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13 de fevereiro de 2012
Avaliação da Atenção Básica no Município do Embu das Artes com
ênfase nos processos de trabalho e na qualidade da atenção
RELATÓRIO DE PESQUISA
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Avaliação da Atenção Básica no Município do Embu das Artes com ênfase
nos processos de trabalho e na qualidade da atenção
RELATÓRIO DE PESQUISA
Pesquisadores
Sonia Isoyama Venancio
Maria Cezira F. Nogueira Martins
Carlos Tato Cortizo
Sílvia Helena Bastos
Rui de Paiva
Coordenação do Programa de Aprimoramento
Teresa Cristina Lara de Moraes
Aparecida Natalia Rodrigues
Maria Aparecida Muniz
Aprimorandos
Alaine Wiliane Ferreira da Silva
Aline Maciel Vieira Lima
Ana Paula Tomohiro
Andréia Matta Dias
Bianca Blanco
Denise Camargo Consolmagno
Elaine Kotani Shimizu
Fabiana Martins de Almeida
Julia Texeira Pinto Montenegro
Juliana Americo dos Santos
Karla Carolina de Sousa
Leandro Batista de Oliveira
Leda Souza do Nascimento
Lucélia Albuquerque Corrêa
Maria Gloria Gomes Rodrigues
Mariana Guimaraes Pasqualini
Sandra Mendes da Silva
Vania de Oliveira Silva Castro
Secretaria Municipal de Saúde de Embu das Artes
Laudelina Maria Carneiro
Roberto Antônio Castro
Regina Nogueira
Consultora
Maria Angela Maricondi
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Apresentação
No ano de 2009 teve início uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde do
Embu das Artes (SMS-Embu) e o Instituto de Saúde (IS), cujos objetivos são: 1) assessorar o
município no planejamento e avaliação de ações relacionadas à gestão e às práticas de saúde e
2) propiciar a participação de alunos do Programa de Aprimoramento Profissional em Saúde
Coletiva em projetos de pesquisa formulados a partir de prioridades definidas pelo município.
O segundo objetivo da parceria justifica-se pela necessidade de articulação entre
conteúdos teóricos dos cursos oferecidos no Programa de Aprimoramento (Políticas Públicas
de Saúde, Epidemiologia, Ciências Sociais e Educação em Saúde) com questões relacionadas
à gestão e práticas de saúde no âmbito do SUS.
No primeiro ano da parceria, a prioridade definida pela SMS-Embu foi o
acompanhamento das oficinas de territorialização, realizadas nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS) com a participação de gestores, profissionais de saúde e usuários, como parte do
processo de planejamento municipal. Os aprimorandos participaram de um projeto, sob
coordenação da Dra. Tereza Toma, cujos objetivos eram o apoio ao desenvolvimento das
oficinas e a avaliação desse processo. Os resultados e recomendações foram apresentados
pelos aprimorandos em um seminário com a participação de gestores e profissionais de saúde
do Embu e pesquisadores do IS.
No ano de 2010, o município definiu como tema prioritário a mortalidade infantil.
Formulou-se um projeto de pesquisa, sob coordenação das Dras. Sonia Venancio e Luiza
Heimann, com quatro eixos temáticos, visando à identificação de ações municipais que
pudessem ter impacto na redução da mortalidade infantil. Os eixos trabalhados foram: 1)
Análise dos óbitos investigados pelo Comitê Municipal de Mortalidade Materna e Infantil,
sob coordenação do Dr. Rui de Paiva; 2) Identificação de ações, no âmbito da Atenção
Básica, para redução da MI utilizando a AMQ – Avaliação para Melhoria da Qualidade da
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Estratégia Saúde da Família, sob coordenação da Dra. Sílvia Helena Bastos; 3) Avaliação da
qualidade da atenção ao parto na maternidade municipal, sob coordenação da Dra. Anna
Volochko e 4) Identificação de ações, no âmbito da gestão do sistema de saúde, para redução
da MI, sob coordenação da Dra. Iracema de Castro. Foram elaborados relatórios sobre cada
um desses temas, sendo os principais resultados apresentados e discutidos com a SMS-Embu
com vistas à implementação de ações de redução da mortalidade infantil.
Dando continuidade à parceria, para o ano de 2011, estabeleceu-se como tema
prioritário a Atenção Básica (AB). Tal definição encontra justificativa no fato de que 8 das 16
UBS do município não foram envolvidas no processo avaliativo desencadeado com a
implantação da AMQ (por ser essa uma estratégia, naquele momento, voltada à Equipes de
Saúde da Família) e também pelo interesse do município em aderir ao Programa Nacional de
Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).
Nesse contexto, foram realizados 4 seminários com a participação de gestores da
SMS-Embu, pesquisadores do IS e aprimorandos, nos quais, por meio da discussão de artigos
científicos e de instrumentos disponíveis no SUS para a avaliação da qualidade da AB,
buscou-se identificar a estratégia mais adequada para atender as necessidades do município
nesse momento. Partindo dessas discussões, formulou-se o presente projeto de pesquisa, cujo
objetivo é avaliar as 8 UBS que não implantaram a Estratégia Saúde da Família, com ênfase
nos processos de trabalho e na qualidade da atenção.
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1. INTRODUÇÃO
Atenção Primária à Saúde (APS)
A Declaração de Alma-Ata (1978) sintetizou as discussões em torno das estratégias
que deveriam ser adotadas pelos países, a fim de proporcionarem um nível de saúde para
todos, independentemente das diferentes origens sociais e econômicas, propondo uma nova
abordagem na organização e racionalização dos recursos disponíveis através dos cuidados
primários à saúde (Assis et al., 2007).
A adoção da Atenção Primária à Saúde como eixo estruturante de diversos sistemas de
saúde nacionais e internacionais já é realidade. No entanto, a operacionalização nos remete à
discussão sobre o desafio de colocar em prática modelos compatíveis com as complexas
necessidades da população e a adoção de práticas que permitam ofertar atenção contínua e
integral, com qualidade e humanizada (MS, 2010).
Nos dias de hoje, no mundo todo, vive-se uma retomada da importância da Atenção
Primária à Saúde (APS), reconhecendo-se sua capacidade de reorientar o conjunto das ações
de saúde e contribuir para o alcance de melhores resultados nas condições de saúde de
diferentes populações. A Organização Mundial de Saúde, em seu relatório anual “Atenção
Primária à Saúde – agora mais do que nunca”, aponta a Atenção Primária como tema central e
orienta sua adoção em todos os países como principal estratégia de reorganização dos
sistemas de saúde para superação das desigualdades no acesso, custo e nos resultados das
políticas de saúde no mundo. A diretora geral da OMS, Margaret Chan, escreveu em um
recente editorial na revista The Lancet: "Acima de tudo, a atenção primária à saúde oferece
uma forma de organizar toda a gama de cuidados de saúde, desde a família até o hospital, com
a prevenção sendo tão importante quanto a cura e com os recursos sendo racionalmente
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investidos em diferentes níveis de cuidados" (Chan, 2009).
Os aspectos econômicos, políticos e ideológicos que permeiam as práticas no campo
da saúde produziram distintas interpretações e abordagens sobre o significado da Atenção
Primária à Saúde (APS). Dessa forma, cuidados primários poderiam ser entendidos como: 1)
somente community-based-health care, sem uma visão mais ampla de atenção primária; 2)
principalmente como primeiro nível de contato dos indivíduos e comunidades com o sistema
de saúde; 3) somente para os pobres nos países em desenvolvimento; 4) como núcleo de um
conjunto de serviços de saúde, sendo estabelecido um “mínimo” de atividades consideradas
essenciais; 5) dirigido somente para áreas rurais, com intervenções simples, fazendo oposição
a tecnologias modernas e 6) como cuidado de baixo custo, voltado aos países pobres (Ibãnez e
cols, 2006).
No Brasil, optou-se por adotar o termo Atenção Básica (AB) em substituição à
Atenção Primária à Saúde (APS), no intuito de ressignificá-la, em contraposição a concepções
reducionistas assumidas por experiências desenvolvidas em várias partes do mundo, que
entendiam a APS como uma atenção simplificada e baseada em recursos mínimos, dirigida a
agravos e grupos populacionais específicos. Porém, desde que se considere uma concepção
ampliada de APS, adotada pela Política Nacional de Atenção Básica, pode-se utilizar o termo
AB como sinônimo de Atenção Primária (Souza et al, 2009).
A Atenção Básica (AB) é colocada hoje como ponto de partida para a reorganização
do SUS em todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, a Atenção Básica caracteriza-se por
“um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção
e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e
a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume responsabilidade sanitária,
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considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza
tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de
saúde de maior freqüência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos
usuários com o sistema de saúde. Orienta-se pelo princípio da universalidade, da
acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da
responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social” (Ministério da
Saúde, 2006).
A estratégia Saúde da Família (SF), política de Estado e estratégia institucional
priorizada pelo Ministério da Saúde para organizar a Atenção Primária à Saúde no Brasil, vem
se expandindo em grande velocidade desde 1994 e atualmente beneficia 94,8% dos
municípios brasileiros, com mais de 31.400 equipes implantadas (MS, 2010).
No entanto, percebeu-se que apesar de as evidências de que maiores coberturas de
Saúde da Família apresentam melhores resultados em indicadores de saúde (Macinko et al,
2006; Aquino et al 2009; Facchini et al 2008), atualmente, 52,3% da população brasileira é
acompanhada por equipes de SF. É preciso, portanto, não apenas fortalecer e qualificar a
gestão municipal para que esta organize sistemas de saúde orientados pela SF, mas também
qualificar gerentes e equipes das unidades básicas de toda a rede SUS para que sejam capazes
de programar as ações necessárias para que a população usufrua os atributos exclusivos da
APS: o acesso e utilização de forma integral, ao longo do tempo e com coordenação na rede
de atenção (MS, 2010). O Estado de São Paulo é um bom exemplo nesse sentido, pois conta
atualmente com cerca de 3.800 equipes de SF qualificadas, atingindo uma cobertura de 23,5%
da população.
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Institucionalização da avaliação e monitoramento na Atenção Básica
A institucionalização da avaliação constituiu-se em um dos desafios mais importantes
para os sistemas de saúde na atualidade. Segundo Hartz, “institucionalizar a avaliação deve ter
o sentido de integrá-la em um sistema organizacional no qual esta seja capaz de influenciar o
seu comportamento, ou seja, um modelo orientado para a ação ligando necessariamente as
atividades analíticas às de gestão das intervenções programáticas” (Hartz, 2005). A avaliação,
nesse sentido, busca contribuir decisivamente com o objetivo de qualificar a atenção à saúde,
promovendo a construção de processos estruturados e sistemáticos, coerentes com os
princípios do SUS.
O Brasil alinha-se, no plano internacional, ao movimento pela institucionalização da
avaliação, que vem sendo implementado em diversos países, como Estados Unidos,
Inglaterra, Canadá e França. Considerando o papel da avaliação enquanto subsídio para a
melhoria das ações, a partir de 2003, o Departamento de Atenção Básica investiu muitos
esforços na institucionalização. Nesse contexto, e em consonância com a necessidade de
aprimoramento da Estratégia Saúde da Família em face de seu acelerado crescimento, em
2005, foi lançado o projeto Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da
Família (AMQ), objetivando impulsionar processos avaliativos e de melhoria da qualidade,
especificamente no âmbito municipal. Trata-se de uma metodologia de autogestão para
Melhoria Contínua da Qualidade, à qual os gestores municipais aderem livremente. Não
existem incentivos financeiros relacionados à adesão, assim também como não está previsto
nenhum tipo de sanção vinculada aos resultados obtidos (MS, 2005; Venancio et al, 2008).
Tendo em vista a necessidade de ampliar a discussão sobre a melhoria da qualidade da
atenção às UBS que não implantaram a ESF, o MS desenvolveu uma proposta de avaliação
voltada à AB como um todo, denominada Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da
Qualidade da Atenção Básica (AMAQ).
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Tal proposta encontra-se em fase inicial de implantação e consiste em uma das etapas
para a adesão ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção
Básica (PMAQ), lançado pelo MS em 2011, cujo objetivo é “induzir a ampliação do acesso e
a melhoria da qualidade da atenção básica, com garantia de um padrão de qualidade
comparável nacional, regional e localmente, de maneira a permitir maior transparência e
efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção Básica em Saúde em todo o
Brasil” (MS, 2011).
Por fim, é importante ressaltar que a melhoria da qualidade requer o envolvimento de
todos os interessados (gestores, usuários, profissionais). Para tanto, torna-se necessário dar
mais ênfase ao processo de trabalho, dinâmica, vínculos e estímulo aos compromissos
pactuados. Além disso, é fundamental proporcionar maiores investimentos em capacitação e
processos de educação continuada. Em um mundo cada vez mais complexo, o caminho para
promover as mudanças necessárias deve considerar, cada vez mais, o envolvimento dos
sujeitos (MS, 2010).
Pretende-se, neste projeto, assessorar o município do Embu das Artes em seu processo
de institucionalização da avaliação da AB, ampliando a avaliação realizada em 2010,
utilizando a AMQ, para as sete UBS tradicionais, com ênfase nos processos de trabalho das
equipes e na qualidade da atenção à saúde. Tendo em vista que a opção foi utilizar o novo
instrumento de avaliação e monitoramento da AB proposto pelo MS e que existem poucas
experiências de utilização desse material, considera-se pertinente uma análise do processo
avaliativo no tocante às facilidades e dificuldades para sua implantação.
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2. JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento desse projeto justifica-se:
Pela solicitação do município do Embu das Artes de apoio ao desenvolvimento de um
projeto de avaliação no âmbito da AB, envolvendo as UBS que não participaram do
processo avaliativo desencadeado pela implantação da AMQ, em 2010;
Pela identificação, durante os seminários realizados com pesquisadores, gestores e
aprimorandos, da necessidade do município de adotar estratégias avaliativas que
priorizem os processos de trabalho e a qualidade da atenção, de forma participativa e
mobilizadora das equipes da AB;
Pela identificação da disponibilidade de um novo instrumento de avaliação da AB,
proposto pelo MS, elaborado à semelhança da AMQ (cuja implantação ocorreu em
2010 para as ESF) e que consiste em uma das etapas do PMAQ, o qual é de interesse
da gestão municipal;
Pela oportunidade de os aprimorandos participarem do projeto, acompanhando os
momentos avaliativos nas UBS e fornecendo aos gestores subsídios para a avaliação
desse processo.
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3.OBJETIVOS
Geral
Avaliar as UBS do município do Embu das Artes que não implantaram a ESF, com
ênfase nos processos de trabalho e na qualidade da atenção.
Específicos
Avaliar a adesão das equipes das UBS ao processo;
Caracterizar as UBS segundo diferentes estágios de qualidade;
Observar junto às equipes, por ocasião dos momentos avaliativos nas UBS:
o impressões causadas pelo material
o adequação dos padrões de qualidade
o grau de interesse no processo avaliativo
o compreensão da proposta
o participação no processo
o dinâmica da equipe durante o processo auto-avaliativo
Apontar as dificuldades e facilidades encontradas para coleta, processamento e análise
dos dados.
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4. MÉTODOS
Referencial teórico-metodológico
Trata-se de uma pesquisa avaliativa e formativa (Silva, 2005) que utilizou abordagem
quanti-qualitativa.
No tocante à avaliação da qualidade da atenção à saúde nas oito Unidades Básicas, foi
utilizado o instrumento normativo proposto pelo MS, baseado na proposta da AMAQ.
Capa do Manual da AMAQ, MS, 2011.
A ferramenta AMAQ foi construída a partir da revisão e adaptação do projeto
Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da Família (AMQ) e de outras
ferramentas de avaliação de serviços de saúde, utilizadas e validadas nacional e
internacionalmente. A elaboração do instrumento foi norteada pelos princípios e diretrizes da
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Atenção Básica no Brasil, partindo do pressuposto de que todos os gestores municipais e
equipes de Atenção Básica possam utilizá‐lo. Cumpre destacar que considerou-se “equipes de
Atenção Básica” as equipes de Saúde da Família e equipes multiprofissionais orientadas por
outros modelos que se organizam de acordo com os princípios e diretrizes da Atenção Básica
(MS, 2011).
O instrumento AMAQ está organizado com base em dois componentes nucleares
ou unidades de análise para a avaliação, que agrupam os padrões de acordo com a
competência da Gestão e Equipe. Os conjuntos de padrões foram definidos pela relação direta
com as práticas e competências dos atores envolvidos – gestão, coordenação e equipe da
Atenção Básica. São quatro dimensões que se desdobram em treze subdimensões e essas, em
padrões que abrangem o que é esperado em termos de qualidade para Atenção Básica (Quadro
1).
Quadro 1. Unidades de Análise, dimensões e subdimensões do instrumento AMAQ.
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Na AMAQ, qualidade em saúde é definida como “o grau de atendimento a padrões de
qualidade estabelecidos frente às normas, protocolos, princípios e diretrizes que organizam as
ações e práticas, assim como aos conhecimentos técnicos e científicos atuais, respeitando
valores culturalmente aceitos e considerando a competência dos atores” (MS, 2011).
Segundo o MS, os padrões de qualidade foram propostos com a finalidade de
propiciar:
I. Reflexão sobre princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica;
II. Reflexão sobre os objetivos centrais e diretrizes do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica;
III. Reflexões sobre as responsabilidades, tanto no que se refere à forma de
organização e à prática de trabalho dos atores envolvidos na gestão municipal e Equipes de
Atenção Básica, com vistas a promover o acesso com qualidade aos serviços oferecidos;
IV. Efetiva mudança do modelo de atenção e o fortalecimento da orientação dos
serviços em função das necessidades e satisfação dos usuários;
Assim, o método de análise adotado no AMAQ permite aos respondentes avaliar o
grau de adequação das suas práticas aos padrões de qualidade apresentados. Para tanto, uma
escala de pontuação, variando entre 0 a 10 pontos, é atribuída a cada padrão de qualidade.
Vale ressaltar que, nesse projeto, foi priorizada a autoavaliação das sete UBS do Embu
que não adotam o modelo da ESF, utilizando o conteúdo da ferramenta AMAQ
correspondente à unidade de análise “Equipe”. Essa Unidade de Análise engloba as seguintes
subdimensões de análise (ANEXO 1)
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-Subdimensão J (Perfil da Equipe): questões relacionadas à formação dos
profissionais da equipe, participação em cursos de atualização e exercício de habilidades e
competências para contribuir na gestão do trabalho em equipe;
-Subdimensão K (Organização do Processo de Trabalho): questões relacionadas à
territorialização, adscrição de clientela, gestão do cuidado, abordagem familiar,
funcionamento da UBS, visitas domiciliares e acolhimento, entre outras;
-Subdimensão L (Atenção Integral à Saúde): questões relacionadas à cuidado em
diversas linhas de cuidado e ações programáticas, coletivas, vigilância à saúde e
intersetorialidade, entre outras;
-Subdimensão M (Participação, Controle Social e Satisfação do Usuário):
questões que buscam avaliar os temas acima na perspectiva da equipe da UBS.
Ainda, por solicitação da SMS-Embu, foram incorporados ao instrumento três padrões
relacionados a uma subdimensão relacionada à questão Raça-Cor, na qual buscou-se verificar
o conhecimento das equipes sobre a Política Nacional voltada à saúde da população negra e
sua implementação nas UBS (ANEXO 2).
No âmbito qualitativo, o qual contempla a análise do processo de auto-avaliação das
equipes das UBS, a técnica utilizada foi a da observação participante. A observação é
habitualmente utilizada para descrever uma cultura, um ambiente, uma instituição, a “partir de
dentro”. Quanto à escolha do grau de participação do pesquisador (que pode ser completo
participante, participante como observador, observador como participante e completo
observador), esta depende do contexto, isto é, em algumas situações é possível maior
participação, enquanto em outras, o pesquisador precisa adotar um grau mínimo de
participação. A observação pura, sem nenhum grau de participação, é rara nas pesquisas de
cunho qualitativo (Patton, 2002; Nogueira-Martins e Bógus, 2004).
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A]
Com pequenas variações, pode-se dizer que os principais recursos para o registro da
experiência foram o diário de campo e as anotações reflexivas. No diário de campo, o
pesquisador anota resumidamente a situação por ele observada (Valladares, 2007); por outro
lado, as anotações reflexivas, realizadas posteriormente ao momento da observação, mostram
a viagem intelectual e emocional do pesquisador, explicitando como o processo de
aprendizado e descoberta evoluiu (Bogdewic, 1999).
Etapas de desenvolvimento da pesquisa
As seguintes etapas foram desenvolvidas para o alcance dos objetivos do projeto:
Oficina AMAQ no Instituto de Saúde
Esta Oficina foi coordenada por consultora externa, vinculada à equipe de formulação
e implantação da AMQ e AMAQ no MS. Foram objetivos da Oficina:
1. Apresentação da proposta da AMQ para os aprimorandos do IS;
2. Apresentação da proposta do AMAQ para os aprimorandos e pesquisadores do IS.
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Oficina AMAQ – Instituto de Saúde – 2011
Oficina AMAQ – Instituto de Saúde – 2011
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Oficina AMAQ no município do Embu das Artes.
O planejamento dessas oficinas foi feito com os gestores do município, com base no
número e perfil dos profissionais integrantes das equipes que atuam nas UBS. Definiu-se que
a melhor estratégia seria a realização de uma oficina, envolvendo gestores da AB e os
gerentes das sete UBS participantes do projeto. Foram coordenadas pela consultora externa e
tiveram como objetivos:
1. Apresentação da proposta de avaliação (AMAQ);
2. Sensibilização dos gerentes das UBS para o preenchimento dos instrumentos da
AMAQ voltados à dimensão das equipes (processo de trabalho e atenção à saúde);
3. Apresentação dos aprimorandos e da proposta de acompanhamento do processo, sob
coordenação do IS.
Reunião com gestor da AB, gerentes da UBS e equipe do IS
Essa reunião teve por objetivos a pactuação do cronograma das Oficinas das UBS,
esclarecimento de dúvidas em relação à organização das oficinas e ao instrumento AMAQ.
Oficinas nas UBS
Os aprimorandos do IS tiveram papel de apoiadores das oficinas realizadas nas UBS,
realizando as seguintes atividades:
Apoio para o preenchimento dos instrumentos, quando solicitados,
esclarecendo dúvidas sobre os padrões de qualidade e facilitando as
discussões das equipes;
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Observação do processo avaliativo, tendo por base um roteiro de
observação e diário de campo, que foi posteriormente complementado com
as anotações reflexivas.
Análise de dados
As seguintes etapas foram desenvolvidas para a análise dos dados:
Preparação dos dados para a análise
1. Sistematização das informações provenientes do diário de campo;
2. Organização das informações coletadas por meio do preenchimento do
instrumento AMAQ durante as Oficinas das UBS.
Análise quantitativa
Essa análise buscou caracterizar as UBS segundo a proposta de classificação do
instrumento AMAQ. Segundo essa proposta, a cada padrão são atribuídos, no máximo, 10
pontos (pontuação máxima obtida quando a equipe considera que o padrão está totalmente
implementado). No Quadro 2, apresenta-se a pontuação máxima de cada subdimensão
considerada nesse estudo, em função do número de padrões propostos para sua avaliação.
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Quadro 2. Pontuação máxima das subdimensões de análise.
Dessa forma, inicialmente obtém-se a pontuação média dos padrões em cada
subdimensão de análise. Posteriormente, calcula-se a pontuação média das subdimensões. A
seguir, procede-se uma classificação dessa pontuação média nas categorias: muito
insatisfatório, insatisfatório, regular, satisfatório e muito satisfatório, conforme
demonstrado no Quadro 3.
Quadro 3. Classificação das subdimensões de análise.
Subdimensão
Nº de
Padrões
Pontuação
Mínima Máxima
J – Perfil da Equipe 3 0 30
K – Organização do Processo de Trabalho 12 0 120
L – Atenção Integral à Saúde 43 0 430
M – Participação, Controle Social e Satisfação do Usuário 3 0 30
N – Raça/Cor 3 0 30
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A etapa seguinte consiste em atribuir uma pontuação final, em função da classificação
das subdimensões em cada categoria, como se apresenta no Quadro 4.
Quadro 4. Pontuação das subdimensões segundo as categorias muito insatisfatório,
insatisfatório, regular, satisfatório e muito satisfatório.
Classificação 1 - Muito Insatisfatório 2 - Insatisfatório 3 - Regular 4 - Satisfatório 5 - Muito Satisfatório Total de Pontos
Subdimensão J 0 a 6 7 a 12 13 a 18 19 a 24 25 a 30 30
Subdimensão K 0 a 24 25 a 48 49 a 72 73 a 96 97 a 120 120
Subdimensão L 0 a 86 87 a 172 173 a 258 259 a 344 345 a 420 430
Subdimensão M 0 a 6 7 a 12 13 a 18 19 a 24 25 a 30 30
Subdimensão N 0 a 6 7 a 12 13 a 18 19 a 24 25 a 30 30
Muito Insatisfatório Insatisfatório Regular Satisfatório Muito Satisfatório
1 ponto 2 pontos 3 pontos 4 pontos 5 pontos
Subdimensão J x
Subdimensão K x
Subdimensão L x
Subdimensão M x
Subdimensão N x
Soma dos pontos: 1 0 6 4 5
Subdimensão
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Por fim, a classificação final da UBS é obtida pela média dos pontos (soma dos
pontos), dividido pelo nº de subdimensões analisadas (nesse caso, foram consideradas 5
subdimensões).
Para a análise dos dados provenientes da aplicação do instrumento AMAQ, elaborou-
se ainda uma planilha em Excel, na qual foram inseridas as médias obtidas nas 5
subdimensões nas 7 UBS, a fim de facilitar a comparação entre as mesmas.
Análise qualitativa
Essa análise buscou identificar a adesão dos diferentes atores envolvidos no processo
avaliativo, bem como fatores facilitadores e limitantes da implantação da estratégia no
município.
Os dados qualitativos obtidos por meio da observação participante, isto é, por meio
das anotações referentes ao roteiro de observação, do diário de campo e das anotações
reflexivas foram organizados e posteriormente divididos em partes, relacionando essas partes
e procurando identificar tendências e padrões relevantes. Inicialmente, foram codificados dois
tipos de categorias: as que eram provenientes do próprio roteiro de observação (apresentado
previamente aos aprimorandos/observadores), denominadas categorias definidas a priori; as
que eram provenientes da atividade de observação, mas que não constavam do roteiro inicial,
denominadas categorias obtidas in vivo. Esse conjunto inicial de categorias foi reexaminado e
modificado em momentos subsequentes, nos quais categorias foram ou unidas ou
desdobradas. Permaneceram, então, as categorias consideradas relevantes, que serão
apresentadas e explicitadas neste relatório.
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Aspectos éticos
A equipe de pesquisa tem conhecimento dos preceitos éticos emanados da Resolução
CNS 196/96 e explicita o seu compromisso em observá-los e acatá-los, como condição
necessária à produção de conhecimento para a melhoria da situação de saúde das pessoas e
populações. Também afirma que, nas diversas fases da pesquisa, será garantida a
confidencialidade das informações obtidas junto à população investigada. O anonimato das
fontes será preservado quando da obrigatória publicação dos resultados da pesquisa. Os
integrantes da pesquisa foram previamente informados pela equipe sobre os objetivos e a
metodologia empregada. Quando se sentiram inteiramente esclarecidos e, após isso,
concordaram em participar da pesquisa, formalizaram essa participação, firmando o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO 3).
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Todas as Oficinas das UBS contaram com a participação de dois ou três aprimorandos,
acompanhados de um representante da Coordenação do Aprimoramento. No geral, os
aprimorandos fizeram uma explicação inicial, apontando os objetivos da pesquisa e seu papel
enquanto observadores. Apresentaram também o TCLE. Em alguns casos, isso não aconteceu
por problema de logística para o transporte/horário para a ida ao Embu.
Embora os profissionais não tivessem ficado inibidos com a presença dos
aprimorandos, em algumas situações, um ou outro profissional fazia comentários olhando
para os observadores e não para o grupo.
A partir das observações, os aprimorandos elaboraram relatórios para cada uma das
UBS, contendo os resultados da autoavaliação (ANEXO 4). A seguir, uma síntese dos
resultados foi organizada segundo os objetivos específicos propostos.
ADESÃO DAS UBS AO PROCESSO AUTOAVALIATIVO
Em relação à adesão ao processo autoavaliativo, verificou-se que todas as UBS
realizaram as oficinas propostas para discussão e preenchimento do instrumento AMAQ. As
datas de realização dessas Oficinas, bem como os períodos em que foram realizadas, são
apresentadas no Quadro 5.
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Quadro 5. Datas e horários das autoavaliações.
É interessante observar que houve grande variação em relação à duração das Oficinas
das UBS (2 a 6 horas).
No Quadro 6, apresenta-se o número de profissionais de cada categoria nas UBS
participantes do estudo.
UBS Data Hora Tempo total
1 03/12/11 10h - 13h20 3h20m
2 16/12/11 9h - 12h 3h
3 19/12/11 9h -13h / 14h – 16h 6h
4 07/12/11 10h - 12h 20 2h20m
5 09/01/12 10h15 - 12h 1h45m
6 07/12/11 10h - 12h 2h
7 28/12/11 10h40 - 13h10 2h30m
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Quadro 6. Número de profissionais segundo categoria nas UBS participantes do estudo.
CATEGRIA PROFISSIONAL
UBS
1 2 3 4 5 6 7
Agente comunitário de Saúde 0 0 6 0 0 0 0
Assistente operacional I 1 0 1 1 0 1 1
Auxiliar Administrativo 3 2 2 1 5 4 1
Auxiliar de Enfermagem 6 2 2 0 0 1 2
Auxiliar de Limpeza 4 0 0 0 2 0 0
Auxiliar de Saúde Bucal 3 0 1 1 0 1 0
Auxiliar de Vigilância Epidemiológica 0 0 0 0 0 1 0
Dentista 2 0 0 1 2 0 0
Enfermeira 1 2 1 2 1 1 1
Farmácia 3 1 0 0 0 0 0
Fonoaudióloga 0 0 0 0 0 1 1
Gerente 1 1 1 1 1 1 1
Médico 0 0 1 2 0 1 0
Psicóloga 1 0 0 1 0 1 1
Recepcionista 5 0 2 2 0 2 1
Técnico de Enfermagem 1 0 0 1 1 0 0
Técnico em Saúde Bucal 0 0 0 0 0 0 1
TOTAL 31 8 16 13 12 14 10
Em todas as UBS, os gerentes estiveram presentes na aplicação do AMAQ. Apesar de
os gestores terem tentado convocar representantes das várias categorias, no geral, houve baixa
adesão dos médicos para a realização da tarefa. Em uma UBS, duas profissionais que estavam
em férias foram à UBS para participar do processo. Em uma das UBS houve a participação de
uma assessora da SMS, o que de forma geral não inibiu a equipe, embora tenha feito
sugestões, inclusive de algumas notas.
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CARACTERIZAÇÃO DAS UBS SEGUNDO O INSTRUMENTO AMAQ
É importante ressaltar que os resultados sobre avaliação da qualidade nas UBS,
apresentados a seguir, são baseados exclusivamente nas discussões que ocorreram nas
Oficinas das UBS e refletem, portanto, a percepção das equipes acerca das subdimensões
propostas. Vale lembrar também que algumas UBS revelaram, no processo de preenchimento
do instrumento, maior dificuldade em “zerar” os padrões, ou seja, atribuir nota zero às
questões (padrões) propostas para a avaliação da qualidade em cada subdimensão.
ANÁLISE DE CADA UBS EM RELAÇÃO ÀS CINCO SUBDIMENSÕES
DA AUTOAVALIAÇÃO
Inicialmente serão apresentadas figuras representando a pontuação esperada e a
pontuação obtida em cada subdimensão de análise (“perfil da equipe”, “processo de
trabalho”, “atenção integral à saúde”, “ participação, controle social e satisfação do
usuário”, “raça/cor”) em cada UBS (1,2,3,4,5,6 e 7). Em cada figura, estão assinaladas as
subdimensões nas quais foram obtidos o melhor desempenho (em azul) e o pior desempenho
(em vermelho) em relação aos padrões de qualidade propostos pelo MS. Vale ressaltar que em
todas as UBS a pior pontuação foi obtida na subdimensão “raça/cor”, incluída nessa avaliação
por solicitação da gestão da SMS de Embu.
Na UBS 1 (Figura 1), verificou-se melhor desempenho na subdimensão que avalia
o perfil da equipe (83% da pontuação esperada) e o pior desempenho na subdimensão
“participação, controle social e satisfação do usuário” (43% da pontuação esperada).
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Figura 1. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”, “participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 1.
Na UBS 2 (Figura 2) verificou-se comportamento oposto: pior pontuação na subdimensão que
avalia o perfil da equipe (36,7% da pontuação esperada) e melhor desempenho na
subdimensão “participação, controle social e satisfação do usuário” (60% da pontuação
esperada).
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Perfil da equipe Processo deTrabalho
Atenção Integralà Saúde
Participação,controle social e
satisfação dousuário
Raça/Cor
Pontuação obtida
Pontuação esperada
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Figura 2. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 2.
A UBS 3 (Figura 3), assim como a UBS 1, apresentou melhor desempenho na
subdimensão que avalia o perfil da equipe (60% da pontuação esperada), porém seu pior
desempenho foi verificado na subdimensão “atenção integral à saúde”, na qual atingiu 51% da
pontuação esperada.
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178
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Perfil da equipe Processo deTrabalho
Atenção Integralà Saúde
Participação,controle social e
satisfação dousuário
Raça/Cor
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Figura 3. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 3.
É interessante observar que na UBS 4 (Figura 4), verificou-se o pior desempenho na
subdimensão “processo de trabalho” (52% da pontuação esperada), o que parece não ter
reflexo na qualidade da atenção, uma vez que o melhor desempenho dessa Unidade foi na
subdimensão que avalia a atenção integral à saúde (72% da pontuação esperada).
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Atenção Integralà Saúde
Participação,controle social e
satisfação dousuário
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Figura 4. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 4.
Na avaliação da UBS 5, a subdimensão que obteve a menor pontuação foi o “perfil da
equipe” (33% do total da pontuação esperada), sendo que a melhor pontuação foi obtida na
subdimensão “processo de trabalho” (44% do total esperado) (Figura 5).
Figura 5. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 5.
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18 7 30
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Perfil da equipe Processo deTrabalho
Atenção Integralà Saúde
Participação,controle social e
satisfação dousuário
Raça/Cor
Pontuação obtida
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A UBS 6 (Figura 6), embora tenha obtido pior desempenho na subdimensão “perfil da
equipe” (60% da pontuação esperada), alcançou melhor pontuação na subdimensão “processo
de trabalho”, na qual atingiu 82% da pontuação esperada.
Figura 6. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 6.
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30
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0
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Atenção Integralà Saúde
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satisfação dousuário
Raça/Cor
Pontuação obtida
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Na última UBS (Figura 7), o pior desempenho ficou na subdimensão da atenção
integral à saúde (45% da pontuação esperada), embora tenham obtido a melhor pontuação na
subdimensão processo de trabalho (67% da pontuação esperada).
Figura 7. Pontuação obtida e pontuação esperada nas subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”, UBS 7.
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99
321
24 8
30
120
430
30 30
0
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100
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200
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300
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400
450
500
Perfil da equipe Processo deTrabalho
Atenção Integralà Saúde
Participação,controle social e
satisfação dousuário
Raça/Cor
Pontuação obtida
Pontuação esperada
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12
A análise das pontuações atribuídas pelas equipes de cada UBS, a cada subdimensão
proposta pelo MS, permite afirmar que não há homogeneidade entre as Unidades de Saúde em
relação às dificuldades e superações de problemas. Esse comportamento pode ser melhor
visualizado na Figura 8, na qual apresenta-se o percentual alcançado pelas UBS em cada
subdimensão, de forma comparativa. Não se verificou, por exemplo, tendência a piores ou
melhores desempenhos em determinadas subdimensões. Essa análise nos permite, ainda,
refletir sobre a singularidade dos processos identificados em cada UBS, o que aponta para a
necessidade de planejar, de forma individualizada, as ações de melhoria da qualidade.
Da mesma forma, não se verificou relação clara entre as subdimensões, ou seja, pior
desempenho no processo de trabalho não pareceu ter reflexo direto na qualidade da atenção à
saúde; da mesma forma, pior desempenho no perfil da equipe não esteve diretamente
relacionado aos processos de trabalho.
Vale ressaltar, ainda, que as pontuações obtidas pelas UBS na subdimensão “raça/cor”,
incluída no instrumento pela SMS Embu, variaram de zero a, no máximo, 27%, demonstrando
que nesse quesito faz-se necessária uma estratégia de trabalho que envolva todas as UBS do
município.
14
80
196
15 1
30
120
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30 30
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300
350
400
450
500
Perfil da equipe Processo deTrabalho
Atenção Integralà Saúde
Participação,controle social e
satisfação dousuário
Raça/Cor
Pontuação obtida
Pontuação esperada
34
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Figura 8. Percentual da pontuação obtida segundo subdimensão de análise e UBS.
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS UBS EM CADA SUBDIMENSÃO DA
AUTOAVALIAÇÃO
A seguir, as UBS foram analisadas comparativamente em relação às cinco
subdimensões incluídas na autoavaliação, nas Figuras 9 a 13. Nessas figuras, apresentams-se a
pontuação das 7 UBS, a pontuação média das UBS e a pontuação máxima de cada
subdimensão.
Na Figura 9, verifica-se situação heterogênea entre as UBS no tocante à subdimensão
“perfil da equipe”, com pontuação variando de 0 a 25 pontos e média de 16,3 de um total
esperado de 30 pontos.
Figura 9. Análise comparativa da subdimensão “Perfil da Equipe”.
83
37
60 60
33
60
47
71
45
57 52
44
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67
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46 43
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0
13 7
23
0
27
3
0
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40
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80
100
UBS 1 UBS 2 UBS 3 UBS 4 UBS 5 UBS 6 UBS 7
Perfil da equipe Processo de Trabalho Atenção Integral à Saúde Participação Raça/Cor
35
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Figura 10. Análise comparativa da subdimensão “Organização do Processo de
Trabalho”.
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18 18
10
18
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5
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UBS
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Pontuação máxima
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Em relação à subdimensão “processo de trabalho”, 3 UBS destacam-se positivamente
(1, 6 e 7), com pontuações que superam os 50% da pontuação máxima esperada. A pontuação
média foi 71,57, de um total de 120 pontos esperados nessa subdimensão.
85
54
68 62
53
99
80 71,57
120
0
20
40
60
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UBS
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Pontuação máxima
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Figura 11. Análise comparativa da subdimensão “Atenção Integral à Saúde”.
Na Figura 11 verifica-se que as UBS 4 e 6 obtiveram as maiores pontuações na
subdimensão “atenção integral à saúde”, sendo a média das UBS 231,86 e a pontuação
máxima 430.
221
178
222
311
174
321
196
231,86
430
0
50
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300
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400
450
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UBS
1
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Média
Pontuação máxima
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Figura 12. Análise comparativa da subdimensão “Participação, Controle Social e
Satisfação do Usuário”.
Em relação à subdimensão “participação, controle social e satisfação do usuário”, a
pontuação média das UBS foi 16,71, de um total de 30 pontos, com destaque para a UBS 6,
que obteve 24 pontos (80% da pontuação esperada).
13
18 16
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UBS
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Pontuação máxima
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Figura 13. Análise comparativa da subdimensão “Raça/Cor”.
Nesta última subdimensão, as pontuações das UBS estiveram sempre abaixo de 30%
da pontuação esperada, com uma média geral de 3,1 pontos (10% da pontuação máxima).
Uma síntese dessa análise é apresentada na Figura 14, de forma a facilitar a
visualização do desempenho do conjunto das UBS. A partir da pontuação média obtidas pelas
UBS em cada subdimensão de análise, calculou-se qual o percentual obtido em cada
subdimensão em relação à pontuação máxima esperada. Os percentuais foram ordenados em
forma decrescente, sendo possível visualizar que o melhor desempenho do conjunto das UBS
foi em relação ao processo de trabalho, seguido da participação, controle social e satisfação
do usuário. Em terceiro lugar está o perfil da equipe e, a seguir, a atenção integral à saúde,
que foi a subdimensão proposta pelo MS pior avaliada pelas equipes. O pior desempenho,
conforme já assinalado, ficou na subdimensão raça/cor. É interessante ainda pontuar que, no
conjunto das subdimensões propostas pelo MS, os pecentuais giraram em torno dos 50%,
indicando um estágio intermediário de qualidade.
0
4 2
7
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8
1 3,1
30
0
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Figura 14. Percentual médio da pontuação obtida pelo conjunto de UBS segundo
subdimensão de análise.
ANÁLISE DA SUBDIMENSÃO “ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE”
A subdimensão “atenção integral à saúde” engloba o maior número de padrões
(questões) para sua avaliação (43 questões e 430 pontos) e inclui uma série de ações
desenvolvidas pelas equipes em diferentes linhas de cuidado e áreas programáticas. Sendo
assim, a análise dessa subdimensão, em seu conjunto, não permite discriminar a percepção
das equipes em relação em cada uma dessas áreas.
Sendo assim, sentiu-se a necessidade de analisar de forma mais detalhada essa
subdimensão e, para tal, os 43 padrões que a compõem foram agrupados (descrição detalhada
encontra-se no ANEXO 5), conforme se visualiza no Quadro 7.
59,6 55,7 54,1 53,9
10,5
0
10
20
30
40
50
60
70
Processo de Trabalho Participação, controlesocial e satisfação do
usuário
Perfil da equipe Atenção Integral àSaúde
Raça/Cor
% médio da pontuação obtida
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Quadro 7. Definição de subgrupos de padrões, por temas, para aprofundamento da
análise da subdimensão “atenção integral à saúde”.
Tema Nº padrões Pontuação
máxima
Saúde da Criança 6 60
Pré-natal e Puerpério 4 40
Câncer de colo/mama 1 10
Planejamento Familiar 1 10
Saúde do Adolescente 1 10
Saúde do Homem 1 10
HA e DM 2 20
Saúde Mental 2 20
Saúde do Idoso 1 10
Saúde Bucal 2 20
Práticas Integrativas 2 20
Promoção e prevenção 4 40
Ações no Território/coletivas 5 50
Ações intersetoriais 3 30
Vigilância à Saúde 8 80
Total 43 430
A seguir apresenta-se a análise comparativa das UBS em cada tema da subdimensão
“atenção integral á saúde”, nas Figuras 15 a 29.
42
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Figura 15. Análise comparativa do tema “Saúde da Criança”.
Em relação à Saúde da Criança, verificou-se melhores pontuações nas UBS 4 e 6, com
pontuação média de 40,7 de um total de 60 pontos esperados.
Figura 16. Análise comparativa do tema “Pré-natal”.
38 38 41
48
31
50
39 40,7
60
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20
30
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38 36
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34 33,5
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0
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UBS
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Pontuação máxima
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20
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Nas ações relacionadas ao pré-natal, as UBS 4 e 6 novamente obtiveram as maiores
pontuações, estando próximas da pontuação máxima. Na média (33,5), as UBS em seu
conjunto também estiveram próximas dos 40 pontos esperados.
Figura 17. Análise comparativa do tema “Câncer de colo e mama”.
No tocante ao câncer de colo e mama, as UBS 4, 5 e 6 obtiveram as melhores
pontuações. A pontuação média foi 8,6, muito próxima dos 10 pontos esperados nesse tema.
8 8 8
9 9
10
3
8,6
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2
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UBS
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Pontuação máxima
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20
12
Figura 18. Análise comparativa do tema “Planejamento familiar”.
No planejamento familiar, o desempenho das UBS foi, no geral, bom, ficando a média
em 8,8 de um total de 10 pontos esperados. Chama atenção o fato de que duas UBS (1 e 6)
atingiram a pontuação máxima nesse tema.
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9
7
8
9
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9 8,8
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UBS
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Figura 19. Análise comparativa do tema “Saúde do Adolescente”.
Já em relação à saúde do adolescente, a média (3,7) ficou muito distante dos 10 pontos
esperados, embora as UBS 3 e 4 tenham avaliado de forma mais positiva sua atuação nessa
área. Esse comportamento foi semelhante a diversas áreas programáticas que não tem,
digamos, a mesma tradição que as ações voltadas à saúde da criança e à mulher, conforme
será descrito a seguir.
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3
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3
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20
12
Figura 20. Análise comparativa do tema “Saúde do Homem”.
Na questão relacionada à saúde do homem, a média obtida pelas UBS foi 2,8, muito
distante dos 10 pontos esperados. Chama a atenção que duas UBS (4 e 6) encontram-se mais
avançadas na implementação de ações voltadas ao homem.
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2,8
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Figura 21. Análise comparativa do tema “Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus”.
Embora a linha de cuidado de HA e DM esteja sendo muito priorizada no âmbito da
AB, o desempenho médio das UBS do Embu foi 9,8, de um total de 20 pontos. As UBS 4 e 6
novamente se destacam por avaliar de forma mais positiva sua atuação nessa área.
6
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6
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UBS
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20
12
Figura 22. Análise comparativa do tema “Saúde Mental”.
As ações de saúde mental aparecem, em geral, de forma incipiente na avaliação de
várias UBS, exceto as UBS 4 e 6, sendo a média de 8,7 pontos (de um total de 20 pontos
esperados).
7 6 6
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9 8,7
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20
25
UBS
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Figura 23. Análise comparativa do tema “Saúde do Idoso”.
O mesmo pode se observar em relação à saúde do idoso, que obteve uma média de 3,2,
muito distante dos 10 pontos esperados. Chama a atenção que, novamente, as UBS 4 e 6
apresentam as melhores pontuações.
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2
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10
0
2
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UBS
1
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6
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Média
Pontuação máxima
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Figura 24. Análise comparativa do tema “Saúde Bucal”.
Situação de implementação mais avançada, exceto na UBS 2, foi verificada em relação
à saúde bucal, na qual a média foi 13,7, sendo o máximo 20 pontos.
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0
10
17
10
19
15 13,7
20
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5
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Figura 25. Análise comparativa do tema “Práticas Integrativas”.
Em relação às práticas integrativas, um tema relativamente recente, chama a atenção
que todas as UBS iniciaram ações nesse sentido, sendo a média obtida de 8,7 pontos (sendo a
pontuação máxima 20 pontos).
10
4
10
12
8
13
4
8,7
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0
5
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Figura 26. Análise comparativa do tema “Promoção e Prevenção”.
No tocante às ações de promoção e prevenção, apesar de serem bastante priorizadas
nas diretrizes da AB, verificou-se que as UBS obtiveram pontuação média muito abaixo da
esperada (13, sendo a pontuação esperada 40 pontos). A UBS 4 destacou-se com a melhor
pontuação.
10 9
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30
2
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Figura 27. Análise comparativa do tema “Ações no território”.
As ações coletivas, ou ações desenvolvidas com foco no território, também
consideradas relevantes no contexto da atenção primária, estão sendo pouco desenvolvidas no
conjunto das UBS analisadas. A pontuação média obtida foi 22,8 de um total de 50 pontos,
com destaque para a UBS 6, que alcançou 35 pontos.
23 23 21
29
11
35
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22,8
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Figura 28. Análise comparativa do tema “Ações Intersetoriais”.
As ações intersetoriais representam um grande desafio para as equipes das UBS
analisadas. No conjunto das UBS, a média nesse tema foi 8,5, sendo o esperado 30 pontos.
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Figura 29. Análise comparativa do tema “Vigilância à Saúde”.
Por fim, em relação às ações de vigilância em saúde, as UBS obtiveram em média
metade dos pontos esperados. Chamam atenção as UBS 4 e 6, que segundo a avaliação das
equipes, demonstraram pontuações mais próximas do esperado.
Na Figura 30 apresenta-se a análise comparativa dos percentuais médios obtidos pelas
UBS em cada tema da subdimensão da atenção à saúde. Esses percentuais foram ordenados
em forma decrescente para melhor visualização das linhas de cuidado e ações programáticas
com melhores e piores desempenhos no conjunto das UBS.
50
35
44
59
3
62
31
40,5
80
0
10
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Figura 30. Percentual médio da pontuação obtida pelo conjunto de UBS segundo tema
da subdimensão “Atenção Integral á Saúde”
Contatou-se, por meio dessa análise, que as ações com melhor pontuação foram
aquelas relacionadas ao planejamento familiar, câncer de colo e mama e pré-natal e puerpério,
seguidas de saúde bucal e saúde da criança. Porcentagens inferiores a 50% foram
identificadas nas demais ações, incluindo HA e DM, ações no território, vigilância à saúde e
promoção e prevenção, as quais apesar da grande ênfase dada no âmbito da AB, são pouco
desenvolvidas segundo a percepção das equipes. Ainda incipientes são também as ações de
saúde mental, saúde do adolescente, idoso e homem. Vale lembrar que, especialmente nas
UBS 4 e 6, tais ações parecem estar mais avançadas em sua implementação. As experiências
dessas UBS talvez pudessem ser socializadas com as demais, no sentido de apoio e
fortalecimento dessas iniciativas no âmbito municipal.
88,5 85,7 83,9
68,5 67,8
49,2 45,7 43,5 43,5 40,5
37,1 32,8 32,5
28,5
0
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100
% médio da pontuação obtida
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CLASSIFICAÇÃO FINAL DAS UBS SEGUNDO INSTRUMENTO AMAQ
Apresenta-se, a seguir, a síntese da autoavaliação realizada pelas 7 equipes, segundo a
qual as 7 UBS obtiveram uma nota média (que poderia variar de 1 a 5), considerando as
subdimensões de análise.
Na Figura 31, os resultados consideram a subdimensão “raça-cor”. A classificação
final foi: nota 2 (insatisfatório) para a UBS 5; nota 3 (regular) para as UBS 1, 2, 4 e 7 e nota 4
(satisfatória) para a UBS 3 e 6.
Na Figura 32, foram incluídas no cálculo somente as subdimensões propostas pelo
MS. Nessa análise, três UBS obtém nota 4 (satisfatório) e as demais são classificadas com
nota 3 (regular).
Figura 31. Classificação final das UBS segundo as subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”.
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Classificação final
UBS7
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UBS5
UBS4
UBS3
UBS2
UBS1
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Figura 32. Classificação final das UBS segundo as subdimensões “perfil da equipe”,
“processo de trabalho”, “atenção integral à saúde”,” participação, controle social e
satisfação do usuário”, “raça/cor”.
OBSERVAÇÃO DO PROCESSO AUTOAVALIATIVO
1. Impressões causadas pelo material
Houve, nas equipes, uma tendência a considerar o material como mais voltado para a
Estratégia Saúde da Família (ESF), deixando de abarcar algumas questões que cabem somente
às Unidades Básicas de Saúde (UBS) tradicionais. Desta forma, alguns comentários foram no
sentido de que essas UBS ficariam desfavorecidas na avaliação, pois, por não terem equipe de
ESF nem Agentes Comunitários de Saúde (ACS), não conseguem contemplar
satisfatoriamente alguns padrões.
A tarefa de preenchimento do instrumento, algumas vezes, foi percebida como “uma
tarefa a mais”; porém, durante o processo, por se tratar de questões relativas à prática direta
dos profissionais, a tendência foi de aumentar o interesse pela discussão em torno dos padrões
e da pontuação que seria atribuída aos mesmos.
Algumas equipes sentiram falta de um caderno impresso, fornecido pelo Ministério,
pois a cópia xerox dificultava/desestimulava a leitura.
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Classificação final
UBS7
UBS6
UBS5
UBS4
UBS3
UBS2
UBS1
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Quando o gerente já havia trabalhado com o AMQ, havia familiaridade com o formato
do instrumento, o que facilitava a tarefa. Por outro lado, os padrões apresentados no AMQ
foram considerados mais curtos e objetivos, facilitando a interpretação e a manutenção do
foco da discussão.
2. Adequação dos padrões
Os profissionais envolvidos tenderam a considerar muitos dos padrões como distantes
da realidade de seu trabalho; um dos comentários foi o de que os padrões apresentavam
serviços utópicos para a realidade das UBS.
Houve também comentários no sentido de que os padrões traziam muita informação
(muitos conceitos), o que dificultava a discussão, levando, às vezes, à perda do foco. A
linguagem apresentada nos padrões e nas descrições foi, algumas vezes, considerada
complicada e de difícil compreensão. Foi ressaltado também, por algumas equipes, que os
padrões traziam protocolos distintos dos que o município adota.
Os padrões 4.7 e 4.8 foram considerados complexos, difíceis de entender e com muita
informação. Houve dificuldade particular no entendimento do que seriam os termos “projetos
terapêuticos singulares” e “acolhimento”.
Com relação ao padrão 4.15, foi difícil seguir a descrição, o que levava a equipe a
perder o foco da discussão.
No padrão 4.50, o termo “dentifrício” foi considerado inadequado, podendo ser
substituído por “pasta de dente”.
3. Compreensão da proposta
Algumas equipes compreenderam a proposta como oportunidade de discussão e
preocupação com a melhora da atenção, como por exemplo, com a implantação de ações
inexistentes no serviço. Houve a percepção de que a avaliação contribuiria para o
planejamento anual da UBS.
Porém, nem todas as equipes compreenderam dessa forma a proposta. Para algumas,
não havia clareza de que a autoavaliação não era um fim em si mesmo, mas, sim, uma
preparação para uma matriz de intervenção.
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4. Dinâmica do grupo e participação no processo
Fazer ou não uma leitura prévia do material foi relevante para o desenrolar do
processo. No caso de ter havido leitura prévia, ela geralmente foi feita por profissionais de
nível superior. Em uma UBS, a gerente organizou oficinas prévias com a equipe, para
apresentação do material e para explicação das finalidades da atividade a ser realizada.
Ter ou não o instrumento em mãos também interferiu na dinâmica do processo. A
posse do instrumento dava mais condições para participação do profissional.
Profissionais de nível superior tendiam a participar mais ativamente do processo. O
grau de instrução e a hierarquia tiveram influência, em maior ou menor grau, nas discussões.
Os profissionais de nível médio tenderam a ter participação mais ativa na subdimensão
“Organização do Processo de Trabalho”. Alguns profissionais tiveram pouca participação.
No geral, a equipe se mostrava mais participativa no início dos trabalhos, mas depois
mostrava-se cansada, o que ocasionava diminuição de interesse e de participação. No início
do processo, havia leitura do padrão e de sua descrição; depois de um tempo, houve supressão
da leitura da descrição, a não ser quando o padrão não era compreendido de imediato. Em
uma das UBS, foi importante, em muitos momentos, a retomada e a síntese da descrição do
padrão que estava sendo discutido, para que a discussão retomasse o foco.
Quanto à leitura do material durante a autoavaliação, houve diferentes processos.
Algumas unidades fizeram revezamento na leitura; outras preferiram que uma só pessoa lesse
e isso acontecia a não ser que essa pessoa tivesse, por algum motivo, que se ausentar do local;
nesse caso, era substituída por outra.
Na UBS em que há ACS, estes participaram ativamente, assim como os agentes
administrativos presentes.
5. A atribuição da pontuação
Quanto à atribuição da pontuação, houve também variação no processo: decisão
consensual ou votação. Muitas equipes utilizaram os dois métodos, tendo se valido da votação
quando não conseguia uma decisão consensual.
Nas equipes em que o gerente ou um médico estava presente, havia uma tendência a
que estes liderassem e tentassem dirigir para uma determinada pontuação. Em alguns casos, a
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atuação de um ou outro era mais incisiva e diretiva, porém nem sempre o grupo acatava suas
opiniões e sugestões de pontuação, principalmente depois que já haviam se aquecido para a
tarefa e já haviam discutido alguns padrões.
Apesar das explicações sobre a função da pontuação em uma atividade de
autoavaliação, houve, no geral, dificuldade das equipes em aceitar pontuação baixa (abaixo de
5). Algumas deram nota 1, para não zerar. Outra deu nota 1 ou 2 para a intenção de realizar
uma ação ou para alguma ação ainda bastante incipiente. Houve também situações em que
uma atividade pontual da UBS foi considerada como sistemática, para que a pontuação fosse
mais alta.
Em algumas UBS, houve comentários de que a nota zero estaria rebaixando o trabalho
da equipe. Houve uma tendência a que esse tipo de atitude partisse ou de gerentes ou de
médicos.
Quando as equipes atribuíam pontuação zero, geralmente era por um ou mais dos
seguintes motivos:
- desconhecer a prática apresentada no padrão
- não conseguir cumprir as exigências por falta de mão de obra
- não haver na unidade a prestação do serviço apresentado no padrão
- considerar o padrão como atribuição das ESF ou dos ACS.
No que diz respeito à pontuação 10, houve o comentário de que era difícil de
acontecer, pois seria correspondente à perfeição.
Foi ressaltado que a pontuação da UBS relativa a algumas questões ficava prejudicada
quando dependia de outros serviços (ex: entrega de exames médicos), que muitas vezes não
cumpriam os prazos previstos.
6. As questões relativas à população negra
As questões relativas a raça/cor foram as últimas a serem discutidas; assim, as equipes
estavam mais cansadas e com menos tempo.
Houve resistência e desconforto para discutir esses padrões. Frases como “somos
todos iguais”, “isso é racismo”, estiveram presentes no processo, conferindo um caráter
discriminatório a essas questões (caráter esse pautado no conceito de igualdade e não no de
equidade). Foi feita uma comparação com as cotas nas universidades, que colocam o negro
como incapaz de disputar vagas com o branco.
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No geral, havia desconhecimento sobre a Política Nacional da População Negra. Um
ou outro participante conhecia as questões de saúde específicas da raça negra, tais como:
hipertensão, glaucoma, anemia falciforme, diabetes, miomas.
As questões não foram contempladas nas oficinas realizadas previamente com as
equipes. Assim, não houve conhecimento e apropriação dos padrões relativos à raça/cor.
7. Observações e sugestões advindas das equipes de profissionais
Várias sugestões foram feitas com relação ao processo de autoavaliação AMAQ:
• Alguns itens poderiam ser respondidos por profissionais de área específica;
• Seria recomendável colocar questões sobre:
• recursos humanos (para permitir avaliar “nº de profissionais X objetivos a
serem atingidos”)
• recepção
• satisfação dos profissionais (não só do usuário)
• cuidado ao cuidador
• geração de trabalho e renda (questão enfatizada pela luta antimanicomial)
• ações da farmácia
• planta física
• informática
• sistemas de informação e manutenção;
• É preciso corrigir o padrão 4.17, o número de consultas de pré-natal está errado,
faltando uma consulta no 3º mês;
• Seria útil colocar um glossário com os termos utilizados, siglas, palavras em inglês.
• Há necessidade de mais cursos de capacitação, reciclagem, atualização com relação ao
SUS e a seu funcionamento;
• É fundamental um maior investimento em recursos humanos e materiais (ex:
computadores).
Houve também oportunidade para manifestação de reflexões a respeito das ações
intersetoriais que, conforme comentários, não precisariam ser encabeçadas pela atenção
básica: outros setores poderiam também liderar ações.
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6. CONCLUSÕES
Em relação à adesão das equipes das UBS ao processo de autoavaliação:
o Todas as UBS participaram do processo; os gerentes de todas as UBS
estiveram presentes no preenchimento do instrumento e houve grande
variabilidade no que diz respeito à composição das equipes presentes
no momento da avaliação.
Em relação à avaliação das UBS utilizando o instrumento AMAQ
o no tocante à pontuação, não houve homogeneidade com relação às
dificuldades apresentadas nas UBS nas diferentes dimensões, isto é, as
UBS têm realidades e processos singulares;
o não foi verificada relação clara entre as subdimensões, no sentido de
que, por exemplo, um mau resultado em uma tivesse relação com um
mau resultado em alguma outra;
o a subdimensão raça/cor teve scores muito baixos em todas as UBS;
o considerando-se o total da pontuação das UBS, a sequência foi, em
ordem decrescente: o processo de trabalho; participação, controle social
e satisfação do usuário; atenção integral à saúde; perfil da equipe;
raça/cor;
o no conjunto das subdimensões propostas pelo MS (portanto, exceto
raça/cor), os pecentuais giraram em torno dos 50%, indicando um
estágio intermediário de qualidade;
o houve necessidade, por parte da equipe de pesquisadores, de analisar de
forma mais detalhada a subdimensão “Atenção à Saúde”, já que esta
apresenta um número grande de padrões;
o a análise desses subgrupos de padrões levou à seguinte classificação,
em ordem decrescente: planejamento familiar; câncer de colo e mama;
pré-natal e puerpério; saúde bucal; saúde da criança; HA e DM; ações
no território; vigilância à saúde; promoção e prevenção; saúde mental;
saúde do adolescente; saúde do idoso; saúde do homem. Houve
claramente maior pontuação nas ações tradicionalmente desenvolvidas
na Atenção Básica, especialmente voltadas à mulher e á criança.
A observação do processo autoavaliativo possibilitou verificar:
o as UBS tiveram dificuldade em se identificar com os padrões do
instrumento, tendo considerado os mesmos como mais
apropriados para as ESF;
o alguns padrões ficaram sem pontuação adequada pelo fato de
não estar presente o profissional diretamente ligado à ação
referida nesses padrões;
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o profissionais que tiveram acesso ao material antes da oficina
tiveram mais propriedade para discutir e contribuir para a
pontuação dos padrões;
o o tempo dispendido com a tarefa variou entre as UBS;
o em tempos mais curtos, houve tendência a que as descrições dos
padrões não fossem lidas;
o muitos padrões foram considerados complexos, muitas vezes
com muitos conceitos dentro de um mesmo padrão;
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7. RECOMENDAÇÕES
A partir das lições aprendidas com o acompanhamento do processo de autoavaliação
no município do Embu, a equipe de pesquisa faz algumas recomendações, sendo que algumas
se voltam ao âmbito do município, no sentido de dar continuidade à busca pela melhoria do
acesso e qualidade da atenção e outras, para o contexto do Ministério da Saúde, visando ao
apeefeiçoamento da proposta AMAQ.
Para o município:
-Após a etapa de autoavaliação, é fundamental apoiar o planejamento, de forma
individualizada (isto é, por UBS), das ações de melhoria de qualidade (matriz de intervenção);
-É importante a ampliação das discussões sobre a Atenção Básica, de tal forma que seus
princípios e propostas sejam compreendidos tanto pelas equipes de ESF como pelas equipes
das UBS tradicionais;
-O quesito raça/cor merece uma estratégia de trabalho que envolva todas as UBS;
-As experiências das UBS com maiores pontuações em uma ou outra subdimensão podem ser
socializadas com as demais, no sentido de apoio e fortalecimento dessas iniciativas no âmbito
municipal.
Para o MS:
-É recomendável uma revisão do material, no sentido de adotar termos mais acessíveis; os
padrões poderiam ser revistos quanto à sua complexidade e cada padrão poderia conter um
número menor de conceitos;
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-Seria interessante que os municípios pudessem analisar de forma mais detalhada a
subdimensão “Atenção à Saúde”, no sentido de direcionar estratégias de melhoria da atenção
nas diferentes ações desenvolvidas pela equipe;
-Algumas orientações poderiam ser dadas aos municípios no tocante à implementação do
processo autoavaliativo:
o quanto à composição da equipe que realiza a autoavaliação AMAQ, deve
ser a mais representativa possível;
o a leitura do material, anteriormente ao momento da autoavaliação, deve ser
estimulada;
o é aconselhável a programação de mais de um período para o preenchimento
do instrumento;
o a participação dos gerentes no momento avaliativo das equipes deve ser
considerada com cuidado, pois, apesar de mostrar o interesse e o
comprometimento dos mesmos, o que é bastante positivo, há o risco de
inibir a autonomia dos profissionais no que tange à discussão e à
pontuação.
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