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Avaliação Neurológica Prof. Ms.Maria da Conceição Muniz Ribeiro

Author: dothien

Post on 10-Nov-2018

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  • Avaliao Neurolgica

    Prof. Ms.Maria da Conceio Muniz Ribeiro

  • Reviso da Anatomia

    Encfalo: constitudo por 3 fossas, que so:

    Anterior: hemisfrios cerebrais frontais;

    Mdia: lobos parietal, temporal e

    occiptal;

    Posterior: tronco cerebral e bulbo

    (tronco=mesencfalo e ponte).

  • O exame neurolgico faz parte daanamnese e do exame fsico geral dopaciente;

    Durante a anamnese devem serobservadas as condies do meioambiente do paciente, de seuscomportamentos emocional, fsico ecognitivo.

    Em algumas situaes necessria apresena de algum membro da famlia ouamigo, que possa responder as perguntas.

  • O Exame Neurolgico

    A avaliao neurolgica compreende 5

    etapas:

    Funo cerebral

    Nervos cranianos

    Sistema motor

    Sistema sensitivo

    Reflexos

  • Funo cerebral

    Observar aspecto e comportamento do

    indivduo, seu modo de se vestir e sua

    higiene pessoal. A postura, os gestos, a

    expresso facial e atividade motora; o

    discurso (a fala coerente?). O indivduo

    est responsivo e alerta, ou sonolento e

    torporoso?

  • Nervos cranianos

    So doze, e podem ser avaliados de

    acordo com sua funo: olfato, acuidade

    visual, sensao facial, mastigao, etc.

  • Sistema motor

    Avaliar tnus e fora muscular,

    coordenao e equilbrio.

  • Sistema sensitivo

    Muito complexo, e exige a colaborao do

    paciente. A avaliao envolve testes de

    sensibilidade ttil, dor superficial,

    sensibilidade vibratria e propriocepo.

    Importante durante a avaliao que o

    indivduo permanea com os olhos

    fechados.

  • Reflexos

    Permite que o examinador avalie arcos

    reflexos involuntrios, que dependem da

    presena de receptores aferentes de

    estiramento. Os reflexos comuns que

    podem ser testados incluem o bceps, o

    braquiradial, o trceps, a regio patelar e o

    calcanhar.

  • Avaliao da Conscincia

    Percepo do indivduo consigo mesmo e com o meio ambiente em que vive.

    Significa que o mesmo responde s perguntas e/ou comandos de forma clara, objetiva e orientada.

    O nvel de conscincia expressa o grau de alerta comportamental do indivduo, o estado de alerta e viglia.

  • Avaliao do contedo da Conscincia

    Necessria capacidade cognitiva

    preservada para a maior parte do exame;

    No contedo so realizadas as seguintes

    avaliaes: ateno e concentrao,

    memria, estado afetivo, linguagem,

    raciocnio e orientao.

  • Orientao

    a conscincia de tempo, espao e pessoa. Pode-se fazer algumas perguntas sobre identificao pessoal, nome, profisso, etc.

    Na avaliao temporal: perguntar ms, dia da semana, dia do ms.

    Na avaliao espacial: perguntar sobre o local onde o paciente se encontra, o endereo de sua casa, etc.

  • Elementos bsicos para a avaliao do

    nvel de conscincia:

    Perceptividade: corresponde a respostas

    complexas, como gestos e palavras, ou mais

    simples, como piscamento ameaa.

    Reatividade: relacionada com mecanismos

    presentes desde o nascimento, como viso,

    audio, reao de despertar, reao de

    orientao e reaes focais e gerais dor.

  • Estmulos

    Auditivos: inicialmente tom de voz normal,

    se no houver resposta elevar tonalidade.

    Na presena de respostas, avaliar o grau

    de orientao do paciente.

    Tteis: podem ser aplicados junto aos

    auditivos para despertar o paciente. Se no

    ocorrer resposta, estmulos dolorosos

    devem ser aplicados.

  • Cont.

    Dolorosos: mtodo mais indicado a aplicao de uma compresso perpendicularmente ao leito ungueal proximal (mos ou ps), com a ajuda de instrumentos (caneta, lpis ou a prpria unha).

    Outras reas: regio supra orbital, msculo trapzio e esterno.

    Estmulos intensos e repetidos podem causar leses na pele, hematomas ou outros traumatismos locais e psicolgicos.

  • Alteraes no Nvel de Conscincia

    Rebaixamento do nvel de conscincia o

    parmetro mais sensvel de insuficincia

    enceflica.

    Pode ter incio com pequena confuso

    mental, com dificuldade de elaborao de

    frases e armazenamento de informaes,

    podendo chegar sonolncia at o coma.

  • Alteraes mais comuns

    Letargia ou sonolncia: paciente acorda ao

    estmulo auditivo, est orientado no tempo,

    espao e pessoa, responde lenta e

    vagarosamente ao estmulo verbal,

    elaborao de processos mentais e

    atividade motora.

    Cessado o estmulo verbal, retorna ao

    estado de sonolncia.

  • Estado confusional agudo ou delirium:

    sintomas de incio agudo, de carter

    flutuante e com intervalos de lucidez.

    Pode apresentar um ou + sintomas:

    inateno aos estmulos, diminuio da

    capacidade de concentrao,

    desorganizao e incoerncia do

    pensamento, desorientao em relao ao

    lugar e ao tempo, distrbios de memria,

    rebaixamento do nvel de conscincia

    (sonolncia), entre outros.

  • Obnubilao: paciente muito sonolento, ou

    seja, necessita ser estimulado intensamente,

    com associao de estmulo auditivo mais

    intenso e estmulo ttil.

    Pode responder a comandos simples (p. ex.:

    quando solicitado para colocar a lngua para

    fora da boca).

    Responde apropriadamente ao estmulo

    doloroso.

  • Estupor ou torpor: mais sonolento, no

    responsivo, necessitando de estimulao

    dolorosa para responder.

    Responde apropriadamente ao estmulo

    doloroso, apresenta resposta com sons

    incompreensveis e/ou com abertura

    ocular.

  • Coma: estado em que o indivduo no

    demonstra conhecimento de si prprio e do

    meio ambiente, com ausncia do nvel de

    alerta, ou seja, inconsciente, no interagindo

    com o meio e com os estmulos externos,

    permanecendo com os olhos fechados,

    como em um sono profundo.

    Neste estado o paciente apresenta apenas

    respostas de reatividade.

  • Escala de Coma de GlasgowAvaliao Pontuao

    1. Abertura ocular Espontnea 4 pontosPor Estimulo Verbal 3 pontosPor Estimulo A Dor 2 pontosSem Resposta 1 ponto

    2. Resposta verbal Orientado 5 pontosConfuso (Mas ainda responde) 4 pontosResposta Inapropriada 3 pontosSons Incompreensveis 2 pontosSem Resposta 1 ponto

    3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontosLocaliza Dor 5 pontosReage a dor mas no localiza 4 pontosFlexo anormal Decorticao 3 pontosExtenso anormal - Decerebrao 2 pontosSem Resposta 1 ponto

  • Escala de Coma de Glasgow

    Coma ScoreGrave < 8Moderado 9 12Leve >12

    Classificao do paciente A escala de coma serve para classificar os pacientes em coma.

  • Escala de Coma de Glasgow

  • Escala de Coma de Glasgow

    Em que ano

    estamos?

    2002 1972

    Solta!Almoo!No

    Hugh! Ahrr!

  • Escala de Coma de Glasgow

  • Consideraes

    Quando a pontuao for inferior ou igual 8,

    faz-se necessrio a avaliao dos demais

    parmetros:

    Pupilas

    Motricidade ocular

    Padro respiratrio

    Padro motor

  • Exame pupilar

    Avaliar dimetro, simetria, assimetria e

    reflexo fotomotor;

    Comparar uma pupila outra;

    Dimetro normal: em mdia 3,5mm;

    O dimetro pode ser medido com uma

    rgua ou por pupilmetro.

  • Exame da movimentao ocular extrnseca

    Realizado em pacientes em coma;

    Avaliados os movimentos dos nervos cranianos (oculomotor, troclear e abducente);

    Avaliao realizada em 5 etapas: Movimentos oculares espontneos;

    Manobra dos olhos de boneca

    Manobra vestbulo-ocular;

    Reflexo crneopalpebral;

    Plpebras.

  • Avaliao da fora muscular

    Motricidade: capacidade de contrao e

    relaxamento do msculo esqueltico,

    controlada por fibras do sistema piramidal,

    extrapiramidal e cerebelar.

  • Sistema piramidal

    Responsvel pela motricidade voluntria e

    integra os movimentos que exigem

    habilidade, movimentos delicados ou

    complicados.

  • Sistema extrapiramidal

    Responsvel pela manuteno do tono

    muscular e pelo controle dos movimentos

    corporais, principalmente a deambulao.

    A leso extrapiramidal no causa ausncia

    de fora motora, mas leva a um aumento

    no tono muscular, a alteraes na postura

    e na marcha, lentido ou abolio dos

    movimentos involuntrios.

  • Sistema cerebelar

    Responsvel pela movimentao automtica, involuntria e por correes e modulaes dos movimentos voluntrios.

    Proporciona um movimento mais preciso e coordenado;

    A leso no sistema cerebelar conduz a alteraes na coordenao, na marcha, no equilbrio, como tambm reduz o tnus muscular.

  • A avaliao motora realizada para

    identificar o grau de incapacidade e/ou de

    dependncia do paciente em realizar um

    movimento ou de movimentar-se.

    Durante a avaliao da fora muscular,

    observa-se: a postura, o tono muscular, os

    reflexos, os tipos de movimentos e a

    coordenao dos grupos musculares.

  • Drenos e Catteres Cerebrais

    Comum em pacientes neurolgicos na UTI;

    Uso de cateteres em regio ceflica ou

    lombar;

    Necessrio equipe de enfermagem

    conhecer os diversos tipos de cateteres,

    sua funo e indicao.