auditoria de investimento - outros investimentos
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ÍNDICE
Introdução........................................................................................................................................3
1.Metodologia..................................................................................................................................3
2.Auditoria de Investimento............................................................................................................4
2.1.Conceito de Investimento..........................................................................................................4
3.Outros Investimentos....................................................................................................................4
4.Derivativos....................................................................................................................................7
4.1.Tipos de derivativos...................................................................................................................8
5.Títulos públicos..........................................................................................................................10
6.Acções cotadas em bolsas de valores.........................................................................................10
6.1.Acções......................................................................................................................................10
6.2.Tipos de acções........................................................................................................................11
6.2.1.Acções ordinárias..................................................................................................................11
6.2.2.Acções preferenciais.............................................................................................................11
6.3.Negociação de acções..............................................................................................................12
6.4.Como as acções chegam nas bolsas de valores.......................................................................13
6.5.Como comprar acções?............................................................................................................13
7.Fundos de Acções.......................................................................................................................14
7.1.Tipos de fundos de acções.......................................................................................................15
Conclusão......................................................................................................................................16
Bibliografia....................................................................................................................................17
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como o tema Auditoria de investimento, mas concretamente
sobre ‘’outros investimentos’’. Na verdade este trabalho tem como propósito o acompanhamento
das directrizes em Auditoria Financeira. Por outro lado, permite a qualquer interessado nos
conceitos e técnicas relacionados com a implementação e desenvolvimento sobre auditoria de
investimento, porque é um tema fiável e de acesso célere a um conjunto de metodologias a
considerar na definição deste tipo de casos. Assim, pretende fornecer uma visão abrangente dos
objectivos, dificuldades e valências inerentes à aplicação de uma ferramenta administrativa e
financeira de primordial importância na gestão empresarial moderna. Em síntese, este trabalho de
Auditoria Financeira permite uma introdução simples aos conceitos e técnicas fundamentais para
o exercício da profissão de auditor no que concerne a auditoria de investimentos.
1.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um
processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente
constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais
amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
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2.Auditoria de Investimento
2.1.Conceito de Investimento
De uma forma geral, investimento podem ser entendido como toda e qualquer aplicação de
recursos em activos cujas fontes são representadas pelo passivo ou património líquido. Estes
investimentos são classificados de acordo com a sua natureza e a intenção. Investimentos
representados por activos que têm como objectivo a manutenção do ciclo operacional da empresa
e sejam efectuados em carácter temporário são classificados no activo circulante ou realizável a
longo prazo. Os activos que têm por objectivo a manutenção das actividades operacionais da
empresa e sejam efectuados em carácter permanente são classificados no activo permanente.
3.Outros Investimentos
As entidades, como parte de sua política, aplicam recursos com vários objectivos, de: Estabelecer
relações satisfatórias com outras entidades; Estender as operações por meio da criação de novas
empresas; Diversificar as operações por meio da formação de novas companhias. Essas
aplicações normalmente se dividem em dois grandes grupos, que são os seguintes: Participação
no capital social de outras entidades; Outros investimentos (propriedades para investimentos). Na
verdade, os investimentos passaram a fazer parte dos activos não circulantes, deixando de existir
o grupo de activos permanentes.
No caso de outros investimentos, se valores registados nesse título representam investimentos
não relacionados com aplicações financeiras ou participações no capital social de outras
entidades. Os outros investimentos poderiam ser exemplificados da seguinte forma:
Apartamentos (para futura venda, aluguel, etc.);
Terrenos;
Obras de arte;
Pedras preciosas, ouro;
Derivativos
Títulos públicos
Acções cotas em bolsas de valores
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Fundo de acções
Esses investimentos são classificados no balanço patrimonial do seguinte modo:
No grupo de valores e bens do activo circulante, caso a intenção da entidade seja de
aliená-los até o término do exercício social seguinte;
No grupo de valores e bens do activo realizável a longo prazo, caso a intenção da
entidade seja vendê-los após o fim do exercício social seguinte;
No grupo de investimentos se a entidade não tiver intenção de aliená-los ou vendê-los.
No activo circulante ou realizável a longo prazo essas aplicações são avaliadas ao custo ou valor
de mercado, o que for menor, No grupo de investimentos essas aplicações são avaliadas ao custo
corrigido monetariamente, deduzido de provisão, para perdas prováveis na realização do seu
valor, quando a perda estiver comprovada como permanente e que não será modificada em razão
de recebimento sem custo para a companhia, de acções ou quotas bonificadas.
Investimentos
No grupo Investimentos são classificadas as participações, aplicações financeiras e outros
investimentos de carácter permanente, com o objectivo de gerar rendimentos para a empresa de
forma que esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das actividades normais da
companhia. Segundo as normas de auditoria, as contas do grupo Investimentos serão
classificadas da seguinte forma: Assim, os outros investimentos são os demais investimentos não
relacionados com aplicações e participações. Segue abaixo algumas contas que fazem parte deste
grupo:
Obras de arte:
Contudo, as obras de arte existentes na empresa são um tipo de investimento, sendo elas
desvinculadas da actividade principal da empresa. Para que uma obra de arte seja classificada
como investimento, a empresa não deve ter a intenção de vendê-la. Ex: Compra de obras de
arte por uma empresa que fabrica parafusos (não faz parte de nada relativo à actividade da
empresa).
OBS. Poderá haver na empresa outros tipos de investimentos, como por exemplo antiguidades
(quadros, cerâmicas, louças, estatuetas, antiguidades em ouro e prata, etc.). Todos estes
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investimentos poderão, em um futuro ainda não previsto, gerar renda caso a empresa opte por
colocá-los a venda. Caso a empresa venha a ter intenção de vender algum bem ou direito não
relacionado a actividade da empresa e saiba quando pretende colocá-lo a venda (no curto ou
longo prazo), deverá classificar o bem no Activo circulante (se for no curto prazo) ou
no Realizável a longo prazo (se for no longo prazo), não sendo mais classificado no
grupo Investimentos.
Investimento em ouro:
Uma forma de investimento (aplicação) que tem por objectivo gerar lucro para a empresa.
Propriedades para investimento:
Também conhecido como bens de renda, são usadas como forma de gerar renda (lucro) para a
empresa, sendo propriedades que não são utilizadas para o desenvolvimento de actividades da
própria companhia. Ex: Imóveis alugados a terceiros, terrenos alugados e edificações alugadas.
Terrenos e imóveis para futura utilização:
São bens que a empresa tem mas não usa e também não coloca como geradores de renda. No
futuro, essas terras e imóveis poderão servir para expansão da empresa ou para abrigar parte das
suas actividades. Ex. Terrenos para expansão. Assim, quando for decidido que serão usados
para este devido fim, deverão ser classificados no Activo Imobilizado, pois serão de uso para as
actividades da empresa.
Participações societárias:
São participações (investimentos) em outras sociedades (coligadas e controladas) que não são
destinadas à venda. A empresa não deve ter a intenção de se desfazer destes investimentos em
um horizonte previsível. Ou seja, são participações em outras empresas obtidas com o objectivo
de mantê-las em carácter permanente para se obter o controlo societário ou por interesses
económicos, como por exemplo, fonte permanente de renda. Se a empresa comprar a
participação esperando sua valorização para vendê-la, ela deve ser registada no Realizável a
longo prazo. São elas: Investimentos em Coligadas: uma sociedade é considerada Coligada
quando a empresa investidora possui influência significativa na administração dela mas não a
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controla. A lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela prevê que toda participação acima
de 20% é significativa o suficiente para ser considerada uma Coligada.
OBS. Percentuais menores de participação podem levar uma sociedade a ser considerada
coligada, bastando que a empresa detenha ou exerça o poder de participação nas decisões das
políticas financeiras ou operacionais da investida, sem controlá-la.
Investimentos em Controladas:
Quando a empresa investidora controla uma companhia na qual ela participa, esta é chamada de
Controlada. Ou seja, é uma sociedade controladora aquela que, directa ou indirectamente, for
titular dos direitos accionarias que assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais, bem como o poder de eleger a maioria dos administradores (conselho de
administração e directores), tomando as principais decisões na vida da empresa (este poder fica
assegurado quando a empresa investidora possui mais de 50% do capital votante da investida.
OBS. Se todas as acções de uma empresa pertencerem a outra, ela não é apenas controlada. Ela
passa a ser uma subsidiária integral (empresa cujo capital pertence unicamente a uma outra
empresa).
Participações em outras empresas:
São acções/cotas em outras empresas que não sejam coligadas e controladas. Dessa forma,
quando a empresa compra essas acções, ela passa a fazer parte do quadro de accionistas da
empresa em questão. Ou seja, possuir acções de uma empresa é o mesmo que possuir um pedaço
dela. Em tese, você é dono de uma fracção de cada prédio, automóvel e qualquer outro bem da
empresa. E quanto mais acções possuir, maior é sua parcela.
4.Derivativos
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado
com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro activo (Ex.
uma acção), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou
qualquer outra variável dotada de significado económico. Derivativos recebem esta denominação
porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro activo, denominado activo-objecto.
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No início do desenvolvimento dos mercados financeiros, os derivativos foram criados como
forma de proteger os agentes económicos (produtores ou comerciantes) contra oos
riscos decorrentes de flutuações de preços, durante períodos de escassez e superprodução do
produto negociado, por exemplo.
Actualmente, no entanto, a ideia básica dos agentes económicos, ao operar com derivativos, é
obter um ganho financeiro nas operações de forma a compensar perdas em outras actividades
económicas. Desvalorização cambial e variações bruscas nas taxas de juros são exemplos de
situações que já ocorreram na economia, nas quais os prejuízos foram reduzidos ou até se
transformaram em ganhos para os agentes económicos que protegeram os seus investimentos
realizando operações com derivativos.
Entre os derivativos mais populares encontram-se as opções e, sobre estas, existem diversos
modelos teóricos de valorização. Dentre estes modelos, um dos mais difundidos é o Modelo de
Black & Scholes, publicado por Robert C. Merton e denominado em honra a Fischer
Black e Myron Scholes, cuja formulação rendeu o Nobel de Economia aos seus autores, Merton
e Scholes (Black já tinha falecido quando o prêmio foi dado). Os mercados futuros e
de opções são extremamente importantes no mercado financeiro. Utilizados
por hedgers, especuladores e arbitradores, a sua formação de preços deriva de mercadorias e
de activos financeiros. Os derivativos actualmente ocupam 20 vezes o espaço da economia
mundial.
4.1.Tipos de derivativos
Os principais tipos de contrato derivativo são:
A termo - comprador e vendedor se comprometem a comprar ou vender, em data futura,
certa quantidade de um bem (mercadoria ou activo financeiro), a um preço fixado na
própria data da celebração do contrato. Os contratos a termo somente são liquidados
integralmente na data de vencimento, podendo ser negociados em bolsa e no mercado de
balcão.
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Futuros - contratos em que se estabelece a compra e venda de um activo a um dado
preço, numa data futura. O comprador ou vendedor se compromete a comprar ou vender
certa quantidade de um activo por um preço estipulado, numa data futura. No mercado
futuro, os compromissos são ajustados diariamente às expectativas do mercado referentes
ao preço futuro do bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e
ganhos). Os contraltos futuros são negociados somente em bolsas.
De opção - contratos que dão a compradores ou vendedores o direito, mas não a
obrigação, de comprar ou vender o activo relacionado, em um data futura (data do
vencimento da opção), por um preço preestabelecido (o preço de exercício da opção). Tal
como num contrato de seguro, o comprador deve pagar um prémio ao vendedor.
Diferentemente dos futuros, o detentor de uma opção de compra (call option) ou de
venda (put option) não é obrigado a exercer o seu direito de compra ou venda. Opções do
tipo americano podem ser exercidas a qualquer momento, até a data de vencimento;
opções do tipo europeu só podem ser exercidas na data de vencimento do contrato. Caso
não exerça seu direito, o comprador perde também o valor do prémio pago ao vendedor.
Swaps - contratos que determinam um fluxo de pagamentos entre as partes contratantes,
em diversas datas futuras. Negocia-se a troca do índice de rentabilidade entre dois
activos. Por exemplo: a empresa exportadora A tem uma dívida cujo valor é corrigido
pela inflação e prevê que terá dólares em caixa. Portanto, ela pode preferir que sua dívida
seja actualizada pela cotação do dólar. Já a empresa B, que só vende no mercado interno,
tem um contrato reajustado em dólar, e pode preferir usar outro indexador, tal como a
taxa de juros. Então, A e B, interessadas em trocar seus respectivos riscos, poderiam
firmar um contrato de swap (directamente ou mediante a intermediação de uma
instituição financeira). O swap, no entanto, implica um certo risco. Variações inesperadas
nos indexadores das dívidas podem eventualmente prejudicar um dos signatários,
prejudicando o outro.4 Tal como a operação a termo, a operação de swap é liquidada
integralmente no vencimento.
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5.Títulos públicos
As emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional é uma das formas utilizadas para a
captação de recursos para financiar actividades do governo federal, tais como
educação, saúde e infra-estrutura. Os títulos públicos são uma opção de investimento para
a sociedade e representam a dívida mobiliária da União. A emissão também pode ser realizada
pelo Banco Central do Brasil, mas esta actividade está suspensa para este desde 2002, podendo
retornar a qualquer momento.
Anteriormente, as pessoas físicas compravam títulos públicos apenas indirectamente, através da
aquisição de cotas de fundos de investimento. Os recursos provenientes das aplicações em
fundos de investimento são utilizandário (negociações com outros agentes). A partir da
implantação do Tesouro Directo, os poupadores ganham uma forma alternativa de aplicação dos
seus recursos com rentabilidade e segurança, sem a necessidade de intermediação financeira nas
negociações. Além disso, os investidores se beneficiam de poder administrar directamente seus
próprios recursos adequando os prazos e indexadores dos títulos aos seus interesses.
Os títulos públicos são resgatados em data predeterminada por um valor específico, actualizado
ou não por indicadores de mercado, como, por exemplo, índices de preços. Outra opção é a
venda antecipada ao Tesouro Directo nas recompras semanais, pelo preço de mercado vigente. A
venda de títulos públicos no Brasil pode ser realizada por meio de três modalidades:
Oferta pública com a realização de leilão;
Oferta pública sem a realização de leilão (Tesouro Directo);
Emissões directas para atender a necessidades específicas determinadas em lei.
6.Acções cotadas em bolsas de valores
6.1.Acções
Acções também chamadas simplesmente de "papéis", são as parcelas que compõem o capital
social de uma empresa, ou seja, são as unidades de títulos emitidas por sociedades anónimas.
Quando as acções são emitidas por companhias abertas ou assemelhadas, são negociados
em bolsa de valores ou no mercado de balcão. As acções representam a menor fracção do capital
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social de uma empresa, ou seja, é o resultado da divisão do capital social em partes iguais, sendo
o capital social o investimento dos donos na empresa, ou seja, o património da empresa, esse
dinheiro compra máquinas, paga funcionários etc. O capital social, assim, é a própria empresa.
Como a negociação é diária e electrónica, o preço das acções flutua: se há muitos compradores, o
preço tende a subir; do contrário, ou seja, quando há muitos investidores vendendo essas acções,
o preço cai, é a lei da oferta e da procura.
Como especulador, mesmo com pouco dinheiro, pode fazer bons negócios comprando
e vendendo acções de empresas. Como investidor, torna-se sócio da empresa da qual adquiriu
acções, com os poderes a ele atribuídos limitados pelo tipo de acção que comprou e também pela
quantidade de acções que possui.
6.2.Tipos de acções
Acções ordinárias
Acções preferenciais
6.2.1.Acções ordinárias
Acções ordinárias, também conhecidas como acções ON (Ordinárias nominativas), são aquelas
que dão direito à voto nas assembleias. Cada acção dá direito a um voto. Ou seja, como vimos no
início deste guia, se você possui acções ON de uma empresa, então em tese você tem o direito de
participar da definição dos rumos do negócio. Além disso, por lei, os possuidores de acções ON
têm direito de vender suas acções por pelo menos 80% do valor pago por um possível comprador
da empresa ao seu controlador actual.
6.2.2.Acções preferenciais
Acções preferenciais, também conhecidas como acções PN (preferenciais Nominativas), não dão
direito à voto nas assembleias da empresa ou, pelo menos, restringem este direito de alguma
forma. Por outro lado, investidores possuidores de acções PN têm preferência no recebimento de
dividendos e/ou outros proventos distribuídos pela empresa. Em caso de liquidação (fechamento)
da empresa, investidores possuidores das acções PN têm também preferência na repartição do
património.
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6.3.Negociação de acções
Como é sabido que, uma empresa de capital fechado tem suas acções em poder de um grupo
relativamente pequeno de sócios. De todo modo, estes investidores são livres para negociar suas
acções (sujeitos apenas a alguns procedimentos da Lei ou estatuto da empresa).
Assim, um investidor que queira comprar acções para investir em empresas teria muito trabalho
para visitar várias empresas e encontrar sócios dispostos a vender suas acções. Além disso, este
investidor deveria estar preparado para grandes investimentos, porque operações deste tipo são
custosas e, normalmente, envolvem grandes quantidades de acções e, consequentemente,
dinheiro.
E por falta de forças de oferta e procura, que definiriam, em tese, um preço justo para as acções
da empresa, o investidor estaria sujeito ao preço que o vendedor das acções achasse que elas
valem. Pior ainda: caso este investidor tenha adquirido acções desta forma e, em um determinado
momento, precisasse de dinheiro e decidisse vendê-las, ele teria uma grande dificuldade em
encontrar compradores. Afinal, ele teria que sair de porta em porta em busca de alguém com
capacidade financeira e disposto a ficar com suas acções.
Em mercados de acções, comprar e vender acções se torna uma tarefa muito mais simples e
barata, por diversos motivos:
É muito mais fácil um comprador encontrar um vendedor de acções que quer negociar,
vice-versa. Isso trás liquidez às acções, que é a medida de quão fácil é comprar ou vender
determinado activo.
Nos mercados de acções se encontram investidores de todos os tipos e tamanhos. Ou seja,
grandes investidores operam no mesmo ambiente que os pequenos, o que permite que as
acções sejam negociadas em quantidades que atendam a ambas as necessidades.
Lucros ou prejuízos de empresas, a conjuntura económica e o interesse dos investidores,
entre vários outros factores, fazem com que compradores e vendedores tenham interesses
e expectativas diversas em relação as acções e outros investimentos. Isso faz com que os
preços se equilibrem devido às forças de oferta e procura.
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6.4.Como as acções chegam nas bolsas de valores
Negociar acções em um mercado não é tão simples como entrar no salão de negociação da bolsa
de valores e dizer que você possui X acções de uma empresa de capital fechado para vender.
Para uma empresa de capital fechado ter suas acções negociadas em bolsa, ela deve atender a
algumas exigências e seguir uma série de passos determinado pela autoridade reguladora.
Todo o processo é chamado de abertura de capital e o início de negociação das acções da
empresa na bolsa é chamada de IPO (do inglês, Initial Public Offering, que quer dizer Oferta
pública inicial). Um lançamento de novas acções na bolsa, ou IPO, pode ser primária ou
secundária. Ofertas primárias são aquelas em que a empresa oferece ao mercado acções que
estão em tesouraria e de sua propriedade. Neste caso, o dinheiro levantado na IPO é revertido
integralmente para a empresa. Ofertas secundárias, por outro lado, contêm acções de posse de
sócios da companhia. Os valores levantados em ofertas secundárias vão directo para o bolso dos
sócios vendedores.
Em geral, o mercado valoriza mais as ofertas primárias, pois o dinheiro levantado vai empresa,
que pode usá-lo para investir em seu crescimento. Porém, uma vez no mercado, não há qualquer
diferença entre as acções lançadas em ofertas primárias ou secundárias. As acções podem ser
negociadas livremente. Investidores fazem a negociação através de corretoras de valores,
enviando ordens de compra e venda das acções de seu interesse.
6.5.Como comprar acções?
Como vimos em Como as Acções Chegam aos Mercados de Acções, para comprar acções
directamente você precisa estar cadastrado em uma corretora de valores que lhe dará orientações
sobre a melhor forma de você fazer a compra de acções, seja através do envio de ordens via
home-broker ( ferramenta de negociação on-line que permite a compra e venda de acções na
Bolsa de Valores directamente pela internet) ou de outras formas.
A vantagem de comprar acções directamente é que você pode decidir em quais empresas investir
e o momento certo de entrar e sair de posições (investimentos).
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Por outro lado, investir directamente requer algum conhecimento do mercado e dedicação no
acompanhamento dos activos. Dependendo do seu horizonte de investimento, isto é, se você
objectiva ganhos a curto, médio ou longo prazo, mais ou menos dedicação são necessárias. Por
exemplo, um investidor de curto prazo deve monitorar suas posições diariamente para decidir o
momento certo de comprar ou vender determinadas acções. Investidores profissionais com
objectivos de curtíssimo prazo se aproveitam de pequenas valorizações de uma acção e operam
comprando e vendendo esta acção no mesmo dia, em uma operação conhecida como day trade
(compra e venda no mesmo dia).
Operações day trade tiram proveito de pequenas variações de preço das acções e, por isso,
requerem timing apurado por parte do investidor. Isso significa que para fazer day
trades virtualmente fica-se o tempo todo acompanhando as cotações, esperando o momento certo
de entrar ou sair de uma posição (compra ou venda). Já se seu objectivo é de longo prazo, uma
revisão quinzenal ou mensal de sua carteira de acções é suficiente.
Uns dos princípios do mercado de acções e que, a longo prazo, salvo casos fortuitos, todos os
activos tendem a se valorizar. Assim, se você compra acções objectivando ganhos em 10 ou 15
anos (uma estratégia normalmente conhecida como buy and hold— comprar e segurar, em
português), você certamente não precisará acompanhar (nem sofrer com!) o movimento diário de
sobe-desce da bolsa.
7.Fundos de Acções
A categoria Fundo de Acções compõe o objecto deste trabalho. Conforme classificação da bolsa
de valores, os Fundos de Acções estão obrigados a investir, no mínimo, 67% da carteira em
acções à vista, bónus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de acções, cotas de
fundos de acções, ou cotas dos fundos de índice de acções. Assim, a categoria caracteriza-se por
investir maioritariamente em activos de renda variável.
7.1.Tipos de fundos de acções
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Fundos de Acções Indexado: Este tipo de fundo tem como objectivo de investimento,
acompanhar o comportamento da bolsa de valores, e não admite alavancagem.
Fundos de Acções Activo: Este tipo de fundo tem como objectivo superar o desempenho da
bolsa de valores, e para isso admite alavancagem.
Fundos de Acções IBrX Indexado: Este tipo de fundo tem como objectivo de investimento
acompanhar o comportamento dos índices IBrX (índice de preços que mede o retorno de uma
carteira teórica composta por 100 acções seleccionadas entre as mais negociadas na bolsa de
valores).
Fundos de Acções IBrX Activo: Este tipo de fundo tem como objectivo superar o desempenho
dos índices IBrX ou IBrX.
Fundos de Acções Sectoriais: Estes fundos têm a sua política de investimento voltada a um
mesmo sector da economia, ou seja, aplicam seus recursos em acções de empresas pertencentes a
um mesmo sector económico. Entre os Fundos de Acções Sectoriais encontram-se os Sectoriais
Telecomunicações, Sectoriais Energia, Sectoriais Livre, Sectoriais Privatização.
Fundos de Acções Small Caps: É características deste tipo de fundo o investimento, de no
mínimo, 90% da carteira de activos em acções de empresas que não estejam incluídas entre as 25
maiores participações do IBrX, o que significa investimento em empresas com baixa e média
capitalização de mercado.
Fundos de Acções Dividendos: Este tipo de fundo de acções investe somente em acções de
empresas que apresentem histórico de dividendo yield (Rendimento) consistente.
Fundos de Acções Sustentabilidade/Governança: Os Fundos do tipo Acções
Sustentabilidade/Governança, investem somente em acções de empresas com bons índices de
governança coorporativa, ou que, se destacam em responsabilidade empresarial no longo prazo.
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Conclusão
A auditoria financeira constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objectivo a
emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as Normas de Contabilidade geralmente aceites, no que for pertinente, a
legislação específica. Contudo, sendo assim este trabalho abordou de forma minuciosa
especificamente a auditoria de investimento (outros investimentos), onde foram identificados os
principais procedimentos utilizados no que concerne as contas que representam bens, direitos
que, pela sua finalidade, representam recursos aplicados na empresa de maneira permanente.
Para tanto serão utilizados, conceitos, práticas e técnicas de auditoria. Este trabalho se traduz
como revisão bibliográfica quanto aos fins, devido ao pouco conhecimento acumulado e
sistematizado sobre o assunto e quanto aos meios documentais e bibliográficos.
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Bibliografia
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
SÁ, A. Lopes de. Curso de auditoria. 10. ed., rev., ampl. e atual São Paulo: Atlas, 2002.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil: normas de auditoria, procedimentos
e papéis de trabalho, programas de auditoria, relatórios de auditoria. 4. ed., atual. São Paulo:
Atlas, 2001.
GUIMARÃES, Marcos Freire. Manual de auditoria. 2. ed. Brasília: Vestcon, 2004.
DAL MAS, José Ademir. Auditoria independente: treinamento de pessoal, introdução aos
procedimentos de auditoria. São Paulo: Atlas, 2000.