biodiesel: matérias primas · nabo forrageiro 0,04 0,00 0,03 palma 0,08 0,18 0,34 gergelim 0,00...
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Biodiesel: Matérias Primas
SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO
Londrina
22/04/14
SECRETARIA DO ESTADO DA C&T E ENSINO SUPERIOR
CURSO DE MESTRADO EM BIOENERGIA
RUY SEIJI YAMAOKA
A CAFEIA PRODUTIVA DE BIODOESEL
PRODUTOR
MAT. PRIMA
IND. DE
ÓLEOS
IND. DE
BIODIESEL
DISTRIBUI
DOR
REVENDE
DORCONSUMI
DOR
Por que produzir biodiesel?
BiodieselBiodiesel
•• Protocolo de Kioto: “efeito estufa”Protocolo de Kioto: “efeito estufa”
•• Reduz as emissões de poluentes.Reduz as emissões de poluentes.
•• Não contém enxofre.Não contém enxofre.
PosicionamentoPosicionamento
Estratégico/Econômico
•• Busca de substitutos para os Busca de substitutos para os
derivados de Petróleo.derivados de Petróleo.
•• AutoAuto--suficiência energética.suficiência energética.
•• Geração de emprego e rendaGeração de emprego e renda
no campo.no campo.
PreocupaçãoPreocupação
Ambiental/Ecológica
“1 t de biodiesel evita de 2,5 t de CO2”
BiodieselBiodiesel
•• Protocolo de Kioto: “efeito estufa”Protocolo de Kioto: “efeito estufa”
•• Reduz as emissões de poluentes.Reduz as emissões de poluentes.
•• Não contém enxofre.Não contém enxofre.
PosicionamentoPosicionamento
Estratégico/Econômico
PosicionamentoPosicionamento
Estratégico/Econômico
•• Busca de substitutos para os Busca de substitutos para os
derivados de Petróleo.derivados de Petróleo.
•• AutoAuto--suficiência energética.suficiência energética.
•• Geração de emprego e rendaGeração de emprego e renda
no campo.no campo.
PreocupaçãoPreocupação
Ambiental/Ecológica
PreocupaçãoPreocupação
Ambiental/Ecológica
“1 t de biodiesel evita de 2,5 t de CO2”
O que é BioDiesel?
• ASTM – American Society for Testing Materials:
• Combustível renovável, biodegradável e ambientalmente correto, sucedâneo do óleo diesel mineral,
• cosntituído de uma mistura de ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos,
• obtidos da reação de transesterificação de qualquer triglicerídio com um álcool de cadeia curta, metanol ou etanol
ÓLEO VEGETAL NÃO É BIODIESEL
O BIODIESEL
• É um combustível renovável
• É um combustível ecologicamente correto
• Biodegradável
• Não tóxico
• Reduz emissão de gases poluentes
• Melhora na ignição e lubricidade
• Manuseio e estocagem mais seguros
• Produzido de óleos vegetais ou gorduras animais e álcool
- Ésteres Metílicos - Realidade atual no Mundo
- Ésteres Etílicos - Expectativa Brasil
MARCOS NO DESENVOLVIMENTO
DO BIOCOMBUSTIVEL
• 1960/70:– REGISTROS DE ESTUDOS SOBRE A PRODUÇÃO DE
BIODIESEL NO MUNDO (BR)
• 1980:– DEPOSITADA A 1ª. PATENTE DE BIODIESEL NO BRASIL – Dr.
EXPEDITO PARENTE
• 1988:- INÍCIO DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL NA AUSTRIA E FRANÇA
• 1997:- EUA – CONGRESSO APROVA BIODIESEL COMO
COMBUSTÍVEL ALTERNATIVO
• 1998:- SETORES DE P&D NO BRASIL RETOMAM OS PROJETOS
PARA USO DO BIODIESEL
• 2002:- ALEMANHA ULTRAPASSA A MARCA DE 1 MILHÃO TON/ANO
DE PRODUÇÃO
MARCOS NO DESENVOLVIMENTO
DO BIODIESEL
• 12/2003:- DECRETO DO GOVERNO FEDERAL
INSTITUI A COMISSÃO EXECUTIVA
INTERMINISTERIAL (CEI) E O GRUPO GESTOR
(GG) ENCARREGADOS DA IMPLANTAÇÃO DAS
AÇÕES PARA PRODUÇÃO E USO DO
BIODIESEL
• 04/12/2004:- LANÇAMENTO DO PROGRAMA DE
PRODUÇÃO E USO DO BIODIESEL
• MARCO REGULATÓRIO E
• METAS FÍSICAS
CRONOGRAMA DE EVOLUÇÃO CONFORME MARCO
REGULATÓRIO E MERCADO BRASILEIRO
2012
5% Autorizativo
Fonte: MME
20%
2020
12,4
bilhões de
litros/ano
2% 2% 3% 4% 5%Autorizativo Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Merc. Pot. Neces. Merc. Neces. Mer. Neces. Merc. Neces. Merc. 800 milhões 800 milhões 1,44 bilhões 1,92 bilhões 2,4 bilhõesLitros/ano Litros/ano Litros/ano Litros/ano Litros/ano
Prod. Real Prod. Real Prod. Real Prod. Real Prod. Real 404 milhões 1,167 bilhões 1,608 bilhões 1,608 bilhões 2,397 bilhões Litros/ano Litros/ano Litros/ano Litros/ano Litros/ano
2005
a
2007
Evolução real da produção de biodiesel o Brasil
e respectivo percentual de mistura no diesel
2008Jun
2008
Jun
2009
Jan
2010
Antecipação de Metas pelo CNPE
Ano Brasil Paraná % PR/BR
2005 736 26 3,53
2006 69.002 100 0,14
2007 404.329 12 0,00
2008 1.167.128 7.294 0,62
2009 1.608.448 23.681 1,47
2010 2.386.399 69.670 2,92
2011 2.672.760 114.819 4,30
2012 2.717.483 120.111 4,,42
2013 2.917.448 210.716 7,22
Produção de biodiesel (em m3)
Fonte: ANP (2014)
PROJEÇÃO DA NECESSIDADE DE
BIODIESEL CONSIDERANDO SOMENTE O
AUMENTO NO CONSUMO DE DIESEL (B5)
ANO VOLUME
2015 3,4 BILHÕES DE LITROS
2019 4,2 BILHÕES DE LITROS
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
NO BRASIL
Característica Número Cap. (m3/dia)
Autor.p/Operação e Comerc. 63 21.857,79
Autorizada para Ampliação 4 626,72
Autor. para Construção 2 700,00
TOTAL 23.184,51
Fonte: ANP Março 2.014
EVOLUÇÃO ANUAL DA PRODUÇÃO, DA
DEMANDA COMPULSÓRIA E DA CAPACIDADE
NOMINAL AUTORIZADA PELA ANP NO PAÍS
EVOLUÇÃO MENSAL DA PRODUÇÃO, DA
DEMANDA COMPULSÓRIA E DA CAPACIDADE
NOMINAL AUTORIZADA PELA ANP NO PAÍS
CAPACIDADE NOMINAL AUTORIZADA PELA ANP,
PRODUÇÃO E DEMANDA COMPULSÓRIA DE
BIODIESEL POR REGIÃO EM FEVEREIRO DE 2014
No Paraná: 4 indústrias
•Big-Frango – Rolândia – projetado
p/gordura de frango (6 mil litros/dia);
•Biopar – Rolândia – óleo de soja e
gordura animal (120 mil litros/dia +
180 mil litros/dia de ampliação);
•BS-Bios – Marialva – óleo de soja e
gordura animal (510 mil litros/dia);
•Potencial – Lapa – óleo de soja (477
mil litros/dia)
PERCENTUAL DAS MATÉRIAS PRIMAS
UTILIZADAS PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
POR REGIÃO EM FEVEREIRO DE 2014 (ANP)
MATÉRIA PRIMA DO BIODIESEL
Matéria Prima 2011 2012 2013
Soja 79,97 75,25 73,32
Gord. Bovina 14,03 17,19 20,45
Algodão 3,12 4,53 2,29
Óleo de Fritura 0,45 0,65 1,06
Gordura de Frango 0,02 0,06 0,03
Gordura de Porco 0,35 0,38 0,54
Material Graxos 1,91 1,74 1,94
Amendoim 0,01 0,00 0,00
Girassol 0,00 0,00 0,00
Nabo Forrageiro 0,04 0,00 0,03
Palma 0,08 0,18 0,34
Gergelim 0,00 0,02 0,00
Total 100,0 100,0 100,00
Principais matérias primas utilizadas na
produção de Biodiesel
• Óleos vegetais (como o de soja, dendê,
girassol, de palmeiras nativas, entre outros)
• Óleos de microalgas
• Gorduras animais (sebo, óleos de peixes,
gorduras de suínos, aves e outros) e
• Óleos e gorduras residuais (óleos
previamente utilizados em frituras, máterias
graxas provenientes de esgotos urbanos e
outros).
MAMONA
Espécie l. óleo/ha
Dendê 5.950
Macaúba 4.290
Pequi 3.560
Oiticia 2.850
Côco 2.690
Abacate 2.640
Castanha do Pará 2.390
Macadâmia 2.250
Pinhão Manso 1.890
Jojoba 1.820
Pecan 1.790
Babaçu 1.750
Mamona 1.410
Bacuri 1.360
Goplher Plant 1.270
Espécie l. óleo/ha
Piaçaba 1.260
Oliva 1.210
Canola 1.190
Ópio 1.160
Amendoim 1.060
Cacau 1.030
Girassol 950
Tungue 940
Arroz 830
Cártamo 780
Buffalo Gourd 750
Gergelim 700
Crambe 670
Camelina 580
Mostarda 570
Espécie l. óleo/há
Coentro 540
Eufórbio 520
Linho 480
Avelã 480
Café 460
Soja 450
Cânhamo 360
Algodão 330
Calêndula 310
Kenaf 270
Seringueira 240
Tremoço 230
Aveia 220
Palma 210
Caju 180
Milho 170
Produtividade de culturas Oleaginosas
PRODUÇÃO MUNDIAL DE ÓLEO VEGETAL
EM MILHÕES DE TONELADAS
Fonte:- Oilseeds: World Markets and Trade, Foreign Agricultural Service, USDA , 2013
Milhões de toneladas
Espécie 2005/06 2007/08 2009/10 2011/12 2012/13
Soja 34,62 37,54 38,79 42,56 42,83
Dendê 35,83 40,94 45,99 51,87 55,68
Canola 17,3 18,34 22,56 24,22 24,83
Girassol 10,6 9,86 12,28 15,34 13,81
Palmiste 4,4 4,9 5,58 6,1 6,48
Amendoim 4,97 4,9 4,87 5,31 5,55
Algodão 4,9 5,22 4,59 5,25 5,27
Côco 3,46 3,53 3,62 3,49 3,74
Oliva 2,66 2,84 3,08 3,24 2,67
Total 118,72 128,07 141,36 157,38 160,86
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÓLEO VEGETAL
EM MILHÕES DE TONELADAS
Oleaginosas 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Soja 58.391,80 60.017,70 37.165,50 68.688,20 75.324,30 66.383,00 81.499,40
Algodão* 2.383,60 2.504,70 1.890,60 1.843,10 3.228,60 3.018,60 2.018,80
Amendoim 225,9 303,1 300,6 226 226,5 294,7 326,3
Mamona 155,6 162,7 157,5 157,7 219,3 128,2 87,4
Girassol 106,1 147,1 109,4 80,6 83,1 116,4 110
Canola - - - 42,2 69,7 52 60,5
Dendê** 590 660 759 759 914 1130 1240
Total 61.853,00 63.795,30 40.382,60 71.796,80 80.065,50 71.122,90 85.342,40
Atributos da matéria prima a serem considerados para a
produção de biodiesel
Alto teor de óleo
Elevada produção por unidade de área
Adaptação a diferentes sistemas produtivos
Ciclo da cultura
Adaptação regional
• Culturas com tecnologia de produção
definida
CLASSIFICAÇÃO DE OLEAGINOSAS
NO ESTADO DO PARANÁ
• Culturas com cultivos esporádicos e
tecnologia parcialmente definida
• Culturas sem tecnologia definida/novas
introduções
Culturas com Tecnologia de
Produção Definida
Tecnologia de Produção Disponível
Cadeia Produtiva Estabelecida
Zoneamento Agrícola Definido
SOJA: 18 a 20% óleo ALGODÃO: 18 a 20% óleo
Girassol: 40-48% de óleo Amendoim: 40-56% de óleo Mamona: 45-50% de óleo
Cultivo esporádico e Tecnologia
parcialmente definida
Canola: 40-48% óleoNabo forrageiro: 32-42% óleo
Linhaça: 33-43% óleo Crambe: 26-36% óleo Cártamo: 40% de óleo
Pinhão Manso: 32-35% Tungue: 30-35%
Culturas sem tecnologia
definida/novas introduções
• Assegurar a produção de culturas principais
(soja, milho, algodão, etc.).
• Viabilizar a rotação e sucessão de culturas
com a finalidade de melhorar a condição de
produção das culturas.
ESTRATÉGIAS PARA PRODUÇÃO
DE OLEAGINOSAS
• Aproveitamento e janelas agrícolas para
produção de outras oleaginosas.
• Melhor aproveitamento da capacidade de
armazenamento.
• Assegurar a disponibilidade de óleo vegetal
durante o ano.
ESPÉCIES Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Soja Antecipada
Soja Normal
Soja Tardia
Algodão Antecipada
Algodão Normal
Milho Plantio Antecipado
Milho Plantio Normal
Milho Plantio Tardio
Milho Safrinha
Girassol Safrinha
Girassol Antecipado
Nabo Forrageiro
Amendoim
Amendoim da Seca
Colza/Canola
Gergelim Safra Normal
Gergelim Safrinha
Linho
Mamona
CALENDÁRIO AGRÍCOLA PARA SISTEMA INTEGRADO
DE PRODUÇÃO DE OLEAGINOSAS
INTEGRAÇÃO DE PLANTIO DE
OLEAGINOSAS A UM SISTEMA
INTEGRADO DE PRODUÇÃO
AGRÍCOLA E PECUÁRIA VIGENTES
NO ESTADO ASSOCIADO A
DISPONIBILIDADE DE ÓLEOS
VEGETAIS DURANTE O ANO
DENDÊ
OUTRAS ESPÉCIES POTENCIAIS
Babaçu
Macaúba
Inajá
Tucumã
JERIVÁ
DIRETRIZES NA CRIAÇÃO DO
PNPB HOJE
Ampliação do uso de fontes renováveis
Diversificação da matriz energética
Estímulo socioeconômico à agricultura
brasileira
Redução de emissões poluentes e de gases
estufa
Inclusão social e geração de empregos
Interiorização do desenvolvimento
Outras externalidades positivas
PROXIMA GERAÇÃO DE
BIOCOMBUSTÍVEL
• 1ª. Geração: atual geração, composta de
etanol, biodiesel e biogás (proveniente de
biodigestores);
• 2ª. Geração: biocombustíveis obtidos por
novas técnicas de processamento, a partir
de matéria prima já existente. O exemplo
mais conhecido é o etanol celulósico;
PROXIMA GERAÇÃO DE
BIOCOMBUSTÍVEL
• 3ª. Geração: obtidos através de novas
técnicas de processamento, resultantes de
aprimoramentos da 2ª. geração, porém sua
grande marca será a utilização de matérias
primas específicas. Um bom exemplo são os
biocombustíveis a serem obtidos de
microalgas melhoradas para obtenção de
energia;
PROXIMA GERAÇÃO DE
BIOCOMBUSTÍVEL
• 4ª. Geração: Plasma os dois conceitos
anteriores (métodos revolucionários e
matérias primas mais eficientes) com
otimização do balanço energético,
integração de processos, conjugados com
captura e estocagem do gás carbônico
resultante do processo de obtenção de
biocombustíveis.