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PORTUGUÊS P/ Auditor ISS-BH - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá! Sou o professor Décio Terror Filho. Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público há doze anos e venho estudando as principais estratégias de abordagem de prova das diversas bancas. Sou professor concursado na área federal, com especialização na didática, no ensino a distância e na produção de texto. Isso tem ajudado bastante nos métodos utilizados em nossas aulas. Nossa estratégia é que você NÃO DECORE NADA e este curso de Português para AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS e AUDITOR TÉCNICO DE TRIBUTOS MUNICIPAIS de Belo Horizonte (teoria e questões comentadas) vai lhe provar isso, com base nas questões de provas anteriores comentadas durante as aulas. Nosso estudo segue o conteúdo previsto no edital. As questões aqui abordadas são de nível superior, prioritariamente da banca “Fundação Dom Cintra – FDC”. Porém, como percebemos que a quantidade de questões desta banca é reduzida, inserimos também algumas questões de outras bancas, mas restringimos para os cargos de nível superior e com ligação à área fiscal. Assim, a linguagem é bem focada ao cargo almejado por você. Vez ou outra poderá aparecer alguma questão comentada de nível médio da banca Fundação Dom Cintra, tendo em vista aumentar a quantidade de questões desta banca específica. Esta aula demonstrativa já aborda nosso primeiro assunto e transmite- lhe uma ideia de como será nosso estudo. Críticas ao material e à abordagem do professor são sempre bem-vindas e não há qualquer melindre em recebê-las, mesmo porque o FOCO é seu aproveitamento e VOCÊ TEM TODO O DIREITO DE SUGERIR, QUESTIONAR, SOLICITAR MAIS EXPLICAÇÕES, MAIS QUESTÕES etc. Bom, se tudo for para melhorar seu desempenho, isso é importante também para mim. Ao longo dos nossos trabalhos, você vai perceber a forma como a banca Fundação Dom Cintra cobra cada assunto, para que nada seja novidade durante a prova. Veja o conteúdo previsto no edital: Língua Portuguesa 1.Compreensão textual. 2. Ortografia. 3. Semântica. 4. Morfologia. 5. Sintaxe. 6. Pontuação. Resumido demais, não é? Da mesma forma como a banca ESAF (área fiscal) faz... O item 5 (Sintaxe) é vasto e se ramifica em vários temas, que comporão a nossa aula demonstrativa e outras 4 aulas. Assim, com base neste conteúdo do edital, programamos nossas aulas da seguinte forma: Português para Auditor ISS-BH (teoria e questões comentadas)

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PORTUGUÊS P/ Auditor ISS-BH - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR

Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1

Olá!

Sou o professor Décio Terror Filho. Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público há doze anos e venho estudando as principais estratégias de abordagem de prova das diversas bancas. Sou professor concursado na área federal, com especialização na didática, no ensino a distância e na produção de texto. Isso tem ajudado bastante nos métodos utilizados em nossas aulas.

Nossa estratégia é que você NÃO DECORE NADA e este curso dePortuguês para AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS e AUDITOR TÉCNICO DE TRIBUTOS MUNICIPAIS de Belo Horizonte (teoria e questões comentadas) vai lhe provar isso, com base nas questões de provas anteriores comentadas durante as aulas.

Nosso estudo segue o conteúdo previsto no edital. As questões aqui abordadas são de nível superior, prioritariamente da banca “Fundação Dom Cintra – FDC”. Porém, como percebemos que a quantidade de questões desta banca é reduzida, inserimos também algumas questões de outras bancas, mas restringimos para os cargos de nível superior e com ligação à área fiscal. Assim, a linguagem é bem focada ao cargo almejado por você.

Vez ou outra poderá aparecer alguma questão comentada de nível médio da banca Fundação Dom Cintra, tendo em vista aumentar a quantidade de questões desta banca específica.

Esta aula demonstrativa já aborda nosso primeiro assunto e transmite-lhe uma ideia de como será nosso estudo.

Críticas ao material e à abordagem do professor são sempre bem-vindas e não há qualquer melindre em recebê-las, mesmo porque o FOCO é seu aproveitamento e VOCÊ TEM TODO O DIREITO DE SUGERIR, QUESTIONAR, SOLICITAR MAIS EXPLICAÇÕES, MAIS QUESTÕES etc. Bom, se tudo for para melhorar seu desempenho, isso é importante também para mim.

Ao longo dos nossos trabalhos, você vai perceber a forma como a banca Fundação Dom Cintra cobra cada assunto, para que nada seja novidade durante a prova.

Veja o conteúdo previsto no edital:

Língua Portuguesa

1.Compreensão textual. 2. Ortografia. 3. Semântica. 4. Morfologia. 5. Sintaxe. 6. Pontuação.

Resumido demais, não é? Da mesma forma como a banca ESAF (área fiscal) faz... O item 5 (Sintaxe) é vasto e se ramifica em vários temas, que comporão a nossa aula demonstrativa e outras 4 aulas.

Assim, com base neste conteúdo do edital, programamos nossas aulas da seguinte forma:

Português para Auditor ISS-BH (teoria e questões comentadas)

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Conteúdo Programático:

Aula 00: Sintaxe do período composto por coordenação. Pontuação.

Aula 01: Sintaxe da oração e do período composto por subordinação adverbial. Pontuação.

Aula 02: Sintaxe do período composto por subordinação substantiva e adjetiva. Pontuação.

Aula 03: Sintaxe: Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase.

Aula 04: Sintaxe: Concordância nominal e verbal.

Aula 05: Morfologia.

Aula 06: Ortografia.

Aula 07: Semântica.

Aula 08: Compreensão textual.

Então, vamos à nossa aula demonstrativa!!!!

Sintaxe do período composto por coordenação. Pontuação.

Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e oração.

Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.

Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.

O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa:

As aulas terminaram mais cedo. O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um

sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase exclamativa:

Socorro! Ajude-me!

O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:

Por que você não veio ontem?

Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor:

O rombo da corrupção? O povo paga.

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Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção.

Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima.

Questão 1: Auditor Fiscal de Tributos – Londrina-PR – 2007 (banca UEL COPS)

Nesse texto, o componente verbal é apresentado dentro dos balões que representam o diálogo travado pelos personagens da história em quadrinhos, sendo constituído de

a) duas sentenças exclamativas e duas interrogativas. b) três sentenças exclamativas e uma negativa. c) três sentenças interrogativas e uma afirmativa. d) duas sentenças exclamativas e duas negativas. e) duas sentenças interrogativas, uma negativa e uma afirmativa. Comentário: Vale perceber que a expressão “componente verbal” faz a diferença entre os quadrinhos que possuem palavras e os que apresentam apenas imagem. Assim, as frases “Vai sair?”, “Quando?” e “Sua maldita curiosidade não tem limite?” são interrogativas diretas. Basta identificar o ponto de interrogação no final de cada frase. A frase “Vou.” é apenas afirmativa, pois termina com ponto final. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Para isso, deve-se perceber que a citação se iniciará com letra inicial maiúscula. Veja:

O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

Perceba que a frase realmente foi finalizada pelo sinal de dois-pontos. Isso é ratificado porque a próxima palavra (“Há”) está com letra inicial maiúscula.

Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.

Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.

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Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário. Veja:

Discurso direto:

O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

Discurso indireto:

O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.

Questão 2: Auditor Fiscal Tributário – São J.R.Preto – 2008 (banca VUNESP) Fragmento do texto: E talvez esse seja o nó da questão da educação contemporânea que os pais podem desatar ou, ao menos, afrouxar: ao educar os filhos, precisam ter clareza de alguns princípios dos quais não abrem mão e, a partir desse norte, tomar as decisões sem se importar tanto com as decisões dos outros pais. Afinal, já que temos a oportunidade hoje de ter a riqueza da diversidade em educação, há que se aprender a conviver com ela, não?

“O que quero ensinar aos meus filhos, priorizar na educação deles?” Essa é a questão que os pais devem se fazer quando enfrentam situações que demandam decisões. Afinal: de festas, namoros, aprendizados diversos etc. eles terão muitas chances para desfrutar, mas da educação familiar, só enquanto estiverem sob a tutela dos pais. E esse tempo é curto, acreditem. No último parágrafo, as aspas empregadas indicam

(A) a fala hipotética de pais preocupados com a educação de seus filhos. (B) a transcrição de uma frase alheia de um especialista em educação familiar. (C) a divagação do autor, despreocupado com a questão da educação. (D) o realce a uma informação tratada com ironia pelo autor. (E) a citação de um dito popular que comprova o ponto de vista do autor. Comentário: Nesta questão, além de entendermos o valor do sinal de aspas, devemos interpretar o texto. A frase após as aspas as explica. Veja: Essa é a questão que os pais devem se fazer quando enfrentam situações que demandam decisões.

Se esta é a questão que os pais devem se fazer, então a pergunta entre aspas é hipotética! Por isso, a alternativa (A) é a correta.

A alternativa (B) está errada, pois não é simplesmente uma frase alheia de um especialista.

A alternativa (C) está errada, pois nitidamente há preocupação do autor com a educação.

A alternativa (D) está errada, pois não há indícios de ironia por parte do autor.

A alternativa (E) está errada, pois esta frase entre aspas não é um dito popular. Gabarito: A

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, mas cabem aqui apenas em final de frase.

Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta

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continuidade do pensamento também para que o leitor reflita mais sobre o assunto:

Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e...

Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema.

Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte.

Questão 3: IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas. “Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que:

A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da

escrita. C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de

alusões. D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de

expectativa que favorece o riso. E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer

todos os detalhes informativos ao leitor. Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor.

A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não ocorreu por esquecimento.

A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo:

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Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates.

Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à presunção de inteligência de alguém.

Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” deste texto.

A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, na linguagem, com a adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”.

A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura “etc” não poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido elencados. Gabarito: B

Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.

Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá.

Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja:

“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.

“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.

“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.

“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.

Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve

ser a mesma da frase: . ! ? : ... Agora veremos a oração.

A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.

Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.

Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente.

Assim, vejamos:

1. “Socorro!” (apenas frase)

2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)

3. “Olá!” (apenas frase)

4. “Você está bem?” (frase, período e oração)

5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações)

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Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração absoluta.

Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”.

Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma

pontuação final de uma frase: . ! ? : ...

Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser

sucedida por: , ; ─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação.

Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.

Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação.

Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar

calmo durante a prova, passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto.

O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o mesmo valor: condição.

Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.

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Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.

Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”.

Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra para ter sentido.

Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar

calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE.

Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) tenham sentido.

Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).

A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de oração inicial).

Questão 4: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) Em “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria.”, é correto dizer que se trata de:

a) Período simples. b) Período composto por coordenação. c) Período composto por subordinação. d) Período composto por coordenação e subordinação. Comentário: Note que há apenas um verbo e o enunciado possui sentido completo. Assim, temos um período simples. Ele também é considerado oração absoluta e frase. Gabarito: A

A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja:

“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo).

Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos demonstrar uma sequência de ações).

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Veja:

Enumeração de substantivos: Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

Enumeração de adjetivos: Achei a pintura clara, intrigante, linda!

Sequência de ações:

Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa.

Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?

Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.

Questão 5: Prefeitura Palmas – 2010 – Técnico (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: O Senhor Presidente da República já disse e repetiu que não é preciso desmatar mais nenhum hectare da Amazônia, onde já existem áreas suficientemente abertas para assegurar a expansão da produção agrícola e da pecuária.

Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES, uma vez que é fundamental garantir linhas de crédito para quem quer produzir de maneira limpa, legal e sustentável na Amazônia. O texto apresenta, ao contrário do que se devia esperar, uma série de problemas de língua escrita. Na frase “Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES...”, o complemento “dos critérios para investimentos do BNDES” só se aplica ao segundo dos substantivos anteriores e não aos dois. A melhor redação para essa mesma frase seria:

A) Para isso é imprescindível a fiscalização dos critérios e a capacitação dos investimentos do BNDES...

B) É imprescindível, para isso, a fiscalização e capacitação dos critérios para investimentos do BNDES...

C) Para isso é imprescindível a capacitação dos critérios para investimentos e a capacitação do BNDES...

D) Para isso é imprescindível a fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES e sua capacitação...

E) Para isso é imprescindível a capacitação dos critérios do BNDES e a fiscalização de seus investimentos...

Comentário: Veja que a questão nos aponta um problema de clareza no texto, tendo em vista que os termos coordenados (“capacitação” e “fiscalização”) são seguidos de um complemento, isto é, uma expressão que só

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se liga ao segundo termo. Veja o esquema:

Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES

Note, assim, que os termos sublinhados estão coordenados entre si, e não há, segundo a própria afirmação da questão, ligação entre o primeiro termo (a capacitação) com a expressão “dos critérios para investimentos do BNDES”. Isso é facilmente notado porque não podemos capacitar critérios, pois a capacitação é voltada a uma pessoa, um profissional.

Assim, entendemos que só pode haver fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES.

Então, vamos às alternativas para perceber qual alternativa preserva a clareza.

Veja que as alternativas (A), (B), (C) e (E) apresentam em suas frases “capacitação dos investimentos” ou “capacitação dos critérios”. Isso está incoerente, pois vimos que não se capacita investimentos ou critérios. Capacita-se pessoal.

Já a alternativa (D) está correta, pois enfatizou a fiscalização “dos critérios...” e a capacitação está precedida do pronome “sua”, que faz subentender supostamente “do pessoal daquela região”.

Para isso é imprescindível a fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES e sua capacitação (do pessoal)... Gabarito: D

Questão 6: TCE-ES – 2004 – Controlador Receita Pública (banca CESPE) Fragmento do texto: Em suma, nossa imagem de nós mesmos, como país, dependeu sempre da forma como vimos a América Latina e nossa relação com nosso continente de origem e de inserção histórica comum.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) As ocorrências da conjunção “e” nas linhas 2 e 3 estabelecem a ligação entre os três complementos de “vimos” (l.2); por isso, a primeira delas admite ser substituída por vírgula sem prejuízo da estruturação sintática do período. Comentário: No trecho “Em suma, nossa imagem de nós mesmos, como país, dependeu sempre da forma como vimos a América Latina e nossa relação com nosso continente de origem e de inserção histórica comum.”, as duas ocorrências da conjunção “e” não estão inseridas numa enumeração de três elementos como complementos do verbo “vimos”.

Note que essas conjunções unem dois termos. A primeira conjunção “e” une os dois complementos do verbo “vimos” (a América Latina e nossa relação); já a segunda conjunção “e” une dois termos característicos do substantivo “continente” (“de origem” e “de inserção histórica comum”).

A retirada da primeira conjunção implicaria prejuízo à estrutura sintática do período, porque confundiria o leitor sobre a ligação desses termos aos seus referentes.

Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E

As conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o esquema a seguir:

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Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.

A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor semântico, conforme apontado nesse esquema.

Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. Exemplo:

Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)

Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)

Às vezes é cobrado em prova o nome destas orações, mas isso não é motivo para a decoreba: entender sua estrutura nos ajuda a perceber a pontuação, a troca de conjunções de mesmo sentido (muito pedido na prova), além de entender o funcionamento textual destes valores e por que tal conjunção foi utilizada.

Vejamos os principais valores:

1) Aditivas:

______________________ e ____________________. (aditiva)

oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As principais são:

Período composto por coordenação

Período composto por coordenação

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e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como, tanto...quanto.

Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.

Ele não caminha nem corre. Josefina não trabalha, tampouco estuda. Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:

a) quando o sujeito for diferente:

Ana estudou, e Jucélia trabalhou.

Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa.

b) quando o sentido for de contraste, oposição:

Estudei muito, e não entendi nada.

Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.

c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:

Enumeração subjetiva:

_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.

A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos argumentos.

Vimos quando empregamos vírgula antes da conjunção “e”, agora vejamos um aprofundamento do que trabalhamos no início desta aula. A pontuação numa enumeração, agora a objetiva:

Enumeração objetiva:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante.

Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem

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transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante.

A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas.

Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja:

Uso do ponto e vírgula:

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como apenas um.

Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

6

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

6

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

6

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

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____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor. Exemplo:

A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se adaptam ao novo.

Questão 7: Auditor Fiscal Tributário – Ipojuca-PE – 2009 (banca CESPE) Fragmento do texto: A esfera da ciência pode parecer hostil às metáforas. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da busca e da representação do conhecimento, o que, para muitos, só pode ser literal: um remédio ou um tratamento médico são coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma construção de verdade, do mundo real; do mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas concretas que afetam diretamente a vida das pessoas.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição do sinal de ponto e vírgula depois de “ingeridas” (l.4) e de “real” (l.5), por vírgulas preservaria as regras de pontuação e a coerência, a clareza e a objetividade do texto. Comentário: O uso do ponto e vírgula transmite mais clareza no texto, quando este se encontra com divisões internas. Neste texto, percebemos no fragmento após os dois-pontos uma divisão interna por meio de vírgulas. Assim, os pontos e vírgulas realçam ao leitor o primeiro termo da enumeração (“um remédio ou um tratamento médico são coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas”), o segundo termo da enumeração (“uma ponte é uma construção de verdade, do mundo real”) e o último (“do mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas concretas que afetam diretamente a vida das pessoas”).

A substituição dos pontos e vírgulas por simples vírgulas não causam incorreção gramatical, mas tiram a clareza e, naturalmente, a objetividade do texto.

Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E

Questão 8: C.M. Petrópolis – 2010 – Agente Legisl. (banca Dom Cintra) Para que se mantenha o sentido original do texto, a frase “Não só podia atirar mais de perto na outra janela, como até praticar outras e maiores façanhas” pode ser reescrita de todas as formas abaixo, EXCETO da forma:

A) Podia atirar mais de perto na outra janela, tanto quanto até praticar outras e maiores façanhas.

B) Não apenas podia atirar mais de perto na outra janela, mas também até praticar outras e maiores façanhas.

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

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C) Podia atirar mais de perto na outra janela e até praticar outras e maiores façanhas.

D) Podia atirar mais de perto na outra janela, além de até praticar outras e maiores façanhas.

E) Não apenas podia atirar mais de perto na outra janela, a ponto de até praticar outras e maiores façanhas.

Comentário: Veja que as alternativas (A), (B), (C) e (D) trabalham os conectivos de adição “tanto quanto”, “Não apenas...mas também”, “e”, “além de”, respectivamente.

Mas a alternativa (E) apresentou uma mudança de sentido, pois “a ponto de” transmite uma consequência (e não uma soma) da ação anterior, isto é, “praticar outras e maiores façanhas” passou a ser a consequência da ação de “atirar mais de perto na outra janela”. Gabarito: E

Questão 9: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula introduz uma sequência de enunciados. Comentário: Cuidado com a “pegadinha”, pois o sinal de pontuação que introduz uma sequência enumerativa são os dois-pontos. Os pontos e vírgulas aí inseridos servem apenas para separar esses enunciados enumerados. Gabarito: E

Questão 10: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 4, a substituição da vírgula e da forma verbal de gerúndio “convencendo” pela expressão e a convencer preserva a correção gramatical do período sem exigir outras alterações no texto. Comentário: A questão nos cobrou o entendimento da possibilidade de uma oração coordenada poder ser reduzida de gerúndio. Normalmente, ela é empregada como uma continuação de uma ação anterior. Muitas vezes percebida como conclusiva ou aditiva. Neste contexto, coube o valor aditivo. Compare as duas estruturas:

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...à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

...à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias e a convencer as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

No confronto das duas estruturas, percebemos que não houve prejuízo gramatical, nem houve necessidade de mais ajustes na frase. Gabarito: C

2) Adversativas:

______________________ , mas ____________________. (adversativa) oração inicial oração coordenada sindética

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são:

mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.

Ex.: Estudou muito, mas não passou.

Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.

Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos.

Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta.

O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.

Período composto por coordenação

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Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.

As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima.

Uso do ponto e vírgula:

Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja:

Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.

Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja:

Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.

Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante.

Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

Questão 11: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal (banca FEPESE) Nós nos consideramos importantíssimos, entretanto, é possível que Deus nos veja como uma espécie pretensiosa.

Na frase acima, a conjunção grifada tem o sentido de

(A) oposição. (B) explicação. (C) conclusão. (D) adição. (E) alternância. Comentário: A conjunção “entretanto” é coordenativa adversativa, por isso transmite valor de contraste ou oposição.

Cabe aqui uma observação: você deve ter percebido que a conjunção “entretanto” encontra-se entre vírgulas no início da oração adversativa. Isso seria normal se ela estivesse deslocada dentro da oração. Na posição em que se encontra, o ideal seria o emprego do ponto e vírgula antes e o da vírgula depois desta conjunção.

Assim, não houve clareza e elegância à linguagem. Por isso, tome cuidado: transmitimos aqui o ideal; mas em alguns textos jornalísticos, crônicas, percebemos um uso informal da linguagem, o que permite certos desvios da norma culta. Por esse motivo, a banca não perguntou sobre o uso da vírgula, mas sobre o valor semântico da conjunção.

Fiz questão de abordar isso, para que você compreenda a necessidade do entendimento da estrutura e não a decoreba; porque algumas vezes o autor de um texto prefere a liberdade de uma linguagem informal à rigidez da norma culta, e por estilo rompe alguns preceitos gramaticais. Entendendo essa dinâmica, naturalmente as questões de concurso não condenam esse uso.

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Gabarito: A

Questão 12: Auditor Fiscal Tributário – Ipojuca – 2009 (banca CESPE) A bem da verdade, creio que, no mundo atual, ser contra a globalização

é como ser contra tempestades ou terremotos, mesmo porque, ao longo dos séculos, os mais diversos países do planeta vêm buscando formas de se aproximarem e de incrementarem suas relações econômicas, sociais e culturais. As conquistas tecnológicas alcançadas no século XX, que avançam cada vez com maior rapidez e precisão, contribuíram para acelerar esses processos de integração. Acrescento que a globalização ainda está longe de ter assumido seu formato definitivo. Trata-se de processo de longo prazo, mas que já dispõe de sólidas fundações.

Abram Szajman. A crise e a globalização. In: CorreioBraziliense, 11/4/2009 (com adaptações).

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A partir da conjunção “mas” (l.8), subentende-se da organização das ideias no texto que um “processo de longo prazo” (l.8) pode não dispor de “sólidas fundações” (l.9) antes de ser definitivo. Comentário: Perceba nesta questão o emprego do valor semântico da conjunção coordenativa adversativa. Sabemos que a conjunção “mas” é empregada para trazer um contraste, quebrar a expectativa. Assim, se o autor usou a expressão “Trata-se de processo de longo prazo”, em seguida inseriu “Mas que já dispõe de sólidas fundações”, quer dizer que esta segunda expressão é o contraste da primeira. Logo, segundo o texto, entendemos que não é normal um processo de longa duração dispor rapidamente de sólidas fundações, concorda?

Ainda teve dúvida? Então reescreva a frase duas vezes: uma com a conjunção “mas”

(oposição, contraste) e a outra com a conjunção “portanto” (conclusão, confirmação). Veja:

Trata-se de processo de longo prazo, mas que já dispõe de sólidas fundações.

Aqui entendemos que não é normal um processo de longo prazo já dispor de sólidas fundações. Agora veja a conclusiva:

Trata-se de processo de longo prazo, portanto já dispõe de sólidas fundações.

Aqui entendemos que, quando há um processo de longa duração, naturalmente já se dispõe de sólidas fundações.

Portanto, realmente se subentende da organização das ideias no texto que um “processo de longo prazo” pode não dispor de “sólidas fundações” antes de ser definitivo. Gabarito: C

Questão 13: Auditor Tributário Mun – Delmiro Gouveia(AL) – 2006 (banca COPEVE) “O homem gosta de abrir e criar estradas, isto é indiscutível. Mas não

será isso porque teima instintivamente em atingir o objetivo e completar o edifício em construção? Como podeis sabê-lo? Talvez ele ame o edifício apenas à distância e nunca de perto; talvez ele ame apenas criá-lo, e não viver nele.

(O palácio de cristal, de Dostoievski)

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Diz o autor do texto: “talvez ele ame apenas criá-lo, e não viver nele”, o que também é possível dizer que

A) ele, talvez, sinta-se bem com a construção do edifício, todavia, não ame estar nele.

B) o homem não ama criar o edifício, porque não ama viver nele. C) ele, talvez, ame a construção do edifício, pois não quer viver nele. D) o homem constrói o edifício, mas não mora neles. E) ele, talvez, ame o ato de construir o edifício, portanto, não ame viver nele. Comentário: Percebemos que na frase “talvez ele ame apenas criá-lo, e não viver nele” que a última oração tem o sentido de contraste, com a conjunção “e” tendo valor coordenativo adversativo, podendo ser substituída por “mas”.

Assim, já eliminamos as alternativas (B), (C) e (E), pois se encontram com as conjunções “porque”, “pois” e “portanto”, respectivamente. Sabemos que essas conjunções não estão listadas com valor adversativo.

A alternativa (D) possui a conjunção coordenativa adversativa “mas”, porém a frase do texto não diz respeito a “construir” ou “ morar”, mas apenas “amar” essas ações.

Assim, a alternativa correta é a (A), pois a conjunção “todavia” mantém o valor adversativo e se manteve também a ideia de apreço a realizar as ações por meio das expressões “sinta-se bem” e “ame”. Gabarito: A

Questão 14: Auditor Fiscal de Tributos Estadual – Amazonas – 2005 (banca NCE)

Na coluna de um jornalista conhecido de O Globo, de 16 de julho de 2005, saiu publicado o seguinte texto:

“A agência do Unibanco, na esquina de José Linhares com Ataulfo de Paiva, no Leblon, no Rio, reservou um caixa só para os idosos”. Legal.

Pena que fique no segundo andar e a agência não tenha elevador. Os vovôs e vovós – “ai, meu joelho” – já chiaram à beça. Com razão.”

Os dois parágrafos que compõem a notícia se organizam estruturalmente por:

(A) comparação; (B) oposição; (C) causa/efeito; (D) concessão; (E) seqüência cronológica. Comentário: A estrutura “Pena que” transmite uma quebra da expectativa, isto é, um contraste. A notícia inicial de que haveria um caixa reservado só para idosos transmite-nos uma medida satisfatória, porém se inicia o próximo parágrafo com uma crítica de que ele está no segundo andar e que a agência não tinha elevador.

Assim, entre os parágrafos há um contraste, uma oposição, e a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Questão 15: Auditor Fiscal de Tributos – Sorocaba – 2006 (banca VUNESP) Também estamos acostumados a pensar na memória como um arquivo que guarda um número significativo de lembranças, semelhante a um sótão que

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aloca uma quantidade de objetos de outros momentos da vida, que lá ficam quietos, guardados, disponíveis para o momento no qual precisamos deles e queremos reencontrá-los. No entanto, a forma na qual a psicanálise pensa o tempo e a memória está muito distante desta maneira de concebê-los.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção No entanto poderia ser substituída por Portanto, sem que houvesse prejuízo ao sentido da oração. Comentário: A conjunção “No entanto” tem valor adversativo, e não pode ser substituída pela conjunção “Portanto” que tem valor conclusivo. Gabarito: E

Questão 16: IBASCAF – 2010 – Advogado (banca Dom Cintra) Ao digitar o texto desta prova, o digitador notou que o corretor de texto sublinhou o vocábulo mas na frase “Conhece-te a ti mesmo mas não fique íntimo”. Sabendo-se que o corretor de texto indica possíveis problemas de escrita, o problema insinuado deve ser:

A) a troca de mais por mas. B) a confusão entre parônimos. C) a falta de ponto após mesmo. D) a falta de vírgula antes de mas. E) o erro de concordância em mesmo. Comentário: O vício gramatical apontado na digitação do computador é que a oração coordenada adversativa deve ser separada por vírgula. Como a conjunção “mas” é adversativa, a vírgula é obrigatória. Assim, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D

Questão 17: Câmara M Petrópolis – 2010 – Contador (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. O período “Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta” está constituído de três orações coordenadas. A terceira oração desse período exprime em relação às anteriores o sentido de:

A) explicação; B) oposição; C) alternância; D) consequência; E) adição. Comentário: Veja que se espera ouvir algo de uma pessoa que abra a boca e mova os lábios. Porém, a oração “não se ouviu resposta” mostra um resultado diferente do esperado. Assim, tem valor adversativo, opositivo. Gabarito: B

Questão 18: TCE-SP – 2009 – Agente Fiscalização (banca FCC) O emprego das vírgulas assinala a ocorrência de uma ressalva em:

(A) ... onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã.

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(B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube... (C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se

estão esgotando. (D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. (E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é

úmido e rico em etano... Comentário: A ressalva é expressa por conjunções que transmitam contrastes, oposições, como é o caso da conjunção coordenativa adversativa “mas”. Assim, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A

3) Alternativas:

______________________ ou ____________________. (alternativa) oração inicial oração coordenada sindética

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima.

Veja as principais conjunções:

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo de orações, normalmente é cobrado seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula de concordância.

Inclusão:

João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)

Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos.

Exclusão:

João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)

Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.

Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido:

Ora narrava, ora comentava.

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Questão 19: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Todas essas mutações do ambiente empresarial têm contribuído para que o paradigma emergente da sustentabilidade se transforme em tendência dominante. Assim, a maneira como as empresas irão conciliar e gerenciar os objetivos e as questões ambientais, sociais e econômicas é parte fundamental da qualidade gerencial contemporânea, não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional. Andrew W. Savitz ressalta que as empresas “precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios”. Das modificações feitas abaixo na redação do trecho “não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional”, houve alteração de sentido em:

A) tanto para a geração de lucro, quanto para o sucesso organizacional. B) para a geração de lucro, bem como para o sucesso organizacional. C) não só para a geração de lucro, como também para o sucesso

organizacional. D) para a geração de lucro e para o sucesso organizacional. E) ora para a geração de lucro, ora para o sucesso organizacional. Comentário: Veja que as alternativas (A), (B), (C) e (D) trabalham os conectivos de adição “tanto...quanto”, “bem como”, “não só...como também”, “e”, respectivamente.

Os conectivos “ora...ora” são coordenativos alternativos. Portanto, mudaram o sentido. Gabarito: E

4) Conclusivas:

______________________, portanto ____________________. (conclusiva) oração inicial oração coordenada sindética

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável.

As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais são:

logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas. O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente. Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria. Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil. Estudou, então passou.

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Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde. Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde. Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto. Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde. Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto. Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde. Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.

Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior.

Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais explorada em nossas próximas aulas.

O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional.

A questões pedem muitas vezes para transformarmos essa oração reduzida em desenvolvida, com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional, terá também o de conclusão. Veja:

O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica ascensional.

Questão 20: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. Considerando-se a estrutura sintática do período que constitui o 1º parágrafo do texto, o desenvolvimento da oração reduzida de gerúndio “sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro”, sem se alterar o sentido do período, pode ser feito com a seguinte redação:

A) e é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. B) embora seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. C) à medida que se torna o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. D) todavia é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro.

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E) desde que seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro.Comentário: Note que no texto a sustentabilidade está sendo vista como “princípio fundamental...”. Com base nesse princípio fundamental, passa a ser entendida também como “alicerce...”. Assim, dentre as alternativas cabe apenas a conjunção “e”, que pode ser entendida como conjunção aditiva ou conclusiva. Veja:

...sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, e é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro...

...sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, então é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro...

Resumindo, a oração reduzida de gerúndio “sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro” pode ser desenvolvida para uma oração coordenada sindética aditiva ou conclusiva. Logicamente, isso sempre vai depender do contexto. Gabarito: A

5) Explicativas:

______________________, pois ____________________. (explicativa) oração inicial oração coordenada sindética

As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem.

As principais conjunções são:

porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc.

Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

a) Esclarecimento de uma informação anterior:

Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados. Choveu muito, pois o chão está alagado.

Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias.

A vírgula neste caso é facultativa.

b) Amenização de uma ordem:

Estudem, que o concurso não é fácil. Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui.

A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.

Período composto por coordenação

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Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. Veja os exemplos:

Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja:

Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)

Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:

Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Questão 21: Funasa – 2010 – Técnico (banca Dom Cintra) “Não existem fórmulas mágicas sobre o tempo que precisamos para nos manter em forma. Isso varia de uma pessoa para outra de um modo muito mais intenso do que se imaginava”.

Entre os dois períodos desse fragmento do texto poderia ser empregada adequadamente a conjunção:

A) mesmo que B) apesar de C) embora D) logo E) pois Comentário: Veja que o último período tem um valor explicativo em relação ao primeiro. Para isso, basta realizar a inserção da conjunção “pois”. Veja:

“Não existem fórmulas mágicas sobre o tempo que precisamos para nos manter em forma. Pois isso varia de uma pessoa para outra de um modo muito mais intenso do que se imaginava”. Gabarito: E

Questão 22: TCE-RN – 2009 – Insp C Ext (banca CESPE) Fragmento do texto:

1

5

10

Estamos nos referindo à famosa Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida em 1500 a el-rei dom Manuel, anunciando a descoberta de uma nova terra. E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese. No entanto, a carta chegou ao seu destino. E, ao chegar às mãos do rei, no momento mesmo em que o rei de Portugal dela toma posse, também toma posse da terra e dos seres humanos por ela descritos pela primeira vez. A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

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Fazendo os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas, as relações semânticas entre as orações do texto permitem que o ponto logo após “hipótese” (l. 5) seja substituído pelo sinal de ponto e vírgula e o ponto logo depois de “europeu” (l. 11), pelo sinal de dois-pontos. Comentário: Quanto à primeira parte da afirmativa, a relação entre o período “Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese.” e o período “Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese.” é de adição. Por serem períodos coordenados entre si, podem se juntar num período composto. Como já há vírgulas internas nessas orações, podemos realizar uma pausa maior entre elas por meio do ponto e vírgula. Confronte as duas formas:

E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese.

E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese; por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese.

Na segunda parte da afirmativa, o período “Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.” é empregado textualmente para confirmar a informação veiculada no período anterior: “A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu”. Como entre esses dois períodos há uma relação de explicação, o segundo enunciado pode ser iniciado por dois-pontos, com os ajustes de letra maiúscula e minúscula. Confronte as duas formas:

A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.

A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu: ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil. Gabarito: C

Questão 23: Auditor Fiscal Tributário – Ipojuca – 2009 (banca CESPE) Fragmento do texto: É inegável que a cultura de massa tende à banalização e à superficialidade, mas, ao mesmo tempo, esses mesmos meios estão hoje estimulando a leitura. Por exemplo, a Internet, longe de ser uma ameaça ao livro, tem estimulado a leitura e a escrita. Nunca se escreveu tanto no Brasil; a juventude nunca se sentiu tão motivada a escrever. A cultura refinada nunca foi para muita gente. A cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes. A cultura de massa, ao mesmo tempo em que superficializou, abriu uma possibilidade de contato com esse mundo simbólico. Mas o pior já passou. Hoje há uma demanda de aprofundamento.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

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Fazendo ajustes na pontuação e nas letras iniciais, o desenvolvimento das ideias do texto permite ligar a oração iniciada por “A cultura mais sofisticada(...)” (l. 5 a 7) à que a antecede por uma conjunção que explicite sua função explicativa, escrevendo-se: A cultura refinada nunca foi para muita gente, pois a cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes. Comentário: Veja que apenas se cobrou nesta questão a possibilidade da transformação de dois períodos em um só. Sabendo-se que o segundo tem valor explicativo, basta inserir a conjunção “pois” e os devidos ajustes de letras maiúscula e minúscula. Gabarito: C

Questão 24: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) “O conceito de destino sofisticou-se com o tempo. Ele se tornou fundamental para a filosofia e a religião. E continua até hoje. Tanto que uma das doutrinas mais antigas sobre o assunto ainda está em voga: a do carma, elaborada há pelo menos 3 mil anos na Índia.”

A expressão tanto que, empregada no fragmento acima,

(A) introduz uma relação de conformidade com a oração anterior. (B) é empregada para reforçar o conteúdo expresso anteriormente. (C) estabelece relação de contraste com o conteúdo precedente. (D) apresenta um argumento conclusivo para o conteúdo anterior. (E) retoma o conteúdo anterior e estabelece relação de adição. Comentário: A expressão “uma das doutrinas mais antigas sobre o assunto ainda está em voga” confirma que o conceito de destino continua até hoje. Assim, a expressão “Tanto que” inicia um período coordenado explicativo, o qual confirma, corrobora, reforça a informação do período “E continua até hoje”. Por esse motivo, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Bom, pessoal!

Esta aula foi apenas um primeiro contato, para vocês perceberem como iremos conduzir nosso estudo!!!

Espero que tenham gostado da didática e que se juntem a nós com muita vontade de estudar, pois vamos trabalhar muitas questões nas próximas aulas!!!!

Aguardo vocês!!!

Grande abraço. Terror

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Lista de questões

Questão 1: Auditor Fiscal de Tributos – Londrina-PR – 2007 (banca UEL COPS)

Nesse texto, o componente verbal é apresentado dentro dos balões que representam o diálogo travado pelos personagens da história em quadrinhos, sendo constituído de

a) duas sentenças exclamativas e duas interrogativas. b) três sentenças exclamativas e uma negativa. c) três sentenças interrogativas e uma afirmativa. d) duas sentenças exclamativas e duas negativas. e) duas sentenças interrogativas, uma negativa e uma afirmativa.

Questão 2: Auditor Fiscal Tributário – São J.R.Preto – 2008 (banca VUNESP) Fragmento do texto: E talvez esse seja o nó da questão da educação contemporânea que os pais podem desatar ou, ao menos, afrouxar: ao educar os filhos, precisam ter clareza de alguns princípios dos quais não abrem mão e, a partir desse norte, tomar as decisões sem se importar tanto com as decisões dos outros pais. Afinal, já que temos a oportunidade hoje de ter a riqueza da diversidade em educação, há que se aprender a conviver com ela, não?

“O que quero ensinar aos meus filhos, priorizar na educação deles?” Essa é a questão que os pais devem se fazer quando enfrentam situações que demandam decisões. Afinal: de festas, namoros, aprendizados diversos etc. eles terão muitas chances para desfrutar, mas da educação familiar, só enquanto estiverem sob a tutela dos pais. E esse tempo é curto, acreditem. No último parágrafo, as aspas empregadas indicam

(A) a fala hipotética de pais preocupados com a educação de seus filhos. (B) a transcrição de uma frase alheia de um especialista em educação familiar. (C) a divagação do autor, despreocupado com a questão da educação. (D) o realce a uma informação tratada com ironia pelo autor. (E) a citação de um dito popular que comprova o ponto de vista do autor.

Questão 3: IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à

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esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas. “Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que:

A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da

escrita. C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de

alusões. D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de

expectativa que favorece o riso. E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer

todos os detalhes informativos ao leitor.

Questão 4: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) Em “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria.”, é correto dizer que se trata de:

a) Período simples. b) Período composto por coordenação. c) Período composto por subordinação. d) Período composto por coordenação e subordinação.

Questão 5: Prefeitura Palmas – 2010 – Técnico (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: O Senhor Presidente da República já disse e repetiu que não é preciso desmatar mais nenhum hectare da Amazônia, onde já existem áreas suficientemente abertas para assegurar a expansão da produção agrícola e da pecuária.

Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES, uma vez que é fundamental garantir linhas de crédito para quem quer produzir de maneira limpa, legal e sustentável na Amazônia. O texto apresenta, ao contrário do que se devia esperar, uma série de problemas de língua escrita. Na frase “Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES...”, o complemento “dos critérios para investimentos do BNDES” só se aplica ao segundo dos substantivos anteriores e não aos dois. A melhor redação para essa mesma frase seria:

A) Para isso é imprescindível a fiscalização dos critérios e a capacitação dos investimentos do BNDES...

B) É imprescindível, para isso, a fiscalização e capacitação dos critérios para investimentos do BNDES...

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C) Para isso é imprescindível a capacitação dos critérios para investimentos e a capacitação do BNDES...

D) Para isso é imprescindível a fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES e sua capacitação...

E) Para isso é imprescindível a capacitação dos critérios do BNDES e a fiscalização de seus investimentos...

Questão 6: TCE-ES – 2004 – Controlador Receita Pública (banca CESPE) Fragmento do texto: Em suma, nossa imagem de nós mesmos, como país, dependeu sempre da forma como vimos a América Latina e nossa relação com nosso continente de origem e de inserção histórica comum.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) As ocorrências da conjunção “e” nas linhas 2 e 3 estabelecem a ligação entre os três complementos de “vimos” (l.2); por isso, a primeira delas admite ser substituída por vírgula sem prejuízo da estruturação sintática do período.

Questão 7: Auditor Fiscal Tributário – Ipojuca-PE – 2009 (banca CESPE) Fragmento do texto: A esfera da ciência pode parecer hostil às metáforas. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da busca e da representação do conhecimento, o que, para muitos, só pode ser literal: um remédio ou um tratamento médico são coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma construção de verdade, do mundo real; do mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas concretas que afetam diretamente a vida das pessoas.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição do sinal de ponto e vírgula depois de “ingeridas” (l.4) e de “real” (l.5), por vírgulas preservaria as regras de pontuação e a coerência, a clareza e a objetividade do texto.

Questão 8: C.M. Petrópolis – 2010 – Agente Legisl. (banca Dom Cintra) Para que se mantenha o sentido original do texto, a frase “Não só podia atirar mais de perto na outra janela, como até praticar outras e maiores façanhas” pode ser reescrita de todas as formas abaixo, EXCETO da forma:

A) Podia atirar mais de perto na outra janela, tanto quanto até praticar outras e maiores façanhas.

B) Não apenas podia atirar mais de perto na outra janela, mas também até praticar outras e maiores façanhas.

C) Podia atirar mais de perto na outra janela e até praticar outras e maiores façanhas.

D) Podia atirar mais de perto na outra janela, além de até praticar outras e maiores façanhas.

E) Não apenas podia atirar mais de perto na outra janela, a ponto de até praticar outras e maiores façanhas.

Questão 9: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e

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dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula introduz uma sequência de enunciados.

Questão 10: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 4, a substituição da vírgula e da forma verbal de gerúndio “convencendo” pela expressão e a convencer preserva a correção gramatical do período sem exigir outras alterações no texto.

Questão 11: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal (banca FEPESE) Nós nos consideramos importantíssimos, entretanto, é possível que Deus nos veja como uma espécie pretensiosa.

Na frase acima, a conjunção grifada tem o sentido de

(A) oposição. (B) explicação. (C) conclusão. (D) adição. (E) alternância.

Questão 12: Auditor Fiscal Tributário – Ipojuca – 2009 (banca CESPE) A bem da verdade, creio que, no mundo atual, ser contra a globalização

é como ser contra tempestades ou terremotos, mesmo porque, ao longo dos séculos, os mais diversos países do planeta vêm buscando formas de se aproximarem e de incrementarem suas relações econômicas, sociais e culturais. As conquistas tecnológicas alcançadas no século XX, que avançam cada vez com maior rapidez e precisão, contribuíram para acelerar esses processos de integração. Acrescento que a globalização ainda está longe de ter assumido seu formato definitivo. Trata-se de processo de longo prazo, mas que já dispõe de sólidas fundações.

Abram Szajman. A crise e a globalização. In: CorreioBraziliense, 11/4/2009 (com adaptações).

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A partir da conjunção “mas” (l.8), subentende-se da organização das ideias no texto que um “processo de longo prazo” (l.8) pode não dispor de “sólidas fundações” (l.9) antes de ser definitivo.

Questão 13: Auditor Tributário Mun – Delmiro Gouveia(AL) – 2006 (banca COPEVE) “O homem gosta de abrir e criar estradas, isto é indiscutível. Mas não

será isso porque teima instintivamente em atingir o objetivo e completar o

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edifício em construção? Como podeis sabê-lo? Talvez ele ame o edifício apenas à distância e nunca de perto; talvez ele ame apenas criá-lo, e não viver nele.

(O palácio de cristal, de Dostoievski)Diz o autor do texto: “talvez ele ame apenas criá-lo, e não viver nele”, o que também é possível dizer que

A) ele, talvez, sinta-se bem com a construção do edifício, todavia, não ame estar nele.

B) o homem não ama criar o edifício, porque não ama viver nele. C) ele, talvez, ame a construção do edifício, pois não quer viver nele. D) o homem constrói o edifício, mas não mora neles. E) ele, talvez, ame o ato de construir o edifício, portanto, não ame viver nele.

Questão 14: Auditor Fiscal de Tributos Estadual – Amazonas – 2005 (banca NCE)Na coluna de um jornalista conhecido de O Globo, de 16 de julho de 2005, saiu publicado o seguinte texto:

“A agência do Unibanco, na esquina de José Linhares com Ataulfo de Paiva, no Leblon, no Rio, reservou um caixa só para os idosos”. Legal.

Pena que fique no segundo andar e a agência não tenha elevador. Os vovôs e vovós – “ai, meu joelho” – já chiaram à beça. Com razão.”

Os dois parágrafos que compõem a notícia se organizam estruturalmente por:

(A) comparação; (B) oposição; (C) causa/efeito; (D) concessão; (E) seqüência cronológica.

Questão 15: Auditor Fiscal de Tributos – Sorocaba – 2006 (banca VUNESP) Também estamos acostumados a pensar na memória como um arquivo que guarda um número significativo de lembranças, semelhante a um sótão que aloca uma quantidade de objetos de outros momentos da vida, que lá ficam quietos, guardados, disponíveis para o momento no qual precisamos deles e queremos reencontrá-los. No entanto, a forma na qual a psicanálise pensa o tempo e a memória está muito distante desta maneira de concebê-los.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção No entanto poderia ser substituída por Portanto, sem que houvesse prejuízo ao sentido da oração.

Questão 16: IBASCAF – 2010 – Advogado (banca Dom Cintra) Ao digitar o texto desta prova, o digitador notou que o corretor de texto sublinhou o vocábulo mas na frase “Conhece-te a ti mesmo mas não fique íntimo”. Sabendo-se que o corretor de texto indica possíveis problemas de escrita, o problema insinuado deve ser:

A) a troca de mais por mas. B) a confusão entre parônimos. C) a falta de ponto após mesmo. D) a falta de vírgula antes de mas.

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E) o erro de concordância em mesmo.

Questão 17: Câmara M Petrópolis – 2010 – Contador (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. O período “Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta” está constituído de três orações coordenadas. A terceira oração desse período exprime em relação às anteriores o sentido de:

A) explicação; B) oposição; C) alternância; D) consequência; E) adição.

Questão 18: TCE-SP – 2009 – Agente Fiscalização (banca FCC) O emprego das vírgulas assinala a ocorrência de uma ressalva em:

(A) ... onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. (B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube... (C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se

estão esgotando. (D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. (E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é

úmido e rico em etano...

Questão 19: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Todas essas mutações do ambiente empresarial têm contribuído para que o paradigma emergente da sustentabilidade se transforme em tendência dominante. Assim, a maneira como as empresas irão conciliar e gerenciar os objetivos e as questões ambientais, sociais e econômicas é parte fundamental da qualidade gerencial contemporânea, não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional. Andrew W. Savitz ressalta que as empresas “precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios”. Das modificações feitas abaixo na redação do trecho “não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional”, houve alteração de sentido em:

A) tanto para a geração de lucro, quanto para o sucesso organizacional. B) para a geração de lucro, bem como para o sucesso organizacional. C) não só para a geração de lucro, como também para o sucesso

organizacional. D) para a geração de lucro e para o sucesso organizacional. E) ora para a geração de lucro, ora para o sucesso organizacional.

Questão 20: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a

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sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. Considerando-se a estrutura sintática do período que constitui o 1º parágrafo do texto, o desenvolvimento da oração reduzida de gerúndio “sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro”, sem se alterar o sentido do período, pode ser feito com a seguinte redação:

A) e é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. B) embora seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. C) à medida que se torna o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. D) todavia é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. E) desde que seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro.

Questão 21: Funasa – 2010 – Técnico (banca Dom Cintra) “Não existem fórmulas mágicas sobre o tempo que precisamos para nos manter em forma. Isso varia de uma pessoa para outra de um modo muito mais intenso do que se imaginava”.

Entre os dois períodos desse fragmento do texto poderia ser empregada adequadamente a conjunção:

A) mesmo que B) apesar de C) embora D) logo E) pois

Questão 22: TCE-RN – 2009 – Insp C Ext (banca CESPE) Fragmento do texto:

1

5

10

Estamos nos referindo à famosa Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida em 1500 a el-rei dom Manuel, anunciando a descoberta de uma nova terra. E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese. No entanto, a carta chegou ao seu destino. E, ao chegar às mãos do rei, no momento mesmo em que o rei de Portugal dela toma posse, também toma posse da terra e dos seres humanos por ela descritos pela primeira vez. A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Fazendo os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas, as relações semânticas entre as orações do texto permitem que o ponto logo após “hipótese” (l. 5) seja substituído pelo sinal de ponto e vírgula e o ponto logo depois de “europeu” (l. 11), pelo sinal de dois-pontos.

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Questão 23: Auditor Fiscal Tributário – Ipojuca – 2009 (banca CESPE) Fragmento do texto: É inegável que a cultura de massa tende à banalização e à superficialidade, mas, ao mesmo tempo, esses mesmos meios estão hoje estimulando a leitura. Por exemplo, a Internet, longe de ser uma ameaça ao livro, tem estimulado a leitura e a escrita. Nunca se escreveu tanto no Brasil; a juventude nunca se sentiu tão motivada a escrever. A cultura refinada nunca foi para muita gente. A cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes. A cultura de massa, ao mesmo tempo em que superficializou, abriu uma possibilidade de contato com esse mundo simbólico. Mas o pior já passou. Hoje há uma demanda de aprofundamento.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Fazendo ajustes na pontuação e nas letras iniciais, o desenvolvimento das ideias do texto permite ligar a oração iniciada por “A cultura mais sofisticada(...)” (l. 5 a 7) à que a antecede por uma conjunção que explicite sua função explicativa, escrevendo-se: A cultura refinada nunca foi para muita gente, pois a cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes.

Questão 24: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) “O conceito de destino sofisticou-se com o tempo. Ele se tornou fundamental para a filosofia e a religião. E continua até hoje. Tanto que uma das doutrinas mais antigas sobre o assunto ainda está em voga: a do carma, elaborada há pelo menos 3 mil anos na Índia.”

A expressão tanto que, empregada no fragmento acima,

(A) introduz uma relação de conformidade com a oração anterior. (B) é empregada para reforçar o conteúdo expresso anteriormente. (C) estabelece relação de contraste com o conteúdo precedente. (D) apresenta um argumento conclusivo para o conteúdo anterior. (E) retoma o conteúdo anterior e estabelece relação de adição.

GABARITO

1. C 2. A 3. B 4. A 5. D 6. E 7. E 8. E 9. E 10. C

11. A 12. C 13. A 14. B 15. E 16. D 17. B 18. A 19. E 20. A

21. E 22. C 23. C 24. B