avaliaÇÃo da anÁlise da qualidade da Água de ...‡Ão...potabilidade da água dados pela...

44
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC MARCELO SOUZA DE MORAES FILHO SAMILLA ALVES GALDINO AVALIAÇÃO DA ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS OUTORGADOS NA CIDADE DE MACEIÓ MACEIÓ-AL 2018/2

Upload: others

Post on 15-Feb-2021

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • CENTRO UNIVERSITÁRIO – CESMAC

    MARCELO SOUZA DE MORAES FILHO

    SAMILLA ALVES GALDINO

    AVALIAÇÃO DA ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DE

    POÇOS OUTORGADOS NA CIDADE DE MACEIÓ

    MACEIÓ-AL

    2018/2

  • MARCELO SOUZA DE MORAES FILHO

    SAMILLA ALVES GALDINO

    AVALIAÇÃO DA ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DE

    POÇOS OUTORGADOS NA CIDADE DE MACEIÓ

    Trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil-CESMAC, apresentado como requisito final, sob a orientação da professora Me. Daysy Lira Oliveira Cavalcanti.

    MACEIÓ-AL

    2018/2

  • AVALIAÇÃO DA ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DE

    POÇOS OUTORGADOS NA CIDADE DE MACEIÓ

  • AGRADECIMENTOS

    À Deus por ter nos abençoado nesse caminho.

    À Profª. Me. Daysy Cavalcanti por ter acreditado e nos incentivado em cada

    momento, nos ajudando a concretizar um sonho.

    Ao Eng. José Gino de Oliveira por sempre se mostrar disposto a nos ajudar,

    sendo um exemplo de pessoa e profissional.

    Ao Profº. Me. Mayco Santana e Profª. Me. Esterphany Carvalho pelo

    companheirismo e amizade e por ter nos dado uma direção na fase inicial.

    À Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos –

    SEMARH, por todos os dados cedidos e toda a equipe por ter contribuído de alguma

    forma para o nosso trabalho.

  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS OUTORGADOS NA CIDADE

    DE MACEIÓ EVALUATION OF THE WATER QUALITY OF WELLS AWARDED IN THE CITY OF

    MACEIÓ Marcelo Souza de Moraes Filho

    Graduando do Curso de Engenharia Civil [email protected]

    Samilla Alves Galdino Graduanda do Curso de Engenharia Civil

    [email protected] Daysy Lira Oliveira Cavalcanti

    Mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento [email protected]

    RESUMO

    Entende-se por Outorga de Direito de Uso e dos Recursos Hídricos o direito que o

    cidadão tem de utilizar a água, sendo gerenciada pelo poder público, através da Lei Federal nº 9.433 de 1997. É de responsabilidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, implantar e coordenar as políticas de

    Recursos Hídricos no Estado de Alagoas, por isso existe as condicionantes impostas pela secretaria. O presente estudo tem como objetivo avaliar as análises da qualidade das águas subterrâneas, quanto aos padrões de potabilidade, verificando

    os critérios referentes a presença de Nitrato, Nitrito, Cloreto, Ferro e Sódio. Através da metodologia realizou-se um levantamento da quantidade total de poços outorgados, através de planilhas e processos físicos na requerida secretaria, a partir

    disso selecionaram-se os poços com finalidade de abastecimento humano com foco nos poços que apresentaram as condicionantes da análise físico-química com os critérios adotados. Por fim, observou-se que de um total de 37 poços analisados, 7

    estavam contaminados, podendo ser um fator de risco à saúde humana. PALAVRAS-CHAVE: Outorga. Captação subterrânea. Abastecimento humano.

    Contaminação. ABSTRACT

    Concession of Right of Use and Water Resources is understood as the right that the citizen has to use the water, being managed by the public power, through the Federal

    Law nº 9.433 of 1997. It is the responsibility of the Secretary of State for the Environment and Water Resources, to implement and coordinate Water Resources policies in the State of Alagoas, so there are the constraints imposed by the

    secretary. The objective of the present study was to evaluate the quality of groundwater in relation to drinking water standards, verifying the criteria for the presence of Nitrate, Nitrite, Chloride, Iron and Sodium. Through the methodology, a

    survey was made of the total number of wells granted, through spreadsheets and physical processes in the required secretariat. From this, wells were selected for human supply purposes with a focus on the wells that presented the physical- with the criteria adopted. Finally, it was observed that of a total of 37 wells analyzed, 7

    were contaminated and could be a risk factor for human health. KEYWORDS: Grant. Underground capture. Human supplies. Contamination.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Ciclo hidrológico ......................................................................................... 10

    Figura 2 - Fluxograma da metodologia ....................................................................... 20

    Figura 3 - Quantidade de poços na modalidade de Abastecimento Humano .......... 22

    Figura 4 - Poços outorgados na cidade de Maceió.................................................... 23

    Figura 5 - Amostras da concentração de Nitrato por poço ........................................ 26

    Figura 6 - Amostras da concentração de Nitrito por poço ......................................... 28

    Figura 7 - Amostras da concentração de Cloreto por poço ....................................... 30

    Figura 8 - Amostras da concentração de Ferro por poço .......................................... 32

    Figura 9 - Amostras da concentração de Sódio por poço.......................................... 34

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Parâmetros de Potabilidade....................................................................... 14

    Tabela 2 - Fontes de contaminação das águas subterrâneas ................................... 16

    Tabela 3 - Outorgas concedidas na área de estudo para captação subterrânea ..... 21

    Tabela 4 - Amostras de Nitrato.................................................................................... 24

    Tabela 5 - Amostras de Nitrito ..................................................................................... 26

    Tabela 6 - Amostras de Cloreto .................................................................................. 28

    Tabela 7 - Amostras de Ferro...................................................................................... 30

    Tabela 8 - Amostras de Sódio ..................................................................................... 32

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8

    1.1 Considerações iniciais ...................................................................................... 8 1.2 Objetivos ............................................................................................................. 9 1.2.1 Objetivo geral ....................................................................................................... 9

    1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 10 2.1 Recurso hídrico ................................................................................................ 10

    2.2 Outorga de direito de uso de recursos hídricos.......................................... 11 2.3 Captação subterrânea ..................................................................................... 12 2.3.1 Condicionantes................................................................................................... 13

    2.4 Aspectos da qualidade da água ..................................................................... 13 2.4.1 Fontes de poluição das águas subterrâneas .................................................... 15 3 METODOLOGIA ................................................................................................ 18

    4 RESULTADOS................................................................................................... 21 4.1 Nitrato ................................................................................................................ 24 4.2 Nitrito ................................................................................................................. 26

    4.3 Cloreto ............................................................................................................... 28 4.4 Ferro ................................................................................................................... 30 4.5 Sódio .................................................................................................................. 32

    5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 37 ANEXOS ....................................................................................................................... 41

  • 8

    1 INTRODUÇÃO

    1.1 Considerações iniciais

    A água é de suma importância para a sobrevivência humana e para o

    crescimento da população. Simultaneamente, entende-se que sua quantidade

    disponível no planeta vem sendo incapaz de suprir toda à demanda necessária,

    principalmente com o aumento acelerado da população nas últimas décadas e

    incremento da industrialização.

    Segundo Vasconcelos (2016), nos últimos 25 anos foram perfurados mais de

    12 milhões de poços em todo o Mundo, países como Arábia Saudita, Malta e

    Dinamarca tem seu abastecimento todo voltado para captação subterrânea. Por sua

    vez, no Brasil, cidades com uma população estimada de 5 mil habitantes, com

    exceção do semiárido nordestino, tem a capacidade de extrair a água dos

    mananciais subterrâneos. “As condições climáticas e geológicas permitem a

    formação de sistemas aquíferos com potencial para suprir em qualidade e

    quantidade a diversos fins” (GOES, 2018).

    A água para abastecimento humano pode ser captada por diferentes meios,

    porém devido a boa qualidade, baixo custo e facilidade da perfuração, a maior

    demanda hídrica solicitada nos processos de outorga sem Maceió se dá através da

    captação subterrânea. Uma vez que, são águas armazenadas que se acumularam

    ao longo de milhares de anos e se encontram, em condições naturais, numa

    situação de quase equilíbrio, governado por um mecanismo de recarga e descarga

    (MANOEL FILHO, 2000), deve-se ter uma maior preocupação quanto às reservas

    subterrâneas e às disponibilidades hídricas para atender a população.

    É de competência da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos

    Hídricos de Alagoas – SEMARH, autorizar e controlar a explotação dos sistemas

    aquíferos dessa região. Conforme a Agência Nacional de Águas (2011):

    “A outorga é o instrumento da Política de Recursos Hídricos que tem o objetivo de assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água. Garante ao usuário outorgado o direito de acesso à água, uma vez que regulariza o seu uso em uma bacia hidrográfica.”

  • 9

    Em geral, os problemas mais comuns das águas subterrâneas estão

    relacionados com a superexplotação, impermeabilização do solo e com a poluição

    (MMA, 2007).

    Tendo acesso através da perfuração de poços, mas para que sejam

    perfurados deve haver o estudo necessário do local, motivo de captação e sua

    finalidade. A ausência de preservação desse procedimento pode ocasionar um

    elevado grau de contaminação do solo e do lençol freático.

    Por conta disso, para não haver interferência a saúde humana, quando a

    Outorga é concedida ao interessado, há a necessidade de fiscalização das

    condicionantes estabelecida na portaria.

    1.2 Objetivos

    1.2.1 Objetivo geral

    Avaliar as análises da qualidade das águas subterrâneas, quanto aos padrões

    de potabilidade, verificando os critérios referentes a presença de Nitrato, Nitrito,

    Cloreto, Ferro e Sódio. A partir da seleção dos parâmetros exigidos nas

    condicionantes dos processos de outorgas de captação subterrânea emitidos no

    município de Maceió pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos

    Hídricos de Alagoas – SEMARH.

    1.2.2 Objetivos específicos

    Levantar as portarias outorgadas no município de Maceió;

    Realizar um levantamento dos poços existentes na região;

    Analisar os poços nos quais os usuários atenderam as condicionantes

    expostas na portaria;

    Avaliar se as condicionantes qualitativas estão dentro dos padrões de

    potabilidade da água dados pela portaria nº 2.914 de 2011 do Ministério da

    Saúde.

  • 10

    2 REFERENCIAL TEÓRICO

    2.1 Recurso hídrico

    “Os recursos hídricos são bens de relevante valor para a promoção do bem-

    estar de uma sociedade. A água é bem de consumo final ou intermediário na quase

    totalidade das atividades humanas” (TUCCI, 2009).

    A maior parcela de água da Terra é encontrada nos mares e nos oceanos,

    estando imprópria para consumo, totalizando 97,5%. Apenas 2,5% são doces, sendo

    68,9% nas calotas polares e geleiras, 29,9% são águas subterrânea, restando 0,9%

    nos pântanos e apenas 0,3% nos rios e lagos (PENA, 2015).

    É indispensável falar da formação das duas principais fontes de reserva de

    água doce do mundo, sendo elas, os aquíferos e as bacias hidrográficas. O aquífero

    é uma formação rochosa que tem a capacidade de armazenar ou de transportar a

    água, eles são abastecidos pela água da chuva que infiltra no solo. Quando o solo

    chega a um estado de saturação faz com que as águas das chuvas escoem

    superficialmente, abastecendo assim, as bacias (TEIXEIRA et al, 2000).

    Para entender os processos da água para recarga das fontes superficiais e

    subterrâneas basta observar o ciclo hidrológico (Figura 1) (MMA, 2007), sendo esse

    um sistema responsável por fazer a água movimentar da do oceano para a

    atmosfera e continentes, retornando superficialmente ou subterraneamente ao

    oceano (SILVA, 2012).

    Figura 1 - Ciclo hidrológico Fonte: Simião, 2011

  • 11

    2.2 Outorga de direito de uso de recursos hídricos

    A água é um bem indispensável a humanidade, portanto, deve ser tratada

    com um devido valor, por conta disso é gerenciada pelo poder público, através da

    Lei Federal nº 9.433 (BRASIL, 1997), conhecida como Lei das Águas e da Lei

    Estadual nº 5.965 (ALAGOAS, 1997). Ou seja, por ser um bem público, há

    necessidade da autorização para uso da mesma.

    Cada Estado tem um órgão responsável pela gestão, controle e fiscalização

    dos recursos hídricos, cabendo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos

    Recursos Hídricos – SEMARH – responder por Alagoas. A partir do momento que

    uma bacia hidrográfica ultrapassa o limite de um Estado, ou seja, que deságua em

    dois ou mais Estados, é responsabilidade da Agência Nacional de Águas – ANA

    (SEMARH, 2015).

    Ao falar de autorização do uso da água, refere-se sobre Outorga, que “é o ato

    administrativo mediante o qual o poder público outorgante faculta ao outorgado o

    direito de uso de recursos hídricos, por prazo determinado, nos termos e nas

    condições expressas no respectivo ato” (ANA, 2011). O órgão gestor tem como

    dever garantir a quantidade e qualidade da água (BRASIL, 1997). “Essas

    informações repassadas ao poder público são preciosas para a correta gestão dos

    recursos hídricos” (ANA, 2011).

    Na SEMARH, deve protocolar o pedido de outorga qualquer pessoa física ou

    jurídica que utiliza, ou que há a possibilidade de utilizar, os recursos hídricos, nas

    modalidades de captação, superficial ou subterrânea, ou lançamento de efluentes

    (ANA, 2011). Para dá entrada no processo, deve ser apresentada a documentação

    necessária, disponibilizada no site do órgão ou na própria secretaria, após o pedido

    ser protocolado, ele passa a constituir um processo que recebe um número de

    cadastro. Quando cadastrado será encaminhado para análises técnica e jurídica

    para elaboração de pareceres, sendo favorável será publicada no Diário Oficial do

    Estado (SEMARH, 2016).

    Em Maceió há a maior incidência de outorgados, por ser a cidade mais

    desenvolvida e conter o maior número de habitantes e indústrias no estado de

    Alagoas.

  • 12

    2.3 Captação subterrânea

    A captação subterrânea é a água retirada do aquífero através de poços

    tubulares (ALAGOAS, 2012). Conforme a Agência Nacional de Águas (2011),

    “As águas subterrâneas podem ser retiradas através de poços rasos ou profundos. Os poços rasos são escavados em locais onde o nível do lençol freático é próximo a superfície, não necessitando de grandes escavações, porém, estão mais sujeitos à contaminação. Já os poços tubulares podem ser perfurados a grandes profundidades, com o objetivo de atingir aos melhores aquíferos, com maior disponibilidade de água e suas principais vantagens são a qualidade dessas águas e a possibilidade de serem perfurados em locais mais próximos ao uso desejado.”

    Poços tubulares considerados rasos tem profundidade de até 20m, já os

    profundos sua profundidade é superior a 20 m chegando até 2.000 m (NANES;

    FARIAS, 2012).

    Para obter a outorga de direito de uso de captação subterrânea é necessária

    solicitar a outorga de licença de obra, os dois processos andam juntos. Um refere-se

    a autorização da perfuração do poço e o outro para autorização do uso. Independem

    de outorga captação de água subterrânea cujo volume máximo de exploração diário

    seja de 5 m³ (ALAGOAS, 2001).

    Como citado no item 2.2, deve dá entrada ao pedido de outorga qualquer

    pessoa física ou jurídica que utiliza, ou que há a possibilidade de utilizar, os recursos

    hídricos. Dentre a documentação necessária para apresentar na abertura do

    processo, está o formulário da finalidade de uso, ou seja, para onde se destina a

    água.

    Conforme requerimentos da SEMARH (2017a), tem como finalidade:

    Abastecimento Humano: é necessário entregar a demanda da população a

    ser abastecida;

    Abastecimento Industrial: deve ser apresentado o produto, tempo de

    produção e quantidade;

    Irrigação: deve ser apresentado o método de irrigação, o produto e a área a

    ser regada;

    Outras Finalidades (rega de jardins, lavagem de carros, lavanderia, etc.): área

    do jardim; número de carros; quilogramas de roupas lavadas por dia, etc.

  • 13

    2.3.1 Condicionantes

    O interessado que obteve o direito adquirido de autorização de uso concedido

    pelo órgão, deve seguir as condições expostas através da portaria (SEMARH,

    2017b). Segundo o Decreto n º 49.419 (ALAGOAS, 2016), o outorgado deverá

    apresentar as condicionantes à secretaria. As condicionantes analisadas pela

    SEMARH são:

    Volume mensal extraído: O outorgado deverá enviar fotos contendo a leitura

    do hidrômetro comprovando que o volume captado está de acordo com o

    volume exposto na portaria do referido processo. Esse volume é dado pela

    multiplicação entre a vazão, em m³/h, e o regime de bombeamento, em horas.

    Análise físico-química e bacteriológica da água: provando se os valores

    apresentados estão condizentes com os parâmetros de potabilidade

    estabelecidos na portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde (MS, 2011). Essas

    análises são realizadas por laboratórios através de laudos.

    Nível estático: Devem ser medidos através de um medidor de nível elétrico

    por meio do dispositivo. Com isso verifica-se se há mudança no nível do

    lençol freático, pois o nível estático é a distância da superfície até o nível da

    água antes do bombeamento.

    2.4 Aspectos da qualidade da água

    O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – foi criado no ano

    de1982, segundo a Lei nº 6.938 que determina a Política Nacional do Meio Ambiente

    (BRASIL, 1981). Existe para prestar auxílio ao Governo, guiando nas medidas que

    as políticas governamentais devem tomar para a exploração e preservação do meio

    ambiente e dos recursos naturais (CONAMA, 2011).

    Segundo a portaria 2.914 (MS, 2011), são adotadas as seguintes definições:

    I - água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem; II - água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não ofereça riscos à saúde; III - padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro da qualidade da água para consumo humano, conforme definido nesta Portaria;

  • 14

    IV - padrão organoléptico: conjunto de parâmetros caracterizados por provocar estímulos sensoriais que afetam a aceitação para consumo humano, mas que não necessariamente implicam risco à saúde; V - água tratada: água submetida a processos físicos, químicos ou combinação destes, visando atender ao padrão de potabilidade; XV - controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa coletiva de abastecimento de água, destinado a verificar se a água fornecida à população é potável, de forma a assegurar a manutenção desta condição;

    Tal portaria determina a potabilidade da água para consumo humano, onde

    estabelece um valor máximo permitido (VMP) que cada substância pode atingir. Ao

    ultrapassar esse valor os parâmetros podem causar danos à saúde, desde leves a

    mais graves.

    A análise da água em poços que tenham bomba é feita através da coleta da

    amostra por frascos/bolsas, disponibilizados pelo laboratório de análise, em torneiras

    instaladas próxima da saída do poço ou na entrada do reservatório, devendo ser

    desinfetada com hipoclorito de sódio 100mg/L ou álcool 70, essa água deve ser

    bombeada de 2 a 3 minutos eliminando a água parada na tubulação (MS, 2013).

    Já em poços que não tenham bomba, a coleta é realizada com auxílio de

    balde de aço inox e corda estéril, deve ser usado um conjunto balde e corda para

    cada ponto de amostragem, para evitar a contaminação, tendo cuidado para o

    material não tocar as paredes do poço, depois do balde cheio transfere a amostra

    para o frasco (MS, 2013).

    A quantidade de amostra deve ser determinada pelo laboratório, sendo

    recomendado utilizar ¾ da capacidade do frasco. Devendo adicionar a ficha de

    solicitação de análise em cada amostra com os dados adequados. O resultado é

    entregue em torno de 15 dias (MS, 2013).

    A análise é de responsabilidade do proprietário do poço, ficando a critério

    para escolher o laboratório. Na Tabela 1 são indicadas as substâncias analisadas

    por um dos laboratórios mais acionados do munícipio de Maceió.

    Tabela 1 - Parâmetros de Potabilidade

    DETERMINAÇÕES UNIDADE PARAMÊTROS

    Alcalinidade Bicarbonato

    *****

    Alcalinidade Carbonato

    *****

    Alcalinidade Hidróxida

    *****

    Alcalinidade Total

    *****

    𝑚𝑔𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿 𝑚𝑔𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿 𝑚𝑔𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿 𝑚𝑔𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿

  • 15

    DETERMINAÇÕES UNIDADE PARAMÊTROS

    Cálcio

    *****

    Cloretos

    Máx. 250

    mg/L Máx. 2

    Condutividade Elétrica uS/cm *****

    Dureza Total

    Máx. 500

    Ferro Total mg/L Máx 0,3

    Magnésio mg/L *****

    Nitrito em N mg/L Máx. 1

    Nitrato em N mg/L Máx. 10

    Sílica mg/L *****

    Sódio

    Máx. 200

    Sólidos Totais mg/L Máx. 1000

    Colif. Termotolerantes (Presente/Ausente) Ausência em 100mL

    Potássio

    *****

    Sulfato

    Máx. 250

    Cor Aparente mg - Pt - Co/L Máx. 15

    Turbidez NTU Máx. 5

    pH 6,00 – 9,00

    Fonte: Adaptado de MS, 2005

    2.4.1 Fontes de poluição das águas subterrâneas

    Segundo a Lei nº 6.938 a “poluição é a degradação da qualidade ambiental

    resultante de atividades que direta ou indiretamente” (Brasil, 1981):

    a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;

    Um determinado agente poluidor é capaz de se encontrar nos aquíferos de

    uma forma imperceptível durante um longo período, em razão da lenta

    movimentação das águas e da capacidade de adsorção dos solos. Os aquíferos são

    menos propensos a contaminação em relação as águas superficiais, mas

    𝑚𝑔𝐶𝑎+2

    /𝐿 𝑚𝑔𝐶𝑙−

    /𝐿

    𝑚𝑔𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿

    𝑚𝑔𝑁𝑎+/𝐿

    𝑚𝑔𝐾+

    /𝐿 𝑚𝑔𝑆𝑂4

    −2

    𝐶𝑙𝑜𝑟𝑜 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑. 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑒 𝐶𝑙 𝑒𝑚 𝐶𝑙2

  • 16

    dependendo da contaminação podem se recuperar em um longo prazo, tornando-se

    até economicamente inviável (FEITOSA et al, 2008). Segue na Tabela 2 alguns

    exemplos de fontes de contaminação, bem como suas características e

    contaminantes.

    Tabela 2 - Fontes de contaminação das águas subterrâneas

    Fontes de contaminação Características Contaminantes

    Esgotos sanitários e fossas sépticas

    Águas utilizadas para higiene pessoal, lavagem de utensílios e cozimento de alimentos

    Matéria orgânica biodegradável, microrganismos, nutrientes, óleos, graxas e detergentes

    Resíduos sólidos

    São os rejeitos de atividades industriais domésticas, hospitalares e agrícolas

    Chorume, microrganismos patogênicos, fenóis, óleos e graxas, metais pesados, etc

    Águas residuárias industriais

    Água de processo e águas sanitárias

    Hidrocarbonetos aromáticos, metais pesados, organismos fecais, nitratos, metais e substâncias radioativas

    Águas de drenagem urbana

    Águas de lavagem sobre o solo

    Microrganismos, nutrientes, materiais em suspensão, etc

    Fontes acidentais

    Acidentes ocorridos em depósitos de produtos perigosos, derramamento de óleo e explosão de caráter radioativo

    Substâncias radioativas, metais pesados, ácidos, etc

    Fontes atmosféricas e run-off urbano

    Queima de combustíveis fósseis, que geram chuvas ácidas e percolação de poluentes atmosféricos. Emissão de veículos automotores

    Sólidos dissolvidos e em suspensão, hidrocarbonetos orgânicos, químicos sintéticos e naturais, metais pesados, compostos de enxofre e nitrogênio

    Manejo da água subterrânea

    Poço ou captação cuja construção/projeto inadequado permite o ingresso direto de água superficial ou água subterrânea rasa poluída. Intrusão salina, rebaixamento do aquífero

    Sais, acidez da água e aumento da concentração de poluentes

  • 17

    Fontes de contaminação Características Contaminantes

    Contaminação natural

    Está relacionada com a evolução química da água subterrânea e a dissolução de minerais (pode ser agravada pela poluição ocasionada pela atividade humana e/ou extração excessiva)

    Principalmente fluoreto e ferro solúvel, às vezes sufato de magnésio, arsênico, manganês, selênio, cromo e outras espécies inorgânicas

    Atividade cemiterial Substâncias provenientes da decomposição de cadáveres

    Necrochorume (liquame ou putrilagem)

    Fonte: Adaptado de Silva, 2012

  • 18

    3 METODOLOGIA

    A área que abrange a pesquisa é o Município de Maceió, capital de Alagoas,

    cidade com uma população estimada de 1.012.382 habitantes (IBGE, 2018). Os

    dados serão colhidos na SEMARH, órgão fundado em 16 de dezembro de 1999,

    inicialmente com o nome de Secretaria de Estado de Recursos Hídricos – SERH

    (SEMARH, 2018).

    De acordo com o que determina a Lei nº. 5.965 de 1997, Art. 2º, a partir do

    momento que o interessado recebe o direito de utilizar a água, ele tem o dever de

    cumprir com as condicionantes estabelecidas na portaria e com o extrato publicado

    no Diário Oficial.

    Tais condições existem desde 2001, mas somente em 2017 começaram a ser

    devidamente cobradas. Cada processo tem um prazo de validade, “a renovação

    deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da

    expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva outorga, tornar-se-á

    automaticamente prorrogada até a manifestação definitiva da SEMARH” (ALAGOAS,

    2016). Essa renovação apenas será concedida com a comprovação do atendimento

    das condicionantes da outorga anteriormente adquirida.

    Para a modalidade de captação subterrânea, nos casos analisados por esta

    pesquisa, determina que o interessado envie semestralmente à secretaria, até a

    data de vencimento da Outorga, o registro do volume mensal extraído através da

    leitura do hidrômetro, com as fotos das respectivas leituras, medição do nível

    estático e a análise físico-química e bacteriológica.

    O intuito do estudo é verificar a qualidade da água através de análise do

    banco de dados disponibilizado pela SEMARH, onde apresentam os registros de

    entrega de relatórios por parte dos interessados.

    Na Figura 2 é apresentado um resumo da metodologia para um melhor

    esclarecimento. Inicialmente, realizou-se um levantamento da quantidade total de

    poços outorgados na modalidade de captação subterrânea, através de planilhas e

    processos físicos na requerida secretaria, observando as finalidades de uso, como

    abastecimento humano, abastecimento industrial e outros usos. Desses poços,

    foram selecionados somente os que tem a finalidade de uso o abastecimento

    humano, pois por muitas vezes a contaminação da água pode ser perceptível a olho

    nu, em contrapartida, pode parecer limpa quando na verdade está imprópria para o

  • 19

    consumo humano. Por conta disso, foi selecionado apenas os que apresentaram as

    condicionantes de análise físico-química.

    O Ministério da Saúde “dispõe sobre os procedimentos de controle e de

    vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de

    potabilidade” (BRASIL, 2011), contendo uma extensa lista de substâncias a serem

    analisadas.

    Após ser verificado através de consideráveis análises bibliográficas e artigos,

    foi apurado que dentre substâncias apresentadas nas análises físico-químicas, o

    Nitrato, Nitrito, Cloretos, Ferro Total e Sódio foram os parâmetros analisados por

    serem mais propensos a prejudicar à saúde humana.

    Por fim, com foco nos elementos citados acima, será apresentado e

    analisado, através dos resultados obtidos no decorrer da pesquisa, a necessidade

    dos parâmetros de potabilidade para consumo humano estarem dentro do

    estabelecido pela portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde (MS, 2011).

  • 20

    Figura 2 - Fluxograma da metodologia Fonte: Autor, 2018

    Metodologia

    Levantamento de processos outorgados

    Processos físicos

    Planilhas

    Finalidade de uso

    Abastecimento industrial

    Abastecimento humano

    Condicionantes

    Análise físico-química

    apresentadas

    Parâmetros

    analisados

    Nitrato Nitrito Cloreto Ferro Sódio

    Análise físico-química não

    apresentadas

    Outros usos

  • 21

    4 RESULTADOS

    De acordo com a base de dados da SEMARH foi realizado um levantamento

    da quantidade total de poços outorgados na cidade de Maceió na modalidade de

    captação subterrânea com todas finalidades outorgadas, como abastecimento

    humano, abastecimento industrial e outros usos, nesse último se enquadra irrigação,

    piscicultura, rega de jardins, abastecimento por caminhões-pipas, lavagens de

    áreas, entre outros. Tal levantamento levou em consideração as autorizações de

    usos ao longo de alguns anos, para ser mais preciso desde o ano 2001 ao mês de

    agosto de 2018.

    Tabela 3 - Outorgas concedidas na área de estudo para captação subterrânea

    Ano

    Finalidade de Uso Número de Outorgas para Captação Subterrânea

    Abastecimento Humano

    Abastecimento Industrial

    Outros Usos

    2001 0 0 1 1

    2002 0 1 1 2

    2003 3 9 0 12

    2004 3 17 1 21

    2005 15 7 13 35

    2006 9 4 13 26

    2007 6 1 12 19

    2008 8 6 3 17

    2009 8 7 3 18

    2010 107 4 14 125

    2011 12 6 6 24

    2012 45 14 14 73

    2013 37 4 16 57

    2014 25 4 14 43

    2015 42 7 22 71

    2016 92 4 55 151

    2017 58 7 27 92

    2018 55 9 14 78

    Total 525 110 227 862 Fonte: Adaptado de Gomes, 2018

    Sendo considerado a expansão urbana demonstrada na tabela acima com a

    finalidade de uso voltado para abastecimento humano, será realizado uma análise

    minuciosa da água conforme apresentação das condicionantes, observando

    parâmetros como Nitrato, Nitrito, Cloretos, Ferro Total e Sódio, por serem

    prejudiciais à saúde.

  • 22

    Na Figura 3 mostra que em 2010 houve um acordo entre a Companhia de

    Saneamento de Alagoas - CASAL e a SEMARH, com o intuito de regularizar as

    operações realizadas pela CASAL, ocasionando um pico de poços outorgados.

    Figura 3 - Quantidade de poços na modalidade de Abastecimento Humano Fonte: Autor, 2018

    A Figura 4 mostra o número total de poços outorgados na cidade de Maceió,

    tanto na área urbana quanto na rural, com a finalidade de abastecimento humano.

    Também demonstra os poços selecionados indicados pelos critérios do item 3.

    0 0 3 3

    15 9 6 8 8

    107

    12

    45 37

    25

    42

    92

    58 55

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

    ABASTECIMENTO HUMANO

  • 23

    Figura 4 - Poços outorgados na cidade de Maceió Fonte: Autor, 2018

  • 24

    Durante a criação do mapa, foi constatado que de um total de 525 poços

    referentes a captação subterrânea, 18 poços não estavam inclusos na região da

    cidade de Maceió, uma das hipóteses para esse fato ter acontecido, deu-se por falha

    técnica no momento em que as coordenadas geográficas/UTM das suas respectivas

    localizações estavam sendo inseridas nos arquivos. Desse total, apenas 37 foram

    selecionados para serem analisados, pois somente esses cumpriram com os

    critérios determinados. Os parâmetros a serem analisados estão representados a

    seguir.

    4.1 Nitrato

    A Tabela 4 mostra todas as amostras de Nitrato que tem como parâmetro o

    valor máximo de 10 mg/L, coletadas em seus respectivos poços.

    Tabela 4 - Amostras de Nitrato

    Poços Local

    Amostras Nitrato (mg/L)

    Sem

    /14

    Sem

    /14

    Sem

    /15

    Sem

    /15

    Sem

    /16

    Sem

    /16

    Sem

    /17

    Sem

    /17

    Sem

    /18

    1 Antares 9,99

    2 Antares 4,56

    3 Barro Duro 1,33

    4 Barro Duro 4,75

    5 Benedito Bentes 1,04

    6 Benedito Bentes 3,59 1,93

    7 Cidade Universitária 9,53

    8 Cidade Universitária 9,63

    9 Cruz das Almas 11,00

    10 Farol 15,41

    11 Feitosa 2,54 0,11 7,16

    12 Gruta 3,86 6,53 4,66 5,37 5,28 4,94

    13 Gruta 3,15 2,18 1,15 2,33

    14 Guaxuma 0,31

    15 Ipioca 4,51

    16 Ipioca 0,59 1,63 1,83

    17 Jacarecica 3,37 9,07 5,22 1,21 0,62 4,88 0,64

    18 Jacarecica 3,79 3,90 4,35

    19 Jacarecica 1,74 0,40

    20 Jacarecica 1,85 0,40

    21 Jaraguá 2,29 2,01 1,44 0,90 0,40 8,75 7,75

  • 25

    Poços Local Amostras Nitrato (mg/L)

    22 Jaraguá 4,68 4,75

    23 Jardim Petrópolis 7,93 3,81

    24 Mangabeiras 0,01 0,01 3,63 0,21 0,71 0,12

    25 Pinheiro 8,87

    26 Poço 0,01 0,01 1,34 0,48 1,51 0,01

    27 Poço 0,30

    28 Santa Amélia 18,89 7,82

    29 Serraria 2,45 4,01

    30 Serraria 3,85 5,34

    31 Serraria 2,48 4,64

    32 Serraria 6,18 4,96

    33 Serraria 3,97

    34 Serraria 6,18 4,21

    35 Tabuleiro 1,15 2,30 3,16

    36 Tabuleiro 9,75

    37 Tabuleiro 3,66 Fonte: Autor, 2018

    Na Figura 5 são indicados quais poços ultrapassaram o VMP que foram os

    poços “9”, “10” e “28”, de diferentes bairros do município de Maceió. Apenas um

    desses poços retornou a ter a taxa menor que 10 mg/L.

    Essa contaminação pode ter sido ocasionada por resíduos domésticos e

    industriais, excrementos de animais e fertilizantes (SPERLING, 2005). Tais

    contaminações são resultantes das ações humanas. Dependendo das condições o

    nitrato pode ser convertido em nitrito durante a digestão (FREITAS et al, 2001). O

    contato dessa substância com a corrente sanguínea, provoca a doença

    metahemoglobinemia, conhecida como a “síndrome do bebê-azul” (SPERLING,

    2005) que dificulta o transporte de oxigênio para os tecidos do corpo (GOMES,

    2018). Em crianças menores de três meses, são altamente sujeitas a progressão

    desta doença por conta das circunstâncias mais alcalinas do seu sistema

    gastrointestinal, ocorrendo também em adultos com gastroenterites, anemia,

    porções do estômago cirurgicamente removidas e gravidez (FREITAS et al, 2001).

  • 26

    Figura 5 - Amostras da concentração de Nitrato por poço

    Fonte: Autor, 2018

    4.2 Nitrito

    A Tabela 5 mostra todas as amostras de Nitrito, que tem como parâmetro o

    valor máximo de 1 mg/L, coletadas em seus respectivos poços.

    Tabela 5 - Amostras de Nitrito

    Poços Local

    Amostras Nitrito (mg/L)

    Sem

    /14

    Sem

    /14

    Sem

    /15

    Sem

    /15

    Sem

    /16

    Sem

    /16

    Sem

    /17

    Sem

    /17

    Sem

    /18

    1 Antares 0,01

    2 Antares 0,01

    3 Barro Duro 0,01

    4 Barro Duro 0,04

    5 Benedito Bentes 0,01

    6 Benedito Bentes 0,01 0,01

    7 Cidade Universitária 0,01

    8 Cidade Universitária 0,01

    9 Cruz das Almas 0,01

    10 Farol 0,11

    11 Feitosa 0,01 0,01 0,05

    12 Gruta 0,01 0,01 0,01 0,01 0,04 0,04

    13 Gruta 0,01 0,01 0,01 0,01

    14 Guaxuma 0,01

    15 Ipioca 0,03

    16 Ipioca 0,01 0,01 0,01

    17 Jacarecica 0,17 0,15 0,01 0,01 0,01 0,04 0,02

    0

    5

    10

    15

    20

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

    Amostras de Nitrato

    Índice de Nitrato VMP

  • 27

    Poços Local Amostras Nitrito (mg/L)

    18 Jacarecica 0,03 0,01 0,03

    19 Jacarecica 0,01 0,02

    20 Jacarecica 0,01 0,01

    21 Jaraguá 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,73 0,03

    22 Jaraguá 0,01 0,01

    23 Jardim Petrópolis 0,01 0,03

    24 Mangabeiras 0,01 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01

    25 Pinheiro 0,07

    26 Poço 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

    27 Poço 0,01

    28 Santa Amélia 0,01 0,08

    29 Serraria 0,01 0,10

    30 Serraria 0,01

    31 Serraria 0,02 0,01

    32 Serraria 0,01 0,04

    33 Serraria 0,01

    34 Serraria 0,01 0,03

    35 Tabuleiro 0,01 0,02

    36 Tabuleiro 0,09

    37 Tabuleiro 0,01 Fonte: Autor, 2018

    Na Figura 6 dá ênfase que não houve poço contaminado por Nitrito. O que é

    um resultado satisfatório, pois quando tem seus indicadores alterados pode

    ocasionar risco à saúde humana como foi citado no item 4.1.

  • 28

    Figura 6 - Amostras da concentração de Nitrito por poço Fonte: Autor, 2018

    4.3 Cloreto

    A Tabela 6 mostra todas as amostras de Cloreto, que tem como parâmetro o

    valor máximo de 250 mg/L, coletadas em seus respectivos poços.

    Tabela 6 - Amostras de Cloreto

    Poços Local

    Amostras Cloreto (mgCl/L)

    Sem

    /14

    Sem

    /14

    Sem

    /15

    Sem

    /15

    Sem

    /16

    Sem

    /16

    Sem

    /17

    Sem

    /17

    Sem

    /18

    1 Antares 47,7

    2 Antares 38,6

    3 Barro Duro 30,4

    4 Barro Duro 58,8

    5 Benedito Bentes 27,4

    6 Benedito Bentes 36,5 15,2

    7 Cidade Universitária 28,4

    8 Cidade Universitária 19,0

    9 Cruz das Almas 59,9

    10 Farol 120,7

    11 Feitosa 50,7 71,0 65,9

    12 Gruta 49,7 54,8 67,0 65,9 59,9 56,8

    13 Gruta 44,6 45,7 44,3 28,4

    14 Guaxuma 39,6

    15 Ipioca 62,9

    16 Ipioca 71,0 28,4 28,4

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

    Amostras de Nitrito

    Índice de Nitrito VMP

  • 29

    Poços Local Amostras Cloreto (mgCl/L)

    17 Jacarecica 62,9 68,0 50,7 43,6 71,0 57,8 25,4

    18 Jacarecica 74,1 77,1 58,8

    19 Jacarecica 58,8 89,3

    20 Jacarecica 34,0 66,3

    21 Jaraguá 177,5 168,4 151,2 109,5 186,3 113,0 102,8

    22 Jaraguá 93,3 63,9

    23 Jardim Petrópolis 29,4 30,4

    24 Mangabeiras 150,1 143,0 293,2 145,1 155,2 162,3

    25 Pinheiro 62,9

    26 Poço 182,6 186,7 196,8 162,3 165,3 181,6

    27 Poço 116,7

    28 Santa Amélia 64,0 31,5

    29 Serraria 44,6 55,8

    30 Serraria 25,0 24,0

    31 Serraria 44,6 39,6

    32 Serraria 56,8 48,7

    33 Serraria 24,0

    34 Serraria 56,8 50,7

    35 Tabuleiro 10,0 32,0 54,8 120,7

    36 Tabuleiro 32,5

    37 Tabuleiro 19,0 Fonte: Autor, 2018

    Na Figura 7 indica que apenas um poço ultrapassou o limite determinado pelo

    MS, sendo o poço “24” na 3ª condicionante apresentada, voltando a ter seu valor

    dentro do parâmetro na condicionante seguinte.

    A existência dessa substância nos aquíferos provém dos despejos de águas

    residuais urbanas e industrias e da intrusão salina, como também pode ser

    ocasionado pelo solo por decomposição do sal-gema (APDA, 2012). “O seu excesso

    favorece a destruição da vitamina E, e reduz o Iodo” (SANTOS, 2011). A falta de

    vitamina E resulta em doenças como distúrbios no fígado ou na vesícula biliar,

    pancreatite e fibrose cística (LEITE, 2016a), já a ausência de iodo se relaciona com

    o hormônio da tiroide (LEITE, 2016b).

    Quando seus parâmetros estão elevados, pode ocorrer a corrosão das

    tubulações metálicas proveniente dos sistemas de abastecimento, fazendo com que

    as concentrações de metais aumentem na água (APDA, 2012).

  • 30

    Figura 7 - Amostras da concentração de Cloreto por poço

    Fonte: Autor, 2018

    4.4 Ferro

    A Tabela 7 mostra todas as amostras de Ferro, que tem como parâmetro o

    valor máximo de 0,3 mg/L, coletadas em seus respectivos poços.

    Tabela 7 - Amostras de Ferro

    Poços Local

    Amostras Ferro (mg/L)

    Sem

    /14

    Sem

    /14

    Sem

    /15

    Sem

    /15

    Sem

    /16

    Sem

    /16

    Sem

    /17

    Sem

    /17

    Sem

    /18

    1 Antares 0,03

    2 Antares 0,04

    3 Barro Duro 0,02

    4 Barro Duro 0,03

    5 Benedito Bentes 0,03

    6 Benedito Bentes 0,10 0,01

    7 Cidade Universitária 0,01

    8 Cidade Universitária 0,10

    9 Cruz das Almas 0,02

    10 Farol 0,07

    11 Feitosa 0,07 0,07 0,05

    12 Gruta 0,05 0,04 0,07 0,07 0,05 0,01

    13 Gruta 0,04 0,21 0,14 0,01

    14 Guaxuma 0,07

    15 Ipioca 0,05

    16 Ipioca 0,07 0,01 0,01

    17 Jacarecica 0,04 0,19 0,08 0,09 0,01 0,02 0,01

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

    Amostras de Cloreto

    Índice de Cloreto VMP

  • 31

    Poços Local Amostras Ferro (mg/L)

    18 Jacarecica 0,05 0,09 0,06

    19 Jacarecica 0,09 0,02

    20 Jacarecica 0,07 0,02

    21 Jaraguá 0,06 0,48 0,06 0,10 0,35 0,22 0,19

    22 Jaraguá 0,08 0,10

    23 Jardim Petrópolis 0,04 0,08

    24 Mangabeiras 0,16 0,05 0,06 0,09 0,07 0,08

    25 Pinheiro 0,03

    26 Poço 0,05 0,07 0,05 0,07 0,06 0,05

    27 Poço 0,09

    28 Santa Amélia 0,45 0,04

    29 Serraria 0,08 0,20

    30 Serraria 0,01 0,61

    31 Serraria 0,08 0,02

    32 Serraria 0,08 0,03

    33 Serraria 0,61

    34 Serraria 0,08 0,02

    35 Tabuleiro 0,02 0,27 0,07 0,02

    36 Tabuleiro 0,01

    37 Tabuleiro 0,11 Fonte: Autor, 2018

    A Figura 8 indica que 4 poços não conseguiram estar dentro do parâmetro

    determinado. Os poços “30” e “33” se encontram no mesmo bairro, Serraria, não

    sendo uma incidência, já que de 5 poços, apenas 2 estavam com seus índices

    alterados, até o 2º semestre de 2017 permaneceram contaminados, faltando a

    análise do ano de 2018. O poço “21” teve picos, ultrapassando o VMP nos anos de

    2014 e 2016, sendo normalizado nas últimas análises apresentadas. Já o poço “28”

    voltou ao padrão desejado. A contaminação pode ser resultante da encanação

    enferrujada, ou seja, sendo operada com condições insatisfatórias (SCORSAFAVA

    et al, 2011) ou despejos industriais (SPERLING, 2005). “O consumo excessivo de

    ferro pode causar a hematocromatose, que se caracteriza pelo depósito desse metal

    nos tecidos de órgãos como fígado, pâncreas, coração e hipófise” (SCORSAFAVA

    et al, 2011).

  • 32

    Figura 8 - Amostras da concentração de Ferro por poço Fonte: Autor, 2018

    4.5 Sódio

    A Tabela 8 mostra todas as amostras de Sódio coletadas em seus respectivos

    poços.

    Tabela 8 - Amostras de Sódio

    Poços Local

    Amostras Sódio (mgNa/L)

    Sem

    /14

    Sem

    /14

    Sem

    /15

    Sem

    /15

    Sem

    /16

    Sem

    /16

    Sem

    /17

    Sem

    /17

    Sem

    /18

    1 Antares 11,0

    2 Antares 6,3

    3 Barro Duro 32,7

    4 Barro Duro 39,9

    5 Benedito Bentes 24,3

    6 Benedito Bentes 17,4 16,3

    7 Cidade Universitária 27,3

    8 Cidade Universitária 18,0

    9 Cruz das Almas 49,5

    10 Farol 41,4

    11 Feitosa 18,0 92,8 59,9

    12 Gruta 46,2 17,6 25,6 32,5 37,3 48,4

    13 Gruta 20,6 20,4 18,1 26,7

    14 Guaxuma 31,1

    15 Ipioca 66,4

    16 Ipioca 35,5 0,6 30,5

    17 Jacarecica 25,1 30,7 26,3 23,1 69,4 58,2 31,9

    18 Jacarecica 34,3 49,4 34,0

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

    Amostras de Ferro

    Ídice de Ferro VMP

  • 33

    Poços Local Amostras Sódio (mgNa/L)

    19 Jacarecica 26,5 111,6

    20 Jacarecica 20,9 88,3

    21 Jaraguá 20,8 41,0 32,0 52,3 117,0 83,5 93,2

    22 Jaraguá 24,8 9,6

    23 Jardim Petrópolis 14,1 24,5

    24 Mangabeiras 64,7 68,5 191,4 70,0 56,0 55,4

    25 Pinheiro 42,7

    26 Poço 0,8 33,0 31,1 36,8 30,5 129,2

    27 Poço 170,1

    28 Santa Amélia 30,0 87,3

    29 Serraria 29,7 24,8

    30 Serraria 18,0 12,0

    31 Serraria 13,4 24,6

    32 Serraria 26,2 30,1

    33 Serraria 12,0

    34 Serraria 26,7 27,3

    35 Tabuleiro 16,0 37,5 88,4

    36 Tabuleiro 16,9

    37 Tabuleiro 16,0 Fonte: Autor, 2018

    Na Figura 9 dá ênfase que não houve nem poço contaminado por Sódio.

    Resultado conveniente, pois a alta concentração de sódio causa náuseas, vômitos

    convulsões, rigidez muscular, edema cerebral e edema pulmonar, agravando

    também a insuficiência cardíaca. E mesmo não sendo um fato habitual, já provocou

    morte. Em bebês, estimula problemas renais ou gastro-intestinais (PACHECO,

    2008).

    A presença dessa substância no aquífero provém da intrusão salina,

    depósitos minerais ou águas residuais, bem como pela adição de produtos químicos

    no tratamento da água (PACHECO, 2008).

  • 34

    Figura 9 - Amostras da concentração de Sódio por poço Fonte: Autor, 2018

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

    Amostras de Sódio

    Índice de Sódio VMP

  • 35

    5 CONCLUSÃO

    x

    Alguns pontos observados durante a pesquisa foram:

    Os poços contaminados por Nitrato foram afetados possivelmente por

    despejos residuais inadequados, uma vez que apenas 30% da população de

    Maceió tem acesso ao saneamento. Na falta do mesmo, a população utiliza

    de fossas sépticas, que quando executada de forma incorreta ou por falta de

    manutenção, pode gerar vazamento, contaminando o lençol freático;

    Uma das soluções é a implementação de um sistema de saneamento em

    áreas próximas à aquíferos para que não ocorra contaminação. A parcela da

    população que utilizar fossas deve executar a construção e a manutenção de

    forma correta.

    Já com o poço que apresentou o nível de Cloreto acima do permitido, por se

    tratar de um local próximo a região litorânea, uma de suas possíveis causas é

    a intrusão salina, mas sem descartar a possibilidade de contaminação por

    despejos residuais;

    A intrusão salina pode ser controlada pelo monitoramento do avanço da água

    salgada no aquífero, esse avanço só ocorre pela falta de recarga do aquífero

    em conjunto com a captação excessiva.

    O terceiro e último parâmetro que ultrapassou o valor máximo permitido

    (VMP) foi o Ferro, sendo observado que a contaminação pode ter sido dada

    por despejos industriais, já que alguns dos seus poços são localizados

    próximos a industrias;

    O descarte correto dos resíduos industriais deve ser feito através de

    gerenciamentos próprios, transporte, tratamento e destinação final de seus

    resíduos.

    Os parâmetros no qual foram detectados níveis acima dos padrões permitidos

    não tiveram influência da chuva, pois os períodos em que os dados foram

    coletados não constituíram períodos chuvosos;

    Em situações em que a água recupera os padrões normais após ter

    apresentado análises com padrões acima do desejado, dar-se pelo fato da

    água estar em movimento constante e a captação ser pontual.

  • 36

    É importante ressaltar que quando as águas estão contaminadas, necessitam-se

    de altos investimentos financeiros para reverter a situação ao longo de muitos anos.

    Com isso, torna-se imprescindível a existência de soluções preventivas.

  • 37

    REFERÊNCIAS

    ALAGOAS, Decreto nº 6, de 23 de janeiro de 2001. Regulamenta a outorga de

    direito de uso de recursos hídricos prevista na Lei n° 5.965 de 10 de novembro de 1997, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos, institui o sistema estadual de gerenciamento integrado de recursos hídricos e dá outras providências.

    Disponível em: < http://www.imprensaoficialal.com.br/wp-content/uploads/2016/07/diario_oficial_2016-07-19_completo.pdf> Acesso em 16 de abril de 2018.

    ALAGOAS, Decreto nº 20.029, de 17 de maio de 2012. Regulamenta Lei Estadual n°

    7.094 de 02 de setembro de 2009, que dispõe sobre a conservação e proteção das águas subterrâneas de domínio no Estado de Alagoas e dá outras providências. Disponível em: < http://cbhsaofrancisco.org.br/wp-

    content/uploads/2012/05/DECRETO_20089-2012_%C3%A1guasSubterr%C3%A2neas.pdf> Acesso em 11 de abril de 2018

    ALAGOAS, Decreto nº 49.419, de 18 de julho de 2016. Altera o Decreto nº 6, de 23

    de janeiro de 2001 que regulamenta a outorga de direito de uso de recursos hídricos

    prevista na Lei n° 5.965 de 10 de novembro de 1997, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos, institui o sistema estadual de gerenciamento integrado de recursos hídricos e dá outras providências. Disponível

    em: Acesso em: 08 de abril de 2018.

    ANA, Agência Nacional de Águas. Cadernos de capacitação em recursos hídricos. Vol. 6. Brasília, 2011. Disponível em: Acesso em: 26 de fevereiro de 2018.

    APDA, Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas. Cloretos. Lisboa, 2012. Disponível em: Acesso em: 21 de outubro de 2018;

    BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

    providências. Disponível em: Acesso em: 13 de outubro de 2018.

    BRASIL. Lei nº 5.965, de 10 de novembro de 1997. Dispõe sobre a política estadual de Recursos Hídricos. Institui o Sistema Estadual de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos e dá outras providências. Alagoas. Disponível em:

    Acesso em: 28 de fevereiro de 2018.

    BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

    Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art.

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.938-1981?OpenDocument

  • 38

    1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de

    dezembro de 1989. Disponível em: Acesso em: 17 de abril de 2018.

    CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 357 de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais

    para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.. Disponível em: Acesso em: 26 de

    setembro de 2018.

    FEITOSA, F. A. et al. Hidrogeologia: Conceitos e Aplicações. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM. Rio de Janeiro, 2008.

    FREITAS, M. B. et. al. Importância da análise de água para a saúde pública em duas regiões do Estado do Rio de Janeiro: enfoque para coliformes fecais, nitrato e

    alumínio. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: Acesso em: 21 de outubro de 2018.

    GOMES, M. Avaliação da evolução temporal quali-quantitativa das águas

    subterrâneas na Região Metropolitana de Maceió/AL. Maceió, 2018.

    IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População no último censo. Brasil, 2010. Disponível em: Acesso em: 26 de setembro de 2018.

    LEITE, P. Falta de Vitamina E – Sintomas, Causa, Fontes e Dicas. Rio de Janeiro, 2016a. Disponível em: Acesso em: 20 de outubro de 2018.

    LEITE, P. Falta de Iodo – Sintomas, Causa, Fontes e Dicas. Rio de Janeiro, 2016b.

    Disponível em: Acesso em: 20 de outubro de 2018.

    MANOEL FILHO, J. Água Subterrânea: Histórico e Importância. Em Hidrogeologia Conceitos e Aplicações. Coordenado por Fernando A.C. Feitosa e João Manoel Filho. Fortaleza, CPRM/REFO, LABIH-UFPE, 2000. p 391.

    MMA, Ministério do Meio Ambiente. Águas subterrâneas. Brasília, 2007. Disponível

    em: Acesso em: 18 de abril de 2018.

    MS, Ministério da Saúde. Portaria MS nº 518, de 25 de março de 2004. Brasília, 2005.

  • 39

    MS, Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe

    sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Disponível em:

    Acesso em: 27 de fevereiro de 2018. MS, Ministério da Saúde. Orientações Técnicas para coleta, acondicionamento e

    transporte de amostras de água para consumo humano. Brasília, 2013. Disponível em: Acesso em: 12 de outubro de 2018.

    NANES, D. P; FARIAS, S. E. M. Qualidade das águas subterrâneas de poços tipo cacimba: Um estudo de caso da comunidade nascença – município de São

    Sebastião. São Sebastião, 2012, p. 13. Disponível em: Acesso em: 10 de abril de 2018.

    PACHECO, P. Água Destinada ao Consumo Humano: Riscos para a Saúde Humana

    Resultantes da Exposição à Sódio. Lisboa, 2008. Disponível em: Acesso em: 22 de outubro de 2018.

    PENA, R. A Distribuição de Água no Mundo. Paraná, 2015. Acesso em: 29 de setembro de 2018.

    SANTOS, R. F. A. Teor de Sódio e outros Íons em Águas Subterrâneas do Município

    de Rosário (MA) e suas Possíveis Implicações na Saúde da População. São Luís, 2011. Disponível em:

    Acesso em: 20 de outubro de 2018.

    SCORSAFAVA, M. A. et al. Avaliação da qualidade da água de abastecimento no período 2007- 2009. São Paulo, 2011. Disponível em: Acesso em: 21 de outubro de 2018;

    SEMARH, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Manual dos usuários. Maceió, 2015, p. 7. Disponível em: Acesso em: 10 de abril de 2018. SEMARH, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.

    Instrução Normativa nº 001 de 16 de maio de 2016. Maceió, 2016.

  • 40

    SEMARH, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Maceió,

    2017a. Disponível em: Acesso em: 11 de abril de 2018.

    SEMARH, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Maceió, 2017b. Disponível em: Acesso em: 18 de abril de 2018.

    SEMARH, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Maceió,

    2018. Competências e outros valores da Semarh. Disponível em: Acesso em: 25 de setembro de 2018.

    SILVA, F. V. Avaliação da Contaminação das Águas Subterrâneas por Atividade

    Cemiterial na Cidade de Maceió. Maceió, 2012. Disponível em: Acesso em: 27 de setembro de 2018.

    SIMIÃO, K. Ciclo hidrológico e sua importância para os seres vivos, 2015.

    SPERLING, M. V. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005, p. 36 e 48.

    TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Editora oficina de textos, 2000.

    Disponível em: Acesso em: 18 de abril de 2018.

    TUCCI, C. E. M.. Hidrologia: Ciência e Aplicação. 4 ed. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2009, p. 727.

    VASCONCELOS, A. Mundo em Foco Extra – Água o Ouro do Terceiro Milênio.3 ed. São Paulo: On Line, 2016. Disponível em:

    Acesso em: 29 de setembro de 2018.

    WILLIAN, C. A distribuição de água no Planeta, 2016. Disponível em:

    Acesso: 30 de setembro de 2018.

  • 41

    ANEXOS

  • 42

    ANEXO A – DECLARAÇÃO SEMARH