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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL RELATÓRIO TRIÊNIO 2010-2012 FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA GRAL de Ilha Solteira Prof. José Luiz Gasche (Presidente) Prof. Edson Lazarini (Vice-Diretor da FE-IS) Prof. José Luiz Pinheiro Melges Prof. Marcelo Carvalho Minhoto Teixeira Prof. Walter Katsumi Sakamoto Março de 2014

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

RELATÓRIO

TRIÊNIO 2010-2012

FACULDADE DE ENGENHARIA

DE ILHA SOLTEIRA

GRAL de Ilha Solteira

Prof. José Luiz Gasche (Presidente)

Prof. Edson Lazarini (Vice-Diretor da FE-IS)

Prof. José Luiz Pinheiro Melges

Prof. Marcelo Carvalho Minhoto Teixeira

Prof. Walter Katsumi Sakamoto

Março de 2014

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1

2. AVALIAÇÃO DO ENSINO DE GRADUAÇÃO 2

3. AVALIAÇÃO DO ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO 9

4. AVALIAÇÃO DA PESQUISA 11

5. AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO 15

6. AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE GESTÃO 17

7. EGRESSOS DE GRADUAÇÃO E DE PÓS-GRADUAÇÃO 21

8. DIFICULDADES DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO 22

9. DIAGNÓSTICO 22

1

1. INTRODUÇÃO

A avaliação institucional na UNESP (Universidade Estadual Paulista) tem-se

caracterizado como um processo permanente de acompanhamento da vida acadêmica, o que

supõe a análise simultânea das suas diversas esferas de atuação: ensino, pesquisa, extensão e

gestão em todas as instâncias da Universidade.

O processo tem valorizado também a participação da comunidade nas decisões sobre a

avaliação. A natureza democrática e participativa da avaliação foi definida pela UNESP, ao

iniciar o processo, em 1989, com a participação de toda a comunidade, e ao buscar garantir

caráter de confiabilidade às sugestões e propostas encaminhadas, tanto na definição dos

princípios e objetivos como dos aspectos (variáveis e indicadores) que serão objeto de

avaliação.

A Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, foi criada juntamente com a UNESP em

1976, então com os cursos de graduação em Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica, e

atualmente conta, além destes, com os cursos de Agronomia, Zootecnia, Ciências Biológicas,

e as licenciaturas em Física e Matemática.

A pós-graduação, iniciada com o curso de mestrado em Engenharia Elétrica em 1992,

hoje conta com 7 cursos de pós-graduação, com mestrado e doutorado em 4 deles. No último

período de avaliação (2007-2009) havia apenas 3 cursos de pós-graduação com doutorado.

O corpo docente é contratado, em sua ampla maioria, no Regime de Dedicação

Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP), apresentando-se com dominância de docentes com

titulação mínima de doutor. Além disso, atualmente conta com a participação de professores

colaboradores e pesquisadores. A produção acadêmica do corpo docente, em conjunto com

alunos de graduação e de pós-graduação, é equiparável à produção das melhores

Universidades brasileiras.

Dentre os egressos, encontram-se profissionais seniores em posições de destaque

profissional.

Os dados coletados e tratados neste processo de avaliação institucional mostram que a

FEIS-Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira já atingiu sua maturidade acadêmica,

apresentando um expressivo desenvolvimento nos últimos anos. Entretanto, ainda apresenta

carências e deficiências a serem atentamente consideradas pela administração em todos os

níveis.

Os dados institucionais usados na elaboração deste relatório foram coletados por meio

de uma plataforma computacional denominada AVINST, na qual todos os seguimentos da

Universidade (alunos, funcionários, docentes, bibliotecários, Diretoria Técnica Acadêmica,

Chefes de Departamento e Coordenadores de Curso de Graduação) foram convidados a

2

responder formulários com perguntas relacionadas aos diversos itens avaliados. A Tabela 1.1

apresenta dados que mostram o nível de participação de cada seguimento avaliador.

Os dados coletados mostram claramente que houve uma maior participação dos

avaliadores no último ano do triênio, fruto de uma campanha intensa de conscientização de

todos os seguimentos, com exceção dos seguimentos de ex-aluno de graduação e de pós-

graduação. Isto mostra que deve-se desenvolver uma sistemática diferenciada de abordagem

destes seguimentos com o objetivo de aumentar suas participações no processo de avaliação.

Embora tenha havido maior participação no último ano do triênio, deve-se buscar maneiras

alternativas para aumentar a participação de alguns seguimentos.

Tabela 1.1 – Nível de participação dos avaliadores na plataforma AVINST.

Item Avaliado Respondentes (%)

2010 2011 2012

Biblioteca 100 100 100

Biblioteca - Serviços 6,86 10,87

Alunos 4,9 (150/3064)

8,16 (289/3545)

Docentes 31,13 (75/241)

49,38 (119/241)

Bibliotecários 40 (2/5)

80 (4/5)

Clima Institucional 7,7 11,62

Alunos 4,44 (136/3064)

7,25 (257/3545)

Docentes 31,54 (76/241)

47,72 (115/241)

Funcionários 19,83 (69/348)

29,68 (111/374)

Departamento 50 (4/8)

50 (4/8)

75 (6/8)

Extensão 26,86 28,52 44,22

DTA 100 100 100

Docentes 26,56 (64/241)

28,22 (68/241)

43,99 (106/241)

Ex-aluno Graduação 0 0

Ex-aluno Pós-Graduação 1,81 (2/111)

2,53 (3/119)

Gestão Institucional 22,23 22,23 66,67

DTA 100 100 100

Chefes de Departamento 12,5 (1/8)

12,5 (1/8)

62,5 (5/8)

Restaurante e Moradia (DTA) 100 100 100

Restaurante/Serviços (alunos) 4,51 (138/3064)

7,17 (254/3545)

Corpo Docente (Coordenadores) 50 (4/8)

37,5 (3/8)

62,5 (5/8)

Corpo Discente (Coordenadores) 37,5 (3/8)

37,5 (3/8)

50 (4/8)

Infraestrutura (Coordenadores) 37,5 (3/8)

37,5 (3/8)

50 (4/8)

2. AVALIAÇÃO DO ENSINO DE GRADUAÇÃO

Os cursos oferecidos pela UNESP-Campus de Ilha Solteira são: Agronomia, Ciências

3

Biológicas (licenciatura), Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Física

(licenciatura), Matemática (licenciatura) e Zootecnia.

Corpo discente

Os respondentes relativos a este item foram os coordenadores dos cursos. Observam-

se, na tabela a seguir, quais os cursos que apresentaram as informações solicitadas pelo

sistema AVINST.

Tabela 2.1 – Resposta ao questionário feito aos coordenadores dos cursos.

Curso 2010 2011 2012

Agronomia NÃO NÃO NÃO

Ciências Biológicas (licenciatura) NÃO NÃO NÃO

Engenharia Civil SIM SIM SIM

Engenharia Elétrica NÃO NÃO NÃO

Engenharia Mecânica SIM SIM SIM

Física (licenciatura) SIM SIM SIM

Matemática (licenciatura) NÃO NÃO NÃO

Zootecnia NÃO NÃO SIM

Destaca-se que as análises realizadas com esses dados não irão refletir de modo

adequado a realidade dos fatos, uma vez que o índice de resposta dos coordenadores foi baixo:

37,5%, 37,5% e 50%, referentes aos anos de 2010, 2011 e 2012, respectivamente. Uma vez

que a Zootecnia somente respondeu o questionário de 2012, seus dados, neste item, foram

analisados à parte.

Existem pouquíssimos alunos ouvintes, especiais ou vindos de outras unidades, sendo

este número inferior a 1% no ano de 2010 e inferior a 0,3% nos anos subsequentes.

A evasão de alunos, em relação à quantidade dos que se formam atinge o patamar de

20%. O diagnóstico que se faz é que é necessário buscar as causas desta evasão: desmotivação

decorrente das dificuldades encontradas no aprendizado das disciplinas, do estilo de vida da

cidade ou de problemas financeiros.

No item “Participação e dedicação ao curso”, os itens “Capítulos de livros

publicados”, “Textos em jornais de notícias”, “Produção artística” e “Produção técnica” são

nulos. Esperava-se alguma participação dos alunos no item “Trabalhos completos em

eventos”. A dúvida que surge é se os coordenadores teriam acesso a essas informações, uma

vez que é cada vez mais comum a participação de alunos em eventos e congressos nacionais.

Com relação aos trabalhos de conclusão de curso, a relação “aluno formado/trabalho

de conclusão”, para os anos de 2010, 2011 e 2012, foi de, respectivamente, 0,7, 0,9, 0,7,

4

demonstrando o comprometimento dos alunos nesta fase preparatória para o ingresso no

mercado de trabalho.

Foi observada uma boa quantidade de trabalhos no item “Trabalhos resumidos em

eventos”, indicando um envolvimento por parte dos alunos em atividades do meio científico.

Com relação ao oferecimento de bolsas, pode-se observar que existem várias

modalidades, desde aquelas com a finalidade de oferecer apoio ao aluno com dificuldades

financeiras até àquelas que estimulam o aluno em atividades de pesquisa e de extensão. De

modo geral, observou-se um aumento da quantidade de alunos atendidos, do ano de 2010,

quando cerca de 2,9% dos alunos foram atendidos com bolsas, para o ano de 2011, quando

esse número passou para 5,2%, tendo se mantido no ano de 2012.

Com relação a alunos estagiários dos cursos, estavam presentes no sistema AVINST

apenas os dados de 2010 e de 2011; os valores referentes ao ano de 2012 estavam zerados.

Observa-se que a maior parte das vagas de estágio, cerca de 73%, foram oferecidas pelo setor

privado.

Foi observada, a partir de 2011, a vinda de estagiários do exterior, proporcionando

possibilitando aos alunos da UNESP o intercâmbio de experiências e os motivando a também

participarem destes programas.

A quantidade de estágios extracurriculares é notadamente menor que a de estágios

curriculares. Este fato necessitaria ser avaliado se não há interesse dos alunos nessas

atividades, ou se a ausência do registro dessas atividades em seus currículos é que não os

motivam a fazê-los.

Durante o triênio 2010-2012, foi observado que 35 alunos estrangeiros vieram

conhecer a UNESP por meio de intercâmbio, permanecendo por um período de 2 meses. Em

contrapartida, 25 alunos da UNESP foram realizar intercâmbio no exterior, permanecendo um

período médio de 7 meses.

Com relação aos dados fornecidos pelo coordenador do curso de Zootecnia, para o ano

de 2012, o que se observa de diferente em relação à análise feita para os cursos de Engenharia

Civil, Mecânica e Física-licenciatura, foi a existência de trabalhos completos em eventos e

trabalhos publicados em periódicos.

O diagnóstico que se faz é que a Unidade oferece ao aluno diversas possibilidades de

crescimento, por meio da possibilidade da realização de estágios no Brasil e no exterior, e

também incentivando a vinda de estudantes estrangeiros e a ida de estudantes da UNESP a

outros países, por meio de programas de intercâmbio. Ainda há que se destacar o efeito social

que a Universidade proporciona, seja apoiando financeiramente os alunos que têm

dificuldades de se manter no curso, seja apoiando os alunos, de um modo geral, por meio de

bolsas de iniciação científica ou relacionadas à atividades de extensão.

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Corpo docente

Os respondentes relativos a este item também foram os coordenadores dos cursos.

Observa-se, na Tabela 2.2, os coordenadores que responderam ou não à pesquisa.

Tabela 2.2 – Resposta ao questionário feito aos coordenadores dos cursos.

Curso 2010 2011 2012

Agronomia NÃO NÃO NÃO

Ciências Biológicas (licenciatura) NÃO NÃO NÃO

Engenharia Civil SIM SIM SIM

Engenharia Elétrica NÃO NÃO NÃO

Engenharia Mecânica SIM SIM SIM

Física (licenciatura) SIM SIM SIM

Matemática (licenciatura) SIM NÃO SIM

Zootecnia NÃO NÃO SIM

Neste caso, a opção feita foi utilizar apenas os dados do ano de 2012, uma vez que foi

o ano que apresenta o maior número de dados para a comparação.

Com relação à titulação, do total de docentes exclusivos do curso, apenas 1% é

auxiliar de ensino; 60,6% são de professores assistentes doutores; 30,8% são adjuntos; 7,7%

são titulares. Já com relação ao regime de trabalho, tem-se que 97% dos docentes estão no

regime de trabalho RDIDP e apenas 3% estão no regime RTC. Este quadro possibilita uma

grande valorização dos cursos, uma vez que a maior parte dos docentes já possui titulação

adequada à orientação de trabalhos científicos ou técnicos, e o regime de trabalho em RDIDP

permite um atendimento integral às necessidades dos alunos no que se refere à disponibilidade

dos docentes em atendê-los.

Com relação a professores substitutos, quando somados ao quadro dos docentes

exclusivos do curso, eles representam 10,3% do total. Uma vez que esses docentes estão em

tempo parcial, não há muitas condições deles desenvolverem trabalhos em conjunto com os

alunos, dada a sua limitação de horas disponíveis para a Universidade. O ideal é que o quadro

de docentes pudesse ser todo em RDIDP.

A média de horas-aula por docente no total do curso foi de 192 horas, o que

equivaleria a aproximadamente 6,4 horas-semanais. Destaca-se que, neste cálculo, não foram

utilizados os dados dos Cursos de Matemática e nem de Zootecnia, por ausência de

informações nos arquivos do sistema AVINST. Este índice, se pudesse ser considerado

representativo, indicaria que, além das aulas, o docente também teria tempo suficiente para se

dedicar de modo adequado às atividades de Pesquisa, de Extensão e de Gestão.

6

A relação professor/aluno obtida foi de 1/12, destacando-se que não puderam ser

incluídos os dados do curso de Zootecnia em função de ausência de informações no arquivo

de dados do sistema AVINST.

Destaca-se que 31% dos alunos estão sendo orientados por docentes em Projetos

Técnicos, Trabalhos de Conclusão, Projetos de Extensão e Projetos de Pesquisa. Pode-se ainda

observar que 14% têm bolsa e 16%, não.

Com relação ao item “Número de trabalhos didáticos publicados ou editados por

docentes do curso” foi observado que, por algum motivo, as quantidades relativas aos dados

do curso de Engenharia Mecânica estavam todos nulos. Com base no sistema AVINST, os

itens mais pontuados foram “Artigos”, “CD-ROMs” e “Revistas Eletrônicas”, nesta ordem.

Também foram pontuados os itens “Capítulos de livros”, “Textos” e “Livros”. Aparentemente,

os docentes não se dedicaram à produção de “Softwares”, “Vídeos” e “Páginas da Web”.

O diagnóstico que se faz é que os itens “Livros” e “Capítulos de Livros” foram

pontuados, indicando a preocupação dos docentes em facilitar o aprendizado e melhorar a

formação dos alunos de graduação. No entanto observa-se uma tendência de concentração dos

esforços docentes na produção de material científico, em função da discrepância observada

entre os itens “Livros” e “Capítulos de Livros” (apenas 7 no total) com os itens “Artigos” e

Revista Eletrônica” (143 no total).

Infraestrutura

Os respondentes relativos a este item também foram os coordenadores dos cursos.

Observa-se, na Tabela 2.2, os coordenadores que responderam ou não à pesquisa.

Metade dos cursos que responderam ao questionário considera as salas disponíveis

“Adequada”, e a outra metade, “Inadequada”.

Todos os cursos estão insatisfeitos com o número de laboratórios didáticos disponíveis

para os cursos.

Com relação à adequação dos laboratórios didáticos ao número de alunos, apenas 30%

dos laboratórios didáticos foram considerados “Adequados”, enquanto 70% foram

considerados “Pouco adequados/Inadequados”.

Com relação à disponibilidade de equipamentos dos laboratórios didáticos para o

exercício da docência, a porcentagem anterior sofre uma pequena variação: 33% possuem

disponibilidade adequada enquanto que 67%, não.

Assim como foi visto para o caso de laboratórios didáticos, todos os cursos também

estão insatisfeitos com o número de laboratórios de informática disponíveis para os cursos.

A relação “número de alunos / quantidade de laboratórios” é de 51.

Com relação à adequação dos laboratórios de informática com relação ao número de

alunos, observa-se uma repetição do que foi visto para os laboratórios didáticos: apenas 30%

7

dos laboratórios de informática foram considerados “Adequados”, enquanto 70% foram

considerados “Pouco adequados/Inadequados”.

Com relação à disponibilidade de equipamentos dos laboratórios de informática para o

exercício da docência, a porcentagem observada foi a mesma que para o parágrafo anterior:

30% possuem disponibilidade adequada enquanto que 70%, não.

Com relação à atualização dos equipamentos dos laboratórios de informática,

observou-se que apenas 56% dos computadores se encontram atualizados.

O diagnóstico referente a este item é que investimentos na construção de laboratórios,

na compra de equipamentos e na atualização de computadores são essenciais para que os

cursos possam se manter modernos e atualizados de acordo com as exigências do mercado de

trabalho.

Biblioteca

Com base nas respostas fornecidas pelo Diretor da Biblioteca, a Unidade atende às

solicitações dos cursos de graduação, em qualidade e diversidade de títulos.

De um modo geral, para a maioria dos itens avaliados, os respondentes foram os

alunos de graduação e de Pós-Graduação, os Docentes e os Bibliotecários. Em alguns itens,

algumas categorias foram excluídas, como por exemplo: no caso do item “Equipamentos de

informática”, apenas os docentes não foram consultados.

Com relação ao item “Informatização”, a grande maioria dos usuários (90%) considera

o serviço como “Bom/Excelente”; já uma pequena parte (8%) como “Regular” e apenas uma

pequena minoria (2%) como “Não Satisfatório/Crítico”.

Com relação ao item “Atendimento do pessoal técnico administrativo”, 92%

consideram o serviço como “Bom/Excelente”.

Com relação ao “Horário de Funcionamento“, a grande maioria (85%) considera como

“bom/excelente”.

Com relação à “Disponibilidade de Bibliografia Básica”, verifica-se que, embora a

maioria (65%) considere o serviço como “Bom/Excelente”, já existe uma parcela maior (27%)

que o considera como “Regular”, e 8% como “Não Satisfatório/Crítico”.

Com relação ao “Ambiente Físico” (instalação para o acervo quanto ao espaço físico,

layout e sinalização; condições ambientais de trabalho para os usuários; equipamento de

informática para acesso à internet), 73% dos usuários consideram o serviço como

“Bom/Excelente”; 21% como “Regular”, e 6% como “Não Satisfatório/Crítico”.

O diagnóstico que se faz é que a Biblioteca apresenta serviços de excelente qualidade.

As melhorias que poderiam ser sugeridas seriam no sentido de se melhorar o acesso à

bibliografia básica e melhorar as condições ambientais para o trabalho.

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Restaurante Universitário

Conforme dados fornecidos pelo DTA, observou-se um acréscimo da quantidade de

alunos atendidos no Restaurante Universitário, passando de 181 vagas, oferecidas nos anos de

2010 e 2011, para 280 vagas, oferecidas no ano de 2012, representando um acréscimo de

55%.

Os respondentes relativos a este item foram os alunos de graduação e os de pós-

graduação, não havendo distinção entre eles, conforme o sistema AVINST.

Não foram disponibilizados dados referentes ao ano de 2010.

Observa-se que a quantidade de alunos, do ano de 2011 para 2012, aumentou em 17%

(de 3068 para 3587). A porcentagem de alunos que responderam ao questionário, também

aumentou, de 4,50% (138 alunos em relação aos 3068) para 7,10% (254 alunos em relação

aos 3587).

Com base na informação fornecida pelos respondentes, a porcentagem de alunos que

considera o restaurante universitário como “bom/excelente” foi de 37%; já a que considera

como “Regular/não satisfatório/crítico” foi de 63%. Estas porcentagens se mantiveram

praticamente as mesmas nos anos de 2011 e de 2012.

O diagnóstico que se faz é que os 3 principais aspectos que precisariam ser

melhorados com certa urgência seriam: o espaço físico, o mobiliário, e o preço, nessa ordem

de prioridade.

Serviços prestados no desenvolvimento de sistemas acadêmicos e administrativos

Os respondentes relativos a este item foram os alunos de graduação e os de pós-

graduação, não havendo distinção entre eles conforme o sistema AVINST, e com as mesmas

porcentagens de participação mencionadas no item 2.1.

Seja para os serviços prestados no desenvolvimento de sistemas acadêmicos e

administrativos, seja para os serviços prestados na manutenção e suporte da área de

informática na Unidade, as porcentagens relativas ao ano de 2011 foram praticamente as

mesmas com relação ao ano de 2012. Pode-se mencionar que 60% dos respondentes

consideram a qualidade dos serviços prestados como “excelente/bom”, 30% considera como

“regular” e apenas 10% como “não satisfatório/crítico”.

O diagnóstico que se faz é que, embora ainda haja o que se melhorar, não há

necessidade de se tomar medidas em caráter de urgência.

3. AVALIAÇÃO DO ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Pós-Graduação Stricto Sensu

A UNESP vem usando como instrumento de avaliação da pós-graduação o sistema

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nacional de Avaliação da CAPES. Desta forma, esta avaliação da pós-graduação dos

Programas do Campus de Ilha Solteira foi baseada em dados das últimas avaliações da

CAPES, 2001-2003, 2004-2006, 2007-2009 e 2010-2012. Foram também utilizados dados

contidos nos relatórios, período 2005-2007, 2008-2009 e 2010-2012, do sistema AVINST, no

site da PROPe - Pró-Reitoria de Pesquisa da UNESP, nos site da FEIS-UNESP e de

informações obtidas diretamente na sessão de pós-graduação.

Os programas de pós-graduação stricto sensu em andamento no Campus são os

seguintes: Agronomia (Mestrado (M) e Doutorado (D)), Ciência dos Materiais (M e D),

Engenharia Civil (M), Ciência e Tecnologia Animal (M), Engenharia Elétrica (M e D),

Engenharia Mecânica (M e D) e Matemática Profissional (PROFMAT) (M). A Tabela 3.1

apresenta uma síntese dos dados referentes a estes programas: os anos de início dos cursos de

mestrado (M) e doutorado (D), os conceitos obtidos nas avaliações da CAPES, os números de

alunos regulares e os números de defesas nos programas, no triênio 2005- 2007, no biênio

2008-2009 e no triênio 2010-2012.

Na avaliação de 2001 a 2003, somente o programa de Engenharia Elétrica foi avaliado

nos dois níveis, mestrado (M) e doutorado (D). No período 2004 a 2006, entrou na avaliação o

doutorado do programa de Agronomia, no período de 2007-2009, o doutorado do programa de

Ciência dos Materiais. Na análise dos quatro períodos citados, o programa de Agronomia,

com o conceito 4, nos dois primeiros períodos, avançou para o conceito 5 nas duas última

avaliação. O programa de Ciências dos Materiais obteve conceito 4, nos dois primeiros

períodos, passou a conceito 3 na terceira avaliação, e no último período foi promovido para o

conceito 4. O programa de Engenharia Civil, com conceito três, nos dois primeiros períodos,

subiu para o conceito 4, nos dois últimos períodos de avaliação. O programa de Engenharia

Mecânica, com conceito três, nos dois primeiros períodos, subiu para 4 no segundo e no

último período foi promovido para o conceito 5. O programa de Engenharia Elétrica obteve o

conceito 5 nos três primeiros períodos e avançou para o conceito 6 na última avaliação.

A proposta do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Animal, nível

Mestrado Acadêmico, Interunidades, do Campus Experimental de Dracena e Campus de Ilha

Solteira, ambos da UNESP, foi aprovada pela CAPES no final do ano de 2011. Este Programa

obteve o conceito 4 na sua primeira avaliação pela CAPES, referente ao triênio 2010-2012.

O PROFMAT - Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional, é um curso

semipresencial, com oferta nacional, realizado por uma rede de Instituições de Ensino

Superior, no contexto da Universidade Aberta do Brasil, e coordenado pela Sociedade

Brasileira de Matemática. A UNESP oferece o curso desde 2011 nos Campi de Rio Claro e

São José do Rio Preto. Em 2012, a oferta foi estendida ao Campus de Ilha Solteira e, a partir

de 2013, haverá oferta do curso em Presidente Prudente. Este Programa obteve o conceito 3

na avaliação pela CAPES, referente ao triênio 2010-2012.

10

Analisando os dados apresentados na Tabela 3.1, observa-se que no triênio 2010-2012,

dois programas foram avaliados pela primeira vez obtendo conceitos 3 e 4, dois programas

mantiveram no triênio 2010-2012 os conceitos da avaliação anterior referente ao triênio 2007-

2009 (4 e 5), e três programas melhoraram os seus conceitos nesta nova avaliação referente ao

triênio 2010-2012 (de 3 para 4, de 4 para 5 e de 5 para 6), comparando-se com os conceitos da

avaliação do triênio anterior, de 2007-2009.

Como mostra a Tabela 3.1, tem ocorrido um aumento, com algumas flutuações, nos

números de defesas de mestrado e doutorado, comparando-se os dados do triênio 2005-2007,

do biênio 2008-2009 e do triênio 2010-2012. No triênio 2005-2007 ocorreram 58 defesas de

mestrado e no doutorado 28 defesas. No biênio 2008-2009, 170 defesas de mestrado e no

doutorado foram 63 defesas. No triênio 2010-2012, ocorreram 283 defesas de mestrado e 75

de doutorado.

A Tabela 3.1 também permite concluir que, com algumas flutuações, o número de

alunos de mestrado e doutorado continua aumentando nos últimos anos (2010, 2011 e 2012).

Cresceu também o número de docentes credenciados nos programas de pós-graduação, com

bolsa de produtividade científica do CNPq: 11 docentes em 2007, 30 docentes em 2009 e 36

docentes em 2012. Os dados referentes a 2012 foram obtidos no site da PROPe - Pró-Reitoria

de Pesquisa da UNESP.

Analisando-se os dados acima, pode-se observar o crescimento qualitativo e

quantitativo das atividades vinculadas aos cursos de pós-graduação stricto sensu do Campus.

Do relatório do AVINST, observa-se que o item “Transporte para atividade acadêmica” não foi

bem avaliado. Uma justificativa deste fato foi a mudança do Departamento de Engenharia

Elétrica para o antigo Centro de Treinamento da CESP, agora denominado Campus III. O

problema é a distância do Campus III ao centro da cidade e as poucas opções de transporte

coletivo para os alunos e docentes. Este fato tem dificultado as atividades de pesquisa, pois

não tem existido transporte coletivo no período noturno e nos finais de semana. Outro ponto

também apontado através das respostas do AVINST foi a necessidade de ampliação dos

laboratórios de ensino e pesquisa.

Pós-Graduação Lato Sensu.

No período analisado, consta o oferecimento na Unidade do curso de pós-graduação

lato-sensu Fundamentando a Prática de Ensino do Professor de Matemática. Este curso foi

ministrado para uma turma de 14 alunos selecionados, no período de 08 de outubro de 2011 a

07 de outubro de 2013, com a duração de 480 horas (incluindo a monografia) e a participação

de 11 docentes.

11

Tabela 3.1: Dados dos programas de pós-graduação Stricto Sensu do Campus de Ilha Solteira.

Programa Ano de Início Avaliação CAPES

Nº de alunos 2005-2007

Nº de defesas 2005-2007

Nº de alunos 2008-2009

Nº de defesas

2008-2009

Nº de alunos 2010, 2011,

2012

Nº de defesas 2010-2012

M D 2001-2003

2004-2006

2007-2009

2010-2012

M D M D M D M D M D M D

Agronomia (M/D)

1995 2004 4 4 5 5 103 64 71 7 189 120 42 37 98 99 93

46 59 60

92 35

Ciência dos Materiais

(MD)

1997 2007 4 4 3 4 60 3 34 0 64 26 19 39 36 37

17 22 33

29 6

Ciência e Tecnologia Animal (M)

2011 4 0 0

18

Engenharia Civil (M)

1999 3 3 4 4 57 43 119 33 46 51 57

44

Engenharia Elétrica (MD)

1992 1999 5 5 5 6 152 85 83 21 170 172 47 26 83

109 111

107 131 143

72 34

Engenharia Mecânica

(MD)

1997 2013 3 3 4 5 118 58 133 29 61 64 70

53

Matemática Profissional

(M)

2012 3

4. AVALIAÇÃO DA PESQUISA

Recursos Humanos

O número de docentes da FE/UNESP/ILHA SOLTEIRA em 2010, segundo dados

obtidos através do AVINST era de 111 mais 16 docentes entre substitutos e bolsistas didáticos.

Deste total, 58 estavam credenciados em programa de pós-graduação da Unidade. Há que se

relatar que os dados dos Departamentos de Matemática, Fitossanidade, Fitotecnia e

Engenharia Civil não são gerados pelo sistema AVINST, por falta de dados.

Em 2011 o número de docentes passa para 117 mais 15 docentes entre substitutos e

bolsistas. Os credenciados em programa de pós-graduação eram 61. Novamente não há

informações sobre os departamentos acima citados. Em 2012 o número de docentes informado

no sistema AVINST é de 172 contando com as informações fornecidas pelos departamentos de

Engenharia Civil e DEFERS e considerando o mesmo número de docentes informados em

2011 pelo departamento de Física e Química, pois no sistema AVINST, o mesmo não foi

informado. Os credenciados na pós-graduação são 95. Os dados dos departamentos de

Matemática e Fitotecnia continuam ausentes no ano de 2012.

Embora com dados incompletos, é possível observar que houve um pequeno aumento

no número de docentes da Unidade. Mais importante é destacar o crescimento de Adjuntos e

Titulares no triênio (4.1), bem como a participação de docentes em programa de pós-

graduação da Unidade. Houve aumento também no número de docentes com bolsa

produtividade do CNPq, passando de 15 para 17 docentes entre 2010 e 2012. É importante

também, destacar a contratação de 02 pesquisadores e 02 professores colaboradores neste

12

período.

Doutor Adjunto Titular

0

20

40

60

80

Evolu

ção

da

Tit

ula

ção d

oce

nte

2010

2011

2012

Figura 4.1: Evolução da titulação docente.

Os docentes da Unidade com estágio de pós-doutoramento (posdoc) variou de 44 para

51, sendo que os estágios realizados no exterior são em maior número do que os realizados no

Brasil. No triênio considerado a Unidade recebeu 13 pós-doutorandos e teve dois projetos

jovem pesquisador.

Os departamentos da Unidade estão cientes da importância do desenvolvimento da

Pesquisa em conjunto com as suas atividades didáticas e de extensão. Dessa forma, houve um

aumento expressivo no número de Grupos de Pesquisa validados pela Instituição. No triênio

2010 – 2012 o número de Grupos foi de 58 para 90. Outro item que vem crescendo na

Unidade é a cooperação científica com outros grupos tanto nacionais quanto internacionais,

seguindo a orientação de internacionalização do Plano de Desenvolvimento Institucional.

TODAS ESSAS INFORMAÇÕES NÃO CONSIDERAM OS DADOS DOS

DEPARTAMENTOS QUE NÃO ENVIARAM DADOS ANUAIS PARA O SISTEMA

AVINST.

Infraestrutura

Os laboratórios de Pesquisa da Unidade estão sendo equipados com recursos obtidos

pelos docentes via projetos apoiados por agência de fomento. Alguns equipamentos foram

adquiridos, recentemente, via Reitoria e via projeto CAPES Institucional. Entretanto é fato

notório a falta de espaço físico, isto é, novos laboratórios para atender a demanda de novos

13

docentes, com suas novas linhas de pesquisa e projetos financiados.

Captação de Recursos

Como pode ser observado na Figura 4.2, o montante maior é proveniente de projetos

com a FAPESP. O número de projetos financiados, em desenvolvimento, na Unidade nos anos

2010, 2011 e 2012 são: 29, 29 e 69, respectivamente.

Tabela 4.1: Recursos captados.

Agência 2010 2011 2012

R$ U$ R$ U$ R$ U$

CNPq 379.144,13 0 518.045,66 0 81.310,96 0

FAPESP 896.843,33 0 941.442,12 15.339,03 1.055.614,11 0

FUNDUNESP 6.000,00 0 199.929,17 0 43.470,00 0

FINEP 0 0 208.996,00 0 124.488,07 0

CAPES 641.681,54 0 233.898,49 0 109.175,62 0

TOTAL 1.923.669,54 0 2.102.311,44 15.339,03 1.414.058,76 0

Fonte: AVINST e relatório para Custeio.

CNPq FUNDUNESP FAPESP FINEP CAPES TOTAL

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

R$

2010

2011

2012

Captação de Recursos

Figura 4.2: Captação de recursos.

Produção Científica

Na Tabela 4.2 e na Figura 4.3 é apresentada a produção científica da Unidade, baseada

nas informações obtidas no sistema AVINST. Portanto faltam os dados dos Departamentos

que não responderam o questionário.

Observa-se que a contribuição relativa a Capítulo de Livro teve um crescimento

14

considerável no triênio. Já a evolução dos trabalhos completos em Anais de Congressos e

Similares e publicação em periódicos mostram que estes dois itens dependem do estágio de

desenvolvimento das pesquisas de cada docente.

Tabela 4.2: Produção científica.

TIPO 2010 2011 2012

Cap. Livro 17 27 46 Livros 3 11 5

Resumos 228 281 569 Completos em Anais 492 432 481

Periódicos 91 55 75 Tradução de Cap.

Livros 0 3 0

Artigo em Jornais 36 20 29 Texto em Jornal 5 56 2

Fonte: AVINST.

Cap. LIvros Livros Resumos Trab. Completo Periódico

0

100

200

300

400

500

600

700

Publi

caçõ

es

2010

2011

2012

Figura 4.3: Produção científica.

Bolsas Obtidas

Com relação a formação discente, a Unidade tem aumentado de maneira significativa

sua participação na obtenção de bolsas entre Doutorado, Mestrado e Iniciação Científica,

como ilustrado na tabela abaixo, como mostra a Tabela 4.3 e Figura 4.4.

15

Tabela 4.3: Bolsas de estudo.

TIPO 2010 2011 2012

IC 54 29 86 MESTRADO 79 30 93

DOUTORADO 45 93 39

Fonte: AVINST e relatório para custeio

IC Mestrado Doutor

0

20

40

60

80

100

N

° B

ols

as

2010

2011

2012

Figura 4.4: Bolsas de estudo.

Em resumo, pelos dados obtidos do Sistema AVINST (dados incompletos) não se pode

tirar uma conclusão definitiva com relação ao item pesquisa na Unidade. Entretanto, observa-

se uma tendência de crescimento na grande maioria dos quesitos analisados.

5. AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO

As atividades de Extensão Universitária foram avaliadas por meio de questionários

respondidos pela DTA-Divisão Técnica Acadêmica e pelo seguimento docente, cuja

participação foi pequena nos anos de 2010 (22% de respondentes) e 2011 (28% de

respondentes), mas que cresceu substancialmente em 2012 (44% de respondentes). A Tabela

5.1 apresenta os dados informados pela DTA, que dizem respeito às atividades de extensão da

Unidade: cursos, projetos, eventos, consultorias e serviços.

Estes dados mostram que a comunidade acadêmica da FEIS, abrangendo docentes e

alunos de graduação e de pós-graduação, esteve engajada de maneira significativa em todas as

atividades de extensão, destacando-se as atividades de consultoria e de serviços prestados à

comunidade externa.

Considerando todos os tipos de atividades estabelecidas, a comunidade da FEIS

desenvolveu 946 atividades de extensão. Estas atividades envolveram 4911 alunos de

16

graduação e 364 alunos de pós-graduação. Mesmo considerando que pode haver intersecção

de alunos entre os conjuntos de atividades, o número de alunos envolvidos é bastante

relevante. O número de docentes (763), embora claramente mostre a participação de um

mesmo docente em vários tipos de atividades, também é bastante significativo. A inserção das

atividades de extensão na sociedade, apontada pelo número de entidades beneficiadas (1262),

é surpreendente para uma Unidade inserida em uma cidade de pequeno porte como Ilha

Solteira. As atividades de extensão beneficiaram financeiramente os alunos envolvidos com

272 bolsas de estudo, sendo 217 delas fornecidas pela própria UNESP. Os dados coletados

mostram que as atividades de extensão da FEIS captaram R$ 1.675.214,00, o que representa

cerca de 12% dos recursos de custeio da Unidade no triênio. É importante ressaltar que a

ampla maioria das atividades foi desenvolvida por demanda da sociedade.

Dentre as atividades desenvolvidas, destacam-se 7 atendimentos a 7 agropecuaristas,

102 atividades de prestação de serviços, que beneficiaram 102 pessoas/entidades, 120

atendimentos cirúrgicos.

Considerando apenas os docentes respondentes (26% em 2010, 28% em 2011 e 44%

em 2012), nota-se uma boa participação desta categoria atuando como coordenadores de

atividades de extensão: 20 docentes em 2010, 28 docentes em 2011 e 40 docentes em 2012.

Quando perguntados sobre os critérios que orientaram a priorização destas atividades, as

respostas mostram a maior preocupação com a integração com o currículo da graduação,

integração com a pesquisa, a relevância social e a relevância educacional. Isto mostra que as

atividades de extensão estão cumprindo plenamente seus objetivos fundamentais.

Parte das atividades de extensão quantificadas foi voltada para profissionais da área da

educação e para alunos carentes em cursos pré-vestibulares. Ao longo do triênio foram

desenvolvidos 122 projetos para atendimento de 4011 pessoas, 1 curso de extensão para 25

pessoas e 2 cursos de especialização para 46 pessoas.

Tabela 5.1 - Quantificação das atividades de Extensão.

Item Quantidade Alunos de

graduação envolvidos

Alunos de pós-

graduação envolvidos

Docentes envolvidos

Entidades envolvidas

Bolsas UNESP

Outras bolsas

Captação de recursos

Induzidos por

demanda

Cursos 21 138 34 36 45 1 2 25.300,00 19 Projetos 161 1417 28 197 379 206 95 325.824,00 75 Eventos 82 3184 298 415 438 2 48 97.675,00 63 Consultorias 208 2 0 72 207 2 0 72.242,00 207 Serviços 474 170 4 43 193 6 0 1.154.173,00 137

Segundo as informações coletadas dos Chefes de Departamento, foram ministrados 12

cursos de extensão a distância, atendendo 150 alunos.

Os Coordenadores de curso informaram que 20 disciplinas da grade curricular (10 em

2010 e 10 em 2011) envolveram atividades de extensão com a participação de alunos da

17

graduação.

Perguntados sobre atividades de coordenação de projetos de pesquisa, 146 docentes

(37 em 2010, 45 em 2011 e 69 em 2012) responderam que coordenaram 150 projetos de

pesquisa envolvendo atividades de extensão.

Embora a Universidade não privilegie de maneira adequada as atividades de extensão,

a comunidade acadêmica da FEIS tem se empenhado constantemente para aumentar sua

participação nesta atividade, por entender a sua responsabilidade social.

6. AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE GESTÃO

Gestão dos Recursos de Custeio

A Unidade possui um critério para distribuição dos recursos de custeio entre as

unidades administrativas desde 1994, que é baseado em índices que levam em conta as

necessidades e os méritos, assegurando a viabilidade da execução das atividades-fim da

Universidade e beneficiando cada departamento na razão de sua produtividade acadêmica.

Parte da verba é destinada para as atividades-fim da Unidade (ensino, pesquisa e extensão),

assim como para as atividades de gestão.

Gestão de Recursos Humanos

A qualificação dos recursos humanos da Unidade, contabilizando docentes e pessoal

técnico-administrativo, é realizada continuamente a partir das necessidades apontadas. Ao

longo do triênio, 86 docentes e 735 funcionários frequentaram programas de qualificação.

O modelo atual adotado para avaliar o pessoal técnico-administrativo é avaliado como

adequado pela DTA, entretanto, cerca da metade dos respondentes do segmento (80/177)

considera o processo como inadequado.

Com relação aos parâmetros adotados para a contratação de docentes e servidores

técnico-administrativos, a DTA avalia como bom os parâmetros usados para contratação de

docentes e regular para a contratação de servidores técnico-administrativos. Ao longo do

triênio foram contratados 22 docentes e 42 servidores técnico-administrativos. O tempo médio

entre a aprovação pelo conselho e a assinatura do contrato de docentes foi de 9 meses em

2012. Em relação aos servidores, o tempo médio entre a liberação dos recursos pela Reitoria e

a assinatura do contrato foi de 8 meses.

Infraestrutura

Os critérios e parâmetros utilizados na previsão orçamentária para investimento em

18

infraestrutura na Unidade é considerado bom pela avaliação da DTA. Entretanto, as respostas

dos participantes da avaliação mostram a necessidade de investimentos em todos os setores da

Unidade responsáveis pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Das 55 salas de aulas disponíveis para os diversos cursos oferecidos pela Unidade, 35

delas necessitam de reformas e 28 precisam de reposição de mobiliário. Existe acesso

adequado para portadores de necessidades especiais em 35 salas de aula, mas não há

equipamentos para alunos com necessidades especiais audiovisuais. A pesquisa mostrou que

ainda há a carência de novas salas de aulas para melhor atender a demanda dos cursos.

Os recursos materiais da unidade, destinados ao ensino, tais como projetor de slides,

projetor multimídia, retroprojetor, flip chart, tela de projeção, quadro negro, lousa branca,

ventilador e condicionador de ar, são considerados pela DTA como satisfatórios e bons.

Em relação aos laboratórios didáticos, as repostas dos Chefes de Departamento que

participaram da avaliação mostram que o número de laboratórios didáticos é insuficiente para

atender às necessidades dos cursos, e a maioria dos laboratórios existentes necessitam de

reformas e de reposição de mobiliário. Além disso, a maioria destes laboratórios necessita de

adequações para acesso de portadores de necessidades especiais, carteiras e outros

equipamentos para canhotos. Nenhum deles laboratório possui equipamentos para alunos com

necessidades especiais audiovisuais. A mesma avaliação pode ser atribuída aos laboratórios

didáticos de informática.

A avaliação da infraestrutura feita pelos Coordenadores de Curso (50% da população)

mostra, de maneira geral, que o número de salas de aula é satisfatório, mas que o número de

laboratórios didáticos é ainda insuficiente. Além disso, os Coordenadores de Curso apontam

que os laboratórios existentes não atendem as necessidades atuais com relação à adequação ao

número de alunos e equipamentos para o exercício da docência.

Os laboratórios de pesquisa dos Departamentos e os laboratórios de multiusuários da

Unidade apresentam as mesmas avaliações qualitativas apresentadas para os laboratórios

didáticos.

Serviço de Informática

Os serviços de informática prestados para o desenvolvimento de sistemas acadêmicos

e administrativos, assim como para a manutenção e suporte foram avaliados como bons pela

DTA (nota 4,0).

19

Moradia Estudantil de Restaurante Universitário

A Unidade conta com moradia estudantil, tendo atendido 290 alunos em 2012, para

uma demanda de 320 alunos que se inscreveram para o processo de seleção anual. A Unidade

também possui um restaurante universitário, tendo atendido em média 280 usuários em 2012.

A Figura 6.1 apresenta dados sobre a satisfação dos usuários do restaurante universitário.

Observa-se que a avaliação do restaurante universitário resultou em regular (média ponderada

um pouco inferior a 3,0) na maioria dos itens avaliados. O espaço físico do restaurante foi

avaliado como não-satisfatório (média ponderada de 2,23 em 2012).

Figura 6.1 – Grau de satisfação dos usuários do restaurante universitário.

Clima institucional

O sentimento da comunidade da Unidade, abrangendo alunos, docentes e funcionários,

fornece uma visão qualitativa importante para o gestor. Os gráficos apresentados na Figura 6.2

mostram o grau de satisfação da comunidade para aspectos que envolvem todas as atividades

praticadas dentro da Universidade.

20

Figura 6.2 – Grau de satisfação da comunidade (1-crítico, 2-não satisfatório, 3-regular, 4-bom,

5-excelente).

A análise dos dados apresentados apontam para uma satisfação regular da comunidade

para a grande maioria dos itens avaliados, com exceção do item área de lazer, que foi

classificado como não-satisfatório. Alguns itens foram classificados como bom pela

comunidade (média ponderada acima de 4,0): seção de pós-graduação, biblioteca-referência e

secretarias de departamentos.

A avaliação atribuída à Biblioteca da Unidade é considerada boa (média ponderada em

21

torno de 4,0). Os gráficos apresentados na Figura 6.3 apresentam os dados detalhados dos

itens avaliados. Observa-se que a grande maioria dos itens avaliados receberam notas

superiores a 4,0 pela comunidade da Unidade.

Figura 6.3 – Avaliação da Biblioteca da Unidade.

7. EGRESSOS DE GRADUAÇÃO E DE PÓS-GRADUAÇÃO.

Não há dados suficientes para realizar uma avaliação consistente em relação aos ex-

alunos de graduação e de pós-graduação. Isto indica que é necessário estabelecer

procedimentos mais adequados para aumentar a participação destes seguimentos.

22

8. DIFICULDADES DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO

A seguir indicam-se algumas dificuldades encontradas no processo de avaliação:

Pequena participação da comunidade, principalmente nos seguimentos de alunos e

funcionários;

Problemas de dificuldades de acesso ao sistema AVINST pelos respondentes;

Dificuldades para realizar comparações com a avaliação anterior;

Dificuldades para saber o que se deseja no processo de avaliação. Para que a

avaliação será realizada? Por quem a avaliação será usada? De posse deste

conhecimento, podem-se elaborar relatórios mais adequados;

Dificuldades para agrupar os dados gerados nos relatórios gerados na plataforma

AVINST. O relatório gerado deveria agrupar automaticamente todos os dados de

um determinado item a ser avaliado. Com isto, os relatórios dos Grupos de

Avaliação Locais poderiam ser padronizados, o que facilitaria o processo de

redação e análise de todas as Unidades e, consequentemente, da Universidade;

O processo de geração dos relatórios na plataforma AVINST não é adequado, pois

devem-se gerar relatórios para cada item, separadamente, o que dificulta o

processo;

Existem poucas informações sobre a avaliação dos programas de pós-graduação,

pois os coordenadores dos programas não foram consultados. Este fato dificulta a

análise dos programas apenas com os dados do AVINST. Vários dados importantes

sobre os programas de pós-graduação, por exemplo, referentes ao número de

alunos e defesas, estão disponíveis na UNESP (no caso nas sessões de pós-

graduação) . Estes dados poderiam ser disponibilizados no sistema, para facilitar a

análise dos programas e desta forma, a confecção do relatório.

9. DIAGNÓSTICO.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que este relatório foi redigido com base nos

dados adquiridos pela plataforma AVINST, exceto os dados relativos às atividades de pós-

graduação. Em função disto, a avaliação não reflete adequadamente a realidade da FE-IS, uma

vez que a participação da comunidade acadêmica (professores, funcionários e alunos) não foi

satisfatória. Além disso, nem todos os Chefes de Departamento e Coordenadores de Curso de

Graduação responderam os questionários, o que gerou ausência de dados importantes para

uma análise realista de vários aspectos do processo de avaliação. Uma consequência disso é

23

que não foi possível realizar uma avaliação precisa da evolução da FE-IS em muitos aspectos,

em relação à avaliação anterior. Por isso, é necessário reavaliar a metodologia que está sendo

empregada neste processo de avaliação por meio do uso da plataforma AVINST como

ferramenta de aquisição de dados. Além de exigir a participação de Chefes de Departamento e

Coordenadores de Curso, o que lhes consome uma parcela significativa de tempo, a grande

maioria dos dados necessários no processo de avaliação já é de conhecimento da UNESP e

pode ser extraído automaticamente de outras fontes, por exemplo, dos sistemas de graduação e

de pós-graduação (Lattes e sistema de dados da Capes e Reitoria). Nota-se, portanto, o

envolvimento de muitas pessoas, que poderiam estar realizando atividades importantes para a

UNESP, em um processo de uma avaliação custoso e impreciso.

De uma maneira geral, os dados coletados mostram que a FE-IS continua seu processo

de desenvolvimento em todas suas principais funções: ensino, pesquisa e extensão. Embora

não esteja explicito nos dados, os cursos de graduação da FE-IS são reconhecidos pela

sociedade como cursos de excelência, o que tem sido evidenciado pelos seus conceitos no

ENADE, assim como pelo aumento da concorrência nos vestibulares. Isto significa a

formação de profissionais de elevada qualidade para o mercado de trabalho. Os cursos de pós-

graduação estão em franco desenvolvimento, o que pode ser comprovado pelos conceitos da

CAPES, o que produz efeitos importantes em termos de desenvolvimento de pesquisa de

qualidade, aumento de publicações em revistas de importância nacional e internacional,

aumento da visibilidade da UNESP e produção de especialistas de nível elevado e

qualificados para a realização de pesquisa de ponta nas indústrias brasileiras, assim como a

formação de recursos humanos para Universidades e institutos de pesquisa brasileiros. Além

disso, todo conhecimento gerado nas atividades de pós-graduação é repassado

automaticamente aos cursos de graduação, elevando ainda mais suas qualidades. As atividades

de extensão também foram agraciadas pelo desenvolvimento dos cursos de graduação e de

pós-graduação, pois a comunidade acadêmica auxilia a sociedade por meio da divulgação de

suas atividades de ensino e pesquisa.

Entretanto, os dados mostram também que existe a necessidade de investimento em

diversos setores da FE-IS para que este desenvolvimento não seja dificultado,

impossibilitando um crescimento mais rápido e seguro. Os dados indicam que é preciso

investir principalmente em salas de aula, laboratórios de ensino e laboratórios de pesquisa,

tanto no que se refere ao número quanto em qualidade dos já existentes.

Em termos administrativos, a FE-IS apresenta um sistema considerado adequado de

distribuição de recursos, o que facilita a gestão dos departamentos e cursos. Entretanto, a

24

baixa eficiência administrativa da UNESP, causada por leis antigas e ineficientes, impede que

a FE-IS e, consequentemente, a UNESP, cresça com a velocidade esperada por seus gestores

(é impossível atingir os objetivos estabelecidos considerando, apenas com um exemplo, o

tempo médio para a contratação de um docente de 9 meses e de um funcionário de 8 meses,

como mostram os dados). Portanto, para que a UNESP seja uma Universidade reconhecida

internacionalmente e esteja entre as melhores Universidades do mundo, é preciso que seja

realizada uma revisão cuidadosa de seu estatuto, bem como que seus gestores atuem no

sentido de alterar legislações superiores que impedem o aumento da eficiência administrativa.