biologia ecologia marinha aula 29-09-2009
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BIOLOGIA E ECOLOGIA MARINHAAula terica de 28-09-2009 SUMRIO
Formao de grupos de trabalho e distribuio de temas para a primeira apresentao terica
Breve caracterizao do meio marinho: Penetrao luminosa e fotossntese; Estratificao trmica, termoclinais e sua influncia na distribuio vertical dos nutrientes no oceano; Upwelling.
Breve caracterizao fsico-qumica dos sistemas estuarinos: Definies; Tipos de sistemas estuarinos; Variao espacial das caractersticas fsico-qumicas; Hidrodinmica e sedimentos estuarinos.
Breve caracterizao fsica do meio marinho
Biologia Marinha
Penetrao da luz na gua: um factor determinante Decrscimo da luminosidade em funo do aumento de profundidade em diversas situaes
Biologia Marinha
Actividade fotossinttica do fitoplncton em funo da diminuio da luminosidade com o aumento da profundidade
Biologia Marinha
Distribuio vertical de temperaturas Termoclinais a diversas latitudes e sua influncia
T e m 0 5 1 P r o f u n d id a d e ( m ) 0 0 0 - 5 0
p e ( r 0 a tC u r ) a 5 0
T e m 5 1 0 1
p e ( r 0 a tC u r ) a 5 2 0 2 5 0
T e m 5 1
p e ( r 0 a tC u r ) a 0 1 5 2 0
0 0
T e r m p e r m
o c l i n e a n e n t e
T e r m o c l i n e s a z o n a l T e r m p e r m o c l i n e a n e n t e
1
5
0
0
2 2
0 5
0 0
0 0
A l t a s l a t i t u d e s
B a i x a s l a t i t u d e s
M d i a s l a t i t u d e s
3
0
0
0
Biologia Marinha
Distribuio vertical das concentraes de nitratos e de oxignio dissolvido na gua
1 0 0 0 n d ic o
1 0 0 0
Corrente Golfo
P r o fu n d id a d e ( m )
P r o fu n d id a d e ( m )
2 0 0 0
2 0 0 0
Atlntico sudoeste Sul Califrnia
III
II
A t l 3 0 0 0
n t ic
o
3 0 0 0
I
P a
c
f ic
o
4 0 0 0 0
4 0 0 0 1 0 2 0 3 0 4 0 0 1 2 3 4 5 6 7
Nitratos (mgl-1)
Oxignio (mgl-1)
Biologia Marinha
Upwelling e sua importncia Processos de formao( A ) ( B )
A Desvio de correntes profundas para a superfcie por aco do relevo submarino
B Afastamento das guas superficiais como resultado do efeito de Coriolis, com subida das guas profundas
(
C
)
C Junto costa por aco do vento
Breve caracterizao fsico-qumica dos sistemas estuarinos
Pedro Proena da Cunha
Definies de Esturio
Pritchard (1967) Um esturio um corpo de gua costeiro, semi-fechado, o qual possui uma ligao livre com o mar aberto e no interior do qual a gua do mar se dilui de forma mensurvel com gua doce proveniente de drenagem terrestre.
Definies de Esturio (cont.)Fairbridge (1981) Um esturio uma entrada do mar num vale de um rio at ao limite mximo da preia-mar, sendo normalmente divisvel em trs sectores:
a) O esturio marinho ou inferior, com ligao livre ao mar aberto
b) O esturio mdio, sujeito a forte mistura de guas salgada e doce
c) O esturio superior ou fluvial, caracterizado pela presena de gua doce, mas sujeito aco diria das mars
Definies de Esturio (cont.)Day et al. (1989) Um ecossistema estuarino uma reentrncia costeira profunda com uma comunicao restrita com o mar e que permanece aberta pelo menos intermitentemente.
Definies de Esturio (cont.)Day et al. (1989), cont. O ecossistema estuarino pode ser subdividido em trs regies:
a) Uma zona de mar fluvial, caracterizada pela ausncia de salinidade, mas sujeita ao efeito das mars
b) Uma zona de mistura, o esturio propriamente dito, caracterizado pela mistura de massas de gua e pela existncia de fortes gradientes, fsicos, qumicos e biolgicos entre a zona de mar fluvial e a embocadura de um rio ou de um dela na baixa-mar
c) Uma zona de turbidez no mar aberto, junto da costa, entre a zona de mistura e a extremidade da pluma de mar no pico da baixa-mar
Definio de Lagoas Costeiras
Clark (1977) Massas de gua costeira confinadas, com passagens restritas para o mar e com escorrncia continental reduzida.
Biologia Marinha
Esturio positivo
A descarga de gua fluvial excede a evaporao no esturio. A gua doce sai do esturio superfcie enquanto a gua do mar penetra nesta junto ao fundo, dando-se a mistura de massas de gua na vertical
adapt. McLusky, 1989
Biologia Marinha
Esturio negativo
A descarga de gua fluvial inferior evaporao no esturio. Quer a gua do rio quer a do mar entram no esturio junto superfcie, saindo a gua do esturio junto ao fundo
adapt. McLusky, 1989
Biologia Marinha
Esturio neutro
A descarga de gua fluvial sensivelmente igual evaporao no esturio. A mistura das massas de gua marinha e do rio d-se na horizontal
adapt. McLusky, 1989
Biologia Marinha
Esturio altamente estratificado
A descarga de gua fluvial contnua e substancial em relao ao fluxo de mar. A gua do mar, na enchente, penetra no esturio junto ao fundo sob a forma de cunha salina
Biologia Marinha
Fiorde
Esturio altamente estratificado cuja embocadura se encontra parcialmente obstruda por moreias de glaciares. A gua doce escoa-se junto superfcie, sendo a entrada de gua do mar no esturio dificultada, sobretudo nos perodos do ano em que a descarga fluvial mais intensa
Biologia Marinha
Esturio parcialmente misturado
O fluxo de mar maior ou similar descarga fluvial, sendo a mistura de massas de gua constante. gua doce no misturada s pode ser encontrada no topo do esturio
Biologia Marinha
Esturio homogneo
So normalmente esturios de grandes dimenses. A diluio das massas de gua fluvial e marinha faz-se de forma praticamente homognea
O tempo de fluxo (T) define-se como o tempo necessrio a que toda a gua doce existente num esturio seja substituda, em funo da descarga do rio, sendo dado por:
T = Q/R
Q - volume de gua do rio 3 acumulada no esturio (m 3)3 -1 R fluxo do rio (m 3. s -1)
Sistema de Veneza (1958), por Carriker em 1967Neste sistema consideram-se seis seces fundamentais num esturio: - Zona limntica: Rio, salinidade inferior a 0,5 %o - Zona oligohalina: Topo do esturio, salinidade de 0,5 a 5 %o - Zona mesohalina: Seco superior do esturio, salinidade de 5 a 18%o - Zona polihalina: Abrangendo as seces mdia e inferior do esturio - Seco mdia: Salinidade de 18 a 25 %o - Seco inferior: Salinidade de 25 a 30 %o - Zona euhalina: Barra, salinidade de 30 a 35 %o
Distribuio linear e no linear das concentraes de diversos constituintes qumicos e de algumas outras caractersticas em meios estuarinos em funo da salinidade
Biologia Marinha
adapt. McLusky, 1989
. Salinidade- expressa em permilagem . Variao de outros factores segundo escalas arbitrrias
Biologia Marinha
Eroso, transporte e deposio de sedimentos estuarinos em funo da velocidade de circulao da gua e da dimenso das partculas
Contedo do sedimento em gua (%)
adapt. McLusky, 1989
Biologia Marinha
Velocidade a que se d a sedimentao para diversos tipos de materiaisTipos de material Areia fina Areia muito fina Silte Silte Silte Silte Argila Argila Argila Argila Argila Dimetro mdio (mm) 250-125 125-62 31,2 15,6 7,8 3,9 1,95 0,98 0,49 0,25 0,12-1 Velocidade (m.dia -1)
1040 301 75,2 18,8 4,7 1,2 0,3 0,074 0,018 0,004 0,001
adapt. McLusky, 1989