beleza dura
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Beleza dura
Os ideais de beleza mudam com o a passagem do tempo. Hoje, o incessante desejo pelo corpo ideal – fruto da maciça influencia midiática -‐ contrapõe-‐se radicalmente à beleza que outrora os gregos buscaram. Acidentes e complicações decorrentes de procedimentos estéticos protagonizam os noticiários do século XXI e fazem com que o seguinte questionamento seja feito: até qual ponto as pessoas devem chegar na busca pelo “corpo perfeito”? Para o filósofo grego Platão, o corpo não passa de uma morada do espírito. Para ele, o espírito provém de um mundo superior, o “mundo das ideias”, e o corpo, por ser imperfeito, leva o espírito a pecar. Assim, o expoente da filosofia grega, legou em suas obras o culto ao intelecto, e não ao corpo. Entretanto, na atualidade, devido à influencia dos meios de comunicação, a sociedade do século XXI cultua a forma, e não o conteúdo. Fatalidades, como o caso da modelo Andressa Urach -‐ que teve graves complicações após a aplicação de hidrogel -‐ deixam evidente que as pessoas sujeitam-‐se cada vez mais a qualquer risco para possuir o padrão corporal propagado pela mídia. Além disso, procedimentos cirúrgicos estéticos – necessários ou não – cresceram 141% entres os jovens, num período de 4 anos, refletindo a necessidade de aceitação que os jovens sentem ao destoarem das convenções sociais. Logo, quem deseja melhorar o corpo deveria recorrer a medidas saudáveis, como a prática regular e moderada de exercícios aliada a uma alimentação saudável, deixando de lado as intervenções cirúrgicas e ditames da sociedade. Além disso, a prática regular de leitura e escrita auxilia no desenvolvimento do intelecto e da cognição, fazendo com que o ideal de “Corpo são, e mente sã” proposto pelo poeta grego Juvenal, e reiterado pela metafísica plantonista seja atingido. Desse modo, será possível que se obtenha “o corpo ideal”, mesmo que ele não esteja estampado nas revistas.