aula xi avaliação esquema luria

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  • Centro Universitrio Celso Lisboa

    PSICOMOTRICIDADE

    Prof. Maria Angela de Oliveira Champion Barreto

    Fonoaudiloga e Fisioterapeuta

    Especialista em Estimulao Precoce

    Conceito Neuroevolutivo Bobath

    Ncleo RDN/ IPPMG/ UFRJ

    [email protected]

  • UNIDADES FUNCIONAIS DO CREBRO(LURIA)

    O CREBRO HUMANO COMPOSTO, SEGUNDO LURIA, POR 3 UNIDADES FUNCIONAIS BSICAS

    CADA UMA POSSUI UMA FUNO PARTICULAR E PECULIAR

    A BATERIA PSICOMOTORA COMPE-SE DE SETE FATORES PSICOMOTORES DISTRIBUDOS PELAS TRS UNIDADES

    FUNDAMENTAIS DE LURIA

  • UNIDADES FUNCIONAIS DO CREBRO(LURIA)

    PRIMEIRA UNIDADE PRIMEIRA UNIDADE

    Tonicidade

    Equilibrao

    Regulao tnica

    Alerta (sono e viglia)

    Estados mentais

    As estruturas do Sistema nervoso, responsveis pelo funcionamento daprimeira unidade funcional so o tronco cerebral, o diencfalo e as regiesmdias do crtex.

    A Formao Reticulada est localizada no Tronco Cerebral e responsvel

    pelas atividades automticas do ser humano

  • UNIDADES FUNCIONAIS DO CREBRO(LURIA)

    SEGUNDA UNIDADE SEGUNDA UNIDADE

    Lateralizao

    Noo do corpo

    Estruturao espao-temporal

    Recepo

    Anlise

    Armazenamento da informao

    Regies posteriores e laterais no neocrtex responsveis pela recepo dos rgos

    sensoriais

    Regio occipital - anlise visual; regio temporal superior - anlise auditiva; regio

    ps- central parietal analisador ttil e cinestsico

  • UNIDADES FUNCIONAIS DO CREBRO(LURIA)

    TERCEIRA UNIDADE TERCEIRA UNIDADE

    Praxia global

    Praxia fina

    Programao

    Regulao

    Verificao da atividade

    Regies anteriores do crtex, frente do sulco central (reas pr-central e

    frontal), regio denominada de lbulos frontais.

  • UNIDADES FUNCIONAIS DO CREBRO(LURIA)

    A 1 unidade funcional est em atividade desde antes donascimento desempenhando participao decisiva durante oparto, e durante os processos iniciais de maturao motora.

    A 2 unidade funcional s entra em funcionamento aps onascimento estabelecendo importante papel nas relaesentre o organismo e o meio (espao intracorporal eextracorporal).

    A 3 unidade funcional depende das duas primeiras e responsvel, como j vimos pelas aes voluntrias, que ssero realizadas mais tarde.

    Nas aes voluntrias podemos constatar a interao dastrs unidades funcionais.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Verificao da Primeira Unidade Funcional de Luria

    TONICIDADE

    DE REPOUSO (BASE) DE AO

    Passividade paratonias

    Extensibilidade diadococinesia

    sincinesia

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Extensibilidade: mede o alongamento que sofrem os msculos, tendes eligamentos quando se afastam passivamente seus pontos de insero.

    Paratonia: perturbao do tnus muscular (debilidade motora) consistindoprincipalmente num dificuldade do relaxamento voluntrio. Incapacidadede relaxamento da musculatura.

    Diadococinesia: habilidade para realizar repeties rpidas de padresrelativamente simples de contraes musculares opostas

    Sincinesia: movimentos involuntrios e muitas vezes inconscientes que seproduzem durante outros movimentos geralmente voluntrios econscientes

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    EQUILBRIO

    Imobilidade:

    Posio de Romberg - A crianadeve estar de p, braos aolongo do corpo, ps unidos eolhos fechados por 60 segundos

    Atravs dela podemos observar o

    grau de controle vestibular e

    cerebeloso da postura.

    movimentos faciais, gesticulaes,

    sorrisos, oscilaes, rigidez corporal,

    Tiques.

    EQUILBRIO

    Dinmico

    marcha controlada

    saltar num p s

    saltar com os ps juntos.

    Observar:

    preciso, a economia, o controle, destreza, grau de facilidade ou

    de dificuldade, assimetrias, reaes de busca de equilbrio.

    Atividade piramidal.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Verificao da Segunda Unidade Funcional de Luria

    Lateralizao:

    1 ocular : prova de sighting solicita-se que o sujeito olhe por uma luneta oucanudo que lhe ser apresentada na linha mdia do corpo;

    2 auditiva: solicita-se que o sujeito fique de costas, realizamos um sinal sonoro eobserva-se para que lado o sujeito gira o corpo. pede-se que o sujeito simuleatender ao telefone;

    3 manual: solicita-se ao sujeito que realize alguns arremessos, com uma dasmos. caso ele venha a alternar o uso das mos, pede-se que dramatize funesuni-manuais do cotidiano (escovar os dentes, bater um prego, etc)

    4 pedal: solicita-se ao sujeito que chute um objeto, depois que, com um p s,conduza um objeto, e ainda que salte num s p.

    5 expressiva: observao de atividades espontneas e da gestualidade dosujeito.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    NOO DE CORPO

    Cinestesia reconhecer e nomear, de olhos fechados, (entre 8 e 18) pontos do corpo que lhe forem tocados;

    Reconhecimento DIREITA e ESQUERDA em si mesmo (4 e 5 anos), no outro (a partir de 6 anos)

    Auto imagem (Ozeretsky, 1936) realizar a manobra index-nariz, sem apresentar movimentos dismtricos. Nosso olhar deve ficar atento a direo do movimento, o ritmo, a preciso, a postura e a lateralizao, a presena de tremores ou movimentos de oscilao.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Imitao de gestos bilaterais demonstrados (para 4 e 5 anos)

    Imitao de gestos bilaterais demonstrados (a partir dos 6 anos)

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Desenho de si : observao da representao do corpo vividoda criana, reflete seu nvel de integrao somatognsica esua experincia psico-afetiva. Nesta atividade h a integraodas atividades parieto-occipital, retratando as funes deanlise, sntese e processamento representadas graficamente.

    Nosso olhar deve estar atento para a postura adotada pelacriana, a posio da cabea diante do papel, a preenso nolpis, a consistncia da dominncia manual, e sinaisdisfuncionais do desenho como por exemplo: forma,proporo, pobreza ou ausncia de partes do corpo.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    ESTRUTURAO ESPAO-TEMPORAL:

    ORGANIZAO:

    A criana deve andar 5m, contando ospassos, na segunda vez, pede-se criana que percorra o mesmo trajeto,colocando 1 ou 2 passos a mais e, naterceira vez, o mesmo percurso com 1ou 2 passos a menos que da primeiravez.

    Nosso olhar deve estar atento para aspossveis dismetrias, confuses ehesitaes , qualidade da postura e damarcha.

    ESTRUTURAO ESPAO-TEMPORAL:

    ESTRUTURAO DINMICA:

    compreende a capacidade de memorizaoseqencial (visual) de estruturas espaciaissimples

    A criana dever reproduzir de memria,seqncias de fsforos em posiesdiferentes. Apresentamos os cartes, ela osobserva por alguns segundos e, sem omodelo vista, dever reproduzir aseqncia, observando a orientao direita eesquerda.

    Nosso olhar deve estar atento para aqualidade da execuo, o ritmo da execuo,a orientao espacial dos fsforos e o grau decontrole motor empregado.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    REPRESENTAO TOPOGRFICA:

    capacidade espacial e de interiorizao de uma trajetria espacialpartindo de um mapa, envolvendo a transferncia de sistemas visuaispara sistemas prprioceptivos, pondo em cena atividades espaciais inter-hemisfricas. (realizada somente a partir dos 6 anos)

    A criana e o observador realizam um levantamento topogrfico da sala(um mapa). Ambos se posicionam na sala e desenha-se um trajeto nomapa, que dever ser realizado pela criana.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    ESTRUTURAO RTMICA:

    Compreende a capacidade de memorizao e reproduo motora deestruturas rtmicas, observando a percepo auditiva e a memria decurto prazo.

    A criana deve ouvir atentamente a seqncia de batidas realizadas peloobservador, e em seguida, reproduzir a mesma estrutura rtmica e omesmo nmero de batimentos.

    ESTRUTURAS:

    1)

    2)

    3)

    4)

    5)

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Verificao da terceira Unidade Funcional de Luria

    PRAXIA GLOBAL:

    Realizao e automao dos movimentos globais complexos

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Coordenao culo-motora:

    a capacidade de coordenar

    movimentos manuais comreferncias perceptivas-visuais.

    Pede-se criana que efetue 5lanamentos de uma bola de tnisno cesto que est colocado a certadistncia (1,50m para 4 ou 5 anos e2,50m para a partir de 6 anos).

    Coordenao culo-pedal:

    a capacidade de coordenarmovimentos pedais comreferncias perceptivas-visuais.

    Sugere-se criana que realize 5chutes na bola de tnis com oobjetivo de fazer a bola passarentre as pernas da cadeira, a umadistncia determinada (dem coordenao culo manual)

    Nosso olhar deve estar atento s dismetrias, reaes de busca deequilbrio, sincinesias, destreza e preciso do movimento.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Dissociao de movimentos:

    a capacidade de individualizar vrios segmentos corporais em um gesto ouem gestos seqenciais e exige a capacidade de planificao motora e degeneralizao motora

    Demanda uma interao complexa dos sistemas piramidais, extrapiramidaise cerebelosos coordenados em funo de um plano estruturado dasaquisies aprendidas. Tal preciso e refinamento so coordenados por umplano cortical.

    A criana dever ser observada no que concerne membros superioresentre si, membros inferiores entre si e a dissociao entre os superiores einferiores.

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Sugere-se que a criana de p, realize vrios batimentos das mos sobre a mesa, nas seguintes seqncias, 4 vezes:

    2MD 1ME

    1MD 2ME

    2MD 3ME

    2MD 2ME

    Sugere-se que a criana sentada ou de p, realize vrios batimentos dos ps nas seguintes seqncias, 4 vezes:

    2PD 1PE

    1PD 2PE

    2PD 3PE

    2PD 2PE

    Para a coordenao e dissociao das 4 extremidades, sugere-se, 4 vezes:

    1MD 2ME 1PD 2PE

    2MD 1ME 2PD 1PE

    2MD 3ME 1PD 2PE

  • AVALIAO PSICOMOTORA(BPM)

    Praxia Fina:

    Coordenao dinmica manual:refere-se destreza bimanual eagilidade digital, envolvendo oplanejamento motor dasextremidades distais em integraocompleta com a ateno , a fixao ea captao visual de objetos.

    A criana dever compor umapulseira de clips (5 para 4 e 5 anose 8 para a partir dos 6 anos) , o maisdepressa possvel.

    Praxia fina:

    Diadococinesia: o polegar deve tocarcada um dos dedos, num ir e virritmado e constante.

    Velocidade e preciso: num papelquadriculado propor que a crianafaa um trao em cada quadrado dopapel, com a maior velocidadepossvel, sem deixar que o traoesbarre nas margens dos quadrados,no perodo de 1 minuto.

  • AVALIAO PSICOMOTORA

    ATIVIDADE ESPONTNEA 1 momento

    A criana pode fazer o que quiser

    Usar o material exposto que preferir, durante algum tempo combinado: 10minutos, por exemplo

    O terapeuta fica como um mero observador, registrando tudo

    No s a sua forma de brincar como, o material que escolhe, como se situaem relao a ele, terapeuta, se verbaliza ou no, como aproveita seutempo e espao

    Aps o tempo combinado o terapeuta deve perguntar o que foi que ela fez,do que mais gostou na sala, observando a coerncia e o nvel delinguagem

    Observa-se tambm como a criana reage ao limite dado pelo terapeuta

  • AVALIAO PSICOMOTORA

    ATIVIDADE COMPARTILHADA 2 momento

    O terapeuta entra no jogo para contracenar com a criana que podeescolher um jogo ou material disponvel.

    O terapeuta deve estar muito atento para a relao que se estabelece, paraa forma como a criana reage a presena do Outro.

    Se existe regras na brincadeira, se ela respeita essas regras, se domina aatividade, se tem dificuldade no contato, etc.

  • ATIVIDADE DIRIGIDA 3 momento

    O terapeuta realizar as avaliaes necessrias para aquele caso,atravs, no s das observaes realizadas at ento durante a sessocomo tambm baseado na anamnese feita anteriormente.

    AVALIAO PSICOMOTORA