avaliaÇÃo e monitorizaÇÃo de sintomas em doentes … · symptom assessment form total symptom...
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As neoplasias mieloproliferativas (NMP), Mielofibrose (MF), Policitemia Vera (PV) e Trombocitemia
Essencial (TE) estão associadas a uma importante carga sintomática com consequente redução da
qualidade de vida (QoL) dos doentes.1-3 A avaliação e monitorização de sintomas, durante o
tratamento, através da escala MPN-10, permite detetar alterações na sintomatologia, potenciais
sinais de progressão da doença, indiciando uma eventual necessidade de reavaliação da doença e da
abordagem terapêutica.4
INTRODUÇÃO
A aplicação sistemática da escala MPN-10 levou a um conhecimento mais aprofundado dos doentes e
das suas queixas, o que, juntamente com alterações analíticas, motivou um reajuste terapêutico que
conduziu a ganhos na QoL destes doentes.
REFERÊNCIAS
1 Mesa R, Jamieson C, Bhatia R, et al. Myeloproliferative Neoplasms, Version 2.2017, NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology. J Natl Compr Canc Netw. 2016 Dec;14(12):1572-11. 2 Harrison CN, Koschmieder S, Foltz L, et al. The impact of myeloproliferative neoplasms (MPNs) on patient quality of life and productivity: results from the international MPN Landmark survey. Ann Hematol. 2017 Oct;96(10):1653-65. 3 Arber DA, Orazi A, Hasserjian R, et al. The 2016 revision to the World Health Organization classification of myeloid neoplasms and acute leukemia. Blood. 2016 May 19;127(20):2391-405. 4 Emanuel RM, Dueck AC, Geyer HL, et al. Myeloproliferative neoplasm (MPN) symptom assessment form total symptom score: prospective international assessment of an abbreviated symptom burden scoring system among patients with MPNs. J Clin Oncol. 2012 Nov 20;30(33):4098-103. 5 Rocha A, Ricou C, Pereira E, et al. Guia de apoio para avaliação de sintomatologia em doentes com síndromes mieloproliferativos através da aplicação da escala MPN-10. ONCO.NEWS. 2018;36:41-4.
Registo multicêntrico prospetivo de doentes com NMP seguidos em consultas de enfermagem, com
recolha de dados presencial e/ou telefónica na avaliação inicial (V1) e follow-up (FU).
Para uniformizar a aplicação da escala de autopreenchimento MPN-10, foram consideradas as linhas
orientadoras da publicação “Guia de apoio para avaliação de sintomatologia em doentes com
síndromes mieloproliferativos através da aplicação da escala MPN-10”.5
A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS, v. 24.0, considerando-se significativos
todos os resultados com nível de significância inferior a 5% (p<0,05).
Caracterização da amostra:
• Caracterização demográfica através da análise descritiva das variáveis sexo, idade e situação
laboral , por tipo de NMP;
• Caracterização clínica através do número de doentes, tratamento farmacológico e
terapêutica de suporte, por tipo de NMP;
• Avaliação da carga sintomática, com base na pontuação da MPN-10 em cada avaliação, por
tipo de NMP.
1 ULS de Matosinhos; 2 Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO); 3 Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E); 4 Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD); 5
Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) – Aveiro; 6 Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN); 7 Associação Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP)
Maria Sarmento1; Sandra Ponte2; Maria José Monteiro3; Zilda Moura4; Gisela Ferreira5; Blanca Polo6; Jorge Freitas7
AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DE SINTOMAS EM DOENTES COM NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS: RESULTADOS PRELIMINARES DA APLICAÇÃO DA ESCALA MPN-10
Caracterizar a clínica e a sintomatologia dos doentes com NMP através da aplicação da escala MPN-10.
Foram incluídos 324 doentes, 57% mulheres, 60% reformados, idade média [mín,máx] 70 anos [32,96],
duração mediana de doença > 3 anos (41,5 meses).
Mais de 60% dos doentes tinham diagnóstico de TE, 24% PV e 13% MF (74% MF primária). Dentro do
subgrupo de doentes com MF, a maioria não tinha avaliação IPSS ao diagnóstico (14 doentes de baixo
risco, 13 de risco intermédio e 13 de alto risco). D-IPSS média no diagnóstico 1,1±0,6 (n=188).
RESULTADOS
O conteúdo do poster é da total responsabilidade dos seus autores, no âmbito do estudo desenvolvido pela Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP)
A média (±DP) da MPN-10 na V1 vs. FU final foi de 15,2±13,3 vs. 12,4±15,5 (p=0,265); 13,1±11,3 vs.
9,0±10,7 (p=0,015); 10,4±10,6 vs. 7,6±11,7 (p=0,004) nos doentes MF, PV e TE, respetivamente.
3,7
0,7 1,4
3,0
0,9 1,2 1,9
1,1 0,0
0,9
15,2
2,6
1,0 1,3 2,2
1,2 0,8 1,3 1,4 0,3 0,7
12,4
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Fadiga Sentir-se cheio
rapidamente
Desconforto abdominal
Inactividade Problemas de
concentração
Suores nocturnos
Comichão Dor óssea Febre Perda de peso
Pontuação Total
MPN-10 Mielofibrose
Visita inicial Última visita
Ausente
Pior imaginável
3,0
1,0 0,6 1,9
1,1 1,1
2,7
1,2 0,0 0,6
13,1
2,2 0,7 0,8
1,5 0,7 1,1 1,0 0,9
0,0 0,2
9,0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Fadiga Sentir-se cheio
rapidamente
Desconforto abdominal
Inactividade Problemas de
concentração
Suores nocturnos
Comichão* Dor óssea Febre Perda de peso
Pontuação Total*
MPN-10 Policitemia Vera
Visita inicial Última visita
Ausente
Pior imaginável
* p<0,05
2,6
0,7 0,7 1,7 1,4 1,2 0,8 1,0
0,0 0,3
10,4
1,8 0,7 0,5
1,2 0,8 0,6 0,8 0,9 0,0 0,3
7,6
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Fadiga* Sentir-se cheio
rapidamente
Desconforto abdominal
Inactividade* Problemas de concentração*
Suores nocturnos*
Comichão Dor óssea Febre Perda de peso Pontuação Total*
MPN-10 Trombocitemia Essencial
Visita inicial Última visita
Ausente
Pior imaginável
* p<0,05
Mielofibrose 13,3%
Policitemia Vera
24,4%
Trombocitemia Essencial
62,0%
N=324 Doentes
Baixo risco 35,0%
Intermédio I 12,5%
Intermédio II 20,0%
Alto risco 32,5%
IPSS no diagnóstico
N=40 Doentes
Tipo de NMP
Sim 55,80%
Não 44,20%
Mielofibrose
Sim 96,20%
Não 3,80%
Policitemia Vera
Sim 91,50%
Não 8,50%
Trombocitemia Essencial
Terapêutica de suporte por tipo de NMP
Terapêutica de suporte não instituída em 78% dos doentes. A maioria dos doentes (88%) estava sob
tratamento farmacológico para NMP, 71% com hidroxiureia (>70% dos doentes PV e TE e 30% dos
doentes MF), 31% AAS (±30% dos doentes TE e PV e 12% dos doentes MF), 9% flebotomia (30% dos
doentes PV e <5% dos doentes MF e TE), 4% ruxolitinib (21% dos doentes MF, 1% dos doentes PV e
TE), 2% interferão (<2% dos doentes TE e PV) e 6% com outro tratamento.
Os sintomas mais reportados pelos doentes com NMP foram fadiga (n=210), inatividade (n=153),
prurido (n=114) e falta de concentração (n=110). Fadiga (n=37) e inatividade (n=29) foram os mais
referenciados na MF; fadiga (n=53), prurido (n=46) e inatividade (n=36) na PV; e fadiga (n=120),
inatividade (n=88) e falta de concentração (n=79) na TE.
MATERIAL E MÉTODOS
OBJETIVOS
CONCLUSÕES
E-POST30
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