aula propagação 2010

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Disciplina: Fruticultura Tropical Propagação de Frutíferas

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Page 1: Aula Propagação 2010

Disciplina: Fruticultura Tropical

Propagação de Frutíferas

Page 2: Aula Propagação 2010

PROPAGAÇÃO POR SEMENTES

- Grandes variações (segregação e recombinação de genes).

- Emprega-se quando: Não podem ser propagadas por outro meio; Obtenção de porta-enxerto; Obtenção de variedades novas; Melhoramento genético

Page 3: Aula Propagação 2010

PROPAGAÇÃO SEXUADA VANTAGENS DESVANTAGENS

MAIOR LONGEVIDADE

PORTE ELEVADO

DESENVOLVIMENTO

VIGOROSO

PRODUÇÃO IRREGULAR

SISTEMA RADICULAR

MAIS VIGOROSO E PROFUNDO

PRODUTO NÃO PADRONIZADO

NOVAS VARIEDADES

FRUTIFICAÇÃO TARDIA

CLONES NOVOS

PORTA ENXERTOS

DISSOCIAÇÃO DOS CARACTERES/

ESTERILIDADE

Fonte: SIMÃO (1975)

Page 4: Aula Propagação 2010

- ETAPAS DA PROPAGAÇÃO POR SEMENTESEscolha das matrizes;Escolha dos frutos;Escolha das sementes;Preparo das sementes;Conservação das sementes;Germinação das semente

Page 5: Aula Propagação 2010

SELEÇÃO DE MATRIZES E OBTENÇÃO DE SEMENTES (CRITÉRIOS)

Plantas de meia idade vigorosas produtivas precoces sadias porte baixo ou médio frutos de boa qualidade regularidade de produção

Page 6: Aula Propagação 2010

SEMEADURA

1- Canteiros(coqueiro, citrus, manga)

1.1 – Mudas raíz nua(macieira, figueira, pêssegueiro)

1.2 – Mudas de torrão( citrus, goiabeira, mangueira, abacateiro)

Page 7: Aula Propagação 2010

SEMEADURA

2 – Recipientes(maracujá, mamão, caju)

Sacolas plásticas polietileno

Tubetes

Page 8: Aula Propagação 2010

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA (VEGETATIVA)

Page 9: Aula Propagação 2010

ENXERTIA

É a união dos tecidos de duas plantas, geralmente da mesma espécie, passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (copa) e o porta-enxerto (cavalo).

2.5.1. ENXERTIA DE ENCOSTIA (sapotizeiro)

Leva-se o cavalo em um recipiente, até a planta que se quer propagar (copa).

2.5.2. ENXERTIA DE BORBULHIA (citrus, pêssego, caqui)

Consiste na justaposição de uma gema sobre um porta-enxerto (cavalo) enraizado.

Page 10: Aula Propagação 2010

2.5.1. ENXERTIA DE ENCOSTIA (sapotizeiro)

Leva-se o cavalo em um recipiente, até a planta que se quer propagar (copa).

Page 11: Aula Propagação 2010

ENCOSTIA NO TOPOENCOSTIA DO TIPO

LATERAL SIMPLES

ENCOSTIA DO TIPO

LATERAL INGLESA

Page 12: Aula Propagação 2010

2.5.2. ENXERTIA DE BORBULHIA (citrus, pêssego, caqui)

Consiste na justaposição de uma gema sobre um porta-enxerto (cavalo) enraizado.

Page 13: Aula Propagação 2010

BORBULHIA EM

PLACA E EM ANEL

BORBULHIA DE

GEMA COM LENHO

BORBULHIA EM “T” NORMAL

Page 14: Aula Propagação 2010

ENXERTIA DO TIPO GARFAGEM

Consiste em se soldar um pedaço de ramo destacado (garfo) sobre outro vegetal (cavalo). (mangueira, cajueiro, abacateiro, videira)

FENDA FENDA

CHEIACHEIA

FENDA FENDA

SIMPLESSIMPLES

FENDA DUPLAFENDA DUPLA

Page 15: Aula Propagação 2010

SUBENXERTIA

Page 16: Aula Propagação 2010

SOBREENXERTIA INTERENXERTIA

Page 17: Aula Propagação 2010

COMO AUMENTAR A EFICIÊNCIA DA ENXERTIA

A eficiência da enxertia depende dos fatores:1) habilidade do enxertador2) compatibilidade entre cavalo e cavaleiro, consistência

dos tecidos3) comportamento biológico: enxerto muito vigoroso não

se desenvolve bem se o porta-enxerto não for vigoroso; variedade que necessita de muita água é incompatível com variedade que não tolera umidade

4) Cavalos muito novos promovem insucesso. A maioria está pronta com 1 ano e meio. Abacate (5 meses)

5) a enxertia por borbulhia deve ser rápida para hão ressecar os tecidos da gema e do porta-enxerto.

Material necessário: Canivete de enxertia afiado com saliência na parte

superior, tesoura de poda, fitilhos, álcool para desinfecção dos instrumentos.

Page 18: Aula Propagação 2010

CUIDADOS APÓS ENXERTIA:• Local da enxertia deve ser protegido do sol e

chuva (própria folha, porta-enxerto)• Incentivar seu desenvolvimento: forçar a haste

do porta-enxerto em direção ao chão fixando com tutor ou curvando-se sobre si mesmo, provocará acúmulo de seiva na região do enxerto conferindo vigor.

• Cortes abaixo da região enxertada (forçar desenvolvimento do enxerto)

• Brotos abaixo do enxerto devem ser eliminados, assim como a ramificação excessiva do enxerto.

• Pegamento visto com 30 dias em média

Page 19: Aula Propagação 2010

ÉPOCA RECOMENDADA• BORBULHA: • primavera e início do verão (intensa atividade

vegetativa), pois no inverno as cascas dos ramos secam ficando mais aderentes

• Obs.: só deverá ser realizada em condições de deslocamento das cascas e aderência das borbulhas

• GARGAGEM:• Época de repouso vegetativo (final do inverno).

Em regiões tropicais sem inverno poderá ser feita o ano todo.

• ENCOSTIA• Primavera é mais adequada

Page 20: Aula Propagação 2010

ESTAQUIA

Regeneração dos tecidos e emissão de raízes (acerola, jaboticaba, goiabeira)

ESTACA:

Qualquer parte da planta matriz capaz de regenerar parte ou partes que lhe estão faltando

Fonte: XAVIER (2003)

Page 21: Aula Propagação 2010

MERGULHIA Consiste no enraizamento de uma parte da planta a ser

propagada, na própria planta. (figueira, kiwi)

MERGULHIA SIMPLES MERGULHIA INVERTIDA

MERGULHIA COMPOSTA

Page 22: Aula Propagação 2010

ALPORQUIA

É um método usado para propagar plantas difíceis de enraizar. É uma variação da mergulhia.

(amoreira preta, lichia, sapoti, jambo-rosa)

ETAPAS DA ALPORQUIA RAMO COM ALPORQUE

Page 23: Aula Propagação 2010

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA VEGETATIVA

ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS

Brotações que ocorrem em alguma região da planta

Page 24: Aula Propagação 2010

MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO EM BANANEIRAMÉTODOS DE PROPAGAÇÃO EM BANANEIRA

Quando há escassez de material para propagação da

bananeira, são empregados métodos que eleve a taxa de

multiplicação, e os principais são:

• Fracionamento de rizoma;

•Propagação rápida;

• Micropropagação ou propagação in vitro.

Page 25: Aula Propagação 2010

FRACIONAMENTO DE RIZOMAFRACIONAMENTO DE RIZOMA

• Arranquio das plantas, preferencialmente aquelas com

rizoma bem desenvolvido;

• Limpeza do rizoma, removendo as raízes e partes

necrosadas, de forma a eliminar brocas e manchas pretas

que apareçam;

• Eliminação de parte das bainhas do pseudocaule, de modo

a expor as gemas entumecidas;

• Fracionamento do rizoma em tantos pedaços quantas forem

às gemas existentes;

• Plantio dos pedaços de rizoma em canteiros devidamente

preparados com matéria orgânica;

Page 26: Aula Propagação 2010

TIPOS DE MUDAS DE BANANEIRATIPOS DE MUDAS DE BANANEIRA

Page 27: Aula Propagação 2010

TIPOS DE MUDAS DE BANANEIRATIPOS DE MUDAS DE BANANEIRA

• Chifrinho:Chifrinho: muda com 20 a 30 cm de altura, dois a três

meses de idade, apresentando folhas lanceoladas;

• Chifre:Chifre: Muda com 50 a 60 cm de altura, três a seis

meses de idade, apresentando folhas lanceoladas;

• Chifrão:Chifrão: muda com 60 a 150 cm de altura, seis a nove

meses de idade, apresentando uma mistura de folhas em

forma de lança e folhas típicas de planta adulta;

• Adulta:Adulta: muda com rizoma bem desenvolvido, em fase

de diferenciação floral, com folhas largas, porém ainda

jovens;

Page 28: Aula Propagação 2010

• Pedaço de rizoma:Pedaço de rizoma: muda oriunda do fracionamento

do rizoma, peso em torno de 1000 gramas e que

apresentam pelo menos uma gema bem entumecida;

• Rizoma com filho aderido:Rizoma com filho aderido: muda que apresenta

brotação desenvolvida junto com no rizoma, exigindo

maiores cuidados para evitar danos aos brotos;

• Guarda-chuva:Guarda-chuva: muda pequena, de 15 a 30 cm de

altura, com folhas típicas de plantas adultas. Deve ser

evitada por possuir pouca reserva, proporcionar longo

ciclo vegetativo e menor produtividade.

Page 29: Aula Propagação 2010

Fig. Plantio de muda de bananeira em cova adubada.

Page 30: Aula Propagação 2010

PROPAGAÇÃO RÁPIDAPROPAGAÇÃO RÁPIDA

• consiste na limpeza de rizomas, ainda em fase vegetativa, e retirada de bainhas das folhas para exposição da gema apical;

• desinfecção dos rizomas em solução de 1 litro de hipoclorito de sódio a 5% em 5 litros de água, por dez minutos;

• são plantados superficialmente em substrato contendo areia lavada e esterilizada, cobertos com plástico transparente;

• são danificadas a gemas apicais (ponto de crescimento das plantas) para estimular o desenvolvimento das gemas laterais;

• quando os brotos apresentarem tamanho superior a 15 cm, devem ser removidos e transplantados, em substrato orgânico, sob condições de câmara úmida;

• O rendimento é de 20 a 30 mudas por rizoma após 8 meses.

Page 31: Aula Propagação 2010

MICROPROPAGAÇÃOMICROPROPAGAÇÃO OU PROPAGAÇÃO OU PROPAGAÇÃO ‘‘IN VITRO’IN VITRO’

Consiste no cultivo de fragmentos muito pequenos de

plantas, os chamados explantes.

• coleta de mudas;

• preparo do explante, diminuindo o tamanho do rizoma até que se chegue a um bloco com cerca de 1 cm de rizoma e 2 cm de pseudocaule;

• desinfestação, em câmara de fluxo laminar, a fim de eliminar a presença de microrganismos responsáveis pela contaminação dos explantes;

• incisão do explante, com um tamanho em torno de 0,5 cm de rizoma e 1 cm de pseudocaule;

Page 32: Aula Propagação 2010

• incubação em meio de cultura sem fitohormônios;

• comprovação da ausência de microrganismos durante os

30 primeiros dias, eliminando-se os explantes contaminados;

• transferências dos explantes sadios para meio com 4 mg/L

de benzilaminopurina (BAP), visando a formação de brotos

adventícios;

• enraizamento das plântulas em meio de cultura sem

fitohormônios;

• transferência das plantas para substrato, em casa de

vegetação, para o endurecimento;

• plantio das mudas no campo, de preferência em período de

chuvas ou sob irrigação.

Page 33: Aula Propagação 2010