aula 1 e 2 - propedêutica neurológica

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Propedutica neurolgica

Emerson Henklain Ferruzzi Neurologia UFGD maro -2010

Bom senso

Anamnese- IdentificaoNome Idade Sexo Cor Naturalidade Procedncia Ascendncia Estado civil Religio

AnamneseQueixa principal e durao Histria da molstia atual- Incio: data, sbito, insidioso - Evoluo: estacionria, progressiva, regressiva, paroxstica, recidivante

Medicaes em uso Interrogatrio complementar- Cefalias. Vmitos. Alteraes visuais. Convulses. Desmaios.Dor. Parestesias. Fraqueza muscular. Paralisias. Atrofias. Movimentos involuntrios. Alterao de marcha. Fala. Escrita. Distrbios psquicos. Alteraes do apetite. Emagrecimento. Alteraes dos esfncteres. Distrbios sexuais

AnamneseAntecedentes pessoais:- Condies de gestao : molstias, febre, uso de medicamentos, traumas, exames radiolgicos, tratamentos por radiaes. - Complicaes cardio-respiratrias no nascimento e neonatais: tipo de parto, anoxia cerebral, choro, suco, convulses, ictercia, vacinao. - Desenvolvimento psicomotor . Rendimento escolar e no trabalho. Traumatismos crnioenceflicos. Doenas prvias. Condies de nutrio. Etilismo. Tabagismo. Drogas e Txicos. Convulses. Medicaes prvias.

Anamnese Antecedentes familiares: - Antecedentes obsttricos maternos (no. de gravidez,abortos e filhos). - Molstias semelhantes e/ou neurolgicas na famlia. - Consanginidade dos pais.

Material para exame fsico

Material para exame fsico

Exame fsicoExame fsico geral 1. Tipo constitucional. Mucosas. Estado de nutrio. 2. Alteraes cutneas: manchas hipercrmicas, hipocrmicas e vinhosas, adenomas de face, tumorao, alteraes trficas da pele e anexos. 3. Exame de crnio: palpao, permetro enceflico. 4. Exame da coluna: inspeo, movimentao ativa. 5. Exame de ossos e articulaes. Alteraes trficas. Pontos dolorosos. 6. Aparelho crdio-respiratrio. 7. Aparelho digestivo. 8. Aparelho gnito-urinrio. 9. Pulsos arteriais: carotdeo, radial, femural. Pedioso. Temporal superficial.

Exame fsicoExame psquico:1. Nvel de conscincia: viglia, sonolncia, obnubilao, estupor, coma e morte cerebral. 2. Contedo da conscincia: orientado, confuso, delirante 3. Estado emocional: apatia, agitao, depresso, ansiedade, hiperemotividade. Avaliao: Orientao auto e alopsquica. Ateno. Memria. Raciocnio. Linguagem. Pensamento. Escala de Coma de Glasgow

Escala de Coma de Glasgow Abertura ocular Resposta verbal Resposta motora4 Espontnea 3 Ao chamado 2 A dor 5 4 3 Orientado 6 Obedece comandos Localiza a dor Retirada inespecfica Decorticao Descerebrao Sem resposta

Desorientado tempo 5 ou espao Palavras inapropriadas Sons incompreensveis Sem vocalizao 4 3 2 1

1 Sem abertura ocular 2 1

Exame neurolgico:Sensibilidade:- Exteroceptiva ou superficial: tctil, trmica, dolorosa. - Proprioceptiva ou profunda: Cintico-postural. Vibratria (palestsica). Apndice: parestesia, anestesia, disestesia, hiperestesia.

Sistema dorsal lemnisco medial

Sistema dorsal lemnisco medial

Fora

Fora muscular

Grau 0 1 2 3 4 5

Fora muscularSignificao Ausncia de contrao muscular Contrao muscular sem movimentao do membro Movimentao do membro no plano horizontal Membro capaz de vencer a gravidade porm no vence resistncia do examinador Membro capaz de vencer alguma resistncia Fora normal

M ovimento Flexo da cabea Rotao da cabea Extenso da cabea

M sculo (s) Esterno-cleido-mastoideu Esterno-cleido-mastoideu M. da regio posterior do pescoo

Raz (es)

Nervo (s) XI par craneano XI par craneano Mltiplos Supra-escapular

C3-C4 C4-C6

Abduo do ombro Supra-espinhoso, 2/3 inferiores do (a partir dos 0 / repouso) trapzio Abduo do ombro (a partir dos 45) Abduo do ombro (a partir dos 90) Aduo do ombro Deltide Deltide, supra-espinhoso, rotadores da escpula Grande peitoral, grande redondo, (grande dorsal) 1/3 superior do trapzio Infra-espinhoso

C5-C6 C5-C6 C5 a D1

Axilar Circunflexo e supraescapular Torxico antero-lateral, infraescapular, traco-dorsal XI par craneano Supra-escapular Infra-escapular, tracodorsal

Elevao dos ombros Rotao externa do brao

C4 a C6 C5 a C7

Rotao interna do brao Infra-escapular, grande redondo

Trofismo Muscular :- Atrofias ou hipotrofias musculares, hipertrofia e pseudohipertrofia. - Circunferncia dos braos, antebraos, coxas e pernas - Consistncia muscular: Palpao - Passividade: balano do segmento distal atravs do proximal. Estensibilidade. Hipotonia e Hipertonia piramidal (Sinal do Canivete) e extrapiramidal (Sinal da Roda Denteada)

Tono muscular :

Exame fsicoEquilbrio esttico:- em p (preferencialmente) ou sentado. - olhos abertos e fechados. - Sinal de Romberg - Mtodos de sensibilizao (p - ante - p; desvios propositais)

Exame fsico Taxia Cintica: - Prova ndex-nariz - Prova calcanhar - joelho OBS: nestas provas avalia-se harmonia e mtrica do movimento e a presena de tremor de inteno. - Diadococinesia

Exame fsico Reflexos

superficiais: cutneo plantar, cutneo abdominal, cremastrico crtexlesionado = abolio de reflexos

Reflexos

profundos: patelar, aquileu, bicipital, triciptal, estilaradial, flexor profundo dos dedos.

Reflexos miotticosGrau 0 1 2 3 4 Resposta Arreflexia Hiporreflexia Normorreflexia Reflexos exaltados Hiperreflexia

Provas deficitrias

Manobras deficitrias ou particas, devem ser realizadas quando o paciente referir queixas sobre a fora muscular.

1 - Manobra dos braos estendidos: O paciente, na posio sentada ou de p, deve manter seus membros superiores na posio de juramento, com os dedos afastados uns dos outros. Depois de alguns segundos ou de meio a um minuto, segundo o grau de dficit motor, o membro partico apresenta oscilaes e tende a abaixar-se lenta e progressivamente.

Provas deficitrias2 - Manobra de Raimiste: Com o paciente em decbito dorsal, os antebraos so fletidos sobre os braos em ngulo reto e as mos so extendidas com as palmas para dentro e os dedos separados. Em caso de dficit motor, a mo e o antebrao do lado comprometido caem sobre o tronco de modo rpido ou lento. 3 - Manobra de Mingazzini (p/ MMII): O paciente em decbito dorsal flete as pernas em ngulo reto sobre as coxas e estas sobre a bacia. Em caso de dficit esta posio no se mantm por muito tempo, surgindo oscilaes ou queda progressiva da perna (dficit do quadrceps), da coxa (dficit do psoas) ou de ambos segmentos (dficit do quadrceps e do psoas).

Provas deficitrias4 - Manobra de Barr: Paciente em decbito ventral, com as pernas fletidas formando ngulo reto com as coxas. Em caso de dficit surgem oscilaes ou queda imediata ou progressiva de uma ou de ambas as pernas. Esta manobra serve para evidenciar dficits dos msculos flexores da perna sobre a coxa. 5 - Prova da queda do membro inferior em abduo: Com o paciente em decbito dorsal as pernas so fletidas sobre as coxas, mantendo-se o apoio plantar bilateral sobre o leito de tal sorte que os membros inferiores formem com o tronco um ngulo reto.

Sinais menngeos

Geralmente h infeco associada, o paciente apresenta febre, palidez, sudorese, taquicardia, fotosensibilidade, cefalia e vmitos. 1. Verificar se h rigidez de nuca com movimentos de lateralidade e de flexo e extenso da cabea. 2. Sinal de Brudzinsky: flexo do membro inferior enquanto se pesquisa a rigidez de nuca. Na criana pode-se realizar a flexo do tronco.

Sinais menngeos 3. Sinal de Kernig: realiza-se a extenso de uma perna, se houver sinal menngeo o paciente ir sentir dor devido distenso das meninges e as pernas iro se fletir.

Sinais menngeos 4. Sinal de Lasegue: presena de dor quando se realiza a extenso do membro inferior.

Atitude

menngea: paciente em decbito lateral com extenso da cabea e flexo dos membros ( atitude em co de espingarda ).

I - Olfatrio Hiposmia

pouco olfato Anosmia - nada de olfato Parosmia alteraes de cheiro Cacosmia cheiro modificado,geralmente, ruim

II - ptico

Acuidade visual ler atabela de letras e numeros

Campos visuais Fundo de olho

II - ptico

Leso no nervo ptico direito causa a perda da viso no lado direito. Leso no quiasma ptico causa hemianopsia bitemporal ( heternima ) devido ao cruzamento das fibras provenientes de ambas as retinas nasais.

Fundo de olho

Campos visuais

Movimentao ocular extrnseca

Paralisia do ocular D

V trigmio Fibras

motoras para os msculos da mastigao. Fibras sensitivas para face e crnio.

Nervo Facial Funes

motoras, sensitivas, sensoriais e vegetativas. Musculatura da mmica, com exceo do elevador da plpebra (3 par) Sensibilidade gustativa dos dois teros anteriores da lngua. Fibras parassimpticas das glndulas lacrimais e salivares.

Charles Bell 1774-1842

Paralisia Facial Perifrica

VIII Acstico-vestibular Responsvel

pela audio e equilbrio Funo auditiva: Voz, diapaso, audimetros Diapaso: comparao entre conduo area e conduo ssea. Prova de Weber:

VIII Acstico-vestibular

Nosso ouvido dividido em 3 partes: externo, mdio e interno.

Ouvido externo: formado pelo pavilho auricular e canal auditivo com a membrana timpnica no fundo do canal. Ouvido mdio: Esto os 3 ossculos (martelo, bigorna, estribo) e a abertura da tuba auditiva. Ouvido interno: Tambm chamado de labirinto, formado pelo aparelho vestibular (equilbrio) e cclea (audio).

VIII Acstico-vestibular Prova

de Rinne:

VIII Acstico-vestibular Surdez

de conduo: Defeito na transmisso das vibraes auditivas aos rgos receptores ( obstruo de conduto, leso ossicular...) Surdez de percepo: leso do aparelho receptor e do nervo acstico.

VIII Acstico-vestibular

Perda auditiva pode ser de conduo quando existe um bloqueio no mecanismo de transmisso do som, desde o canal auditivo externo at o limite com o ouvido interno. Obstruo por acmulo de cera ou por objetos introduzidos no canal do ouvido. Perfurao ou outro dano causado no tmpano. Infeco no ouvido mdio. Infeco, leso ou fixao dos pequenos ossinhos (ossculos) dentro do ouvido mdio.

VIII Acstico-vestibular

A surdez de percepo ou neurossensorial (leso de clulas sensoriais e nervosas) aquela provocada por problema no mecanismo de percepo do som desde o ouvido interno (cclea) at o crebro.

Rudo intenso causa freqente de surdez. Intensidades de som acima de 75 decibis podem causar perdas auditivas induzidas pelo rudo (PAIR). Infeces bacterianas e virais, especialmente rubola, caxumba e meningite, podem causar surdez de percepo. Medicamentos, especialmente alguns antibiticos, podem lesar as estruturas neurossensoriais causando surdez. Idade Tumores benignos e malignos que atingem o ouvido interno ou a rea entre o ouvido interno e o crebro podem causar surdez, como por exemplo o neurinoma, colesteatoma, hemangioma, glomus, carcinoma

Sistema Vestibular Nistagmo Desvio

postural Provas labirnticas (otorrino) prova calrica diagnstico de morte enceflica

IX - Glossofarngeo

Fibras motoras msculo constritor superior das faringe e estilofarngio. Fibras sensitivas do tero posterior da lngua Fibras parassimpticas responsveis pela inervao secretria da glndula partida.

X Vago Fibras

motoras do palato mole, faringe, laringe. Fibras sensitivo-sensoriais da faringe, laringe, epiglote. Fibras parassimpticas em rvore traqueobrnquica, miocrdio, trato digestivo

XI - Espinal

XII - Hipoglosso Nervo

motor da lngua

Obrigad