aula 5 ucam 2014.1 - epa - sistemas

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27/01/2014 1 Disciplina: EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO. Tema: TEORIA DE SISTEMAS (1960). Prof. Angelo Peres Aula 5 Ludwig Von Bertalanffy (AUSTRIA - USA, BIÓLOGO) 1901 – 1972. Com a revolução do carvão e do ferro; e, posteriormente, com a invenção dos novos aparatos com base no aço, petróleo e na eletricidade houve significativa mudança na produção, bem como alterou a concepção de trabalho. Estes fatos, ainda, propiciou surgir o capitalismo industrial, financeiro, surgimentos de mega empresas, e, é claro, uma enorme ampliação dos mercados. Os modelos mecanicistas (e sua implementação) de Taylor (1856 – 1915), Fayol (1841 – 1925) tinham como desafio aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização e da organização do trabalho, por meio da aplicação de princípios gerais da Administração, em bases cientificas. Assim como o aparecimento do modelo mecanicista aconteceu o progresso da Física e da Biologia. Com isto, há autores que passaram a ter o entendimento de que as organizações são como organismos vivos, sistemas, e há interdependência entre as partes. Neste bojo, o século XVIII passa a assistir ao nascimento do que hoje chamamos de Teorias Administrativas. Tais teorias visavam (e visam), grosso modo, contribuir na arrumação dos arranjos organizacionais. Dando aos empreendimentos industriais mais agilidade, aumento do nível de produtividade, flexibilidade, aumento de performance performance e lucratividade, entre outras. As primeiras teorias administrativas evidenciavam um modelo de cunho mecanicista e burocrático voltado para assegurar o máximo de prosperidade para o patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado (TAYLOR, 2008, p. 24).

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Disciplina: EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO.

Tema: TEORIA DE SISTEMAS (1960). Prof. Angelo Peres

Aula 5

Ludwig Von Bertalanffy (AUSTRIA - USA, BIÓLOGO) 1901 – 1972.

Com a revolução do carvão e do ferro; e, posteriormente, com a invenção dos novos

aparatos com base no aço, petróleo e na eletricidade houve significativa mudança

na produção, bem como alterou a concepção de trabalho.

Estes fatos, ainda, propiciou surgir o capitalismo industrial, financeiro, surgimentos de mega empresas, e, é claro, uma enorme ampliação dos mercados.

Os modelos mecanicistas (e sua implementação) de Taylor (1856 – 1915), Fayol (1841 – 1925) tinham

como desafio aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização e da organização do

trabalho, por meio da aplicação de princípios gerais da Administração, em bases cientificas.

Assim como o aparecimento do modelo mecanicista aconteceu o progresso da

Física e da Biologia. Com isto, há autores que passaram a ter o entendimento de que

as organizações são como organismos vivos, sistemas, e há interdependência entre

as partes.

Neste bojo, o século XVIII passa a assistir ao nascimento do que hoje chamamos de Teorias Administrativas. Tais teorias visavam (e visam),

grosso modo, contribuir na arrumação dos arranjos organizacionais. Dando aos

empreendimentos industriais mais agilidade, aumento do nível de produtividade, flexibilidade, aumento de performanceperformance e lucratividade, entre

outras.

As primeiras teorias administrativas evidenciavam um modelo de cunho

mecanicista e burocrático voltado para assegurar o máximo de prosperidade para o

patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado (TAYLOR, 2008, p. 24).

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Antes do século XVIII, com o avanço da Física, da Mecânica e da

Matemática, as pessoas passaram a interpretar tudo em termos de

métodos. Dessa forma, a Teologia e o misticismo dá lugar à Ciência.

EMPIRISMO => MODELOS MECÂNICOS E BUROCRÁTICOS.

SOCIEDADE NATURAL => SOCIEDADE COMO MÁQUINA. COMPLEXA.

As organizações de então são fruto de um complexo e

intrincado conjunto de elementos, que se inter-relacionam, bem

como tem efeitos daí decorrentes.

NESTE NORTE SURGE A TEORIA DOS SISTEMAS (TS) QUE TEM PRINCIPAL INSPIRAÇÃO NA

BIOLOGIA.

Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br e goretysilva.blogspot.com.br

Todo sistema têm dependência entre as partes.

Toda empresa é um organismo vivo.

Não se pode analisar uma parte sem que se tenha consciência do

todo e as inter-relações das partes entre si.

Para a TS há que se fazer um estudo das relações entre os

elementos (os sistemas).

O SISTEMA é um conjunto de partes interagentes e

interdependentes que, conjuntamente, formam um todo

unitário com determinados objetivos e função específica.

SISTEMA

É um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam

função especifica.

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Processo de

Transformação

Objetivos

entradas saídas

Retroalimentação

entropia

Controle e avaliação.

COMPONENTES DE UM SISTEMA

O moderno enfoque dos Sistemas empresariais procurava desenvolver:

1 – Uma nova técnica para lidar com o complexo e grande conjunto de atividades

de uma empresa.

Fonte: OLIVEIRA, 2011, p. 6.

2 – Um enfoque único do todo, que não permite a análise separada das partes do

todo, em virtude das complexas inter-relações das partes entre si e com o todo.

Fonte: OLIVEIRA, 2011, p. 6.

3 – Um estudo de relações entre os elementos componentes dos sistemas, de

preferência ao estudo isolado dos elementos, destacando-se o processo e as probabilidades de transição, especificados

em função dos arranjos estruturais e a dinâmica de atuação destes elementos.

Fonte: OLIVEIRA, 2011, p. 6.

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Processo de

Transformação

Objetivos

entradas saídas

Retroalimentação

entropia

Controle e avaliação.

COMPONENTES DE UM SISTEMA

Os COMPONENTES DE UM SISTEMA transitam (ou

funcionam ou se processam) no AMBIENTE

DO SISTEMA.

AMBIENTE DE UM SISTEMA é o conjunto de todos os

fatores que se possa conceber influência (direta

ou indireta) sobre a operação de um sistema. AMBIENTE DE

UM SISTEMA

Mercado de Mão de Obra.

Governo.

Fornecedores.

Sistema Financeiro.

Sindicatos.Comunidade.

Tecnologia.

Consumidores.

Concorrência

EMPRESA

Fonte: http://topexecutivesnet.com/site/tensrm/Fonte: http://topexecutivesnet.com/site/tensrm/

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O AMBIENTE DO SISTEMAnão pertence ao SISTEMA,

mas qualquer mudança nele pode alterar todos os

fatores externos e internos.

Ambiente Geral

ou ECOSISTEMA

Ambiente Interno ou SUBSISTEMA.

Ambiente Geral

ou ECOSISTEMA

Ambiente Interno ou SUBSISTEMA

Ambiente Operacional ou SISTEMA

EMPRESA: São sistemas planejados que mantém

integridade de sua estrutura interna através de laços psicológicos.

Tal integridade é conseguida por intermédio

de padrões formais de comportamento através de

regras e normas (mais valores, credos, crenças,

postura ética, etc.)

A ADM de RH, dessa forma, passa a ser a responsável

por desenvolver/formatar/acompanhar/atualizar as funções, os cargos, os processos e

os valores... Tanto das pessoas como da

organização.

Ambiente Interno ou

SUBSISTEMA

�Mercadológico

�Contábil/Financeiro

�Jurídico

�Marketing

�Financeiro

�RH

�OSM

�Produção

Organização

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Exercício de Fixação do Conteúdo (1).

* - Social, econômico, tecnológico, legal e político.

No Ambiente Geral*quais são os fatores que

apontam para uma oportunidade no que diz respeito a abrir um salão

de beleza?

* - Fornecedor, concorrência, cliente e mão de obra.

No Ambiente Operacional* quais são os fatores que apontam

para uma ameaça no que diz respeito a abrir um

salão de beleza?

* - Organizacional, Marketing, Financeiro, RH, Produção.

No Ambiente Interno*quais são os fatores que apontam para uma força e/ou fraqueza no que diz respeito a abrir um salão

de beleza?

OS COMPONENTES DE UM SISTEMA

1 – OS OBJETIVOS: são os objetivos dos usuários, quanto do próprio sistema. O objetivo é a própria razão do sistema.

2 – AS ENTRADAS DO SISTEMA: tem como função fornecer ao sistema os materiais, as informações e a energia para a operação ou o processo de transformação, o qual gera

determinadas saídas.

Fonte: http://blog.planoemfoco.com/?p=313

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3 – PROCESSO DE TRANSFORMAÇAO DO SISTEMA: a função que possibilita a

transformação de um insumo (entrada) em produto, serviço ou resultado (saída).

4 – SAIDAS DO SISTEMA: é o resultado do processo de transformação (saída). A saída

deve ser coerente com o objetivo, bem como a saída deve ser quantificãvel e de acordo com os critérios (e parâmetros)

previamente fixados.

5 – OS CONTROLES E AS AVALIAÇOES DO SISTEMA: verifica-se se as saídas estão

coerentes (ou não) com os objetivos estabelecidos. Para tal é necessário uma

medida de desempenho do sistema, chamada indicador ou padrão.

6 – RETROALIMENTACAO DO SISTEMA: ele é um processo de comunicação que reage a cada entrada de informação, incorporando o resultado da ação resposta desencadeada

por meio de nova informação, a qual afetará seu comportamento subsequentemente, e

assim sucessivamente. Esta realimentação é um instrumento de regulação retroativa ou

de controle.

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REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA, D.P.R. O&M. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

PORTER, M. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA, D.P.R. O&M. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

PORTER, M. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1990.