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AVALIAÇÃO DA CINTURA
PÉLVICA
Prof. Adriano Sousa
CINTURA PÉLVICA
Composta pela articulação sacro-ilíaca, pela sínfise
púbica e pela articulação coxo-femoral. Esta última
corresponde à articulação do quadril.
CINTURA PÉLVICA
CINTURA PÉLVICA
CINTURA PÉLVICA
Articulação do quadril(Coxo-femoral)O quadril é uma articulação sinovial do tipo esferóide, e
portanto, capaz de realizar movimentos em todos os
planos.
CINTURA PÉLVICA
Inspeção
Inicia-se quando o paciente entra na sala de exame, devendo a marcha ser
observada com atenção (Tipo, frequência, postura, claudicação, etc.)
A área a ser examinada deverá estar descoberta, respeitando-se o pudor do
paciente, observar possíveis cicatrizes, hipotrofias musculares, assimetrias,
alterações posturais.
CINTURA PÉLVICA
Palpação Procura-se identificar possíveis pontos dolorosos,
tumefações(edemas), deformidades ósseas, o tônus e o
trofismo muscular.
Pontos de referência anatômicos:
• Crista ilíaca,
• Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS),
• Espinha ilíaca póstero-superior (EIPS),
• Trocânter maior;
• Tuberosidade isquiática.
CINTURA PÉLVICA
Mobilidade
A mobilidade deve ser testada de forma ativa e passiva.
Para pesquisa dos movimentos o indivíduo é colocado em
posição ortostática e também em decúbito dorsal,
mantendo-se a pelve e o tronco em posição simétrica.
O paciente pode ser incapaz de realizar os movimentos por fraqueza muscular,
contratura dos tecidos moles periarticulares (cápsula articular, ligamentos, músculos ) ou
por bloqueios ósseos (alterações na conformação das superfícies articulares, fusões ,
saliências ósseas).
CINTURA PÉLVICA
Amplitude de movimento
• Flexão (0º-125º/135º graus):
Paciente em DD, consiste em
levar a coxa em direção
anterior,de encontro ao abdome.
(fig. 1)
• Extensão(0-10º/15° graus): é
feita com o paciente em decúbito
ventral, elevando-se a coxa da
superfície da mesa de exame,
mantendo-se o joelho levemente
fletido (fig. 2).
(fig. 2)
(fig. 1)
CINTURA PÉLVICA
Amplitude de movimento
• Abdução (0-45º/50°graus): consiste em
afastar o membro inferior da linha média.
• Adução (0-30º graus): consiste em cruzar
a linha média com o membro inferior.
CINTURA PÉLVICA
Amplitude de movimento
Rotação interna(0-30 graus) e Rotação externa(0-45 graus): utilizamos a
tuberosidade da tíbia como referência para as medidas, rodando-se o membro
inferior interna e externamente.
CINTURA PÉLVICA
Testes especiais
Sinal de Trendelenburg: avalia fraqueza de glúteo médio.(Abdutor de quadril)
Fraqueza de glúteo médio
Um sinal de trendelenburg compensado quando o tronco do paciente se
inclina para o mesmo lado da perna testada.
O sinal de trendelenburg não compensado observa-se quando desvio
pélvico contralateral.
CINTURA PÉLVICA
Testes especiais
Teste de Thomas: este teste destina-se a avaliar a presença de contratura em flexão
do quadril. (mm. flexores de quadril)
Posição: paciente em DD;
Procedimento: realiza-se a flexão máxima dos
quadris; com isto, desfaz-se a inclinação pélvica
e a lordose lombar que normalmente acabam por
mascarar estas contraturas em flexão. Em
seguida, mantém-se um quadril fletido e
estendemos aquele que desejamos testar.
Resultado: quando há contratura em flexão, o
quadril não estende completamente e o ângulo
formado entre a face posterior da coxa e a mesa
de exame corresponde à contratura em flexão
existente ( teste de Thomas positivo).
CINTURA PÉLVICATestes especiais
Teste de Patrick (“Fabere”): este teste destina-se a detectar tanto as patologias
do quadril, como as da articulação sacro-ilíaca.
Posição: paciente em decúbito dorsal,
Procedimento: Coloca-se o calcanhar do membro inferior avaliado sobre o
joelho do lado oposto; o examinador aplica então uma força sobre o joelho fletido
e outra sobre a espinha ilíaca ântero-superior oposta, como se estivesse abrindo
um livro.
Resultado: Se a dor for referida na região inguinal,pode haver patologia na
articulação do quadril; caso a dor seja referida na região posterior, pode haver
patologia na articulação sacro-ilíaca.
Este teste também é chamado de Fabere, em virtude da posição que o membro
assume durante sua realização ( Flexão,Abdução e Rotação Externa).
CINTURA PÉLVICATestes especiais
Teste de Patrick (“Fabere”): este teste destina-se a detectar tanto as patologias
do quadril, como as da articulação sacro-ilíaca.
CINTURA PÉLVICATestes especiais
Teste de Ober: este teste destina-se a detectar a
presença de contratura em abdução do
quadril.(Trato iliotibial-Tensor da Fáscia Lata).
Posição: O paciente deverá estar em decúbito
lateral, com o membro a ser testado no lado de
cima.
Procedimento: É realizada a flexão do joelho a
90º graus e abdução do quadril; o examinador
então solta o membro.
Resultado: Em condições normais o membro
entra em adução, isto é, vai de encontro ao outro
que está sobre a mesa; em presença de
contratura em abdução do quadril, o membro
permanecerá abduzido mesmo após ter sido solto
(Teste de Ober positivo)
CINTURA PÉLVICATestes especiais
Teste de Ely (Duncan-Ely): Avalia contratura em reto femoral (extensor de joelho)
O paciente encontra-se deitado em DV e relaxado. O terapeuta está de pé ao lado
do paciente, do lado da perna que irá ser testada. Uma mão deve estar na parte
inferior das costas, a outra a segurar a perna pelo calcanhar. Passivamente deve
flexionar o joelho de uma forma rápida. O calcanhar deve tocar os glúteos. Ambos
os lados devem ser testados para comparação. O teste é positivo quando o
calcanhar não chega a tocar na nádega, a anca do lado testado se eleva da mesa,
o paciente sente dor ou parestesia nas costas ou pernas.
CINTURA PÉLVICATestes especiais
Teste de Gaenslen: Avalia disfunção sacro-ilíaca.
CINTURA PÉLVICATestes especiais
Medida do comprimento dos membros: é
realizada para verificar se há diferença no
comprimento de um membro em relação ao outro.
• Discrepância real o comprimento é determinada
pela medida da distância compreendida entre a
espinha ilíaca ântero-superior e o maléolo medial de
um membro em relação ao outro.
Se houver diferença entre as distâncias destes pontos
fixos, está demonstrada a discrepância real.
• Discrepância aparente é determinada pela medida
da distância compreendida entre a cicatriz umbilical e
o maléolo medial de um membro em relação ao outro.
Estas discrepâncias aparentes resultam de posições
anormais da pélvis, e não de encurtamento real de
um membro.
CINTURA PÉLVICA
Perimetria
É o perímetro máximo dos segmentos
corporais medido em um ângulo reto em
relação ao seu maior eixo. (Martins,
2006).
Perimetria do quadril:
- Objetivo: Avaliar a circunferência do quadril para verificar presença ou não de
atrofias, hipertrofias musculares ou edemas.
- Posição do avaliador: Agachado ao lado do paciente.
- Procedimento: Paciente em ortostatismo, posiciona-se a fita métrica de um
lado ao outro do quadril sobre o maior volume do músculo glúteo máximo.
CINTURA PÉLVICA
Perimetria da coxa proximal:
- Objetivo: verificar presença ou não de
atrofias, hipertrofias musculares ou
edemas.
- Posição do avaliador: Agachado ao
lado do paciente.
- Procedimento: Paciente em
ortostatismo, posiciona-se a fita métrica
logo abaixo da prega glútea e faz-se a
medida da circunferência da coxa proximal.
www.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D7HbmunEDQpI&bvm=bv.1359
74163,d.Y2I&psig=AFQjCNHf3-
DaONJyUsJvBvEMKdFjhGPGFw&ust=1476902490800311
CINTURA PÉLVICA
Perimetria da coxa média:
- Objetivo: verificar presença ou não de
atrofias, hipertrofias musculares ou
edemas.
- Posição do avaliador: Agachado ao
lado do paciente.
- Procedimento: Paciente em
ortostatismo, posiciona-se a fita métrica ao
redor da parte mais volumosa da coxa e
faz-se a medida da circunferência.
CINTURA PÉLVICA
Perimetria da coxa distal:
- Objetivo: verificar presença ou não de
atrofias, hipertrofias musculares ou
edemas.
- Posição do avaliador: Agachado ao
lado do paciente.
- Procedimento: Paciente em
ortostatismo, posiciona-se a fita métrica ao
redor da parte mais distal da coxa (3 cm
acima da borda patelar superior) e faz-se
a medida da circunferência.
CINTURA PÉLVICA
Localiza-se a borda patelar superior (BPS)
Marca-se 5/10 e 15cm acima desta e faz-se a
perimetria.BPS
Perimetria da coxa – método dois
No membro inferior a medição pode depender do
local da lesão. Por exemplo: se houver lesão nos
adutores poderá ser realizado linhas a 20, 15, 10 e
5 cm do bordo superior da patela.
CINTURA PÉLVICA
Testes Motores: os músculos são testados por grupos
- Flexores(inervados por L1,L2 e L3) são testados com o paciente sentado,
com as pernas pendentes para fora da mesa,solicitando-se que o mesmo
flexione o quadril enquanto o examinador ofereçe resistência no terço distal da
coxa.
- Extensores(S1) o paciente deve estar em decúbito ventral e com o joelho
fletido, tentando estender o quadril enquanto o examinador oferece resistência
na face posterior da coxa.
Testes motores
CINTURA PÉLVICA
-Abdutores(L5) são testados com o paciente em decúbito
dorsal,enquanto o examinador coloca suas mãos sob as faces laterais dos
tornozelos , impondo resistência e solicitando ao paciente que abduza os
membros; pode também ser testado com o paciente em decúbito lateral,
quando então o examinador impõe resistência na face lateral da coxa .
- Adutores(L2,L3 e L4) são testados com o paciente em decúbito dorsal,
estando os membros abduzidos e com o examinador impondo resistência
na face interna dos tornozelos enquanto o paciente é solicitado a realizar o
movimento de adução.
Testes motores
CINTURA PÉLVICA
Testes sensorial
as raízes que suprem sensitivamente a
pele da região do quadril e coxa são:
• T12(área do ligamento inguinal),
• L1(terço superior da coxa),
• L2(terço médio da coxa),
• L3(terço inferior da coxa),
• Todos estes na face anterior do
membro.Na face posterior do membro, as
raízes de S1 e S2 suprem a sensibilidade
de extensa área que vai desde a prega
glútea até a fossa poplítea.
IMAGINOLOGIA
FRAT. COLO DO FÊMUR
FRAT. DE QUADRIL
TIPOS DE FRATURA DE FÊMUR PROXIMAL
AGORA É A SUA VEZ
PÚBIS
SÍNFISE
ÍSQUIO
FORAME
OBTURADO
TROCANTER
MENOR
ÍLIO
CRISTA ILÍACAL5- PROC.
TRANSVERSO
ART. SACRO-ILÍACA
CABEÇA DO FÊMUR
12
COLO DO FÊMUR
MÚSCULOS DOS MEMBROS
INFERIORES E PELVE
M. PSOAS MAIOR
ORIGEM: Vértebras lombares
INSERÇÃO: Trocânter menor do fêmur
AÇÃO: Flexão da coxa (quadril)
M. ILÍACO
ORIGEM: Fossa ilíaca
INSERÇÃO: Trocânter menor do fêmur
AÇÃO: flexão da coxa (quadril)
M. PECTÍNEO:
ORIGEM: Linha Pectínea (Púbis)
INSERÇÃO: Linha Pectínea do Fêmur
AÇÃO: Adução Da Coxa (Quadril)
M. Adutor longo, Adutor
curto
e Adutor Magno (Maior)
Têm origem no púbis, e a porção
extensora do adutor magno tem
sua origem na tuberosidade
isquiática.
Inserem-se ao longo da linha
áspera do fêmur, a porção
extensora do adutor magno
insere-se na linha supracondilar
do fêmur.
Ações: Adução da coxa (quadril)
M. Grácil
Origem: púbis
Inserção: tíbia medial
Ação: flexão da perna,
adução do quadril, auxílio
na rotação interna do
joelho
M. Obturador interno
Origem: Forame obturado
Inserção: Fêmur (Trocanter maior)
Ação: Rotação externa e auxílio na abdução do
quadril.
M. Obturador externo
Origem: Forame obturado
Inserção: Fêmur (Trocanter maior)
Ação: Rotação externa e auxílio na adução do quadril
M. Sartório
Origem: espinha ilíaca antero-
superior
Inserção: tuberosidade da tíbia
Ação: Rotação externa e
abdução do quadril; flexão do
joelho (auxílio).
M. Tensor da Fáscia Lata
Origem: espinha ilíaca
antero-superior e crista
ilíaca.
Inserção: tracto ílio-tibial.
Ação: Abdução da coxa ,
rotação medial, flexão da
coxa**.
M. Reto da Coxa (Reto
Femoral)
Origem: espinha ilíaca
antero-inferior e
acetábulo.
Inserção: patela e
tuberosidade da tíbia
Ação: extensão do joelho.
M. Vasto Medial
Origem: linha intertrocantérica
e linha áspera
Inserção: patela e tuberosidade
da tíbia
Ação: Extensão do joelho
M. Vasto Lateral
Origem: trocanter maior e linha
áspera do fêmur.
Inserção: patela e tuberosidade da
tíbia.
Ação: Extensão do joelho.
Vasto Intermédio
Origem: face anterior e lateral do
corpo do fêmur.
Inserção: patela e tuberosidade da
tíbia.
Ação: Extensão do joelho.
M. Tibial Anterior
Origem: Côndilo lateral da tíbia
Inserção: base do 1º
metatársico, osso
cuneiforme.
Ação: dorsiflexão e inversão do
pé.
Músculos da região anterior da perna
M. Extensor Longo do Hálux
Origem: borda interóssea da tíbia
Inserção: falange distal do hálux
Ação: extensão do hálux e auxílio na
dorsiflexão do pé.
M. Fibular Longo
Origem: Cabeça da fíbula.
Inserção: Base do 5º metatársico.
Ação: auxílio na flexão plantar e eversão do
pé.
M. Fibular curto
Origem: fibula.
Inserção: 5º metatarso.
Ação: Eversão do pé.
M. Fibular Terceiro
Origem: fíbula.
Inserção: 5º metatarso.
Ação: Eversão e dorsiflexão do pé
(tornozelo)
M. Glúteo Máximo
Origem: Ílio e sacro.
Inserção: Fêmur e trato iliotibial da fáscia
lata.
Ação: Extensão e auxílio na rotação externa
do quadril (coxa).
Músculos da Região Posterior dos MMII
M. Glúteo Médio
Origem: osso ílio.
Inserção: Fêmur (trocânter
maior).
Ação: abdução e rotação
interna da coxa.
Inervação: Nervo Glúteo
Superior (L4 - S1)
M. Glúteo Mínimo
Origem: osso ílio.
Inserção: Fêmur (trocânter maior)
Ação: abdução e rotação interna da coxa.
M. Piriforme
Origem: osso ílio e sacro.
Inserção: Fêmur (trocânter maior)
Ação: rotação externa da coxa
(quadril).
M. Gêmeo Superior
Origem: espinha isquiática.
Inserção: tendão do m. obturador interno.
Ação: rotação externa da coxa (quadril).
M. Gêmeo inferior
Origem: tuberosidade isquiática.
Inserção: tendão do m. obturador interno.
Ação: rotação externa da coxa (quadril)
M. Quadrado da Coxa
Origem: ísquio.
Inserção: fêmur (crista intertrocantérica).
Ação: rotação externa da coxa.
M. Bíceps Femoral
Origem: ísquio (p. longa) e fêmur (p. curta)
Inserção: Fíbula (face lateral) e Tíbia
(côndilo lateral).
Ação: flexão de joelho, rotação externa de joelho
e auxílio na extensão e rotação externa de
quadril
M. Semitendinoso
Origem: ísquio (tuberosidade)
Inserção: Tíbia (diáfise proximal).
Ação: flexão de joelho, rotação interna de
joelho, extensão e rotação interna de
quadril.
M. Semimembranoso
Origem: ísquio (tuberosidade)
Inserção: Tíbia (côndilo medial) e fêmur
(côndilo lateral).
Ação: flexão de joelho, rotação interna de
joelho e auxílio na extensão e rotação
interna de quadril.
M. Sóleo
Origem: Cabeça da fíbula e tíbia.
Inserção: calcâneo.
Ação: flexão plantar do tornozelo.
Músculos da perna – Região Posterior
M. Gastrocnêmio
Origem: cabeça lateral (fêmur-côndilo
lateral) e cabeça medial (fêmur - côndilo
medial).
Inserção: calcâneo.
Ação: flexão plantar do tornozelo e auxílio
na flexão de joelho.
M. Tibial Posterior
Origem: Face posterior da tíbia e fíbula
(proximal).
Inserção: Navicular, cuneiformes e do II ao
IV metatársico.
Ação: flexão plantar e inversão do pé.
M. Flexor longo dos dedos
Origem: Face posterior proximal da tíbia.
Inserção: Falange distal do II ao V dedo do
pé (4 tendões).
Ação: flexão do 2º ao 5º dedo do pé.
M. Flexor longo dos Hálux
Origem: Face posterior da tíbia e fíbula.
Inserção: Falange distal do hálux
Ação: flexão do hálux.
Fibular curto
Extensor longo
dos dedos
Hoppenfeld, S.: Propedêutica ortopédica. Editora Atheneu,São Paulo,1987.
Marques, A. P. Manual de goniometria. Editora Manole, São Paulo, 2014.
Referências:
Palmer & Apler. Técnicas de avaliação músculo esquelética. Editora Guanabara,
RJ, 2000