barroso - aoutravoz · 5,6 quilómetros. a infraestrutura ... economia ainda inaugurou o pena park...

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Director: Carvalho de Moura Ano XXXII, Nº 492 Montalegre, 30.04.2016 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i CDC Montalegre Campeão distrital 2016 da Divisão de Honra da AF de Vila Real Gente ilustre das Terras de Montalegre O Dr Barroso da Fonte continua a falar de figuras ilustres dum recente passado, de gente ligada à Casa do Cerrado, que pertenceu à Casa de Bragança. D. Leonor Alvim, da Reboreda, de Salto, e D. Brites, sua filha que herdou uma fortuna fabulosa e muitas outras figuras... P3 O Meu Conservatório Na primeira pessoa, o director do jornal conta o que foi a sua vida, igual à de muitos outros estudantes e professores do seu tempo. Às enormes dificuldades de progressão académica sobrepunha-se uma sede de valorização extraordinária. Mas tudo acontecia com muitos sacrifícios, muito trabalho e muitas canseiras. P5 Para a História da 1.ª República de Montalegre A história da 1.ª República em Montalegre continua a ser-nos contada por Enes Gonçalves, agora, a entrar no ano de 1915, há um século atrás. Cada crónica traz algo de interessante e, em geral, vê-se como palpitava a vida desses tempos na nossa terra. P6 À memória de António RITA António Fernandes de Sousa, o RITA, da Borralha, faleceu. Um homem sem formação académica mas muito culto e sabedor. Sabedor de minas que era consultado por mestres vindos do país e do estrangeiro. O Rita, homem simples, comerciante e apicultor, deixa o nosso Barroso mais pobre. O Dr. João Azenha dá-nos a conhecer o seu perfil. P7 A Alegria do amor “Após consultações nos países católicos e depois de dois sínodos, o Papa Francisco dirigiu a exortação «A Alegria do Amor» à Igreja Católica, sobre o amor e a família. Era aguardada com grande expectativa...”, começa deste jeito a crónica do Pe Vitor Pereira. Jesus Cristo deixou a Eucaristia à Igreja para unir e não para dividir ou segregar. Tema que ainda vai dar muito que falar com o Papa Francisco P11 Não podemos olhar para trás, temos de olhar para o futuro O despovoamento e a desertificação do interior e sobremaneira do concelho de Montalegre é, uma vez mais, objecto de reflexão do Major Paulo Delgado. As estatísticas dizem tudo e os desabafos das pessoas escutadas complementam o estado caótico a que se chegou. P12 Campeonato das Chegas dos Bois Barrosos Já se iniciaram as lides dos bois barrosos com vista ao apuramento dos Campeões. Ver o calendário, datas das chegas e proprietários dos bois. P14 “Peneda-Gerês Trail Adventure” Política Municipal vista de fora O Dr. Manuel Ramos, docente universitário, portanto pedagogo, isto é, que sabe da matéria que se relaciona com o ensino, fala das crianças principalmente daquelas que vivem nas aldeias situadas mais distantes de Montalegre. E realmente dá pena sentir-se o sofrimento e as canseiras a que estão sujeitas essas crianças. É um tema que deveria provocar um forum onde outras pessoas habilitadas dessem também opinião. Uma coisa parece ser certa: agrupar todas as crianças e alunos na Escola de Montalegre foi uma decisão precipitada, errada. José Lima, Comandante dos Bombeiros Voluntários Flavienses Corporação centenária (125 anos), a Associação dos Bombeiros Flavienses rege-se pelo lema “Vida Por Vida”, está ao serviço da população flavienses 24 horas por dia, durante todo o ano e tem como Comandante, o montalegrense José Lima que recentemente viu reforçada a sua posição pela nova direcção. (Ver reportagem nas Ps 9 e 16)

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXII, Nº 492Montalegre, 30.04.2016

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

CDC Montalegre Campeão distrital 2016 da Divisão de Honra da AF de Vila Real

Gente ilustre das Terras de Montalegre

O Dr Barroso da Fonte continua a falar de figuras ilustres dum recente passado, de gente ligada à Casa do Cerrado, que pertenceu à Casa de Bragança. D. Leonor Alvim, da Reboreda, de Salto, e D. Brites, sua filha que herdou uma fortuna fabulosa e muitas outras figuras...

P3

O Meu Conservatório

Na primeira pessoa, o director do jornal conta o que foi a sua vida, igual à de muitos outros estudantes e professores do seu tempo. Às enormes dificuldades de progressão académica sobrepunha-se uma sede de valorização extraordinária. Mas tudo acontecia com muitos sacrifícios, muito trabalho e muitas canseiras.

P5

Para a História da 1.ª República de Montalegre

A história da 1.ª República em Montalegre continua a ser-nos contada por Enes Gonçalves, agora, a entrar no ano de 1915, há um século atrás. Cada crónica traz algo de interessante e, em geral, vê-se como palpitava a vida desses tempos na nossa terra.

P6

À memória de António RITA

António Fernandes de Sousa, o RITA, da Borralha, faleceu. Um homem sem formação académica mas muito culto e sabedor. Sabedor de minas que era consultado por mestres vindos do país e do estrangeiro. O Rita, homem simples, comerciante e apicultor, deixa o nosso Barroso mais pobre.

O Dr. João Azenha dá-nos a conhecer o seu perfil.

P7

A Alegria do amor

“Após consultações nos países católicos e depois de dois sínodos, o Papa Francisco dirigiu a exortação «A Alegria do Amor» à Igreja Católica, sobre o amor e a família. Era aguardada com grande expectativa...”, começa deste jeito a crónica do Pe Vitor Pereira.

Jesus Cristo deixou a Eucaristia à Igreja para unir e não para dividir ou segregar. Tema que ainda vai dar muito que falar com o Papa Francisco

P11

Não podemos olhar para trás, temos de olhar para o futuro

O despovoamento e a desertificação do interior e sobremaneira do concelho de Montalegre é, uma vez mais, objecto de reflexão do Major Paulo Delgado. As estatísticas dizem tudo e os desabafos das pessoas escutadas complementam o estado caótico a que se chegou.

P12

Campeonato das Chegas dos Bois Barrosos

Já se iniciaram as lides dos bois barrosos com vista ao apuramento dos Campeões.

Ver o calendário, datas das chegas e proprietários dos bois.

P14

“Peneda-Gerês Trail Adventure”

Política Municipal vista de foraO Dr. Manuel Ramos, docente universitário, portanto pedagogo, isto é, que sabe da matéria que se

relaciona com o ensino, fala das crianças principalmente daquelas que vivem nas aldeias situadas mais distantes de Montalegre. E realmente dá pena sentir-se o sofrimento e as canseiras a que estão sujeitas essas crianças. É um tema que deveria provocar um forum onde outras pessoas habilitadas dessem também opinião. Uma coisa parece ser certa: agrupar todas as crianças e alunos na Escola de Montalegre foi uma decisão precipitada, errada.

José Lima, Comandante dos Bombeiros Voluntários FlaviensesCorporação centenária (125 anos), a Associação

dos Bombeiros Flavienses rege-se pelo lema “Vida

Por Vida”, está ao serviço da população flavienses

24 horas por dia, durante todo o ano e tem como

Comandante, o montalegrense José Lima que

recentemente viu reforçada a sua posição pela nova

direcção.

(Ver reportagem nas Ps 9 e 16)

30 de Abril de 20162 BarrosoNoticias de

AUGUSTO DE MOURA

CALDAS, de 91 anos,

casado com Maria

Helena Gonçalves

Fonte Nova, natural da

freguesia de Meixedo e

residente em Codeçoso

da Chã, faleceu no

dia 4 de Maio sendo

sepultado no cemitério

de Codeçoso

ANTÓNIO

FERNANDES PEREIRA,

de 64 anos, casado com

Ana Gonçalves Pereira,

natural da freguesia

de Salto e residente

em Braga (São Victor),

faleceu no dia 4 de

Maio.

JOÃO PEREIRA

CALHENO, de 80

anos, solteiro, natural e

residente na freguesia

de Vila da Ponte, faleceu

no Hospital de Chaves,

no dia 5 de Maio.

MANUEL MOREIRA,

de 95 anos, viúvo de

Cezaltina da Glória

Dias Veiga, natural de

Bobadela, de Boticas

e residente em Cervos

onde faleceu no dia 10

de Maio.

MARIA ALVES, de 86

anos, natural e residente

em Padornelos, faleceu

no dia 12 de Maio no

Lar de Pisões, sendo

enterrada no cemitério

de Padornelos.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

CORTEJO CELESTIALMONTALEGREIncêndio na Casa da D. Inês Teixeira

Umincêndio de grandes proporções e elevados prejuizos deflagrou na casa da D. Inês Teixeira. Foi pela calada da noite quando o casal Alberto e Inês descansavam que, por felicidade, um jovem bombeiro ao passar pela Praça do Município se deu conta de labaredas e fumos a sair pelo telhado da referida habitação. De pronto correu até aos Bombeiros Voluntários de Montalegre que logo de seguida estavam junto à habitação.

O fogo terá começado pela cozinha do Restaurante Brasileiro, baixos da Casa, e, como não tinha placa de cimento, alastrou à residência e aos forros.

Aquilo que, à primeira vista, parecia um incêndio de pouca monta, afinal ele traduziu-se em prejuizos muito elevados e, não fosse a atitude diligente do jovem bombeiro de Boticas, certamente haveria outros danos bem mais graves a registar.

Os danos foram participados aos seguros que tomaram conta da ocorrência e avaliaram a situação.

CERVOSGrave acidente ao km 138

Na curva que antecede a Ponte da Portalagem, ao km 138, no sentido Montalegre – Chaves, um furgão de marca IVECO, de matricula portuguesa, descontrolado, saiu da estrada nacional 103 e foi encostar milagrosamente a duas carvalhas que impediram o camião de tombar pela ribanceira abaixo até ao Rio Beça. O furgão ficou tombado com os rodados voltados para a EN 103.

Não houve possibilidade de fazer fotos, o que se lamenta porque o referido acidente é um caso raro, bem digno de ser mostrado ao mundo.

Se as carvalhas não sustêm o furgão, seria um desastre de consequências muito gravosas porque a ribanceira, naquele sítio, tem algumas dezenas de metros e é quase na vertical até ao Rio.

VIADE DE BAIXOFesta em honra de Nossa Senhora de Fátima

Decorreu mais uma Festa em honra de Nossa Sr.ª de Fátima, na Freguesia de Viade de Baixo. Começou de véspera com a procissão de velas a percorrer as ruas de Viade. No Domingo, celebrou-se Missa solene acompanhada pela Banda

de Música de Parafita a que se seguiu um momento em que as crianças intervieram com atitudes de amor para com todas as mães da freguesia.

Nunca é demais referir que as ruas desta aldeia de Viade, nesta data do 13 de Maio, são atapetadas de flores com figuras geométricas diversas, constituindo um tapete por donde deverá passar a procissão e em particular o andor de Nossa Senhora de Fátima. Trabalho moroso e cansativo mas a que toda a gente do lugar, principalmente mulheres e jovens se dedicam com empenho e devoção a Nossa Senhora. Também a Junta de Freguesia dá toda a colaboração possível.

Seguiram-se animações de rua a cargo de grupos de concertinas e no Centro Social

e Paroquial de Viade a Banda de Música de Parafita brindou o povo da freguesia e outros com um CONCERTO.

A Festa terminou com a realização duma Chega de Bois.

FAFIÃOAssociação Vezeira

Desde tempos imemoriais que os vezeireiros cuidam destes espaços comunitários e a Associação da Vezeira promove mais uma acção tendente a valorizar este costume da pastorícia local.

A iniciativa tem como objectivo fazer palntações nos Currais. Até lá, os aderentes podem participar numa bucólica caminhada durante a qual usufruem das lindas paisagens do Gerês barrosão, participando de seguida na plantação de árvores em sítios determinados da serra.

A Associação faz um apelo à participação de todos os que se interessam e apreciam a

natureza paisagística garantindo que será um dia diferente.

A realização terá lugar no dia 4 de Junho e o seu início está previsto para as 9 horas da manhã.

Os interessados devem ir à internet e preencher a ficha de inscrição em http://vezeira.pt/index.php?pagina=inscri> até ao próximo dia 3 de Junho.

VILA REALTunel do Marão

A primeira pedra foi colocada em 2009, mas só sete anos volvidos a obra viria a ficar concluída, aproximando os transmontanos do litoral através de um túnel com uma extensão de 5,6 quilómetros.

A infraestrutura custou 398 milhões de euros e contou com um apoio comunitário de 89,9 milhões de euros.

O investimento é agora compensado pelas portagens, cujo custo vai dos 1,95 euros para veículos de classe 1 aos 4,90 para veículos de classe 4.

Foi precisamente para esse custo que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas pediu a compreensão dos portugueses. Pedro Marques atravessou o Túnel do Marão no dia de inauguração, à boleia numa antiga Renault 4L, conduzida pelo presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.

Assim se celebrou a concretização de uma obra que “os transmontanos já mereciam”, nas palavras de José Sócrates, primeiro-ministro a quem se deve a projeção da infraestrutura cuja construção esteve interrompida durante quatro anos.

“Hoje é um dia histórico para o país”, congratulou-se, a 7 de maio de 2016, o primeiro-ministro socialista António Costa. O túnel que viria a abrir à meia-noite de domingo foi atravessado, nas primeiras 24 horas, por 17.800 veículos.

CHAVESMunicípios da EN 2 colocam pendões

29 municípios aderentes à Associação da Rota da EN 2 colocaram, dia 11, pendões a assinalar 71 anos de classificação como estada naciona.

A EN 2 liga Chaves ao sul do país num total de 739,260 Kms e a ideia é dinamizar um conjunto de iniciativas que voltem a pôr a EN 2 no panorama nacional e com isto trazer mais dinâmica aos municípios que a integram.

RIBEIRA DE PENACentro BTT e Pena Park Hotel

O Primeiro Ministro, António Costa, inaugurou em Ribeira de Pena, no passado dia 7, duas infraestruturas que visam a dinamização turística do concelho.

Uma, o Centro BTT que dispõe de uma estrutura de apoio com zona para pequenas reparações e lavagem de bicicletas, balneários, instalações sanitárias e sala de conferências. Conta ainda com uma pista circular com trilhos sinalizados com a extensão de 4,5 km de extensão.

Além do Centro BTT, o primeiro ministro na companhia do ministro da economia ainda inaugurou o Pena Park Hotel, um hotel de quatro estrelas, situado no Pena Aventura Park.

30 de Abril de 2016 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Casa do Cerrado epicentro de nobres gerações (4)

Em anterior apontamento referenciei Miguel Mora como um dos genealogistas ligado à Casa do Cerrado, como familiar e como seu estudioso. Embora seja no concelho de Montalegre, das Casas Nobres, aquela que mais fama teve, ainda não mereceu um monografia que sirva às atuais e futuras gerações, um conhecimento pormenorizado. É certo que nos últimos anos, graças aos sortilégios dos sites, dos blogues, do faceboock, do link etc. é possível a qualquer utilizador destas ferramentas, descobrir imensa informação.

Mas nem toda a informação que aí se encontra deve ser levada a sério. Trate-se de genealogia, de arte, de ciência.

Aqui interessa-nos recuar aos anos em que a Casa do Cerrado foi construída e saber se la traça que hoje ostenta, nomeadamente o brasão, é coetâneo do edifício, ou se é referente a qualquer família nobre que a tenha habitado.

Dizem-nos que o brasão que chegou até nós, não é representativo da «Casa dos Braganças», mas da Família dos Mirandas que nela viveu e que ainda hoje tem representantes vários na região.

Prometi no meu último artigo dar a palavra a Miguel Mora. Na primeira década deste século foi dos genealogistas das Famílias e casas nobres da região de Barroso, que mais escreveu. Na rubrica «Famílias de Trás-os-Montes», em 2 de Fevereiro de 2003, em troca de correspondência com Filipe Pinheiro de Campos, disse: «posso afirmar que, convictamente,

sou devoto da Genealogia e muito particularmente da Transmontana, região pela qual sinto um carinho muito especial e de que tanto ouvi falar quando era criança. Minha avó materna era natural do concelho de Vila Pouca de Aguiar e a paterna também tinha diversos costados transmontanos. Tenho vindo a reunir bastante material publicado sobre as linhas que mais me interessam e são, entre outros: Miranda Ataíde e Melo, (da Casa do Cerrado), Gomes da Silva, Ferreira Caldas (em Montalegre), Álvares de Queiroga Machado (Boticas), Sá Morais Sarmento (Vinhais) etc.»

E mais adiante: «fui beneficiário da simpatia e generosidade do Engº José Ernesto de Menezes e Sousa Fontes que, em 1992, me ofereceu um trabalho precioso (manuscrito) intitulado «Mirandas d´Ataíde de Mello e Castro, Morgados do Cerrado em Montalegre, a que adiante me referirei».

Miguel Mora, nesta

fonte e neste contexto, fala, longamente do Solar de Carrazedo da Cabugueira, da Casa da Tapa, dos Morgados de Carrazedo, da antiga Casa da Freixeda, em Capeludos de Aguiar, de S. João Baptista, em Arnóia (Celorico de Basto) e outras. E afirma que «a união de Ana Emília de Sousa Leite, com José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro, traria a chefia dos Mirandas da Casa do Cerrado, em Montalegre, cavaleiros da Casa dos Duques de Bragança e fidalgos da Casa Real (que naquela vila desempenharam cargos tão diversos como o de capitão-mor, alcaide-pequeno do Castelo, escrivão do público e judicial e escrivão da Câmara». E neste contexto diz que esse antigo solar do Cerrado se ergue num dos lados da Praça do Município de Montalegre, em plano rebaixado, possuindo um notável portão armoriado com um escudo pleno de Mirandas».

Diz mais: O Morgado do Cerrado representava ainda,

pelo lado materno, os Álvares de Queiroga Machado, da Casa Grande de Valdegas, na freguesia de Santa Marta de Pinho e os Rodrigues dos Santos, senhores da casa e grandiosa capela de Santa Bárbara, na freguesia de Santa Maria da Granja» a que alguns, erradamente, chamam convento.

Miguel Mora explica nesta fonte que a Casa da Tapa pertenceu a João Manuel de Sousa Guedes e que hoje pertence a Lucinda de Sousa Guedes,casada com Luís de Sousa Roma. Pertenceu ainda a José Xavier Ataíde Mello e Castro, seguido do filho com o mesmo nome.

Na próxima nota de leitura voltaremos a dar a palavra a outros genealogistas que ressuscitam estes sítios com história, permitindo concluir que, ontem como hoje, as Terras de Barroso e do Alto Tâmega, foram alfobre de gente nobre.

Portugal inteiro ouviu a

partir da RTP que «Cabrilho,

natural de Montalegre», é

um dos Grandes aventureiros

portugueses. Exactamente,

no programa 13 Grandes

Aventureiros que tem como

apresentadora Sílvia Alberto e

no painel figuras conhecidas

como Margarida Pinto Correia,

directora de inovação social,

Gonçalo Cadilhe, autor e

viajante, Ana Galvão, radialista

e Quimbé, actor, apresentador

e locutor.

Foram 13 os Grandes

Aventureiros escolhidos e

João Rodrigues Cabrilho surge

logo em 3.º lugar. Os outros

nomes foram: Serpa Pinto,

João Garcia, Gil Eanes, Gago

Coutinho e Sacadura Cabral,

Maria de Eça, Ricardo Dinis,

Fernão de Magalhães, Isabel

Rilvas, António Raposo Tavares,

José Megre, Pedro Teixeira e

Fernão Mendes Pinto.

Para quem passou uma

vida inteira a investigar este

navegador cuja naturalidade

estava, em tempos passados,

envolvida numa certa incógnita,

e de cuja investigação

resultaram 3 livros sobre

Cabrilho, mais um capítulo

alargado num 4º e mais recente

livro, para além de muitos

estudos publicados em

jornais e revistas,

teve certamente uma

certa recompensa moral.

Como é sabido, refiro-me

expressamente ao grande amigo

e ilustre investigador João

Soares Tavares que faz parte do

grupo de colaboradores deste

jornal.

E também aqueles que

sempre acompanharam e

apoiaram empenhadamente

o trabalho de Soares Tavares

e que estiveram sempre ao

seu lado sobretudo naquelas

ocasiões em que se viu

desprezado por parte de

quem o devia reconhecer e

até homenagear, sentiram-se

orgulhosos do passado recente.

E particularmente, o subscritor

destas linhas que sempre o

acompanhou e incentivou neste

trabalho de pesquisa estando

presente em jornadas culturais

de divulgação de Cabrilho,

viveu um breve momento de

felicidade.

De referir que, quando a

RTP divulgou para Portugal

inteiro Montalegre como a

naturalidade de Cabrilho não o

fez em cima do joelho, por que

se baseou na documentação

existente.

Foi-nos referido pelo Dr

João Soares Tavares que na

Biblioteca da RTP existem, pelo

menos,

dois dos seus livros sobre

Cabrilho.

A partir de agora em

diante, se um orgão oficial de

comunicação trata deste jeito o

nosso grande navegador, quem

terá a ousadia de colocar em

causa a naturalidade barrosã de

João Rodrigues?

A notícia veio através do

facebook http://www.rtp.pt/

play/p2058/treze, inserida

na rede social por Agostinho

Vassalo que adiantou:

“Barrosão, natural de uma

aldeia do concelho (talvez o

único com uma estátua em

frente à sede do município),

selecionado e classificado

em 12º lugar (minuto 7’), no

programa “Treze” da RTP 1, por

um grupo de novos aventureiros

reconhecidos na área, como

um dos treze aventureiros mais

importantes em Portugal com

mérito e feito histórico”.

Obrigado, Agostinho, pela

iniciativa.

Viva Barroso!

Carvalho de Moura

João Rodrigues Cabrilho no programa da RTP

30 de Abril de 20164 BarrosoNoticias de

Foi no dia 7, com chuva a cair a rodos, que no salão nobre dos Paços do concelho se realizou mais uma sessão cultural que teve como pretexto a apresentação do livro de poemas do Juiz Conselheiro, Custódio Montes.

O painel da mesa, composto

pelas autoridades locais e figuras da cultura barrosã bem conhecidas, caso de Barroso da Fonte, responsável pela edição, teve José Machado como novidade que, diga-se, encantou o público presente com a sua dissertação sobre as fases do homem desde o seu

nascimento até à morte. Retrato que ele encontrou na poesia do autor.

Foram declamados disversos poemas pelo já referido José Machado e por Gorett Afonso, a responsável e dinamizadora da Biblioteca Municipal.

No final, tal como estava

anunciado, houve lugar ao cantar do fado de Coimbra de que Custódio Montes, nos seus tempos de estudante, foi um dos praticantes e que, nos tempos actuais, ainda mantém vivo com um grupo desse tempo. Recordação de tempos de outrora e de relatos actuais pela

voz de dois fadistas de Coimbra acompanhados por dois exímios mestres da guitarra e da viola.

Pena que estivesse presente pouca gente, pois que a audição justificava um salão com outra moldura humana.

C. de Moura

Custódio Montes apresemtou mais um livro de poemas

Foi no final do mês de Janeiro que o salão nobre dos Paços do Concelho abriu as portas para se apresentar uma obra de grande interesse para o concelho e sobretudo para o baixo Barroso. Não foi por acaso que Ferral se fez representar por um grande número de pessoas que quase encheu o salão. Em causa estava a apresentação da Monografia da Freguesia de Ferral da autoria do Dr. Manuel Machado e José Miranda Alves.

Um livro que relata a

história antiga duma das maiores freguesias do concelho de Montalegre e em duas vertentes distintas, a histórica a cargo do Dr. Manuel Machado e a social da autoria de José Miranda Alves.

Em duzentas e trinta e oito páginas vê-se muita documentação encontrada nos arquivos e bibliotecas a que o Dr Machado se dedicou durante vários anos. E valeu a pena porque encontrou e trouxe ao conhecimento de

todos nós a vivência do povo que, em tempos idos, habitou nestes territórios.

Na sua apresentação, valeu-se dum video para melhor esclarecer algumas passagens mais marcantes.

Para além da investigação, também são retratados os costumes e os usos desses tempos que hoje se perderam e que vale sempre recordar para com eles sabermos das nossas matrizes.

A edição é da Junta de

Freguesia de Ferral e teve o apoio da Câmara Municipal de Montalegre. Pena que a paginação, mormente nos apontamentos iniciais, tenha sido pouco cuidada, esperando-se que tal se faça doutro modo numa segunda edição quando ela vier a acontecer.

Estão de parabéns estes dois amigos José Miranda Alves e Dr. Manuel Machado por terem levado a cabo a publicação do livro.

O presidente da Junta

da Freguesia, ao apoiar a

publicação, revela que acima

de tudo privelegia a cultura,

pelo que merece o nosso

reconhecimento. No final

da sessão, teve poucas mas

valiosas palavras para com os

autores e enalteceu o trabalho

realizado que irá enriquecer o

património da freguesia.

C. de Moura

Monografia da Freguesia de Ferral

30 de Abril de 2016 5BarrosoNoticias de

No passado dia 8 de Maio, no Auditório do Centro Interpretativo das Minas da Borralha, por iniciativa da Associação Recreativa e Cultural das Minas da Borralha, em parceria com a Casa do Capitão - Ecomuseu de Barroso, decorreu a apresentação desta obra coordenada por Daniel Bastos. O livro é bilingue, em português e francês (no título original ‘Le Regard Engagé’), contando com prefácio do pensador Eduardo Lourenço.

Tendo por sugestivo título ‘do Porão ao Tombadilho’, metáfora daqueles que subiram de um lugar sem luz, a um outro espaço com mais ar, mais esperança e dignidade, o ensaísta trata da nossa emigração pós II Guerra Mundial, que classifica como uma espécie de Êxodo moderno, tendo em conta as proporções dessa fuga da terra natal por via clandestina. ‘As Índias’ do séc. XX estavam ao virar da esquina e chamavam-se França, Luxemburgo e Alemanha.

A europeização real foi na verdade a emigração, não se verificando a concretização do sonho europeísta, que não passou de um delírio onírico das elites das últimas décadas.

Identifica Gérald Bloncourt como um companheiro de infortúnio que assimila a odisseia dos outros e partilha os sentimentos de alma alheios, dando-lhes o seu sorriso aberto e o seu registo em imagens, preservando a memória, evitando assim o esquecimento.

Dando testemunho escrito da sua obra fotográfica, Bloncourt desenvolve o tema da

sua relação com a imigração, retomando a circunstância de ter tido de abandonar a sua pátria natal, o Haiti, aprendendo cedo a lutar contra as injustiças.

O mais impressivo registo que faz da nossa imigração é o da travessia dos Pirenéus, onde o drama e a miséria eram constantes, nas caminhadas de noite, atravessando correntes de água gélida, na fuga às polícias, na incerteza da chegada, na desconfiança para com os passadores.

Os quatro capítulos de

imagens constituem o cerne desta obra. Bloncourt retracta a vida dos emigrantes portugueses em Paris, desde 1954, onde existiam o que chamaríamos hoje campos de refugiados: abrigos provisórios, trilhos por entre a lama, crianças desenraizadas do seu habitat… e a observação do autor, adaptando uma célebre frase de Jacques Prévert: “Que

raio, um dia, ser obrigado a deixar o seu país, os seus hábitos, o seu passado”.

A partir de 1956 regista o início da integração: as crianças vão ao jardim-de-infância e à escola primária. Numa aula de Geografia, depara com jovens a estudarem o mapa do Império da França democrática; o ensino do nacionalismo imperialista francês substitui o português.

Em 1960, a vida decorre nessas favelas de 3º mundo parisiense; os prédios são uma miragem, para os que os

ajudaram a construir. No Inverno a vida ainda é mais difícil, com o frio e o gelo, mas as mulheres portuguesas vencem a luta diária para manter a dignidade da família. Numa espécie de pátio, Gérald fotografa uma mulher portuguesa, que compara a Nossa Senhora.

Regista tanto o quotidiano, tão importante e que tantas

vezes passa despercebido – um barbeiro de rua, o comércio de colchões usados – como uma reunião sindical de apoio aos emigrantes, distinguindo no conjunto a coragem e honradez dos trabalhadores portugueses, que o fotógrafo humanista admira. Bloncourt destaca sempre a ideia de que os portugueses, filhos de uma velha cultura universal, têm ainda contas a acertar no concerto das Nações.

Salienta o orgulho nas raízes portuguesas, expressos na imprensa e no associativismo que reforçam a identidade cultural na diáspora. A participação na vida e no comércio local torna-se real, bem como a adaptação aos contextos de trabalho (na construção civil, na fábrica Citroën). A roupa muda de padrão, as deslocações de Mobilete e a baguete debaixo do braço, à francesa, são sinais evidentes de integração.

A reconstituição das famílias torna-se possível nos últimos anos da década de 1960. A última imagem deste capítulo é de 1972, mostrando crianças alinhadas, melhor vestidas, com pastas escolares, à porta de um edifício sóbrio.

Em ‘o Salto dos emigrantes em direcção a França’, dedicado a 1965, mostra emigrantes ilegais a cozinharem ao ar livre, nos Pirenéus, na passagem de Espanha para França, feita a pé em dois dias. Para alguns, esta travessia será a sua última caminhada. Na estação de Hendaia, a imagem típica dos que chegavam ao destino, com as malas de cartão e a autorização

provisória de residência: eram trabalhadores de que a França necessitava.

Em 1966, o fotógrafo vem a Portugal e capta imagens do ‘país cinzento dos emigrantes’. Fotografa no Porto e em Lisboa bairros de lata com gente sorridente, vendedores de pão, de leite, de legumes, de fruta, de galinhas, de peixe. Apresenta em contraponto imagens da ruralidade em Chaves: o camponês com a sua croça, a criança a recolher água na fonte, o velho campanário de uma igreja rural, o carro puxado por gado barroso. Um mundo natural cujo impacto em Bloncourt desconhecemos.

O último registo é do que chama ‘A aurora da Liberdade, parte do arquivo de imagens que fez nos dias 30 Abril e 1 de Maio de 1974: a Revolução dos cravos, a chegada do líder comunista Álvaro Cunhal, a libertação dos presos políticos e a manifestação do 1º de Maio.

O Posfácio encerra a obra com um relato de Conceição Tina, que tinha 6 anos de idade quando, em 1969, foi fotografada por Gérald Bloncourt no bairro de lata de St Denis, perto de Paris. Foi nesta cidade que, quase meio século depois, a professora procurou e se encontrou com o fotógrafo. A imagem da petite portugaise com a boneca na mão haveria de se tornar num ícone da emigração portuguesa, sendo exposta mais do que uma vez em Portugal, nomeadamente no Museu Berardo.

João Azenha da Rocha

‘Gérald Bloncourt - O olhar de compromisso com os filhos dos Grandes Descobridores‘.

30 de Abril de 20166 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 72 – Zero

Apesar de possuir o dom da ubiquidade e entrar sistematicamente pela nossa vida adentro, o zero de que nos vale? Nada? Talvez, como valor absoluto, mas as contas tendem a complicar-se cada vez que incluímos o zero. Talvez fosse mais fácil, então, mantê-lo longe dos nossos raciocínios. Ou não… Afinal de contas, o que é o nada? Como se divide o nada? Se somares nada com coisa alguma não terás mais do que essa coisa alguma, certo? Errado! Terás coisa alguma mais… nada. Pois… E se somares nada com nada, o que obténs? Nada, claro. Então terás alguma coisa, certo? O nada é alguma coisa, ou não? Se o nada é coisa nenhuma então porque falamos dele como sendo alguma coisa? E se falamos dele como sendo uma coisa qualquer, então já deixará de ser nada, não será? Nesse pressuposto, bastaria a simples menção do nada para que, simplesmente, ele se tornasse em alguma coisa. No entanto, a partir do momento em que se tornasse coisa alguma, deixaria de ser nada. Porquê? Porque se é alguma coisa, não pode ser nada. O nada é ausência de qualquer coisa ou de todas as coisas, logo não pode ser coisa alguma. Por outro lado, a simples menção de “ser” leva-nos a considerar que o nada pode ser alguma coisa. Ou talvez não, já que no dia em que o nada fosse alguma coisa, ele próprio deixaria de ser nada. E nós precisamos do nada para poder compreender o que é ter alguma coisa.

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em Montalegre(Continuação do n.º anterior)

Ano de 1915

O Montalegrense de 20 de

Maio

“Sindicância”

Dizem os jornais

que o governo actual

mandou suspender todas as

Sindicâncias ordenadas pelo

Governo transacto, ficando

sem nenhum valor as que já se

achavam feitas. Pudera!...

Por alturas de Maio de

1915, os dirigentes do Partido

Evolucionista de Montalegre

devem ter-se desavindo,

ignorando-se hoje as razões

da discórdia. É conhecida a

desinteligência pelas cartas

que, tanto o Dr. António

José de Almeida, como o Dr.

António Granjo, endereçaram

a Dr. Abel de Mesquita

Guimarães.

Dizia a carta do Dr. José

de Almeida:

“Meu Exmº e Prezado Amº.

Não se dissolvam, nem

desanimem. Somos os únicos

que se aguentam de pé em

Portugal, e desertar num

momento destes seria cometer

um crime contra a Pátria.

Aqui estamos todos com fé.

Aguentem-se, pois.

O futuro pertence-nos

com a compensação gloriosa

de termos sido os únicos

que soubemos, nas horas de

angústia, compreender os

destinos da República.

Saudades a todos os

amigos e um grande abraço do

De V. Exª.

Lx. 24-5-1915

António José de Almeida’’

E a do Dr. António Granjo:

“Meu bom Amº

Parece-me uma resolução

precipitada a reunião que me

anuncia e a retirada da vida

política. Isto vai baralhar-se de

novo, talvez para se tornar a

dar.

Acho bem que não se

importem com as urnas,

limitando-se à fiscalização;

mas a dissolução do

partido pode ser um acto

de consequências funestas.

Parece-me que deviam

sobrestar uma resolução tão

grave.

O meu primeiro impulso

foi também o seu. Dissolver

e retirar-me. Mas, reflectindo

considerei que isto pode levar

uma volta mais depressa do

que podemos supor.

Ainda não recebi uma

linha do Antº José d’Almeida.

Vou escrever-lhe hoje. Vamos

a ver o que diz. Provavelmente

acontece como das outras

vezes: - não diz nada.

Desculpe e mande sempre

o

mtº am.º e obrº

Antº Granjo

Chaves, 27-5-15

(obs. - os originais destas

cartas encontram-se no

Arquivo Distrital de Vila Real).

De O Montalegrense de 20 de

Maio

“Éguas criadeiras

No ano findo, por ocasião

da exposição pecuária

regional, foram registadas pela

comissão técnica de remonta

vinte e três éguas pertencentes

a lavradores do concelho.

Estamos certos de que

muitas mais teriam aparecido,

se fossem conhecidas as

enormes vantagens que a lei

dá ao produtor de cavalos para

o exército.

O criador que pretender

registar alguma égua,

apresenta-la-á até ao dia

31 deste mês de maio na

sede do Sindicato Agrícola

de Montalegre, que é

provisoriamente no Cerrado, a

fim de ser incluída na proposta

que o Sindicato tenciona

remeter à Comissão de

remonta (...)’’

(Continua o ano 1915)

José Enes Gonçalves

SOLIDARIEDADESer solidário é acima de tudo respeitar e partilhar. Vivemos num mundo muito

complicado, onde agora as pessoas vivem mergulhadas numa vida egocêntrica que

nos está a condenar à solidão.

É fácil ser solidário com as pessoas pobres que não têm nada que comer e

que vestir, mendigam o seu pão para sobreviver e são humildes de coração. Mas

o maior desafio é tolerarmos, compreendermos os outros tipos de miseráveis, de

pessoas mesquinhas, insensatas, invejosas e que nos fazem até mal.

A solidariedade pode vir de várias formas. Seja no impulso por causa de uma

tragédia , seja em forma de trabalho voluntário ou até mesmo dia a dia no trato

com as pessoas.

Pesquisas indicam que também voluntários altruístas estimulam a alegria, aliviam

as tristezas e aumentam a imunidade evitando doenças. A ajuda desinteressada

também reflecte na identidade pessoal e social. Aumenta a auto estima e introduz

sentido às nossas competências. Recompensa-nos com o prazer de contribuir para

a felicidade dos nossos semelhantes e nos dá o prazer da melhoria da felicidade.

João Damião

30 de Abril de 2016 7BarrosoNoticias de

Será que as políticas até agora desenvolvidas pelo actual Governo e as previstas no Pacto de Estabilidade em análise por Bruxelas - caso venham a dar certo - são o grande receio da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional?!... Pelo andar da carruagem parece que sim, senão vejamos: é que estando ainda em cima da mesa algumas reversões das medidas do anterior executivo, assistimos já à tentativa de reversão das do actual, quer por pate da CE, quer do FMI. Qualquer coisa, a que poderemos chamar a reversão da reversão, porque é preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma.

Bruxelas é assim mesmo e o FMI não lhe fica atrás!... Ambos fórçam à sua maneira, aquilo a que chamam de “reformas estruturais”, com a particularidade dos “nossos amigos” europeus, voltarem à “vaca-fria” do corte de 600 milhões de euros nas pensões e reformas que lhe havia sido prometido por Maria Albuquerque e Passos Coelho, e o aumento do salário mínimo nacional, essa “desgraça” que a concretizar-se, segundo os

técnicos da “tróika”, irá impedir a baixa do desemprego de longa duração.

Dito de outra forma: o que Bruxelas e o FMI querem, é o empobrecimento dos portugueses em geral e dos reformados e pensionistas em particular. O corte de 600 milhões de euros nas pensões, como uma das metas para o cumprimento do défice e do Tratado Orçamental, entretanto revertido pelo executivo de Costa, ainda não foi digerido. Pena, que Bruxelas não seja tão afoito em colocar um ponto final nas offshores que vão dizimando os povos, principalmente os mais vulneráveis e com as economias mais frágeis. Aí, a música é já por demais conhecida - Bruxelas não lhes toca...

Este é pois o fundamentalismo político e económico reinante na União Europeia!... Se o não fosse e numa altura em que um novo PEC está em apreciação, certamente se preocuparia com os dois maiores riscos da economia portuguesa – esses sim reais: o envelhecimento da população, com o que representa de encargos, com o que dificulta no que diz respeito à inovação e

ao consumo, e com a emigração jovem que se abriu nos últimos quatro anos.

Estas sim, são as duas maiores ameaças que pairam sobre a nossa economia e a nossa sociedade: a natalidade - agora tão em voga no discurso politico - e a emigração. Tudo o resto não passa de conversa fiada, modas, ou o que lhe queiram chamar. O problema, como se qualquer deles não fosse suficientemente grave, é que ambos convergem para o mesmo ponto: o envelhecimento da população. É que não nascendo gente nova, a população envelhece, e envelhece ainda mais quando os mais novos partem, ficando apenas os mais velhos. Passos Coelho e o seu Governo deveriam ter pensado nisto, mas infelizmente foram os primeiros a contribuírem para a “desgraça”, incentivando a juventude a procurar novos rumos. Um país pobre como o nosso, gastar recursos a formar pessoas para depois as entregar aos países mais ricos, não é uma mera decisão política, é pelo contrário um crime. Mantê-las, tem que ser sem qualquer sombra de dúvida, o principal objectivo estratégico

do país. Mas aí está!... Sem um crescimento sustentado, que Bruxelas tenta travar com as suas enunciadas posições recessivas, não vale sequer a pena, e quem sofre é obviamente o país.

Portugal enquanto nação, tem oitocentos e setenta e três anos de História; a moeda única tem dezassete; e o Banco Central Europeu outros tantos e alguns meses. Ora é exactamente perante estes factos que são inquestionáveis, que se espera, que quem tem o dever de zelar e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, lembre a esta gente que por mais dinheiro que haja por aquelas bandas, Portugal ainda não é uma província do “Império”.

É verdade que o país deve dinheiro e tem de o pagar!... Mas a pátria de Afonso Henriques, de D. João I, de Gil Vicente, de Luís Vaz de Camões, de D. João II, do Infante D. Henrique, de Bartolomeu Dias, de Vasco da Gama, de D. João IV, dos Republicanos da Revolução do 5 de Outubro, dos Militares de Abril de 1974 e de todos nós, tem de merecer o devido respeito. A recessão e os baixos salários que nos pretendem

impôr, não resolvem problema algum, antes pelo contrário. Qualquer empresário só vende o seu produto, se houver dinheiro para o adquirir. Da mesma forma que quanto mais vender, mais tem que produzir para satisfação da procura. Se pelo contrário não houver dinheiro, fica com os bens produzidos em casa a “apodrecer”, não produz outros e vê-se obrigado a fechar portas e a despedir os seus funcionários. É o velho lema de que dinheiro gera dinheiro, mas que Bruxelas e o FMI pretendem impedir a todo o custo.

Para esta gente, já não basta que os países com dívidas cumpram com as sua obrigações. Oito mil milhões de euros anuais só em juros não lhes chega!... Querem sempre mais, e querem sempre mais, e à sua maneira, porque a principal razão das suas condutas é puramente ideológica. É isso que move particularmente a Comissão Europeia e o FMI.

Texto escrito segundo os ditâmes da antiga ortografia

Domingos Chaves

POLITICAMENTE FALANDO

- O PACTO DE ESTABILIDADE E A EUROPA DA HIPÓCRISIA!...

BarrosoNoticias de

8 30 de Abril de 2016

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BarrosoNoticias de

930 de Abril de 2016

Começou no dia 25 de Abril o campeonato das Chegas de Bois de raça barrosã e, até à presente data, já se realizaram no Campo das Chegas três jornadas que este jornal, por motivos imprevistos, não pôde acompanhar de perto.

Como nota de mais realce é de verificar que, este ano, se inscreveram 21 exemplares para a disputa do Torneio, o que denota um certo aumento e procura pela linda raça portuguesa. Desses 21 bois, apenas 16 foram selecionados para o referido Campeonato cujo

sorteio determinou as Chegas de acordo com o calendário que se pode consultar na edição n.º 492, de 30 de Abril.

De todas as Chegas realizadas, é de dar nota da de 8 de Maio entre os bois do João, da Borda d’Água, (Salto) e o do Horácio, de Medeiros, (Chã), uma Chega que durou 56 minutose da qual saiu vencedor o boi de Salto.

Outra Chega que deixou os aficionados a bater palmas foi a que opôs o boi do Augusto, do Telhado, ao boi “Pés atados” do António de Bagulhão, de

Salto. Estes lutaram durante 20 minutos e “podeu” o “Pés atados”, de Salto.

No dia 15 de Maio, o campeão do Horácio, de Medeiros, ganhou facilmente ao boi do Abel, de Salto. Foi uma daquelas Chegas que não deu para ver quase nada. Depois da primeira turrada, o boi do Abel logo procurou forma de se escapar.

As próximas Chegas do campeonato, agora nos quartos de final, terão lugar nos dias 12 e 19 de Junho.

Outras Notícias

Ainda não estão marcadas as Chegas das principais Festas do Verão, nem sequer as da Festa do dia do Senhor da Piedade, de Montalegre.

Quanto aos bois doutras raças, mirandeses, arouqueses, penatos e cruzados é de registar, para já, a concorrência saudável do Calbôt, de Soutelinho, e do Luís Pires, de Penedones. O Calbôt contratou ao Campos de Chegas de Gralhas e Vilar de Perdizes com as respectivas Juntas de Freguesia e, assim,

os amantes das Chegas de bois

têm mais oferta deste tipo de

manifestações.

Seria bom que, aos

Domingos, não se realizassem

mais de duas Chegas para não

se prejudicarem os espectáculos

e as Chegas passem a ser uma

brincadeira sem jeito. Tratando-

se de espectáculos pagos, a

Câmara Municipal deveria

regulamentar, até onde pudesse

ser, as Chegas, pois de outra

forma, o seu interesse começará

a perder-se em definitivo.

Campeonato de Chegas de Bois de raça barrosã

30 de Abril de 201610 BarrosoNoticias de

1-Assinaturas

Os valores das assinaturas são os seguintes:

Nacionais: 20,00 €uros

Estrangeiras:

Espanha 30,00 €urosResto da Europa e Mundo 35,00 €uros

2 – Serviços:

Extracto de 1 prédio 35,00 €urosAgradecimento por óbito 20,00 “Agradecimento s/foto 20,00 “Publicidade 1 P 200,00 “

3 – Pagamentos

As assinaturas podem ainda ser liquidadas directamente em Montalegre ou através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:

- IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL

Na etiqueta da direcção do seu jornal pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ...). Se entender que não está certa, contacte-nos (00351 91 452 1740)

3 – Informação

Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros:Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail

[email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos destes assinantes.

Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.

BarrosoNoticias de

Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATOCertifico para efeito de publicação que, por escritura outorgada hoje, na

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dr.ª Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 99 e seguintes do livro983-A, ANTÓNIO DOS SANTOS FRUTUOSO e mulher JOAQUINA LAGE VALDEGAS FRUTUOSO, casados em comunhão geral, naturais da freguesia de Sarraquinhos, deste concelho,onde residem no lugar de Cepeda, na Rua Central, n.º 60, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Sarraquinhos, concelho de Montalegre:

- Um: - Prédio rústico situado em LAMEIRÃO, composto de cultura arvense, com a área de quatro mil novecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com caminho público, sul com estrada, nascente com Joaquim Alves da Costa e do poente com Daniel Branco Costa, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4815.

- Dois: Prédio rústico situado em CIMA DA CARVALHA, composto de cultura arvense, com a área de cinco mil e oirocentos metros quadrados, a confrontar do norte com estrada, sul com caminho, nascente com António dos Santos Frutuoso e do poente com Américo Fernandes, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4839.

Que, apesar de pesquisas eftuadas, não foi possível obter os artigos matriciais antes de mil novecentos e noventa e sete, encontrando-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e noventa e dois, ano em que os adquiriram por doação meramente verbal de seus pais e sogros Joaquim Gonçalves Frutuoso e Ana Gonçalves dos Santos, residentes que foram no mencionado lugar de Cepeda, já falecidos.

Que desde essa data, sempre têm usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.Cartório Notarial de Montalegre, 13 de maio de 2016O 1.º Ajudante,(Ilegível)

Conta: Art.igos: “ 20.4.5) ------------ 23,00 €São vinte e três euros.Registada sob o n.º 223

Notícias de Barroso, n.º 493, de 16 de maio de 2016

Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATOPara efeitos de publicação certifico que, por escritura lavrada em 13 de maio

de 2016, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 97e seguintes do livro 983-A, José Fernando dos Santos Moura, solteiro, maior, natural da freguesia de Gralhas, concelho de Montalegre, onde reside na Rua das Cruzes, n.º 30, titular do cartão de cidadão número 09973457 5ZY2, válido até 16-09-2020, que outorga na qualidade de procurador de FERNANDO DELGADO DE MOURA , NIF: 167 829 963 e mulher MARIA ARMINDA CARVALHO DOS SANTOS MOURA, NIF: 167 829 955, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Gralhas referida, residentes na Rua António de Mariz, n.º 44, São Victor, em Braga, decalarou:

Que o seu representado marido, é dono com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel, situado na freguesia de Gralhas, concelho de Montalegre:

- Prédio urbano situado na Fonte do Bairro, composto de casa de rés-do-chão, primeiro andar e páteo, com a superfície coberta de quarenta e quatro metros quadrados e páteo com a área de vinte e quatro metros quadrados, a confrontar do norte e sul com a rua pública, nascente com Bento Alves Seixas e poente com José Gonçalves Calado, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 180.

Que desconhece se alguma vez o prédio esteve inscrito na matriz rústica.Que o prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo

Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante marido.

Que o seu representado marido não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e setenta, ano em que o adquiriu ainda no estado de solteiro, por doação meramente verbal de Américo Martins Moura e mulher, Ana Gonçalves Delgado, residentes que foram na dita freguesia de Gralhas.

Que, desde essa data, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, lá guardando os seus haveres, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por usucapião, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Montalegre, 13 de maio de 2016O Ajudante, Maria José Fernandes Carapenha

Conta: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €Conta registado sob o n.º 221

Notícias de Barroso, n.º 493, de 16 de maio de 2016

CERTIFICADOCertifico que no dia doze de maio de dois mil e dezasseis, perante

mim, Notária, Leonor da Conceição Moura, com cartório sito na rua 25 de abril, 12-A, Refojos, Cabeceiras de Basto, foi outorgada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO notarial, iniciada a folhas 81 do Livro 90- A, intervindo como justificante:

Carlos Manuel Ferreira Alves, NIF 215.732.650. solteiro, maior, natural da freguesia de Salto, concelho de Montalegre onde reside na rua Principal, nº16, Bairro Novo, Borralha.

Mais certifico que foi declarado o seguinte:Que é dono e legítimo possuidor, e com exclusão de outrem, do

seguinte prédio sito na rua Principal, nº16, freguesia de Salto, concelho de Montalegre:

Urbano – terreno com a área de trezentos e noventa e três virgula quarenta e dois metros quadrados, omisso na conservatória, e inscrito na matriz em nome do justificante sob o artigo 1909, desconhecendo-se qualquer proveniência na antiga matriz rústica, e com o valor patrimonial e atribuído de € 2.350,00.

Que o justificante, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, adquiriu por doação verbal de Idalina Ferreira de Oliveira, casada com Manuel Alves, residente que foi no lugar da Borralha, freguesia de Salto referida, e já falecido, o referido prédio, tendo entrado nessa data na posse do mesmo, mas não dispondo de qualquer título formal para o registar na conservatória, em seu nome.

No entanto, o justificante passou, desde essa data, a usufrui-lo, limpando-o, vedando-o, utilizando-o, plantando produtos hortícolas e árvores de fruto, colhendo os respetivos frutos, pagando os respetivos impostos e gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita de direito próprio, de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, continua e publicamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém – e isto por lapso de tempo superior a vinte anos.

Que o referido prédio, e desde o inicio da posse, sempre foi utilizado para fins não urbanos, e apenas recentemente, e aquando da sua participação na matriz, passou a ter a natureza de urbano, porque em termos de Plano Diretor Municipal de Montalegre, o qual entrou em vigor em dezoito de setembro de dois mil e treze, está localizado em zona urbana.

Que dadas as enunciadas características de tal posse, o justificante adquiriu aquele prédio, por usucapião - título esse que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Cabeceiras de Basto, doze de maio de dois mil e dezasseis.

A NOTÁRIA,(Leonor da Conceição Moura)

Emitido recibo

Notícias de Barroso, n.º 493, de 16.05.2016

30 de Abril de 2016 11BarrosoNoticias de

Partilho aqui convosco uma entrevista que o padre jesuíta Vasco Pinto de Magalhães (VPM) concedeu à rádio Renascença. Em tempos acompanhou jovens universitários, jovens candidatos ao sacerdócio e, ultimamente, dedica-se a acompanhar casais jovens e casais com filhos pequenos. Muito do que afirma vem de encontro à leitura e à perceção que tenho da realidade humana e social atual.

Começa por afirmar que hoje as pessoas «ajuízam sem refletir

– têm opiniões! A cultura hoje é opinativa, toda a gente acha e não quer que ninguém a contradiga, porque a sua opinião é que vale, mas é tudo muito emotivo. Um emotivismo muito primário. A educação hoje – cá e também na Europa – não é crítica, é muito informativa e pouco formativa.». E, de facto, atualmente, estamos no tempo dos «achadores», que têm opinião para quase tudo, mas sem grande base para sustentarem o que afirmam e para perceberem a inconsistência do que afirmam, sem objetividade e rigor, porque as opiniões partem das emoções e não da reflexão e da racionalidade. Os jovens «vivem ligados ao computador, sabem tudo e não sabem nada, mas têm toda a informação à mão e isso dá-lhes a sensação de que não precisam de pensar. Por isso, penso que uma grande crise da Europa é a ausência de pensamento crítico. E, ainda por cima, não têm tempo e têm tanta informação que não conseguem

organizar, nem codificar. Estou a identificar um défice que me parece muito forte e traz também muitas consequências e mal-estar na vida porque lhes dá uma certa sensação de auto-suficiência, mas que depois é muito vazia.» Isto é claramente notório na cultura da juventude atual (e de muitos adultos): limita-se a consumir passivamente a informação e tudo o mais que lhe é proposto e sugerido, seja nos hábitos, seja nos valores, sem grande capacidade de questionar, de refletir, de rebater, de pensar diferente. Tem pouca consciência crítica, o que não pode deixar de levantar muitas dúvidas sobre a qualidade da liberdade, da independência e da autonomia que a modernidade gosta de exaltar. Há um remédio para isto, que dá algum trabalho, mas dá bons frutos: «Cura-se criando momentos em que seja possível pensar – e pensar criticamente, ajudando a olhar para a realidade. Cura-se com a meditação, com a contemplação.»

Mais tarde ou mais cedo, será inevitável constatar que a vida está mergulhada num grande vazio e que se vive sem um sentido, e, por isso, nasce uma inquietação. Mas em vez de se enfrentar isto e de se lhe tentar dar uma resposta, o que é que se faz? Arranjam-se fugas enganadoras para diante, para se iludir a vida e não se enfrentar a vida com a profundidade, a verdade e a seriedade que ela merece. Fugir da realidade e da verdade. Diz VPM: «os spas, as férias aqui, as férias acolá, todo o espetáculo, toda a sociedade de divertimento, há toda uma superocupação que é enganadora, porque vai, vai, vai até bater. E depois, há muito sofrimento que atinge os limites. A pessoa cansa-se rapidamente do trabalho, cansa-se das relações, cansa-se da família, porque precisa de mais qualquer coisa, mas, como parece que, muitas vezes, a vida não está interiorizada – está vivida na superfície, no imediatismo, na emoção – isso tem consequências

complicadas. Por um lado, andamos a fugir do sofrimento, mas vamos bater nele com toda a força e sem base para o enfrentar», percebendo que «o problema de fundo é exatamente viver com um sentido da vida, com perspetivas de realização profunda e não andar a fugir dos problemas, mas ser capaz de os enfrentar e de os superar.» É preciso enfrentar a vida de frente, buscar a verdade mais profunda da vida e tentar responder ao fundamental, sem fugir: quem sou? Porque existo? Quem me deu a vida? Por quê viver? Qual o sentido do que sou e faço? Para onde vou? Que sentido dar à vida? Podemos escapar-nos ou dar respostas fáceis, mas caímos num erro: «Pintamos as coisas bem pintadinhas, parece, mas depois há vazios muito angustiantes. Não é uma coisa tratável, é vazio interior, é falta de sentido, é a sensação de não ser amado.»

Viver sem sentido

Pe Vítor Pereira

BOTICASSecretária de Estado Adjunta e da Justiça

Helena Mesquita Ribeiro, Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, visitou, dia 13, as instalações do tribunal de Boticas, a qual permitiu auscultar as necessidades e anseios do atual executivo municipal relativamente à reabertura do tribunal botiquense.

Sendo Boticas um concelho com uma população maioritariamente idosa, o Presidente da Câmara

Municipal, Fernando Queiroga, afirmou que é importante e vital a reabertura do tribunal local.

“Os botiquenses merecem que lhes devolvam os serviços judiciais que lhe foram retirados. A maioria da população não tem condições para se deslocar a Chaves, ou mesmo Vila Real, para resolver problemas que eram resolvidos aqui”. “Temos todas as condições para que o tribunal de Boticas seja reaberto”, acrescentou o autarca.

Para além da visita às instalações do tribunal, Helena Mesquita Ribeiro, conheceu as instalações da Conservatória do Registo Civil de Boticas e reuniu com o executivo

municipal e com os advogados locais, nos Paços do Concelho.

A visita à vila botiquense terminou com uma breve passagem pelo Centro de Artes Nadir Afonso.

Presidente da Câmara na “Gala Portugueses de Valor 2016”

O Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, esteve presente, na “Gala Portugueses de Valor 2016”, uma iniciativa da Lusopress e da Rádio Alfa, de Paris, que este ano se realizou em Leiria e que, à semelhança das anteriores edições, procurou premiar e reconhecer o esforço e a dedicação dos portugueses residentes em França que, pese embora a distância que os separa da sua terra natal, tudo continuam a fazer para levar mais longe o nome de Portugal e da lusofonia, promovendo além-fronteiras os usos, costumes e tradições da nossa terra.

A iniciativa, que se realizou no Teatro José Lúcio da Silva, contou com “casa cheia” e com a presença de diferentes personalidades da sociedade e da política, ligadas à lusofonia, com quem o Presidente da Câmara teve oportunidade de trocar algumas impressões, casos do Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raúl Castro, do Embaixador de Portugal em Paris, José Moraes Cabral, do Cônsul geral de Portugal em Paris, António Moniz, e ainda dos deputados eleitos pelos círculos da Europa, Carlos Gonçalves e

Paulo Pisco.

Secretária de Estado debate necessidades na área da Educação

O Presidente da Câmara de Boticas, juntamente com o Presidente da Câmara de Chaves, o secretário-geral da CIM Alto Tâmega e vereadores dos Municípios de Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, reuniram em Lisboa com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, tendo como principal ponto de discussão assuntos relacionados com o a área da Educação e dos estabelecimentos de ensino nos Municípios do Alto Tâmega.

No caso concreto do Município de Boticas, o Presidente da Câmara procurou saber junto da tutela o ponto da situação relativamente às obras

a realizar no Centro Escolar de Boticas, nomeadamente as relacionadas com a remoção total e substituição das telhas de fibro-cimento que cobrem os acessos exteriores entre pavilhões, bem como intervenções a realizar nos próprios pavilhões, sobretudo ao nível da pintura, tendo obtido a garantia de que o processo está a cumprir os trâmites

normais e essas intervenções deverão ter brevemente início.

Outra questão abordada junto da Secretária de Estado diz respeito à transferência de competências para o Município de Boticas na área da Educação, estando tudo encaminhado para que a médio prazo as mesmas se venham a processar, o que deverá acontecer até 2018.

1.º Concurso de Flautas de Bisel

Foi entre muitos acordes e sonoridades que se realizou, no dia 3 de maio, no Auditório Municipal de Boticas, o 1.º Concurso de Flautas de Bisel do Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro.

A iniciativa contou com a participação de vários alunos do 2.º e 3.º ciclos do agrupamento escolar, que apresentaram em palco os seus dotes musicais e tudo aquilo que já aprenderam até ao momento, na disciplina de Educação Musical.

As qualidades musicais de cada um dos participantes foram avaliadas por um júri que posteriormente selecionou os três vencedores da primeira edição do concurso.

O terceiro lugar foi atribuído a Maria João Fernandes, aluna do 6º B, em segundo lugar ficou o aluno Ricardo Domingues, também da turma 6º B e a grande vencedora da 1.ª edição do Concurso de Flautas de Bisel foi a aluna do 6º C, Glória Barreto.

30 de Abril de 201612 BarrosoNoticias de

Reporto-me ao ano de 1950, ao dia em que alinhavo estas notas. Há que todavia não esquecer que aqueles quatro anos que se sucederam ao pesadelo do nazismo hitleriano, foram frenéticamente activos na reorganização e reconstrução física e politica da Europa devastada e esfriada sob o signo do medo.

A Rússia, transformada na monstruosa URSS a coberto das vantagens da guerra, aprisionara quase metade da Europa incluindo parte da Alemanha.

Ao plano Marshall responde com o COMECON.

Ao Pacto do Atlântico responde com o Pacto de Varsóvia.

À Constituição da Republica Federal da Alemanha, compreendendo as três zonas antes ocupadas pelos aliados, responde com a “Republica Democrática Alemã” e apossa-se igualmente dos outros países submetidos às “democracias populares”.

Surge então Robert Schuman, o extraordinário primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que com o seu Ministro da Economia, Jean Monnet, lança as bases da CECA - embrião da futura europa comunitária. Em 9 de Maio, Schumam, conscientemente, profetiza a fundação da União Europeia retomando a ideia de Churchill, de dois antes, no Congresso de Haia, dos “Estados Unidos da Europa”.

Com o balanço aí tomado, pouco depois, em Setembro,

foi criada a União Europeia de Pagamentos, no âmbito da OECE (actual OCDE) e, um mês depois, o Conselho da Europa (saído do congresso de Haia e com sede em Estrasburgo), assumia em Roma, a Convenção para a Salvaguarda dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, que actualmente vigora como Convenção Europeia dos Direitos do Homem (na sequência da Declaração Universal dos Direitos do Homem, produzida a 10-12-948 na Assembleia Geral da ONU).

Mas a ideia de uma Nação Europeia vinha de muito antes. Fora já expressa, em 24 de Outubro de 1924, pelo então primeiro ministro francês, Eduard Herriot, num célebre discurso sobre a segurança europeia em que, premonitóriamente, já fala também dos Estados Unidos da Europa. A partir daí a ideia foi sendo acarinhada pelos sucessivos dirigentes políticos mais influentes.

Em Maio de 1952, perante a crescente ameaça soviética, o Tratado de Paris cria a malograda Comunidade Europeia da Defesa, que não passou de mais uma prematura tentativa de concretizar esse desejo de união.

Mas é só em 9 de Maio de 1986 após três décadas de fulgurante sucesso politico economico do Clube de Roma, que a União Europeia se declara como tal, com pendão e fanfarra - bandeira das doze estrelinhas em fundo azul e a Ode à Alegria, da nona, de Beethoven.

A UE foi assim tomando corpo, como entidade politica, sob o sentimento da esperança a sobrepor-se ao medo e insegurança que a avassalara com as duas guerras mundiais e o terror comunista, durante a 1ª metade do Sec. XX.

A sua feliz reconstrução, sob esse halo de esperança, na ambiência politica da democracia cristã, decorria fundamentalmente das doutrinas sociais contidas nas encíclicas Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, e Quadragésimo Anno, de Pio IX. Eram democratas cristãos os dirigentes da Europa dos seis a começar pelo injustamente esquecido Robert Schuman que até já foi proposto para canonização. É tempo de se deixar essa cobarde inibição, induzida pelo esquerdismo comunista e pseudo-intelectual, de se falar na doutrina social da igreja...

Esse “milagre, económico” da reconstrução nessas primeiras três décadas, da Europa dos seis, afinal dos nove, foi na verdade um milagre do espírito da solidariedade e de justiça social que decorria da mensagem cristã actualizadamente sistematizada por aqueles dois Papas.

Concretizada pela acção de políticos de excepcional craveira intelectual e moral dos 6 países fundadores (Itália, Alemanha, França e dos 3 associados no Benelux) todos lideres de partidos democrata cristãos, a UE afirmou-se como entidade moral e potência económica socialmente solidária, aliciante para os vizinhos europeus e invejável para todo o

mundo civilizado e que cresceu dos 6 iniciais para os 28 actuais.

Durante cinco séculos de humanismo cristão, a Europa, com Portugal à frente levando como bandeira a Cruz Redentora, extravasou para o mundo.

No vasto Extremo Oriente amenizou e humanizou muitas das cruentas regras de vida que aí imperavam. No sul da Ásia insular e orla do Pacifico criou, do nada, portentosas novas nações, e reprimiu o banditismo naval. No Novo Mundo das Américas criou o progresso económico e civilizou novas sociedades politicas em novos fabulosos países. Por toda a África negra integrou e instruiu populações indígenas, construiu igrejas e estruturas de desenvolvimento económico e promoção social.

De repente, mercê de motivações negativistas que insidiosamente nela germinaram, a velha Europa greco-romana e cristã, menospreza todos os valores transcendentes, demite-se e encolhe-se. A Europa, evangelizadora e civilizadora deixou-se submergir pelo hedonismo ateu e materialista e pelas trágicas utopias colectivistas, comunizantes e desumanizantes e como que vendeu a alma ao diabo... Abandonou a África, escorraçada, acobardada e humilhada e de rabo entre as pernas... (cínica afirmação de um responsável politico).

Em poucos anos, as suas igrejas e missões onde se exercia a educação do amor, do respeito

humano e da solidariedade social, foram substituídas por madrassas e minaretes donde se apregoam o ódio e a “jihad” e outras doutrinas que esvurmam na selvajaria sem tino do islamismo assassino e suicida.

E sente-se inerme perante as enxurradas humanas que nela se querem acolher. São agora essas multidões ululantes que festejaram a substituição da presença europeia pelos poderes brutais de mafoma, que lhe imploram protecção e sustento. As mesmas populações desses novos países africanos e do próximo oriente que tiveram, com a presença dos europeus a melhor vida possível e depois os escorraçaram do seu território, fogem agora apavoradas pelas inumanas seitas que substituíram aqueles. A selva feroz voltou a cobrir os territórios “ominosamente colonizados”. Porque entretanto a Europa deixou-se imbecilizar na sua própria casa, desprezou e perdeu a alma romântica que a caracterizava.

Agora, com as suas portas assediadas pelos milhões de desgraçados dos quais fugiu, a Europa, materializada e infiel às suas crenças fundamentais, parece já não ter a caridade cristã para os socorrer.

Tenhamos esperança que recupere as antigas virtudes teologais, para seu bem. E para bem do mundo que ainda nela acredita e nela espera ajuda.

M. Verdelho

Currente Calamo

9 de Maio - Da União Europeia

EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO

Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada em dezassete de Maio de dois mil e dezasseis, no Cartório Notarial sito na Praça do Brasil, Edifício Praça do Brasil, Loja 17, cidade de Chaves, a cargo da Notária Maria Cristina dos Reis Santos, exarada a folhas 75, do respectivo Livro 271-A, RUI MANUEL MIRANDA DA FONTE, N.I.F 206 850603, solteiro, maior, natural da freguesia de Santa Maria Maior, concelho de Chaves, onde reside na Rua Sá Reis, nº14.

DECLAROU: Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, do prédio rústico, situado em Paradela, freguesia de Morgade, concelho de Montalegre, composto de lameiro e mata mista, com a área de dezoito mil e trezentos metros quadrados, a confrontar do norte com EDP, do sul com a estrada, do nascente com herdeiros de Bento Alves e do poente com Arminda Miranda Loureiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, inscrito na respectiva matriz predial, em nome do anterior possuidor João Justo de Miranda, sob o artigo 615.

Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do referido prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e noventa e cinco, ano em que o adquiriu por doação meramente verbal que lhe foi feita por seus avós, João Justo de Miranda e mulher, Prazeres Justo Miranda, ele residente que foi, ela residente na dita freguesia de Morgade.

Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de outrém, sempre tem usado e fruído o identificado prédio, fazendo melhoramentos e benfeitorias diversas, ocupando-o com pertences seus e efectuando a sua limpeza, cortando o mato, fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o mencionado prédio por USUCAPIÃO, que, expressamente, invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme certidão do respectivo original. Chaves, 17 de Maio de 2016. A Colaboradora (reg. nº 95/03 de 31/12/2012), Emília Ribeiro.

30 de Abril de 2016 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Magia Céltica à solta na Festa Castreja de Boticas

*Recriações históricas, concertos, oficinas e animação de rua levam ao concelho uma cultura milenar, envolta em mistério e bravura

Boticas vai celebrar, no fim-de-semana de 28 e 29 de Maio, a cultura castreja, num evento em que a temática Céltica vai estar em destaque. A Céltica será um momento único para conhecer uma sociedade milenar, repleta de mistérios, mas com um espírito guerreiro que alimentou lendas e factos históricos. Entre recriações históricas, animação de rua, gastronomia, oficinas de artes ancestrais e música, a Céltica – Festa Castreja proporciona um atrativo cartaz de atividades para viver um inesquecível fim-de-semana em família ou com amigos.

Um dos pontos fortes da Céltica é a participação da comunidade local como figurantes nas recriações históricas, a primeira das quais, a Batalha dos Guerreiros, que decorre às 16h00 do dia 28. A ideia é recriar a vivência quotidiana com personagens características de uma época, vestidas a rigor, num espectáculo que pode conter acções de arqueologia experimental,

designadamente como se faria o fogo, uma determinada peça de vestuário ou até mesmo a guerra. Tudo com a participação da população de Boticas, lado a lado com os recriadores.

Antes, e desde as primeiras horas da manhã, a animação de rua tomará conta de Carvalhelhos, com “O Viajante no Tempo”, o “Almoço Gastronómico” ou as múltiplas oficinas. A do Ferreiro, por exemplo, vai explicar e demonstrar a arte de trabalhar o ferro na forja para o fabrico de variados objectos agrícolas, militares e do quotidiano. “À Volta do Barro” é uma oportunidade única para se perceber o ciclo criativo das peças produzidas em barro, desde a recolha da matéria-prima até à sua comercialização. Os participantes poderão participar no processo e produzir uma peça numa roda de oleiro manual.

O Jantar Gastronómico e as demonstrações sobre a arte de trabalhar o ferro são os outros grandes destaques do primeiro dia, que termina com uma performance com fogo e o concerto dos “Strella do Dia”, considerados um dos grupos musicais de referência a nível internacional e conhecidos por utilizarem instrumentos de

antanho, como a gaita-de-foles, a tarota, a gralla, o corno, o timbalão ou os crótalos.

No domingo, dia 29, prosseguem as recriações históricas, com os Jogos de Guerra, complementadas com muita animação de rua e diversas oficinas. Desde logo os Instrumentos Musicais Singelos, que tem como objectivo divulgar o património imaterial relacionado com a confecção

de instrumentos musicais que faziam parte de um quotidiano intimamente ligado à natureza.

Desta forma, os participantes poderão aprender a produzir gaitas de palha ou assobios feitos com paus, ervas, bugalhos ou sementes. O “Cesteiro” é outra das oficinas propostas que promete grande adesão e tem como objetivo dar a conhecer as técnicas de entrelaçamento do vime e os instrumentos que são utilizados neste ofício.

A Festa Castreja Céltica que decorre em Carvalhelhos,

será, assim, um momento de comunhão com a comunidade local, com um programa

diversificado e uma forte ligação à natureza, exaltando ainda a bravura e o culto dos guerreiros. Aliás, o conceito que inspira o logotipo do evento insere-se nessa lógica, com a representação de uma estátua que seria colocada em locais estratégicos para as comunidades e que representaria chefes ou heróis divinizados. Seria um símbolo de poder, garante da ordem e identidade do grupo. A estátua do guerreiro proveniente do Castro do Lesenho (Séc.I d.C.) é uma das mais bonitas e completas encontradas em território nacional, estando atualmente no Museu Nacional de Arqueologia.

Entre 28 a 29 de Maio, Boticas proporciona a experiência única de conviver com guerreiros, sacerdotes, artesãos, músicos, entre tantas outras personagens. O misticismo da cultura celta, a gastronomia local, as recriações históricas, os mercados com produtos de excelência, produzidos nas serras do Barroso, as oficinas temáticas e acima de tudo as tradições milenares podem ser sentidas e vividas num espaço indescritível, em contacto com a natureza.

Ver Programa na última página

Parece um dia providencial, 13 de Maio.

Começamos por Montalegre, duas festas antagônicas: uma religiosa a comemorar a aparição de Nossa Senhora de Fátima em Portugal. A luz da Mãe Maior cobriu o solo português. Abriu-se um portal entre o céu e a Terra. Não estamos sós, a Grande Mãe zela por nós, ouve as nossas preces, cura corpo, mente e alma dos filhos de Portugal, e se precisarem partir, vem, junto socorrendo a todos em suas necessidades.

Mais que isso, Fátima é um altar onde o mundo inteiro se vai ajoelhar. Ali se respira o amor da Mãe

Maria, por todos os seus filhos em peregrinação neste

mundo de Deus.Outra festa, esta mais

local: a tradição dos povos que ali se instalaram em outras épocas, velhas crenças e mitos povoavam a mente dos nossos ancestrais: bruxas, feitiços, maus olhados, invejas capazes de gerar sofrimentos. Tudo isto e muito mais fazia parte do imaginário de um povo que se valia de rituais exóticos para expulsar todo o mal.

Hoje, tudo virou festa: o Padre Fontes foi sábio bastante para fazer destes rituais um canal a atrair gente de Portugal inteiro, da vizinha Espanha e sei lá de onde mais. A Montalegre só resta desejar que seja realmente um dia de festa maior. Uma festa religiosa que

termina com o exorcismo de todos os espíritos do mal.

Também dia 13 de Maio vai ficar para os anais da história do Brasil como um dia em que esta nação pôs fim a um partido que tanto mal causou a esta nação.

O povo não é ingênuo, sempre soube que por debaixo do pano muito dinheiro destinado a dar conta das necessidades mais prementes

de uma nação, era desviado para abastecer a corrupção que sempre reinou no Brasil.

Já era uma questão de votar em quem iria roubar menos. Ora o Partido dos Trabalhadores, que chegou como salvador da pátria, foi mostrando a sua cara. Nunca

outro partido roubou tanto, nunca na história do Brasil houve desvios de tal monta, coisa de deixar os velhos ladrões de boca aberta. Coisa de quadrilha, que não veio para ajudar o país coisa nenhuma, veio para se apoderar do poder, e tudo fazer, sem escrúpulos, sem medidas; o importante era se manter no poder a qualquer custo.

Acho que Nossa Senhora

Aparecida, a padroeira deste povo, também escolheu o 13 de Maio para pôr um fim definitivo neste mar de lama em que o Brasil mergulhou.

Dia 13 de maio já estaremos sob a égide de outro governo. Ficou a lição: o que vier, não vamos ser de novo

ingênuos a ponto de acreditar que a corrupção acabou, mas haverá muito mais gente atenta a estes desvios do dinheiro público.

Michel Temer será a partir do dia 12 de maio após as 15 horas, quando fará seu discurso de posse, o presidente interino em exercício; o novo Chefe do Governo do Estado com plenos poderes.

No mesmo discurso Michel Temer dará posse aos novos ministros que o irão assessorar neste momento de transição.

Ao dia 13 de Maio será acrescentada mais uma

data a ser comemorada no Brasil, o dia em que a

nação brasileira deixou cair o pano que não deixava este povo ver a realidade.

Vamos, com o Papa Francisco, pedir ao Grande Arquiteto do Universo que derrame sobre os peregrinos brasileiros abundantes dons do Espírito Santo, que por intercessão de Nossa Senhora Aparecida todas as dificuldades que este país enfrenta sejam amparadas pela Luz Pentecostal, que há de guiar este povo por uma estrada de harmonia, paz e diálogo.

13 de Maio

30 de Abril de 201614 BarrosoNoticias de

Montalegre é, em extensão territorial, um dos maiores concelhos do norte de Portugal e, para além da sua riqueza paisagística, conta ainda com uma história riquíssima aliada a uma cultura invulgar que faz inveja a qualquer município do país.

O caso do concelho se situar ao longo da fronteira norte numa extensão de 70 kms e ainda por cima não possuir as melhores acessibilidades faz com que muitas das suas aldeias sejam pouco ou nada conhecidas por parte duma elevada percentagem dos barrosões. E é pena porque existem no concelho verdadeiros santuários que justificavam ser mais conhecidos.

E como? por exemplo, incentivar os alunos das Escolas e as excursões das freguesias e paróquias a visitar esses tais santuários a troco de incentivos a estudar. Seria uma boa forma de implementar

uma política que levaria as pessoas a conhecer melhor o nosso concelho. Sem dúvida que daí resultaria um maior conhecimento e autoestima por tudo o que é nosso. E seria ouro sobre azul porque só se ama aquilo que se conhece.

Pincães é uma das 14 aldeias que constituem a grande

freguesia de Cabril, situada num vale rico de florestas e pastos, e é das mais ricas e interessantes aldeias do país barrosão. Além das culturas tradicionais

de Barroso, ali abundam o medronho e a oliveira, tal como noutras aldeias da freguesia.

Pincães foi terra de gente nobre e ainda hoje possui casas de antigos lavradores que são verdadeiras relíquias do passado, tais como a Casa do Costa, a Casa dos Casais, e outras.

Além destas referidas casas, Pincães é a terra da PEDRA DO SINAL, duma cascata com água a cair na vertical numa pequena lagoa, terra de

paisagens deslumbrantes, de medronheiros, de sobreiros, de carvalhosetc. etc. etc..

A força do povo unido de Pincães

Nesta aldeia existe uma colectividade designada por Associação Dinamizadora dos Interesses dos Compartes de Pincães que tem à sua frente pessoas fortes de carácter e perseverantes nas suas resoluções. Há três anos atrás, decidiu construir uma sede para a referida Associação. Bateu à porta da Câmara a solicitar ajuda mas sempre foi recebida com pouca simpatia e a resposta foi a pior possível: que não havia verbas para comparticipar a obra nem sequer lugar onde a construir.

A Associação, perante tal posição, porque ali há homens de antes quebrar que torcer, juntou esforços, encomendou o projecto ao arq.º Helder

Martins, de Vila Nova, contornou habilmente a posse do terreno e deram em fazer contas. E assim, construção, acabamentos, equipamentos e mobiliário, tudo foi contratado e pago pelo Conselho Directivo.

E, como diz o poeta, “o homem sonha e a obra nasce”, e ela está lá que quase parece uma Câmara Municipal. Situa-se na Rua Rua do Cruzeiro e tem um largo espaço exterior onde têm lugar os encontros e as crianças podem divertir-se à vontade. Lá dentro, uma sala de reuniões devidamente equipada com televisão, onde também se fazem festas de aniversário, do carnaval, a Festa da passagem d’ano e por aí fora.

O investimento andou pelos 150.000 euros e o povo de Pincães pode orgulhar-se de possuir uma das melhores casas do povo de todo o concelho e sem qualquer tipo de ajuda nem da Junta de Freguesia nem da Câmara Municipal.

PINCÃES

Aldeia da Freguesia de Cabril com gente de garra

Associação Dinamizadora dos Interesses dos Compartes de Pincães

Conselho Directivo:

Tiago Pereira Gonçalves – presidentePaulino Costa – secretárioRaul da Costa Carvalho – tesoureiro

Fernando Guimarães - presidente da assembleia geral

30 de Abril de 2016 15BarrosoNoticias de

FUTEBOL

Campeonato Distrital da A.F. de Vila Real

20.ª Jornada, (Jogo em atraso) no Campo Dr Diogo Vaz Pereira, Montalegre, Dia 01.05.2016

MONTALEGRE 1 Abambres 2

Como alinhou o Montalegre:Ricardo; Marcos, Chico, Zé

Luís e Zack; Zé Victor, Gabi e Tiago Santos (Tiago Gomes 62), Clayton (Denny 78), Igor (Vargas 65) e Badará.

Treinador: Zé Manuel ViageGolo: Zack

A turma vilarealense acabou por ganhar com um golo do outro mundo de André Viamonte.

O jogo começou com um Montalegre, já campeões, a denotar algumas dificuldades com seis baixas importantes, umas por lesão outras por castigo. Aos 32 minutos, os barrosões marcam num remate forte e colocado de Zack que foi melhor do Montalegre. Ao intervalo os campeões distritais venciam pela margem mínima…

Na etapa complementar, assistiu-se a uma boa reacção dos pupilos de Jorge Almeida que, depois de boa jogada de envolvimento Palavras conclui, a dar sequência a um bom cruzamento na esquerda… Doze minutos depois André Viamonte completa a reviravolta no marcador com um chapéu de mais de 35 metros e a aproveitar a saída de Ricardo da baliza Montalegrense, por certo um dos melhores golos da prova.

A perder, a jogar com menos um (Badará expulso) e sem a

habitual referência no ataque, a vida ficava muito complicada para o Montalegre que tentou por Vargas e Denny chegar ao empate mas sem sorte.

Depois de terem perdido com o Régua, os montalegrenses perdem pela segunda vez neste campeonato.

29.ª Jornada, Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Montalegre, Dia 15.05.2016

MONTALEGRE 4 Ribeira de Pena 0

Como alinhou o Montalegre:Vieira; Marcos (Denny 75),

Roberto, Asprilla e Zack; Tiago Santos, Zé Luís e Chico (Marco 71), Clayton, Gabi (Igor 65) e Vargas.

Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Clayton, Tiago Santos,

Vargas e Gabi.

Vitória sem contestação do Montalegre que dominou todo o jogo e acabou por golear.

Entrou muito forte na contenda a equipa barrosã, tal como é apanágio da equipa treinada por Zé Manuel Viage e logo aos 3 minutos os já campeões fazem o primeiro golo, o cruzamento de Tiago Santos é perfeito para Clayton abrir o marcador… e Tiago Santos faz o 2-0 depois de mais uma jogada bem delineada. Ao intervalo 2-0.

No arranque da etapa complementar, a turma barrosã faz mesmo o terceiro da tarde, grande assistência de Asprilla para Vargas fazer o gosto ao pé... E, finalmente, de grande penalidade Gabi engorda o resultado, ainda mais, e os barrosões chegam ao 4-0. Foi uma grande penalidade muito

contestada pelo banco do Ribeira de Pena. As mexidas na equipa ribeirense não acrescentaram muito mais ao jogo e o Montalegre vencia com toda a justiça.

29.ª Jornada, no Campo de Futebol das Baraças, em Cerva, Dia 15.05.2016

CERVA 1 VILAR DE PERDIZES 1

Como alinhou o Vilar de Perdizes:

Diogo; Tunes, Márcio (Vasques 82), Abrei e Mikhel Martins; Nacho, João Teixeira (Edu Paiva 63), Miguel Pintado; Mika, Bruno Madeira (Jorge 73) e Jonas. Treinador: Calina

Golo: Jonas

O Vilar de Perdizes fez a melhor classificação da sua história, um segundo lugar que lhe consagra o título de vice-campeão conseguido com muito mérito.

A primeira parte proporcionou os melhores momentos do encontro por duas das melhores equipas do campeonato. Jogo muito vivo, vibrante e com as duas formações viradas para o ataque. A bola chegava muito rápido a uma e outra baliza e o Cerva metia bolas em profundidade nas costas da defesa do Vilar, situação que deixava o Vilar pouco confortável no jogo. E assim, o Cerva abriu o marcador num lance rápido concluído por Marcelo que rematou forte. A reacção do Vilar de Perdizes foi imediata e Bruno Madeira obriga Francês a defesa apertada. Era o prenúncio do que viria a seguir, o golo de Jonas com um remate certeiro de pé direito. Mas o jogo estava alucinante e disputado com um ritmo que até

cansava só de ver…A etapa complementar não

foi tão bem jogada, o calor fez-se sentir e os jogadores acabaram por acusar o esforço dispendido nos primeiros 45 minutos. Porém a etapa complementar continuou bastante equilibrada. Resultado justo e o Vilar de Perdizes é vice – campeão.

O GD SALTO perdeu em casa com o Murça e foi relegado para o último lugar da tabela. No entanto, tem um jogo a menos e, no próximo Domingo desloca-se a Vilar de Perdizes, jogo que se reveste de certo interesse por se tratar de derby barrosão.

JORNADA 29

Santa Marta 1-2 AteiGDC Salto 1-2 MurçaVidago 1-0 Mesão FrioRégua 4-1 FontelasMontalegre 4-0 Ribeira PenaGD Cerva 1-1 Vilar PerdizesAbambres 2-1 GD Valpaços

Nuno Carvalho c/redacção

II “Pisões Carp Classic” A Associação Portuguesa

de Carp Fishing, em conjunto com a Câmara Municipal de Montalegre, organiza de 9 a 12 de Junho a segunda edição da prova internacional de Carp Fishing, denominada “Pisões Carp Classic”.

Estamos perante uma das maiores competições da modalidade a nível mundial, sendo esperadas este ano entre 30 a 35 equipas participantes.

Bases gerais do regulamento:

– Peso mínimo pontuável: 3,500kg

– Proibido o uso de todo o tipo de barcos.

– Opção de a equipa inscrever um terceiro elemento, mas o pesqueiro continua limitado a um

máximo de 4 canas em ação de pesca.

– As inscrições são limitadas e só são válidas após recebermos os boillies das mesmas.

Boillies:Sócios da APCF – 40€Não-sócios – 50€Terceiro elemento sócio da

APCF – 20€Terceiro elemento não-sócio

– 25€INSCRIÇÕES - <https://

docs.google.com/forms/d/1kVM1U22cmwyh-LEuoisXysvh2QvyUcsSafSiplNajbg/viewform>

Fonte: cm-montalegre.pt

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

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DESPORTO

MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]