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7/24/2019 ATUALIDADES-2015-pmsp

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ATUALIDADES

MAIS DE 1 MILHO DE PESSOAS PROTESTAMCONTRA GOVERNO DILMA PELO PAS

/3/2015Por Pedro Fonseca e Caroline Stauffer

SO PAULO/BRASLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) -Cerca de um milho de pessoas protestavam na cidade deSo Paulo neste domingo contra o governo da presidenteDilma Rousseff e a corrupo, em meio fraqueza daeconomia e inflao elevada.

O ato na capital paulista era o maior de uma srie demanifestaes populares em diversas cidades do Brasil,reunindo mais centenas de milhares de pessoas.

Os protestos tm mantido um carter pacfico, aocontrrio dos ocorridos em junho de 2013, ocasio emque foram registrados vandalismo e confrontos entrepoliciais e manifestantes. Apesar disso, a polcia detevealguns homens nos arredores da Avenida Paulista, emSo Paulo, que estariam carregando fogos de artifcio ebombas caseiras, de acordo com imagens de TV.

O povo est se sentindo trado, disse na capitalpaulista o publicitrio Diogo Ortiz, de 32 anos, referindo-se Petrobras como vergonha nacional e internacional.

Eu quero impeachment (de Dilma) mesmo,acrescentou, mesmo admitindo que as chances sopequenas e que este domingo pode se tornar um eventoisolado sem resultados efetivos.

Vestidos com as cores da bandeira brasileira, osmanifestantes foram s ruas reclamar principalmente dacorrupo, em meio ao escndalo bilionrio na Petrobrasinvestigado pela operao Lava Jato, e problemaseconmicos enfrentados pelo Brasil.

Sempre que questionada sobre as manifestaespopulares, como o panelao em vrias capitais duranteseu pronunciamento na TV no domingo passado, Dilma

tem repetido que fazem parte da democracia.Em mensagem publicada no Facebook na tarde do

sbado, Dilma disse valorizar o fato de que as pessoaspodem se manifestar livremente. Sou a favor dademocracia. Espero que amanh (domingo), o Brasilprove a sua maturidade democrtica, disse a presidente.

As manifestaes deste domingo foram convocadaspelas redes sociais. A maioria dos grupos organizadoresdefende o impeachment da presidente, usando comoargumentos uma suposta corrupo no governo do PT, oescndalo da Petrobras e os altos custos com impostos etarifas, entre outras reclamaes.

O presidente do PSDB, senador Acio Neves (MG),que foi derrotado por Dilma nas eleies presidenciaisde outubro passado, disse no Facebook que esse 15 demaro vai ficar lembrado para sempre como o Dia daDemocracia.

O dia em que os brasileiros se vestiram de verde eamarelo e foram para as ruas se reencontrar com as suasvirtudes, com os seus valores, e tambm com os seussonhos, escreveu Acio, que decidiu no ir para as ruasneste domingo.

Em 2013, no dia de maior mobilizao nasmanifestaes um pouco antes da Copa das Confederaes,cerca de um milho de pessoas foram s ruas de cidadesdo pas. Naquela ocasio, os protestos comearam contrao reajuste das tarifas de transporte pblico e acabaragerando uma pauta de reivindicaes bastante difusa,passando por melhoria de oferta de educao e sadepelo governo e combate corrupo, entre outrasdemandas.

CHUVA LEVE EM SP

A chuva que caia em alguns pontos da Avenida

Paulista parecia insuficiente para dispersar as pessoas,muitas delas munidas de cartazes com dizeres contra apresidente e contra seu partido, o PT. Segundo estimativada Polcia Militar, 1 milho de pessoas estavam na Paulistae adjacncias.

Em Braslia, cerca de 45 mil pessoas se concentrarana Esplanada dos Ministrios e em frente ao CongressoNacional, que chegou a ter seu espelho dgua invadidopor alguns manifestantes, segundo informaes da PM,que mobilizou um efetivo de 1,6 mil homens nestedomingo.

Na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, mais de15 mil pessoas se aglomeraram para protestar, segundoa PM, enquanto organizadores estimaram o nmero demanifestantes em 30 mil.

O brasileiro tem que se manifestar realmente e nopode se calar diante desses escndalos e roubalheiraque vemos no Brasil, disse a comerciria MrciaSantos, que vestia uma camisa verde-amarela. Muitosmanifestantes no Rio carregavam faixas contra ogoverno e o PT.

De acordo com a polcia, cerca de 25 mil pessoasparticiparam do protesto em Belo Horizonte; 5 mil

pessoas compareceram manifestao em Salvador; 3,5mil pessoas protestaram no Recife, 10 mil em Fortaleza e5 mil em Manaus, entre outras localidades.

Milhares tambm protestam em Porto Alegre,Curitiba e Goinia. Cidades do interior do Estado de SoPaulo, como Campinas, tambm reuniram milhares demanifestantes mais cedo, de acordo com a polcia.

Houve manifestaes de brasileiros tambm noexterior, em cidades como Buenos Aires, Londres e NovaYork.

MINISTROS DE PRONTIDO

Dilma pediu a alguns de seus ministros que ficasseem Braslia neste domingo para acompanhar os protestos,e deve realizar uma reunio no fim do dia para avaliar asmanifestaes.


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Com gr tos e Fora PT, eva a D ma com voc ,cerca de 100 pessoas protestaram neste domingo (15),em Nova York, contra o governo. A manifestao durouuma hora e meia e atraiu principalmente brasileiros quemoram nos Estados Unidos, alm de alguns estudantes eturistas que visitam a cidade.

Os manifestantes, que se reuniram na Union Square,uma praa em Manhattan, cantaram o hino nacionale seguravam placas com alguns pedidos, como oimpeachment de Dilma, interveno militar e o fim dacorrupo. Alm disso, gritavam fora Dilma e basta decorrupo.

Jaime Pereira, de 54 anos, que tem uma empresa deturismo nos EUA disse que espera uma moralizao dapoltica. Ele mora no pas h 20 anos e ficou sabendo doprotesto pelas redes sociais.

preciso uma moralizao geral no Brasil, noCongresso, no Planalto, no Judicirio. O Pas est

entregue s baratas. O Brasil est nas mos de corruptos.Queremos duas coisas. O impeachment e a moralizao.

13/03/2015 |

APS SOLTURA, DEFESA DE BATTISTI DIZNO ACREDITAR EM DEPORTAO

Ele foi sentenciado priso perptua na Itlia pormatar quatro pessoas nos anos 1970, crimes dos quaisse diz inocente

Pedido de extradio do italiano havia sido recusadopor Lula em seu [email protected] | @mauriciotonetto

Solto por volta da meia-noite desta sexta-feira naSuperintendncia da Polcia Federal (PF) em So Paulo,o ex-ativista italiano Cesare Battisti voltou para suaresidncia, no Estado, para seguir tudo como estavaantes, conforme Igor SantAnna Tamasauskas, um deseus advogados. O defensor afirmou que no acredita emdeportao.

No trabalhamos com essa hiptese. A deciso (dapriso) foi tomada de forma completamente equivocada,

um absurdo criticou Tamasauskas.Battisti foi sentenciado priso perptua na Itlia

por matar quatro pessoas nos anos 1970, crimes dosquais se diz inocente. Em 2004, ele apareceu no Brasil,depois de trs dcadas fugindo da Justia.

O protesto contra o governo acontece o s as ap ssindicatos de petroleiros e movimentos sociais realizaremmanifestaes a favor da Petrobras e da presidente Dilma,mas em escala bastante reduzida quando comparada aomovimento deste domingo.

Os organizadores dos protestos deste domingo

afirmam que os movimentos no esto ligados a partidospolticos, mas legendas de oposio declararam adesos manifestaes.

O prprio Acio convocou a militncia tucana para irs ruas protestar, ressalvando, porm, que o impeachmentno faz parte da agenda do partido.

CENRIO COMPLICADO

O governo de Dilma enfrenta um quadro de inflaocada vez mais alta, atividade econmica fraca, piora nomercado de trabalho e turbulncia poltica com a basegovernista.

A esse cenrio, soma-se o maior escndalo decorrupo da histria do pas envolvendo a Petrobras,ao qual esto ligados ex-funcionrios, executivos deempreiteiras e polticos.

Pesquisa do instituto Datafolha em fevereiro mostrouque a avaliao tima/boa da presidente despencoude 42 por cento em dezembro para 23 por cento emfevereiro, enquanto aqueles que a consideram ruim/pssima passaram de 24 por cento para 44 por cento.

Com as manifestaes deste domingo, Dilma se juntaa outros dois presidentes que enfrentaram protestospopulares no perodo da redemocratizao: Fernando

Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.Collor acabou sofrendo o impeachment, enquanto

Fernando Henrique reverteu em parte a baixa popularidadedo incio de seu segundo mandato, superando inclusiveuma campanha com ampla participao de petistas quetinha o slogan Fora FHC.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello e LeonardoGoy, em Braslia; Pedro Fonseca, Rodrigo Viga Gaier e CaioSaad, no Rio de Janeiro; e Caroline Stauffer, em So Paulo)

MANIFESTAES DE BRASILEIROS EM NOVAYORK E LONDRES RENEM CERCA DE 100 PES-

SOASNos Estados Unidos, o ato aconteceu na Union Square,

uma praa da ilha de Manhattan

Manifestantes se reuniram em frente embaixada em

Londres Reproduo/TV Record


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MG

A Ferno Dias, principal ligao entre os estadosde Minas Gerais e So Paulo, tinha 17 km de lentidona regio da Grande Belo Horizonte no incio da tarde,no sentido So Paulo. J quem trafegava em direo capital mineira enfrentava 8 km de congestionamento.

Ns no temos condies de pagar o leo (diesel) aR$ 2,75. Nesses ltimos trs meses, o petrleo subindo,subindo e o frete l embaixo, disse o caminhoneiroJuarez Ananias, que participa do protesto.

A manifestao desta segunda tambm afetoua produo de veculos na Fiat. De acordo com aassessoria de imprensa da empresa, em Betim, tambmna Regio Metropolitana, funcionrios do 2 e 3 turnos tarde, noite e madrugada da linha de produo foramdispensados. Ainda segundo a Fiat, por causa do ato decaminhoneiros, componentes usados na montagem de

veculos no foram entregues.

Tambm havia pontos de interdio perto de Oliveira,na Regio Centro-Oeste, e em Perdes e SantoAntnio do Amparo, ambas no Sul do estado.Nestas cidades, os bloqueios ocorrem desde a noite dedomingo.

PR

No Paran, 20 rodovias permaneciamfechadas por volta das 13h em trechos entreas cidades de Cascavel, Curitiba e Guarapuava. Emalguns pontos de rodovias federais, a fila de veculos jpassava de 5 km, segundo a Polcia Rodoviria Federal.

Os manifestantes estavam impedindo os caminhesde passarem, mas liberavam os demais veculos, comocarros de passeio e de emergncia.

Por causa dos bloqueios, alguns postos decombustveis do sudoeste e do oeste do Paran

j enfrentam desabastecimento. Por conta disso, aprefeitura de Santo Antnio do Sudoeste, no sudoeste doestado, cancelou as aulas nas escolas municipaise interrompeu os servios de limpezana cidade.Os protestos ocorrem desde o dia 13 no estado.

Alm de criticar os preos dos combustveis, a categoriano Paran pede a fixao do frete por quilmetro rodadoe a carncia de seis meses a um ano para os financiamento

de veculos de carga, entre outras reivindicaes.

SC

Em Santa Catarina, os protestos ocorrem desde quarta-feira (18). Na tarde desta segunda, os caminhoneiroscontinuavam bloqueando 15 pontos em cincorodovias. A Polcia Rodoviria Federal informou que

vai enviar reforos para os locais, a fim de evitar abusos.A nossa preocupao porque ontem [domingo]houve alguns abusos. Houve bloqueios, ataques acaminhoneiros, acidentes, pessoas que ficaram presas,explicou o chefe da Comunicao da PRF, Luiz Graziano.

Os manifestantes pedem a queda no preo do diesele melhores condies nas rodovias da regio. Por contados bloqueios, o Sindicato das Indstrias de Laticnios eProdutos Derivados (Sindileito) alerta que a coleta deleite no estado pode ser 100% interrompida.

No pedido de deteno, que acabou revogado pelodesembargador Cndido Ribeiro, o Ministrio PblicoFederal (MPF) solicitou Justia a priso administrativade Cesare Battisti pelo prazo inicial de 60 dias, ou atque se ultime a deportao do requerido, devendo,para tanto, ser intimada a Unio para que d imediatocumprimento medida.

Deportao para a Frana

O MPF queria que Battisti fosse mandado para aFrana, pas a partir do qual adentrou no Brasil h 11anos. A defesa do ex-ativista alegou que ele est emliberdade desde 2010 e jamais deixou de cumprirqualquer obrigao relacionada ao processo em questo,no demonstrando interesse em empreender fuga do pasou obstaculizar o resultado do processo.

No despacho, o desembargador afastou a possibilidadede extradio: Em que pese a gravidade das infraespenais imputadas ao paciente em seu pas de origem,o fato que a sua situao de permanncia no Brasil,decidida pela Suprema Corte e pelo ExcelentssimoSenhor Presidente da Repblica (na poca Luiz Incio Lulada Silva), no podem mais estar submetidas a um novoprocesso judicial iniciado na Justia Comum Federal.

A juza federal que havia determinado a deportaoalegou que trata-se de um estrangeiro em situaoirregular no Brasil e que, por ser um criminosocondenado em seu pas por crime doloso, no tem direitoa permanecer.

PROTESTO DE CAMINHONEIROS BLOQUEIAESTRADAS PELO PAS

Eles reclamam do alto preo docombustvel e dos baixos valores dos fretes.Rodovias de ao menos sete estados so atingidas pelamanifestao.

Do G1, em So Paulo

Um protesto de caminhoneiros bloqueia nestasegunda-feira (23) rodovias de ao menos sete estadosem todo o pas: GO, MG, MS, MT, PR, RS e SC. Entreas principais reclamaes dos profissionais, esto o altopreo do combustvel e os baixos valores dos fretes.

A Confederao Nacional dos TransportadoresAutnomos (CNTA), que uma das entidades que

representam os caminhoneiros no pas, divulgou notadizendo que est ciente das manifestaes e bloqueios emrodovias federais e estaduais pelo pas e que solicitou umareunio com os ministrios para tratar das reivindicaes,especialmente para tratar do aumento do combustvel.

Protesto de caminhoneiros fecha parte da rodovia

Ferno Dias (Foto: Moiss Silva/O Tempo/

Estado Contedo)


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O MRITO DE DOAREm memria do primeiro presidente da Prudential

do Japo, comprometido com a proteo familiar e oenvolvimento com a comunidade, a seguradora criouo Prmio Kiyo Sakaguchi Corao de Ouro parareconhecer o melhor corretor franqueado de seguro de

vida, o qual chamado de Life Planner.Anualmente a Prudential reconhece o Life Planner que

se destaque por sua atitude tica e empreendedora, masque, ao mesmo tempo, seja um modelo de humanidadee dedicao s pessoas. Detentor de tal mrito, esseprofissional, ento, pode escolher uma organizaofilantrpica para receber uma doao da Prudential.

Assim, por indicao de Leonardo Mouro Cota,Life Planner de 2014, a Prudential do Brasil doou US$10 mil para o Grupo Esprita Amlia de Godoy (GEAG).Na regio do bairro Carlos Prates, em Belo Horizonte,a instituio beneficia um asilo e duas creches, almde atender famlias carentes e distribuir refeies para

moradores de rua, entre outras atividades.O valor recebido do Prmio Kiyo ser empregado na

reforma e ampliao das instalaes do GEAG.

UMA HORA DE TRABALHO POR ANOO programa Uma hora para o futuro uma iniciativa

do Comit Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen que,por aqui, recebeu a adeso de colaboradores das fbricasde So Bernardo do Campo, Taubat e So Carlos, noestado de So Paulo, e de So Jos dos Pinhais, no Paran.

O montante de R$ 387 mil resultou das doaesde horas no ms de dezembro de 2014 e foi doado em

partes, de acordo com o volume obtido em cada fbrica.A fbrica de So Bernardo do Campo arrecadou cerca

de R$ 175 mil, que foram doados para o Centro CulturalAfro-brasileiro Francisco Solano Trindade.

A instituio foi criada em 1998 a partir de umadoao do programa Uma hora para o futuro. Desdeento conta com essa ao solidria todo ano paraoferecer oficinas culturais para crianas e adolescentes,com aulas de msica, dana e manifestaes folclricas.

Os empregados de Taubat doaram pouco mais de R$120 mil para o Projeto Esperana So Pedro Apstolo querecebe o apoio do programa h 11 anos.

Perto de 600 pessoas so beneficiadas por aes

culturais e esportivas do projeto, o qual tambmcontempla a capacitao profissional, com aulas de inglse informtica e oficinas profissionalizantes.

Na fbrica de So Jos dos Pinhais, os colaboradoressomaram cerca de R$ 75 mil, que foram destinados aoPatronato Santo Antnio.

A instituio voltada para a capacitao profissionalexiste h 66 anos e h quatro recebe apoio do programa.Os recursos deste ano ajudam a financiar cursos deMecnica Industrial, Auxiliar de Linha de Produo,Ferramentaria, Auxiliar Administrativo e ProduoIndustrial em parceria com o Senai.

Os quase R$ 16 mil doados pelos colaboradoresda fbrica de motores de So Carlos foram para aAcorde (Associao de Capacitao, Orientao eDesenvolvimento do Excepcional).

Criada em 1988 por um grupo de mes quebuscava atendimento especializado para seus filhos, a

RSNo Rio Grande do Sul, doze pontos de

rodovias federais e outros nove pontos derodovias estaduais foram bloqueados na tardedesta segunda. Alguns caminhoneiros colocaram fogoem pneus no acostamento da estrada. Eles criticam os

valores dos combustveis e dos pedgios e a tributao notransporte de cargas.

Veculos pesados esto sendo orientados a parar, masa passagem liberada para automveis de passeio. Asmanifestaes ocorrem de forma pacfica.

MTOs caminhoneiros de Mato Grosso bloqueavam

trechos das duas principais rodovias do estado,asBRs 163 e 364, por volta das 15h. Eles tentam impedir,h quase uma semana, que os veculos de cargasfaam o escoamento da produo agrcola. Na manhdesta segunda, havia cinco trechos de interdio, e

o terminal ferrovirio de Rondonpolis j registravaqueda no nmero de descarregamentos, segundo aempresa que administra o local.

O sindicalista Wilson Jnior Samoro disse houve quedade mais de 20% no valor do frete e, com o custo alto, osmotoristas s esto trabalhando para cobrir as despesas.

MSDois trechos da BR-163, em Dourados e em Ftima

do Sul, Mato Grosso do Sul,continuavam bloqueadosna tarde desta segunda. Na regio de Ftima do Sul, ocongestionamento totaliza cerca de 600 metros, considerandoos dois sentidos da pista. J na regio de Dourados, h um

congestionamento aproximado de 2 km. Caminhoneirosdizem que a manifestao pode durar at que as principaisreivindicaes da categoria sejam atendidas.

GOEm Gois, um protesto de caminhoneiros

interditava a BR-364, no permetro urbano de Jata,no sudoeste do estado. A rodovia uma das principaisrotas de escoamento de gros e liga Gois ao Mato Grosso.

De acordo com a Polcia Rodoviria Federal (PRF), otrfego est impedido nos dois sentidos nesta tarde, gerandoum engarrafamento de 18 km, sendo nove de cada lado.

RESPONSABILIDADE SOCIAL E TICA 23/02/2015

TRABALHADOR SOLIDRIOLucila Cano

Dois exemplos recentes - um vindo da indstriae outro do segmento de servios mostram como oscolaboradores das empresas participam cada vez mais deprojetos sociais e at influem nas decises solidrias.

Em Belo Horizonte, uma instituio esprita recebeudoao de US$ 10 mil da seguradora Prudential do Brasil,em ao solidria inspirada em um executivo japons,mas que tem o envolvimento de corretores franqueados.

Empregados da Volkswagen do Brasil de quatrocidades-sede de suas fbricas participam voluntariamentedo programa Uma hora para o futuro, no qual doam o

valor equivalente a uma hora de trabalho no ano paraentidades no entorno das fbricas. Em 2014, essa aorendeu R$ 387 mil.


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Esse bloqueio, com ventos que impedem a chegadadas frentes frias que se formam no Sul at os Estadosdo Sudeste, causado pelo aumento de temperaturado oceano, um fenmeno global. O oceano cria umaalta presso, que no deixa a massa de ar frio subir,explica Graziella Gonalves, meteorologista da SomarMeteorologia.

O problema que essas massas de ar frio atraea umidade da Amaznia para o Sudeste, formandoum corredor pelo pas, onde ocorrem chuvas. Comoas frentes frias esto indo embora do Sudeste muitorapidamente, ou nem chegando aqui, esse fenmeno,conhecido como Zona de Convergncia do Atlntico Sul(ZCAS), no se formou, explica Graziella.

Janeiro -Com isso, provvel que janeiro de 2015continue seguindo a tendncia de queda na quantidadede chuvas dos ltimos dois anos. Em 2013 as chuvas nestems ficaram 43% abaixo da mdia. No ano seguinte,dos 259,9 milmetros de chuva esperados na regio do

Sistema Cantareira, caram apenas 87,8 - 66% abaixo damdia. Neste ano, a expectativa era ainda maior: 271,1milmetros, de acordo com a Sabesp. At o dia 21, noentanto, somente 60,9 milmetros caram. A dez dias dotrmino do ms, estamos 78% aqum do esperado.

Graziella explica que, como o bloqueio atmosfricoest comeando a ceder, provvel que chova um poucomais nas prximas duas semanas, mas nem de longe obastante para recuperar o debilitado sistema. possvelque a Zona de Convergncia do Atlntico Sul se formeem fevereiro, mas ela no deve permanecer por todo otempo esperado, ento no deve ser um ms de chuvasconstantes, afirma.

Chuvas de vero -O fato de estar chovendo em algunspontos de So Paulo se deve, principalmente, a um fenmenodenominado ilha de calor. A regio urbana mais quenteque seu entorno, devido s modificaes feitas na superfcie,explica Amauri de Oliveira, professor do departamento deCincias Atmosfricas do instituto de Astronomia, Geofsicae Cincias Atmosfricas da Universidade de So Paulo(IAG - USP). A impermeabilizao com solo, com o asfalto,impede a evaporao da gua. Por isso, toda a energia solarque chega at a cidade acaba aquecendo o ambiente. SoPaulo muitas vezes est at 8 graus mais quente do que oseu entorno, afirma Oliveira, que realiza estudos sobre asdiferenas de temperatura da metrpole. Mais aquecido, o arfica mais leve e se desloca verticalmente, formando nuvens ecriando chuvas localizadas em alguns pontos da cidade.

Para ajudar a reabastecer o Sistema Cantareira,porm, so necessrias chuvas intensas em uma regioampla. Chuvas isoladas no adiantam muito em ureservatrio to grande, preciso umedecer todo osolo primeiro, se no a parte onde no choveu absorvea gua que caiu em outra regio, afirma Bianca Lobo,meteorologista da Climatempo.

Acorde atende cerca de 30 alunos e oferece atividadesde fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia,educao fsica e fisioterapia.

POR QUE A CHUVA DE SO PAULO NOCHEGA AO CANTAREIRA?

Chuvas isoladas na regio metropolitanaocorrem devido a um fenmeno chamadoilha de calor, que provoca o aquecimento dametrpole

Por: Juliana Santos23/01/2015Nesta quarta-feira, o nvel dos reservatrios do

Cantareira recuou pelo dcimo dia seguido e chegou a5,5%(Luis Moura/WPP/Folhapress)

A chegada do vero trouxe chuvas para So Paulo.Algumas to intensas que provocaram problemas comoalagamentos, quedas de rvores e raios. Apesar disso, oSistema Cantareira no d sinais de recuperao. Nesta

sexta-feira, o nvel dos reservatrios que o compemchegou a 5,3%.A causa essa discrepncia, e da falta de chuvas onde a

cidade mais precisa no momento, uma unio de diversosfatores. Um bloqueio atmosfrico est agindo o Sudestedo pas. Trata-se do mesmo fenmeno que causou secae temperaturas elevadas no segundo semestre do anopassado, embora um pouco mais brando desta vez.

(VEJA/VEJA)


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J nas provas e c nc as umanas, c nc as a

natureza e linguagens, a mdia das notas subiu 2,3%,

5,4% e 3,9%, respectivamente.

Veja o desempenho dos alunos do terceiro ano por nvel

socioeconmico da escola (Foto: Reproduo/Inep)

Segundo o MEC, prestaram o exame 6.193.565

candidatos (71% do total de 8.721.946 inscritos). Entre

os alunos participantes, 529.374 obtiveram nota zero na

redao (8,5% dos candidatos). Deste nmero, foram

anuladas 248.471 redaes.

O MEC informou ainda que 250 candidatos tiveram

nota mil na redao a mxima possvel. Alm disso,

pouco mais de 35 mil alunos obtiveram notas entre 901

e 999.

Questionado sobre o desempenho dos candidatos em

redao, o ministro da Educao, Cid Gomes, afirmouque o resultado fala por si s.

Ministro da Educao, Cid Gomes, comentou resultados

Justificativas para isso? Vrias. O brasileiro est

lendo pouco, o tema no um tema to popular. No d

para a gente fugir, tentar camuflar, e dizer que o ensino

pblico brasileiro bom. [...] Estamos aqui para tentar

melhorar, admitiu Gomes.

O ministro tambm disse que o diagnstico frio quepode ser feito do resultado do Enem de que o ensino

pblico brasileiro deixa muito a desejar. A gente tem

muitos desafios, afirmou o novo ministro.

I a e ca or: A metr po e se aquece ma s o que seu entorno,em funo do concreto e asfalto, que absorvem o calor. Quandouma massa mida chega a So Paulo, ela aquecida e, por isso,se eleva (o ar quente, mais leve, tende a subir). Chegando aaltitudes maiores, as massas encontram um ambiente mais frioe se condensam, formando nuvens de chuva

ALUNOS DE ESCOLAS FEDERAIS TM ASMAIORES MDIAS NAS PROVAS DO ENEM

Desempenho superou o de estudantes deescolas particulares.

Consulta s notas individuais do Enem 2014ser aberta nesta tera-feira.

Lucas Salomo 13/01/2015

Veja as mdias nas provas do Enem dos alunos do 3 ano do

ensino mdio por rede de ensino (Foto: Reproduo/Inep)

O desempenho dos alunos do terceiro ano do ensinomdio das escolas federais no Exame Nacional do Ensino

Mdio foi superior ao de outras redes de ensino, inclusivedas escola particulares. As mdias da rede federal foram

as maiores nas cinco provas do

Enem: cincias humanas(610,2 pontos), cincias da natureza (557,5), linguagens(563,2), matemtica (589,6) e redao (618,7)..

Em seguida ficaram as mdias dos alunos da redeprivada, seguido pelos estudantes de colgios das

redes municipais e, por fim, pelos candidatos das redesestaduais.

Vale destacar que os alunos da rede federalrepresentam apenas 2% do total de concluintes do ensino

mdio que fizeram o Enem 2014.

So 30.411 estudantes. Na rede municipal foramapenas 14.314 (1% do total).

Nas escolas privadas, 348.282 alunos do ltimo anofizeram o Enem (23,4%). E na rede estadual, 1.092.247

concluintes do ensino mdio fizeram o exame (73,5%).

Queda no desempenho

O desempenho dos alunos concluintes caiu emmatemtica e redao na comparao com o Enem de 2013.

A mdia geral em matemtica foi de 476,6 pontos,queda de 7,3% sobre a mdia de 514,1 pontos obtida

em 2013. Em redao, a queda foi ainda maior: 9,7%.A mdia dos alunos foi de 470,8 pontos, contra 521,1

obtidos no Enem anterior.


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Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Goinia (GO),Macap (AP), Macei (AL), Manaus (AM), Palmas (TO),Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio deJaneiro (RJ), Salvador (BA), So Lus (MA), So Paulo(SP) e Vitria (ES).

Braslia foi considerada satisfatria, assim como JooPessoa (PB) e Teresina (PI). Boa Vista (RR), Curitiba(PR), Florianpolis (SC) Natal (RN) e Rio Branco (AC)no apresentaram dados.

Chioro destacou ainda a reduo de 9,7% no nmerode casos graves da doena em relao a 2014. Houve[tambm] uma diminuio de internaes nesse perodopor dengue de 44%. E, apesar de haver 31,5% a menosde bitos, eles esto ocorrendo, e fundamental reforaro conjunto de aes que j constam no plano de contin-gncia.

Recorde foi em 2013O coordenador-geral doPrograma Nacional deCombate Dengue,Giovanni Evelin Coelho,disse que, apesar doaumento detectado, osdados so positivos se

comparados a 2013, ano considerado o mais epidmicoem relao histria de dengue no pas.

Em relao a 2013, tivemos reduo de 47%. Tudoleva a crer, embora tenhamos ainda abril e maio, que aperspectiva de um cenrio parecido com o de 2013 sejaremota, declarou.

J sobre chikungunya, foram 1.049 casos confirmadosat 7 de maro, contra 2.773 casos em 2014. A tendncia,para o ministrio, de menos transmisso da doena. uma transmisso ainda muito localizada, no estadodo Amap no municpio de Oiapoque, e no estado daBahia, completou Coelho.

Para reforar o combate aos focos do mosquito vetordas doenas, o Ministrio da Sade repassou R$ 150milhes para as secretarias de Sade de todos os estadosdo pas. Alm disso, realizou capacitao distncia,disponibilizou um telefone 0800 para que profissionaisde Ateno Bsica pudessem tirar dvidas e elaborou uplano de contingncia nacional.

O ministro falou sobre a importncia de a populaose envolver e adotar 15 minutos para erradicar os focos

do mosquito em casa e dos profissionais de sade estarehabilitados a reconhecer os sintomas das doenas. Adengue no deve e no pode matar, afirma.

BRASIL TEM 340 CIDADES COM RISCO DESURTO DE DENGUE, INFORMA MINISTRIO

12/03/2015

At 7 de maro, foram registrados 224,1 mil

casos da doena no pas. Outras 877 prefeiturasesto em situao de alerta.

O ministro da Sade, Arthur Chioro, durante coletiva de

imprensa sobre a dengue nesta quinta-feira (12),

em Braslia (Foto: Raquel Morais/G1)

O ministro da Sade, Arthur Chioro, informou nestaquarta-feira (12) que h 340 municpios brasileiros emsituao de risco de surto dengue e outros 877 esto emsituao de alerta para novas infeces.

Segundo o governo, at 7 de maro foram registrados 224,1mil casos da doena no pas, aumento de 162% em relao aomesmo perodo do ano passado, quando houve 85.401ocorrncias.

O ministrio informou ainda a queda de 31,5% nonmero de mortes entre 2014 e 2015. Entre 1 de janeiroe 7 de maro do ano passado morreram 76 pessoas. No

mesmo perodo de 2015, foram 52 bitos.

As informaes integram o Levantamento Rpido dendices para Aedes aegypti (LIRAa) e foram divulgadasem coletiva em Braslia. A pesquisa foi feita com base em1.844 cidades que se voluntariaram a participar da coleta.

Municpios que detectaram focos de dengue em 1 acada grupo de 100 prdios so includos na categoriasatisfatrio. Acima de 1 at 3,9 foram enquadradosna categoria alerta. As cidades com ndice acima de 4,entram no nvel de risco de surto de dengue.

Cuiab (MT) a nica capital na ltima categoria.

Outras 18 capitais foram includas na categoria dealerta: Aracaju (SE), Belm (PA), Belo Horizonte (MG),


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Quem defende que a pena de morte seja aplicadaacredita que ela possa dissuadir uma pessoa a cometero delito. Mas diversas organizaes de direitoshumanos afirmam que no existem quaisquerprovas de que a pena de morte tenha um efeitoredutor no que diz respeito criminalidade,assim como ela no intimida pessoas ligadas

ao terrorismo.Outro argumento que a pena de morte seria antitica

e exagerada para crimes considerados banais. Seria ticoum Estado que mata? Seria a justia uma forma devingana? A pena de morte a ao do Estado legitimadapor uma lei que a autorize. Existe ainda outro aspecto, omais grave: a irreversibilidade da pena caso a inocnciado ru seja comprovada.

O governo brasileiro tenta reverter a pena aplicada aGularte, diagnosticado com esquizofrenia, na Indonsiausando como argumento uma diretriz internacional doPacto Internacional dos Direitos Civis e Polticos que veta

a aplicao da pena de morte em algumas situaes, entreelas, quando o ru apresenta um diagnstico de doenamental ou menor de 18 anos. No entanto, muitos pasesdesconsideram essa diretriz.

Pelo mesmo pacto, a aplicao da pena de mortedecorrente de crimes relacionados com drogas viola alei internacional. O pacto sugere que nos pases que notenham abolido a pena de morte, ela s seja imposta paraos crimes mais graves.

O problema que a interpretao do que so crimesgraves varia e nem sempre esto listados na Constituio. o caso da Indonsia, onde a legislao permite a penade morte para crimes graves, mas sem especificar

quais seriam esses crimes. Alm da Indonsia, China,Ir, Malsia, Arbia Saudita e Singapura so algunsdos pases que executam pessoas por praticarem crimesrelacionados com drogas.

No Egito, por exemplo, a punio com a morte pelaviolncia se mistura com a represso aos opositores dogoverno. Em fevereiro deste ano, um juiz condenou183 pessoas pena de morte pela morte de 13 policiaisdurante os protestos, em 2013, depois que foras militaresmataram mais de 700 pessoas, todos simpatizantes dopresidente deposto Mohamed Mursi, da IrmandadeMuulmana.

a segunda condenao de manifestantes pr-Irmandade, o que vem preocupando ONU e outrasorganizaes que defendem julgamentos justos, semque critrios religiosos, polticos e diferenciados sejamusados para uns casos, e outros no. A expectativa dasorganizaes de direitos humanos de que a pena noseja cumprida.

O pas, que hoje voltou a ser governado por militares, um exemplo de como o aumento da radicalizao religiosae conflitos violentos dificultam o desenvolvimento deum ambiente social que permita o abandono da pena demorte e de sua execuo.

Pena de morte varia entre culturas

Na Idade Mdia, as execues eram vistas comoespetculo pblico e a pena significava a retribuio domal pelo mal. O objetivo era ferir a moral do indivduoe de sua famlia, tanto que as execues eram feitas empraas pblicas.

PENA DE MORTE: EM VIGOR EM MAIS DE 50PASES, MEDIDA NO REDUZIU CRIMINALIDADE

06/02/201514h50

O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira na Indonsia

aps ser condenado por trfco de drogas.

Em janeiro de 2015, os brasileiros ficaram chocados

com a notcia do fuzilamento de Marco Archer, brasileiroque foi preso em 2004 na Indonsia e condenado mortepor trfico de drogas depois de tentar entrar no pas comcocana dentro dos tubos de uma asa-delta.

Logo aps a priso de Archer, outro brasileiro, RodrigoGularte, foi condenado execuo em 2005 por ingressarna Indonsia com cocana escondida em pranchas desurf. Hoje, o pas tem 133 prisioneiros que aguardam aexecuo no corredor da morte.

A maioria dos pases aboliu a pena de morte, mas deacordo com a Anistia Internacional, hoje 58 pases mantma punio para crimes comuns. Os motivos mais passveisdessa condenao incluem homicdios, espionagem,

falsa profecia, estupro, adultrio, homossexualidade,corrupo, trfico de drogas, no seguir a religio oficialou desrespeitar algum padro de comportamento socialou cultural.

Cada pas possui mtodos de execuo do condenado.Na lei islmica, quem trai o marido ou a mulher deveser morto por apedrejamento. Em pases asiticos, ofuzilamento o mais usado, e nos Estados Unidos acadeira eltrica ou a injeo letal so usadas em caso dehomicdios qualificados e atos de terrorismo.

A China campe nesse ranking. Estima-se que em2013 o pas realizou pelo menos 4.106 execues de penas

capitais para crimes como fraude fiscal, corrupo e trficode drogas. Segundo a Anistia Internacional, sem contar osdados da China, 1.925 pessoas foram condenadas morteno mesmo ano, 788 foram executadas --um aumento e 15%em relao a 2012 e 23.392 aguardavam a execuo. Ospases que mais efetuaram execues foram Ir, Iraque,Arbia Saudita e Estados Unidos.

O Brasil no entra nesta lista. Aqui, a pena de mortefoi abolida para crimes comuns em 1988. No entanto,a nossa Constituio ainda prev a pena para crimesde guerra. O Cdigo Penal Militar poder condenarum combatente por infraes como traio (pegar emarmas contra o Brasil), covardia (fugir na presena do

inimigo) ou incitar a desobedincia militar. Nesses casos,o Presidente da Repblica deve aprovar a execuo, queocorre por fuzilamento. Para especialistas, para dar incioa conversas na tentativa de acabar com a pena de morteem outros pases, seria de bom tom se o Brasil eliminasseesse artigo da Constituio.


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SECA E FALTA DE GUA FORAM PREVISTOSEM RELATRIO DA ONU

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Mudanas climticas geraram problemas noBrasil e em outros pases do mundo nos ltimosanos

Notcias da estiagem na Regio Sudeste do Brasilimpressionam por causa dos dados cada vez maisalarmantes sobre a escassez de gua. Apesar da situaoparecer mais grave para os paulistanos, outros estados daregio comeam a sentir na pele os mesmos problemaspelos quais passam os habitantes das cidades do estadode So Paulo.

No Rio, o secretrio de Ambiente, Andr Corra,admitiu, na sexta-feira, que pode haver racionamentode gua. No entanto, o governador Luiz Fernando Pezodescartou a medida e o possvel aumento de tarifa noestado e fez um apelo para que os moradores passem a

economizar.Em Minas Gerais, o Centro do estado passa pelo

janeiro mais quente desde 1910. Algumas cidadesesto beira do colapso, por causa da falta de gua e63 cidades do estado j esto fazendo racionamentoou usando o modelo de rodzio de gua. A Companhiade Saneamento de Minas Gerais (Copasa) admitiu oelevado nvel de criticidade da gua no estado e emitiucomunicado pedindo que a populao e as empresaseconomizem cerca de 30% no consumo de gua.

>> Pezo descarta racionamento de gua e aumentode tarifa no Rio de Janeiro

>> Comerciantes de So Paulo sofrem com faltadgua e reclamam de pouca informao

Situaes como essas so cada vez mais comuns nomundo. No ano passado, alguns pases da da AmricaLatina passaram por perodos de seca e mudanasclimticas que afetaram a produo agrcola da regio. Napoca, a ONG alem Germanwatch, que avalia os pasesmais frgeis quanto a essa questo, situou Honduras,Haiti e Nicargua, respectivamente, como os pases quemais sofreram com mudanas climticas e perodos deseca, durante o ano de 2014.

Em 2011, a regio conhecida como Chifre da frica,

no leste do continente, sofreu com a pior seca dos ltimos60 anos. Em dois anos, o nvel de chuvas no local estavaabaixo do necessrio. Lavouras inteiras foram perdidas,enquanto o gado morreu de fome e sede.

Na poca, a Organizao das Naes Unidas (ONU)chegou a afirmar que os pases do Chifre da frica noviviam uma situao de fome, mas sim uma emergnciahumanitria que piorava rapidamente.

Relatrio do IPCC prev que impactos mais graves noclima viro de secas e cheias

Lanado no Japo, em novembro do ano passado,o relatrio do Painel Intergovernamental de Mudanas

Climticas (IPCC), apontou que um dos principaisefeitos das mudanas climticas no pas seriam as secaspersistentes, em algumas regies, e cheias recordes, emoutras. Tudo isso, segundo o relatrio, resultado dasemisses de gases de efeito estufa na atmosfera, queaumentaram em 2C a temperatura do planeta, at 2100.

Nesse per o o, a morte pe a ogue ra se ssem noucom a criao dos tribunais daInquisio. A sentenavalia para crimes religiosos, bruxaria ou por crimesde natureza sexual. No ritual, o fogo tinha carter depurgao. Uma das personagens mais importantes dahistria, Joana DArc, herona francesa da Guerra dosCem Anos, foi condenada morte por heresia e bruxaria

e queimada viva em 1431. No sculo 20, ela teve acondenao anulada e foi canonizada.

Ao longo dos sculos, as formas de execuo forammudando. A decapitao, por exemplo, foi praticada naEuropa at o fim do Antigo Regime. Depois, entre ossculos 18 e 19, a guilhotina foi muito usada.

Um importante terico sobre a questo foi o juristaitaliano Cesare Beccaria (1738-1794), cujas obras,especialmente o livro Dos Delitos e Das Penas, soconsideradas as bases do direito penal moderno. Eleargumentava que a pena de morte seria insuficiente edesnecessria. Para o jurista, se uma srie de crimes de

pesos diferentes for punida com a pena de morte, nohaver critrio e a populao no compreenderia agravidade de um ou outro delito.

Alm disso, Beccaria acreditava que a perspectiva deum castigo moderado, mas inevitvel, causar sempreuma impresso mais forte do que o vago temor de umsuplcio terrvel, em relao ao qual se apresenta algumaesperana de impunidade. Ou seja, a severidade dapena no inibiria um indivduo a cometer um delito, masa certeza da punio sim.

Hoje, alguns pases ainda repetem os modos deexecuo operados antigamente. Enquanto nos EstadosUnidos houve uma tentativa de humanizar se o

termo possvel -- a execuo ao trocar o enforcamentoe a cadeira eltrica pela injeo letal, o modo usado namaioria dos Estados norte-americanos que permitem apena de morte, os pases do Oriente utilizam meios maisviolentos e antigos, como fuzilamento, enforcamento,apedrejamento e decapitao.

Na Arbia Saudita, por exemplo, a decapitaocontinua sendo uma das formas de execuo, feita como uso de uma espada. O enforcamento ainda praticadoem pases como Afeganisto, Bangladesh, Botsuana,Cingapura, Egito, Ir, Iraque, Malsia, Coreia do Norte,Japo, Gaza, Sria, Sudo e Sudo do Sul, assim comoo apedrejamento, executado no Afeganisto, Ir, Nigria

e Sudo, principalmente, como condenao parahomossexualidade e adultrio.

As organizaes humanitrias, em especial a AnistiaInternacional, seguem na campanha para reverter essapena nos pases em que ela executada. No entanto, a briga mais difcil quando a sentena mais aplicada para punira quebra de valores morais, religiosos e culturais do que porcrimes reais. Pois a questo passa a ser transformar todauma cultura e crena, e no apenas a legislao criminal.

H tambm governantes que entendem que essa amelhor poltica no combate ao crime e no abrem espaopara conversa. A morte de Archer e de outros condenados

no incio deste ano aconteceu aps um hiato de quatroanos nas execues na Indonsia. O novo presidente dopas, Joko Widodo, que tomou posse no final de 2014,afirmou que a guerra s drogas seria sua prioridade. Apreviso de que, em breve, novas execues aconteam.

Andria Martins


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Nessa situao extrema, ser que no possvelencontrar uma alternativa? E os aquferos, por exemplo?POCA consultou o gelogo Claudio Oliveira, especialistaem guas subterrneas, para saber qual a viabilidade se que ela existe de encher a Cantareira com a guado subsolo. A resposta no muito animadora. possvelusar as guas do subsolo, mas esses projetos no so tosimples.

H muita gua no subterrneo. Segundo Oliveira, ovolume de gua que existe debaixo da terra at cemvezes maior do que as guas de superfcie. O problema que essa gua nem sempre est exatamente onde a gentequer ou precisa.

Oliveira explica que so basicamente dois tiposde aquferos. Os aquferos porosos, como o AquferoGuarani, permitem tirar um volume de gua de 500 a 1milho de litros por hora. J os aquferos saturados nopermitem tirar muita gua. Infelizmente, no subsolo daregio da Cantareira encontra-se um aqufero saturado.

A Cantareira tambm recebe gua do subterrneo. Essagua que abastece rios e crregos. S que esse aquferosaturado no permite tirar gua na quantidade que agente necessita. No um problema de engenharia, um problema do grau de permeabilidade dessas rochas.Embora tenha gua em abudncia, a rocha no libera,diz Oliveira.

Isso no significa que a gua do subterrneo nopossa ser usada para ajudar a aliviar a crise em So Paulo.Uma das sadas seria fazer um plano para perfurar poosem posies estratgicas da cidade, no para encher aCantareira, mas para reforar o sistema de produo.Estes procedimentos so largamente aplicados emmuitas cidades do pis e do mundo, com a vantagem deque no precisam passar por estaes de tratamento,pois as guas subterrneas em geral possuem qualidadeapropriada para o consumo, diz.

Outro projeto para a obteno de gua dosubterrneo, este muito mais complicado, o de buscara gua no Aqufero Guarani. Para isso, seria necessriofazer perfuraes na regio do aqufero - a cerca de 150quilmetros de distncia da capital -, construir dutos ebombear a gua para So Paulo. O problema que essadistncia no plana. Os desnveis e mudanas no relevoexigem obras e energia para o bombeamento, elevandoos custos da iniciativa.

CINCO RAZES (QUE NO A FALTA DE CHUVA)PARA EXPLICAR A CRISE HDRICA EM SP

Maria Fernanda Ziegler - iG So Paulo

25/01/2015

Desmatamento, ocupao desenfreada, falta deplanejamento e perdas esto entre as causas destacadaspor especialistas

No aniversrio de 461 anos da cidade de So Paulo,

pouco se tem para comemorar (mesmo que chova),levando em conta o tamanho do problema de falta degua. J no uso do volume morto do Sistema Cantareirae com outros reservatrios como o Alto Tiet e oGuarapiranga entrando em colapso, a falta de gua iminente na maior metrpole do Brasil.

Apesar do prazo, a situao alarmante j comeaa se refletir principalmente nos pases da AmricaLatina, mesmo sendo os que menos emitem gases deefeito estufa. No Brasil, cada regio est sendo afetadade forma diferente, devido a sua extenso territorial. Orelatrio enumera ainda que os resultados das mudanasno ecossistema, devido ao aumento de temperatura,afetam a gerao de energia, a agricultura e at mesmo asade da populao.

Na poca do lanamento do relatrio, em novembrodo ano passado, o professor da USP Marcos Buckeridge,que foi um dos autores do relatrio do IPCC, afirmou queos principais problemas brasileiros vo decorrer da faltade gua. Onde houver problemas com a gua, outrasquestes sero geradas a partir da.

Um dos exemplos apontados pelo relatrio, foi aalterao nos padres de chuva na Amaznia, quando acheia do rio Madeira atingiu 25 m, o nvel mais alto dahistria e afetou cerca de 60 mil pessoas.

No Nordeste, o ano de secas sucessivas, por causadas mudanas climticas, preocupou os especialistasenvolvidos na elaborao do relatrio. Segundo elesos perodos de seca podem se intensificar e, uma dasmaiores preocupaes apontadas, que o semi-ridonordestino se torne rido permanentemente.

Alm da listagem de riscos, o relatrio tentouapresentar solues para os problemas que parecem estarmais prximos do que se imagina. Algumas soluesseriam a diminuio do uso de combustveis fosseis einvestimentos do governo em fontes de energia renovvel,alm de investimentos em transportes pblicos modais

nas cidades.

As guas subterrneas poderiam encher osreservatrios da Cantareira?

H muita gua no subterrneo. O problema quenem sempre est no local onde a gente quer ou precisa.

BRUNO CALIXTO25/01/2015

Reservatrio do Sistema Cantareira em Bragana Paulista

(Foto: Luis Moura/Estado Contedo)

A crise no sistema Cantareira est tomando proporesassustadoras. Em pleno janeiro - ms de vero e chuvas -o nvel dos reservatrios est abaixo de 6%. O governadorGeraldo Alckmin anunciou novas medidas (uma terceira

cota do volume morto e captao de gua da Billings),mas no apresentou datas ou prazos, e essas medidasdificilmente resolvero o problema. Se continuar nesseritmo, a Cantareira pode secar.

>> Tudo sobre a crise de gua


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Um estu o rea za o em outu ro o ano passa o peFundao SOS Mata Atlntica mostrou que a coberturflorestal nativa na bacia hidrogrfica e nos mananciaisque compem o Cantareira ainda pior que o que seimaginava, principalmente pela ocupao desenfreadnestas reas. De acordo com o estudo, restam apenas 488quilmetros quadrados (21,5%) de vegetao nativa n

bacia hidrogrfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seisrepresas que formam o Sistema Cantareira.

- Perdas e desperdcios:

Quanto se perde e quanto se desperdia de gua eSo Paulo? A balana importante, pois principalmentecom a crise hdrica, toda a gua deve ser usada dmaneira mais consciente possvel. Porm, um antigoproblema ainda persiste mesmo com a escassez de gua.

De acordo com dados da Sabesp, a regio metropolitde So Paulo tem perda de 20 a 25% de gua ntransmisso, na tubulao. Chama a ateno quenenhuma ao para reparar estas perdas tenha sidodivulgada. Embora existam lugares no Brasil onde estenmero ainda mais alto, ns no podemos perder estevolume enorme de gua. Sabemos que diminuir a presso apenas um paliativo. preciso melhor a transmisso,afirma a gerente do Instituto Akatu, Gabriela Yamaguchi.A campanha fica mais voltada para que o consumo sejreduzido nas residncias e que se evite desperdcios, oque tambm importante. Especialistas afirmam quecom medidas simples possvel economizar 15% de gunas residncias.

Gabriela afirma ainda que existem diferentes tiposde grandes consumidores de gua, como grandes

condomnios, indstria, agronegcio e empresas quenecessitam de gua para produzir. O agronegcio responsvel por 80% do consumo de gua, de acordocom mdias mundiais da ONU [Organizao das NaesUnidas]. a na verdade que a gente deve ter meta dereduo de consumo. Mas isso no do dia para a noite,tem de ser planejado at porque a gente precisa ter oque comer, diz. Ela afirma que a reduo de desperdciotem de ser objeto em todos os setores e feito de formplanejada. No adianta colocar s nas costas doconsumidor, que de fato quem menos consome, avalia.

- Faltou plano e comunicao da crise:

A crise da gua s passou a ser admitida pelasautoridades no incio de 2015. A Proteste Associao deConsumidores reclama que alm da demora, ainda faltum decreto oficial de racionamento. Quando tira a gude forma frequente tem de avisar o dia e o horrio, mesmosendo rodzio ou racionamento no oficial, afirma MariIns Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

Se houvesse mais transparncia sobre a crise hdrica,explica Maria Ins, o consumidor poderia economizamais gua e por mais tempo. O bnus no foi suficiente,ns temos realmente falta de gua. O Proteste no contra a sobretaxa. A gente percebe que est numa crise,mas preciso deste decreto para que seja cobrada umcobrana adicional, de emergncia, disse.

Na semana passada, a Agncia Reguladora deSaneamento e Energia do Estado de So Paulo (Arsesp)aprovou uma tarifa adicional na conta de gua de mais de28 milhes de consumidores atendidos pela Sabesp, e364 municpios. A sobretaxa ser cobrada dos usurios

Pres ente a Sa esp, Jerson Ke man a m t u, no a15 de janeiro, que o Sistema Cantareira, que abastece6,5 milhes de pessoas pode secar agora em maro.Um dia antes, o governador Geraldo Alckmin afirmoupela primeira vez que a populao do Estado vive sobracionamento de gua. Logo depois, Alckmin disse quehavia sido mal interpretado por jornalistas.

Inicialmente, a crise foi justificada por conta da falta dechuvas que atingiu a regio. Porm, especialistas afirmamque a falta de gua no est relacionada apenas escassezde chuvas. Veja abaixo os cinco principais motivos queesto fazendo as torneiras secarem em So Paulo.

Falta de planejamento:

Quando o sistema Cantareira foi construdo, jera previsto que entre 2015 e 2020 ele precisaria serampliado. As obras comearam em 1967. Em 1974, osistema passou a enviar 4,5 metros cbicos por segundoe o projeto foi totalmente concludo em 1982. Todoo projeto tem um prazo esperado para que tenha umavida til. No Cantareira a expectativa era que tivesse 30anos para ser operado, afirma o especialista em recursoshdricos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) emIlha Solteira (SP), Jefferson Nascimento de Oliveira.

O professor explica que as demandas continuaram,mas a populao mudou. Cresceu no s numericamentemas tambm economicamente, passou a consumir maisgua, afirma.

Um exemplo deste crescimento, de acordo comOliveira, pode ser notado com a mudana rpida deuma situao de abundncia de gua para quase totalescassez. Em 12 de janeiro de 2010, o Cantareira estava

com 97% de todo o seu volume. Choveu muito naquelatemporada. Estava muito cheio, mas em cinco anos, nos acabamos com o volume todo como precisamos usargua do volume morto. De fato est chovendo poucoagora, mas tnhamos um lastro. A falta de gua j eraalgo previsto, completa.

- Desmatamento:

O desmatamento que ocorre na Amaznia temcomo consequncia sobre a escassez de gua em SoPaulo. No estudo O Futuro Climtico da Amaznia,Antnio Nobre, pesquisador do INPE, explica como odesmatamento na Amaznia altera os padres de chuva

no resto do Brasil.De acordo com o estudo de Nobre, todos os dias as

rvores da floresta transpiram 20 bilhes de toneladasde gua (ou 20 trilhes de litros), formando uma espciede rio vertical que alimenta nuvens e altera a rota dosventos e das chuvas. No caso de So Paulo, foi analisadoque os ventos que vm da floresta amaznica trazemmais chuva que os ventos que no tm relao com afloresta. Quanto menos rvores na Amaznia, menor oprocesso que traz chuvas para a metrpole.

- Ocupao de rea de manancial:

O desmatamento local, no Estado de So Paulo,tambm tem peso sobre a crise hdrica. J sabido que amata ciliar, aquela na borda dos rios, ajuda a manter a boasade (o no assoreamento) dos rios. Portanto, quantomais degradada a mata ciliar, menos eles contribuempara as bacias hidrogrficas.


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designam contedos fixados de uma vez para sempre.Podem designar diversos contedos conforme os tempose situaes.

Esquerda e direita indicam programas contrapostoscom relao a diversos problemas cuja soluo pertencehabitualmente ao poltica, contrastes no s de ideias,

mas tambm de interesses e de valoraes a respeitoda direo a ser seguida pela sociedade, contrastesque existem em toda a sociedade e que no vejo comopossam simplesmente desaparecer. Pode-se naturalmentereplicar que os contrastes existem, mas no so mais dotempo em que nasceu a distino, escreve Bobbio nolivro Direita e Esquerda - Razes e Significados de umaDistino Poltica.

No Brasil, essa diviso se fortaleceu no perodo daDitadura Militar, onde quem apoiou o golpe dos militaresera considerado da direita, e quem defendia o regimesocialista, de esquerda.

Com o tempo, outras divises apareceram dentro decada uma dessas ideologias. Hoje, os partidos de direitaabrangem conservadores, democratas-cristos, liberais enacionalistas, e ainda o nazismo e fascismo na chamadaextrema direita.

Na esquerda, temos os social-democratas, progressistas,socialistas democrticos e ambientalistas. Na extrema-esquerda temos movimentos simultaneamenteigualitrios e autoritrios.

H ainda posio de centro. Esse pensamentoconsegue defender o capitalismo sem deixar de sepreocupar com o lado social. Em teoria, a poltica decentro prega mais tolerncia e equilbrio na sociedade.

No entanto, ela pode estar mais alinhada com a polticade esquerda ou de direita. A origem desse termo vem daRoma Antiga, que o descreve na frase: In mediun itos(a virtude est no meio).

A poltica de centro tambm pode ser chamada deterceira via, que idealmente se apresenta no comouma forma de compromisso entre esquerda e direita,mas como uma superao simultnea de uma e de outra.

Essas classificaes estariam dividas no que podemoschamar de uma rgua ideolgica:

EXTREMA-ESQUERDA | ESQUERDA | CENTRO-ESQUERDA | CENTRO | CENTRO-DIREITA |DIREITA | EXTREMA-DIREITA

Para os brasileiros a diferena entre as ideologias noparece to clara. Em 2014, durante as eleies, a agnciaHello Research fez um levantamento em 70 cidades dascinco regies do Brasil perguntando como os brasileiros seidentificavam ideologicamente. Dos 1000 entrevistados,41% no souberam dizer se eram ideologicamente dedireita, esquerda ou centro.

A porcentagem dos que se declaram de direita e

esquerda foi a mesma: 9%. Em seguida vem centro-direita (4%), centro-esquerda e extrema-esquerda, ambascom 3%, e extrema-direita (2%). Quando a pergunta foisobre a tendncia ideolgica de sete partidos (DEM, PT,PSDB, PSB, PMDB, PV, PDT, Psol, PSTU), mais de 50%no souberam responder.

que ultrapassarem a mdia de consumo registrada antesda crise, de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Comoo consumidor pode pagar uma tarifa adicional se ele notem informao sobre este histrico?, disse.

http://ultimosegundo.ig.com.br/

POLTICA: O QUE SER ESQUERDA, DIREITA,LIBERAL E CONSERVADOR?

Andria Martins

23/01/2015

Nas eleies presidenciais e estaduais de 2014, oBrasil assistiu a uma onda de discursos agressivos,especialmente nas redes sociais, que se dividiam em doislados: os de esquerda e os de direita, associadas pelamaioria aos partidos PT e PSDB, respectivamente.

Definir um posicionamento poltico apenas pelovis partidrio pode ser uma armadilha repleta deesteretipos, j que essa diviso binria no reflete acomplexidade e contradies da sociedade. O fato queno existe um consenso quanto a uma definio comume nica de esquerda e direita. Existem vrias esquerdase direitas. Isso porque esses conceitos so associados auma ampla gama de pensamentos polticos.

Origem dos termos

As ideologias esquerda e direita foram criadasdurante as assembleias francesas do sculo 18. Nessapoca, a burguesia procurava, com o apoio da populaomais pobre, diminuir os poderes da nobreza e do clero.

Era a primeira fase da Revoluo Francesa (1789-1799).

Com a Assembleia Nacional Constituinte montadapara criar a nova Constituio, as camadas mais ricas nogostaram da participao das mais pobres, e preferiramno se misturar, sentando separadas, do lado direito. Porisso, o lado esquerdo foi associado luta pelos direitos dostrabalhadores, e o direito ao conservadorismo e elite.

Dentro dessa viso, ser de esquerda presumiria lutarpelos direitos dos trabalhadores e da populao maispobre, a promoo do bem estar coletivo e da participaopopular dos movimentos sociais e minorias. J a direitarepresentaria uma viso mais conservadora, ligada a um

comportamento tradicional, que busca manter o poderda elite e promover o bem estar individual.

Com o tempo, as duas expresses passaram a serusadas em outros contextos. Hoje, por exemplo, ospartidrios que se colocam contra as aes do regimevigente (oposio) seriam entendidos como de esquerdae os defensores do governo em vigncia (situao) seriama ala de direita.

Para o filsofo poltico Noberto Bobbio , embora osdois lados realizem reformas, uma diferena seria quea esquerda busca promover a justia social enquanto adireita trabalha pela liberdade individual.

Aps a queda do Muro de Berlim (1989), que psfim polarizao EUA x URSS, um novo cenrio polticose abriu. Por isso, hoje, as palavras esquerda e direitaparecem no dar conta da diversidade poltica do sculo21. Isso no quer dizer que a diviso no faa sentido,apenas que esquerda e direita no so palavras que


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No entanto, va e estacar que o e mu tos mem rosde partidos tidos como centro-direita defendem taisbandeiras da esquerda, exceto nos partidos de extrema-direita (como podemos observar na Europa), que soassociados ao patriotismo, com discurso forte contra aimigrao (xenofobia).

PENA DE MORTE E OUTRAS COISAS

HENRIQUE SUBI em 23/jan/2015

Embora voc j tenha lido sobre este. assunto naspginas anteriores, esta aqui colocada sob outraviso, inclusive com data anterior primeira, logo queaconteceu o caso

Marco Archer foi fuzilado na Indonsia aps 11 anos de

priso, condenado pena capital pelo crime de trfco de

drogas.

Em torno desse fato, muito j se discutiu e aindase discute, principalmente em relao legitimidadeda pena de morte, ao papel do Governo brasileiro nastratativas para evitar a execuo e se Marco Archermerecia ou no morrer. Ao fim e ao cabo, tudo acaba semisturando.

Primeiro, muito importante delimitar quem quenesse cenrio. Marco Archer era traficante, sempre foi.Nunca foi instrutor de asa delta, trabalhador honesto,pagador de impostos, nunca. Traficava pelo dinheiro evida luxuosa que poderia levar e no momento da suapriso carregava cocana suficiente para receber US$3,5milhes caso tivesse sucesso. No estou inventando.

Ele mesmo disse isso em uma entrevista que, por tersido publicada em um blog de tendncias esquerdistas,pouqussima gente leu ou ficou sabendo. o primeirolink do fim do post. Leitura obrigatria para quem querdebater o assunto.

Isso posto, a pena de morte. Sei que o assunto serinevitvel nos comentrios, mas o foco aqui no discutir se somos contra ou a favor. No fundo, umaquesto extremamente pessoal, como o abortamento(s acho estranho algumas pessoas serem a favorde um e contra o outro, mas enfim). O assunto delicado, porque toca na soberania de um pas. A

Indonsia tem suas leis, ao que consta foi garantido odevido processo legal e o direito de defesa ao acusado,que inclusive sabia que naquele pas o trfico punidocom a morte. Bem, sabendo das regras do jogo, aoresolver jog-lo estamos correndo o risco. O resultadono poderia ser outro do ponto de vista jurdico.

Em eterm na os momentos a st r a, am as asideologias assumiram posturas radicais e, nessa posio,tiveram efeitos e atitudes muito parecidas, como ainterferncia direta do Estado na vida da populao,uso de violncia e censura para contra opositores e amanuteno de um mesmo governo ou liderana nopoder.

Ao longo do sculo 20, parte do pensamento deesquerda foi associada a bases ideolgicas comomarxismo, socialismo, anarquismo, desenvolvimentismoe nacionalismo anti-imperialista (que se ope aoimperialismo).

O mesmo perodo viu florescer Estados de ideologiastotalitrias como o nazismo (1933-1945), fascismo(1922-1943), franquismo (1939-1975) e salazarismo(1926-1974), que muitas vezes se apropriaram dediscursos da esquerda e da direita.

Outro tema fundamental para as duas correntes aiso sobre a economia. Os de esquerda pregam uma

economia mais justa e solidria, com maior distribuiode renda. Os de direita seriam associados ao liberalismo,doutrina que na economia pode indicar os que procurammanter a livre iniciativa de mercado e os direitos propriedade particular. Algumas interpretaes defendema total no interveno do governo na economia, areduo de impostos sobre empresas, a extino daregulamentao governamental, entre outros.

Mas isso no significa que um governo de direita nopossa ter uma influncia forte no Estado, como aconteceuna Ditadura. Em regimes no-democrticos, a direita associada a um controle total do Estado.

O termo neoliberalismo surgiu a partir dos anos 1980,associados aos governos de Ronald Reagan e Margareth

hatcher, que devido crise econmica do petrleo,privatizaram muitas empresas pblicas e cortaram gastossociais para atingir um equilbrio fiscal. Era o fim dochamado Estado de Bem-Estar Social e o comeo doEstado Mnimo, com gastos enxutos.

Para a esquerda, o neoliberalismo associado direita e teria como consequncias a privatizao debens comuns e espaos pblicos, a flexibilizao dedireitos conquistados e a desregulao e liberalizaoem nome do livre mercado, o que poderia gerar mais

desigualdades sociais.O liberalismo no significa necessariamente

conservadorismo moral. Na raiz, o adjetivo liberal associado pessoa que tem ideias e uma atitude aberta outolerante, que pode incluir a defensa de liberdades civis edireitos humanos. J o conservador seria aquele com umpensamento tradicional. Na poltica, o conservadorismobusca manter o sistema poltico existente, que seriaoposto ao progressismo.

Direita e esquerda tambm tm a ver com questesmorais. Avanos na legislao em direitos civis e temas

como aborto, casamento gay e legalizao das drogasso vistas como bandeiras da esquerda, com a direitaassumindo a defesa da famlia tradicional. Nos EstadosUnidos, muitos eleitores se identificam com a chamadadireita crist, que defendem a interferncia da religiono Estado.


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ECONOMIA: AUMENTO DA D VIDA P BLICAE BAIXO CRESCIMENTO SO ENTRAVES PARA2015

Andria Martins09/01/2015

Quando o assunto economia brasileira, as previsespara 2015 no soam animadoras. Para especialistas,o perodo visto como um ano difcil. As previses dearrocho fiscal e baixo crescimento contribuem para queo ano que mal comeou seja classificado como o anoperdido.

E quais so os temas ou tpicos --- importantes paraentender melhor as previses econmicas para 2015?Veja abaixo.

DIRETO AO PONTO: FICHA-RESUMO

Contas pblicas

Hoje um dos grandes problemas do Brasil o equilbrio das contas pblicas, ou seja, a diferenaentre as receitas e as despesas do governo federal. Soessas contas nacionais que oferecem indicadores dasade da economia de modo geral.

E como esse equilbrio alcanado? O Estado arrecadadinheiro por meio da cobrana de impostos que incidemsobre a renda, a propriedade, servios e produtos. Existeainda a receita de dividendos oriundos de empresaspblicas ou de alugueis do patrimnio pblico. Jas despesas incluem gastos com obras, previdncia,educao, sade, funcionrios, pagamento da dvida

pblica, entre outros.Quando o governo arrecada mais do que

gasta, significa que houve supervit primrio.Quando as despesas superam as receitas, ouseja, o governo gasta mais do que arrecada, temos umdficit primrio.

Nmeros recentes das contas pblicas do Brasilmostram um pas beira de uma crise fiscal. Segundodados do Tesouro Nacional, o ritmo de crescimento dosgastos do Estado seis vezes maior que o das receitas.

Entre janeiro e novembro de 2014, o governofederal gastou R$ 933,1 bilhes. No mesmo perodo do

ano anterior, o valor foi de R$ 827,7 bilhes. Ou seja,as despesas cresceram 12,72%, enquanto as receitasavanaram apenas 2,8% no mesmo perodo, passando deR$ 890,3 bilhes (2013) para R$ 914,7 bilhes.

A diferena entre as contas (receitas menos despesas,excluindo o pagamento da dvida pblica) foi de R$ 18,3bilhes, o pior resultado de janeiro a novembro desde2001 (incio da srie histrica desse indicador).

Para especialistas esse resultado se deve ao aumentodos gastos do governo nas eleies, s concesses comdesoneraes de tributos e ao baixo crescimento daeconomia que derrubou a arrecadao.

Se por um lado os gastos do governo injetam maisdinheiro na economia, por outro, tambm influenciamna inflao. Um dos mecanismos usados para frearos gastos excessivos de prefeituras, governos estaduaise da Unio a Lei de Responsabilidade Fiscal,sancionada em 2000.

Falando em Direito, o prprio Direito Internacionalaceita a pena de morte. Vejamos o que diz o artigo 4,item 2, da Conveno Americana de Direitos Humanos,conhecida como Pacto de So Jos da Costa Rica:

Nos pases que no houverem abolido a pena de morte,esta s poder ser imposta aos delitos mais graves, em

cumprimento de sentena final de tribunal competentee em conformidade com a lei que estabelea tal pena,promulgada antes de haver o delito sido cometido.Tampouco se estender sua aplicao a delitos aos quaisno se aplique atualmente.

Note que a preocupao do tratado evitar que sejamaumentadas as hipteses de pena de morte. Em nenhumlugar ela est proibida de ser aplicada se prevista em lei.Portanto, gostemos ou no, concordemos ou no, a penade morte legtima para crimes graves.

To legtima que o prprio Brasil a prev naConstituio Federal: sim, temos pena de morte paraalguns crimes praticados em tempo de guerra. Ainda

que s na teoria, soou um pouco hipcrita o grito declemncia de um pas que tem a pena capital prevista nasua Lei Maior e no Cdigo Penal Militar.

E trfico crime grave? Alguns se escoram no fato daIndonsia no prever pena de morte para o homicdio,que seria muito mais grave e demonstraria a barbriedaquele pas. O argumento no bom. Vamos usar nossopas uma vez mais como exemplo: a Constituio Federalafirma, no art. 5, XLIII, que o trfico de drogas crimeinafianvel e insuscetvel de graa ou anistia. Nodiz o mesmo sobre o homicdio. Em 1990, quando foipublicada a Lei n 8.072, que define os crimes hediondos,o homicdio no estava entre eles (foi inserido somente

em 1992, aps intensa campanha de Glria Perez emface do assassinato de sua filha Daniela, atriz globalda poca), mas o trfico estava. Pelo visto, no s aIndonsia que considera a venda ilcita de drogas delito aser punido com maior severidade

Noutro passo, duras crticas foram destinadas a DilmaRousseff e ao Ministrio das Relaes Exteriores porterem tentado evitar a morte do brasileiro. Notadamente,o assunto ganhou vis poltico-partidrio. O pedidode clemncia uma praxe na diplomacia quando umnacional est no corredor da morte de outro pas. , ameu ver, um dever do pas tentar evitar a aplicao depena to severa quando seu cidado, caso estivesse em

casa, receberia sano menor.O que no se justifica o exagero que o Governo

brasileiro fez aps a recusa, quase uma birra infantil:retirar o embaixador brasileiro da Indonsia, envolver opapa Parece que se esqueceram da soberania do pasasitico, parece que se esqueceram que o prprio Brasilno assim solcito em atender pedidos de outros pases(vide o caso Cesare Battisti) Mais ainda, h outrostantos estrangeiros no corredor da morte na Indonsiapelo mesmo crime. Como ficaria a situao do presidentede l caso aceitasse o pedido de Dilma? Teria de libertartodos, obviamente, por conta do princpio da igualdade.E com isso rasgaria as leis de seu pas. No, ele no ia

aceitar mesmoPor fim, se Marco Archer merecia ou no morrer, se

todos merecem uma segunda chance, deixo a discussopara vocs.

Andria Martins


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Juros e n a o

O gasto pblico tambm pressiona a alta dos preosem geral. Com a inflao mais alta, o governo tambsobe a taxa bsica de juros (Selic). A alta dos juros peloBanco Central uma forma de conter o consumo dasfamlias e frear a oferta de crdito pelos bancos.

Apesar disso, os juros altos deixam famliasendividadas em alerta e travam financiamentos dosetor produtivo, o que freia os investimentos que o pasprecisa para voltar a crescer.

Austeridade

Numa situao de crise ou recesso, austeridade ocaminho escolhido por muitos governantes. Durante acrise econmica de 2008, a palavra foi muito ouvida nosdiscursos dos novos ministros europeus que realizarareformas em meio a dficits, desemprego, calotes edvidas, entre outras situaes. A austeridade nada mais do que controlar rigidamente os gastos pblicos.

E para reequilibrar as finanas pblicas, a sada queos governos encontram cortar gastos ou aumentarreceitas (ou as duas coisas ao mesmo tempo). Para termais dinheiro, ele pode aumentar impostos ou contarcom o crescimento da economia do pas.

A carga tributria brasileira j considerada alta.Hoje, quase 36% do PIB so destinados ao pagamentode impostos, que tambm podem vir embutidos no preode bens, produtos e servios (como luz, gua, carro,gasolina, transporte, imveis etc).

Quando a economia cresce pouco, o resultado umaarrecadao de impostos menor do que o esperado.

Quando a economia cresce muito, as receitas avanano mesmo ritmo, impulsionadas pela exportao ouconsumo interno.

O problema que em 2014, a economia do Brasilcresceu cerca de 1%. Alm do crescimento do PIBabaixo do previsto no ltimo ano, o emprego deu sinaisde desgaste, a inflao (em torno de 6,5%) e jurosregistraram altas significativas e os brasileiros nuncaestiveram to endividados.

Levantamento feito pelo Banco Central mostraque 45,88% da renda anual acumulada pelas famliasbrasileiras para o pagamento de dvidas, quase o dobrodo registrado em 2005 (21,47%).

O novo ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim Levy,disse que far um ajuste fiscal e pretende cumprir ameta de supervit primrio de 1,2% do PIB para 2015.Como sem crescimento ser difcil cumprir essa meta, atendncia que haja um maior rigor fiscal nas contaspblicas.

2015, ano perdido tambm em outros pases?

Na Rssia, a palavra presente em todas as previses recesso. O motivo so as sanes econmicasimpostas pelos pases ocidentais e a queda no preo dopetrleo, que tambm deve abalar economias como a

do Equador e Venezuela. Estados Unidos e Reino Unidodevem manter um crescimento estvel, j que esto maisrecuperados da crise de 2008.

Com o Japo em recesso e prevendo um crescimentode 1% em 2015, a China estabeleceu-se como a segundamaior economia do mundo. Ao mesmo tempo, o pas

A Le est pu a o m te m x mo e 49% a rece tacorrente lquida (RCL) nos gastos com o funcionalismopblico. Na prtica, ela tambm ajuda a cumprir asmetas de supervit, pois obriga o governo a economizarpara pagar juros.

Quem estoura o limite mximo fica proibido de

contrair financiamentos, de conseguir garantias de outrasunidades da Federao para linhas de crdito e de obtertransferncias voluntrias.

Devido ao aumento dos gastos pblicos, em dezembrode 2014, o Congresso aprovou um projeto de lei que poupaa gesto de ser responsabilizada por descumprimento daLei de Responsabilidade Fiscal em 2015.

Contas externas

A situao das contas externas ou da balanacomercial pautada pela diferena entre importaoe exportao (matrias-primas, produtos e transaesde comrcio, servios e renda). O dficit ocorre quando

existe diferena no balano de pagamentos em transaescorrentes.

Em relao s contas externas, o Brasil estimportando mais do que exportando. De acordo com oMinistrio do Desenvolvimento, Indstria e ComrcioExterior, em 2014 a importao superou a exportao emUS$ 3,93 bilhes, sendo o primeiro saldo negativo anualdesde 2000.

Segundo especialistas, o saldo negativo devido desvalorizao do preo de commodities (as matrias-primas que o pas exporta, como minrio de ferro e soja),cenrio internacional desfavorvel (como a crise da

rgentina) e ao baixo preo do petrleo.

Dvida pblica

Quando falta dinheiro em caixa, o governo pode seendividar e pegar recursos emprestados de investidorespara honrar compromissos. Em troca, compromete-sea devolver o dinheiro com alguma correo monetria.Para isso, ele costuma emitir ttulos pblicos que soendidos no mercado financeiro.

A dvida bruta do Brasil saltou para 62% do PIB(produto interno bruto, ou seja, a soma de todariqueza produzida pela sociedade). Em dez meses, o

endividamento total aumentou 8,4 pontos percentuais, que, em dezembro de 2013, a dvida representava53,6% de todas as riquezas produzidas pelo pas.

O dinheiro que sobra nas contas do governo depoisde pagar as despesas (exceto juros da dvida pblica) chamado de supervit primrio. esse dinheiro queo governo usa como poupana para pagar os juros dadvida pblica.

Manter as contas pblicas em dia crucial para omercado financeiro internacional. Quanto menor a dvidaem relao ao PIB, mais o pas mostra que um bompagador. Quanto maior a capacidade de pagamento

do Brasil, menor o risco de crdito e as chances deconseguir taxas de juros mais baixas em emprstimos.

A dvida ainda pode aumentar se a cotao do dlarsubir. Quanto mais os encargos da dvida crescerem, piorficar a situao fiscal.


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Inicialmente, vale lembrar do rombo que assombra ascontas de nossa Previdncia Social. O dficit das contas(situao financeira na qual a arrecadao menor do queos gastos) no privilgio nosso: no conheo nenhusistema previdencirio que consiga manter o saldobancrio positivo. Tal situao decorre, dentre outrosfatores, do aumento da expectativa de vida do brasileiro:como estamos vivendo mais, ficamos dependentes doINSS por mais tempo aps nos aposentarmos.

Vem da a necessidade de algumas alteraes nalegislao para tentar equilibrar essas contas. No final dosanos 90, por exemplo, foi criado o Fator Previdencirio,que reduz o valor da aposentadoria proporcionalmente idade do trabalhador: quanto mais jovem ele for nomomento em que pedir o benefcio, menor ele ser. Apenso por morte realmente era um ponto sensvel nessasobrigaes do INSS, na medida em que, at a publicaoda medida provisria, ela no tinha perodo de carncia.

Perodo de carncia o nmero mnimo de

contribuies mensais que o trabalhador deve fazer aoINSS para ter direito a um determinado benefcio, nosmesmos moldes de um plano de sade, por exemplo.A penso por morte no contava com isso: ainda queo trabalhador tivesse pago somente uma contribuiomensal, caso viesse a falecer, sua mulher tinha direito penso no mesmo valor do salrio do marido, limitado aoteto do INSS, pelo resto de sua vida. Notadamente, issogerava algumas distores nas finanas pblicas e essamudana me parece bem-vinda.

As outras, todavia, so mais polmicas. Pelas regrasnovas, quanto mais jovem a viva ou o vivo, menor sero valor da penso e menor o tempo pelo qual ela ser

paga. Aqui no consigo ver razo na medida aplicadapelo Governo. A uma porque o valor dos benefciosprevidencirios, dentro de nosso sistema, deve serproporcional ao valor pago a ttulo de contribuio parao INSS. Quebrar essa lgica permite ao Governo, de certamaneira, se apropriar de valores de tributos pagos pelotrabalhador que no voltaro em seu benefcio.

Alm disso, tentar equilibrar os gastos cortandodaquilo que volta para a populao parece um tantotipicamente brasileiro, quando totalmente vivel, emuito necessrio, que o Governo Federal corte custos dosincontveis ministrios, secretarias e cargos em comissoque proliferam descontroladamente. H que se destacar,

tambm, que se deixasse de existir a DRU (Desvinculaodas Receitas da Unio medida que permite ao GovernoFederal utilizar 20% de tudo que arrecada livremente,independentemente das razes que o levaram a recebero dinheiro, inclusive as contribuies dos trabalhadoresque deveriam ser utilizadas para pagamento debenefcios) a Previdncia Social conseguiria pagar todosos benefcios e sem precisar de novos aportes financeiros.Em outras palavras, se o Governo parasse de pegar odinheiro do INSS para gastar em outras coisas, noprecisaria diminuir o valor de benefcios. A informao do Tribunal de Contas da Unio TCU.

Com todos esses holofotes sobre a Previdncia, sobrou

at para o auxlio-recluso. H uma fortssima campanhanas redes sociais para sua extino, transmitindo ainformao errnea de que o preso recebe benefcio.No isso. Primeiro, o sistema previdencirio brasileiro contributivo: s tem acesso a benefcios quem contribuipara o INSS. Logo, para comear a falar de auxlio-

asitico mudou seu modelo de crescimento, antesvoltado exclusivamente para as exportaes. Hoje, ele japresenta um melhor equilbrio das vendas externas e oconsumo interno. Mas a previso de que a China tenhaum crescimento sustentvel neste ano.

Na Europa, os pases da Unio Europeia (UE) tentam

manter o bloco unido. Se em 2014 a zona do euroconseguiu evitar a recesso, para 2015 a expectativa crescer apenas 1,1% e evitar a deflao (quando apopulao para de consumir espera de preos maisbaixos, levando quebra de empresas e ao desemprego).

No entanto, para esses pases, a instabilidade polticatambm influencia a economia. Em janeiro, as eleiesantecipadas na Grcia vo definir se o pas seguir ouno no bloco.

Mas importante lembrar que a difcil situaoeconmica que muitos pases vo enfrentar em 2015no significa que viveremos um novo momento de criseeconmica em grande escala.

A ltima grande crise mundial aconteceu em 2008,com o colapso do sistema financeiro norte-americano.Foi considerada a pior crise do capitalismo desde aGrande Depresso, em 1929. Antes, nas dcadas de 1970e 1980, o preo elevado do petrleo produziu crisesglobais. A ltima vez que o Brasil entrou em recesso foiem 2009, quando o pas tentava driblar os efeitos da crisefinanceira mundial.

DIRETO AO PONTO

2015 ser um ano difcil para a economia, segundoespecialistas. As previses de arrocho fiscal e baixocrescimento para o Brasil contribuem para que o ano jseja classificado como o ano perdido.

No resto do mundo, embora os EUA retomem seucrescimento, outros pases tero pela frente um perodode recesso, como a Rssia, e de crescimento abaixodo esperado, como China, Japo e economias latino-americanas.

No entanto, isto no significa dizer que teremos em2015 um ano de crise mundial. Para entender o quevem pela frente, fundamental compreender temascomo equilbrio nas contas pblicas, austeridade, juros einflao e o papel da dvida pblica na organizao dasfinanas do governo.

Andria Martins

GEOPOLTICA NACIONAL

O SISTEMA PREVIDENCIRIO BRASILEIRO

HENRIQUE SUBIem 8/jan/2015

E 2015 comeou comuma grande polmica: apresidente Dilma Rousseffeditou uma MedidaProvisria no apagar dasluzes do ano velho, mudando

radicalmente as regras dapenso por morte, o benefcioque o INSS paga para a famlia do trabalhador falecido.Isso acendeu um grande debate em torno do prpriosistema previdencirio brasileiro, do qual vale a penaconhecer alguns detalhes.


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O que az a D namarca um pa s menos corrupto? Nodocumento, o pas citado como uma nao que tem umforte Estado de Direito, apoio sociedade civil e regrasclaras de conduta para as pessoas que ocupam cargospblicos. O relatrio menciona o exemplo dado pelo pasde criar um registro pblico com informaes sobre osproprietrios de todas as companhias dinamarquesas,

iniciativa criada pela ONG norte-americana GlobalFinancial Integrity para o combate lavagem de dinheiro, sonegao de impostos e corrupo. At agora, apenasReino Unido e Dinamarca aderiram campanha.

O ambiente social do pas tambm colabora. O professordinamarqus Gert Tingaard Svendsen, especialista emcorrupo, publicou este ano o livro Trust, onde mostracomo na Dinamarca a confiana social alta. Segundoele, quando as pessoas confiam umas nas outras e nasinstituies, h maior cooperao, a burocracia menore os investimentos em segurana so reduzidos.

O professor fez uma pesquisa em 2005, em 86 pases,

perguntando s pessoas se elas confiavam nas outras. NaDinamarca, 78% (trs em cada quatro pessoas) disseramque sim. O Brasil aparece no final da lista: apenas 10%dos entrevistados (uma em cada 20 pessoas) disseramque confiam nas outras.

Alm dos baixos ndices de corrupo, Dinamarca,Finlndia, Noruega, Sucia tm outra coisa em comum:investem alto em educao. Um levantamento feito pelaFolha, no final de 2013, apontou que existe sim umarelao entre corrupo e educao.

O estudo cruzou dados do ndice de Percepo daCorrupo e do Pisa, exame internacional que avaliaestudantes de 15 e 16 anos em matemtica, leitura

e cincias. Os dados mostraram que os pases menoscorruptos esto no topo da lista. O Brasil ficou em 58na avaliao do Pisa e, em 2013, ocupava o 72 lugar noranking de corrupo.

Brasil e a corrupo na poltica

No Brasil, boa parte da percepo de que somosum pas corrupto se deve aos sucessivos escndalospolticos de desvios de dinheiro pblico e impunidadedos envolvidos na maioria dos casos. Da surge outramxima do senso comum: a de que o poder corrompe.

A frequncia de denncias e a falta de punies criouuma imagem de que a poltica aqui , necessariamente,corrupta. Para estudiosos, essa noo equivocadae contribui para que a corrupo seja aceita de formaquase natural, ou seja, se voc foi eleito para um cargopblico, j se espera que voc no seja honesto.

Entre as prticas de corrupo mais comuns na polticaesto o nepotismo(quando o governante elege algumparente para ocupar um cargo pblico), clientelismo(compra de votos), peculato (desvio de dinheiro oubens pblicos para uso prprio), caixa dois(acmulode recursos financeiros no contabilizados), trfico deinfluncia, uso de laranjas(empresas ou pessoasque servem de fachada para negcios e atividadesilegais), fraudes em obras e licitaes, venda desentenas, improbidade administrativa eenriquecimento ilcito.

Para muitos, a corrupo um fator moral e cultural.Como descreveu o antroplogo Srgio Buarque Holandano livro Razes do Brasil (1936), o brasileiro (segundo

rec us o, temos que cons erar que um tra a a or querecolhe suas contribuies previdencirias regularmenteque foi preso. Segundo, o benefcio no para ele, maspara sua famlia. Ora, se a pessoa trabalhava antes deser presa, de se supor que seu salrio sustentava, aomenos em parte, sua famlia, que se ver desamparadaenquanto o contribuinte estiver recolhido. E bradam

os mais fervorosos: e a famlia da vtima? Ela tem apossibilidade de exigir indenizao do criminoso pormeio do Poder Judicirio. Uma coisa no anula a outra.

Andria Martins e Carolina Cunha

CORRUPO: UMA QUESTO CULTURAL OUFALTA DE CONTROLE?

Andreia Martins12/12/20140

Suborno, propina, carteirada, rouba, mas faz.Casos como Mensalo e Operao Lava Jato estampandomanchetes de jornal. Quem j no escutou algum dizerque no Brasil a corrupo algo natural? Muito se falaque ela faz parte de quem somos. No entanto, a corrupo fenmeno inerente a qualquer forma de governo,seja democrtico ou desptico, em pases ricos ou emdesenvolvimento. Ento o que nos faz acreditar que aprtica uma caracterstica brasileira, parte do modo deviver que ns chamamos de jeitinho brasileiro?

Bem, primeiro vamos entender o que corrupo. Apalavra corrupo vem do latimcorruptus, que significaquebrado em pedaos. Na repblica romana, ela se referia corrupo de costumes. No mundo contemporneo, sua

prtica pode ser definida como utilizao do poder, cargopblico ou autoridade tambm chamada de trfico deinfluncia -- para obter vantagens e fazer uso do dinheiropblico ilegalmente em benefcio prprio ou de pessoasprximas.

DIRETO AO PONTO: FICHA-RESUMO

Engana-se quem acha que a prtica ganha essanomenclatura apenas quando falamos de grandescorporaes ou rgos pblicos. A corrupo privada estpresente em atitudes do nosso dia a dia, como desviardinheiro do condomnio, burlar um imposto, pagar umvalor extra para ter um servio feito antes do tempo legal,

subornar um guarda de trnsito para evitar uma multaou pagar por um lugar melhor na fila do restaurante.

No ltimo ranking da corrupo, organizado pelaTransparncia Internacional e divulgado em dezembrode 2014, o Brasil aparece na 69 posio entre 175pases. O ranking mede o ndice de percepo dacorrupo. Para calcular a nota que define a posio, evai de 100 (menos corrupto) a zero (mais corrupto), aONG pergunta a entidades da sociedade civil, agnciasde risco, empresrios e investidores qual a perceposobre a transparncia do poder pblico.

O Brasil aparece atrs de pases como Uruguai e Chile

(ambos no 21 lugar), Botsuana (31) e Cabo Verde(42). A Dinamarca manteve o primeiro lugar no rankingcom nota 92, seguida da Nova Zelndia (91); Finlndia(89), Sucia (87) e Noruega (86). Na outra ponta databela, Somlia e Coreia do Norte aparecem em ltimo,com oito pontos.


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Sucia, por exemplo, a lei de acesso informao existeh 200 anos, j sendo parte da rotina dos cidados, quem

veem na lei uma aliada no combate corrupo.

E mesmo com esses diversos mecanismos, so muitosos casos em que as brechas na Justia e legislaopermitem que polticos e empresas envolvidos em

escndalos no sejam punidos ou cumpram curto perodona priso, recebam benefcios em troca de informaese no sejam banidos da vida pblica. Da surge outrafamosa expresso: o Brasil o pas da impunidade.

Embora muito se fale que hoje a corrupo noBrasil mais denunciada do que antigamente, sema correta punio dos envolvidos como se de nadaadiantasse tomar conhecimento das ilegalidades. Sehoje denunciamos mais, talvez seja hora de avanar paratempos onde tambm se puna mais.

DIRETO AO PONTO

Suborno, propina, carteirada, rouba, mas faz e

o jeitinho brasileiro. Quem j no escutou algumdizer que no Brasil a corrupo algo natural? Muitose fala que ela faz parte de quem somos. No entanto,a corrupo fenmeno inerente a qualquer forma degoverno, seja democrtico ou desptico, em pases ricosou em desenvolvimento.

No ltimo ranking da corrupo, organizado pelaTransparncia Internacional e divulgado em dezembro de2014, o Brasil aparece na 69 posio entre 175 pases. Oranking mede o ndice de percepo da corrupo.

A corrupo envolve fatores morais, ausncia demedidas punitivas ou do cumprimento delas e, nocaso do Brasil, de certa forma trata-se de uma questocultural. Como descreveu o antroplogo Srgio BuarqueHolanda no livroRazes do Brasil(1936), o brasileiro teriadesenvolvido uma histrica propenso informalidade, oque se refletiria nas suas relaes com outros indivduos,instituies, leis e a poltica.

Hoje, para acompanhar mais de perto os gastosna administrao pblica, o Estado possui diversasinstituies de controle e fiscalizao da atividadegovernamental. No entanto, no Brasil ainda denunciamosmais do que punimos os envolvidos em escndalos decorrupo.

Andreia Martins

PARTICIPAO SOCIAL: BRASIL AINDA EN-FRENTA OBSTCULOS PARA A DEMOCRATIZA-O DA GESTO PBLICA

Andria Martins

28/11/2014

Logo aps a reeleio da presidenta Dilma Rousseff(PT), o Congresso aprovou um projeto que veta o decreto8.243/2014 proposto pela prpria petista e que criavanovas instncias de participao popular por meio dainstituio da Poltica Nacional de Participao Social

(PNPS).Segundo o texto, o objetivo consolidar a participao

social como mtodo de governo e, para isso, sugereque rgos governamentais e agncias reguladoras e des

atualidades-2015-pmsp

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