biogeografia de ilhas

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Gabriela Kalinowski Michele Eidt Michelle Viscardi Patrícia Ossoski ANINHAMENTO EM FAUNAS INSULARES: NOVAS COMPREENSÕES SOBRE BIOGEOGRAFIA DE ILHAS ATRAVÉS DAS COMUNIDADES DE BORBOLETA E PERFIS NA CAPACIDADE DE MIGRAÇÃO E HABILIDADE DE COLONIZAÇÃO Biogeografia Profª Cristina Vargas Cademartori

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Apresentação de slides sobre a capacidades de migração e colonização e os padrões de aninhamento de assembleias de Borboletas de ilhas continentais Britânicas e Irlandesas. Teoria do equilíbrio da biogeografia de ilhas.

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  • Gabriela KalinowskiMichele EidtMichelle ViscardiPatrcia Ossoski

    Canoas, 2015ANINHAMENTO EM FAUNAS INSULARES:

    NOVAS COMPREENSES SOBRE BIOGEOGRAFIA DE ILHAS ATRAVS DAS COMUNIDADES DE BORBOLETA E PERFIS NA CAPACIDADE DE MIGRAO E HABILIDADE DE COLONIZAOBiogeografiaProf Cristina Vargas Cademartori

  • Biogeografia de IlhasTeoria do EquilbrioRobert MacArthur e Edward Wilson (1963, 1967)Equilbrio dinmico

    Padres:Relao espcie-reaRelao espcie-isolamentoRetorno de espcies (Turnover)

  • IntroduoEspcies de ilhas:Migrao Colonizao Extino Extrnsecos Intrnsecos- Biologia das espcies (baplan, ecologia e histria de vida) - Ponto de origem das espcies - Geografia da ilha- Heterogeneidade da ilha- Condies ambientais regionais

  • IntroduoMas, qual o grau em que os vrios fatores afetam a ocupao faunstica da ilha?Teoria do Equilbrio principalmente focada em caractersticas da ilha.Porm, txons diferem nos modos e capacidades de transporte e de estabelecimento

  • IntroduoIlhas possuem duas caractersticas fundamentais:So isoladas de fontes (continentes)Seus recursos so limitadosmigraocolonizao

  • IntroduoPara insetos alados:MigraoColonizaoQuantidade de recursos necessrioCapacidade de voarGrau de generalismo

  • IntroduoGeografia das ilhas:Aumento da rea acompanhado do aumento de espcies especialistas;Aumento do grau de isolamento, aumenta a proporo de espcies com maior capacidade de migrao.

  • IntroduoEspera-se que as comunidades estejam aninhadas quando a composio de espcies de uma comunidade menos rica representa um subconjunto das espcies de uma comunidade mais rica.

    Espera-se que comunidades aninhadas sigam a predio da Teoria do Equilbrio, onde reas maiores devem necessariamente conter mais espcies do que reas menores.

  • ObjetivoVariao na capacidade de migrao e habilidade colonizao de comunidades insularesGeografia das ilhasNmero de espcies nas ilhasLocal Ilhas continentais da Gr-Bretanha e Irlanda.

  • MetodologiaCerca de 500 ilhas Britnicas103 includas no estudo56 espcies de borboletas residentes

  • Metodologia12 variveis intrnsecasSelecionadas com possvel influncia na capacidade de migrao e colonizao das espcies.8 variveis extrnsecas

  • MetodologiaValores de Presena-ausncia ( local x espcie )Caractersticas geogrficas da ilha ( local x variveis geogrficas )Traos das espcies ( espcie x traos ecolgicos )3 Matrizes de dados:Testes de interaes revela a importncia das relaes entre variveis geogrficas e traos das espcies, formando uma 4 matriz ( variveis geogrficas x traos ecolgicos ).

  • MetodologiaGeneralismo para espcies com maior capacidade de voo relao positiva entre habilidade de colonizao e migrao.

    Hipteses formuladas:

  • MetodologiaExiste uma relao positiva entre os traos das espcies e as caractersticas geogrficas das ilhas quando se verifica que espcies com maiores capacidades de migrao e colonizao ocorrem tambm em ilhas pequenas e distantes, e espcies com menores capacidades de migrao e colonizao ocorrem apenas em ilhas grandes e prximas costa.

    Tambm esperado um alto padro de aninhamento das comunidades.Hipteses formuladas:

  • MetodologiaReduo da disponibilidade de recursos e aumento no isolamento funcionam como filtro ecolgicocomparao entre as faunas das ilhas e do continente.Hipteses formuladas:

  • ResultadosA fauna das borboletas da ilha so altamente aninhadas;

    As variveis chaves relacionadas com as capacidades de:

    Migrao rea da ilha e o seu isolamento

    Colonizao rea, isolamento e longitude da ilha

  • ResultadosComparado com a habilidade de colonizao, a capacidade de migrao se correlacionou mais fortemente com a ocupao e com a riqueza de espcies nas ilha.

    Muitas espcies migrantes, porm poucas colonizadoras

  • ResultadosO nmero de espcies nas ilhas aumentou com a rea da ilha, e diminuiu com a distncia para a fonte mais prxima (continente ou outra ilha) e com a latitude;

    A capacidade mdia de migrao das espcies diminui com o riqueza de espcies da ilha, enquanto a capacidade de colonizao no variou significativamente;

  • ResultadosOs valores mdios na capacidade de colonizao e de migrao foram maiores para as faunas das ilhas do que para a fauna do continente, mas essa diferena diminuiu com a latitude da ilha.

    Ilhas do norte e isoladas esto associadas a espcies com asas maiores, que tm prazos mais longos de voo e que requerem menos recursos para o seu desenvolvimento.

  • DiscussoCapacidade de Migraopositivamente correlacionada com isolamentoNegativamente correlacionada com a rea da ilhaHabilidade de Colonizaocorrelacionada com a rea, a elevao e com o isolamento da ilhaOs testes de interao revelaram fortes relaes entre os traos ecolgicos das espcies de borboletas e as caractersticas geogrficas das ilhas.

  • DiscussoA relao entre capacidade de Colonizao e o Isolamento da Ilha sugere que a persistncia de espcies aps eventos de disperso bem-sucedidos no s determinada pela habilidade de colonizao;

    Contnua entrada de indivduos da espcie (continente-ilha e/ou intercmbios ilha-ilha), facilitado ou impedido pela capacidade de migrao destes, fazem a manuteno das populaes.

  • DiscussoAs correlaes com isolamento e rea revelam que imigrao seletiva e extino so responsveis pela estrutura das comunidades

    Confirmando o papel fundamental da renovao da fauna(tendncia de retorno de espcies)

  • DiscussoO padro claramente aninhado resultante confirma que as borboletas que ocupam fontes continentais diferem em suas probabilidades de pertencer faunas das ilhas;

    Espcies com maiores capacidades de colonizao e de migrao estabelecem populaes em ilhas menos adequadas para borboletas, bem como nas mais adequadas.

    Aumento do generalismo para ilhas pequenas e isoladas.

  • DiscussoOs resultados fornecem forte apoio para a viso de que a geografia das ilhas (isolamento, rea, elevao) atua como um filtro ecolgico eficaz.

    Suportando a sugesto de que as espcies em ilhas Britnicas e Irlandesas so montadas e encaixadas com base em restries ecolgicas contemporneas.

  • DiscussoExemplar de Coenonympha tullia Fonte: http://www.ukbutterflies.co.uk/Exemplar de Eriophorum vaginatum L.Fonte: http://www.fs.fed.usExemplar de Erica tetralix L.Fonte: http://jb.utad.ptExceo:

  • DiscussoAs correlaes significativas da mdia de colonizao como uma medida substituta da heterogeneidade da ilha (rea da ilha) e da mdia de migrao como rea e isolamento so esperadas a partir da teoria da biogeografia de ilhas;

    A grande contribuio da rea da ilha em comparao com o isolamento para a mdia de migrao seria inesperado, mas pode ser explicado com o aumento da facilidade de ilhas maiores manter mais indivduos, mesmo que apenas temporariamente.

  • DiscussoPosio geogrfica (latitude e longitude) tambm entra nas equaes para ambos os ndices (mdias de migrao e colonizao), geralmente como um componente adicional;

    O nmero de espcies declina em direo ao norte com o declnio do calor e aumento dos riscos climticos, e a longitude reflete as diferenas entre as duas fontes continentais, com a Irlanda isolada da fonte continental no Holoceno mais cedo do que a Gr-Bretanha.

  • DiscussoExtremo empobrecimento dos recursos em ilhas de alta latitude favorece espcies que tm uma capacidade de migrao relativamente elevada e que so mais especializadas;

    Ilhas do norte recebem imigrantes caracterizados por traos adequados para a vida em zonas extremas como ilhas;

    Seguindo este processo, a ocupao de ilhas, por espcies de origem no norte, pode ser visto com um processo mais estocstico (aleatrio).

  • ConclusesAninhamentos de espcies insulares surgem do processo pelo qual as espcies que podem acessar e colonizar pequenas ilhas isoladas tambm so as primeiras a ocupar grandes ilhas e aquelas perto da costa.

    A riqueza de espcies, que est intimamente ligada aos ndices de capacidade de migrao e colonizao, envolve uma complexa interao de variveis que descrevem caractersticas insulares externas (ilha-continente, entre ilhas) e internas.

  • ConclusesUma exceo a essa regra a relao entre latitude, riqueza de espcies e o ndice de colonizao;

    De fato, enquanto ilhas situadas em latitudes mais altas tm faunas mais pobres, elas so habitadas por uma frao maior de espcies capazes de se especializar nos bitopos residuais.

    , portanto, evidente a geografia da ilha intimamente subjaz a riqueza de espcies e de uma forma muito complexa filtra espcies individuais com base em sua capacidade de colonizao e migrao.

  • ConclusesO padro para a habilidade de colonizao e capacidade de migrao susceptvel de ser repetido para reas do continente, onde tais ndices devem prever medidas independentes teis para avaliar o estado de conservao da fauna dentro de unidades espaciais;

    Como nmeros de espcies declinam, as unidades espaciais (fragmentos) perdero seus especialistas e se tornam cada vez mais e uniformemente ocupadas por espcies generalistas.

  • RefernciasDENNIS, Roger LH; HARDY, Peter B.; DAPPORTO, Leonardo. Nestedness in island faunas: novel insights into island biogeography through butterfly community profiles of colonization ability and migration capacity. Journal of Biogeography, v. 39, n. 8, p. 1412-1426, 2012.

  • Muito Obrigada!Exemplar de Melicta athaliaFonte: http://www.learnaboutbutterflies.com

  • Gabriela KalinowskiMichele EidtMichelle ViscardiPatrcia Ossoski

    Canoas, 2015ANINHAMENTO EM FAUNAS INSULARES:

    NOVAS COMPREENSES SOBRE BIOGEOGRAFIA DE ILHAS ATRAVS DAS COMUNIDADES DE BORBOLETA E PERFIS NA CAPACIDADE DE MIGRAO E HABILIDADE DE COLONIZAOBiogeografiaProf Cristina Vargas Cademartori