aula armaduras 00
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Prof. Luciana Alvarenga Santos
Tecnologia das Construções III
1
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2
Procedimentos Preliminares a Execução das Armaduras
Os projetos estruturais são bem detalhados no que diz respeito às
armaduras.
Todo o projeto apresenta quadros que mostram:
• a posição,
• a quantidade,
• diâmetro,
• comprimento e
• detalhes de dobragem,
• além de quadros com resumo por bitola,
levando ou não em consideração as perdas que ocorrem na obra.
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O projeto estrutural fornece as seguintes informações:
a) Seções e comprimentos dos elementos de concreto armado (formas e armaduras);
b) Desenho detalhado das peças estruturais (bitolas, o espaçamento entre as
barras de aço, cobrimentos, esperas, emendas ou transpasse);
c) Volume de concreto e área de forma;
d) Tabela do aço (posição do aço, comprimentos e pesos parciais e global).
A seguir são apresentados dois modelos de tabelas de aço.
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Número
1
2
3
4
.
.
n
Qtd
10
19
12
13
.
.
20
Φ
16
4,2
16
6,3
.
.
20
Comp
393
125
393
60
.
.
410
Uso
P4
P4
P8
P9
.
.
P12
Tipo
reto
estr
reto
gan
.
.
reto
A
22
47
.
.
B
35
.
.
Legenda de dobramento (c/redução de dobra)
Ferro reto Ferro em L
A
Estribo
A
B
Ferro em U
A B
Gancho
A
Edifício Príncipe da Rumânia
Pilares térreo
0023
Cod
03PT
Folha
10/07/00
Data
CA-50
Aço
20 MPa
Fck
Título
Obra
Calculate
Louis ToroneEng.Civil
Crea 123456-P
4
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Legenda de dobramento (c/redução de dobra)
Ferro reto Ferro em L
A
Estribo
A
B
Ferro em U
A B
Gancho
A
Edifício Príncipe da Rumânia
Pilares térreo
0023
Cod
03PT
Folha
10/07/00
Data
CA-50
Aço
20 MPa
Fck
Título
Obra
Calculate
Louis ToroneEng.Civil
Crea 123456-P
Ø Ferro
(mm)
4,2
6,3
8,0
10,0
12,5
16,0
20,0
Comp
(m)
1030,85
243,80
0,00
0,00
310,10
408,72
246,00
Peso
(kg/m)
0,109
0,248
0,388
0,559
0,994
1,553
2,236
Peso+0%
(kg)
112,0
61,0
0,0
0,0
308,0
635,0
550,0
Peso total + 0% (kg) 1666,0
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Aços para a construção civil – Tipos de aços
Os aços utilizados na construção civil são classificados de acordo com
suas características mecânicas (tensão de escoamento) e conforme o
processo de fabricação – laminação a quente, encruamento por
deformação a frio ou trefilação fio-máquina.
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No quadro a seguir são mostrados os tipos de aços mais comuns
utilizados na confecção de peças em concreto armado:
CA 25 - liso (ainda é encontrado nervurado)
CA 50 - nervurado
CA 60 - liso e com entalhes
Arame recozido - amarração de vergalhões
Telas soldadas
barras e rolos
barras de 12 m
barras rolos ou barras de 12 m
rolos de 60, 35 ou 1 kg
painéis ou rolos e 60 e 120 m
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De acordo com a norma NBR 7480, as barras de aço, seja de que tipo
for, com diâmetro igual ou superior a 10 mm deverão apresentar marcas
de laminação em relevo (de identificação) com a marca do fabricante, a
categoria e o diâmetro.
Nos aços em barras de diâmetro menor que 10 mm a identificação
poderá ser feita com a pintura de uma das pontas em cores padronizadas.
Identificação
do fabricante
Categoria
do aço
Diâmetro
da barra
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Os aços usados na construção civil mais comuns fornecidos pelos
fabricantes são:
CA-50, com superfície nervurada
(a Gerdau especifica o GG-50; a Belgo Mineira especifica Belgo 50)
CA-25 com superfície lisa.
No caso dos aços CA-50 de boa qualidade pode-se fazer emendas com
solda a topo (para diâmetros de 10 a 40 mm).
Há também, por parte dos fabricantes com certificados de qualidade, a
preocupação em fornecer barras de comprimentos definidos com rigoroso
controle dos diâmetros, o que possibilita reduzir as perdas por transpasse nas
emendas, sobra de pontas no corte e por desbitolamento.
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Os aços da categoria CA-50 são indicados para ferragem longitudinal
de vigas, pilares, estacas e blocos.
Os ferros em CA-25 são admitidos em elementos de fundações - estacas
brocas e baldrames.
Diâmetro
Nominal
(DN)
(mm)
6,3
8,0
10,0
12,5
16,0
20,0
25,0
32,0
40,0
Massa
Nominal
(kg/m)
0,245
0,395
0,617
0,963
1,578
2,466
3,853
6,313
9,865
Resistência
característica
de escoamento
(fy)
(Mpa)
500
Limite de
Resistência
(Mpa)
1,10 x
fy
Alongamento
mínimo em
10 ø
8%
Diâmetro do
pino para
dobramento
a 180º
(mm)
4 x DN
6 x DN
8 x DN
CA 50
Adaptado do Catálogo da Gerdal (outubro de 2000)
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Diâmetro
Nominal
(DN)
(mm)
6,3
8,0
10,0
12,5
16,0
20,0
25,0
32,0
40,0
Massa
Nominal
(kg/m)
0,245
0,395
0,617
0,963
1,578
2,466
3,853
6,313
9,865
Resistência
característica
de escoamento
(fy)
(Mpa)
250
Limite de
Resistência
(Mpa)
1,20 x
fy
Alongamento
mínimo em
10 ø
18%
Diâmetro do
pino para
dobramento
a 180º
(mm)
2 x DN
4 x DN
CA 25
Adaptado do Catálogo da Gerdal (outubro de 2000)
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Os aços da categoria CA-60 admitem emendas soldáveis, dobragem e
alta resistência. Vergalhões de aço CA-60 são indicados para a produção de
vigotas de lajes pré-fabricadas, treliças, armações para tubos, pré-moldados,
armações em lajes e estribos.
Diâmetro
Nominal
(DN)
(mm)
3,40
4,20
5,00
6,00
7,00
8,00
9,50
Massa
Nominal
(kg/m)
0,071
0,109
0,154
0,222
0,302
0,395
0,558
Resistência
característica
de escoamento
(fy)
(Mpa)
600
Limite de
Resistência
(Mpa)
660
Alongamento
mínimo em
10 ø
5%
Diâmetro do
pino para
dobramento
a 180º
(mm)
5 x DN
CA 60
Adaptado do Catálogo da Gerdal (outubro de 2000)
Relação
fst/fy
>=
1,05
A tensão última atingida no ensaio, corresponde à resistência à tração do aço (fst).
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Os arames de aço recozido são obtidos por trefilação de fio-máquina,
com posterior recozimento em fornos de tratamento térmico com
temperaturas e tempo controlados.
Possuem elevado grau de ductibilidade e alta resistência à tração. Suas
características garantem sua utilização em operações que exigem dobras e
torções, como as amarrações de armaduras para concreto, embalagens de
feixes, fardos, etc.
São fornecidos em rolos de 1Kg, 35Kg e 60Kg.
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Execução da armadura
Corte dos ferros (Equipamentos)
a) Arcos e serras de aço rápido – indicada para pequenas obras com laje
pré-fabricadas, tem como principal vantagem o menor investimento em
equipamentos e mobilidade e como desvantagem o fato de exigir maior tempo
de execução e conseqüente maior custo de mão-de-obra;
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Execução da armadura
Corte dos ferros (Equipamentos)
b) Tesouras de corte – é indicada para obras de pequeno é médio porte
com lajes maciças ou mistas, com a vantagem de possibilitar maior rapidez no
corte dos vergalhões, exigindo, porém, maior esforço humano;
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Execução da armadura
Corte dos ferros (Equipamentos)
c) Máquinas de corte – cujo emprego é indicado para obras de médio a
grande porte, permitindo o corte de bitolas maiores, tendo como
desvantagem relativa a necessidade de ter que ser fixada em local único;
d) Serra de corte – para obras de médio e grande porte, com o corte rápido
de qualquer tipo de bitola, tendo como principal desvantagem o ruído
provocado pela alta velocidade do disco.
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Dobra dos ferros
a) Pinos de dobragem – em obras pequenas e médias pode-se usar pinos
feitos de aço fixados diretamente nos pranchões para servir de apoio na
dobragem dos ferros com uma alavanca (chave ou ferro de dobrar).
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http://www.mjscabos.com.br/autenticacao.asp
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b) Chapas de dobrar – são chapas prontas com pinos de dobragem
soldadas que devem ser fixadas na bancada para servir de apoio
para o uso da ferramenta de dobragem.
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24
Diâmetro do aço
Menos de 10 mm
10 a 20 mm
Mais de 20 mm
CA 25
3 Ø
4 Ø
5 Ø
CA 50
3 Ø
5 Ø
8 Ø
CA 60
3 Ø
6 Ø
Diâmetro do pino de dobra
O diâmetro dos pinos deve seguir o especificado na tabela a seguir:
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c) Máquinas de dobrar – para obras de médio a grande porte pode-se usar
máquinas para realizar o trabalho de dobragem em série. Exigem mão-de-
obra qualificada para a operação do equipamento.
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Depois de cortadas e dobradas as barras soltas podem ser
imediatamente montadas ou amarradas em feixes, chamados kits de
armaduras para serem transportadas para a obra, quando montadas em central
ou do local de corte e dobra (térreo) para o local de aplicação (pavimento).
Cada kit deve conter a armadura de um pilar ou viga ou parte da
armadura de laje. Os kits devem receber identificação conforme o projeto
estrutural por meio de etiquetas (plaquetas) a fim de evitar erros de montagem.
A armazenagem deve ser feita em local livre de passagem de
equipamentos e preferencialmente colocados sobre berços de madeira. Para
transportar usar guincho (grua) com os devidos cuidados de manuseio.
Kits de armaduras
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27
Etiqueta de identificação
Kit de armadura
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28
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30
Amarração dos ferros
a) Arame trançado (dobrado ou retorcido) – a amarração das barras cortadas
e dobradas para solidarizar a armação é feita com arame recozido n.º 18 em
par trançado (no mínimo), executando-se o nó mais apropriado de acordo
com número de barras concorrentes no ponto de amarração pela aplicação de
torniquete com a ferramenta do armador - torquês de cabo comprido – e que
depois de devidamente apertado é cortado rente ao nó.
b) Nó simples – é usado para amarrar duas barras lisas e de menor bitola em
um nó apenas, comum em solidarização de armaduras de laje maciça e
armaduras de pele.
c) Nó duplo – para bitolas maiores é necessário utilizar o nó duplo.
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31
Nó simples Nó duplo
Arame recozido dobrado
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32
d) bancadas de amarração – na maioria das vezes as armaduras são
montadas na própria obra e o mais próximo das formas que irão receber a
armadura. Pode-se, para isso, utilizar bancadas secundárias para a amarração
das armaduras feitas com cavaletes de madeira ou de barras de ferros.
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34
As emendas devem ser evitadas pois quase sempre acrescentam custos
e podem a vir a comprometer a segurança. No entanto, caso seja necessário
usar emendas é recomendável consultar profissional qualificado.
80 x
Distância entre as barras
Emendas nos aços
a) Emenda por transpasse – devem ser desalinhadas e o mínimo
transpasse em vergalhões é de 80 vezes o diâmetro da barra e a distância
entre as barras deve seguir a norma de acordo também com o diâmetro.
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35
b) Emendas com luvas – são luvas rensadas e/ou rosqueadas que exigem
cálculo específico feito para cada situação e executadas em oficinas com
equipamentos apropriados.
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Equipamento de Prensagem
Tanto as emendas do tipo padrão, como as rosqueadas, são
prensadas por um equipamento que se constitui basicamente de uma prensa
hidráulica portátil, acionada por bomba elétrica.
Existem dois modelos de prensa e para cada diâmetro de aço a ser
emendado são usadas mandíbulas específicas.
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37
c) Emendas por solda – existe norma específica para aços soldados e as
condições de aceite após ensaios próprios.
As emendas com solda podem ser por caldeamento e por eletrodo
(mais comum) e ainda com sistema de soldagem com cadinhos (moldes).
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38
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40
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41
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43
![Page 44: Aula Armaduras 00](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022051017/55cf997e550346d0339da9c7/html5/thumbnails/44.jpg)
44
http://www.construindo.com.br/et/funda.html
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Após a amarração das barras constituindo as armaduras ou parte
delas (dependendo das dimensões e peso) os conjuntos podem ser levados
para as formas para a montagem final.
No caso de armaduras de pilares e vigas recomenda-se colocar a
armadura na forma com pelo menos uma das faces (fundo) já com as
pastilhas (espaçadores) devido a dificuldade em colocar as pastilhas
depois da armadura estar na forma.
Montagem das armaduras
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A seguir uma pequena listagem de itens e cuidados na montagem das
armaduras:
a) Colocação dos espaçadores – são pequenas peças de plástico,
argamassa ou metálicos usados para garantir o recobrimento mínimo no
concreto e são colocados entre a armadura e a forma e/ou entre as barras de
aço. Nas lajes colocar no mínimo 5 espaçadores por metro quadrado.
b) Colocação de caranguejos – são espaçadores feitos de pedaços de
barras de aço próprios para a colocação dos ferros negativos das lajes.
c) Amarração das armaduras das lajes – deve amarrar alternadamente
as barras cruzadas nas lajes (nó sim, nó não). Fazer uma verificação final e
ajustes, momentos antes da concretagem.
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e) Conferir o posicionamento dos embutidos (caixas, tubulação) e
aberturas.
f) No caso de armadura muito densa, evitar fechar totalmente a
passagem do vibrador, deixando para colocar eventuais barras no momento
do lançamento e adensamento do concreto.
g) Protetores de pontas – luvas plásticas que são colocadas nas pontas
de ferro (esperas) para proteger os operários de cortes acidentais.
d) Verificar a necessidade de armaduras de
pele em vigas e pilares e em pontos próximos às
caixas e tubulações. Cuidar para evitar fissuras
por retração.
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