Poté
Rubelita
Ninheira
Várzea da Palma
Pintópolis
Montalvânia
Coração de Jesus
MatiasC ardoso
Verdelândia
Crisólita
Itacarambi
Juvenília
NovoCruzeiro
Taiobeiras
Turmalina
Cristália
Gouveia
Indaiabira
Berilo
São João da Ponte
Montezuma
Capelinha
Pavão
Ladainha
Itaobim
São João do ParaísoMonte Azul
Patis
Itaipé
FranciscoDumont
Mirabela
Pai Pedro
Catuji
Berizal
Águas Vermelhas
Varzelândia
Pirapora
Jordânia
SaltodaDivisa
Pontodos Volantes
Veredinha
Miravânia
Riacho dosMachados
Coronel Murta
Felisburgo
Malacacheta
Comercinho
Bandeira
Setubinha
Divisópolis
Franciscópolis
Águas Formosas
Campo Azul
Ibiracatu
Japonvar
Lontra
CônegoMarinho
Brasília
de Minas
Capitão Enéas
Pedras deMaria da Cruz
Virgem daLapa
FrutadeLeite
Frei Gaspar
Datas
São Joãoda Lagoa
Catuti
Josenópolis
Chapadado Norte
PontoChique
Bertópolis
Luislândia
Mato Verde
Juramento
Icaraí de
Minas
Palmópolis
Claro dosPoções
PadreP araíso
Rio do Prado
Lagoa dosPatos
Umburatiba
Curralde Dentro
Cachoeirade Pajeú
SantoAntôniodo Retiro
NovoOrientede Minas
Guaraciama
EngenheiroNavarro
Senador ModestinoGonçalves
São JoãodasMissões
Mamonas
Machacalis
PadreCarvalho
FranciscoBadaró
SantaCruzde Salinas
Serranópolisde Minas
Monte Formoso
São Joãodo Pacuí
Novorizonte
Aricanduva
SantaMariado Salto
MataVerde
SantoAntôniodo Jacinto
Felício dosSantos
Leme doPrado
Vargem Grandedo Rio Pardo
FronteiradosVales
Angelândia
CoutodeMagalhãesde Minas
Jenipapode Minas
José Gonçalvesde Minas
São Gonçalo
do Rio Preto
SantaHelenade Minas
Glaucilândia
Serra dosAimorés
DivisaAlegre
PresidenteKubitschek
Ouro Verdede Minas
NovaPorteirinha
B a h i aB a h i aG o i a sG o i a s
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
40°W
40°W
43°W
43°W
46°W
46°W
15°S 15°S
18°S 18°S
MAPA 4 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES NORTE DE MINAS,JEQUITINHONHA E VALE DO MUCURI
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 25 50 75 100 125 km
1:2500000
20 O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 20/95
20Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
CENTRAL DE MINAS
TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
Bambuí
Formiga
Passos
Guapé
Piumhi
Delfinópolis
Oliveira
Alfenas
Caldas
Medeiros
São RoquedeMinas
Ibiraci
Itapecerica
Cássia
Arcos
Cristais
Andrelândia
Cláudio
Itaúna
Baependi
Jacuí
Candeias
Pains
Aiuruoca
Cruzília
Iguatama Divinópolis
Machado
Tapiraí
Capitólio
Três Pontas
Boa Esperança
Três CoraçõEs
CarmodoRio Claro
Ouro Fino
Ilicínea
Campestre
Bom Sucesso
Pimenta
Campos Gerais
Itamonte
Andradas
Varginha
Alterosa
Córrego Danta
Virgínia
Itajubá
Campo Belo
Alpinópolis
Cristina
Pouso Alegre
Ipuiúna
ElóiMendes
Liberdade
Estiva
PoçoFundo
Paraguaçu
Areado
Botelhos
Camanducaia
Monte Belo
Jacutinga
Itamogi
Muzambinho
Passa Tempo
São Sebastiãodo Paraíso
Aguanil
Guaxupé
PerdõEs
Cabo Verde
Cambuí
Coqueiral
Minduri
Juruaia
Piracema
Extrema
Carvalhos
Perdigão
Paraisópolis
Lambari
NovaResende
Monte Sião
Silvianópolis
Serrania
Pedralva
CarmodaCachoeira
Pouso Alto
Itapeva
Munhoz
Serranos
Camacho
Alagoa
CarmodaMata
Natércia
PedradoIndaiá
Pratápolis
Careaçu
Toledo
PassaQuatro
Cambuquira
Sapucaí-Mirim
Ibituruna
Campo do Meio
Heliodora
SantoAntônio do Monte
Brasópolis
Poços de Caldas
Campanha
Capetinga
Bocaina deMinas
Delfim Moreira
VargemBonita
CarmodoCajuru
Monte Santode Minas
Claraval
Guaranésia
SantaRitade Caldas
BuenoBrandão
Igaratinga
São Gonçalodo Sapucaí
São JoãoBatistado Glória
NovaSerrana
Piranguçu
Bordada Mata
Passa-Vinte
Carmode Minas
SantoAntôniodo Amparo
Carmópolisde Minas
Turvolândia
Congonhal
Bom Jardimde Minas
DivisaNova
São Vicentede Minas
Cana Verde
Gonçalves
Jesuânia
Maria da Fé
São Joséda Barra
São Sebastiãodo Oeste
São Thomédas Letras
Bom Repouso
Arceburgo
SantaRitadoSapucaí
Cachoeirade Minas
ConceiçãodoRio Verde
Fama
Itanhandu
Cordislândia
Conceição
da Aparecida
São Franciscode Paula
Conceiçãodo Pará
Seritinga
Doresópolis
São PedrodaUnião
São Tomásde Aquino
São Gonçalodo Pará
Monsenhor Paulo
Fortalezade Minas
ItaúdeMinas
InconfidentesPiranguinho
Arantina
CaxambuSoledadede Minas
EspíritoSantodo Dourado
Bom Jesusda Penha
Senador Amaral
DomViçoso
SantanadaVargem
Conceiçãodos Ouros
Tocos doMoji
Marmelópolis
Consolação
Córrego Fundo
São Joãoda Mata
Albertina
Wenceslau Braz
Carvalhópolis
São Sebastiãoda BelaVista
SantanadoJacaré
Córrego doBom Jesus
Senador José Bento
São BentoAbade
São Josédo Alegre
Conceiçãodas Pedras
Ibitiúrade Minas
SãoLourenço
São Sebastiãodo Rio Verde
OlímpioNoronha
BandeiradoSul
ZONA DAMATA
METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
CAMPO DAS VERTENTES
44°W
44°W
46°W
46°W
48°W
48°W
20°S 20°S
22°S22°S
MAPA 5 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES OESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km
1:1750000
21O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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21Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
OESTE DE MINAS
METROPOLITANADE BELO HORIZONTE
VALE DO RIO DOCE
SUL/SUDOESTE DE MINAS
Muriaé
Juiz de Fora
Ubá
Leopoldina
Piranga
Lavras São João Del Rei
Jequeri
Carrancas
Barbacena
Lima Duarte
Miraí
Raul Soares
Ingaí
Manhuaçu
Lajinha
São Tiago
Divino
Carandaí
Ervália
Itutinga
Palma
Mercês
Simonésia
Ritápolis
Luminárias
Viçosa
Nepomuceno
Piau
Santos Dumont
Matipó
ResendeCosta
Ibertioga
Cataguases
PonteNova
Alto Rio Doce
Além Paraíba
Abre Campo
Rio Casca
Rio Preto
Prados
Chalé
Tombos
AntônioCarlos
Carangola
Nazareno
Guarani
Chiador
Araponga
Barra Longa
Fervedouro
Lagoa Dourada
Recreio
Guaraciaba
Miradouro
Olaria
Itumirim
Guiricema
BelmiroBraga
Canaã
Ijaci
Espera Feliz
Laranjal
Bicas
Durandé
Eugenópolis
Bias Fortes
Porto Firme
Tabuleiro
Rio Pomba
Mar de Espanha
Rio Novo
Argirita
Sericita
Caputira
Rio Espera Brás Pires
Goianá
Reduto
Teixeiras
Piraúba
Descoberto
Tocantins
Paula Cândido
Chácara
Guidoval
Lamim
São João Nepomuceno
Pirapetinga
Vieiras
Sem-Peixe
Volta Grande
Urucânia
SantaMa rgarida
Dom Silvério
Caranaíba
Silveirânia
Caparaó
Dores doTurvo
Cipotânea
Caiana
Manhumirim
São Geraldo
Luisburgo
Orizânia
Ressaquinha
SantaRitadeIbitipoca
Cajuri FariaLemos
Divinésia
Acaiaca
Coimbra
Rio Doce
Presidente Bernardes
Guarará
Barroso
Paiva
Capela Nova
OliveiraF ortes
Madre de Deusde Minas
SantaRitadeJacutinga
São Pedrodos Ferros Santanado
Manhuaçu
PiedadedoRio Grande
SantaBárbarado Monte Verde
PedraBonita
AstolfoDutra
Pequeri
PedradoAnta
Alto Jequitibá
Aracitaba
SantaCruz doEscalvado
Senhora dosRemédios
ViscondedoRio Branco
Matias Barbosa
Senador Firmino
EstrelaDalva
BarãodeMonteAlto
Oratórios
Simão Pereira
ConceiçãodaBarra de Minas
Rodeiro
SantanadoDeserto
SantanadoGarambéu
Senhorade Oliveira
Amparo do Serra
Desterro do Melo
Alto Caparaó
PedroTeixeira
Tiradentes
São Migueldo Anta
Coronel Pacheco
Martins Soares
Vermelho Novo
SantaBárbarado Tugúrio
Dores deCampos
SantoAntôniodo Aventureiro
São Franciscodo Glória
SantanadeCataguases
Itamaratide Minas
Senador
Cortes
Alfredo Vasconcelos
Coronel Xavier Chaves
São João do Manhuaçu
Rosário da Limeira
SantoA ntôniodo Grama
Ewbank daCâmara
Patrocínio do Muriaé
Maripáde Minas
PedraDourada
Rochedode Minas
DonaEusébia
AntônioPrado deMinas
PiedadedePonteNova
RibeirãoVermelho
São Sebastião daVargem Alegre
São José do
Mantimento
SantaCruzde Minas
E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
42°W
42°W
43°30'W
43°30'W
45°W
45°W
20°30'S 20°30'S
22°S 22°S
MAPA 6 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km
1:1250000
22 O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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22Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
O ESTADO DE MINAS GERAIS
Caracterização Geográca
O Estado de Minas Gerais localiza-se no sudeste
brasileiro, entre os paralelos 14º13'58” e 22º54'00” de latitude
sul e os meridianos 39º51'32'' e 51º02'35'' de longitude a oeste.Com uma área territorial de 588.384 km², é o maior Estado do
sudeste brasileiro em dimensões territoriais, e o 4º maior estado
brasileiro correspondente a 6,91% do tamanho do Brasil, e 63%
da região sudeste.
Com capital em Belo Horizonte, limita-se ao norte com
os Estados da Bahia, Goiás e Distrito Federal; ao sul, com o
Estado de São Paulo; a leste, com o Estado do Espírito Santo e
Rio de Janeiro e a oeste, com o Estado do Mato Grosso do Sul,
conforme o Mapa 1 (Político do Estado de Minas Gerais).
Minas Gerais se divide em doze mesorregiões: Norte
de Minas, Noroeste de Minas, Triangulo/Alto Parnaíba, Central
Mineira, Metropolitana Belo Horizonte, Vale do Rio Doce,Jequitinhonha, Oeste de Minas, Campo das Vertentes, Zona
da Mata, Sul/Sudeste de Minas e Vale do Mucuri, conforme
apresenta o Mapas 2, 3, 4, 5 e 6 (Político das Mesorregiões do
Estado).
Quanto às características climáticas as massas de
ar provenientes do extremo sul do continente e da região
equatorial freqüentemente atingem o Estado. O extremo
norte do Estado é parte integrante do Polígono das Secas,
quente e seco, que diverge do sul do Estado, com topograa
acidentada e maiores índices pluviométricos. A porção leste
está sujeita a inuência da umidade oceânica que contrasta comcontinentalidade do Triângulo Mineiro e Noroeste do Estado
(TONIETTO et al. 2006). De acordo com os mesmos autores,
o clima no Estado se distingue em tropical úmido (Aw) com
inverno seco e verão chuvoso, temperatura média do mês mais
frio é 18ºC, precipitação inferior a 60 mm no mês mais seco.
Este tipo climático é predominante nas áreas de altitude baixas,
como a porção oeste do Triangulo Mineiro. O clima tropical seco
(BSw) predomina em pequenas áreas do norte do Estado com
precipitações entre 1.000mm a 750mm anuais. Por m, o clima
temperado chuvoso (Cwb) ou subtropical de alt itude, que possui
temperaturas médias de 22ºC, predominantes nas regiões mais
elevadas da Serra da Canastra, Espinhaço e Mantiqueira.
Minas Gerais, portanto, é afetado por precipitações de
origem orográca e ciclônica, com frentes frias de origem polar
- com chuvas de longa duração e de baixa a média intensidade,caracterizado por um sistema atmosférico frontal -, e frentes
quentes e úmidas oriundas da região equatorial (Amazônia), que
caracteriza um sistema atmosférico não f rontal. Durante o verão,
também é comum a ocorrência do fenômeno conhecido como
zonas de convergência do Atlântico Sul, gerado por zonas de
baixa pressão atmosférica no Oceano Atlântico, com acúmulo de
grande quantidade de nuvens. Este fenômeno, combinado com
os sistemas ciclônicos, gera grandes volumes de precipitações
(MELLO, 2008).
O relevo é fortemente acidentado, com destaque para
as Serras da Mantiqueira e do Espinhaço. As altitudes variam
de 79 metros, no município de Aimorés, a 2.890 metros, noPico da Bandeira, na divisa com o Estado do Espírito Santo.
Entre os grandes domínios morfoestruturais do Estado estão:
Serra da Mantiqueira, Planalto do sul de Minas, Planaltos
Cristalinos Rebaixados, Altas Superfícies Modeladas em Rochas
Proterozóicas, Depressão Periférica e Região do São Francisco
(COURA, 2007).
A Serra da Mantiqueira em Minas Gerais engloba uma
área que vai do planalto de Caldas até Caparaó e caracteriza-
se por uma imponente escarpa voltada para o Vale do Paraíba,
cujos desníveis excedem a 2.000 metros. Ao transpor a Serra
da Mantiqueria, encontra-se o Planalto do Sul de Minas ou asuperfície do alto Rio Grande, que se alonga para o norte até
as cabeceiras do rio São Francisco e continua na direção oeste,
onde é recoberto pelos sedimentos da Bacia do Paraná. Na área
de Poços de Caldas ergue-se o maciço alcalino de 1.500 a 2.000
metros (COURA, 2007).
Os planaltos cristalinos rebaixados estão localizados
entre a alta superfície do Itatiaia e o maciço do Caparaó. Esta área
é denida, geomorfologicamente, como região deprimida das
dobras de fundo, de direção aproximada leste-oeste. O trecho
mais rebaixado desta área é a “Zona da Mata” de Minas Gerais,
onde o relevo apresenta-se ondulado, aparecendo com frequênciao nível de 350-400 m ao sul desta área, enquanto alguns níveis
elevados chegam a 800-900 m de altitude (COURA, 2007).
As Altas Superfícies Modeladas em Rochas Proterozóicas
se constitui de uma superfície elevada que se alonga para o
norte, com altitudes que chegam a ultrapassar 1.200 metros,
compreendendo uma faixa que varia entre 50 a 100 km de largura
por 1.000 km de extensão, servindo como divisor de águas entre
as Bacias do São Francisco e os rios que drenam diretamente
para o Atlântico. Os limites do Espinhaço, propriamente ditos,
abrangem a área montanhosa que vai do sul de Belo Horizonte,
seguindo em direção norte, até Diamantina (COURA, 2007).Por m destaca-se a Região do São Francisco que
compreende dois aspectos distintos: a área do alto São F rancisco,
que se estende até as serras da Canastra, Babilônia e Vertentes,
e, a depressão longa e estreita. O Rio São Francisco no seu alto
curso atravessa regiões relativamente planas e baixas, com 500
m de altitude média, ligeiramente inclinadas para o norte e
formadas por arenitos, ardósias e calcários (COURA, 2007).
De acordo com o Governo de Minas Gerais (2011),
Figura 4 – Ouro Preto, Minas Gerais
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
O ESTADO DE MINAS GERAIS
23O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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23Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
a cobertura vegetal do Estado pode ser resumida em quatro
tipos principais: Mata Atlântica, Cerrado, Campos de Altitude
ou Rupestres e Mata Seca. Diversos fatores, entre eles, o
clima, o relevo e as bacias hidrográcas, são predominantes na
constituição da variada vegetação regional.
O cerrado em Minas Gerais é predominante em cerca de
50% do Estado, especialmente nas bacias dos rios São Franciscoe Jequitinhonha. A vegetação compõe-se de gramíneas, arbustos
e árvores. Abriga importantes espécies da fauna: tamanduá,
tatu, anta, jibóia, cascavel e o cachorro-do-mato, entre outras.
Algumas delas estão ameaçadas de extinção, como é o caso
do lobo-guará, do veado-campeiro e do pato-mergulhão
(GOVERNO DE MINAS GERAIS, 2011).
Posteriormente advêm a Mata Atlântica ou Floresta
Ombróla Densa ocupando o segundo lugar no Estado.
Encontram-se neste ecossistema muitas bromélias, cipós,
samambaias, orquídeas e liquens. A biodiversidade animal
também é muito grande na Mata Atlântica, com imensa
variedade de mamíferos como macacos, preguiças, capivaras,onças, e também de aves como araras, papagaios, beija-ores,
além de répteis, anfíbios e diversos invertebrados (GOVERNO
DE MINAS GERAIS, 2011).
A vegetação de campos de altitude ou rupestre é
caracterizada por uma cobertura vegetal de menor porte
com uma grande variedade de espécies, com predomínio da
vegetação herbácea, na qual os arbustos são escassos e as
árvores raras e isoladas. É encontrado nos pontos ma is elevados
das serras da Mantiqueira, Espinhaço e Canastra (GOVERNO DE
MINAS GERAIS, 2011).
Por m a vegetação de mata seca aparece no norte doEstado, no vale do rio São Francisco. As formações vegetais deste
bioma se caracterizam pela presença de plantas espinhosas,
galhos secos e poucas folhas na estação seca (caducifólia). No
período de chuvas, a mata oresce intensamente, apresentando
grandes folhagens. As imponentes barrigudas ou embarés, são
as principais espécies de árvores. Também se destacam pau-
ferro, ipês e angicos (GOVERNO DE MINAS GERAIS, 2011).
Dados Demográcos
A região Sudeste do Brasil possui uma densidade
demográca de 86,92 hab/km², a maior do Brasil. E possui uma
a taxa de crescimento de 10,97% no período de 2000/2010. Já
o Estado de Minas Gerais apresenta população de 19.595.309
habitantes e tem uma elevada densidade demográca de 33,41
¹ PIB - Produto Interno Bruto: Total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtorasresidentes destinados ao consumo nal sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adi -cionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios,sobre produtos.
2000 2010
BRASIL 169,799,170 190,732,694 12.33% 84.30% 15.70%
Região Sudeste 72,412,411 80,835,724 10.97% 86.92% 92.95%Minas Gerais 17,891,494 19,595,309 9.52% 83.38% 16.62%
Espírito Santo 3,097,232 3,512,672 13.41% 85.29% 14.51%
Rio de Janeiro 14,391,282 15,993,583 11.12% 96.71% 3.29%
São Paulo 37,032,403 41,252,160 11.39% 95.88% 4.12%
Taxa de População
Urbana (2010)
Taxa de População
Rural (2010)Abrangência Geográfica
População Crescimento
(2000-2010)
Grandes Regiões População em 2000 População em 2010
Taxa de
Crescimento2000 a 2010
Densidade
Demográfica(2010) (hab/km²)
Taxa de Pop.
Urbana - 2010
BRASIL 169,799,170 190,732,694 12.33% 22.43 84.36%
Região Norte 12,900,704 15,865,678 22.98% 4.13 73.53%
Região Nordeste 47,741,711 53,078,137 11.18% 34.15 73.13%
Região Sudeste 72,412,411 80,353,724 10.97% 86.92 92.95%
Região Sul 25,107,616 27,384,815 9.07% 48.58 84.93%
Região Centro-Oeste 11,636,728 14,050,340 20.74% 8.75 88.81%
Tabela 2 - População, taxa de crescimento e taxa de população urbana e rural, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2000/2010
Fonte: Censo Demográco de 2000 e 2010 (IBGE, 2010).
Tabela 3 - População, taxa de crescimento, densidade demográca e taxa de urbanização, segundo as Grandes Regiões do Brasil – 2000/2010
Fonte: Censo Demográco de 2000 e 2010 (IBGE, 2010).
hab/Km² e uma taxa de crescimento 9,52% no período de
2000/2010 (Tabelas 2 e 3).
A população mineira é predominantemente urbana
com uma taxa de 83,38% de população urbana, característica
encontrada também na Região Sudeste com 86,92% e Brasil,
com 84,3% (Tabela 2).
Produto Interno Bruto1
O PIB per capita do Estado de Minas Gerais, segundo
dados da Tabela 4, cresceu em média 52% entre 2004 a 2008,
24 O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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24Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
cando levemente acima da média da Região Sudeste 51% e da
média do Brasil, em torno de 50%.
O PIB per capita do Estado foi o menor entre os estados
da região Sudeste, no período de 2004 a 2008. No ano de 2008,
o PIB per capita era de – R$ 14.232,81 – valor muito abaixo da
média regional – R$ 21.182,68 – e abaixo da média nacional –
R$ 15.989,75. No mesmo período a variação foi de 52%, abaixoapenas da taxa do Espírito Santo, com 69% (Tabela 4).
Indicadores Sociais Básicos
Décit Habitacional no Brasil2
No Brasil, em 2008, o décit habitacional urbano, que
engloba as moradias sem condições de serem habitadas, em
razão da precariedade das construções ou do desgaste da
estrutura física, correspondeu a 5.546.310 de domicílios, dos
quais 4.629.832 estão localizados nas áreas urbanas. Em relaçãoao estoque de domicílios particulares permanentes do país, o
décit corresponde a 9,6%. No Estado de Minas Gerais, o décit
habitacional, em 2008, era de 474.427 domicílios, dos quais
437.401 ocalizados nas áreas urbanas e 37.06 em áreas rurais
(Tabela 5).
Em relação ao estoque de domicílios particulares
permanente do Estado, o décit corresponde a 7,8%. Se
comparados aos percentuais de domicílios particulares dosdemais Estados da região, é o menor e está abaixo da média
nacional, 9,6%, conforme a Tabela 5.
2 Décit Habitacional: o conceito de décit habitacional utilizado está ligado diretamente àsdeciências do estoque de moradias. Inclui ainda a necessidade de incremento do estoque, emfunção da coabitação familiar forçada (famílias que pretendem constituir um domicilio unifami-liar), dos moradores de baixa renda com diculdade de pagar aluguel e dos que vivem em casase apartamentos alugados com grande densidade. Inclui-se ainda nessa rubrica a moradia emimóveis e locais com ns não residenciais. O décit habitacional pode ser entendido, portanto,como décit por reposição de estoque e décit por incremento de estoque. O conceito de do-micílios improvisados engloba todos os locais e imóveis sem ns residenciais e lugares queservem como moradia alternativa (imóveis comerciais, embaixo de pontes e viadutos, carcaçasde carros abandonados e barcos e cavernas, entre outros), o que indica claramente a carência denovas unidades domiciliares. Fonte: Fundação João Pinheiro/ Décit Habitacional no Brasil/2008.
2004 2005 2006 2007 2008
Taxa de
Variação
2004/2008
BRASIL 10,692.19 11,658.10 12,686.60 14,464.73 15,989.75 49.55%
Sudeste 14,009.42 15,468.74 16,911.70 19,277.26 21,182.68 51.00%
Minas Gerais 9,335.97 10,013.76 11,024.70 12,519.40 14,232.81 52.00%Espír ito Santo 11,997.94 13,854.91 15,234.76 18,002.92 20,230.85 69.00%
Rio de Janeiro 14,663.82 16,057.40 17,692.59 19,245.08 21,621.36 47.00%
São Paulo 16,157.79 17,975.61 19,550.37 22,667.25 24,456.86 51.00%
PIB PER CAPITA EM R$
Abrangência Geográfica
Brasil 5,546,310 4,629,832 916,478 9.6%
Centro-Oeste 417,240 387,628 29,612 9.80%
Minas Gerais 474,427 437,401 37,026 7.80%
Espírito Santo 84,868 77,717 7,151 8.00%
Rio de Janeiro 426,518 420,853 5,665 8.10%
São Paulo 1,060,499 1,033,453 27,046 8.20%
Abrangência
Geográfica
Déficit Habitacional - Valores Absolutos – 2008
Total Urbano Rural
Percentual em
Relação aos
Domicílios
Particulares
Permanentes Até 3 3 a 5 5 a 10Mais de
10Total
Brasil 89.6% 7.0% 2.8% 0.6% 100%
Sudeste 87.5% 8.7% 3.2% 0.6% 100%
Minas Gerais 92.5% 5.2% 1.9% 0.3% 100%
Espírito Santo 90.1% 7.4% 1.9% 0.3% 100%
Rio de Janeiro 88.9% 6.6% 3.6% 0.8% 100%
São Paulo 84.5% 11.1% 3.7% 0.6% 100%
Abrangência
Geográfica
Faixas de Renda Média Familiar Mensal
(Em Salário Mínimo)
Tabela 4 - Produto Interno Bruto per Capita, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2004/2008
Fonte: IBGE, 2004/2008.
Décit Habitacional Urbano em 2008, segundo faixas de
renda familiar em salários mínimos
A análise dos dados refere-se à faixa de renda média
familiar mensal em termos de salários mínimos sobre o décit
habitacional. O objetivo é destacar os domicílios urbanos
precários e sua faixa de renda, alvo preferencial de políticaspúblicas que visem à melhoria das condições de vida da
população mais vulnerável.
O Estado de Minas Gerais, embora apresente bons
indicadores econômicos, as desigualdades sociais são expressas
pelos indicadores do décit habitacional, segundo faixa de
renda. Os dados mostram que a renda familiar mensal das
famílias é muito baixa, onde 92,5% recebem uma renda mensal
de até 3 salários mínimos. Na região Sudeste representa 87,5%,
enquanto a média no Brasil é de 89,6% da famílias (Tabela 6).
Escolaridade
A média de anos de estudo do segmento etário que
compreende as pessoas acima de 25 anos ou mais de idade
revela a escolaridade de uma sociedade, segundo IBGE (2010).
O indicador de escolaridade do Estado de Minas Gerais
pode ser visto pelo percentual de analfabetos (11,3%), de
analfabetos funcionais (12,7%), ou seja, pessoas com até 3 anosTabela 5 - Décit Habitacional Urbano em Relação aos Domicílios Particula-res Permanentes, Segundo Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação- 2008
Fonte: Décit Habitacional no Brasil 2008 (BRASIL, 2008, p. 31).
Tabela 6 - Distribuição percentual do Décit Habitacional Urbano por Faixasde Renda Média Familiar Mensal, Segundo Região Sudeste e Estado de Mi-nas Gerais - FJP/2008
Fonte: Décit Habitacional no Brasil 2008 (BRASIL, 2008).
25O ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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25Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
3 No Brasil, o aumento de esperança de vida ao nascer, em combinação com a queda do nívelgeral de fecundidade, resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa. A taxa defecundidade total corresponde ao número médio de lhos que uma mulher teria no nal do seuperíodo fértil. Essa taxa, no Brasil, vem diminuindo nas últimas décadas, e sua redução reete amudança que vem ocorrendo no processo de urbanização e na entrada da mulher no mercadode trabalho.
de estudos, e os de baixa escolaridade (29,6%) compondo um
indicador formado pelos sem escolaridade, com muito baixa
e baixa escolaridade, que na soma corresponde a 53,6% da
população acima de 25 anos (Tabela 7).
Tabela 7 - Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distri -buição percentual, por grupos de anos de estudo - Brasil, Região Sudeste eEstado de Minas Gerais – 2009
Brasil 111,952 12.90% 11.80% 24.80%
Sudeste 49. 920 8.50% 9.90% 25.20%
Minas Gerais 12,086 11.30% 12.70% 29.60%
Espírito Santo 2 .056 12.40% 12.00% 25.40%
Rio de Janeiro 10. 231 7.10% 9.20% 23.10%
São Paulo 25. 549 7.50% 8.70% 23.90%
Total(1000
pessoas)
Sem
Instrução e
Menos de
1 ano de
Estudo
1 a 3 anos 4 a 7 anos
AbrangênciaGeográfica
Pessoas de 25 anos ou mais de idade
Distribuição percentual, por grupos de
anos de estudo
Total Homens Mulheres
BRASIL 1.94% 15.77% 6.27% 22.50% 73.10 69.40 77.00
Sudeste 1.75% 13.65% 6.44% 16.60% 74.60 70.70 78.70
Minas Gerais 1.67% 15.12% 6.13% 19.10% 75.10 71.80 78.60
Espírito Santo 1.88% 16.53% 5.97% 17.70% 74.30 70.70 78.00
Rio de Janeiro 1.63% 11.97% 7.37% 18.30% 73.70 69.40 78.10
São Paulo 1.78% 13.32% 6.28% 14.50% 74.80 70.70 79.00
Taxa Bruta
deMortalidade
Taxa de
MortalidadeInfantil
Abrangência Geográfica
Esperança de Vida ao NascerTaxa de
FecundidadeTotal
Taxa Bruta
deNatalidade
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE, 2009a).
Tabela 8 - Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo - Brasil,Região Sudeste e Unidades da Federação – 2009
Fonte: Síntese dos Indicadores Sociais (IBGE, 2009b).
Esperança de Vida ao Nascer3
Em Minas Gerais, os indicadores: taxa de fecundidade,
taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade e taxa de
mortalidade infantil estão sensivelmente abaixo da média
nacional. A taxa de mortalidade infantil (19,1%) e a taxa bruta
de natalidade (15,1%) apresentam médias elevadas com relaçãoaos demais estados do Sudeste (Tabela 8).
De maneira geral, o Estado de Minas Gerais apresenta
um quadro de indicadores sociais com melhores condições de
desenvolvimento, se comparado aos indicadores do Brasil.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação.Décit habitacional no Brasil 2008. Brasília: Fundação JoãoPinheiro, Centro de Estatística e Informações. 2008. 129p. (ProjetoPNUD-BRA-00/019 – Habitar Brasil – BID). Disponível em:<http://www.fjp.gov.br/index.php/servicos/81-servicos-cei/70-decit-habitacional-no-brasil>. Acesso em: 19 de set. 2011.
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contasregionais/2003_2007/tabela04.pdf>. Acesso em 19 de set.2011.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2009 . 2009a.Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/trabalhoerendimento/pnad2009/>. Acesso em: 05 set.2011.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Sinopse do Censo Demográco 2010. 2010. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/ sinopse.pdf>. Acesso em: 05 set. 2011.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições
de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2009b.(Estudos e Pesquisas: Informação Demográca e Socioeconômica,26). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/ estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/ sinteseindicsociais2009/indic_sociais2009.pdf>. Acesso em: 10 set.2011.
TONIETTO, Jorge. et. al. Caracterização macroclimática e potencialenológico de diferentes regiões com vocação vitícola de MinasGerais. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 234, p.32-55, set/out 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-43662003000100020&script=sci_arttext>. Acessoem: 2 dez. 2011.
MELLO, Carlos R. de. Modelagem estatística da precipitação mensale anual e no período seco para o estado de Minas Gerais. Revista
Brasileira de Eng. Agrícola e Ambiental, v.13, n.1, p.68–74, 2009.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v13n1/v13n01a10.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2011.
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 26/95
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 27/95
Desastres Naturaisem Alagoas de 1991 a 2010
Desastres Naturais emMinas Gerais de 1991 a 2010
Fonte: Acervos das Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil dos Estados de Alagoas e Pernambuco.
28 ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 28/95
28Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Unaí
Paracatu
Buritis
Arinos
João Pinheiro
Januária
Buritizeiro
Jaíba
Formoso
Bocaiúva
Diamantin a
Lassance
Grão Mogol
Itinga
Araçua í
Manga
Ataléia
Urucuia
Teóf ilo Otoni
Salinas
Janaúba
Jequitinhonha
MontesClaros
Bonito de Minas
Almenara
Vazante
São Francisco
Joaíma
Caraí
Carlos Chagas
FranciscoSá
Itama randiba
Ibiaí
São Romão
Espinosa
Jacinto
Medina
ChapadaGaúcha
Riachin ho
Ubaí
Guarda-Mor
Itacambira
Nanuque
Lagamar
Porteirinha
Jequitaí
Rio Pardo de Minas
Botumirim
SantaFéde Minas
Gameleiras
Olhos-D'Água
Rubim
Carbonita
Pedr aAz ul
MinasNovas
Poté
Rubelita
Ninheir a
Várzea da Palma
Pintópolis
Montalvânia
Coraçãode Jesus
MatiasCardoso
Verdelândia
Brasilândiade Minas
Crisólita
Itacarambi
Juvenília
Novo Cruzeiro
Taiobeiras
Turmalina
Cristália
Gouveia
Indaiabira
Berilo
São João da Ponte
Montezuma
Capelinha
Pavão
Ladainha
Itaobim
Monte Azul
Patis
Itaipé
Mir abela
Pai Pedro
Berizal
Dom Bosco
Jordânia
Veredinha
Comercinho
Setubinha
Divisópolis
São Gonçalodo Abaeté
CônegoMar inho
São Joãodo Paraíso
Francis coDumont
LagoaGrande
Brasíliade Minas
Bonfinópolisde Minas
Catuji
ÁguasVermelhasVarzelândia
Pirapora
CapitãoEnéas
SaltodaDivisa
Ponto dos Volantes
Miravânia
Pedras deMaria da Cruz
Riacho dosMachados
Coronel MurtaFelisburgo
Malacach eta
CabeceiraGrande
Virgemda Lapa
Frutade Leite
Bandeira
Fr ei Gaspar
Datas
São Joãoda Lagoa
Franciscópolis
Catuti
Águas Formosas
Josenópolis
Chapadado Norte
PontoChiqueNatalândia
Bertópolis
Luislândia
CampoAzul
Ibiracatu
Mato Ver de
Japonvar
Juramento
VarjãodeMina s
Lontra
Icaraí de Minas
Palmópolis
Claro dosPoções
PadreParaíso
Rio doPrado
LagoadosPatos
Umburatiba
Uruana deMinas
Curralde Dentro
Cachoeirade Pa jeú
SantoAntôniodo Retiro
NovoOrientede Minas
Guaraciama
EngenheiroNavarro
Sen ador ModestinoGonçalve s
São JoãodasMissões
Mamonas
Machacalis
PadreCarvalho
FranciscoBadaró
SantaCruzde Salinas
Serranópolisde Minas
Monte Formoso
São Joãodo Pacuí
Novorizonte
Aricanduva
SantaMariado Salto
MataVerde
SantoAntôniodo Jacinto
Felíciodos Santos
Leme doPrado
Vargem Gr andedo Rio Pardo
Fronte iradosVales
Angelândia
CoutodeMagalhãesde M inas
Jenipapode Minas
José Gonçalvesde Minas
São Gonçalodo Rio Preto
SantaHelenade Minas
Glaucilândia
Serra dosAimorés
DivisaAlegre
PresidenteKubitschek
Ouro Verdede Minas
NovaPorteirinha
B a h i aB a h i a
G o i a sG o i a s
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l
T o c a n t i n sT o c a n t i n s
41°W
41°W
44°W
44°W
47°W
47°W
16°S 16°S
19°S 19°S
MAPA 7 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR ESTIAGEM E SECAEM MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 30 60 90 120 150 km
1:3000000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 44° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N
O
O C E A N
O
A T L Â
N T I
C O
A T L Â
N T I
C O
Número deregistros
1 - 3
4 - 7
8 - 11
12 - 14
15 - 18
Legenda das mesorregiões
1 - Jequitinhonha2 - Norte de Minas3 - Noroeste de Minas4 - Vale do Mucuri
1
2
3
4
29ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 29/95
29Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Uberlândia
Serro
Ferros
Aimorés
Buenópolis
Água Boa
Resplendor
Açucena
Augus to deLima
Itambacuri
ConselheiroPena
Rio Vermelho
Divinópolis
AntônioDias
Conceiçãodas Alagoas
Lagoa FormosaInimutaba
Jampruca
Joaquim Felício
Coluna
Estrela doIndaiá
CampanárioPescador Santo Hipólito
DomJoaquim
NovaMódica
Carmésia
Morro da Gar ça
Durandé
Materlândia
Maravilhas
GonzagaSenhorado Porto
Goianá
Cambuquira
São Josédo Jacur i
Alper cata
São Josédo Divino
Urucânia
Divino dasLaranjeiras
Central deMinas
Goiabeira
São Joséda SafiraSer ra Azul
de Minas
Rodeiro
Prudentede Morais
Divinolândiade Minas
Confins
AntônioPrado deMinas
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
G o i a sG o i a s
P a r a n áP a r a n á
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l
B a h i aB a h i a
43°W
43°W
46°W
46°W
49°W
49°W
19°S 19°S
22°S 22°S
MAPA 8 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR ESTIAGEM E SECAEM MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 30 60 90 120 150 km
1:3500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O
C E A N
O
O
C E A N
O
A T L Â
N T I
C
O
A T L Â
N T I
C O
Número deregistros
1
2
3
4 - 5
6 - 11
Legenda das mesorregiões
1 - Campo das Vertentes2 - Central Mineira3 - Metropolitana de Belo Horizonte
4 - Oeste de Minas5 - Sul/Sudeste de Minas6 - Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba
7 - Vale do Rio Doce8 - Zona da Mata
1
3
2
4
5
76
8
30 ESTIAGEM E SECA
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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
DESASTRES NATURAIS EM MINAS GERAIS DE 1991A 2010
ESTIAGEM E SECA
Os desastres relativos aos fenômenos de estiagens e
secas compõem o grupo de desastres naturais relacionadosà intensa redução das precipitações hídricas.
O conceito de estiagem está diretamente relacionad o
à redução das precipitações pluviométricas, ao atraso dos
períodos chuvosos ou à ausência de chuvas previstas para
uma determinada temporada, em que a perda de umidade
do solo é superior a sua reposiçã o (CASTRO, 2003). A redução
das precipitações pluviométricas relaciona-s e com a dinâmica
atmosférica global, que comanda as variáveis climatológicas
relativas aos índices de precipitação pluviométrica.
O fenômeno estiagem é considerado existente
quando há um atraso superior a quinze dias do início da
temporada chuvosa e quando as médias de precipitaçãopluviométricas mensais dos meses chuvosos permanecem
inferiores a 60% das médias mensais de longo período, da
região considerada (CASTRO, 2003).
A estiagem é um dos desastres de maior ocorrência
e impacto no mundo, devido, principalmente, ao longo
período em que ocorre e a abrangência de grandes áreas
atingidas (GONÇALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2006). Assim,
a estiagem, enquanto desastre, produz reflexos sobre as
reservas hidrológicas locais, causando prejuízos à agricult ura
e à pecuária. Dependendo do tamanho da cultura realizada,
da necessidade de irrigação e da importância desta na
economia no município, os danos podem apresentar
magnitudes economicamente catastróficas. Seus impactos
na sociedade, portanto, resultam da relação entre eventos
naturais e as atividades socioeconômicas desenvolvidas
na região, por isso a intensidade dos danos gerados é
proporcional à magnitude do evento adverso e ao grau
de vulnerabilidade da economia local ao evento (CASTRO,
2003).
As estiagens, se comparadas às secas, são menos
intensas e caracterizam-se pela menor intensidade e por
menores períodos de tempo. Assim, a forma crônica deste
fenômeno é denominada como seca (KOBIYA MA et al., 2006).
A seca, do ponto de vista meteorológico, é uma estiagem
prolongada, caracterizada por provocar uma redução
sustentada das reservas hídricas existentes (CASTRO, 2003).Na seca, para que se configure o desastre, é
necessária uma interrupção do sistema hidrológico de forma
que o fenômeno adverso atue sobre um sistema ecológico,
econômico, social e cultural, vulnerável à redução das
precipitações pluviométricas. O desastre seca é considerado,
também, um fenômeno social, pois caracteriza uma situação
de pobreza e estagnação econômica, advinda do impacto
desse fenômeno meteorológico adverso. Desta forma, a
economia local, sem a menor capacidade de gerar reservas
financeiras ou de armazenar alimentos e demais insumos, é
completamente bloqueada (CASTRO, 2003).
Além de fatores climáticos de escala global, como La
Niña , as características geoambientais podem ser elementos
condicionantes na frequência, duração e intensidade dos
danos e prejuízos desses desastres. As formas de relevo
e a altitude da área, por exemplo, podem condicionar o
deslocamento de massas de ar, interferindo na formação de
nuvens e, consequentemente, na precipitação (KOBIYAMA et
al., 2006). O padrão estrutural da rede hidrográfica pode ser
também um condicionante físico que interfere na propensão
para a construção de reservatórios e captação de água. O
porte da cobertura vegetal pode ser caracterizado, ainda,
como outro condicionante, pois retém umidade, reduz a
evapotranspiração do solo e bloqueia a insolação direta no
solo, diminuindo também a atuação do processo erosivo
(GONÇALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2004).
Desta forma, situações de secas e estiagens não
são necessariamente consequências somente de índices
pluviais abaixo do normal ou de teores de umidade de solos
e ar deficitários. Pode-se citar como outro condicionante o
manejo inadequado de corpos hídricos e de toda uma bacia
hidrográfica, resultados de uma ação antrópica desordenadano ambiente. As consequências, nestes casos, podem
assumir características muito particulares, e a ocorrência
de desastres, portanto, pode ser condicionada pelo efetivo
manejo dos recursos naturais realizado na área (GONÇAL VES;
MOLLERI; RUDORFF, 2004).
Estas duas tipologias de desastres naturais, adotadas
em uma mesma classificação no Atlas, são intensamente
recorrentes nas duas décadas analisadas, totalizando 1.933
registros oficiais no Estado de Minas Gerais.
Todos esses registros estão espacializados em dois
mapas: Mapa 7 (Desastres naturais causados por estiagem e
seca em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991
a 2010) e Mapa 8 (Desastres naturais causados por estiagem
e seca nas em Mesorregiões de Minas Gerais no período de
1991 a 2010), que apresentam um total de 230 municípios
afetados, representando 27% do total de municípios do
Estado.
Estes municípios pertencem a diferentes mesorregiões
mineiras, entretanto, o número de registros é crescente do
Figura 5 – Rio completamente seco, Campo Azul
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
31ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Municípios Atingidospor Estiagem e Seca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TotalRio Pardo de Minas 18
Francisco Sá 17Indaiabira 17
Ubaí 17Araçuaí 16
Bocaiúva 16Brasília de Minas 16
Catuti 16Chapada Gaúcha 16
Gameleiras 16Grão Mogol 16Guaraciama 16
Ibiracatu 16Itaobim 16
Josenópolis 16Mamonas 16
Porteirinha 16
São Francisco 16Vargem Grande do Rio Pardo 16
Campo Azul 15Comercinho 15
Cristália 15Curral de Dentro 15
Engenheiro Navarro 15Espinosa 15
Francisco Dumont 15Glaucilândia 15
Ibiaí 15Luislândia 15
Matias Cardoso 15Monte Azul 15Pai Pedro 15
Pedras de Maria da Cruz 15Salinas 15
São João da Ponte 15Taiobeiras 15
Capitão Enéas 14
Chapada do Norte 14Coração de Jesus 14
Itacarambi 14Jaíba 14
Janaúba 14Jenipapo de Minas 14
José Gonçalves de Minas 14Lagoa dos Patos 14
Manga 14
Mato Verde 14Ninheira 14
Novorizonte 14Pedra Azul 14
Riacho dos Machados 14Serranópolis de Minas 14
Virgem da Lapa 14Berilo 13
Coronel Murta 13Francisco Badaró 13
Fruta de Leite 13Icaraí de Minas 13
4013 26
183
362
179207
101 109137 137
177
78
184
0
200
400
centro para norte do território, com um número maior de
registros nas mesorregiões Vale do Mucuri, Jequitinhonha,
Norte de Minas e Noroeste de Minas (Mapa 7). Dessas,
destaca-se a Mesorregião Norte de Minas, por ter a maioria
dos municípios com mais de 10 registros entre os anos
analisados, e por todos os seus 89 municípios terem sidoafetados.
Estas mesorregiões situam-se em área, classificada
por Köppen, com clima tropical seco (BSw), com chuvas
no verão e precipitações anuais sempre inferiores a 1.000
mm e normalmente inferiores a 750 mm (EMBRAPA, 2011).
O extremo norte do Estado ainda é parte integrante do
Polígono das Secas, quente e seco, que diverge do sul do
Estado, com topografia acidentada, possui em maior parte
clima mesotérmico com verão chuvoso e maiores índices
pluviométricos (TONIETTO et. al, 2006).
Deste modo, as mesorregiões situadas ao sul doEstado apresentaram poucos municípios com registros do
evento, sendo: 5 municípios na Zona da Mat a, 3 no Triângulo
Mineiro, 1 no Sul/Sudeste de Minas, 1 no Oeste de Minas e
nenhum em Campo das Vertentes (Mapa 8).
Dos 230 municípios afetados, os mais atingidos,
de acordo com o Infográco 1 (Municípios atingidos por
estiagens e secas) foram Rio Pardo de Minas, com 18 registros,
e Ubaí, Indaiabira e Francisco Sá, com 17 registros de desastres.
Infográco 1 – Municípios atingidos por estiagens e secas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010Figura 6 – Busca de água durante o período seco em Jequitinhonha
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
32
ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Berilo 13Coronel Murta 13
Francisco Badaró 13Fruta de Leite 13
Icaraí de Minas 13Itacambira 13Januária 13
Juramento 13
Medina 13Mirabela 13Pintópolis 13
Rubelita 13São João do Paraíso 13
Várzea da Palma 13Verdelândia 13
Berizal 12Bonito de Minas 12
Carbonita 12Claro dos Poções 12Cônego Marinho 12
Itinga 12
Japonvar 12Jequitaí 12
Minas Novas 12Montezuma 12
Olhos-d'Água 12Padre Carvalho 12
São Romão 12Urucuia 12
Varzelândia 12Divisa Alegre 11
Joaquim Felício 11Lassance 11Lontra 11
Montes Claros 11Padre Paraíso 11
Patis 11Ponto Chique 11
Rubim 11Santo Antônio do Retiro 11
Veredinha 11Arinos 10
Botumirim 10Itamarandiba 10
Jacinto 10Nanuque 10
Novo Cruzeiro 10Pirapora 10
Santa Cruz de Salinas 10
São João da Lagoa 10Serro 10
Turmalina 10Águas Vermelhas 9
Campanário 9Capelinha 9
Caraí 9Juvenília 9
Leme do Prado 9Miravânia 9
Nova Porteirinha 9Santa Fé de Minas 9
Santo Antônio do Jacinto 9São João do Pacuí 9
Municípios Atingidospor Estiagem e Seca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
4013 26
183
362
179207
101 109137 137
177
78
184
0
200
400
Todos se localizam na Mesorregião Norte de Minas, onde a
umidade relativa mensal chega a 52%, a temperatura mensal
em torno de 24ºC e as médias pluviométricas cam em 180mm anuais (TONIETTO et al., 2006).
Como visto, o Estado de Minas Gerais apresenta
distribuição espacial no volume de chuvas, diminuindo de
sul para o norte, mas também, tem característica sazonal,
apresentando duas estações bem definidas, uma seca e uma
chuvosa.
Dessa maneira, apesar de ter registros em todos os
meses do ano, Minas Gerais apresentou distribuição desigual
dos registros de estiagens e secas durante os meses, de
acordo com o Gráfico 1 (Frequência mensal de estiagens e
secas 1991-2010). Os meses mais afetados corres pondem aosmenos chuvosos, de maio a setembro conforme ANA/SGH
(2010). Destacando-se o mês de maio, com 196 registros,
julho , co m 186 regis tros, e agosto, com 5 12 regist ros.
Com base nos totais de registros distribuídos ao longo
dos meses, deve-se considerar que, para a caracterização
de um desastre natural por estiagem ou seca em Minas
Gerais, é necessário, no mínimo, algumas semanas com
déficit hídrico. Portanto, os registros do trimestre outubro,
Gráco 1 - Frequência mensal das estiagens e secas em Minas Gerais, noperíodo de 1991 a 2010
512500
600
Frequência mensal de estiagem e seca
(1991 a 2010)
144 115 79 88
196
69
186
131 90 79
244
0
100
200
300
400
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Continuação...
33l il i d i | 1991 2010 | l i G i
ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
rav n aNova Porteirinha 9Santa Fé de Minas 9
Santo Antônio do Jacinto 9São João do Pacuí 9
Almenara 8Cachoeira de Pajeú 8
Aricanduva 8Buritizeiro 8
Carlos Chagas 8Diamantina 8Divisópolis 8
Joaíma 8
Malacacheta 8Monte Formoso 8
Ponto dos Volantes 8Salto da Divisa 8
São João das Missões 8Águas Formosas 7
Angelândia 7Felisburgo 7Frei Gaspar 7
Jequitinhonha 7
Montalvânia 7Rio do Prado 7
Setubinha 7Crisólita 6
Franciscópolis 6Itaipé 6
Novo Oriente de Minas 6Palmópolis 6Poté 6
Riachinho 6Santa Helena de Minas 6Santa Maria do Salto 6
Senador Modestino Gonçalves 6Ataléia 5
Bandeira 5Bertópolis 5
Bonfinópolis de Minas 5Buritis 5Catuji 5
Couto de Magalhães de Minas 5Datas 5
Felício dos Santos 5São Gonçalo do Rio Preto 5
Fronteira dos Vales 5Itambacuri 5Jordânia 5
Machacalis 5Mata Verde 5
Ouro Verde de Minas 5
Pavão 5Rio Vermelho 5Santo Hipólito 5
Serra dos Aimorés 5Umburatiba 5Goiabeira 4Ladainha 4Pescador 4
Teófilo Otoni 4
Açucena 3Aimorés 3
Augusto de Lima 3
Municípios Atingidospor Estiagem e Seca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
4013 26
183
362
179207
101 109137 137
177
78
184
0
200
400
novembro e dezembro possivelmente refletem as situações
de emergência após o período menos chuvoso no Estado.
Destaca-se o mês de dezembro, por ser considerado ummês chuvoso, no entanto teve 244 registros entre os anos
de 1991 e 2010.
Durante a estação chuvosa, na qual dezembro
se insere, pode ocorrer um período de estiagem também
conhecido como veranico. Este fenômeno apresenta como
possível causa os mecanismos de larga-escala, que atuam no
regime das chuvas em Minas Gerais, denominados Alta da
Bolívia e o Cavado Compensador Leste (CUPOLILLO, 2002).
Os primeiros registros de estiagens e secas ocorrer am
em 1993, quando 40 municípios decretaram estado de
calamidade pública ou situação de emergência. No anomais atingido, 2001, foi decretada situação de emergência
em 157 municípios diferentes. O município mais atingido
foi Campanário, com 4 registros nos meses de abril, julho,
agosto e dezembro.
Segundo os documentos oficiais, a maior parte das
ocorrências de 2001 esteve concentrada nos meses de maio
e dezembro, sendo 139 e 153 registros respectivamente.
Em maio, as chuvas observadas em grande parte da Região
Gráco 2 - Médias pluviométricas em 2001, com base nos dados das Esta-ções Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de SantaCatarina
100,49
111,57
176,87186,69
150
200
Médias pluviométricas em 2001
60,9140,55
20,1431,38
7,04 5,20 8,32 11,87
5 5 11 4 5 2 2 2 3 12 14 120
50
100
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
média mensal média dias de ch uva
Fonte: ANA/SGH, 2001. Adaptado por CEPED UFSC (2011).
Continuação...
34Atl B il i d D t N t i | 1991 2010 | V l Mi G i
ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 34/95
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Pescador 4Teófilo Otoni 4
Açucena 3Aimorés 3
Augusto de Lima 3Brasilândia de Minas 3
Divinópolis 3Formoso 3
Alpercata 2Cabeceira Grande 2Coluna 2
Conselheiro Pena 2Gouveia 2
Guarda-Mor 2Lagamar 2
Lagoa Grande 2Natalândia 2
Presidente Kubitschek 2Resplendor 2
São Gonçalo do Abaeté 2Serra Azul de Minas 2
Urucânia 2Vazante 2
Água Boa 1Antônio Dias 1
Antônio Prado de Minas 1Buenópolis 1Cambuquira 1
Carmésia 1Central de Minas 1
Conceição das Alagoas 1
Confins 1Divino das Laranjeiras 1Divinolândia de Minas 1
Dom Bosco 1Dom Joaquim 1
Durandé 1Estrela do Indaiá 1
Ferros 1Goianá 1
Gonzaga 1Inimutaba 1Jampruca 1
João Pinheiro 1Lagoa Formosa 1
Maravilhas 1Materlândia 1
Morro da Garça 1Nova Módica 1
Paracatu 1Prudente de Morais 1
Rodeiro 1São José da Safira 1São José do Divino 1São José do Jacuri 1Senhora do Porto 1
Uberlândia 1Unaí 1
Uruana de Minas 1Varjão de Minas 1
1933Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro2 Registros
Municípios Atingidospor Estiagem e Seca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
4013 26
183
362
179207
101 109137 137
177
78
184
0
200
400
Sudeste foram inferiores a 50 mm, após dois meses com
chuvas abaixo da média, como pode ser observado no
Gráfico 2 (Médias pluviométricas em 2001)
Embora a precipitação tenha sido ligeiramente
acima da média no Sudeste, as vazões das grandes bacias
ainda permaneceram baixas, destacando-se os postos
Emborcação, Itumbiara, São Simão e Furnas em Minas
Gerais, da bacia do rio Paranaíba. A barragem de Três
Marias registrou uma vazão menor do que a esperada.
Dessa forma, o governo adotou o racionamento do
consumo de energia para todos os segmentos da sociedade,
objetivando economizar o “volume útil” armazenado nas
hidrelétricas que viabilizam geração de energia elétrica no
país (CLIMANÁLISE, 2001).
Os eventos de estiagem e seca estão entre osfenômenos que causam desastres naturais com os maiores
períodos de duração, se, por exemplo, comparados com o
tempo de duração de inundações graduais e bruscas, granizo,
vendavais, erosões e movimentos de massa (GONÇALVES et al.,
2004), podendo, assim, atingir um número maior de pessoas.
Entre os anos de 1991 a 2010 foi registrado um total de mais
de 3 milhões de mineiros afetados pelas estiagens, conforme
3.291.778
2500000
3000000
3500000
n t e s
Danos humanos por estiagem e seca
(1991 a 2010)
1.768 1.781
137.031
5 82 2911.002
750
500000
1000000
1500000
H a b
i t a
Gráco 3 – Danos humanos ocasionados por estiagens e secas, no período de1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Continuação...
35Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
ESTIAGEM E SECA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 35/95
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
vida humana. Atinge ainda, de modo negativo, a dinâmica
ambiental e a conservação ambiental.REFERÊNCIAS
ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricosde 1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres:desastres naturais. Brasília (DF): Ministério da IntegraçãoNacional, 2003. 182 p.
CLIMANÁLISE - Boletim de Monitoramento e AnáliseClimática. Cachoeira Paulista, v. 16, n. 05, mai. 2001. Disponívelem: < http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/pdf/ pdf01/mai01.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2011.
CUPOLILLO, F. et. al. Espacialização de veranico em minasgerais: período de 1968 - 1988. In: CONGRESSO BRASILEIRODE METEOROLOGIA, 12., 2002, Foz de Iguaçu-PR. Anais... Fozde Iguaçu-PR: cbmet, 2002. Disponível em: <http://www.cbmet.com/cbm-files/11-645732dc527e483527f6dfd5679147c3.pdf>.Acesso em: 8 dez. 2011.EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA.
Clima. 2011. Disponível em: <http://www.cnpf.embrapa.br/ pesquisa/efb/clima.htm>. Acesso em: 21 dez. 2011.
GONÇALVES, E. F.; MOLLERI, G. S . F.; RUDORFF, F. M. Distribuiçãodos desastres naturais no Estado de Santa Catarina: estiagem(1980-2003). In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE DESASTRESNATURAIS, 1., 2004, Florianópolis. Anais... Florianópolis: GEDN/ UFSC, 2004. p. 773-786. 1 CD-ROM.
KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais:conceitos básicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.
TONIETTO, J. et. al. Caracterização macroclimática e potencialenológico de diferentes regiões com vocação vitícola de MinasGerais. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 234,p. 32-55, set./out. 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/
scielo.php?pid=S1415-43662003000100020&script=sci_arttext>.Acesso em: 2 dez. 2011.
apresenta o Gráco 3 (Danos humanos por estiagens e
secas 1991-2010), deixando ainda 1.768 desalojados, 1.781
desabrigados, 137.031 deslocados, 5 desaparecidos, 82
levemente feridos, 29 gravemente feridos, 11.002 enfermos
e 75 mortos. Em episódios de extrema estiagem e seca é
comum um elevado número pessoas contrair algum tipo
de doença de veiculação hídrica, geralmente relacionada àingestão de águas contaminadas ou poluídas, ou mesmo pela
falta de água, causando desidratação.
O número de vítimas fatais relacionadas à ocorrência
de estiagens e secas foram registradas em apenas 5
municípios, sendo eles: Capitão Enéas, Curral de Dentro,
Icaraí de Minas, Rubim e Ubaí. O município de Curral de
Dentro, localizado na Mesorregião Norte de Minas, teve 48
óbitos relacionados com as 14 ocorrências que atingiram
sua área rural, deixando praticamente 100% das suas fontes
d'água secas em algumas ocorrências.
O município de São Francisco apresentou dezesseis
registros desastres por estiagens e secas no períodoanalisado, e em todos estes episódios decretou situação de
emergência. Embora não tenha ocorrido nenhum óbito, foi
o município que apresentou o maior número de afetados,
com 112.407 habitantes.
As estiagens e secas são recorrentes no Estado
de Minas Gerais. Devido ao elevado número de pessoas
afetadas e mortas, esses fenômenos devem ser monitoradas,
principalmente nos meses da estação seca, onde há uma
significativa diminuição das precipitações. Outro problema
relacionado às estiagens e secas, associadas à influência
antrópica, são os focos de incêndios florestais.Esses fenômenos naturais favorecem ainda a uma
considerável redução nos níveis de água dos cursos d’água
e provocam o ressecamento dos leitos em rios de menor
porte. Afeta as áreas produtivas, provocando perdas nas
lavouras e causa prejuízo aos agricultores, compromete
os reservatórios de água, resultando em sede, fome, e na
perda de rebanho, bem como em problemas de risco à
36Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO BRUSCA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 36/95
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Serro
Itabira
Mutum
Ferros
Aimorés
Mariana
Itambacuri
ÁguaBoa
Caratinga
Ouro Preto
Inhapim
Governador Valadares
Guanhães
Galiléia
Resplendor
Açucena
Caeté
ConselheiroPena
Pocrane
Itueta
Baldim
Jaboticatubas
Sabinópolis
Mantena
Esmeraldas
Coroaci
Tarumirim
Itabirito
Pitangui
Cordisburgo
Marliéria
ConceiçãodoMato Dentro
AntônioDias
Betim
Paraopeba
Itanhomi
SantanadePirapama
Alvinópolis
Brumadinho
Jampruca
Ipanema
Itaguara
Jequitibá
Coluna
SantaB árbara
Tumiritinga
Bonfim
Sete Lagoas
Dionísio
Sabará
NovaLima
NovaEra
BeloVale
Virginópolis
Campanário
Pequi
Morrodo Pilar
Frei Inocêncio
Itatiaiuçu
São Domingosdo Prata
Dom Joaquim
Alvarenga
Inhaúma
Jeceaba
Carmésia
Congonhas
Joanésia
Periquito
Rio Piracicaba
Sobrália
Paulistas
Maravilhas
Gonzaga
Entre Rios deMinas
Rio Acima
Moeda
Rio Manso
Ipatinga
Cuparaque
Taparuba
Ipaba
Sardoá
Naque
Funilândia
Contagem
Timóteo
Queluzito
UbaporangaJaguaraçu
NovaBelém
Bom Jesusdo Galho
SantaMariadeItabira
SantaRitadoItueto
Materlândia
Congonhasdo Norte
Belo
Horizonte
São JoãoEvangelista
Matozinhos
Senhorado Porto
BarãodeCocais
SantaLuzia
Dores deGuanhães
PedroLeopoldo
São Sebastião
do Maranhão
São Josédo Jacuri
LagoaSanta
ConselheiroLafaiete
Taquaraçude Minas
NacipRaydan
Divino dasLaranjeiras
Crucilândia
São Pedrodo Suaçuí
Igarapé
Santanado Paraíso
José Raydan
Cantagalo
Imbé deMinas
Ibirité
São Gonçalodo Rio Abaixo
São Geraldodo Baixio
Juatuba
Centralde Minas
Coronel Fabriciano
Goiabeira
São Joséda Safira
Conceiçãode Ipanema
EngenheiroCaldas
Santanados Montes
Passabém
São Josédo Goiabal
São Félixde Minas
Raposos
VargemAlegre
Ribeirãodas Neves
FernandesTourinho
Sarzedo
EntreFolhas
CapimBranco
São Geraldoda Piedade
Divinolândiade Minas
Vespasiano
João Monlevade
Dom Cavati
São Joãodo Oriente
São Joãodo Manteninha
BelaVistade Minas
SantaEfigêniade Minas
PiedadedeCaratinga
Pingo-D'Água
SantaB árbarado Leste
São Sebastião do Rio Preto
São Sebastiãodo Anta
São Joaquimde Bicas
Cachoeirada Prata
São Joséda Lapa
MárioCampos
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
41°W
41°W
43°W
43°W
45°W
45°W
18°S 18°S
20°S 20°S
MAPA 9 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕESMETROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E VALE DO RIO DOCE NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 16 32 48 64 80 km
1:1600000
Número deregistros
1
2
3 - 4
5 - 6
7 - 12
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
37Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO BRUSCA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 37/95
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
Unaí
Bur itis
Ar inos
Ibiá
Uberaba
Tiros
Curvelo
For moso
Uber lândia
Ar aguar i
Pompéu
Patrocínio
Coromandel
Sac ramen to
Santa V itór ia
Três Marias
Patos de Minas
Ar axá
ItapagipeIturama
Pr esidenteOlegár io
Guar da-Mor
Brasilândia de Minas
Capinópolis
São Gotardo
Conqu ista
MartinhoCampos
Conceiçãodas Alagoas
Inimutaba
JoaquimFelício
Natalândia
PresidenteJuscelino
Guimarânia
ÁguaComprida
SantoHipólito
Matutina
Moema
Morr oda Garça
G o i a sG o i a s
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
B a h i aB a h i a
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o
M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l
D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l
44°W
44°W
47°W
47°W
50°W
50°W
16°S 16°S
19°S 19°S
MAPA 10 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕES CENTRAL MINEIRA,NOROESTE MINEIRO E TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 30 60 90 120 150 km
1:3000000
Número deregistros
1
2
3
4
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
38Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO BRUSCA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 38/95
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
G o i a sG o i a s
Januária
Buritizeiro
Jaíba
Bocaiúva
Lassance
Grão Mogol
Araçuaí
Manga
Ataléia
Teófilo Otoni
Salinas
Janaúba
Bonito de Minas
Almenara
Joaíma
Caraí
Carlos Chagas
Itamarandiba
São Romão
Ibiaí
Espinosa
Jacinto
MedinaRiachinho
Ubaí
Itacambira
Nanuque
Porteirinha
Jequitaí
Botumirim
SantaFéde Minas
Carbonita
Rubim
PedraAzul
Minas Novas
Poté
Rubelita
Pintópolis
Montalvânia
Coração de Jesus
Matias Cardoso
Verdelândia
Crisólita
Juvenília
NovoCruzeiro
Taiobeiras
Turmalina
Cristália
Indaiabira
São João da Ponte
Montezuma
Capelinha
Pavão
Itaobim
São João do ParaísoMonte Azul
Mirabela
Pirapora
Jordânia
Riacho dos Machados
Felisburgo
Malacacheta
Comercinho
Bandeira
Franciscópolis
Águas Formosas
Campo Azul
Ibiracatu
Brasíliade Minas
Capitão EnéasFrutadeLeite
Frei Gaspar
São Joãoda Lagoa
Catuti
Josenópolis
Chapadado Norte
PontoChique
Luislândia
Mato Verde
Juramento
Icaraí deMinas
Palmópolis
Claro dosPoções
PadreParaíso
Umburatiba
Cachoeirade Pajeú
SantoAntôniodo Retiro
NovoOrientede Minas
Machacalis
PadreCa rvalho
FranciscoBadaró
Aricanduva
MataVerde
SantoAntôniodo Jacinto
Vargem Grandedo Rio Pardo
Fronteirados Vales
Angelândia
CoutodeMagalhãesde Minas
Jenipapode Minas
São Gonçalodo Rio Preto
Glaucilândia
Ouro Verdede Minas
B a h i aB a h i a
E s p i r i t oE s p i r i t o
S a n t oS a n t o
40°W
40°W
43°W
43°W
46°W
46°W
15°S 15°S
18°S 18°S
MAPA 11 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕESNORTE DE MINAS, JEQUITINHONHA E VALE DO MUCURI NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 25 50 75 100 125 km
1:2500000
Número deregistros
1
2
3
4
6
39Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO BRUSCA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 39/95
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
Formiga
Passos
Delfinópolis
Oliveira
Alfenas
Cássia
Andrelândia
Cláudio
Itaúna
Jacuí
Candeias
Pains
Aiuruoca
Cruzília
Iguatama Divinópolis
Tapiraí
Capitólio
Boa Esperança
Três CoraçõEs
Ouro Fino
Pimenta
CamposGerais
Itamonte
Virgínia
Campo Belo
Alpinópolis
Pouso Alegre
Ipuiúna
ElóiMendes
PoçoFundo
Aguanil
PerdõEs
Cabo Verde
Cambuí
Piracema
Lambari
Monte Sião
Pouso Alto
Itapeva
Munhoz
Alagoa
CarmodaMata
Natércia
Pratápolis
Sapucaí-Mirim
Ibituruna
Heliodora
Capetinga
Bocaina deMinas
CarmodoCajuru
Guaranésia
BuenoBrandão
Igaratinga
São Gonçalodo Sapucaí
NovaSerrana
Piranguçu
Passa-Vinte
Carmode Minas
SantoAntôniodo Amparo
Carmópolisde Minas
Maria da Fé
São ThomédasLetras
Bom Repouso
ConceiçãodoRio Verde
Cordislândia
São Franciscode Paula
Conceiçãodo Pará
Seritinga
São Tomásde Aquino
São Gonçalodo Pará
Fortalezade Minas
Caxambu
Marmelópolis
SantanadoJacaré
SãoLourenço
44°W
44°W
46°W
46°W
48°W
48°W
20°S 20°S
22°S 22°S
MAPA 12 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕESOESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km
1:1750000
Número deregistros
1
2
3
4
40Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO BRUSCA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 40/95
t as as e o de esast es atu a s | 99 a 0 0 | o u e as Ge a s
Muriaé
Juiz de Fora
Ubá
Leopoldina
Piranga
Lavras São João Del Rei
Jequeri
Barbacena
Lima Duarte
Miraí
Raul Soares
Lajinha
Divino
Ervália
Itutinga
Palma
Mercês
Simonésia
Viçosa
Nepomuceno
Santos Dumont
Matipó
Cataguases
PonteNova
Alto Rio Doce
Além Paraíba
Rio Casca
Rio Preto
Prados
Chalé
Tombos
Carangola
Nazareno
Guarani
Araponga
Barra Longa
Fervedouro
Lagoa Dourada
Recreio
Guaraciaba
Miradouro
Guiricema
Canaã
Espera Feliz
Laranjal
Bicas
Durandé
Eugenópolis
Rio Pomba
Mar de Espanha
Rio Novo
Sericita
Caputira
Brás Pires
Reduto
Piraúba
Descoberto
TocantinsGuidoval
Lamim
Pirapetinga
Sem-Peixe
Urucânia
SantaMargarida
Dom Silvério
Silveirânia
Caparaó
DoresdoTurvo
Caiana
Manhumirim
São Geraldo
Luisburgo
FariaLemos
Acaiaca
Coimbra
Rio Doce
Presidente Bernardes
Guarará
Barroso
Paiva
Madre de Deusde Minas
SantaRitadeJacutinga
Santanado
Manhuaçu
AstolfoDutra
PedradoAnta
Alto Jequitibá
SantaCruz doEscalvado
Senhora dosRemédios
ViscondedoRio Branco
MatiasB arbosa
Senador Firmino
Oratórios
Simão Pereira
SantanadoDeserto
Amparo do Serra
Alto Caparaó
Tiradentes
Coronel Pacheco
SantanadeCataguases
Itamaratide Minas
SantoAntôniodo Grama
Ewbank daCâmara
Patrocínio do Muriaé
DonaEusébia
AntônioPrado deMinas
PiedadedePonteNova
RibeirãoVermelho
SantaCruzde Minas
E s p i r i t oE s p i r i t o
S a n t oS a n t o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
42°W
42°W
43°30'W
43°30'W
45°W
45°W
20°30'S 20°30'S
22°S 22°S
MAPA 13 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NASMESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km
1:1250000
Número deregistros
1
2
3 - 4
5 - 6
7 - 8
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INUNDAÇÃO BRUSCA
Inundações bruscas e alagamentos compõem o grupo
de desastres naturais relacionados com o incremento das
precipitações hídricas e com as inundações.
As inundações bruscas (enxurradas) são aquelas
provocadas por chuvas intensas e concentradas em locais derelevo acidentado ou mesmo em áreas planas, caracterizando-se
por rápidas e violentas elevações dos níveis das águas, as quais
escoam de forma rápida e intensa. Nessas condições, ocorre
um desequilíbrio entre o continente (leito do rio) e o conteúdo
(volume caudal), provocando transbordamento (CASTRO, 2003).
Por ocorrer em um período de tempo curto, este fenômeno
costuma surpreender por sua violência e menor previsibilidade,
provocando danos materiais e humanos mais intensos do que
as inundações graduais (GOERL; KOBIYAMA, 2005).
Os alagamentos, também incluídos nesta classicação
do Atlas, caracterizam-se pelas águas acumuladas no leito
das ruas e nos perímetros urbanos decorrentes de fortesprecipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de
drenagem decientes, podendo ter ou não relação com processos
de natureza uvial (MIN. CIDADES/IPT, 2007). Canholi (2005)
explica que a drenagem urbana das grandes metrópoles foi,
durante muitos anos, abordada de maneira acessória, e somente
em algumas metrópoles a drenagem urbana foi considerado
fator preponderante no planejamento da sua expansão. Desta
forma, assiste-se atualmente a um conjunto de eventos trágicos
a cada período de chuvas, que se reproduzem em acidentes de
características semelhantes em áreas urbanas de risco em todo
país - vales inundáveis e encostas erodíveis - inexistindo, na quase
totalidade de municípios brasileiros, qualquer política pública
para equacionamento prévio do problema (BRASIL, 2003).
Há certa diculdade na distinção dos t ipos de inundação.
Isto se deve à diculdade de identicação do fenômeno em
campo e à ambiguidade das denições existentes. Além dos
problemas tipicamente conceituais e etimológicos, algumas
características comportamentais são similares para ambas às
inundações, ou seja, ocorrem tanto nas inundações bruscas
como nas graduais (KOBIYAMA et al., 2006).
Conforme Castro (2003), é comum a combinação dos
fenômenos de inundação brusca (enxurrada) e alagamento em áreas
urbanas acidentadas, como ocorre no Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e em cidades serranas, causando danos ainda mais severos.
Esses tipos de fenômenos são bastante recorrentes em
várias regiões do país, principalmente nas estações chuvosas.
Enquanto desastre natural, as inundações bruscas somam no
Estado de Minas Gerais 935 registros ociais entre os anos de
1991 a 2010.
Esses registros foram espacializados, para melhor
visualização, em cinco mapas: Mapa 9 (Desastres Naturais
causados por inundação brusca nas Mesorregiões Metropolitana
de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a
2010), Mapa 10 (Desastres Naturais causados por inundação
brusca nas Mesorregiões Central Mineira, Noroeste Mineiro e
Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010),
Mapa 11 (Desastres Naturais causados por inundação brusca
nas Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale
do Mucuri no período de 1991 a 2010), Mapa 12 (DesastresNaturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões
Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a
2010) e Mapa 13 (Desastres Naturais causados por inundação
brusca nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata
no período de 1991 a 2010).
Observa-se que dos 853 municípios pertencentes
ao Estado, 481 municípios (56,38%), localizados em todas as
mesorregiões, apresentam registros de inundações bruscas
entre os anos de 1991 e 2010. Entretanto, as mesorregiões que
apresentaram o maior número de ocorrências foram a Zona
da Mata com 234, Vale do Rio Doce com 173 e Metropolitana
de Belo Horizonte com 167, que estão inseridas nas baciashidrográcas do rio Paraíba do Sul, rio Doce e rio das Velhas,
respectivamente.
Este fato pode estar associado às localizações das
mesorregiões mais afetadas no centro-leste do Estado, em
regiões de vales, próximas as serras da Mantiqueira, serras do
Quadrilátero Ferrífero e serra do Caparaó. E também às suas
maiores concentração populacional e densidade demográca,
em relação às outras mesorregiões de Minas Gerais.
O município que se destaca por ter a maior recorrência
do evento adverso é Contagem, localizado na Mesorregião
Metropolitana de Belo Horizonte, com 12 ocorrências, na classe
7-12 conforme Mapa 9. Na mesma classe do Mapa 9, com 9
ocorrências registradas, estão os municípios com a segunda
maior recorrência registrada entre 1991 a 2010, Congonhas e
Periquito, localizados nas mesorregiões Metropolitana de Belo
Horizonte e Vale do Rio Doce, respectivamente. Os demais
municípios e seus totais de registros de inundações bruscas, além
dos mapas, podem ser vericados no Infográco 2 (Municípios
atingidos por inundações bruscas), que apresenta os municípios
atingidos e respectivos anos de ocorrência.
Os primeiros registros por enxurradas ou inundação
brusca ocorreram em 1992, em fevereiro no município de Monte
Azul e em março no município de Espinosa, ambos localizados
na Mesorregião Norte de Minas.
Os próximos registros só foram ocorrer em 1995,
quando 3 municípios decretaram situação de emergência ou
calamidade pública, em janeiro o município de Água Comprida eem dezembro os municípios de Lajinha e Padre Paraíso. A partir
daquele ano, todos os anos da pesquisa obtiveram registros
de desastres por inundações bruscas em municípios de Minas
Gerais. Os anos de maior destaque, com total de regist ros acima
de 100, foram em 1997, com 215, e 2004, com 131. Em 1997,
o mês com quase todas as ocorrências de inundações bruscas
registradas foi janeiro, com 205 registros.
Já em 2004, os meses com as maiores ocorrências de
inundações bruscas registradas foram: janeiro (com 52 registros) e
fevereiro (com 30 registros). Estes números elevados de registros
em alguns meses são explicados pelos índices pluviométricos
acima do normal, particularmente no trimestre de janeiro,fevereiro e março, concentradas em poucas horas ou dias. O
Gráco 4 (Médias pluviométricas em 2004) mostra que no mês
de janeiro, precipitou quase 260 mm, em 16 dias de chuvas, e em
fevereiro, cerca de 240 mm, em 15 dias. No ano inteiro, o total
pluviométrico médio acumulado no Estado de Minas Gerais foi
de 1.192,3mm, distribuídos em média de 90 dias com chuva.
De acordo com o Boletim de Informações Climáticas
do CPTEC/INPE, o mês de janeiro de 2004 foi marcado pela
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Municipios Atingidos por Inundação Brusca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Contagem 12Congonhas 9Periquito 9
Ibirité 8Ponte Nova 8
Muriaé 7Açucena 6
Cataguases 6Chalé 6
Conselheiro Lafaiete 6Coronel Fabriciano 6
Sabinópolis 6Salinas 6
Belo Horizonte 5Carangola 5
Espera Feliz 5Inhapim 5
Mar de Espanha 5Visconde do Rio Branco 5
Aimorés 4Alto Rio Doce 4
Alvinópolis 4Buritizeiro 4
Campo Belo 4Candeias 4
Cássia 4Coroaci 4Divino 4
Durandé 4Faria Lemos 4
Guarani 4Itueta 4
Jaboticatubas 4Janaúba 4Jeceaba 4
Jequeri 4Lajinha 4
Padre Paraíso 4Raul Soares 4
São José do Goiabal 4Ubá 4
Uberaba 4Vespasiano 4
Prados 4Águas Formosas 4
Aiuruoca 3Além Paraíba 3
Antônio Prado de Minas 3Ataléia 3
Bela Vista de Minas 3Betim 3
Bom Jesus do Galho 3Caeté 3
Campanário 3Canaã 3
Caxambu 3Claro dos Poções 3
Conceição de Ipanema 3Crucilândia 3
Divinolândia de Minas 3Dom Cavati 3
Ewbank da Câmara 3Formiga 3Galiléia 3
Guaraciaba 3Guidoval 3
Icaraí de Minas 3Igarapé 3Ipanema 3
Itambacuri 3Jequitaí 3Laranjal 3Lassance 3
Lima Duarte 3Maria da Fé 3
Marmelópolis 3Matozinhos 3
Mercês 3Miraí 3
Nova Era 3Novo Oriente de Minas 3
Padre Carvalho 3
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215
1 6 3 9
5289
131
89
50
99
4779
43
0
100
200
300
Miraí 3Nova Era 3
Novo Oriente de Minas 3Padre Carvalho 3
Passos 3Patos de Minas 3
Patrocínio do Muriaé 3Recreio 3
Resplendor 3Rio Preto 3Rubelita 3
Santa Bárbara do Leste 3Santa Efigênia de Minas 3Santa Maria de Itabira 3Santana dos Montes 3
Santos Dumont 3São Geraldo 3
São João del Rei 3São João do Oriente 3São José da Safira 3
São Lourenço 3Sardoá 3Serro 3
Simonésia 3Sobrália 3
Taparuba 3Teófilo Otoni 3
Timóteo 3Tocantins 3
Uberlândia 3Urucânia 3
Santa Cruz do Escalvado 3Alpinópolis 2Alvarenga 2
Andrelândia 2Angelândia 2
Antônio Dias 2Astolfo Dutra 2
Baldim 2
Barroso 2Bocaina de Minas 2
Bonfim 2Bonito de Minas 2Bueno Brandão 2
Buritis 2Campo Azul 2
Caparaó 2Caputira 2
Caratinga 2Carlos Chagas 2
Carmésia 2Carmópolis de Minas 2
Cláudio 2Coimbra 2Coluna 2
Comercinho 2Conceição do Mato Dentro 2
Conquista 2Coração de Jesus 2
Cruzília 2Dionísio 2
Divinópolis 2Dom Silvério 2Dona Eusébia 2
Engenheiro Caldas 2Entre Folhas 2
Entre Rios de Minas 2
Ervália 2Espinosa 2
Eugenópolis 2Ferros 2
Fortaleza de Minas 2Franciscópolis 2
Frei Gaspar 2Frei Inocêncio 2
Goiabeira 2Governador Valadares 2
Grão Mogol 2Guaranésia 2Heliodora 2
Ibiaí 2Ibiracatu 2
Igaratinga 2Ipatinga 2Ipuiúna 2Itabira 2
Municipios Atingidos por Inundação Brusca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
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Infográco 2 – Municípios atingidos por inundações bruscas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010 Continuação...
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INUNDAÇÃO BRUSCA
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Ibiaí 2Ibiracatu 2
Igaratinga 2Ipatinga 2Ipuiúna 2Itabira 2
Itamarandiba 2Itamarati de Minas 2
Itamonte 2Itaobim 2
Itapagipe 2Itapeva 2Itaúna 2Jacuí 2
Jaguaraçu 2Jampruca 2Januária 2Jequitibá 2
João Monlevade 2Joaquim Felício 2
Josenópolis 2Juiz de Fora 2
Juvenília 2Lambari 2
Leopoldina 2Luisburgo 2Luislândia 2Machacalis 2
Manhumirim 2Mantena 2Mariana 2
Mata Verde 2Matias Barbosa 2Matias Cardoso 2
Matipó 2Mato Verde 2
Mirabela 2Miradouro 2
Morro do Pilar 2Munhoz 2Nanuque 2Natércia 2Oratórios 2Ouro Fino 2
Ouro Preto 2Palma 2
Paulistas 2Pedro Leopoldo 2
Perdões 2Piedade de Ponte Nova 2
Piracema 2Pitangui 2Pompéu 2
Porteirinha 2Presidente Bernardes 2Presidente Juscelino 2
Raposos 2Reduto 2
Ribeirão das Neves 2Ribeirão Vermelho 2
Rio Casca 2Rio Pomba 2
Sabará 2Santa Luzia 2
Santa Margarida 2Santana de Cataguases 2Santana de Pirapama 2Santana do Deserto 2
Santana do Manhuaçu 2
Santana do Paraíso 2Santo Antônio do Grama 2Santo Antônio do Retiro 2São Domingos do Prata 2
São Gotardo 2São José da Lapa 2
São José do Jacuri 2São Pedro do Suaçuí 2
São Sebastião do Anta 2Sarzedo 2
Sem-Peixe 2Senador Firmino 2
Sericita 2Simão Pereira 2
Tombos 2Tumiritinga 2
Unaí 2Viçosa 2
Virgínia 2Ouro Verde de Minas 2
Municipios Atingidos por Inundação Brusca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
2 3 17
215
1 6 3 9
5289
131
89
50
99
4779
43
0
100
200
300
-
Unaí 2Viçosa 2
Virgínia 2Ouro Verde de Minas 2
Pavão 2Piraúba 2
Ubaporanga 2Mesquita 1Itaverava 1Acaiaca 1
Água Boa 1Água Comprida 1
Aguanil 1Alagoa 1Alfenas 1
Almenara 1Alto Caparaó 1
Amparo do Serra 1Cachoeira de Pajeú 1
Araçuaí 1Araguari 1
Araponga 1Araxá 1
Aricanduva 1Arinos 1
Bandeira 1Barão de Cocais 1
Barbacena 1Barra Longa 1
Belo Vale 1Bicas 1
Boa Esperança 1Bocaiúva 1
Bom Repouso 1Botumirim 1
Brasilândia de Minas 1Brasília de Minas 1
Brás Pires 1Brumadinho 1Cabo Verde 1
Cachoeira da Prata 1Caiana 1Cambuí 1
Campos Gerais 1Cantagalo 1Capelinha 1Capetinga 1
Capim Branco 1Capinópolis 1
Capitão Enéas 1Capitólio 1
Caraí 1Carbonita 1
Carmo da Mata 1Carmo de Minas 1Carmo do Cajuru 1
Catuti 1Central de Minas 1
Chapada do Norte 1Conceição das Alagoas 1
Conceição do Pará 1Conceição do Rio Verde 1
Congonhas do Norte 1Conselheiro Pena 1
Cordisburgo 1Cordislândia 1Coromandel 1
Coronel Pacheco 1Couto de Magalhães de Minas 1
Crisólita 1Cristália 1
Cuparaque 1Curvelo 1
Delfinópolis 1Descoberto 1
Divino das Laranjeiras 1Dores de Guanhães 1
Dores do Turvo 1Elói Mendes 1Esmeraldas 1
São Gonçalo do Rio Preto 1Felisburgo 1
Fernandes Tourinho 1Fervedouro 1
Formoso 1Francisco Badaró 1
Fronteira dos Vales 1
-
Municipios Atingidos por Inundação Brusca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
2 3 17
215
1 6 3 9
5289
131
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Continuação... Continuação...
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-
Pedra Azul 1Pedra do Anta 1
Pequi 1Piedade de Caratinga 1
Pingo-d'Água 1Pintópolis 1
Piranga 1Piranguçu 1
Pirapetinga 1Pirapora 1
Poço Fundo 1Pocrane 1
Ponto Chique 1Poté 1
Pouso Alegre 1Pouso Alto 1Pratápolis 1
Presidente Olegário 1Alto Jequitibá 1
Queluzito 1Riachinho 1
Riacho dos Machados 1Rio Acima 1Rio Doce 1
Rio Manso 1Rio Novo 1
Rio Piracicaba 1Rubim 1
Sacramento 1Santa Bárbara 1
Santa Cruz de Minas 1Santa Fé de Minas 1Santana do Jacaré 1
Santa Rita de Jacutinga 1Santa Rita do Itueto 1
Santa Vitória 1Santo Antônio do Amparo 1Santo Antônio do Jacinto 1
Santo Hipólito 1
São Félix de Minas 1São Francisco de Paula 1São Geraldo da Piedade 1São Geraldo do Baixio 1São Gonçalo do Pará 1
São Gonçalo do Rio Abaixo 1São Gonçalo do Sapucaí 1
São João da Lagoa 1São João da Ponte 1
São João do Manteninha 1São João do Paraíso 1São João Evangelista 1São Joaquim de Bicas 1
São Romão 1São Sebastião do Maranhão 1São Sebastião do Rio Preto 1
São Tomás de Aquino 1São Thomé das Letras 1
Sapucaí-Mirim 1Senhora do Porto 1
Senhora dos Remédios 1Seritinga 1
Sete Lagoas 1Silveirânia 1Taiobeiras 1
Tapiraí 1Taquaraçu de Minas 1
Tarumirim 1
Tiradentes 1Tiros 1
Três Corações 1Três Marias 1Turmalina 1
Ubaí 1Umburatiba 1
Vargem Alegre 1Vargem Grande do Rio Pardo 1
Verdelândia 1Virginópolis 1
Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 9353 Registros 2 Registros 1 Registro
Municipios Atingidos por Inundação Brusca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
2 3 17
215
1 6 3 9
5289
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89
50
99
4779
43
0
100
200
300
Continuação...
Formoso 1Francisco Badaró 1
Fronteira dos Vales 1Fruta de Leite 1
Funilândia 1Glaucilândia 1
Gonzaga 1Guanhães 1Guarará 1
Guarda-Mor 1Guimarânia 1Guiricema 1
Ibiá 1Ibituruna 1Iguatama 1
Imbé de Minas 1Indaiabira 1Inhaúma 1
Inimutaba 1Ipaba 1
Itabirito 1Itacambira 1
Itaguara 1Itanhomi 1Itatiaiuçu 1Iturama 1Itutinga 1Jacinto 1Jaíba 1
Jenipapo de Minas 1Joaíma 1
Joanésia 1Jordânia 1
José Raydan 1Juatuba 1
Juramento 1Lagoa Dourada 1
Lagoa Santa 1Lamim 1
Lavras 1Madre de Deus de Minas 1Malacacheta 1
Manga 1Maravilhas 1
Mário Campos 1Marliéria 1
Martinho Campos 1Materlândia 1
Matutina 1Medina 1
Minas Novas 1Moeda 1Moema 1
Montalvânia 1Monte Azul 1Monte Sião 1Montezuma 1
Morro da Garça 1Mutum 1
Nacip Raydan 1Naque 1
Natalândia 1Nazareno 1
Nepomuceno 1Nova Belém 1Nova Lima 1
Nova Serrana 1
Novo Cruzeiro 1Oliveira 1
Pains 1Paiva 1
Palmópolis 1Paraopeba 1Passabém 1
Passa-Vinte 1Patrocínio 1Pedra Azul 1
Pedra do Anta 1Pequi 1
-
Municipios Atingidos por Inundação Brusca
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
2 3 17
215
1 6 3 9
5289
131
89
50
99
4779
43
0
100
200
300
Continuação...
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ocorrência de chuvas intensas em grande parte do Brasil que
causaram sérios prejuízos humanos e materiais, sendo que
o número de desabrigados ultrapassou 120 mil, segundo
informações do Ministério da Integração Nacional. O excesso dechuvas foi causado, entre outros fatores, pela intensicação da
oscilação intra-sazonal, resultando numa excepcional atuação
de sistemas frontais que permaneceram semiestacionários nas
Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Na primeira quinzena de
janeiro, a atuação dos sistemas frontais, a conguração de três
episódios de ZCAS e o desenvolvimento de áreas de instabilidade
favoreceu a ocorrência de chuvas em toda a Região Sudeste. As
chuvas intensas no Espírito Santo, no centro e norte de Minas
Gerais e em São Paulo superaram a média do mês e ocasionaram
inundações e deslizamentos de terra (PREVISÃO..., 2004).
O mesmo Boletim arma ainda que as chuvas continuaram
acima da média histórica durante o mês de fevereiro em grandeparte do país. E na Região Sudeste, as chuvas aumentaram no
norte de São Paulo e sul de Minas Gerais, em relação ao mês
anterior. Uma das causas desse aumento registrado das chuvas
no mês de fevereiro foi a propagação, para leste, de oscilações
atmosféricas intra-sazonais, provenientes da região dos oceanos
Índico e Pacíco para leste. Ao atingir a América do Sul, no início
de fevereiro e a exemplo do mês anterior, a fase favorável destas
oscilações intensicou a atuação de sistemas meteorológicos
sobre as Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, contribuindo
para a alta pluviosidade registrada (AS CHUVAS..., 2004).
A complexidade de fatores que inuenciam no regime
de precipitações na Região Sudeste reete na variabilidadeespecial, sazonal e interanual de chuvas, fazendo com que a
região sofra consequências severas tanto por estiagens e secas
quanto por precipitações intensas.
O Estado de Minas Gerais, por sua localização geográca,
sofre a inuência de fenômenos meteorológicos de latitudes
médias e tropicais que imprimem à região características de
um clima de transição. Duas estações bem denidas podem
ser identicadas: uma seca e uma chuvosa. Esta situação é
percebida quando se analisa o Gráco 5 (Médias pluviométricas
do Estado 1991-2010). Verica-se que a precipitação esteve mais
concentrada entre os meses de novembro e março, sendo os
meses de outubro (no início) e abril (no nal) meses de transição.Os meses que se destacam por seus altos índices pluviométricos
são os de novembro, dezembro e de janeiro, apresentando
181,4mm, 204,8mm e 153,1mm, respectivamente.
Analisando os índices pluviométricos médios mensais
entre os anos de 1991 e 2010, pode-se perceber ainda que os
menores índices ocorreram entre os meses de maio e setembro,
apresentando-se abaixo dos 20 mm e chegando a menos de 5 mm
nos meses de julho e agosto, com 4,3mm e 4,6mm, respectivamente.
258,2237,8 234,7
182,4200
250
300
Médias pluviométricas em 2004
85,1
6,4 11,5 7,1 0,4 0,2
79,888,6
16 15 16 9 2 3 3 0 0 6 8 120
50
100150
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
média mensal média dias de chuva
Gráco 4 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Es-tações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado deMinas Gerais
Fonte: ANA/SGH, 2010. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.
Gráco 5 – Médias pluviométricas do período de 1991 a 2010, com base nosdados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), noEstado de Minas Gerais
181,40
204,84200
250
Médias pluviométricas do Estado
(1991 a 2010)
153,09
110,93
136,28
50,33
14,406,25 4,28 4,58 15,90
62,87
0
50
100
150
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: ANA/SGH, 2010. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.
Neste sentido, os meses da estação chuvosa foram os
que apresentaram a maior frequência de inundação brusca
no Estado de 1991 a 2010 - Gráco 6 (Frequência mensal de
inundação brusca 1991-2010), destacando-se o trimestre dedezembro, janeiro e fevereiro. O mês mais afetado foi janeiro,
com 508 registros. Já os meses com pouquíssimas ocorrências
correspondem aos meses da estação seca, principalmente o
trimestre de junho, julho e agosto.
Os desastres trazem prejuízos e alterações ao
ecossistema local, como também à população afetada direta ou
indiretamente. As perdas e danos humanos são, muitas vezes,
irreparáveis e percebidas tempos depois da ocorrência do
evento adverso.
O Gráco 7 (Danos humanos por inundações bruscas
1991-2010), revela que cerca de 1 milhão e 600 mil mineiros
foram atingidos por desastres por inundações bruscas ao longodos vinte anos analisados. Quanto aos graves danos humanos
ocasionados pelas inundações bruscas, constatou-se 124.430
habitantes desalojados, 28.642 desabrigados, 14.535 deslocados,
38 desaparecidos, 1.026 levemente feridos, 206 gravemente
feridos, 786 enfermos e 530 mortos.
As vítimas fatais relacionadas à ocorrência de inundações
bruscas foram registradas em 34 municípios. O município de
Munhoz foi o que apresentou maior número de óbitos relacionados
Gráco 6 - Frequência mensal de inundações bruscas em Minas Gerais, noperíodo de 1991 a 2010
508
400
500
Frequência mensal de inundação brusca
(1991 a 2010)
13086
33 4 1 2 2 3 15
52 99
0
100
200
300
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
46Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO BRUSCA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 46/95
Figura 7 – Inundação brusca do rio Arrudas, Contagem Figura 8 – Consequências das enxurradas em Governador Valadares
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais. Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
à inundação brusca, com 441 pessoas. Localizado na Mesorregião
Sul/Sudoeste de Minas, o município foi atingido 2 vezes pelo
evento adverso. Em outubro de 2009, suas áreas urbana e rural
foram atingidas por grande intensidade de chuva, em um período
de 60 minutos, que provocaram o aumento brusco do nível deágua, excedendo 4 metros acima do nível normal dos córregos
Estreito, Guatambu e da Pedra Vermelha, que cortam o município,
provocando a destruição de pontes. E em fevereiro de 2010, apenas
a área urbana foi afetada por uma grande intensidade de chuva,
ocorrida por um período de 35 minutos, provocando o aumento
brusco do nível das águas dos córregos Estreito, Bom Jardim e
Pedra Vermelha em aproximadamente 5 metros.
Com 7 vítimas fatais, a capita l do Estado, Belo Horizonte,
foi o município que apresentou o maior número de afetados
por inundações bruscas – 299.200 habitantes, nas cinco vezes
em que decretou situação de emergência por desastres deinundações bruscas e alagamentos registradas em bairros do
perímetro urbano.
A grande quantidade de afetados na capital do Estado
pode estar relacionada com uma drenagem ineciente das
águas precipitadas em algumas áreas e um constante aumento
da impermeabilização do solo, devido ao alto índice de
ocupação humana, transformando o cenário de alagamentos e
de inundações bruscas ainda mais severo e constante.
Inundação brusca é um evento natural e recorrente no
Gráco 7 - Danos humanos ocasionados por inundações bruscas, em MinasGerais, período de 1991 a 2010
1.602.128
1500000
2000000
n t e s
Danos humanos por inundação brusca
(1991 a 2010)
124.430
28.64214.535 38 989 206 786 525
0
500000
1000000
H a b i t a
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Estado de Minas Gerais, particularmente em função do volume
das chuvas de verão. Todavia, a ação antrópica, a morfologia e
as características regionais são fatores que podem inuenciar na
extensão e intensidade do desastre. O aumento da população,
por exemplo, aumenta a vulnerabilidade da região a este tipo
de ocorrência. Outros fatores, como local e intensidade da
precipitação – quantidade de água caída por unidade de tempo
-, características da rede uvial passante no local, ocupação
de encostas, de margens dos rios, podem também inuir
negativamente no resultado.
REFERÊNCIAS
ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricos de1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.
AS CHUVAS devem continuar acima da média histórica no norte donordeste do Brasil. Infoclima: Boletim de Informações Climáticas,Brasília, ano 11, n. 3, mar. 2004. Disponível em: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200403.pdf>. Acesso em: 21 dez.2011.
BRASIL. A questão da drenagem urbana no Brasil: elementos paraformulação de uma política nacional de drenagem urbana. Brasília:Ministério das Cidades, 2003.
CANHOLI, Aluisio Prado. Drenagem urbana e controle deenchentes. São Paulo: Ocina de Textos, 2005.
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.
GOERL, Roberto Fabris ; KOBIYAMA, Masato. Consideração sobreas inundações no Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOSHIDRICOS, 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRH, 2005. 1CD-ROM.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. BeloHorizonte. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 21 dez. 2011.
KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitos
básicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.MINISTÉRIO DAS CIDADES. Instituto de Pesquisas Tecnológicas– IPT. Mapeamento de riscos em encostas e margens de rios.Brasília: Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas –IPT, 2007. 176 p.
PREVISÃO de chuvas com distribuição irregular no período marçoa maio de 2004 para o nordeste do Brasil. Infoclima: Boletim deInformações Climáticas, Brasília, ano 11, n. 2, fev. 2004. Disponívelem: < http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200402.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2011.
47Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 47/95
INUNDAÇÃO GRADUAL
Inundações graduais compõem o grupo de
desastres naturais relacionados com o incremento das
precipitações hídricas e com as inundações. Representam o
transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo
a planície de inundação, também conhecida como área de
várzea. Quando estas águas extravasam a cota máxima do
canal, as enchentes passam a ser chamadas de inundações
e podem atingir moradias construídas sobre as margens
do rio, transformando-se em um desastre natural. Desta
forma, segundo Castro (2003), as inundações graduais são
caracterizadas pela elevação das águas de forma paulatina e
previsível, mantendo-se em situação de cheia durante algum
tempo, para após, escoarem-se gradualmente.
As enchentes e as inundações são eventos naturais
que ocorrem com periodicidade nos cursos d’água, sendo
características das grandes bacias hidrográcas e dos rios
de planície, como o Amazonas. O fenômeno evolui deforma facilmente previsível e a onda de cheia desenvolve-
se de montante para jusante, guardando intervalos regulares
(CASTRO, 2003).
O fenômeno é intensicado por variáveis
climatológicas de médio e longo prazo e pouco inuenciáveis
por variações diárias de tempo. Relacionam-se muito mais
com períodos demorados de chuvas contínuas do que com
chuvas intensas e concentradas. Caracteriza-se por sua
abrangência e grande extensão. Em condições naturais,
as planícies e fundos de vales estreitos apresentam lento
escoamento supercial das águas das chuvas, e nas áreas
urbanas estes fenômenos são intensicados por alteraçõesantrópicas, como a impermeabilização do solo, reticação e
assoreamento de cursos d’água. Este modelo de urbanização,
do uso do espaço com a ocupação das planícies de inundação
e impermeabilização ao longo das vertentes, é uma afronta à
natureza (TAVARES; SILVA, 2008).
Não há unanimidade na distinção dos tipos de
inundação. Diversas vezes as inundações graduais são
registradas como inundações bruscas e vice-versa. Isto nem
sempre é devido à falta de conhecimento, mas à diculdade
de identicação do fenômeno em campo e à ambiguidade
das denições existentes. Além dos problemas tipicamente
conceituais e etimológicos, algumas características
comportamentais são similares para ambas às inundações,
ou seja, ocorrem tanto nas inundações bruscas como nasgraduais (KOBIYAMA et al., 2006).
De um modo geral, a previsibilidade das cheias
periódicas e graduais facilita a convivência harmoniosa com o
fenômeno, de tal forma que possíveis danos ocorrem apenas
nas inundações excepcionais, em função de vulnerabilidades
culturais, características de mentalidades imediatistas e sem
o mínimo de previsibilidade (CASTRO, 2003).
Os desastres por inundação gradual no Estado de
Minas Gerais somam 786 registros ociais, homologados ao
longo dos vinte anos de análise. Para melhor visualização,
esses registros foram espacializados em quatro mapas: Mapa
14 (Desastres Naturais causados por inundação gradual emMesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010),
Mapa 15 (Desastres Naturais causados por inundação gradual
nas Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do
Rio Doce no período de 1991 a 2010), Mapa 16 (Desastres
Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões
Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a
2010) e Mapa 17 (Desastres Naturais causados por inundação
gradual nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da
Mata no período de 1991 a 2010).
No total, 446 municípios do Estado apresentam
registros de inundações graduais entre os anos de 1991 e
2010, localizados em todas as mesorregiões. As mesorregiões
que apresentaram o maior número de municípios atingidos
foram a Zona da Mata com 84, Sul/Sudeste de Minas com 79
e Vale do Rio Doce com 75.
As mesorregiões mais afetadas localizam-se a leste
do Estado. Seus municípios estão situados em local com
extensa rede hidrográca, como é o caso dos rios Paraíba do
Sul e Pomba na Mesorregião Zona da Mata, do rio Grande
na Mesorregião Sul/Sudeste e do rio Doce na MesorregiãoVale do Rio Doce. Este fato, somado aos elevados índices
pluviométricos do Estado, contribuem para a ocorrência das
inundações graduais (enchentes), quando ocorre a cheia e o
extravasamento dos rios nas planícies de inundação.
Os municípios com maior recorrência do evento
adverso são Governador Valadares e Mutum, localizados
na Mesorregião Vale do Rio Doce, com 8 e 7 ocorrências,
respectivamente, registradas entre 1991 a 2010 ( Mapa
15). Os demais municípios e seus totais de registros de
inundações graduais, além dos mapas, podem ser vericados
no Infográco 3 (Municípios atingidos por inundações
graduais), que apresenta os municípios atingidos e respectivos
anos de ocorrência.
Os primeiros registros de inundação gradual
ocorreram em fevereiro do ano de 1992 em 10 municípios,
sendo 7 deles localizados na Mesorregião Norte de Minas. O
único registro do ano seguinte, 1993, foi em Ipatinga, também
no mês de fevereiro.
Os próximos registros só foram ocorrer em 2000,
Figura 9 – Inundação gradual em Machacalis
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
48Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 48/95
B a h i aB a h i a
S ã oS ã oP a u l oP a u l o
G o i a sG o i a s
E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o
D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l
Unaí
Buritis
Arinos
Januária
Buritizeiro
Jaíba
Frutal
Corinto
Diamantina
Araçuaí
Ataléia
Urucuia
Teófilo Otoni
Salinas
Janaúba
Jequitinhonha
Montes Claros
Almenara
São Francisco
Três Marias
Caraí
CarlosC hagas
FranciscoSá
Itamarandiba
PatosdeMinas
Ibiaí
São Romão
Espinosa
JacintoMedina
Gurinhatã
Carneirinho
Riachinho
Ubaí
Itacambira
Nanuque
Porteirinha
Jequitaí
Rio Pardo de Minas
SantaFéde Minas
Rubim
Carbonita
Felixlândia
Ninheira
Várzea da Palma
Pintópolis
Matias Cardoso
Verdelândia
Crisólita
Itacarambi
Taiobeiras
Cristália
Gouveia
Indaiabira
Pavão
Ladainha
Monte Azul
Patis
Mirabela
Berizal
Coraçãode Jesus
Juvenília
NovoCruzeiro
Capelinha
São Joãodo Paraíso
ItaipéFranciscoDum ont
Lagoa Grande
Brasíliade Minas
Bonfinópolisde Minas
PaiPedro
Bom Despacho
Limeirado Oeste
UniãodeMinas
Catuji
Dom Bosco
Pirapora
Capitão Enéas
PontodosVolantes
Veredinha
Miravânia
Pedras deMaria da Cruz
CoronelMurta
Malacacheta
Cabeceira Grande
Virgemda Lapa
FrutadeLeite
Bandeira
LagoaFormosa
FreiGaspar
Setubinha
Inimutaba
São Joãoda Lagoa
Joaquim Felício
Comendador Gomes
Franciscópolis
Águas FormosasChapadado Norte
PontoChique
Bertópolis
CampoAzul
Ibiracatu
MatoVerde
Juramento
Lontra
Palmópolis
PadreParaíso
Estrela doIndaiá
Rio doPrado
Lagoa dosPatos
Umburatiba
CurraldeDentro
Cachoeirade Pajeú
NovoOrientede MinasEngenheiro Navarro
Senador ModestinoGonçalves
SantoHi pólito
Mamonas
Machacalis
FranciscoBadaró
MorrodaGarça
SantaCruzde Salinas
Serranópolisde Minas
São Joãodo Pacuí
Novorizonte
Aricanduva
Mata Verde
Vargem Grandedo Rio Pardo
FronteiradosVales
Angelândia
Jenipapode Minas
José Gonçalvesde Minas
SantaHelenade Minas
Glaucilândia
Serra dosAimorés
Cruzeiro daFortaleza
Ouro Verdede Minas
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W
18°S 18°S
MAPA 14 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUALEM MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS NO PÉRÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 35 70 105 140 175 km
1:3500000
O C E A N O
O C E A N O
A T
L Â
N T
I C O
A T
L Â
N T
I C O
Número deregistros
1
2
3
4
6 - 8
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
Legenda das mesorregiões1 - Central Mineira
2 - Jequitinhonha
3 - Norte de Minas
4 - Noroeste de Minas
5 - Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba
6 - Vale do Mucuri
1
2
3
4
5
6
49Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 49/95
Serro
Itabira
Mutum
Ferros
Aimorés
Mariana
Itambacuri
ÁguaBoa
Caratinga
Peçanha
Inhapim
Governador Valadares
Guanhães
Galiléia
Resplendor
Açucena
ConselheiroPe na
Pocrane
Itueta
Jaboticatubas
Mantena
Iapu Tarumirim
Itabirito
Marliéria
ConceiçãodoMato Dentro
AntônioDias
Itanhomi
Alvinópolis
Brumadinho
Jampruca
Ipanema
Itaguara
Coluna
Tumiritinga
Sete Lagoas
Dionísio
Sabará
NovaEra
BeloVale
Virginópolis
Pescador
Frei Inocêncio
São Domingosdo Prata
Itaverava
Dom Joaquim
Alvarenga
Jeceaba
Bugre
Congonhas
Joanésia
Periquito
Rio Piracicaba
Gonzaga
Entre RiosdeMinas
Florestal
Ipatinga
Cuparaque
Taparuba
Ipaba
Alvoradade Minas
Contagem
Timóteo
UbaporangaJaguaraçu
NovaBelém
Bom Jesusdo Galho
SantaMariado Suaçuí
SantaRitadoItueto
Materlândia
Belo
Horizonte
MateusLeme
São JoãoEvangelista
BarãodeCocais
Ouro Branco
PedroLeopoldo
São Sebastiãodo Maranhão
São Josédo Jacuri
ConselheiroLafaiete
São Josédo Divino
Taquaraçude Minas
Crucilândia
NovaUnião
São Pedrodo Suaçuí
Igarapé
Córrego Novo
Santanado Paraíso
José Raydan
Imbé deMinas
Ibirité
PiedadedosGerais
São Geraldodo Baixio
Centralde Minas
Coronel Fabriciano
Goiabeira
São Joséda Safira
Mathias Lobato
Conceiçãode Ipanema
EngenheiroCaldas
Itabirinha deMantena
São Joséda Varginha
São Félixde Minas
Raposos
VargemAlegre
RibeirãodasNeves
FernandesTourinho
Sarzedo
EntreFolhas
Catas Altasda Noruega
Divinolândiade Minas
Vespasiano
João Monlevade
Dom Cavati
São Joãodo Oriente
São Joãodo Manteninha
SantaE figêniade Minas
Pingo-D'Água
São Sebastiãodo Anta
SantaRitade Minas
São Joaquimde Bicas Mário
Campos
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
41°W
41°W
43°W
43°W
45°W
45°W
18°S 18°S
20°S 20°S
MAPA 15 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUAL NAS MESORREGIÕESMETROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E VALE DO RIO DOCE NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 16 32 48 64 80 km
1:1600000
Número deregistros
1
2
3 - 4
5 - 6
7 - 8
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
50Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 50/95
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
Formiga
Passos
Caldas
São RoquedeMinas
Itapecerica
Cássia
Arcos
Cristais
Andrelândia
Cláudio
Baependi
Pains
Machado
Capitólio
Três Pontas
Três CoraçõEs
Ouro Fino
Ilicínea
Campestre
Itamonte
Virgínia
Itajubá
Alpinópolis
Cristina
Pouso Alegre
Ipuiúna
PoçoFundo
Camanducaia
Monte Belo
Aguanil
Guaxupé
PerdõEs
Cambuí
Coqueiral
Minduri
Carvalhos
Paraisópolis
Lambari
Pedralva
Pouso Alto
Itapeva
Serranos
Camacho
Alagoa
Pratápolis
Careaçu
PassaQuatro
Cambuquira
Campo do Meio
SantoAntônio do Monte
Brasópolis
Poços de Caldas
Delfim Moreira
Claraval
Guaranésia
SantaRitade Caldas
BuenoBrandão
Piranguçu
Carmode Minas
SantoAntôniodo Amparo
Congonhal
Cana Verde
Jesuânia
Maria da Fé
São Thomédas Letras
Bom Repouso
Arceburgo
SantaRitadoSapucaí
Cachoeirade Minas
ConceiçãodoRio Verde
Itanhandu
Cordislândia
Seritinga
São Gonçalodo Pará
Inconfidentes
Piranguinho
Arantina
CaxambuSoledadede Minas
SantanadaVargem
Conceiçãodos Ouros
TocosdoMoji
Marmelópolis
Consolação
Albertina
Wenceslau Braz
Carvalhópolis
São Sebastiãoda BelaVista
SantanadoJacaré
Senador José Bento
São Josédo Alegre
Ibitiúrade Minas
SãoLourenço
São Sebastiãodo Rio Verde
BandeiradoSul
44°W
44°W
46°W
46°W
48°W
48°W
20°S 20°S
22°S22°S
MAPA 16 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUAL NAS MESORREGIÕESOESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km
1:1750000
Número deregistros
1
2
3
4
51Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 51/95
Juiz de Fora
Ubá
Leopoldina
Piranga
São João Del Rei
Jequeri
Carrancas
Barbacena
Lima Duarte
Raul Soares
Manhuaçu
Ervália
Itutinga
Simonésia
Ritápolis
Luminárias
Viçosa
Matipó
Cataguases
PonteNova
Alto Rio Doce
Abre Campo
Rio Casca
Chalé
Tombos
AntônioCarlos
Carangola
Guarani
Fervedouro
Recreio
Guaraciaba
Miradouro
Guiricema
BelmiroBraga
Canaã
Laranjal
Bicas
Durandé
Eugenópolis
Porto Firme
Tabuleiro
Mar de Espanha
Rio Novo
Argirita
Caputira
Brás Pires
Goianá
Reduto
Teixeiras
Piraúba
Paula Cândido
Guidoval
São João Nepomuceno
Vieiras
Sem-Peixe
Volta Grande
Urucânia
Caranaíba
Caiana
Manhumirim
São Geraldo
Luisburgo
Cajuri FariaLemos
Divinésia
Presidente Bernardes
Guarará
Paiva
Capela Nova
SantaRitadeJacutinga
São PedrodosFerros Santanado
Manhuaçu
SantaBárbarado Monte Verde
PedraBonita
PedradoAnta
Alto Jequitibá
SantaCruzdoEscalvado
MatiasBarbosa
Senador Firmino
EstrelaDalva
Simão Pereira
Senhorade Oliveira
Amparo do Serra
Tiradentes
São Migueldo Anta
Coronel Pacheco
MartinsSoares
Vermelho Novo
São Franciscodo Glória
Rosário da Limeira
SantoAntôniodo Grama
Patrocínio do Muriaé
DonaEusébia
PiedadedePonteNova
SantaCruzde Minas
E s p i r i t oE s p i r i t o
S a n t oS a n t o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
42°W
42°W
43°30'W
43°30'W
45°W
45°W
20°30'S 20°30'S
22°S 22°S
MAPA 17 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUAL NASMESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km
1:1250000
Número deregistros
1
2
3
4
5
52Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 52/95
quando 54 municípios decretaram situação de emergência ou
calamidade pública. A partir do ano de 2000, todos os anos
da pesquisa obtiveram registros de desastres por inundações
graduais em municípios de Minas Gerais. Os anos que sedestacaram, com total de registros acima de 100, foram: 2004,
com 134, 2005, com 107, e 2009, com 112.
O ano de 2004, mais afetado da escala temporal,
apresentou um total pluviométrico acumulado de 1.192,3
mm, distribuídos em 90 dias com chuva (ANA/SGH, 2010).
Nesse ano foi decretada situação de emergência em 127
municípios diferentes. O município de Santana do Paraíso
decretou 3 vezes, nos meses de janeiro, março e dezembro,
respectivamente, em função de chuvas intermitentes em
vários dias.
A previsão das maiores concentrações de precipitação
no Estado de Minas Gerais pode ser esperada para os meses
de primavera e verão, tendo característica sazonal. Segundo
os dados de precipitação da ANA/SGH (2010), entre os anos
de 1991 e 2010, atestou-se que as médias de precipitação
estiveram mais concentradas nos meses de nal da primavera
e nos meses de verão (de novembro a março), em especial nos
meses de novembro, dezembro e janeiro (os mais chuvosos),
com 181,4 mm, 204,8 mm e 153,1 mm, respectivamente.
315
300
350
Frequência mensal de inundação gradual
(1991 a 2010)
11586
30
5 9 3 3 3 5
54
158
0
50
100
150
200
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Gráco 8 - Frequência mensal de inundações graduais em Minas Gerais,período de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Nesse sentido, os meses que apresentaram maior
frequência de desastres no Estado, são aqueles da estação
chuvosa, devido ao aumento dos acumulados pluviométricos.
O Gráco 8 (Frequência mensal de inundações graduais1991-2010) apresenta a frequência mensal dos registros,
durante os vinte anos analisados. Verica-se que os meses
mais afetados foram dezembro, com 158 ocorrências, e
janeiro, com 315 ocorrências. Além disso, o número de
registros cresce a partir de novembro, até o pico máximo em
janeiro, quando inicia um decréscimo no total até ab ril, iní cio
do período menos chuvoso. No entanto, mesmo com poucos
registros de inundações relativos aos meses de menores
acumulados pluviométricos no Estado, todos os meses do
ano apresentaram registro do evento.
Esta característica pode ser percebida no Gráco 9
(Médias pluviométricas em 2004) que demonstra as médias
pluviométricas mensais e a média dos dias de chuva no ano
mais afetado de Minas Gerais. O trimestre de janeiro, fevereiro
e março, que tiveram os maiores registros de desastres
daquele ano (com 51, 34 e 26 registros, respectivamente)
apresentaram as maiores médias de precipitação, com 258,2
mm, 237,8 mm e 234,7 mm, respectivamente. O mês de abril
teve sua média reduzida para menos de 100 mm, no entanto,
258,2237,8 234,7
182,4200
250
300
Médias pluviométricas em 2004
85,1
6,4 11,5 7,1 0,4 0,2
79,888,6
16 15 16 9 2 3 3 0 0 6 8 120
50
100150
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
média mensal média dias de chuva
Gráco 9 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Es-tações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado deMinas Gerais
Fonte: ANA/SGH, 2010. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.
apresenta 12 registros de inundação, devido à acumulação de
chuvas dos meses anteriores. As inundações graduais nestemês são explicadas pelas cheias e transbordamento dos rios
acontecerem de forma gradual, pois, como dito anteriormente,
relacionam-se mais com períodos demorados de chuvas
contínuas do que com chuvas intensas e concentradas.
Esses índices acima do normal se devem à inuência
de fenômenos climáticos nos meses de verão do nal de 2003
e início de 2004. Segundo o Boletim de Informações Climáticas
do CPTEC/INPE, o mês de dezembro de 2003 teve a atuação de
9 sistemas frontais, que foram mais intensos no nal do mês,
causando chuvas nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e no sul
da Região Norte. Já o início de janeiro de 2004 foi marcado
pela conguração de episódio da Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), que é um sistema meteorológico típico
de verão, caracterizado por uma banda de nuvens que produz
chuva intensa, geralmente se estendendo do Brasil Central
(Região Sudeste e/ou Centro-Oeste) até o Oceano Atlântico.
Este sistema provocou chuvas contínuas em todo o Estado do
Espírito Santo, no centro-norte de Minas Gerais e no extremo
sul da Bahia (A PREVISÃO..., 2004). No mês de fevereiro, as
Figura 10 – Inundação gradual em Muriaé
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
53Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 53/95
Municípios Atingidospor Inundação Gradual
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TotalGovernador Valadares 8
Mutum 7Frei Inocêncio 6
Itabirinha 6Congonhas 5
Gonzaga 5Malacacheta 5
Mantena 5
Montes Claros 5Rio Casca 5
Santana do Paraíso 5
Teófilo Otoni 5Timóteo 5Água Boa 4Baependi 4
Bandeira 4Caldas 4
Carlos Chagas 4Conceição do Mato Dentro 4
Crisólita 4Francisco Badaró 4
Frei Gaspar 4Ibirité 4
Manhuaçu 4Miradouro 4Ouro Fino 4
Pavão 4
Pedra do Anta 4Pedras de Maria da Cruz 4
Pouso Alegre 4Urucuia 4
Águas Formosas 3Alagoa 3
Almenara 3Alvarenga 3
Arinos 3
Brás Pires 3Capitão Enéas 3
Carangola 3
Careaçu 3Central de Minas 3
Conceição do Rio Verde 3Delfim Moreira 3
Dona Eusébia 3Durandé 3
Engenheiro Caldas 3Franciscópolis 3
Fronteira dos Vales 3Goiabeira 3
Guaraciaba 3
Guidoval 3Gurinhatã 3
Igarapé 3Janaúba 3
Jequitaí 3João Monlevade 3
Juiz de Fora 3Machacalis 3
Manhumirim 3Materlândia 3Miravânia 3
Novo Cruzeiro 3
Palmópolis 3Raul Soares 3
Reduto 3Rio Novo 3
Rio Pardo de Minas 3Santa Bárbara do Monte Verde 3
Santana do Manhuaçu 3Santa Rita de Caldas 3
Santa Rita do Sapucaí 3São Domingos do Prata 3
São Francisco 3São Romão 3
São Sebastião do Maranhão 3Setubinha 3Tabuleiro 3
Três Corações 3
Tumiritinga 3União de Minas 3
Verdelândia 3Vieiras 3
Abre Campo 2Alto Rio Doce 2
101
54
4
32
75
134106
76
95
56
112
31
0
50
100
150
Infográco 3 – Municípios atingidos por inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010
Verdelândia 3Vieiras 3
Abre Campo 2Alto Rio Doce 2
Alvinópolis 2Angelândia 2
Araçuaí 2Arceburgo 2
Bandeira do Sul 2Barbacena 2
Bertópolis 2Berizal 2
Bicas 2Bom Jesus do Galho 2
Cabeceira Grande 2Camanducaia 2
Cambuí 2Campestre 2
Campo Azul 2Canaã 2
Capelinha 2Caputira 2
Caraí 2Caranaíba 2Caratinga 2
Carmo de Minas 2
Carneirinho 2Cássia 2
Cataguases 2Catuji 2
Cláudio 2Conceição de Ipanema 2Conceição dos Ouros 2Conselheiro Lafaiete 2
Contagem 2Coração de Jesus 2
Córrego Novo 2
Cristália 2Crucilândia 2Cuparaque 2
Curral de Dentro 2Dionísio 2
Divinolândia de Minas 2Dom Joaquim 2Entre Folhas 2
Ervália 2Ferros 2
Fervedouro 2Formiga 2
Francisco Dumont 2Francisco Sá 2
Goianá 2Guarani 2
Guarará 2Guiricema 2Ibiracatu 2
Imbé de Minas 2
Inhapim 2Ipatinga 2
Itacambira 2Itaipé 2
Itajubá 2Itamarandiba 2
Itamonte 2Itanhandu 2
Itanhomi 2Itapecerica 2Jampruca 2
Jeceaba 2Jenipapo de Minas 2
Joanésia 2Joaquim Felício 2
Juramento 2
Lagoa dos Patos 2Lima Duarte 2
Luisburgo 2Maria da Fé 2
Marliéria 2Matias Cardoso 2
Monte Azul 2Novorizonte 2
Ouro Verde de Minas 2Padre Paraíso 2
Passos 2Peçanha 2
Perdões 2Periquito 2
Piedade de Ponte Nova 2
Continuação...
Municípios Atingidospor Inundação Gradual
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
101
54
4
32
75
134106
76
95
56
112
31
0
50
100
150
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INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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Peçanha 2Perdões 2
Periquito 2Piedade de Ponte Nova 2
Piedade dos Gerais 2Pintópolis 2
Piranguçu 2Pirapora 2Piraúba 2
Pocrane 2Ponto Chique 2
Pouso Alto 2
Pratápolis 2Presidente Bernardes 2
Alto Jequitibá 2Rio do Prado 2Rio Piracicaba 2
Ritápolis 2Santa Efigênia de Minas 2
Santa Fé de Minas 2Santo Antônio do Grama 2
Santo Antônio do Monte 2São Félix de Minas 2
São Geraldo 2São Geraldo do Baixio 2
São João do Manteninha 2São João do Oriente 2São João Evangelista 2
São João Nepomuceno 2
São Lourenço 2São Pedro dos Ferros 2São Pedro do Suaçuí 2
São Sebastião da Bela Vista 2
Senador Firmino 2Serra dos Aimorés 2
Serro 2Tarumirim 2
Teixeiras 2Tombos 2
Ubaporanga 2
Umburatiba 2Vargem Alegre 2
Várzea da Palma 2Açucena 1Aguanil 1
Aimorés 1Albertina 1
Alpinópolis 1Alvorada de Minas 1
Amparo do Serra 1Cachoeira de Pajeú 1
Andrelândia 1Antônio Carlos 1
Antônio Dias 1Arantina 1
Arcos 1Argirita 1
Aricanduva 1Ataléia 1
Barão de Cocais 1Belmiro Braga 1
Belo Horizonte 1Belo Vale 1
Bom Despacho 1Bom Repouso 1
Bonfinópolis de Minas 1Brasília de Minas 1
Brasópolis 1
Brumadinho 1Bueno Brandão 1
Bugre 1Buritis 1
Buritizeiro 1
Cachoeira de Minas 1Caiana 1Cajuri 1
Camacho 1Cambuquira 1
Campo do Meio 1Cana Verde 1
Capela Nova 1Capitólio 1Carbonita 1Carrancas 1
Carvalhos 1Catas Altas da Noruega 1
Caxambu 1Chalé 1
Continuação...
Municípios Atingidospor Inundação Gradual
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
101
54
4
32
75
134106
76
95
56
112
31
0
50
100
150
Catas Altas da Noruega 1
Caxambu 1Chalé 1
Chapada do Norte 1Claraval 1
Coluna 1Comendador Gomes 1
Congonhal 1Conselheiro Pena 1
Consolação 1Coqueiral 1
Cordislândia 1Corinto 1
Coronel Fabriciano 1Coronel Murta 1
Coronel Pacheco 1Cristais 1
Cristina 1Cruzeiro da Fortaleza 1
Diamantina 1Divinésia 1
Dom Bosco 1Dom Cavati 1
Engenheiro Navarro 1Entre Rios de Minas 1
Espinosa 1Estrela Dalva 1
Estrela do Indaiá 1Eugenópolis 1
Faria Lemos 1Felixlândia 1
Fernandes Tourinho 1Florestal 1
Fruta de Leite 1Frutal 1
Galiléia 1Glaucilândia 1
Gouveia 1Guanhães 1
Guaranésia 1Guaxupé 1
Iapu 1Ibiaí 1
Ibitiúra de Minas 1
Ilicínea 1Inconfidentes 1
Indaiabira 1Inimutaba 1
Ipaba 1Ipanema 1Ipuiúna 1Itabira 1
Itabirito 1Itacarambi 1Itaguara 1
Itambacuri 1
Itapeva 1Itaverava 1
Itueta 1Itutinga 1
Jaboticatubas 1Jacinto 1
Jaguaraçu 1Jaíba 1
Januária 1Jequeri 1
Jequitinhonha 1
Jesuânia 1José Gonçalves de Minas 1
José Raydan 1Nova União 1
Juvenília 1
Ladainha 1Lagoa Formosa 1Lagoa Grande 1
Lambari 1
Laranjal 1Leopoldina 1
Limeira do Oeste 1Lontra 1
Luminárias 1Machado 1Mamonas 1
Mar de Espanha 1
Mariana 1Mário Campos 1Marmelópolis 1
Continuação...
Municípios Atingidospor Inundação Gradual
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
101
54
4
32
75
134106
76
95
56
112
31
0
50
100
150
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INUNDAÇÃO GRADUAL
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Mariana 1
Mário Campos 1Marmelópolis 1Martins Soares 1
Mata Verde 1
Mateus Leme 1Matias Barbosa 1
Matipó 1Mato Verde 1
Medina 1Minduri 1
Mirabela 1Monte Belo 1
Morro da Garça 1Nanuque 1Ninheira 1
Nova Belém 1
Nova Era 1Novo Oriente de Minas 1
Ouro Branco 1Pains 1
Pai Pedro 1Paiva 1
Paraisópolis 1Passa Quatro 1
Patis 1Patos de Minas 1
Patrocínio do Muriaé 1Paula Cândido 1
Pedra Bonita 1Pedralva 1
Pedro Leopoldo 1Pescador 1
Pingo-d'Água 1Piranga 1
Piranguinho 1Poço Fundo 1
Poços de Caldas 1Ponte Nova 1
Ponto dos Volantes 1Porteirinha 1
Porto Firme 1Raposos 1Recreio 1
Resplendor 1
Riachinho 1Ribeirão das Neves 1Rosário da Limeira 1
Rubim 1Sabará 1Salinas 1
Santa Cruz de Salinas 1
Santa Cruz do Escalvado 1Santa Helena de Minas 1Santa Maria do Suaçuí 1
Santana da Vargem 1
Santana do Jacaré 1Santa Rita de Jacutinga 1
Santa Rita de Minas 1Santa Rita do Itueto 1
Santo Antônio do Amparo 1Santo Hipólito 1
São Francisco do Glória 1São Gonçalo do Pará 1
São João da Lagoa 1São João del Rei 1
São João do Pacuí 1
São João do Paraíso 1São Joaquim de Bicas 1
São José da Safira 1São José da Varginha 1São José do Alegre 1
São José do Divino 1São José do Jacuri 1
São Miguel do Anta 1São Roque de Minas 1
São Sebastião do Anta 1São Sebastião do Rio Verde 1
São Thomé das Letras 1Sarzedo 1
Sem-Peixe 1Senador José Bento 1
Senador Modestino Gonçalves 1Senhora de Oliveira 1
Seritinga 1Serranópolis de Minas 1
Serranos 1
Continuação...
Municípios Atingidospor Inundação Gradual
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
101
54
4
32
75
134106
76
95
56
112
31
0
50
100
150
-
Senador Modestino Gonçalves 1
Senhora de Oliveira 1Seritinga 1
Serranópolis de Minas 1Serranos 1
Sete Lagoas 1Simão Pereira 1
Simonésia 1Soledade de Minas 1
Taiobeiras 1Taparuba 1
Taquaraçu de Minas 1Tiradentes 1
Tocos do Moji 1Três Marias 1Três Pontas 1
Ubá 1
Ubaí 1Unaí 1
Urucânia 1Vargem Grande do Rio Pardo 1
Veredinha 1Vermelho Novo 1
Vespasiano 1Viçosa 1
Mathias Lobato 1Virgem da Lapa 1
Virgínia 1Virginópolis 1
Volta Grande 1Wenceslau Braz 1
Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro 7862 Registros
Continuação...
Municípios Atingidospor Inundação Gradual
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
101
54
4
32
75
134106
76
95
56
112
31
0
50
100
150
56Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INUNDAÇÃO GRADUAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 56/95
chuvas continuaram acima da média histórica em quase toda
a Região Sudeste, exceto no Triângulo Mineiro e no sudoeste
de São Paulo. No norte de São Paulo e em grande parte de
Minas Gerais, os totais acumulados superaram os 300 mm. Oavanço das frentes frias e a conguração dos dois episódios
de ZCAS colaboraram para a ocorrência de chuvas na Região
(AS CHUVAS..., 2004).
Mesmo de forma previsível e paulatinamente, quando
as águas extravasam a cota máxima do canal, ocorrem as
inundações que podem atingir moradias construídas sobre
as margens do rio, causando danos materiais e humanos aos
habitantes das áreas atingidas.
Com relação aos danos humanos causados durante o
intervalo temporal da pesquisa (1991-2010), foram registrados,
aproximadamente, 1 milhão e 700 mil mineiros atingidos
por desastre de inundações graduais em todo o Estado.Além destas, 166.100 pessoas foram desalojadas, 42.260
desabrigadas, 14.847 deslocadas, 2 estão desaparecidas, 1.542
levemente feridas, 37 gravemente feridas, 2.017 enfermas e
59 mortas, conforme apresenta o Gráco 10 (Danos humanos
por inundações graduais 1991-2010).
As vítimas fatais relacionadas à ocorrência de
inundações graduais foram registradas em 28 municípios. O
1.696.409
1500000
2000000
n t e s
Danos humanos por inundação gradual
(1991 a 2010)
166.10042.260
14.8472 1.542
37
2.01759
0
500000
1000000
H a
b i t a
Gráco 10 - Danos humanos ocasionados por inundações graduais em Mi-nas Gerais, período de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
município de Novo Cruzeiro foi atingido 3 vezes entre os anos
de 2006 e 2009 e apresentou registro de 12 óbitos, t odos no
ano de 2006.
O município de Montes Claros, localizado na
Mesorregião Norte de Minas, foi o município que apresentou
o maior número de afetados – 135.600 habitantes,
correspondendo a 8% do total, nas cinco vezes em que
decretou situação de emergência por desastres de inundações
graduais. O primeiro registro do município foi em fevereiro
de 1992 e o segundo foi após dez anos, em dezembro de
2003. O próximo registro ocorreu em março de 2006, devido
ao aumento do nível de água dos córregos nos bairros Vida
Campos, Chuquinha Guimarães e Vargem, em função do
aumento da precipitação pluviométrica. Os últimos registros
foram em janeiro e novembro de 2009, devido ao aumento
das precipitações pluviométricas acima da média histórica
por vários dias, acarretando em inundações e enchentes nas
áreas urbana e rural.
Em geral, as inundações graduais são recorrentesnas áreas urbanas, principalmente quando as planícies de
inundação são ocupadas, tornando as pessoas alvo dos
desastres relacionados com o aumento do nível dos rios.
Os danos humanos e materiais causados por
inundações podem ser minimizados através de permanente
monitoramento do nível dos rios e do acompanhamento da
evolução diária das condições meteorológicas, permitindo,
assim, antecipar as variáveis climatológicas responsáveis
pela ocorrência de inundações. Além disso, é necessário um
planejamento urbano adequado, que impeça a construção de
novas moradias às margens dos rios.
REFERÊNCIAS
ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricosde 1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.
AS CHUVAS devem continuar acima da média histórica nonorte do nordeste do Brasil. Infoclima: Boletim de InformaçõesClimáticas, Brasília, ano 11, n. 3, mar. 2004. Disponível em: <
http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200403.pdf>.Acesso em: 20 dez. 2011.
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres:desastres naturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional,2003. 182 p.
KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitosbásicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.
A PREVISÃO para o nordeste do Brasil é de chuvas em torno danormal climatológica no início da estação, com possibilidadede variar de normal a abaixo da média histórica no m daestação, com alta variabilidade espacial. Infoclima: Boletim deInformações Climáticas, Brasília, ano 11, n. 1, jan. 2004. Disponívelem: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200401.pdf >. Acesso em: 20 dez. 2011.
TAVARES, A.C; SILVA, A.C.F. Urbanização, chuvas de verão einundações: uma análise episódica. Climatologia e Estudos daPaisagem , Rio Claro, v. 3, n.1, p. 4-15, jan./jun. 2008. Disponívelem: <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ climatologia/article/view/1223>. Acesso em: 15 ago. 2011.
57Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
VENDAVAL E/OU CICLONE
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 57/95
VENDAVAL E/OU CICLONE
Os eventos naturais adversos vendavais e ciclones
compõem a mesma categoria neste atlas. Nos registros
referentes aos ciclones incluem-se os extratropicais e os
tropicais. No caso dos vendavais, os registros referem-se
a vendavais ou tempestades, aos vendavais muito intensos
e vendavais extremamente intensos, furacões, tufões.
Portanto, esta categoria, vendaval e/ou ciclone apresenta os
registros dos desastres das duas tipologias.
Quanto a sua origem, todos os dois eventos se
enquadram como desastres naturais de causa eólica,
relacionados com a intensificação do regime dos ventos ou
com a forte redução da circulação atmosférica. Dependendo
do Estado, os registros são relativos a uma ou outra tipologia,
ou até mesmo às duas. No caso de Mato Grosso, os registros
referem-se aos desastres causados por vendavais associados
a tempestades e muito intensos.
Os vendavais são caracterizados como o deslocament oviolento de uma massa de ar, de uma ár ea de alta pressão para
outra de baixa pressão, ou seja, perturbações acentuadas no
estado normal da atmosfera, normalmente causados pelo
intenso gradiente de pressão e um incremento do efeito de
atrito e das forças centrífuga, gravitacional e de Coriolis.
Na Escala de Beaufort correspondem a ventos muito duros
de número 10, com ventos de velocidades que variam
entre 88 a 102 km/h. Normalmente são acompanhados de
tempestades, precipitações hídricas intensas e concentradas,
bem como de granizo ou de neve, quando são denominados
de nevascas (CASTRO, 2003).
O superaquecimento local gera correntes dedeslocamentos horizontal e vertical de grande violência e
com elevado poder destruidor, ao provocar a formação de
cumulonimbus isolados. Estes tipos de nuvens são acompanhados
normalmente de raios e trovões (CASTRO, 2003).
Dentre os principais sistemas meteorológicos
que afetam o tempo e suas relações com a ocorrência de
eventos adversos na Região Sudeste do Brasil, se destacam
os Ciclones Extratropicais, que são perturbações que se
originam na baixa troposfera e podem causar ressaca s, chuvas
intensas e ventos fortes; os Sistemas Convectivos Isolados,
que ocorrem geralmente no verão e podem se associar
aos Sistemas Frontais gerando muita chuva, vendavais e
granizo; os Complexos Convectivos de Mesoescala, sistemas
com intensidade suficiente para gerar chuvas fortes,
ventos, tornados, granizo, etc., ou seja, também capazes dedesencadear desastres naturais; a Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), bem caracterizada nos meses de verão;
e, por fim, os Sistemas Frontais, que geram tempo instável.
Esses sistemas podem ocor rer o ano inteiro, mas é no inverno
que a sua atuação é mais frequente e intensa (TOMINAGA;
SANTORO; AMARAL, 2009). As instabilidades associadas às
passagens de Sistemas Frontais podem provocar vendavais
intensos e até tornados. Durante o verão, podem interagir
com o ar tropical quente e úmido, gerando convecção
profunda com precipitação intensa, causando inundações,
escorregamentos, alguma s vezes com ventos fortes e granizo(CAVALCANTI; KOUSKY, 2009).
No Estado de Minas Gerais, os vendavais e/ou
ciclones tiveram 244 registros oficiais entre os anos de
1991 e 2010. Para melhor visualização, esses registros foram
espacializados em dois mapas: Mapa 18 (Desastres Naturais
causados por vendaval e/ou ciclone em Mesorregiões
de Minas Gerais no período de 1991 a 2010) e Mapa 19
(Desastres Naturais causados por vendaval e/ou ciclone
nas Mesorregiões Central Mineira, Jequitinhonha, Norte de
Minas, Noroeste de Minas, Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba
e Vale do Mucuri no período de 1991 a 2010).
Verifica-se que dos 853 municípios pertencentes aoEstado, 166 foram atingidos por vendavais e/ou ciclones,
representando 19,5% dos municípios. Pode-se perceber
que esses desastres naturais atingem municípios por todo o
Estado e em todas as mesorregiões . Os municípios que foram
mais vezes atingidos são Além Paraíba, com 5 registros, e
Ouro Preto, Central de Minas, Betim e Santos Dumont, com
4 registros cada, todos eles localizados no Mapa 18.
Os eventos de vendavais e/ou ciclones foram
registrados em todos os meses do ano, conforme pode
ser visto no Gráfico 11 (Frequência mensal de vendavais
e/ou ciclones 1991-2010). No entanto, os meses de verãosão os mais propícios à ocorrência de vendavais e ciclones,
pois são fenômenos característicos da estação chuvosa e
foi o período que mais apresentou ocorrências. Foram 34
episódios em novembro, 34 em dezembro, 53 ocorrências
no mês de janeiro e 38 em fevereiro.
As ocorrências de desastres causados por vendavais
e/ou ciclones ocorrentes nos municípios de Minas Gerais,
foram registrados em quase todos os anos entre 1991 a
2010, conforme Infográfico 4 (Municípios atingidos por
vendavais e/ou ciclones). Percebe-se que a segunda década
de análise (2001-2010) apresentou a grande maioria das
ocorrências registradas, 230 (representando 94,3% do total),com destaque para os anos de 2005 a 2008, que tiveram
mais de 30 registros por ano, e em especial 2005, com 37
registros em 34 municípios. Destacam-se os municípios de
Araxá, Congonhas do Norte e Itambacuri, com 2 ocorrências
naquele ano.
No total, conforme mencionado, os vendavais e/
ou ciclones foram registrados 244 vezes entre 1991 a 2010
53
50
60
Frequência mensal de vendaval e/ou ciclone
(1991 a 2010)
16
11
3 2 3 4
18
28
34 34
0
10
20
30
40
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Gráco 11 - Frequência mensal de vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais,no período de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
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Itabira
Itambacuri
Caratinga
Oliveira
Ouro Preto
Alfenas
Peçanha
Governador ValadaresGuanhães
Cássia
Resplendor
Caeté
Lavras São João Del Rei
Cláudio
Jaboticatubas
Iapu
Esmeraldas
Divinópolis
Marliéria
Machado
Betim
Lajinha
Três Pontas
Boa Esperança
Alvinópolis
Ervália
Palma
CamposGerais
Itamonte
Piau
Santos Dumont
Pará de Minas
Guarani
Recreio
ConceiçãodoMato Dentro
Jampruca
Ipanema
Pimenta
Tumiritinga
Sabará
Além Paraíba
Rio Casca
Rio Preto
Campanário
Carangola
MorrodoPilar
Nazareno
São Sebastiãodo Paraíso
Barra Longa
Fervedouro
Jeceaba
SantaMariado Suaçuí
Congonhas
Lambari
Espera Feliz
Periquito
Rio Piracicaba
Bicas
Durandé
BiasFortes
Congonhasdo Norte
Gonzaga
Entre Riosde Minas
Mar deEspanha
MateusLeme
Matozinhos
Senhorado Porto
Brás Pires
Careaçu
Goianá
SantaLuzia
CarmodeMinas
Naque
Funilândia
Carmópolisde Minas
São Vicentede Minas
ConselheiroLafaiete
Guidoval
Cana Verde
Gonçalves
São JoãoNepomuceno
Capitão Andrade
São ThomédasLetras
Taquaraçude Minas
SantaRitadoSapucaí
SantaMargarida
SantanadoManhuaçu
ConceiçãodoRio Verde
Luisburgo
São Pedrodo Suaçuí
Igarapé
Imbé de Minas
Ibirité
Divinésia
Coimbra
Centralde Minas
CoronelFabriciano
PedradoAnta
Fortalezade Minas
Serra Azulde Minas
Conceiçãode Ipanema
Guarará
Arantina
Caxambu
Oratórios
São Joséda Varginha
Marmelópolis
RibeirãodasNeves
Diogode Vasconcelos
Sarzedo
SantoAntôniodo Aventureiro
CapimBranco
Albertina
Itamaratide Minas
Divinolândiade Minas
Vespasiano
São Joãodo Oriente
SantanadoJacaré
São Joãodo Manteninha
SantaEfigêniade Minas
SantaBárbarado Leste
DonaEusébia
SantaRitade Minas
São Joaquimde Bicas
RibeirãoVermelho
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
G o i a sG o i a s
B a h i aB a h i a
41°W
41°W
44°W
44°W
47°W
47°W
19°S 19°S
22°S 22°S
MAPA 18 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR VENDAVAL E/OU CICLONESNAS MESORREGIÕES 1, 2, 3, 4, 5 E 6 NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 25 50 75 100 125 km
1:2500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 44° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E
A N
O
O C E
A N
O
A T L Â
N T
I C O
A T L Â
N T
I C O
Número deregistros
1
2
3
4
5
Legenda das mesorregiões
1 - Campo das Vertentes
2 - Metropolitana de Belo Horizonte
3 - Oeste de Minas
4 - Sul/Sudeste de Minas5 - Vale do Rio Doce
6 - Zona da Mata
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B a h i aB a h i a
S ã oS ã oP a u l oP a u l o
G o i a sG o i a s
E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o
D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l
Lagoa Grande
Arinos
Uberlândia
Bocaiúva
Diamantina
Lassance
Luz
Araguari
Urucuia
Montes Claros
Joaíma
Caraí
Araxá
Iturama
Ubaí
Gameleiras
Tupaciguara
Poté
Rubelita
Várzea da Palma
Taiobeiras
Monte Azul
Patis
Monte Carmelo
Catuji
São Gotardo
Pedras de Maria da Cruz
Comercinho
Bandeira
Setubinha
Inimutaba
PadreParaíso
Estrela do Indaiá
Curralde Dentro
Presidente Juscelino
SantoHipólito
SantoAntônio do Jacinto
Felício dos Santos
Jenipapode Minas
Serra dos Aimorés
NovaPorteirinha
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W
18°S 18°S
MAPA 19 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR VENDAVAL E/OU CICLONE NAS MESORREGIÕES CENTRAL MINEIRA,JEQUITINHONHA, NORTE DE MINAS, NOROESTE DE MINAS, TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA E VALE DO MUCURI
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 35 70 105 140 175 km
1:3500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N O
O C E A N O
A T
L Â
N T
I C O
A T
L Â
N T
I C O
Número deregistros
1
2
3
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VENDAVAL E/OU CICLONE
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no Estado de Minas Gerais. Destes, 238 registros foram
caracterizados como vendavais ou tempestades e 6 registros
como vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais,
não ocorrendo registros de eventos caracterizados como
vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou
ciclones tropicais.
Os 6 registros de vendavais muito intensos ou
ciclones extratropicais no Estado ocorreram nos anosde 2003 a 2007. Em 2003 fortes ventos que atingiram a
velocidade de 100 km/h, acompanhados com intensas
chuvas atingiram o município de São José da Varginha.
Em 2005 os municípios de Araxá e Guidoval sofreram com
vendavais intensos atingindo mais de 100 km/h. No ano de
2006 o município de Sarzedo foi atingido por fortes ventos
seguidos de tempestade. No ano de 2007 os municípios de
Santo Hipólito e Machado apresentaram registro do evento,
com ventos apresentaram velocidade entre 90 e 120 km/h,
acompanhados por pancadas de chuva.
Esse tipo de desastre natural está mais associadoa danos materiais que humanos. Os danos possíveis
ocasionadas por vendavais e/ou ciclones são a queda de
árvores; de fiações, podendo provocar interrupções no
fornecimento de energia elétrica e nas comunicações
telefônicas; danos às plantações; enxurradas e alagamentos;
danos em habitações mal construídas e/ou mal situadas;
destelhamento em edificações e; danos humanos,
através traumatismos provocados pelo impacto de
objetos transportados pelo vento, por afogamento e por
deslizamentos ou desmoronamentos.
Segundo Tominaga et al. (2009), danos humanos
podem ser causados por ventos aci ma dos 75 km/hora. Logo,no caso dos danos humanos causados por desastres naturais
associados a eventos adversos de causa eólica, contatou-se
um total de 103.960 pessoas afetadas no Estado de Minas
Gerais.
Durante as ocorrências de vendavais registrados no
Gráfico 12 (Danos humanos causados por vendavais e/ou
ciclones 1991-2010), verifica-se que 103.960 pessoas foram
Infográco 4 – Municípios atingidos por vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010
Municípios Atingidos
por Vendaval e/ou Ciclone
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Além Paraíba 5
Betim 4
Central de Minas 4
Ouro Preto 4
Santos Dumont 4
Alvinópolis 3
Boa Esperança 3
Congonhas do Norte 3
Diogo de Vasconcelos 3
Fervedouro 3
Governador Valadares 3
Jaboticatubas 3
Montes Claros 3
Rio Preto 3
Santana do Jacaré 3
São Vicente de Minas 3
Serra dos Aimorés 3
Araguari 2
Araxá 2
Bias Fortes 2
Bicas 2
Cana Verde 2
Capim Branco 2
Catuji 2
Congonhas 2
Conselheiro Lafaiete 2
Diamantina 2
Dona Eusébia 2
Fortaleza de Minas 2
Guidoval 2
Ibirité 2
Inimutaba 2
Itabira 2
Itambacuri 2
Lajinha 2
Lassance 2
Lavras 2
Luz 2
Marliéria 2
Peçanha 2
Pedra do Anta 2
Pedras de Maria da Cruz 2
Periquito 2
Piau 2
Ribeirão das Neves 2
Santa Luzia 2
Santana do Manhuaçu 2
São Gotardo 2
São João del Rei 2
São João Nepomuceno 2
Sarzedo 2
Setubinha 2
Senhora do Porto 2
Tupaciguara 2
Uberlândia 2
Albertina 1
Alfenas 1
57
2 3
13
2326
37 3530 31
13
19
0
20
40
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afetadas, 14.217 foram desalojadas, 3.122 desabrigadas, 979
deslocadas, 271 levemente feridas, 9 gravemente feridas, 69
enfermas e 5 mortas, ao longo dos vinte anos analisados.Os municípios que tiveram vítimas fatais relacionadas à
ocorrência de vendavais e/ou ciclones foram Montes Claros,
Sabará, São Joaquim de Bicas, Uberlândia e Vespasiano.
Entre os municípios atingidos, Tupaciguara,
localizado na Mesorregião Triangulo Mineiro/Alto
Paranaiba, foi o que apresentou o maior número de
afetados – 12.000 tupaciguarenses. Em 2009 parte da área
urbana do município, bairros Andorinhas, Cynthia, Boa Vista,
Centro, Jardim do Lago, Morada Nova, Nova Esperança,
Paineiras, Primavera e Tiradentes, e parte da área rural,
bairros Povoado Bálsamo, Usina Aroeira, Brilhante, Córrego
Piedade e Córrego Escondido foram atingidas por uma fortechuva com tempestade, acompanhada de ventos fortes e
granizo. Esses fenômenos causaram o transbordamento dos
córregos Piedade e Escondido, o destelhamento de diversas
casas, danificação de rede de energia, queda de árvores e
destruição de canaviais.
Setubinha 2
Senhora do Porto 2
Tupaciguara 2
Uberlândia 2
Albertina 1
Alfenas 1
Arantina 1
Arinos 1
Bandeira 1
Barra Longa 1
Bocaiúva 1
Brás Pires 1
Caeté 1
Campanário 1
Campos Gerais 1
Capitão Andrade 1
Caraí 1
Carangola 1
Caratinga 1
Careaçu 1
Carmo de Minas 1
Carmópolis de Minas 1
Cássia 1
Caxambu 1
Cláudio 1
Coimbra 1
Comercinho 1
Conceição de Ipanema 1
Conceição do Mato Dentro 1
Conceição do Rio Verde 1
Coronel Fabriciano 1
Curral de Dentro 1
Divinésia 1
Divinolândia de Minas 1
Divinópolis 1
Durandé 1
Entre Rios de Minas 1
Ervália 1
Esmeraldas 1
Espera Feliz 1
Estrela do Indaiá 1
Felício dos Santos 1
Funilândia 1
Gameleiras 1
Goianá 1
Gonçalves 1
Gonzaga 1
Guanhães 1
Guarani 1
Guarará 1
Iapu 1
Igarapé 1
Imbé de Minas 1
Ipanema 1
Itamarati de Minas 1
Itamonte 1
Iturama 1
Jampruca 1
Jeceaba 1
Jenipapo de Minas 1
Joaíma 1
Lambari 1
Luisburgo 1
Continuação...
Municípios Atingidos
por Vendaval e/ou Ciclone
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
57
2 3
13
2326
37 3530 31
13
19
0
20
40 Gráco 12 – Danos humanos causados por vendavais e/ou ciclones no pe-ríodo de 1991 a 2010
103.960
80000
100000
120000
n t e s
Danos humanos por vendaval e/ou ciclone
(1991 a 2010)
14.217 3.122
979 271 9 69 50
20000
4000060000
H a b i t
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
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REFERÊNCIAS
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres:desastres naturais. Brasília (DF): Ministério da IntegraçãoNacional, 2003. 182 p.
CAVALCANTI, I. F. A.; KOUSKY, V. E. Frentes frias sobre o Brasil.In: CAVALCANTI, Iracema F. A. et al. (Org.). Tempo e clima noBrasil. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. p. 135-147.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Tupaciguara. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http:// www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 19 dez. 2011.
TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastresnaturais: conhecer para prevenir. 1. ed. Sã o Paulo: InstitutoGeológico, 2009. Disponível em: <http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/DesastresNaturais.pdf>.Acesso em: 27 out.2011.
Jampruca 1
Jeceaba 1
Jenipapo de Minas 1
Joaíma 1
Lambari 1
Luisburgo 1
Machado 1
Mar de Espanha 1
Marmelópolis 1
Mateus Leme 1
Matozinhos 1Monte Azul 1
Monte Carmelo 1
Morro do Pilar 1
Naque 1
Nazareno 1
Nova Porteirinha 1
Oliveira 1
Oratórios 1
Padre Paraíso 1
Palma 1
Pará de Minas 1
Patis 1
Pimenta 1
Poté 1
Presidente Juscelino 1
Recreio 1
Resplendor 1
Ribeirão Vermelho 1
Rio Casca 1
Rio Piracicaba 1Rubelita 1
Sabará 1
Santa Bárbara do Leste 1
Santa Efigênia de Minas 1
Santa Margarida 1
Santa Maria do Suaçuí 1
Santa Rita de Minas 1
Santa Rita do Sapucaí 1
Santo Antônio do Aventureiro 1
Santo Antônio do Jacinto 1
Santo Hipólito 1
São João do Manteninha 1
São João do Oriente 1
São Joaquim de Bicas 1
São José da Varginha 1
São Pedro do Suaçuí 1
São Sebastião do Paraíso 1
São Thomé das Letras 1
Serra Azul de Minas 1
Taiobeiras 1Taquaraçu de Minas 1
Três Pontas 1
Tumiritinga 1
Ubaí 1
Urucuia 1
Várzea da Palma 1
Vespasiano 1
244Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro2 Registros3 Registros
Continuação...
Municípios Atingidos
por Vendaval e/ou Ciclone
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
57
2 3
13
2326
37 3530 31
13
19
0
20
40
63Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
GRANIZO
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GRANIZO
Os granizos compõem o grupo de desastres naturais
relacionados com temperaturas extremas. São caracterizados
por precipitação sólida de pedras de gelo, transparentes ou
translúcidas, de forma esférica ou irregular, de diâmetro
igual ou superior a 5 mm, que se formam na parte superior
das nuvens convectivas, do tipo cumulonimbus. Estasnuvens apresentam temperaturas extremamente baixas
no seu topo e elevado desenvolvimento vertical, podendo
alcançar alturas de até 1.600 m, condições propicias para
a transformação das gotículas de água em gelo. As gotas
congeladas ao crescerem, pelo processo de coalescência
(agrupamento com outras gotas menores), movimentam-se
com as correntes subsidentes. Nessa movimentação, ao se
chocarem com gotas mais frias, crescem rapidamente até
alcançarem um peso máximo, ao ponto de não serem mais
suportadas pelas correntes ascendentes, quando ocorre
a precipitação. O tempo de duração de uma precipitaçãode granizo está relacionado à extensão vertical da zona de
água no interior da nuvem, que normalmente supera 3 km e
é formada por gotas assimétricas (KULICOV; RUDNEV, 1980;
KNIGHT; KNIGHT, 2001).
O granizo, também conhecido por saraivada, pode
ser subdividido em gotas de chuvas congeladas ou flocos
de neve fundidos e recongelados e em grânulos de neve
envolvidos por gelo (CASTRO, 2003).
No Estado de Minas Gerais, as precipitações de
granizos foram responsáveis por 92 registros oficiais de
desastres, entre os anos de 1991 e 2010.
A distribuição espacial desses registros está no Mapa20 (Desastres Naturais causados por granizos em Minas Gerais,
no período de 1991 a 2010), onde se verica que a maioria dos
municípios atingidos localiza-se na porção sudeste do Estado.
Dos 853 municípios mineiros, 81 registraram a ocorrência do
evento durante a escala temporal adotada.
O município com a maior recorrência do desastre
foi Recreio, localizado na Mesorregião da Zona da Mata.
Esta mesorregião apresentou 16 municípios afetados,
sendo a segunda mais afetada. A mesorregião que teve
mais municípios atingidos por granizos, com 18, foi a
Metropolitana de Belo Horizonte.Ao analisar o Infográfico 5 (Municípios atingidos
por granizos), percebe-se que os primeiros registros de
desastres por granizos foram feitos em dezembro de
1995, em Alvinópolis, Betim, Padre Paraíso e Santa Luzia.
Além disso, a partir de 2002 todos os anos da pesquisa
apresentaram registro do evento adverso.
O ano que teve a maior recorrência do desastre
foi 2008, com 25 registros em 24 municípios. Destaca-se
João Monlevade, localizado na Mesorregião Metropolitana
de Belo Horizonte, que registrou duas vezes desastre por
granizo. Os registros foram em agosto e setembro, devido à
intensa precipitação de granizo e ventos com velocidade emtorno de 70 km/h em um curto período de tempo, nas duas
ocasiões, causando destelhamento, enchentes e inundações
em vários bairros do município.
A maioria dos registros do ano de 2008 ocorreu no
mês de setembro, totalizando 17 ocorrências. Segundo o
Boletim CEPTEC/INPE, na segunda quinzena de setembro,
a atuação de dois sistemas frontais e o deslocamento de
cavados na média e alta troposfera causou temporais seguidos
por intensos episódios de precipitação de granizo no leste
da Região Sudeste. No leste de Minas Gerais, em particular,
destacaram-se as cidades de Carandaí, Betim, Belo Horizonte,Santana da Vargem e Uberaba, onde as precipitações de
granizo, registradas no período de 15 a 17 de setembro e no
dia 26, causaram prejuízos à população (MELO, 2008).
Essa tipologia de desastre natural é considerada comum
na época das chuvas que ocorre nos meses de primavera e
verão em Minas Gerais e que, além da queda de granizos,
podem acarretar inundações, vendavais, raios e trovões.
Chuvas severas são frequentes durante a estação chuvosa no
Brasil, todavia, temporais com rajadas de vento, trovoadas e
ocorrência de granizo na estação fria, sobretudo na Região
Sudeste brasileira, são mais raros (PEREIRA, 2006).
No Estado, ao longo dos vinte anos de análise, oseventos adversos foram registrados em todos os meses
do ano, conforme o Gráfico 13 (Frequência mensal de
granizos 1991-2010). No entanto, destacam-se o trimestre
de agosto, setembro e outubro, com 15, 31 e 12 registros,
respectivamente.
Dos 15 registros ocorridos mês de agosto, 6
correspondem aos episódios do ano de 2006 em Bom Jesus
Gráco 13 - Frequência mensal de queda de granizos em Minas Gerais, noperíodo de 1991 a 2010
31
30
35
Frequência mensal de granizo
(1991 a 2010)
2
4 4
1
4 4
1
15
12
6 8
0
5
10
1520
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Figura 11 – Granizos nos municípios de Oratórios
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
64Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
GRANIZO
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 64/95
G o i á sG o i á s
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s od o S u ld o S u l
B a h i aB a h i a
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o
R i o d eR i o d eJ a n e i r oJ a n e i r o
D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l
Unaí
Salinas
Caraí
Ibiaí
São Romão
Bambuí
Iturama
Rubim
Lavras
Caratinga
Juiz de Fora
Capelinha
Itapecerica
São JoãoDel Rei
Cláudio
Mantena
Itabirito
Carrancas
Lima Duarte
Varzelândia
Iguatama
PontodosVolantes
Betim
Alvinópolis
Jampruca
Carandaí
Itaguara
Campos Gerais
Ritápolis
Varginha
Campo Belo
SantosDumont
Matipó
PousoAlegre
PonteNova
Botelhos
PadreParaíso
Monte Belo
Fervedouro
PerdõesCoqueiral
Recreio
Bom Jesusdo Galho
Jeceaba
SantaMariade Itabira
Congonhas
Eugenópolis
MonteFormoso
Pouso Alto
Entre Riosde Minas
Mar deEspanha
MateusLeme
Caputira
São JoãoEvangelista
Ipatinga
SantaLuzia
CarmodeMinas
Carmópolisde Minas
Contagem
São JoãoNepomuceno
São Joséda Barra
Taquaraçude Minas
Sem-Peixe
ConceiçãodoRio Verde
Crucilândia
São Pedro
do Suaçuí
Cantagalo
PresidenteBernardes
ViscondedoRio Branco
São Joséda Varginha
São Josédo Goiabal
Senhorade Oliveira
Tocosdo Moji
Raposos
Wenceslau Braz
Divinolândiade Minas
JoãoMonlevade
BelaVistade Minas
SantaEfigêniade Minas
Ewbankda Câmara
SantaBárbarado Leste
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W14°S14°S
18°S 18°S
22°S 22°S
MAPA 20 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR GRANIZO EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 45 90 135 180 225 km
1:4500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.
Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N OO C E A N O
A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O
Número deregistros
1
2
3
65Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
GRANIZO
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 65/95
do Galho, Caraí, Monte Formoso, Padre Paraíso, Ponto dos
Volantes e Rubim. Em 19 de ag osto de 2006, data próxima as
ocorrências do dia 21 registradas em 5 municípios do Estado,
a aproximação de uma frente fria pelo oceano, próximo
ao litoral do Estado de São Paulo, gerou instabilidadeatmosférica. Essa instabilidade se deslocou do sul de Minas
Gerais e ocasionou pancadas de chuva e quedas de granizo
no Estado de Minas Gerais, assim como em São Paulo e no
Rio de Janeiro. A elevada umidade relativa do ar e a forte
instabilidade em altos níveis, indicados nos modelos de
previsão são as possíveis causas da ocorrência de granizo
na região (PEREIRA, 2006).
Durante o período de análise, as quedas de granizos
registradas em Minas Gerais atingiram 191.460 habitantes
mineiros. O Gráfico 14 (Danos humanos causados por
granizos 1991-2010) apresenta ainda 28.105 pessoas
desalojadas, 4.758 desabrigadas, 1.345 deslocadas, 378
levemente feridas, 42 gravemente feridas e 10 enfermas.
Dentre os 81 municípios atingidos por gran izos entre
os anos de 1991 a 2010, o mais afetado foi Juiz de Fora,
localizado na Mesorregião da Zona da Mata, com 60.000
pessoas diretamente afetadas (31,3% do total) durante o
evento adverso ocorrido em fevereiro de 2004. Nos dias
28 de fevereiro e 01 de março, o município registrou a
191.460
150000
200000
250000
n t e s
Danos humanos por granizo
(1991 a 2010)
28.1054.758
1.345 378 42 100
50000
100000
H a b i t
Gráco 14 – Danos humanos causados por granizos no período de 1991 a2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Infográco 5 – Municípios atingidos por granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010
Municípios Atingidos
por Granizo
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Recreio 3
Alvinópolis 2
Botelhos 2
Carmo de Minas 2Cláudio 2
João Monlevade 2
Padre Paraíso 2
São João del Rei 2
Taquaraçu de Minas 2
Visconde do Rio Branco 2
Bambuí 1
Bela Vista de Minas 1
Betim 1
Bom Jesus do Galho 1
Campo Belo 1
Campos Gerais 1
Cantagalo 1
Capelinha 1
Caputira 1
Caraí 1
Carandaí 1
Caratinga 1
Carmópolis de Minas 1
Carrancas 1Conceição do Rio Verde 1
Congonhas 1
Contagem 1
Coqueiral 1
Crucilândia 1
Divinolândia de Minas 1
Entre Rios de Minas 1
Eugenópolis 1
Ewbank da Câmara 1
Fervedouro 1
Ibiaí 1
Iguatama 1
Ipatinga 1
Itabirito 1
Itaguara 1
Itapecerica 1
Iturama 1
Jampruca 1
Jeceaba 1
Juiz de Fora 1Lavras 1
Lima Duarte 1
Mantena 1
Mar de Espanha 1
Mateus Leme 1
Matipó 1
Monte Belo 1
Monte Formoso 1
Perdões 1
Ponte Nova 1
Ponto dos Volantes 1
Pouso Alegre 1
Pouso Alto 1
41
35
8 8
13 14
1
25
5 5
0
10
20
30
66Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
GRANIZO
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 66/95
registrados pelas quedas de granizo no Estado de Minas
Gerais estavam associados às fortes chuvas e ventos intensos,
que contribuíram para intensificar os danos.
Enquanto desastre, o granizo, de maneira geral, causa
grandes danos e prejuízos econômicos à agricultura. No Brasil, as
regiões de clima temperado são mais atingidas por este evento,
prejudicando as culturas de frutas e de fumo, mais vulneráveis
ao granizo. Dos danos materiais provocados pelo fenômeno,a destruição de telhados é o mais relevante, especialmente
quando construídos com telhas de amianto ou de barro. Outra
relevância, é que estes episódios geralmente são acompanhados
por vendavais e tempestades, o que diculta denir isoladamente
as consequências para se decretar uma situação de emergência
(CASTRO, 2003).
Ponte Nova 1
Ponto dos Volantes 1
Pouso Alegre 1
Pouso Alto 1
Presidente Bernardes 1
Raposos 1
Ritápolis 1
Rubim 1Salinas 1
Santa Bárbara do Leste 1
Santa Efigênia de Minas 1
Santa Luzia 1
Santa Maria de Itabira 1
Santos Dumont 1
São João Evangelista 1
São João Nepomuceno 1
São José da Barra 1
São José da Varginha 1
São José do Goiabal 1
São Pedro do Suaçuí 1
São Romão 1
Sem-Peixe 1
Senhora de Oliveira 1
Tocos do Moji 1
Unaí 1
Varginha 1
Varzelândia 1
Wenceslau Braz 192Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 2 Registros 1 Registro
Municípios Atingidos
por Granizo
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
41
35
8 8
13 14
1
25
5 5
0
10
20
30
Continuação...
REFERÊNCIAS
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Juiz deFora. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 20 dez. 2011.
KNIGHT, C. A.; KNIGHT, N. C. Hailstorms. In: DOSWELL III, C. A. Severeconvective storms. Boston: American Meteorological Society, 2001.(Meteorological Monographs, v. 28, n. 50, 2001. p. 223-249).
KULICOV, V. A.; RUDNEV, G. V. Agrometeorologia tropical. Havana:Cientíco-Técnica, 1980.
MELO, A. B. C. de. Previsão de chuvas abaixo da média parao trimestre NDJ/2009 no sul do Brasil. Infoclima: Boletim deInformações Climáticas, Brasília, ano 15, n. 10, out. 2008. Disponívelem: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200810.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2011.
PEREIRA, Roberto Carlos Gomes. Chuva de granizo em São Paulo, umestudo de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA,
14, 2006, Florianópolis. Anais... Florianópolis: CBMET, 2006.Disponível em: <http://www.cbmet.com/cbm-les/14-1949d7d6eed6591cdfa3d99fed4d19ab.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2011.
ocorrência de precipitação intensa precedida de granizo por
cerca de 30 a 40 minutos que provocou danos significativos
em centenas de edificações. A região mais atingida foi a
leste, mais especificamente os bairros de Santa Rita, Linhares,
Alto Grajaú, Três Moinhos e Nossa Senhora Aparecida,
caracterizados por edificaçõe s de baixo padrão, cobertas por
telhas de amianto. Registraram-se ainda, casos pontuais em
bairros da região centro-norte, como Marumbi e Progresso.Situação semelhante ocorreu no bairro Figueiras, afastado
da região central de Juiz de Fora, próximo ao município de
Chácara. Foram registradas na Defesa Civil em torno de 300
ocorrências, entretanto estima-se que outras 300 edificações
tenham sido avariadas.
Segundo os documentos oficiais, os desastres
67Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
MOVIMENTO DE MASSA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 67/95
MOVIMENTOS DE MASSA
Os movimentos de massa compõem o grupo de desastres
naturais relacionados com a geomorfologia, o intemperismo,
a erosão e a acomodação do solo. Na classicação adotada no
Atlas foram agrupados os seguintes eventos naturais no grupo:
escorregamentos ou deslizamentos; corridas de massa; rastejos e
quedas, tombamentos e/ou rolamentos de matacões e/ou rochas.Dentre as formas de movimentos de massa, os
escorregamentos, também denominados deslizamentos, são os
mais importantes desta classicação, haja vista ser o mais recorrente
dentre todos os tipos aqui apresentados. São provocados pelo
escorregamento de materiais sólidos (solo, vegetação, etc.) ao
longo de terrenos inclinados, tais como encostas, pendentes
ou escarpas. Caracterizam-se por movimentos gravitacionais
rápidos de massa, cuja superfície de ruptura é bem denida
por limites laterais e profundos. No momento em que a força
gravitacional vence o atrito interno das partículas, responsável
pela estabilidade, a massa de solo movimenta-se encosta abaixo.Esses movimentos gravitacionais de massa relacionam-se com
a inltração de água e a saturação do solo das encostas, o que
provoca a diminuição ou perda total do atrito entre as partículas.
Por esse motivo, no Brasil, os escorregamentos são nitidamente
sazonais e guardam efetiva relação com os períodos de chuvas
intensas e concentradas (CASTRO, 2003).
As corridas de massa, embora mais lentas que os
escorregamentos, desenvolvem-se de forma implacável, atingindo
grandes áreas e provocando danos extremamente intensos. Esses
movimentos têm grande capacidade de transporte, mesmo em
áreas planas, pois são gerados a partir de um grande aporte
de material de drenagem, sobre terrenos pouco consolidados,que, ao ser misturado com grandes volumes de água inltrada,
formam uma massa semiuida, que adquire um alto poder de
destruição (CASTRO, 2003). Conforme Kobiyama et al., (2006),
dependendo da viscosidade e do tipo de material, podem receber
outros nomes como uxos de terra (earthows), uxos de lama
(mudows) e uxos de detrito (debrisows).
Os rastejos são caracterizados como movimentos de
massa lentos, porém contínuos ou pulsantes. O processo não
apresenta superfície de ruptura bem denida e os limites entre
a massa em movimento e o terreno estável são transicionais
(CASTRO, 2003). Podem preceder movimentos mais rápidos,
como os escorregamentos. Embora lentos, os rastejos podem
ser facilmente identicados pela mudança na verticalidade das
árvores, postes, etc. (AUGUSTO FILHO, 1994).
As quedas e os tombamentos de rochas caracterizam-sepor movimentos extremamente rápidos de blocos ou fragmentos
em queda livre, em planos de cisalhamento ou clivagem,
enquanto que os rolamentos de matacões são provocados por
processos erosivos que removem os apoios das bases (CASTRO,
2003). Nestes fenômenos, a maior preocupação é com a trajetória
dos blocos, ou seja, durante a queda e o rolamento (AUGUSTO
FILHO, 1994).
A identicação da tipologia é de fundamental importância
para o entendimento das causas dos fenômenos ocorridos
(CEPED UFSC, 2009). Assim, conhecendo-se as causas, procura-se
alcançar, por meio do entendimento dos processos envolvidos,respostas às questões: por que ocorrem os escorregamentos,
quando, onde e quais são seus mecanismos, permitindo a
predição da suscetibilidade (VARNES, 1978).
Todos esses eventos são tratados como movimentos
de massa, que envolvem fenômenos diretamente relacionados
com o processo natural de evolução das vertentes. Além disso,
pertencem a um grande grupo classicado com base na atuação
dos processos geológicos que regem a dinâmica da crosta
terrestre e promovem as mudanças sobre o relevo terrestre. Em
sua maioria, esses desastres relacionam-se com a dinâmica das
encostas e são regidos por movimentos gravitacionais de massa
e processos de transporte de massas (CASTRO, 2003).No Estado de Minas Gerais, os desastres relacionados
a movimentos de massa somam 135 registros ociais,
espacializados em 100 municípios no Mapa 21 (Desastres
naturais causados por movimentos de massa em Minas Gerais,
no período de 1991 a 2010), localizados a maior parte a leste
do Estado, principalmente nas Mesorregiões da Zona da Mata e
Metropolitana de Belo Horizonte.
O município mais vezes afetado por movimentos demassa durante os anos de 1991 a 2010, foi Ibirité, localizado na
Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, com 8 registros.
Quase todo o território do município caracteriza-se por terrenos
bastante acidentados, a maior altitude é de 1.438 m e a menor é
de 797 m. Analisando o mapa de declividade de Ibiraté, percebe-
se que as maiores declividades (acima de 30%) ocorrem a leste do
município. Um dos destaques do relevo é a Serra do Rola Moça,
que atravessa a região sul do município (PREFEITURA DE IBIRTÉ,
2010).
De acordo com Reis e Simões (2007, apud PARIZZI et al.,
2010) historicamente o período chuvoso na Região Metropolitana
de Belo Horizonte começa em outubro e termina em abril. Emfunção do calor, no mês de outubro ocorrem as primeiras pancadas
de chuvas de nal de tarde e é quando chegam as primeiras frentes
frias. No mês de abril, as chuvas normalmente ocorrem na forma
intermitente, proveniente de frentes frias. Entretanto, nos últimos
anos tem sido observada a ocorrência de chuvas provenientes
de temperaturas elevadas, chuvas convectivas, que ocorrem com
forte intensidade em algumas regiões. As chuvas estão associadas
Figura 12 – Deslizamentos de terra em Juiz de Fora
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
68Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
MOVIMENTO DE MASSA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 68/95
G o i á sG o i á s
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s od o S u ld o S u l
B a h i aB a h i a
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o
R i o d eR i o d eJ a n e i r oJ a n e i r o
D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l
Serro
Itabira
Jequitaí
Mariana
Lavras
PresidenteOlegário
Itambacuri
Muriaé
Juiz deFora
Ouro Preto
Alfenas
Governador Valadares
Caldas
CapelinhaLadainha
Caeté
Cláudio
Iapu
Jequeri
Itabirito
BarbacenaMiraí
AntônioDias
Capitólio
Malacacheta
Divino
Jampruca
Ervália
Palma
Itaguara
Mercês
Piau
Matipó
Liberdade
NovaEra
PadreParaíso
RioCasca
Morrodo Pilar
SantoAntôniodo Retiro
Poçosde Caldas
Araponga
BarraLonga
Guiricema
Jeceaba
BelmiroBraga
BeloOriente
Carmodo Cajuru
Congonhas
FranciscoBadaró
Lambari
Espera Feliz
Bicas
Eugenópolis
Monte Formoso
Natércia
Marilac
BeloHorizonte
Argirita
Sericita
Caputira
Rio Espera
Ipatinga
NovaSerrana
Passa-Vinte
Carmode Minas
Sardoá
Naque
SantoAntôniodo Amparo
Contagem
São Pedrodos Ferros
PaulaCândido
Chácara
ConselheiroLafaiete
Lamim
São JoãoNepomuceno
Desterro deEntre Rios
SantaMargarida
DomSilvério
Cipotânea
Caiana
Manhumirim
Cantagalo
Ibirité
FariaLemos
SantoAntônio
do Itambé
AstolfoDutra
FreiLagonegro
Oratórios
SimãoPereira
Rodeiro
CristianoOtoni
São Josédo Goiabal
Senhorade Oliveira
Coronel Xavier Chaves
Santanado Jacaré
BelaVistade Minas
São Sebastiãodo Rio Preto
AntônioPradode Minas
SantaRitade Minas
CoronelPacheco
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W14°S14°S
18°S 18°S
22°S 22°S
MAPA 21 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR MOVIMENTOSDE MASSA EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 45 90 135 180 225 km
1:4500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N OO C E A N O
A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O
Número deregistros
1
2
3
4
8
69Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisMOVIMENTO DE MASSA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 69/95
ao aquecimento continental, à atuação de sistemas frontais, e à
Zona de Convergência do Atlântico Sul – ZCAS.
A frequência dos fenômenos de movimentos de
massa em Minas Gerais, de maneira geral se deve à geologia
e à geomorfologia associadas às altas encostas com elevada
declividade. Esses fatores propiciam maior intensidade dos
processos morfodinâmicos e mais suscetibilidade à erosão
e aos movimentos de massa. Dentre os tipos de movimentosde massa, os mais frequentes na Região Sudeste do Brasil e
no Estado de Minas Gerais, são os escorregamentos, com 127
registros. Os movimentos de massa caracterizados como corridas
de massa tiveram 4 registros, como rastejos 1 registro e como
quedas, tombamentos e/ou rolamentos de matacões e/ou rochas
3 registros.
Na região tropical úmida brasileira,a ocorrência
dos escorregamentos está associada à estação das chuvas,
principalmente às chuvas intensas durante a estação chuvosa,
que em Minas Gerais corresponde aos meses de primavera
e verão (entre setembro e março). As frentes frias originadas
no Círculo Polar Antártico encontram as massas de ar quente
tropicais ao longo da costa sudeste brasileira, provocando fortes
chuvas e tempestades. Estas chuvas, muitas vezes, deagram
escorregamentos que, não raro, podem se tornar catastrócos
(TOMINAGA et al., 2009).
Desse modo, os meses de primavera e de verão,
principalmente, foram os que apresentaram maior frequência de
movimentos de massa no Estado, entre 1991 e 2010. O Gráco
15 (Frequência mensal de movimentos de massa 1991-2010)
demonstra que o mês de janeiro teve o maior total de registros -
56 ocorrências, seguido do mês de dezembro, com 28 ocorrências.
No Infográco 6 (Municípios atingidos por movimentosde massa) todos os registros ociais levantados são relativos
aos anos da segunda década de análise (2000-2010). Verica-
se que a primeira ocorrência é de 2001, registrada no município
de Ouro Preto, localizado na Mesorregião Metropolitana de
Belo Horizonte, em novembro, devido ao rolamento de rocha
na encosta norte do campus da Escola Técnica Federal de Ouro
Preto, no bairro Vila Aparecida.
Os anos com os maiores picos de registros foram: 2005,
com 21 registros, e 2009, com 22 registros. No ano de 2005, o
município de São João Nepomuceno, apresentou um número
expressivo de recorrências do evento adverso. Foram 3 episódios
nos meses de janeiro, agosto e dezembro, respectivamente. Em
agosto o evento adverso esteve acompanhado por vendaval e
precipitação de granizos.
Os fatores condicionantes dos movimentos de massa
correspondem, principalmente, aos elementos do meio físico e,
secundariamente, do meio biótico. Entre os fatores diretamente
responsáveis pelo desencadeamento de movimentos de massa,
podemos citar a elevada pluviosidade, erosão pela água ou vento,
oscilação de nível dos lagos e marés e do lençol freático, ação de
animais e a ação humana (TOMINAGA et al., 2009).
A ação humana exerce importante inuência favorecendoa ocorrência dos movimentos de massa ou minimizando seus
efeitos. Entre as causas antrópicas, estão: a retirada de vegetação,
o acúmulo de lixo, a construção de edicações nas encostas, o
vazamentos de água e esgoto e cortes de taludes e/ou aterros.
No que diz respeito às ocorrências de desastres naturais
por movimentos de massa e os respectivos danos humanos,
constatou-se um número expressivo de habitantes afetados,
Gráco 15 - Frequência mensal de movimentos de massa em Minas Gerais,período de 1991 a 2010
56
50
60
Frequência mensal de movimentos
de massa (1991 a 2010)
19
9
2 1 1 2 3
14
28
0
10
20
30
40
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
299.638 pessoas, de acordo com o Gráco 16 (Danos humanos
por movimentos de massa 1991-2010). Além disso, 9.980 pessoas
foram desalojadas, 3.608 desabrigadas, 792 deslocadas, 88
caram levemente feridas, 86 gravemente feridas, 58 enfermos e
ocorreram 34 mortes.
O município que apresentou o maior número de
afetados foi Belo Horizonte, com 200.000 pessoas, 66,7% do total
de afetados. Belo Horizonte registrou escorregamentos em área
urbana em janeiro de 2003 e em janeiro e outubro de 2010.
Os movimentos de massa ocorrem na área urbanizada
de Belo Horizonte, tanto em áreas com edicações de alto como
baixo padrão, o que reforça a importância dos condicionantes
físicos no desencadeamento dos mesmos. Todavia, nas áreas de
vilas e favelas, a erosão é intensa e o padrão de ocupação irregular,
somados às características geomorfológicas e lito-estruturais,como altas declividades, vales encaixados e superfícies côncavas,
rochas muito alteradas e xistosas, solos e depósitos superciais
inconsistentes expostos nas faces dos taludes, torna o risco de
escorregamento alto. Os fatores mais agravantes relacionados às
edicações são a fundação, na maioria das vezes inexistente ou
mal projetada, e o tipo de corte feito nos taludes (PARIZZI et al.,
2010).
Gráco 16 - Danos humanos ocasionados por movimentos de massa, emMinas Gerais, período de 1991 a 2010
299.638
250000300000
350000
n t e s
Danos humanos por movimentos de massa
(1991 a 2010)
9.9803.608 792 88 8 58 34
0
50000
100000
150000
H a b i t a
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
70 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisMOVIMENTO DE MASSA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 70/95
Infográco 6 – Municípios atingidos por movimentos de massa em Minas Gerais, período de 1991 a 2010
Municípios Atingidos
por Movimento de Massa
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Ibirité 8
Congonhas 4
Belo Horizonte 3
Contagem 3
Espera Feliz 3
Piau 3
São João Nepomuceno 3
Antônio Dias 2
Caeté 2
Caputira 2
Conselheiro Lafaiete 2
Ervália 2
Iapu 2
Ipatinga 2
Malacacheta 2
Matipó 2
Miraí 2
Monte Formoso 2
Muriaé 2
Passa-Vinte 2
Rio Casca 2
São Pedro dos Ferros 2
Alfenas 1
Antônio Prado de Minas 1
Araponga 1
Argirita 1
Astolfo Dutra 1
Barbacena 1
Barra Longa 1
Bela Vista de Minas 1
Belmiro Braga 1
Belo Oriente 1
Bicas 1
Caiana 1
Caldas 1
Cantagalo 1
Capelinha 1
Capitólio 1
Carmo de Minas 1
Carmo do Cajuru 1
Chácara 1
Cipotânea 1
Cláudio 1
Coronel Pacheco 1
Coronel Xavier Chaves 1
Cristiano Otoni 1
Desterro de Entre Rios 1
Divino 1
Dom Silvério 1
Eugenópolis 1
Faria Lemos 1
Francisco Badaró 1
Frei Lagonegro 1
Governador Valadares 1
Guiricema 1
Itabira 1
1
6
18
11
21
10
1815
22
13
0
10
20
30
No Brasil, tomando por base o número de vítimas fatais,
os movimentos de massa são um dos principais processos
associados a desastres naturais (BAPTISTA et al., 2005). Isto é
percebido quando se analisa o número de 34 mortes associadas
ao desastre no Estado de Minas Gerais (Gráco 16).
Os municípios que apresentaram vítimas fatais, no
período de 1991 a 2010, foram: Belo Horizonte, Belo Oriente,
Cantagalo, Ervália, Iapu, Itabira, Juiz de Fora, Padre Paraíso, SantaRita do Sapucaí, São João Nepomuceno. Destaca-se o município
de Belo Horizonte, que além de apresentar o maior número de
afetados, também tem o maior número de mortos – 17.
Além dos aspectos siográcos, as áreas atingidas sofrem
também grande inuência das alterações do homem no meio,
principalmente nas áreas urbanas. Nessas áreas, os movimentos
gravitacionais de massa ocorrem com relativa frequência
em áreas de encostas desestabilizadas por ações antrópicas,
provocando graves desastres súbitos. Assim, os desastres
relativos a movimentos de massa têm componentes mistos
(naturais e antrópicos) e assumem características de evolução
aguda (CASTRO, 2003).
Os principais fatores que contribuem para a ocorrência
dos escorregamentos são os relacionados com a geologia,
geomorfologia, aspectos climáticos e hidrológicos, vegetação e
ação do homem relativa às formas de uso e ocupação do solo
(TOMINAGA, 2007).
Apesar dos danos causados pelos movimentos de
massa, estes fenômenos são um processo natural que faz parte
da evolução da paisagem, sendo o mais importante processo
geomorfológico modelador da superfície terrestre (BIGARELLA et
al., 1996).
71Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisMOVIMENTO DE MASSA
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 71/95
BIGARELLA, J. J. et al. Estrutura e origem das paisagens tropicais esubtropicais. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996, v.2.
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.
CEPED - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBREDESASTRES. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Resposta
ao desastre em Santa Catarina no ano de 2008 : avaliação das aerasatingidas por movimentos de massa e dos danos em edicaçõesdurante o desastre. Florianópolis: CEPED UFSC, 2009.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. BeloHorizonte. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 19 dez. 2011.
KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitosbásicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.
PARIZZI. et al. Correlações entre chuvas e movimentos de massa nomunicípio de Belo Horizonte, MG. Geograas, Belo Horizonte v. 06,n. 2, p. 49-68, jul./dez. 2010. Disponível em: <http://www.cantacantos.com.br/revista/index.php/geograas/article/viewFile/356/302>.Acesso em: 19 dez. 2011.
PREFEITURA DE IBIRATÉ. Mapa de Declividade. Ibiraté: Prefeiturade Ibiraté, 2010. Disponível em: <http://www.ibirite.mg.gov.br/ attachments/227_geo_ibirite_declividade.pdf>. Acesso em: 19 dez.2011.
TOMINAGA, L. K. Avaliação de metodologias de análise de risco aescorregamentos: aplicação de um ensaio em Ubatuba, SP. 2007. 220f. Tese (Doutorado) - Departamento de Geograa da Faculdade deFilosoa, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, SãoPaulo. 2007.
TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastresnaturais: conhecer para prevenir. 1. ed. São Paulo: Instituto Geológico,2009. Disponível em: <http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/
livros/DesastresNaturais.pdf>.Acesso em: 27 out. 2011.VARNES, D. J. Slope movement types and processes. In: SCHUSTER;KRIZEK . (eds.). Landslides: analysis and control. (TransportationResearch Board Special Report, Washington, n. 176, p. 11-33).
Frei Lagonegro 1
Governador Valadares 1
Guiricema 1
Itabira 1
Itabirito 1
Itaguara 1
Itambacuri 1
Jampruca 1
Jeceaba 1Jequeri 1
Jequitaí 1
Juiz de Fora 1
Ladainha 1
Lambari 1
Lamim 1
Lavras 1
Liberdade 1
Manhumirim 1
Mariana 1
Marilac 1
Mercês 1
Morro do Pilar 1
Naque 1
Natércia 1
Nova Era 1
Nova Serrana 1
Oratórios 1
Ouro Preto 1
Padre Paraíso 1Palma 1
Paula Cândido 1
Poços de Caldas 1
Presidente Olegário 1
Rio Espera 1
Rodeiro 1
Santa Margarida 1
Santana do Jacaré 1
Santa Rita de Minas 1
Santo Antônio do Amparo 1
Santo Antônio do Itambé 1
Santo Antônio do Retiro 1
São José do Goiabal 1
São Sebastião do Rio Preto 1
Sardoá 1
Senhora de Oliveira 1
Sericita 1
Serro 1
Simão Pereira 1
135Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 2 Registros 1 Registro
Continuação...
Municípios Atingidos
por Movimento de Massa
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
1
6
18
11
21
10
1815
22
13
0
10
20
30
REFERÊNCIAS
AUGUSTO FILHO, O. Cartas de risco de escorregamentos: umaproposta metodológica e sua aplicação no município de Ilhabela, SP.1994. 162p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica- Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.
BAPTISTA, A. C. et al. Suscetibilidade das áreas de risco amovimentos de massa na APA Petrópolis-RJ. Revista Natureza& Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 51-58, 2005. Disponível em: <http://www.cbcn.org.br/arquivos/p_suscetibilidade_petropolis-rj_1285218608.pdf>. Acesso em: 27 out. 2011.
72 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 72/95
G o i á sG o i á s
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o
d o S u ld o S u l
B a h i aB a h i a
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
E s p i r i t oE s p i r i t o
S a n t oS a n t o
R i o d eR i o d e
J a n e i r oJ a n e i r o
D i s t r i t oD i s t r i t o
F e d e r a lF e d e r a l
Caeté
Cruzília
Boa Esperança
Campo Belo
PadreCarvalho
Simonésia
Piau
Joanésia
Conceiçãode Ipanema
Carmésia
São João Nepomuceno
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W14°S14°S
18°S 18°S
22°S 22°S
MAPA 22 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INCÊNDIO, EROSÃO FLUVIALE EROSÃO LINEAR EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 45 90 135 180 225 km
1:4500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N OO C E A N O
A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O
Número deregistros
Incêndio
1
Erosão Fluvial
1
2
Erosão Linear
1
73Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 73/95
G o i á sG o i á s
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s od o S u ld o S u l
B a h i aB a h i a
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o
R i o d eR i o d eJ a n e i r oJ a n e i r o
D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l
Caeté
Cruzília
Boa Esperança
Campo Belo
PadreC arvalho
Simonésia
Piau
Joanésia
ConceiçãodeIpanema
Carmésia
São João Nepomuceno
41°W
41°W
45°W
45°W
49°W
49°W14°S14°S
18°S 18°S
22°S 22°S
MAPA 23 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INCÊNDIO, EROSÃO FLUVIALEROSÃO LINEAR EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 45 90 135 180 225 km
1:4500000
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
O C E A N OO C E A N O
A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O
Número deregistros
Incêndio1
Erosão Fluvial1
2
Erosão Linear 1
74 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 74/95
INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃOFLUVIAL
Incêndio Florestal
Os incêndios orestais correspondem à classicação
dos desastres naturais relacionados com a intensa redução das
precipitações hídricas. É um fenômeno que compõe esse grupo,pois a propagação do fogo está intrinsecamente relacionada
com a redução da umidade ambiental, e ocorre com maior
frequência e intensidade nos períodos de estiagem e seca.
A classicação dos incêndios orestais está relacionada:
ao estrato orestal, que contribui dominantemente para a
manutenção da combustão; ao regime de combustão; e ao
substrato combustível (CASTRO, 2003).
Os incêndios orestais podem ser provocados
por: causas naturais, como raios, reações fermentativas
exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de
quartzo ou cacos de vidro em forma de lente e outras causas;
imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores,
através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em seus
acampamentos; fagulhas provenientes de locomotivas ou
de outras máquinas automotoras, consumidoras de carvão
ou lenha; perda de controle de queimadas, realizadas para
limpeza de campos ou de sub-bosques; além de incendiários
e/ou piromaníacos. Podem iniciar-se de forma espontânea ou
em consequência de ações e/ou omissões humanas. Mesmo
neste último caso, os fatores climatológicos e ambientais são
decisivos para incrementá-los, pois facilitam a sua propagação
e dicultam o seu controle (CASTRO, 2003).
Para que um incêndio se inicie e se propague, énecessária a conjunção dos seguintes elementos condicionantes:
combustíveis, comburente, calor e reação exotérmica em cadeia.
A propagação é inuenciada por fatores, como: quantidade e
qualidade do material combustível; condições climáticas, como
umidade relativa do ar, temperatura e regime dos ventos; tipo
de vegetação e maior ou menor umidade da carga combustível
e a topograa da área (CASTRO, 2003).
Os incêndios atingem áreas orestadas e de savanas,
como os cerrados e caatingas. De uma maneira geral, queimam
mais facilmente: os restos vegetais; as gramíneas, os liquens
e os pequenos ramos e arbustos ressecados. A combustão de
galhos grossos, troncos caídos, húmus e de raízes é mais lenta
(CASTRO, 2003).
O Estado de Minas Gerais apresenta regiões com
cobertura vegetal de Floresta Ombróla Densa (Mata Atlântica),
Cerrado, Campos de Altitude ou Rupestres, Mata Seca e
ambientes transformados (como capoeiras, pastagens e áreas
desmatadas). De acordo com Silva, Argento e Fernandes (2007)
os campos e os ambientes antropizados são mais sujeitos à
ocorrência e propagação de incêndios.
Durante os vinte anos de análise, somam-se um total de
apenas 2 registros ociais de incêndios no Estado. Com base
no Mapa 22 (Desastres naturais causados por incêndio, erosão
uvial e erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a
2010), que apresenta o número de ocorrências de incêndios esua distribuição pelo Estado, verica-se que os municípios de
Carmésia, localizado na Mesorregião do Vale do Rio Doce, e
de São João Nepomuceno, localizado na Mesorregião da Zona
da Mata, decretaram situação de emergência por incêndios
orestais.
Em Carmésia, o episódio de incêndio ocorreu em
outubro do ano de 2003, de acordo com o Gráco 17
(Frequência mensal de incêndios 1991 - 2010) e o Infográco 7
(Municípios atingidos por incêndios orestais), que apresenta o
número total de registros por ano, entre 1991 e 2010. Naquele
ano, um incêndio orestal de causa desconhecida atingiu
aproximadamente 2.000 ha de Mata Atlântica e 3.000 hectares
de matas e pastos, 20 nascentes e várias espécies da fauna e
ora silvestre.
Em agosto de 2006, de acordo com o Gráco 17 e
o Infográco 1, o município de São João Nepomuceno foi
atingido por um incêndio orestal na área particular do povoado
de Vargem Grande, que queimou aproximadamente 726 ha de
pastagem.
Com relação aos meses de ocorrência de incêndios, os
períodos de seca e estiagem são mais suscetíveis aos episódios e
ao aumento da frequência de incêndios. No registro de incêndiodo mês de agosto, o número de ocorrências de estiagens e secas
no Estado foi o maior da escala temporal adotado.
Os incêndios, quando atingem áreas orestais e outros
ecossistemas, como o cerrado, provocam danos à ora e à
fauna com a falta de hábitat e alimentos, ao solo, com a perda
de nutrientes e organismos decompositores, e liberam grande
quantidade de gás carbônico que, segundo Barbosa e Fearnside
2
Frequência mensal de incêndios
(1991 a 2010)
1 1
0
1
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Gráco 17 - Frequência mensal de incêndios em Minas Gerais, período de1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Figura 13 – Incêndios orestais no município de Grão Mogol
Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
75Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 75/95
(1999), pode ser emitida instantaneamente para a atmosfera e/
ou estocado na forma de carvão sobre o solo ou no material
vegetal morto pelo fogo em processo de decomposição.
Com relação aos danos causados diretamente à
população, no Estado de Minas Gerais, referente ao período deanálise (1991-2010), verica-se o total de 229 pessoas afetadas
e 4 levemente feridas, conforme apresenta o Gráco 18 (Danos
humanos por incêndios 1991-2010).
O município de São João Nepomuceno que apresentou
o número de afetados durante o registro no ano de 2006. No
entanto, não foi registrada nenhuma morte no Estado associada
aos incêndios.
Com o objetivo de prevenir e melhor combater os
incêndios orestais mitigando os danos causados, a nível
nacional, dentro da estrutura do IBAMA há o Centro Nacional
229
150
200
250
n t e s
Danos humanos por incêndio
(1991 a 2010)
40
50
100
H a b i t
Gráco 18 - Danos humanos ocasionados por incêndios, em Minas Gerais,período de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Infográco 7 – Municípios atingidos por incêndios em Minas Gerais, período de 1991 a 2010
Municípios Atingidos
por Incêndio Florestal
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Carmésia 1
São João Nepomuceno 1
2Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro
1
0
3
6
de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - PREVFOGO,
responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios
orestais em todo o território nacional, incluindo atividades
relacionadas a campanhas educativas, treinamento e capacitação
de produtores rurais e brigadistas, monitoramento, pesquisa e
manejo de fogo nas Unidades de Conservação (BRASIL, 2011).
No Estado de Minas Gerais, há o Programa de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) que é responsávelpelas ações de prevenção, controle e combate aos incêndios
orestais, atividades pelas quais o Instituto Estadual de Florestas
(IEF) é a instituição responsável pela coordenação prevenção e
do combate a incêndios orestais de acordo com a Lei Estadual
nº 10.312/90, com o Decreto nº 39.792/98 e com a Lei Delegada
nº 79/03. O Previncêndio possui diversas ações efetivas para
prevenção e combate a incêndios orestais, principalmente no
entorno das Unidades de Conservação, das Áreas de Preservação
Permanente e dos remanescentes nativos de relevante interesse
ecológico no Estado. O trabalho é executado pelo IEF em parceira
com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais através de um
convênio rmado entre as duas instituições em 1993, que permitiu
a realização de cursos de combate e prevenção de incêndios
orestais durante todo o ano e em todo o Estado (IEF, 2005a).
Quanto às brigadas voluntárias, o trabalho de
treinamento de brigadistas pelo IEF começou em 1993. As
brigadas são compostas por voluntários que querem ser
parceiros na proteção dos recursos naturais do Estado. Elas
atuam como complemento importante ao trabalho executado
pelos funcionários das Unidades de Conservação e do Corpo de
Bombeiros. O curso apresenta técnicas essenciais de combate
aos incêndios e noções das formas de propagação do fogo. Os
brigadistas aprendem como denir a coordenação do combate
ao fogo, como reconhecer o local do incêndio e técnicas para o
combate direto e indireto, formas de utilização de ferramentas e
técnicas como as de construção de aceiros (IEF, 2005b).
EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
O fenômeno da erosão linear apresenta os estágios desulcos, ravinas e voçorocas e, assim como o da erosão uvial, que
corresponde ao processo erosivo na calha dos rios, enquadram-
se na classicação de desastres naturais relacionados com a
geomorfologia, o intemperismo, a erosão e a acomodação do
solo.
A erosão linear é aquela causada pelo contínuo
escoamento da água na superfície que ao arrastar partículas de
solo cria pequenos canais. Eles formam-se no terreno ao longo
do tempo, tornando-se caminhos preferenciais da água da
chuva e de acordo com a intensidade das chuvas, esses canais
vão gradualmente se aprofundando (AMARAL; GUTJAHR, 2011).
Sua evolução é denominada de acordo com seu
estágio: os sulcos são pequenas incisões na superfície na forma
de canais muito rasos. As ravinas ocorrem quando a água do
escoamento supercial escava o solo, formando canais mais
largos e profundos. Possuem forma retilínea, alongada e estreita
e apresentam perl transversal em "V" e geralmente ocorrem
entre eixos de drenagens, muitas vezes associadas a estradas,
trilhas de gado e carreadores. E as boçorocas são formas
mais complexas e destrutivas do quadro evolutivo da erosão
linear. Devem-se à ação combinada das águas do escoamento
supercial e subterrâneo. Em geral são ramicadas, de grande
profundidade, apresentando paredes irregulares e perltransversal em "U" (PROIN/CAPES; UNESP/IGCE, 1999).
A ocorrência da erosão linear, enquanto desastre, está
relacionada a alguns fatores, que intensicam os danos causados
à população afetada.
Um deles é o balanço hídrico, onde os processos erosivos
intensicam-se em função da oposição entre períodos de
intensas e concentradas chuvas tropicais e períodos de deciência
76 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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hídrica. Quanto ao tipo de solo, ocorrem preferencialmente em
solos de padrão arenoso, semiconsolidados ou inconsolidados.
Os solos arenosos profundos e permeáveis, como os solos
aluviais pouco desenvolvidos, e as areias quartzosas são os
mais propícios à erosão linear, especialmente quando apresenta
pouca cobertura vegetal. Outro fator é o geomorfológico que
exerce uma importante inuência indireta no desenvolvimento
de voçorocas, quando combinados com os fatores relativosao solo e à geologia. E por último, fatores de intervenções
antrópicas, onde a erosão linear é intensicada pelas atividades
humanas inadequadas, em áreas de urbanização, construção de
vias de transporte e manejo agropecuário (CASTRO, 2003).
No caso do processo erosivo uvial, resultante da
ação dos rios sobre a superfície, inicia com a erosão laminar e
em sulcos ou ravinas, prosseguindo através da erosão uvial.
Depende da interação de quatro diferentes mecanismos gerais.
Um deles é a ação hidráulica da água, que ocorre quando
a corrente hídrica é sucientemente forte, levando pelo curso
do rio areia e detritos de rochas, depositados no leito do rio,
prosseguindo assim até uma nova sedimentação e de uma nova
intensicação da corrente hídrica. A ação corrosiva das partículas
em suspensão na água ocorre quando fragmentos de rochas ou
areia, em suspensão no uxo, atritam sobre camadas rochosas
das margens e dos fundos dos rios, provocando a escavação
das mesmas. Já a ação abrasiva é o processo onde o material
em trânsito nos rios é erodido, formando partículas cada vez
menores ao atritar com superfícies rochosas, formando seixos
rolados, cascalhos, areia grossa e areia na pela suspensão e
transporte das partículas na água. E por último, a corrosão ou
diluição química, processo segundo o qual a água, na condição
de solvente universal, dilui os sais solúveis, liberados das rochas,em conseqüência da ação mecânica, e os transporta sob a forma
de soluções (CASTRO, 2003).
O desbarrancamento dos rios pode ocorrer de duas
formas genéricas: lateral, quando o desgaste é efetuado nas
margens, contribuindo para o gradual alargamento dos vales,
ou vertical quando a erosão atua no aprofundamento gradual
do leito dos rios (CASTRO, 2003).
O fenômeno denominado terras caídas ocorre quando
a água atua sobre uma das margens e provoca um processo de
erosão subterrânea e minagem. Esta ação erosiva abre extensas
cavernas subterrâneas até que uma súbita ruptura provoca a
queda do solo da margem, que é tragado pelas águas. Acontece,
normalmente, em terrenos sedimentares, de natureza arenosa
(CASTRO, 2003).
No Estado de Minas Gerais há 10 registros ociais dedesastres relativos à erosão durante os anos de 1991 a 2010,
sendo 5 registros ociais por erosão linear e 5 registros
ociais por erosão uvial.
Os desastres naturais por erosões linear e uvial
ocorridos no Estado estão espacializados no Mapa 23 (Desastres
Naturais causados por Incêndio, Erosão Linear e Erosão Fluvial
em Minas Gerais no período de 1991 a 2010). É possível vericar
que, dentre os 853 municípios do Estado, 5 foram atingidos por
erosão linear e 4 por erosão uvial.
Os municípios afetados por erosão linear foram: Boa
Esperança, Campo Belo, Cruzília, Caeté e Padre Carvalho,
localizados em diferentes mesorregiões, com 1 registro cada. Já
os municípios de Conceição de Ipanema, Joanésia, localizados na
Mesorregião Vale do Rio Doce, com 1 registro cada, e Simonésia
e Piau, localizados na Mesorregião Zona da Mata, com 2 e 1
registros, respectivamente, foram afetados por erosão uvial.
Com relação à erosão linear, a maioria das ocorrências
foi em janeiro do ano de 2003, conforme Infográco 8
(Municípios atingidos por Erosão Linear). Em Boa Esperança, uma
fortíssima erosão foi iniciada no bairro Santa Rita, provocada
por concentração e elevação das águas pluviais canalizadas
devido ao aumento da precipitação pluviométrica, intensidade e
tempo de duração do fenômeno. No município de Campo Belo
21 residências de famílias carentes localizadas nos bairros Vila
São Jorge, São Benedito, Vieiras, Jardim América e Vila Amauri
foram atingidas parcialmente e outras 2 residências caramtotalmente destruídas por escorregamento de terra e inundação,
que ocorreram devido as fortes e constantes chuvas ocorridas
do dia 17 a 23 de janeiro. No município de Cruzília a erosão
se deu próximo a ponte sobre o córrego Olaria, localizada no
bairro Vila Maria.
Após 2 anos, em outubro de 2005, foi registrado erosão
linear com 10 m de profundidade por 8 de largura, com formação
de um talude vertical com desnível de aproximadamente 5 m, e
mais 5 m em inclinação de 45°, atingindo as casas a montante,
que correram risco de desabamento junto ao restante da rua no
município de Caeté. O último registro foi em agosto de 2006 no
município de Padre Carvalho. As chuvas torrenciais ocorridas ao
longo dos anos, agravada com as chuvas do mês de março de
2006, impactaram o solo desprotegido, causando o escoamento
de terra, ocorrendo assim, erosão na área urbana e assoreamento
do Rio Marianópolis.
Com relação à erosão uvial, em janeiro de 2005,
segundo Avadan (Avaliação de Danos), o município de
Municípios Atingidos
por Erosão Linear
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Boa Esperança 1
Caeté 1
Campo Belo 1
Cruzília 1
Padre Carvalho 1
Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 51 Registro
3
1 1
0
2
4
Infográco 8 – Municípios atingidos por erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010
77Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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Conceição de Ipanema foi afetado por fortes e constantes
chuvas, seguidas de fortes enchentes que ocasionaram erosão
uvial na ponte sobre o córrego Conceição, situada na avenida
Geraldo de Barros com acesso a Ipanema e Mutum, tendo
parte destruída, trazendo perigo aos moradores ribeirinhos,
pedestres e trafego de veículos. No mesmo ano, em dezembro,
o município de Joanésia registrou o evento devido às fortes
chuvas, que causaram a elevação do nível do ribeirão Joanésia.Houve deslizamento de barranco causando erosão no subsolo
da Estação de Tratamento de Água (ETA), destruindo a rede de
distribuição de água e colocando em risco de desabamento os
ltros, casa de máquinas e casa de química.
De acordo com o Infográco 9 (Municípios atingidos
por erosão uvial) ainda, em fevereiro de 2009, o município
de Piau registrou o evento devido ao desbarrancamento do
riacho que provocou a queda da ponte que dá acesso a diversas
fazendas, sítios e usina hidroelétrica. Esse fato ocorreu após
grande incidência de chuvas aliada a um solo arenoso.
Em 2010 o município de Simonésia foi atingido duas
vezes, nos meses de agosto e dezembro. Neste último evento a
erosão afetou ruas, travessas e praças, e ocorreu após temporais
e chuvas fortes que assolaram a região.
Segundo Mello et al (2007), o Estado de Minas Gerais
pode ser dividido em três zonas, com erosividade anual variando
de 5.000 a 12.000 MJ mm ha-1 ano-1: erosividade média-alta,
nas regiões central, nordeste e parte da Zona da Mata; alta, no
Triângulo Mineiro (extremo da região), e parte do nordeste e sul
do Estado; e muito alta, na maior parte do Triângulo Mineiro,
Alto Paranaíba, noroeste e leste.
Nos meses de maior concentração das chuvas, novembro
a janeiro, observa-se distribuição espacial muito semelhante da
erosividade, com valores mais altos para uma faixa que corta
o Estado de leste a noroeste. A distribuição das chuvas mostra
valores mensais para o leste (Rio Doce), sul, Triângulo e noroeste
consideravelmente mais elevados e, na região sul, esta situaçãonão implica em áreas com maiores erosividades, sendo reexo
de uma melhor distribuição da chuva ao longo do período
chuvoso (MELLO et al., 2007).
Com relação à frequência mensal, o mês que apresentou
mais registros de erosão linear foi janeiro com 3 ocorrências,
conforme mostra o Gráco 19 (Frequência mensal de erosão
linear 1991 a 2010). Os outros meses afetados foram agosto e
outubro.
Já a erosão uvial, que também de certa maneira está
atrelada ao elevado índice das precipitações e aumento da
velocidade do escoamento dos rios, apresentou os registros nos
meses de dezembro, janeiro, fevereiro e agosto, como apresenta
o Gráco 20 (Frequência mensal de erosão uvial 1991- 2010).
Ambos os tipos de erosão, uvial e linear, são processos
de erosão hídrica que atuam como modeladores da paisagem e
podem, ou não, ocasionar danos econômicos e sociais. A erosão
uvial (desbarrancamentos e terras caídas), enquanto desastre,
afeta principalmente as habitações e as estruturas edicadas às
margens dos rios. Inclusive, o processo pode ser acelerado pela
intervenção humana, devido à ocupação desordenada.
Com relação aos danos humanos causados pelos dois
tipos de erosões, durante o intervalo temporal da pesquisa
(1991 a 2010) foi registrado um total de 4.797 mineiros atingidos
direta ou indiretamente.
Por desastre natural associado à erosão linear somam-
se 1.247 atingidos, além destes, 21 foram desalojadas e 10
deslocadas, conforme apresenta o Gráco 21 (Danos humanos
causados por erosão linear 1991-2010). O município que
apresentou o maior número de afetados por erosão linear
durante o período analisado foi Padre Carvalho, com 1.200,
durante o evento adverso ocorrido em agosto de 2006. Este
município atualmente tem 5.834 habitantes, signicando que
20,6% de sua população foi atingida por erosão linear durante
a única ocorrência registrada (IBGE, 2010a). Naquele ano, o
desastre ocorreu em parte da área urbana de Padre Carvalho, narua Grão Mogol, avenida Manoel José dos Santos e rua Evaristo
Bispo.
Por erosão uvial soma-se um total de 3.550
habitantes afetados, conforme apresenta o Gráco 22 (Danos
humanos causados por erosão uvial 1991-2010). Além
destes, 64 foram desalojados e 13 desabrigados no município
de Simonésia. O município que apresentou o maior número
Municípios Atingidos
por Erosão Fluvial
Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Simonésia 2
Conceição de Ipanema 1
Joanésia 1
Piau 1
Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 52 Registros 1 Registro
0 0 0 0 0 0
1
0 0
1
2 2
3
2 2
4
1 1 1
3
0
2
4
63
1 1
0
2
4Infográco 9 – Municípios atingidos por erosão uvial em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010
Gráco 19 - Frequência mensal de erosão linear em Minas Gerais, no perío-do de 1991 a 2010
3
4
Frequência mensal de erosão linear
(1991 a 2010)
1 1
0
1
2
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
78 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 78/95
de afetados durante o período analisado foi Joanésia, com
2.600, durante o evento adverso ocorrido em dezembro de
2005. Este município atualmente está com 5.425 habitantes,
signicando que 47,9% de sua população foi atingida porerosão linear durante a única ocorrência registrada (IBGE,
2010b), que ao atingir a ETA, provocou o desabastecimento
de água na sede do município.
Os processos relacionados à erosão, seja uvial ou linear,
constituem fatores importantes que modicam a morfodinâmica
de uma determinada área. Enquanto desastres, a erosão linear
provoca aprofundamento de ravinas até o nível do lençol freático,
principalmente nos meses mais chuvosos, e a erosão uvial, com
a retirada da cobertura vegetal e dependendo do tipo de solo,
causa o desbarrancamento dos rios. São conseqüências que
podem provocar danos ambientais, mas também caracterizar
uma situação de emergência, quando ocasiona danos humanos,dependendo das proporções que os eventos alcançarem.
REFERÊNCIAS
AMARAL, Rosangela do; GUTJAHR, Mirian Ramos. Desastresnaturais. São Paulo: IG / SMA, 2011. 100 p. (Série Cadernos de
Educação Ambiental, 8).BARBOSA, R. I.; FEARNSIDE, P. M. Incêndios na Amazônia Brasileira:estimativa da emissão de gases do efeito estufa pela queima dediferentes ecossistemas de Roraima na passagem do evento “ElNiño” (1997/98). Acta Amazonica, Manaus, v. 29, n. 4, p. 513-534, 1999. Disponível em: <http://agroeco.inpa.gov.br/reinaldo/ RIBarbosa_ProdCient_Usu_Visitantes/1999IncAmazBras_AA.pdf>.Acesso em: 26 set. 2011.
BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis – IBAMA. Centro Nacional de Prevenção eCombate aos Incêndios Florestais – PREVFOGO. 2011. Disponívelem: <http://www.ibama.gov.br/prevfogo>. Acesso em: 26 set. 2011.
CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastres
naturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Joanésia. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 16 dez. 2011.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PadreCarvalho. In: IBGE Cidades. 2010b. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 16 dez. 2011.
2
3
Frequência mensal de erosão fluvial
(1991 a 2010)
1 1 1
0
1
2
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Gráco 20 - Frequência mensal de erosão uvial em Minas Gerais, no perí -odo de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
IEF - INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS. Programa dePrevenção e Combate a Incêndios Florestais – Previncêndio.2005a. Disponível em: <http://servicos.meioambiente.mg.gov.br/ previncendio/previncendio.asp>. Acesso em: 19 dez. 2011.
IEF - INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS. Brigadas voluntárias deprevenção e combate a incêndios orestais. 2005b. Disponível em:<http://servicos.meioambiente.mg.gov.br/previncendio/brigadas.asp>. Acesso em: 19 dez. 2011.
MELLO, C. R. de. et al. Erosividade mensal e anual da chuva noEstado de Minas Gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, n. 4, p. 537-545, abr. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/pab/v42n4/12.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2011.
SILVA, L. de C. V. da; ARGENTO, M. S. F.; FERNANDES, M. doC. Modelagem ambiental de cenários de potencialidade aocorrência de incêndios no Parque Nacional do Itatiaia/RJ. In:SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 13.,2007, Florianópolis. Anais... Florianópolis: INPE, 2007. p. 3117-
3124. Disponível em: <http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/ sbsr@80/2006/11.16.02.01.04/doc/3117-3124.pdf>. Acesso em: 25out. 2011.
PROIN/CAPES. UNESP/IGCE. Material Didático: arquivos detransparências. Rio Claro: Departamento de Geologia Aplicada,1999. 1 CD.
Gráco 21 - Danos humanos ocasionados por erosão linear, no período de1991 a 2010
Gráco 22 - Danos humanos ocasionados por erosão uvial, no período de1991 a 2010
1.247
1000
1200
1400
n t e s
Danos humanos por erosão linear
(1991 a 2010)
21 100
200400
600
H a b i t
3.550
3000
4000
n t e s
Danos humanos por erosão fluvial
(1991 a 2010)
64 130
1000
2000
H a b i t
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011. Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 79/95
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 80/95
Diagnóstico dos Desastres Naturais
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 81/95
Fonte: Acervos das Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil dos Estados de Alagoas e Pernambuco.
Diagnóstico dos Desastres Naturaisno Estado de Minas Gerais
82 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 82/95
Unaí
Paracatu
Buritis
Arinos
João P inhei ro
Ibiá
Uber aba
Tir os
Curvelo
Frutal
For moso
Uber lândia
Corinto
Luz
Ar aguar i
Pompéu
Patrocínio
Coromandel
Sacramento
V azante
Santa V itória
Três Mar ias
Patos de Minas
Araxá
Itapag ipe
Gur inhatã
IturamaCarneirinho
PresidenteOlegár io
Guarda-Mor
Laga mar
Tupaciguara
Buenópolis
Felixlândia
Br asilândia de Minas
Bom
Despacho
Augustod e Lima
Dom Bosco
Lagoa For mosaCapinópolis
ComendadorGo mes
São Gonç alodo Abaeté
MonteCarmelo
LagoaGrande
Bonfinópolisde Minas
Limeirado Oeste
União deMinas
São Gotar do
Conquista
MartinhoCampos
Conceiçãodas Alagoas
Cabeceira Grande
Inimutaba
Joaquim
Felíc io
Natalândia
V ar jãode Minas
Estrela do
Indaiá
Uruana de Minas
PresidenteJusc elino
Guimarâ nia
ÁguaComprida
Santo
Hipólito
Matutina
Moema
Morr od a Garça
Delta
Cruzeiro daFortaleza
G o i a sG o i a s
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
B a h i aB a h i a
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o
M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l
D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l
44°W
44°W
47°W
47°W
50°W
50°W
16°S 16°S
19°S 19°S
MAPA 24 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESCENTRAL MINEIRA, NOROESTE DE MINAS E TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 30 60 90 120 150 km
1:3000000
Número deregistros
1
2 - 3
4 - 56 - 8
15
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
83Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 83/95
Unaí
Paracatu
Buritis
Arinos
João P inhei ro
Ibiá
Uber aba
Tir os
Curvelo
Frutal
For moso
Uber lândia
Corinto
Luz
Ar aguar i
Pompéu
Patrocínio
Coromandel
Sacramento
V azante
Santa V itória
Três Mar ias
Patos de Minas
Araxá
Itapag ipe
Gur inhatã
IturamaCarneirinho
PresidenteOlegár io
Guarda-Mor
Laga mar
Tupaciguara
Buenópolis
Felixlândia
Br asilândia de Minas
BomDespacho
Augustod e Lima
Dom Bosco
Lagoa For mosaCapinópolis
ComendadorGo mes
São Gonç alodo Abaeté
MonteCarmelo
LagoaGrande
Bonfinópolisde Minas
Limeirado Oeste
União deMinas
São Gotar do
Conquista
MartinhoCampos
Conceiçãodas Alagoas
Cabeceira Grande
Inimutaba
Joaquim
Felíc io
Natalândia
V ar jãode Minas
Estrela do
Indaiá
Uruana de Minas
PresidenteJusc elino
Guimarâ nia
ÁguaComprida
Santo
Hipólito
Matutina
Moema
Morr od a Garça
Delta
Cruzeiro daFortaleza
G o i a sG o i a s
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
B a h i aB a h i a
M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o
M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l
D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l
44°W
44°W
47°W
47°W
50°W
50°W
16°S 16°S
19°S 19°S
MAPA 25 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESCENTRAL MINEIRA, NOROESTE DE MINAS E TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
µ0 30 60 90 120 150 km
1:3000000
Número deregistros
1
2 - 3
4 - 56 - 8
15
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
84 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 84/95
Januária
Buritizeiro
Jaíba
Bocaiúva
Diamantina
Lassance
Grão Mogol
Itinga
Araçuaí
Manga
Urucuia
Ataléia
Teófilo Otoni
Salinas
Janaúba
Jequitinhonha
MontesClaros
Bonito de Minas
Almenara
São Francisco
Joaíma
Caraí
CarlosChagas
FranciscoSá
Itamarandiba
São Romão
Ibiaí
Espinosa
Jacinto
Medina
ChapadaGaúcha
Riachinho
Ubaí
Itacambira
Nanuque
Porteirinha
Jequitaí
Rio Pardo de Minas
Botumirim
SantaFédeMinas
Gameleiras
Olhos-D'Água Carbonita
Rubim
PedraAzul
MinasNovas
Poté
Rubelita
Ninheira
Várzea da Palma
Pintópolis
Montalvânia
Coração de Jesus
MatiasCardoso
Verdelândia
Crisólita
Itacarambi
Juvenília
NovoCruzeiro
Taiobeiras
Turmalina
Cristália
Gouveia
Indaiabira
Berilo
São João da Ponte
Montezuma
Capelinha
Pavão
Ladainha
Itaobim
São João do ParaísoMonte Azul
Patis
Itaipé
FranciscoDumont
Mirabela
Pai Pedro
Catuji
Berizal
Águas Vermelhas
Varzelândia
Pirapora
Jordânia
SaltodaDivisa
Pontodos Volantes
Veredinha
Miravânia
Riacho dosMachados
Coronel Murta
Felisburgo
Malacacheta
Comercinho
Bandeira
Setubinha
Divisópolis
Franciscópolis
Águas Formosas
Campo Azul
Ibiracatu
Japonvar
Lontra
CônegoMarinho
Brasíliade Minas
Capitão Enéas
Pedras deMaria da Cruz
Virgem daLapa
FrutadeLeite
Frei Gaspar
Datas
São Joãoda Lagoa
Catuti
Josenópolis
Chapadado Norte
PontoChique
Bertópolis
Luislândia
Mato Verde
Juramento
Icaraí deMinas
Palmópolis
Claro dosPoções
PadreParaíso
Rio do Prado
Lagoa dosPatos
Umburatiba
Curralde Dentro
Cachoeirade Pajeú
SantoAntôniodo Retiro
NovoOrientede Minas
Guaraciama
EngenheiroNavarro
Senador ModestinoGonçalves
São JoãodasMissões
Mamonas
Machacalis
PadreCarvalho
FranciscoBadaró
SantaCruzde Salinas
Serranópolisde Minas
Monte Formoso
São Joãodo Pacuí
Novorizonte
Aricanduva
SantaMariado Salto
MataVerde
SantoAntôniodo Jacinto
Felício dosSantos
Leme doPrado
Vargem Grandedo Rio Pardo
FronteiradosVales
Angelândia
CoutodeMagalhãesde Minas
Jenipapode Minas
José Gonçalvesde Minas
São Gonçalodo Rio Preto
SantaHelenade Minas
Glaucilândia
Serra dosAimorés
DivisaAlegre
PresidenteKubitschek
Ouro Verdede Minas
NovaPorteirinha
B a h i aB a h i aG o i a sG o i a s
E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o
40°W
40°W
43°W
43°W
46°W
46°W
15°S 15°S
18°S 18°S
MAPA 26 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESNORTE DE MINAS, JEQUITINHONHA E VALE DO MUCURI NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 25 50 75 100 125 km
1:2500000
Número deregistros
2 - 8
9 -11
12 - 14
15 - 17
18 - 23
85Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 85/95
S ã o P a u l oS ã o P a u l o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
Bambuí
Formiga
Passos
Delfinópolis
Oliveira
Alfenas
Caldas
São RoquedeMinas
Itapecerica
Cássia
Arcos
Cristais
Andrelândia
Cláudio
Itaúna
Baependi
Jacuí
Candeias
Pains
Aiuruoca
Cruzília
Iguatama Divinópolis
Machado
Tapiraí
Capitólio
Três Pontas
Boa Esperança
Três CoraçõEs
Ouro Fino
Ilicínea
Campestre
Pimenta
Campos Gerais
Itamonte
Varginha
Virgínia
Itajubá
Campo Belo
Alpinópolis
Cristina
Pouso Alegre
Ipuiúna
ElóiMendes
Liberdade
PoçoFundo
Botelhos
Camanducaia
Monte Belo
São Sebastiãodo Paraíso
Aguanil
Guaxupé
PerdõEs
Cabo Verde
Cambuí
Coqueiral
Minduri
Piracema
Carvalhos
Paraisópolis
Lambari
Monte Sião
Pedralva
Pouso Alto
Itapeva
Munhoz
Serranos
Camacho
Alagoa
CarmodaMata
Natércia
Pratápolis
Careaçu
PassaQuatro
Cambuquira
Sapucaí-Mirim
Ibituruna
Campo do Meio
Heliodora
SantoAntônio do Monte
Brasópolis
Poços de Caldas
Capetinga
Bocaina deMinas
Delfim Moreira
CarmodoCajuru
Claraval
Guaranésia
SantaRitade Caldas
BuenoBrandão
Igaratinga
São Gonçalodo Sapucaí
NovaSerrana
Piranguçu
Passa-Vinte
Carmode Minas
SantoAntôniodo Amparo
Carmópolisde Minas
Congonhal
São Vicentede Minas
Cana Verde
Gonçalves
Jesuânia
Maria da Fé
São Joséda Barra
São Thomédas Letras
Bom Repouso
Arceburgo
SantaRitadoSapucaí
Cachoeirade Minas
ConceiçãodoRio Verde
Itanhandu
Cordislândia
São Franciscode Paula
Conceiçãodo Pará
Seritinga
São Tomásde Aquino
São Gonçalodo Pará
Fortalezade Minas
Inconfidentes
Piranguinho
Arantina
CaxambuSoledadede Minas
SantanadaVargem
Conceição
dos Ouros
Tocos doMoji
Marmelópolis
Consolação
Albertina
Wenceslau Braz
São Sebastiãoda BelaVista
SantanadoJacaré
Senador José Bento
São Josédo Alegre
Ibitiúrade Minas
SãoLourenço
São Sebastiãodo Rio Verde
BandeiradoSul
44°W
44°W
46°W
46°W
48°W
48°W
20°S 20°S
22°S22°S
MAPA 27 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESOESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km
1:1750000
Número deregistros
1 - 2
3 - 4
5 - 6
7 - 8
86 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 86/95
Muriaé
Juiz de Fora
Ubá
Leopoldina
Piranga
Lavras São João Del Rei
Jequeri
Carrancas
Barbacena
Lima Duarte
Miraí
Raul Soares
Manhuaçu
Lajinha
Divino
Carandaí
Ervália
Itutinga
Palma
Mercês
Simonésia
Ritápolis
Luminárias
Viçosa
Nepomuceno
Piau
Santos Dumont
Matipó
Cataguases
PonteNova
Alto Rio Doce
Além Paraíba
Abre Campo
Rio Casca
Rio Preto
Prados
Chalé
Tombos
AntônioCarlos
Carangola
Nazareno
Guarani
Araponga
Barra Longa
Fervedouro
Lagoa Dourada
Recreio
Guaraciaba
Miradouro
Guiricema
BelmiroBraga
Canaã
Espera Feliz
Laranjal
Bicas
Durandé
Eugenópolis
BiasFortes
Porto Firme
Tabuleiro
Rio Pomba
Mar de Espanha
Rio Novo
Argirita
Sericita
Caputira
Rio Espera Brás Pires
Goianá
Reduto
Teixeiras
Piraúba
Descoberto
Tocantins
Paula Cândido
Chácara
Guidoval
Lamim
São João Nepomuceno
Pirapetinga
Vieiras
Sem-Peixe
Volta Grande
Urucânia
SantaMargarida
Dom Silvério
Caranaíba
Silveirânia
Caparaó
Dores doTurvo
Cipotânea
Caiana
Manhumirim
São Geraldo
Luisburgo
Cajuri FariaLemos
Divinésia
Acaiaca
Coimbra
Rio Doce
Presidente Bernardes
Guarará
Barroso
Paiva
Capela Nova
Madre de Deusde Minas
SantaRitadeJacutinga
São PedrodosFerros Santanado
Manhuaçu
SantaBárbarado Monte Verde
PedraBonita
AstolfoDutra
PedradoAnta
Alto Jequitibá
SantaCruzdoEscalvado
Senhora dosRemédios
Viscondedo
Rio Branco
MatiasBarbosa
Senador Firmino
EstrelaDalva
Oratórios
Simão Pereira
Rodeiro
SantanadoDeserto
Senhorade Oliveira
Amparo do Serra
Alto Caparaó
Tiradentes
São Migueldo Anta
Coronel Pacheco
MartinsSoares
Vermelho Novo
SantoAntôniodo Aventureiro
São Franciscodo Glória
SantanadeCataguases
Itamaratide Minas
Coronel Xavier Chaves
Rosário da Limeira
SantoAntôniodo Grama
Ewbank daCâmara
Patrocínio do Muriaé
DonaEusébia
AntônioPrado deMinas
PiedadedePonteNova
RibeirãoVermelho
São José doMantimento
SantaCruzde Minas
E s p i r i t oE s p i r i t o
S a n t oS a n t o
R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o
42°W
42°W
43°30'W
43°30'W
45°W
45°W
20°30'S 20°30'S
22°S 22°S
MAPA 28 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DASMESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA NO PERÍODO DE 1991 A 2010
Convenções
Mesorregião
Divisão Municipal
Curso d´água
Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°
Base cartográfica digital: IBGE 2005.
Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.
Elaborado por Renato Zetehaku Araujo
µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km
1:1250000
Número deregistros
1 - 2
3 - 4
5 - 6
7 - 8
9 - 10
87Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 87/95
DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NOESTADO DE MINAS GERAIS
Ao analisar os desastres naturais que afetaram o
Estado de Minas Gerais ao longo do intervalo temporal
analisado, de 1991 a 2010, nota-se a ocorrência dos
seguintes eventos naturais adversos: estiagens e secas,
inundações graduais e bruscas, vendavais e/ou ciclones,tornados, granizos, incêndios florestais, erosões linear e
fluvial e movimentos de massa. No total, foram analisados
os registros computados em 4.137 documentos oficiais.
Estiagens e secas, diretamente relacionadas à redução
das precipitações pluviométricas, estão entre os desastres
naturais mais frequentes em Minas Gerais. Esse fenômeno
corresponde a 1.933 registros, equivalente a 47% dos
desastres naturais do Estado, conforme apresenta o Gráfico
23 (Desastres naturais mais recorrentes em Minas Gerais
1991-2010). Esse evento adverso afeta grande extensão
territorial e um elevado número de pessoas, devido a sua
duração que pode ser de meses, e produz efeitos negativosna economia e na sociedade.
O Estado sofre anualmente com a escassez das
chuvas, mas, por outro lado, também com o seu excesso, em
virtude das precipitações concentradas em períodos curtos
de tempo, em diversos municípios. Os desastres relativos às
inundações bruscas e alagamentos apresentam-se como o
segundo desastre natural de maior ocorrência no Estado, com
924 registros, equivalentes a 22% dos desastres ocorridos
desde 1991. Além dos efeitos adversos relacionados a este
fenômeno, as inundações muitas vezes ocorrem associadas
a tempestades e vendavais, podendo desencadear outroseventos, que potencializam o efeito destruidor, aumentando
assim os danos causados.
Os desastres por inundações graduais também foram
expressivos em Minas Gerais, apresentando um total de 786
registros. Eles estão relacionados à cheia e extravasamento
dos rios, que ocorrem com certa periodicidade e de forma
paulatina e previsível. Ao contrário das inundações bruscas,
que ocorrem quando há chuvas intensas e concentradas,
as inundações graduais relacionam-se mais com períodos
demorados de chuvas contínuas.
Os demais desastres naturais ocorridos no Estado:
vendavais e/ou ciclones, tornados, granizos, incêndios
florestais, erosões linear e fluvial e movimentos de
massa, foram menos expressivos no intervalo temporal
analisado. Estão classificados, portanto, na categoria Outrosrepresentados no Gráfico 23 com 12% do total, referente a
494 registros, sendo 244 de vendavais e/ou ciclones, 135 de
movimentos de massa, 92 de granizos, 11 de tornados, 5 de
erosão linear, 5 de erosão fluvial e 2 de incêndios florestais.
O Estado de Minas Gerais, por sua localização
geográfica, sofre a influência de fenômenos meteorológicos
de latitudes médias e tropicais que imprimem à região
características de um clima de Transição. Segundo a
classificação de Köppen, o Estado é composto pelo clima
tropical úmido (Aw) com inverno seco e verão chuvoso,
temperatura média do mês mais frio é 18ºC, precipitação
inferior a 60 mm no mês mais seco, predominante nasáreas de altitude baixas, como a porção oeste do Triangulo
Mineiro; clima tropical seco (BSw) com precipitações entre
1.000mm a 750mm anuais, que predomina em pequenas
áreas do norte do Estado; e clima temperado chuvoso (Cwb)
ou subtropical de altitude, que possui temperaturas médias
de 22ºC, predominantes nas regiões mais elevadas da serra
da Canastra, Espinhaço e Mantiqueira (TONIETTO et al.
2006).
É afetado por precipitações de origem orográfica e
ciclônica. Essa devido a frentes frias de origem polar (com
chuvas de longa duração e de baixa a média intensidade,
caracterizado por um sistema atmosférico frontal) e frentes
quentes e úmidas oriundas da região equatorial (Amazônia),
que caracteriza um sistema atmosférico não frontal (MELLO,
2008). Durante o verão, também é comum a ocorrência
do fenômeno conhecido como zonas de convergência do
Atlântico Sul, gerado por zonas de baixa pressão atmosférica
no Oceano Atlântico, com acúmulo de grande quantidade
de nuvens. Este fenômeno, combinado com os sistemasciclônicos, gera grandes volumes de precipitações (MELLO,
2008).
Minas Gerais apresenta duas estações bem definidas,
uma chuvosa – nos meses da primavera e verão, e uma
seca - entre os meses de outono e inverno. Esta situação
é percebida quando se analisa as médias mensais de
precipitação disponibilizadas pela ANA/SGH (2010), entre
os anos de 1991 e 2010. Verifica-se que a precipitação
esteve mais concentrada entre os meses de novembro e
março, sendo outubro, no início, e abril, no final, meses de
transição. Os meses que se destacam por ser mais chuvosossão novembro, dezembro e janeiro. Já, os menores índices
ocorrem entre os meses de maio e setembro, apresentando-
se abaixo dos 20 mm e chegando a menos de 5 mm nos
meses de julho e agosto.
Logo, os desastres naturais associados a estiagens e
secas e incêndios florestais tem maior propensão de ocorrer
de modo mais severo nos meses de inverno, principalmente
Gráco 23 – Percentual dos desastres naturais mais recorrentes no Estadode Minas Gerais, durante o período de 1991 a 2010
12%
Desastres mais recorrentes em
Minas Gerais (1991 a 2010)
47%
22%
19%
est iagem e seca inundação brusca
inundação gradual outros
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
88 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 88/95
entre junho e agosto. Enquanto os associados às inundações
bruscas e graduais, vendavais e/ou ciclones, tornados,
queda de granizos, erosões e movimentos de massa, têm
maior probabilidade de ocorrência nos meses de verão, denovembro a março.
Os registros dos desastres naturais mais recorrentes
foram distribuídos em uma frequência mensal ao longo dos
anos de 1991 a 2010 e, portanto, no Gráfico 24 (Frequência
mensal dos desastres mais recorrent es 1991-2010) é possível
identificar essa característica das ocorrências dos eventos
em Minas Gerais.
No estado mineiro, o relevo, a latitude, a altitude
e a continentalidade são os fatores que apresentam maior
interação com os sistemas atmosféricos tornando-os
estáveis ou instáveis. A influência desses fatores determinaas variações climáticas locais e a suscetibilidade aos riscos e
desastres climáticos.
Para melhor visualização, todos os registros de
desastres naturais ocorridos no Estado foram espacializados
em cinco mapas, sendo eles: Mapa 24 (Total de registros de
desastres naturais causados por município das Mesorregiões
Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no
período de 1991 a 2010), Mapa 25 (Total de registros de
desastres naturais causados por município das Mesorregiões
Central Mineira, Noroeste de Minas e Triângulo Mineiro/
Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010), Mapa 26 (Total
de registros de desastres naturais causados por município
das Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale
do Mucuri no período de 1991 a 2010), Mapa 27 (Total de
registros de desastres naturais causados por município dasMesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudoeste de Minas no
período de 1991 a 2010) e Mapa 28 (Total de registros de
desastres naturais causados por município das Mesorregiões
Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a
2010).
Analisando os mapas, verifica-se que dos 853
municípios pertencentes ao Estado, 707 foram afetados
por alguma tipologia de desastre, representando 82,9% do
total de municípios mineiros. Desses, os mais afetados, com
23 e 22 registros, respectivamente, foram: Salinas e Ibirité.
Salinas, localizado na Mesorregião Norte de Minas tem seu
total de eventos incluído na classe 18-23 registros do Mapa26, e Ibirité, localizado na Mesorregião Metropolitana de
Belo Horizonte, está incluído na classe 17-22 do Mapa 24.
As mesorregiões que foram totalmente afetadas por
desastres naturais são: Norte de Minas, Noroeste de Minas,
Jequitinhonha e Vale do Mucuri, localizadas a norte do
Estado.
Em Minas Gerais, 146 municípios não decretaram
situação de emergência por qualquer tipo de evento adver so
no decorrer da escala temporal adotada. As Mesorregiões
que apresentaram menos municípios afetados foram a
Sul/Sudoeste de Minas, com 40 municípios ( Mapa 27), eTriângulo Mineiro, com 36 municípios (Mapa 25).
O clima em Minas Gerais varia desde o quente
semiárido, em alguns locais na região norte do Estado
e nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha, até o
mesotérmico úmido, da região sul, na região da serra da
Mantiqueira, passando por diversas categorias climáticas
intermediárias ao redor do território estadual. De uma
maneira geral, a distribuição das chuvas no em Minas
Gerais é desigual, com o norte apresentando características
típicas do clima semiárido do sertão nordestino, com longos
períodos de estiagem; e nas áreas de maior altitude do sul
do Estado, o regime pluviométrico é mais intens o, com totais
anuais de precipitação superiores aos 1200 mm (AMARANTE
et al., 2010).
O extremo norte do Estado ainda é parte integrantedo Polígono das Secas, quente e seco, que diverge do sul,
com topografia acidentada e maiores índices pluviométricos,
e a porção leste está sujeita a inf luência da umidade oceânica
que contrasta com continentalidade das mesorregiões
Triângulo Mineiro e Noroeste do Estado (TONIETTO et al.,
2006).
A Tabela 9 (Registros de desastres naturais por evento,
400
600
Frequência mensal dos desastres mais
recorrentes (1991 a 2010)
0
200
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
inundação gradual inundação brusca outros estiagem e seca
Gráco 24 - Frequência mensal dos desastres mais recorrentes em MinasGerais, período de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Padre Paraíso
Pedras de Maria da Cruz
Rio Pardo de Minas
Ibiracatu
Ubaí
Municípios mais atingidos em
Minas Gerais (1991 a 2010)
0 5 10 15 20 25
Salinas
Ibirité
Congonhas
Janaúba
Número de registros
inundação gradual inundação brusca
estiagem e seca outros
Gráco 25 - Municípios mais atingidos de Minas Gerais, classicados pelototal de registros, no período de 1991 a 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
89Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 89/95
nos municípios de Minas Gerais, no período de 1991 a 2010)
apresenta todos os municípios de Minas Gerais afetados e
especica o número de ocorrências ociais que possuem
para cada tipologia de desastre natural abordada neste Atlas.
A partir dela, verica-se que os municípios que apresentaramo maior número de registros foram Salinas e Ibirité.
Os registros de inundações bruscas e movimentos
de massa espacializam-se em municípios de áreas com
relevo mais acidentado, próximos as serras. Enquanto que as
inundações graduais em áreas a leste, situadas às margens
de rios. As estiagens e secas estiveram concentradas nos
municípios localizados a norte do Estado de Minas Gerais,
cujo clima é classificado por Köppen como clima tropical
seco (BSw), com precipitações anuais sempre inferiores a
1.000 mm e normalmente inferiores a 750 mm.
Ao considerar o total de 4.137 registros oficiaisde desastres naturais ocorridos em Minas Gerais, foram
selecionados os nove municípios mais atingidos pelas
tipologias mais recorrentes, apresentados no Gráfico 25
(Municípios mais atingidos em Minas Gerais 1991-2010).
Conforme mencionado anteriormente, os municípios
de Salinas e Ibirité lideram o ranking dos municípios com o
maior número de registros, apresentando 4 tipos diferentes de
Gráco 26 – Total de danos humanos em Minas Gerais, período de 1991 a2010
7.195.360
6000000
8000000
n t e s
Total de danos humanos
(1991 a 2010)
345.646
84.474
169.615
45
3.391
331
13.942
7030
2000000
4000000
H a b i t a
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Tabela 9 – Registros de desastres naturais por evento, nos municípios de Minas Gerais, no período de 1991 a 2010
município mesorregiãovendaval
e/ou ciclonegranizo
incêndio
florestal
inundação
gradual
inundação
brusca
estiagem e
seca
movimentos
de massa
erosão
linear
erosão
fluvialTotal
Simonésia 1 3 2 6
Piau 2 3 1 6
Espera Feliz 1 5 3 9
São João Nepomuceno 2 1 1 2 3 9
Muriaé 7 2 9
Miraí 3 2 5
Rio Casca 1 5 2 2 10
Caputira 1 2 2 2 7
Ervália 1 2 2 2 7Matipó 1 1 2 2 6
São Pedro dos Ferros 2 2 4
Antônio Prado de Minas 3 1 1 5
Rodeiro 1 1 2
Faria Lemos 1 4 1 6
Jequeri 1 4 1 6
Divino 4 1 5
Mercês 3 1 4
Juiz de Fora 1 3 2 1 7
Manhumirim 3 2 1 6
Eugenópolis 1 1 2 1 5
Simão Pereira 1 2 1 4
Oratórios 1 2 1 4
Palma 1 2 1 4
Santa Margarida 1 2 1 4
Astolfo Dutra 2 1 3
Dom Silvério 2 1 3Sericita 2 1 3
Bicas 2 2 1 1 6
Guiricema 2 1 1 4
Caiana 1 1 1 3
Coronel Pacheco 1 1 1 3
Barra Longa 1 1 1 3
Araponga 1 1 2
Lamim 1 1 2
Senhora de Oliveira 1 1 1 3
Argirita 1 1 2
Belmiro Braga 1 1 2
Paula Cândido 1 1 2
Chácara 1 1
Cipotânea 1 1
Rio Espera 1 1
Urucânia 1 3 2 6
Durandé 1 3 4 1 9Goianá 1 2 1 4
Ponte Nova 1 1 8 10
Cataguases 2 6 8
Chalé 1 6 7
Carangola 1 3 5 9
Mar de Espanha 1 1 1 5 8
Visconde do Rio Branco 2 5 7
Raul Soares 3 4 7
Guarani 1 2 4 7
Alto Rio Doce 2 4 6
90 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 90/95
desastres naturais: em Salinas, são 15 desastres por estiagens
e secas, 6 por inundações bruscas, 1 por inundação gradual e
1 por granizo, este último na categoria Outros; já em Ibirité,
foram 8 desastres por inundações bruscas, 8 por movimentos
de massa (categorizado como Outros), 4 por inundação
gradual e 2 por vendavais e/ou ciclones (categorizado como
Outros). Os municípios de Congonhas, Janaúba, Padre Paraíso,
Pedras de Maria da Cruz e Rio Pardo de Minas aparecem em
segundo lugar, com 21 ocorrências e com os mesmos tipos de
eventos de Salinas e Ibirité. Os demais municípios, Ibiracatu
e Ubaí, apresentaram 20 ocorrências cada, e com os mesmos
tipos de eventos que os primeiros municípios.
Esses eventos naturais, comuns ao Estado, causam
danos à população recorrentemente, de forma direta ou
indireta. Ao longo dos vintes anos analisados, foram afeta dos
mais de 7 milhões de mineiros, representando 36,7%
do total de 19.597.330 habitantes de Minas Gerais (IBGE,
2010). Além disso, foram registradas 703 mortes, 13.942
enfermos, 331 gravemente feridos, 3.391 levemente feridos,45 desaparecidos, 169.615 deslocados, 84.474 desabrigados
e 345.646 desalojados, de acordo com o Gráfico 26 (Total
de danos humanos em Minas Gerais 1991-2010).
Os desastres naturais que ocasionaram as 703
vítimas fatais foram as inundações bruscas com 525 mortes,
estiagens e secas com 75, inundações graduais com 59,
movimentos de massa com 34, vendavais e/ou ciclones
com 5 e tornados com 5. O município que apresentou o
maior número dessas mortes foi Munhoz, localizado na
Mesorregião Sul/Sudoeste de Minas, com 441 mortes por
inundações bruscas. O município registrou o evento em
outubro de 2009 e em fevereiro de 2010, devido às intensasprecipitações, que provocaram aumento do nível da água e
inundação dos córregos que cortam o município.
No entanto, o município com o maior número de
pessoas afetadas entre os anos analisados (1991 a 2010),
foi a capital do Estado, Belo Horizonte, com 500.150, por
desastres naturais associados a inundações e movimentos
de massa.
Guarani 1 2 4 7
Alto Rio Doce 2 4 6
Ubá 1 4 5
Lajinha 2 4 6
Guidoval 2 3 3 8
Guaraciaba 3 3 6
Lima Duarte 1 2 3 6
Canaã 2 3 5
São Geraldo 2 3 5
Recreio 1 3 1 3 8
Laranjal 1 3 4
Patrocínio do Muriaé 1 3 4
Santos Dumont 4 1 3 8
Ewbank da Câmara 1 3 4
Além Paraíba 5 3 8
Rio Preto 3 3 6
Tocantins 3 3
Miradouro 4 2 6
Dona Eusébia 2 3 2 7
Santana do Manhuaçu 2 3 2 7
Reduto 3 2 5
Presidente Bernardes 1 2 2 5
Luisburgo 1 2 2 5
Piedade de Ponte Nova 2 2 4
Santo Antônio do Grama 2 2 4
Senador Firmino 2 2 4
Tombos 2 2 4
Sem-Peixe 1 1 2 4
Leopoldina 1 2 3
Matias Barbosa 1 2 3
Viçosa 1 2 3
Coimbra 1 2 3
Itamarati de Minas 1 2 3
Caparaó 2 2
Rio Pomba 2 2
Santana de Cataguases 2 2
Santana do Deserto 2 2
Pedra do Anta 2 4 1 7
Brás Pires 1 3 1 5
Rio Novo 3 1 4
Fervedouro 3 1 2 1 7
Piraúba 2 2 4
Guarará 1 2 1 4
Alto Jequitibá 2 1 3
Santa Cruz do Escalvado 1 3 4
Amparo do Serra 1 1 2
Paiva 1 1 2
Piranga 1 1 2
Santa Rita de Jacutinga 1 1 2
Acaiaca 1 1
Alto Caparaó 1 1
Descoberto 1 1
Dores do Turvo 1 1
Pirapetinga 1 1
Rio Doce 1 1
Z
O
NA
D
A
M
A
T
A
município mesorregiãovendaval
e/ou ciclonegranizo
incêndio
florestal
inundação
gradual
inundação
brusca
estiagem e
seca
movimentos
de massa
erosão
linear
erosão
fluvialTotal
Continuação...
91Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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Pirapetinga 1 1
Rio Doce 1 1
Silveirânia 1 1
Manhuaçu 4 4
Santa Bárbara do Monte Verde 3 3
Tabuleiro 3 3
Vieiras 3 3
Abre Campo 2 2
Teixeiras 2 2
Divinésia 1 1 2
Cajuri 1 1
Estrela Dalva 1 1
Martins Soares 1 1
Pedra Bonita 1 1
Porto Firme 1 1
Rosário da Limeira 1 1
São Francisco do Glória 1 1
São Miguel do Anta 1 1
Vermelho Novo 1 1
Volta Grande 1 1
Bias Fortes 2 2
Santo Antônio do Aventureiro 1 1
Conceição de Ipanema 1 2 3 1 7
Joanésia 2 1 1 4
Antônio Dias 1 2 1 2 6
Ipatinga 1 2 2 2 7
Iapu 1 1 2 4
Itambacuri 2 1 3 5 1 12
Jampruca 1 1 2 2 1 1 8
Sardoá 3 1 4
Governador Valadares 3 8 2 1 14
Cantagalo 1 1 1 3
Naque 1 1 1 3
Santa Rita de Minas 1 1 1 3
Belo Oriente 1 1
Frei Lagonegro 1 1
Marilac 1 1
Campanário 1 3 9 13
Goiabeira 3 2 4 9
Pescador 1 4 5
Açucena 1 6 3 10
Aimorés 1 4 3 8
Resplendor 1 1 3 2 7
Coluna 1 2 2 5
Conselheiro Pena 1 1 2 4
Alpercata 2 2
Divinolândia de Minas 1 1 2 3 1 8
São José da Safira 1 3 1 5
São José do Jacuri 1 2 1 4
Carmésia 1 2 1 4
Gonzaga 1 5 1 1 8
Água Boa 4 1 1 6
Central de Minas 4 3 1 1 9
município mesorregiãovendaval
e/ou ciclonegranizo
incêndio
florestal
inundação
gradual
inundação
brusca
estiagem e
seca
movimentos
de massa
erosão
linear
erosão
fluvialTotal
Continuação... A estação chuvosa de Belo Horizonte ocorre entre
os meses de outubro a março e concentra em torno de 80%
dos casos de chuva que ocorrem ao longo do ano, sendo o
trimestre novembro, dezembro e janeiro o mais chuvoso.
De acordo com Lucas e Abreu (2004), os eventos de chuvas
fortes a extremamente fortes em Belo Horizonte tendem a
apresentar um percentual maior associado aos ventos do
quadrante norte/oeste, o que sugere que fenômenos delarga escala, como a zona de convergência do Atlântico Sul
(ZCAS), que têm esta direção preferencial, atuam no sentido
de aumentar a quantidade pluviométrica da chuva. Essas
chuvas ocorrem preponderantemente durante o verão,
principalmente no trimestre mais chuvoso.
Logo, durante a estação chuvosa são comuns
no município os desmoronamentos de casas e barracos
situados em locais impróprios para moradia, alagamentos
de ruas e avenidas, principalmente, pela saturação do solo,
impermeabilização das vias urbanas e pela alteração nas
bacias de drenagem, entre outros (LUCAS; ABREU, 2004).
Com base no total de registros levantados, verifica-se que o Estado de Minas Gerais é recorrentemente afetado
por estiagens e secas, e, em segundo lugar, por inundações
bruscas, responsáveis em grande parte pela decretação dos
estados de emergência e de calamidade pública. Catástrofes
recentes, relativas aos últimos anos, revelam que esses
eventos naturais, comuns ao Estado, passaram a causar
danos à população, na medida em que quase todos os anos
há registros confirmados e caracterizados como desastre.
Isso porque qualquer desequilíbrio mais acentuado no
regime hídrico local gera impactos significativos sobre a
dinâmica econômica e social.
O modelo de planejamento da ocupação nas áreas
urbanas, com a impermeabilização dos solos e ocupação
das margens de rios, bem como a estruturação da rede
de drenagem das águas precipitadas e das formas de
armazenamento e distribuição de água no município ou
região atingida, pode agravar o impacto gerado pelo
aumento e acúmulo de chuvas ou por sua escassez. É
92 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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necessário compreender que a recorrência das estiagens e
secas e inundações, não são provenientes apenas de fatores
climáticos e meteorológicos, mas sim do resultado de um
conjunto de elementos, naturais e antrópicos.
REFERÊNCIAS
AMARANTE, O. A. C. do et al. Atlás eólico: Minas Gerais. BeloHorizonte, MG: Cemig, 2010. 84p. Disponível em: <http://ww w.matrizlimpa.com.br/index.php/2010/11/atlas-eolico-de-minas-gerais/1603>. Acesso em: 22 dez. 2011.
ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricosde 1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Minas Gerais. In: IBGE Estados. 2010. Disponível em: < http:// www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=mg>. Acesso em: 22dez. 2011.
LUCAS, T. P. B.; ABREU, M. L. de. Caracterização climáticados padrões de ventos associados a eventos extremos de
precipitação em Belo Horizonte – MG. Caderno de Geografia,Belo Horizonte, v. 14, n. 23, p. 135-152, 2004. Disponível em:<http://www.pucminas.br/documentos/geografia_23_art09.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2011.
TONIETTO, J. et. al. Caracterização macroclimática e potencialenológico de diferentes regiões com vocação vi tícola de MinasGerais. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 234,p. 32-55, set./out. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S1415-43662003000100020&script=sci_arttext>.Acesso em: 2 dez 2011.
Água Boa 4 1 1 6
Central de Minas 4 3 1 1 9
Materlândia 3 1 1 5
Senhora do Porto 2 1 1 4
Divino das Laranjeiras 1 1 2
São José do Divino 1 1 2
Nova Módica 1 1
Periquito 2 2 9 13
Coronel Fabriciano 1 1 6 8
Sabinópolis 6 6Inhapim 2 5 7
Itueta 1 4 5
Coroaci 4 4
Timóteo 5 3 8
Santa Efigênia de Minas 1 1 2 3 7
Bom Jesus do Galho 1 2 3 6
São João do Oriente 1 2 3 6
Ipanema 1 1 3 5
Dom Cavati 1 3 4
Galiléia 1 3 4
Taparuba 1 3 4
Santa Bárbara do Leste 1 1 3 5
Sobrália 3 3
Frei Inocêncio 6 2 8
Mantena 1 5 2 8
Santana do Paraíso 5 2 7
Tumiritinga 1 3 2 6Alvarenga 3 2 5
Engenheiro Caldas 3 2 5
Caratinga 1 1 2 2 6
São Pedro do Suaçuí 1 1 2 2 6
Entre Folhas 2 2 4
Jaguaraçu 1 2 3
São Sebastião do Anta 1 2 3
Paulistas 2 2
Mutum 7 1 8
São Sebastião do Maranhão 3 1 4
São João Evangelista 1 2 1 4
Ubaporanga 2 2 4
Marliéria 2 2 1 5
Imbé de Minas 1 2 1 4
São João do Manteninha 1 2 1 4
Cuparaque 2 1 3
Itanhomi 2 1 3Pocrane 2 1 3
São Félix de Minas 2 1 3
São Geraldo do Baixio 2 1 3
Tarumirim 2 1 3
Vargem Alegre 2 1 3
V
A
L
E
D
O
R
I
O
D
O
C
E
município mesorregiãovendaval
e/ou ciclonegranizo
incêndio
florestal
inundação
gradual
inundação
brusca
estiagem e
seca
movimentos
de massa
erosão
linear
erosão
fluvialTotal
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
Continuação...
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
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94 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais94CONSIDERAÇÕES FINAIS
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 94/95
Fonte: Acervo da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
95Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Õ
7/18/2019 Atlas Minas Gerais
http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 95/95
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O acordo de cooperação entre a Secretaria Nacional
de Defesa Civil e o Centro Universitário de Estudos e
Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de
Santa Catarina destaca-se pela sua capacidade de produzir
conhecimento referente aos desastres naturais dos últimos
vintes anos, e marca o momento histórico que vivemosdiante da recorrência de desastres e de iminentes esforços
para minimizar perdas em todo território nacional.
Neste contexto, o Atlas Brasileiro de Desastres
Naturais torna-se capaz de suprir a necessidade latente
dos gestores públicos de olhar com mais clareza para o
passado, compreender as ocorrências atuais, e então pensar
em estratégias de redução de risco de desastres adequadas
à sua realidade local. Além disto, deve fundamentar análises
e direcionar as decisões políticas e técnicas da gestão de
risco.
O Atlas é também matéria-prima para estudos e
pesquisas científicos mais aprofundados, e fonte para acompreensão das séries históricas de desastres naturais no
Brasil, e análise criteriosa de causas e consequências.
Há que se registrar, contudo, que durante a análise
dos dados coletados foram identificadas algumas limitações
da pesquisa. Limitações que menos comprometem o
trabalho, mas muito contribuem para ampliar o olhar dos
gestores públicos às lacunas presentes no registro e cuidado
da informação sobre desastres.
Destacou-se entre as limitações a clara observação
de variações e inconsistências no preenchimento de danos
humanos, materiais e econômicos. Diante de tal variação,a opção para garantir a credibilidade dos dados foi de não
publicar os danos materiais e econômicos, e posteriormente
aplicar um instrumento de análise mais preciso para
validação dos dados.
As inconsistências retratam certa fragilidade histórica
e consequente ausência de unidade e padronização das
informações declaradas pelos documentos de registros de
desastres.
É, portanto, por meio da capacitação e
profissionalização dos agentes de defesa civil que se busca
sanar as principais limitações no registro e produção das
informações de desastres. É a valorização da história e seus
registros que irá contribuir para que o país consolide suapolítica nacional de defesa civil e suas ações de redução de
riscos de desastres.
Os dados coletados sobre o Estado de Minas Gerais
e publicados neste volume, por exemplo, demonstram que
o registro de ocorrência de desastres cresceu 494,12% nos
últimos dez anos, mas não permite, sem uma análise mais
detalhada, afirmar que houve um aumento de ocorrências
na mesma proporção. É o que ilustram os Gráficos 27 e 28.
Apesar de não poder assegurar a relação direta entre
registros e ocorrências, o presente documento permite uma
série de importantes análises, ao oferecer informações –
nunca antes sistematizadas – que ampliam as discussõessobre as causas das ocorrências e intensidade dos desastres.
Com esse levantamento, podem-se fundamentar novos
estudos, tanto de âmbito nacional, quanto local, com
análises de informações da área afetada, danos humanos,
materiais e ambientais, bem como prejuízos sociais e
econômicos. Também é possível estabelecer relações entre
as informações sobre desastres e sua contextualização com
as variáveis geográficas regionais e locais.
No Estado de Minas Gerais, por exemplo, percebe-
se a incidência de tipologias fundamentais de desastres,
estiagens e secas, inundações bruscas e graduais, que
possibilitam verificar a sazonalidade e recorrência, e assim
subsidiar os processos decisórios para direcionar recursos e
reduzir danos e prejuízos, assim como perdas humanas.
A partir das análises que se derivem deste Atlas,
se pode afirmar que este estudo é mais um passo na
14%
Comparativo de registros entre as décadas de
1990 e 2000
86%
1991-2000 2001-2010
Gráco 27 - Comparativo de registros de ocorrência de desastres entre asdécadas de 1990 e 2000
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais marca o
início do processo de avaliação e análise das séries históricas
de desastres naturais no Brasil. Espera-se que o presente
Gráco 28 - Total de registros coletados entre 1991 e 2010
Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.
379
287
424411 378
324
380
351
310 297300
350
400
450
Total de registros por ano em Minas Gerais
1241
13 12
25
215
27
194
57
0
50
100
150
200
250