bachelard e o vinho
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BACHELARD E O
VINHO
Como beber uma metáfora? -Dominique Lecourt
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Mais do que "gosto" como uma luz pontual eparcimoniosa, 'degustar' não epressa tanto oacesso ! plenitude de sabor e eploraão
met#dica das nuances delicadas que sãoposs$%eis em um gosto para tornar-nossens$%eis?
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&o ltimo cap$tulo de "( terra e os de%aneiosda %ontade" )ac*elard consagra uma refleãoao %in*o e aos alquimistas+
le mostra que o aprofundamento de uminterrogat#rio sobre a linguagem comoportadora metáforas en%ol%e uma
rea%aliaão do papel da alquimia na *ist#riade pensamento+
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ara )ac*elard, somos todos alquimistasprincipalmente em nossa inf.ncia+ &oentanto, o pensamento dos alquimistas atua
como ilustraão da tetralogia de pensamento,ele esta%a no topo da 'museu de *orrores' docon*ecimento cient$fico+
ste / o %in*o do fil#sofo+ ste %in*o, que 0áidentificou os cacos entre poetas e escritores+D'(ndre 1r/naud comemorando em "2olirredut$%el", "os %in*os tintos de grande azul"+
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2egundo )ac*elard3 "le ainda se lembra deme en%ergon*ar porque mergul*ou o %in*oem fogo brando+ ste rem/dio marcial foi
então dado com todas as suas %irtudes+ lecurou tudo, corpo e esp$rito, e ele 0á curouum son*ador pela aão das grandes imagens+1oi o suficiente, em seguida, abrir um li%ro
%el*o para entender o %in*o"
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4ue a imaginaão qualidades domina aati%idade dos c*amados #rgãos dos sentidos,que são, al/m disso, o que se manifesta assimque o %in*o faz o pensar, de acordo com a suainclinaão natural, na %ideira sem-fim+
5 %in*o / sangue %egetal, por isso ele / um
ser on$rico dos grandes %alores da terra e docosmos+ Mais do qualquer %egetal, ele tem omercrios da terra+ le representa a grande
marc*a do sol e as esta6es da naturais+
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Metáforas r/alizantes3 o %in*o que bebemos,como tal, não tem nen*uma outra realidadedo que a de ser para o qual as metáforas
gan*am corpo+ 5 %in*o aquece e atualiza7atra%/s dessas qualidades contrárias, de umcalor temperado, o signo mais marcante dasade+ 2eu ser se resume a esse %alor+
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5 %in*o tem em sua subst.ncia o principio dapurificaão, o uni%ersal e o particular por um%in*o c#smico indi%idualizado+ 5 %in*o ocupa
um lugar no epicurismo ati%o de )ac*elard,tal que *á um dinamonogenia para umaontologia+
Contudo, esse *edonismo tamb/m estáligado a um pessimismo metaf$sico, querecusa a trag/dia e que busca um de%aneiocristalino, ros8+
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5 %in*o que o fil#sofo %ai seguir degustandoem ta%ernas de strasburgo pode ter o saborda alegria telrica reconquistada+ ode-se
pensar tamb/m ap#s a eegese destaspáginas surpreendentes dedicados a umametaf$sica direta, o %in*o foi tamb/mdaquela melancolia+ le não recupera tão
facilmente estes tonturas perniciosa que sãocomo ontologia de li6es negati%as+
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ntão )ac*elard e %in*o? 2im, por que não? 9ma %ez que outros tetos 1amosos
con%idam-nos7 mas na condião que %oc8 não %e0a,neste conteto, a indicaão de um pensamento
buc#lico, que ficaria felizmente subser%iente aosaforismos e do bom senso+ )ac*elard não / um*omem das irmandades+ / sem d%ida um daquelesfil#sofos para quem beber / uma afirmaãosignificati%a e não apenas um gesto de prazer, /
especialmente o fil#sofo de um pensamento solitário,tendendo para a reconciliaão imposs$%el da lucidez eda %ontade, este lugar impensá%el onde a razão e aimaginaão con%ergem, por sua %ez, incapaz deocupar um lugar+