binder1 - run: página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato...

8
(. ';, da Terra 'j I; Lisboa pp. ." 2000 ) 3 Figs. Significado regional dos depósitos neogénicos continentais da área de Vila de Rei (Portugal Centra l) Basinal significance of the continen tal neogen e depositsfrom Vila de Rei region (Central Portugal} António P. Barra'!', Bernardo P. Barbosa''-", António A. Marttns'" & Rui Pena dos Reis (I ,4) I • Instituto Geo jégicc e Mineiro,Aparta do 7586, 2720 Alfragidc- Portugal; [email protected];[email protected]( 2. Instituto de Engenharia do Porto 3 - Departamento de Geocíêncías da Universidade de Évora; 7000 Évora; [email protected] 4 - Departamento de:Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Largo Marquês de Pombal, 300 1-40 1 Coimbra; [email protected] RES UMO Pa lavras-e have: conglomerados; descontinuidades regionais; explorações de ouro ; equ ivalências litostratigráficas; Bacia Terciária do Baixo Tejo. Na área de Vila de Rei (portugal Central) os depósitos continentais da Bacia Terciária do Baixo Tejo contactam cem as primeiras elevações da Cordilheira Central Portuguesa. Registam-se três unidades separadas por descontinuidades regionais, da base para o tecto: Conglomerados de Rio de Mo inhos (RM); Conglomerados de Serra de Almeirim (SA) e Conglomerados de Vila de Rei (VR). As duas primeiras unidades (RM e SA) deram lugar a explorações de ouro em largas cortas mineiras a céu aberto, provavelmente do tempo dos Romanos. Oconracrc destas un idades, quer com o soco pa leozó ico q uer com a unidade Grés de Monsanto do Paleogénico, é descontinuo, defini ndo em ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomerados selam o enchimento do bordo norte da Bacia Terciária do Baixo Tejo e ne nhuma delas forneceu até agora qualquer referência cronc stratigr áfica. Tendo cm conta o significado atribuído ás descontinuidades regionais, ao levantamento da Cordilheira Central Portuguesa e ao facto de estas unidades continentais não terem ainda fornecido quaisquer fósseis com sign ificado cronostratigrá fico, elas têm sido posicionadas desde o Miocénico superior até ao início do Quaternário. Finalmcnte, é apresentada uma comparação, baseada em equivalências litostratigráfieas de unidades da BTBT com as unidades neogénicas ocorrentes no NW Peninsu lar, nas bacias do Bícrzo e do D uema, onde também existem antigas explorações de ouro, traba lhadas pelos Ro manos, comprovadamente. ABSTRACT Key-w ords : conglomeratcs; basinal uneonformities; go ld exploitations; lithosrratigraphic equivalcnce; Lower Tagus Tcrt iary Basin. ln lhe Vila de Rei arca (Central Portugal) lhe continental dcposits ofthe Lower Tagus Tertiary Basi n lay upcn the ped iment of lhe Portuguese Central Chain. Three conglomerate units are recorded from lhe base upwards, separated by regional or basina l unconformities: Conglomerados dc Rio de Moinhos (RM); Conglomerados de Serra de Almeirim (SA) and Conglomerados de Vila de Rei (VR). The first two units (RM and SAl have beco sites of gold exploitarion in huge ope n pit mines probably during Roma n colonisation times. The contact ofthis un its, on lhe Paleozoic basement or on lhe Paleogene uni r Grés de Monsanto, is unconfbrm, defio ing in both limits a large nondeposition al andlor erosional hiatus. Those conglomerares seal lhe scdimenlation of the Lower Tagus Terti ary Basin along its nort hem bordel. Taking into account lhe significance assig ned to their basinal unconformity limits, lhe uplift ofthe Portuguese Central Chain, and the fact oft his conti- nental un its yieldcd no foss ils with chronostratigraphic significance, they have beco consid ered rang ing from Upper Miccene to lhe beginning of the Qualemary. Finally, a lithostraligraphic equivalence with lhe Neogenic units ofthe Bierzo and Duema basins (NW o fthe lberian Península), where exploitations from Roman limes are also evident, is prcsented. 163

Upload: phungkiet

Post on 28-Jan-2019

227 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

(. '; , " mnCi~ da Terra (UNL),~ '."'j

I; Lisboa €'\~ pp. 1~3· 170 ."2000 )3 Figs.

Significado regional dos depósitos neogénicos continentais da áreade Vila de Rei (Portugal Central)

Basinal significance of the continen tal neogene depositsfrom Vila de Rei region(Central Portugal}

António P. Barra'!', Bern ardo P. Barbosa'' -", António A. Marttns'" & Rui Pena dos Reis(I,4)

I • Instituto Geo jégicc e Mineiro,Apartado 7586, 2720 Alfragidc - Portugal; [email protected];[email protected](2. Instituto de Engenharia do Porto

3 - Departamento de Geocíêncías da Universidade de Évora; 7000 Évora; aam @uevora.pt4 - Departamento de:Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Largo Marquês de Pombal , 300 1-40 1 Coimbra; [email protected]

RES UMO

Pala vr as-e have: conglomerados; descontinuidades regionais; explorações de ouro; equ ivalências litostratigráficas; Bacia Terciáriado Baixo Tejo.

Na área de Vila de Rei (portugal Central) os depósitos continentais da Bacia Terciária do Baixo Tejo contactam cem as primeiraselevações da Co rdilhei ra Central Portuguesa. Registam-se três unidades separadas por descontinuidades regionais, da base para otecto: Conglomerados de Rio de Mo inhos (RM); Conglomerados de Serra de Almeirim (SA) e Conglomerados de Vila de Rei (VR).As duas primeiras unidades (RM e SA) deram lugar a explorações de ouro em largas cortas mineiras a céu aberto, provavelmente dotempo dos Romanos. Oconracrc destas un idades, quer com o soco pa leozó ico quer com a unidade Grés de Monsanto do Paleogénico,é d esco ntinuo, definindo em ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo. Aqueles conglomerados selam o enchimentodo bordo norte da Bac ia Terciária do Baixo Tejo e nenhuma delas forneceu até agora qualquer refe rência cronc stratigr áfica.

Tendo cm conta o significado atribuído ás descontinuidades regionais , ao levantamento da Cordilhe ira Central Portuguesa e aofacto de estas unidades continentais não terem ainda fornecido quaisquer fóssei s com sign ificado cronostratigrá fico, elas têm sidoposicionadas desde o Miocénico superior até ao início do Quaternário. Finalmcnte, é aprese ntada uma com paração, base ada emequivalências litostratigráfieas de unidades da BTB T com as unidades neogénicas ocorrentes no NW Peninsular, nas bacias doBícrzo e do Duema, onde também exis tem antigas explorações de ouro, traba lhadas pe los Ro manos , comprovadamente.

ABSTRACT

Key-w ords : conglomeratcs; bas inal uneonformities; go ld exploitations; lithosrratigraphic equivalcnce; Lower Tagus Tcrt iary Bas in.

ln lhe Vila de Rei arca (Central Portugal) lhe continental dcpos its ofthe Lower Tagus Tertiary Basi n lay upcn the ped iment oflhe Portuguese Cen tral Chain. Three conglomerate uni ts are recorded from lhe base upwards, separate d by regional or basina lun conformities: Conglomerados dc Rio de Moinhos (RM); Co nglomerados de Serra de Almeirim (SA) and Co nglomerados de Vilade Rei (VR). The first two units (RM and SAl have beco sites ofgold exploitarion in huge ope n pit mines probab ly during Romancolonisation times. The contact ofthis un its, on lhe Paleozoic base ment or on lhe Paleogene uni r Gré s de Monsanto , is unconfbrm,defio ing in both limits a large nondeposition al andlor erosional hiatus.

Those conglomerares seal lhe scdimenlat ion ofthe Lower Tagus Terti ary Basin along its northem bordel. Taking into accountlhe significance assig ned to their basinal unco nfo rmity limits, lhe uplift ofthe Portuguese Ce ntral Chain, and the fact ofthis conti­nen tal un its y ieldcd no foss ils with chronostratigraphic significance, they have beco consid ered rang ing from Upper Miccene to lhebeginning ofthe Qualemary. Fina lly, a lithostraligraphic equivalence wit h lhe Neogenic units ofthe Bierzo and Duema basins (NWofthe lberian Península), where exploitations from Roman limes are also evident, is prcsented.

163

Page 2: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

10Congresso sobre o Cenczóico de Portu gal

INT ROD UÇÃO

Na área de Vila de Rei, no bord o norte da BaciaTerciária do Baixo Tejo (B TB T) , os depósitos quecompletam a fase de sedimentog éncsc terciária são denatureza continental e silieiclástiea . Uma parte dessesdepósitos assenta, disc ordante mente, so bre o socoPaleozóico da Zona Centro-Ibérica (Z.c.I. ) e, outra,sucede , por descontinuidade regional, a sedime ntosconsiderados, até ao presente, do Paleogénico, designadospor Grés de Monsanto, Gr Ms (Barbosa, 1995).

Naque la área, Reis et aí , (1992), Barbosa & Reis (1994)c Barbosa ( lQQ:'í) consid eram, para as. últimas. etapas riasedimentogénese na Bacia Terciária do Baixo Tejo, a partirdo Miocénico final, até ao início do Quaternár io, aexistência de três unidades siliciclásticas: os Arenitos deOurém (Ar Ou), os Conglo merados de Serra de Almeirim(Cgl SA) e os Conglomerados de Vila de Rei (CgI VR).Os Ar Ou apresentam paleodrenagem e distri buiçãopaleogeográfica orientada para W - WNW; foramintegrados na Bacia Terciária do Mondego, cons ideradosequivalentes dos Grés e Argilas de Pombal-Redinha(Soares & Reis, 1980; Cunha, 1992, 1996) e, deste modo,posicionados no Miocénico superior (id . bd. , 1995).Porém, não lhes era apontado qualquer equivalenteIitostratigráfico no bordo norte da Bacia do Baixo Tejo.

Mart ins et ai. (1998) dão conhecimento da existênciade uma nova unidade essencialmente conglomerática, osConglomerados de Rio de Moinhos (CgllUvt). Subjacentesaos Cgl SA e de composição petrográfica e associaçõesde fácies semelhantes a estes, mostram paleocorrentes ederiva de MPS para W - WNW. Desta forma, considerou­-se localizada, com representação cartográfica, no bordonorte da Bacia do Baixo Tejo, a sequência deposicionalequiva lente aos Ar Ou (id. bd. , 1998).

Esboça -se a distrib uição palcoambienta l epalcogeográfica daquelas unidades, na área de Vila de Rei,sua articulação estratigráfica com as unidades distais quecompletam o enchimento terciário, da BTST e estabelece­-se equiva lência Iitostratigráfica com o Terciário das baciasdo Bierzo e do Duerna, no NW penins ular.

Embora aquelas unidades não evidenciem quaisquerelementos com valor cronostratigrá fico, considera-se queas três últimas unidades conglomerát icas da BTBT (CglRM, CgI SA e CgI VR) poderão contemplar o período detempo que vai desde o Miocénico final até ao Pliocénicofinal ou inicio do Quaternário (Vilafranquiano superior).

SITUAÇÃO GEO LÓGICA E GEOl\'10RFOLÓGICA

A área de Vila de Rei (Portuga l Central ) situa-se nolimite sul da Zona Cen tro-Ibérica co m a Zona OssaMorena. Nela se localiza o limite norte da Bacia Terciáriado Baixo Tejo , j un to das primeiras elevações daCordilheira Central. Os depósitos terciários fossilizam wnasupcrficie de erosão (superfíciefundamenta!), talhada emmetassedimentos paleozóicos, da qual se salien tam osinselberge quartziticos de Envendos-Amêndoa (com 400a 500 m de altitude). Estes dispõem-se em alinhamentos

164

con tínuos de relevos alongados constituíndo cris tasquartzíticas, cujas rampas de sopé (pediments ) se ligamcom os depósitos que selam o enc himento da BaciaTerciária do Baixo Tejo. O tecto deste enchimento constituium planalto (entre os 200 c os 300 m) conhecido porsuperfície culminante da bacia.

SEDIMENTOLOGIA E ESTRATIG RAFIA

Com °detalhe da cartografia geológica que vem sendorealizada para a folha de Tomar é apresentada uma propostaestrat igráfica para os dep ósitos ncog énicos continentaisda área de Vila de Rei. Sobre o soco metas sedimentarpaleozóico, assentam, em discordânc ia angular, os Grésde Monsanto (Gr Ms), que podem atingir espessurasmá ximas de 40 ±2 0 m. Afl ora m, sem continuidadecartográfica, de forma bas tante irregular, suge r indosituarem-se cm áreas teetonicamente abatidas controladaspor um sistema de fracruração, sendo normalmente visíveistanto no fundo dos vales como afeiçoados às suas vertentes(Zbyszewski & Gonça lves, 1980-81; Zbyszewski et al .,1981).

CONGLOMERADOS DE RIO DE M OINHOS

Ascdimentação neogénica da área de Vila de Rei inicia­-s e co m a depo si ção de duas macrossequênciasconglomeráticas , mu ito se mel hantes em term os decomposição e ro lamento dos elementos si liciclásticosdefinindo, no tota l, uma espess ura de 70± 10m.

A primeira sequê ncia, com espessura máxima de 30m,assenta por descon tinuidade regional sobre os Grés deMonsanto, ou em disco rdância ang ular sobre o soc opa leozóico. Os clastos são, na maioria, subangulosos asub-rolados, por vezes rolados, heterométricos com grandeimaturidade tex tura l, com 45% de quartzo e 55% dequartzi to, chegando a ocorrer clastos de xisto e de granito .As dimensões máximas dos elas tos (MP S) são de 80-90cm, em Macieira (SE), decrescendo para 35-40 cm, cmCarregueira (NW). A evolução sequencial é claramentepositiva, passando a arena-conglo merática, e culminandoem lutitos, com menos de 5 m de espessura. Nos depósitosconglomeráticos da base, existe m vestígios de antigostrabalhos mineiros ("co nheiras" J).

A segunda sequência conglomerática é, também ,dominantemente quartzítica, com espessura de 27 m, emMilre u (base a 273 m, top o a 300 m). Os clastos dequartzito mostram desgaste idêntico aos da sequênciaconglomerática inferior, surgindo alguns blocos rolados,com marcas de choque e MP S de 42 cm. Em Vale daMeada, o MPS é de 50 cm e em Ferrugenta (a NW) é de40 cm. O afloramento de Vale da Meada mostra, ainda,estruturas canalizadas de orientação 280", que se observamtambém nos perfis de Lousa e Milreu, cujo registo depaleocanais e de imbricaç ões de clastos ind ica m,sistematicamen te, paleocorrcntcs com rumos para osquadrantes W e WNW (Reis et ai., 1992). A evolu çãosequencial termina com cerca de 10 m de ench imento

Page 3: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

Fig. I • Mapa geo lóg ico da área de Vila de Rei (Portuga l Ce ntral): I - Terraços (Quaternário); 2 - Conglomerados de Vila de Rei (Plio-Plistoc énicc ): 3 - Con glomerados de Serra de Almeirim(Plioc énicc) e Conglomerados de Rio de Moinhos (Miocénico superior a Pliocénico inferior): 4 - Grés de Monsanto (Paleogé nico); 5 - Substrato paleozó ico.

....J "Con"eO'.."

. , ~, ,

Q~.

K:l­O;',a~!"

[l]

-: 7./

,18 '0 3O 'O '-- t Om,te geoO;gIco

-- ,,~

- - Falha ir""'P"Olad a.......-rT

C

_ _

- CU....,. O)O ~.

~ Vllrti_~

,. •./ Co<IesgeoIógOc:os

':'

,.......s-.

r-I / !// 1

·A

\".

,.,.,. /,"~'A''"

,

o-;~ ~

Page 4: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

I- Co ngresso sobre o Cenozóico de Portugal

zz ~•

3

••• <c: i!••n

•3

·•

•. _ · S•

i ..••z

n' 0o,s a>~",, :to '0 0o'- ~

-

~ n~ .

>.O .o>:i:~«o'.,~~

~ o.'o"o

"

-

D•

L L"•

zm

, .z

•••

!

...,--- . ::1.. .'g • •

G

o•

L-------..:>~5 3 li!

•••

ii'

i~ i••r

-•

­••

••--- lt ...e-

•E;Jnt:.:.I

D•

I:3

~'--- -"- 3 .

166

Page 5: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

lutítí co, que aflora em toda a área da margem nort e daribeira de Codes. O depósito conglomerá tico mostra,também, a existência de a ntigos trabalhos minei ros("conheiras" II).

Estas duas seq uências correspo ndem à uni dadeConglo me rados de Rio de Moinhos (Cgl RM) ,caracterizada por Martins et ai. (1998), em Rio de Moinhose Abrançalha (Abrantes), onde são dominantes sequênc iasconstituídas por barr as conglomerá ticas (GB ) de suporteelástico (Gm) compostas po r c lastos subanguloso s asub-rolados de quartzito e quartzo com 30 cm de MPS,(id. bd., 1998).

CONGLO:\I ERADOS DE SERRA DE AL'IEIRIM

A segunda unidade litostratigráfi ca , tambémconglomerá tica, designada por Conglomerados de Serrade Almeirim (CgI SAl, (Barbosa & Reis, 1989, 1996),apresenta espessura máxima de 20±5 m. Sobrepõe-se, àanterior, por descontinuidade regional interpretada. A suaevolução sequencial é ligeiramente positiva, com aumentoda percentagem de clastos de quartzo para o topo , masnão apresenta sedimentos lutiticos culminantes. O MPSvaria entre os 60 cm (NE) e 35cm (SW). O registo depeleocorrentes (em perfis e pa inéis) é de NE para SW (id.1989, 199 6). Exibe também antigos trabalhos mineirosnos conglome rados ("conhciras" 10).

Ao norte do Tejo, em termos de ass oci ações delito fâcies, quer conglomerát icas (Gms, Gm, Gt ) quer

Ciências da Terra (UNL), 14

areni ticas (Sm, St) e conseq uentes arranjos arquitecturais(GB) e (SB ), a un idade Cg l SA, mostra as mesmascara cterísticas petrográficas e litológicas da unidadeanterior (Cg l RM), o que dificulta a sua separação. Nosregistos sed imentológicos e estratigráfi cos apresentadospor Reis et ai. (1992) e Barbo sa (1995), para a região deMilreu e Lousa, a separação entre Cgl RM e Cgl SA nãohavia sido feita. Porém, o registo de paleocorrentcs e aderiva do MPS nos Cg l RM (para quadrantes W e WNW)diferem, cla ramente, dos fluxos locais e regionais, paraos quadrantes de SW, reconhecido s nos Cgl SA (Barbosa& Reis, 1996).

CO~GLOl'tlERADOS DE VILA DE REI

A terceira unida de conglomerática -Conglomeradosde Vila de Rei (Cgl VR) - sucede, também, po r claradescontinuidad e, com ligeiro valor angular, aos Cgl SA(Barbosa & Reis, 1994; Barbosa, 1995). Esta unidadeculmina a fase de sedimentcgénese da bacia e situa -se nosopé das cris tas quartzíticas ordovfcicas do sinclinal deAmêndoa-Envendos, exclusivamente a norte da ribeira deCedes, no bordo norte da BTBT. É constituída, quaseexclusivamente, por c1astos de quarttito, heterométricos,malrolados, que podem ating ir a dimensão de blocos, comproveniência directa das cristas quartzíticas adjacentes .Os c1astos aprese ntam-se, no geral, envoltos ou "boiando"em matriz fina , areno-Iutitica, de cor vermelho-a laranjada .No conjunto, de finem mantos de geometria em forma de

lo o o 13 I=' .= !., Q Q - --

,.I-==-=TI- I 1" 1SSSSSI7 I'?51" E::]s

Fig. 3 - Esquema interpretativo de articulaçio litostratigráfica e estrutural das unidades do bord o norte da BTBT (área de: Vila deRei) com as unidades centrais da bacia: I - Conglomerados de Vila de Rei (Plio-Pl istocénico); 2 - Conglomenados de S"de: Almeirim(P liocéni co); 3 - Conglomerad os de Rio de: Moinhos (Miocénico superior a Pliocéni co inferior); 4 - Argi las de Tomar(Miocén icomedl sup.) ; S - Calcários de: Almostc:r (Miocé nico superior); 6 - Aren itos de Ota (M iocén ico inferior ); 7 - Grés de: Monsanto

(pa leogénico) ; 8 - Soco metassedímeuar (pal eozóico); 9 - Descontinuidades regi onais ou bacinais.

167

Page 6: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

10Congresso sobre o Cenozóico de Portugal

leque , numa extensão long itudina l inferior a 5 Km eespessuras que at ingem 20± 1O m. Os Cgl VR poderão serassemelhados a depós itos do tipo "rafía". Quer a geometriada expressão cartográfica (Fig. 1 e Fig. 2), quer os váriosperfis registados (Barbosa, 1995), indicam sentido depaleocorrentes para sul. A sua idade está consideradapró xi ma da passage m do Plioc énico s uperior aoQuaternário {íd. bd., 1994, 1995). O posicioname ntoeronoestratigráfico dos Cgl.VR é questionado por um dosautores (A.M.), que não exclui a possibilidade de estesintegrarem o mesmo modelo deposicional dos Cg!. SA,atenden do a que a superficie culminante dos primeirosparece estar na continuidade do tecto do enchimento dossegundos (Martins, 1999). Não existe m "conheiras", nemse de tectara m qu a isquer trabalhos mine iros nosConglomerados dc Vila de Rei.

AS "CO NHEIRAS"

Na área de Vila de Rei, nomeadamente, nas localidadesde Milreu e Lousa, existem cortas mineiras resultantes deexploraç ões, a céu aberto, para a extracção de ouro"conheiras", não comprovadamente romanas (Barbosa etaI., 1998). São estrut uralmente equivalentes às das baciasdo Bierzo e do Duema (Espanha), exploradas no tempo dacolonizaçãoromana (Domergue & Herail, 1978; Herail, 1984).

Na BTB T estão reconhecidas, tanto em depósitosterciários (Cg l RM e CgI SAl , como em alguns depósitosde te rra ço s qua ternár ios s ituados nos val es , queinterceptam e remobilizam aqueles conglomerados e ondeos teores de ouro são, no geral, mais elevados.

DEPÓSITOS TERCIÁRIOS DA " CUENCA DELBIERZO" E DO VALE DO DUERNA (L EÓN)

Na província de Le ón (Espanha), nomeadamen te, nabacia intramontanhosa de "EIBierzo"" e no vale do Duema(bacia do Douro) situadas no sopé dos "Montes de León",respectivamente a WNW e a ESE daquelas elevações,ocorrem depósitos terciári os que deram lugar a extensas eintensas explorações para ouro, no tempo da colonizaçãoromana da Península (séc . I a III d. C.), .(Domergue &Herail, 1978; Herail, 1984). Destas exploraçõesdestacam­-se, pela sua grandiosidade, as das "M édulas de Carucedo",situadas no flanco sul e ocidental da bacia de terciária de"EI Bierzo", nas proximidades do rio Si!.

Domergue & Herail ( 1978) não apresentam umaestratigrafia bem definida para o vale do Duema, situadona periferia ocidental da Cuenca del Ducro. O ITGE (1993)reorganiza informa lmente essa estratigrafia em termospaleoambientais (ver Quadro I), considerando para osdepós itos míoc énícos as segu intes unidades informais : osconglomerados de base de la Formaci àn Valduerna ;recobertos pelos conglomeradosfluviaíesde la FonnatiónValduerna; e, finalmente, os cong lomerados tarrencialesen conos de deyecc íán, Os terraço s relacionado s com arede de dr enagem quaterná ria, embuti da (?) nossedimentos das unidades anteriores, foram consideradoscomo os placers mais ricos de ouro (id. bd., 1978), talcomo sucede na área de Vila de Rei.

Martin-Serrano (1989), no bordo W da Bacia doDouro, con fronta, em termos cronostratigráfi cos, osmantos conglomerát icos de bordo (das Séries Ocres) comospáramos carbonatadcs no centro da bacia, considerando

Cuenca dei Blerzo Vale do Duema Bordo Norte da Bac ia Cron ostratigrafl a(Hera ll ,1984) (Domergue & Hera1l1978; Terci ári a do Baixo Tejo (BTBT)

Herall , 1984 (BTBT)(mod. ITGE,1993)

UNIDAO ES/FORMAÇOES FÁCIE S UNIDADES INFORMAIS UNIDADES IDADE S A PROX IMADASUTOSTRATIGRÁFICAS

"Ral\a" Conglomerados Conglomerados Congl. Vila de Rei Plistocén icoproximais torre nCiais em cones de (CgI.VR) •

deieçção Pliocénico fina l

Arenitos distaisConglomerados fluviais Cong1. S a. de AlmeirimConglomerados

Fm. las Médulas pro){imais da Fm. Valduema (CgI.SA) Pliocénico

......--......-. -....----- ....-----........ ...._..........-....... ........................Arenitos

Pliocéni co Inferiorintennéd iosFm. Santana Cong lomerados Conglomerados da base Cong l. Rio de Moinhos a

pro){imais da Fm. Valduema (CgI.RM) Miocén ico superior

Cart:Jonatadas Ar . OtaIArg. Miocénico supe riorFm. Torai Aren il icas Tomar/Calcários a

Conglomeráticas Almoster inferior(Hialo(?) em Vi la de Rei)

Fm. Orellã n Conglomerados Grés de Monsant o Paleoglmicopro){imais

Soco Paleozóico

Quadro I - Proposta de equivalência htosrratigrâfica entre as baciasdo Bicrzoe do vale do Duerna, no NW peninsular, com obordo norte da BTBT (área de V ila de Rei) .

168

Page 7: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

q ue os conglomerados marg ina is comple tam a fasesed ime ntogé nic a final , tendo em eonta o carác terexpansivo dos sedimentos que selam o enchimento daBacia, em geral e o carácter terminal das p róprias SériesOcres, em particular.

Herai l (19 84 ), Perez-Garcia & Sanchez-Palencia(1992), ITGE ( 1993), apresentam para a bacia terciáriade EI Bi e rzo , o segui nte model o estra t igrá fico deenchimento: na base a Formação Torai {Ilúvio-lacustre],que passa la teral e dis ta lmen te a unidades arenosas,lutíticas e carbonatadas; segu indo-sc, por descontinuidaderegiona l, a Formação San talla (aluvia l), composta porconglomerados proximais qu e passam a arenitos distais;depois, mas por duvidosa (interpretada) desconti nuidaderegional, sucede a Formação las M édulas (aluv ial)co mposta também por cong lo merados que passamdistalmente a arenitos; e, finalmente, os conglomerats dep la tea u (a "raõa"), a co lma tar o en chimento . Cadaf ormação mais expansiva que a anterior, dispõe-se embancadas efossi/iza as fracturas que estão na origem daabertura ou alargamento da bacia . Nos blocos soerguidospela tectónica de bordo, enco ntram-se preservados restosde uma unidade de cons tituição essencia lmente detríticadesignada por Formación Orellá n (Herail I984, 6g.2).

Po rém, Pag és et ai. ( 1998) e Hacar et ai. (1999)propõem a inversão estratigráfica paraos depós itos de "LasMedulas" . Co nsideram essa estratigrafia composta por"dois grupo s de terraços", no total de sete (7). também deidade rniocénica, o que levaria a inverter a estratigrafiatradicional baseada no enchimento contínuo de uma fossatectónica (id. bd., 1998). Contudo , esta proposta (a indae m fa se de es tudo) , be m como o utras, são todasapresentadas para áreas periféricas da bacia do Bicrzo enão nos parecem ter em conta eventuais acções tectónicasde bordo .

CO NC LUSÕ ES

Interp retação e equivalências Iito-es tr a tigráfi cas

A articulação espacial e temporal de stas un idadescontinentais proximais do bordo norte da BTBT. com asun idades centrais e distais. definidas até ao presente, não

BIB LI OGRAFIA

Ciências da Terra (UNL), 14

é fác il. po r falt a de referências paleontológicas c/oucronostratigráficas . A articu lação estratigrá fica, socorre­-se da definição de descontinuidades com carácter regionalou bacinal que, utilizadas como baliza s entre aquelasunidades, separam e defi nem sequências deposicionais(fig. 3).

Na bacia de EI Bíerao, a expressão da descontinuidadeentre as unidades co nglomeráticas de San talla e Médulas(Quadro I) é considerada com representatividad e regionalou bacinal duvidosa ou interpretada (Hera il, 1984). ParaPagés (comun. pessoal), não se reconhecem diferen çassignifica tivas entre as formações (Santalla e Médul as)podendo ser consideradas como uma única formação.

Também no bo rdo norte da BTBT, Barbosa & Reis(1989), Barbosa ( 1995), Barbosa & Reis (1998) nãoidentificaram os Cgl RM , considerando os Cgl SA comoúnica unidade prox imal do enchimento neogénico da BaciaTerciária do Baixo Tejo .

A unidade Cgl RM apo ia a sua ind ividua lização naspaleocorrentes, na deriva do MPS de ESE para WNW, naev o lução seque nci a l posi tiva c no posi ci o name ntoestra tigráfico. claramente subjacente aos Cgl SA. A suaidentificação sugere umadistri buição paleogeográfica emfossos tectónicos, grosso modo, de direcç ão E·W, posteriore parc ialmente, exuma dos no Quaternário pe lo encaixefluvial dos vales da ribe ira de Cedes, do vale de Tábuas,do troço E-W do rio Tejo e da ribe ira de Ulme, eles própriostendo produzid o depósitos de terraços, a expensas dasunidades anteriores (CgI RM e Cgl SAl .

O contacto do s Cgl RM com os Grés de Monsantorepresentaria uma de scontinuidade com largo hiatodeposicional elou eros ivo. Neste caso, as descontinuidadesque li mi t am e de finem as di ferentes s eq uê nc ia sdeposicionais (Quadro I e fig. 3), tanto no Bierzo (Herail ,1984) como no Duerna (Domergue & Herail , 1978; ITGE,1993), teriam carácter regional ou bacinal, podendo serequivalentes das definidas na Bacia Terciária do BaixoTejo (Bar bosa & Reis, 1989; Barbo sa, 1995; Martins etal., 1998; Barbosa & Reis, 1996).

Como na bacia do Bierzo (Herail , 1984), também naárea de Vila de Rei, a série conglomerá tica definida pelocon j unt o dos Cgl RM , Cgl SA e Cgl VR selam oenchimento neogénico do bo rdo norte da BTBT até aoinício do Quaternário .

Barbosa, B. P. (1995) . AlostratigrQjiQ e litostrQ/igrajiQ das unidQdes continentais da Bacia Terciária do Baixo Tejo. Relações coma eustatísmo e Q teaônica. Tesede doutorammto (não publicada). Univ. de Lisboa, 253 pp.

Barbosa, B. P. & REIS, R. P. B. PENA dos (1989). Litostratigrafia e modelo deposicional dos sedimentos aluviais do NeogénicoSuperior da Bacia do Tejo [Tomar-Lavre] Portugal. Camun. Serv: Geol., Lisboa, 75; 89-97.

Barbosa, B. P. & Reis, R. P. B. Pena dos (1994) . Sed ímentogénese dojinal do Terr:iário associada ao levantamento da CordilheiraCentral Ibéri ca na BQciQ Terci ária do Baixo Tejo (POrtugQI) . Absrract , II Congreso deI Grupo Bspeàol dei Terciário, Jaca,Universidadede Zaragoza, 2 pp., 2 figs.

Barbosa, B. P. & Reis, R. P. B. Pena dos (1996) · Geometrias de enchimento, sistemas deposicionais e organização estratigráfica doPliocénico continental da Bacia Terciária do Baixo Tejo (Portugal). Comun. Inst, Geai. e Min., Lisboa, 82; 51· 86.

169

Page 8: Binder1 - RUN: Página principal · é descontinuo, definindoem ambas as situações largo hiato deposicional elou erosivo.Aqueles conglomeradosselamo enchimento do bordo norte da

1° Con gresso sobre o Cenozóico dc Portugal

Barbosa, B. P., Martins, A. A., Re is, R. P. B. Pena dos (1998) - As "Conhcires" de Vila dc Rei (Portugal Centra l). Actas do VCongresso Naciona l de Geo logia - resumos alargados. Comun. lnst. Geol. Min. , Lisboa, 84(2 ) : G 34-36.

Cun ha, P. Proença ( 1992) - Estratigrafia e sedi mentologia dos depós itos do Cretácico Sup erior e Terciário de Portugal Central, ales te de Coimbra . Tese de doutoramento (não publieada ). Univ Coimbra, 262 pp.

Cun ha, P. Proença (1996) - Unidades litostratigráfieas do Terciário da Beira -Baixa (Portu gal]. Comun. tnst. Geoí. Min., Portugal ,Lisboa, 82: 87-130.

Domergue, C. & Herail, a (1978) - Mines d'or romaincs d'Espagnc , te district de la Valduerna (Léon]. Publ. de í ' Vn iv. deTou louse-Le Mirai! (CNRS), sér. B(IV) : 303 pp.

Hacar. M., Pagés, J. L. & Alonso, A. (1999) - Nu eva interpretació n de la geología de la mina romana de Las M édulas. EI Bie rzo,Le én. Geogaceta , Madrid, 25: 83·86.

Herail, G ( 1984) - Géomorphologie et girologie de l 'or détruíq ue. PiedmonlSet bassins immmontagneux du Nord-Ouest de i 'Espagne.C. N. R. S., 456 pp .

rrGE ( 1993) - Mapa metaíogenético de Espalia, escala 1:200 000. rrGME, Madrid , 110 pp .

Martins, A (1999) - Caracteríxação morfotect ónica e morfosedimenlar da Bacia do Baixo Tejo (Pliocénico e Qualernário). Tese dedoutoramento (não publicada). Ijniv, Évora, 500 pp .

Mart ins, A. A., Barbosa, B. P., Reis, R. P. B. Pena dos ( 1998) - Os Con glomerados de Rio de Moinhos (Abrantes - Portugal Central).Actas do V Congresso Nacio nal de Geologia - resumos alargados. Com. I.GM., Lisboa, 84: ( I) : A 142-144.

Martín-Serr ano, A. ( 1989) - Caracteristicas, range, signi ficad o, y correlacicn de las Séries Ocres dei Borde Occidenta l de da Cuencadei Duero. Stvdia Geologica Salma ntícensa, vol. esp. 5: 239-252.

Pagés, 1. L., Alouso, A. & Hacar M. P. (1998) - Explotaciones romanas y mineraliza ciones de oro en el sector de San Pedro deO lleros (EI Bierz o, Lcón). Cadernos Lab. Xeológico de Luxe, 23: 7-25.

Perez-Garcia, L. C. & Sanches-Palcncia, FJ. (19 92) - Los yacimientcs de oro de las Médulas de Carucedo (Léon). Yacim iem osminerales Espaiíoles. (CoI. Textos Universitarios C.S.I.c.) : 86 1·873.

Reis, R. P. B. Pena dos, Cunha, P. Proen ça. , Barbosa, B. P., Antunes, M. T. & Pais, 1. (1992) - Mainly continental Miocenc andPliocene dcposits from Lower Tagus and Mondego Tertiary basins. " Excursion B" . Ciências da Terra (UNL) , Lisboa, - Núm.esp . II: 37-56.

Soares.A. F.& Reis, R. P. B. Pena dos (1980) - Considerações sobre as unidades Iitostrat igrãficas p ós-jur ássices, na região do BaixoMondego. ln : Livro de Homenagem a Orlando Ribeiro , Centro de Estudas Geográficos , Lisboa, 183-202.

Zbyszewski, G , & Gonçalves , F. ( 1980-8 I) - Nota preliminar sobre a geologia da regiã o de Sardoal - Penhascoso. Boi. Soc. Geoi.de Port ugal. Lisboa, 22: 141· 146.

Zbyszewski, a,Carval hosa, A. & Gonçalves, F. (198 1) - Carta geo lógica de Portugal, esca la 1/50 000. No tícia Exp licativa da folha28-C, Gavião. Serv. Geol. Portugal, Lisboa, 50 pp -

170