boletim 61

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Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR 61 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM Abril Maio Junho 2012 Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt Editorial Em 15 de Agosto de 1498, a rainha D. Leonor ao fundar aquela que viria a ser a primeira Misericórdia do país, não poderia supor que estava a imple- mentar a maior associação de fiéis sob a forma de Confrarias ou Irmanda- des que tinham como acção benemérita praticar obras de caridade no domínio da assistência social. Também não teria a noção que um dia esse movimento viesse a ser a maior rede de voluntários de Portugal, com o objectivo “tudo dar, sem nada receber em troca”. Este movimento organizado de voluntários espalhou-se por outros conti- nentes, levado por portugueses, na sua aventura de “dar ao mundo novos mundos” espalhando a fé e a cristandade, o amor e a fraternidade entre os povos. Terminadas as comemorações dos 512 anos no passado dia 31 de Maio, gostava de manifestar a nossa maior admiração e grande apreço por Todos os que voluntariamente serviram a Santa Casa da Misericórdia de Santarém durante estes cinco séculos. Nunca será demais enaltecer a figura daqueles que, ao longo da vida desta Santa Casa, elevaram mais alto esse sublime sentimento de dádiva e que o materializaram tanto à custa da partilha dos seus bens pessoais, como na abnegação da sua vida privada. A Santa Casa ao comemorar 512 anos de existência, não comemora ape- nas o facto de ser uma pentasecular instituição atenta à modernidade e à emergência das necessidades sociais, celebra também, todos os Irmãos Perpétuos e Beneméritos que, sempre se caracterizaram pelo grande amor que tinham à cidade de Santarém em geral e ao grande carinho pela sua Misericórdia em particular. Na portaria do antigo Hospital de Jesus Cristo encontram-se inscritos em duas placas de mármore, para memória futura, os nomes dos Irmãos Perpé- tuos que através da sua acção, exemplo e dedicação foram reconhecidos pela Misericórdia e pela grande maioria dos seus conterrâneos. Bem Hajam pelos belos exemplos de generosidade e de voluntariado que nos legaram! COMEMORAÇÕES DOS 512 ANOS [ Maria José Casaca ] Durante o mês de Maio decorreram as Comemorações dos 512 anos da Misericórdia. Ao olharmos para o programa salta-nos de imediato à vista que toda a Santa Casa se envolveu, todos participaram de diferentes formas nas atividades planeadas. Desde a abertura das Comemorações no dia 2, em que a Mesa Administrativa reuniu com responsáveis técnicas das diferentes áreas da Instituição, até ao dia 31, que todos nos voltá- mos a juntar para as encerrar, após a Eucaris- tia de Ação de Graças celebrada na Igreja de Jesus Cristo, por sua Ex. Rev. o Bispo de Santa- rém coadjuvado pelo nosso Capelão Padre Vítor Alcobia. Esta data ficará assinalada na história da Misericórdia, pois para acabar este dia, o Pro- vedor e todos os Mesários acompanharam D. Manuel Pelino Domingos para a bênção das novas instalações do serviço de Apoio Domi- ciliário, que ao fim de 23 anos teve autonomia espacial de outras respostas sociais. Quando olhámos à volta vimos as caras de todos nós a sorrirem de felicidade partilhada e dissemos: “Valeu a pena esperar…”, foi feito por nós e para nós e faz sentido porque se dirige aos outros, aos que estão nas suas casas a aguardarem que até eles chegue o sorriso amistoso das colegas que os vão “cuidar”. (Continua na página 2)

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Boletim 61

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  • Mrio Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

    61 informativo

    boletim

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARMSANTARMSANTARMSANTARM

    Abril Maio

    Junho

    2012

    Distribuio Gratuita | Publicao Trimestral www.scms.pt

    Editorial

    Em 15 de Agosto de 1498, a rainha D. Leonor ao fundar aquela que viria a ser a primeira Misericrdia do pas, no poderia supor que estava a imple-mentar a maior associao de fiis sob a forma de Confrarias ou Irmanda-des que tinham como aco benemrita praticar obras de caridade no domnio da assistncia social. Tambm no teria a noo que um dia esse movimento viesse a ser a maior rede de voluntrios de Portugal, com o objectivo tudo dar, sem nada receber em troca.

    Este movimento organizado de voluntrios espalhou-se por outros conti-nentes, levado por portugueses, na sua aventura de dar ao mundo novos mundos espalhando a f e a cristandade, o amor e a fraternidade entre os povos.

    Terminadas as comemoraes dos 512 anos no passado dia 31 de Maio, gostava de manifestar a nossa maior admirao e grande apreo por Todos os que voluntariamente serviram a Santa Casa da Misericrdia de Santarm durante estes cinco sculos. Nunca ser demais enaltecer a figura daqueles que, ao longo da vida desta Santa Casa, elevaram mais alto esse sublime sentimento de ddiva e que o materializaram tanto custa da partilha dos seus bens pessoais, como na abne gao da sua vida privada.

    A Santa Casa ao comemorar 512 anos de existncia, no comemora ape-nas o facto de ser uma pentasecular instituio atenta modernidade e emergncia das necessidades sociais, celebra tambm, todos os Irmos Perptuos e Benemritos que, sempre se caracterizaram pelo grande amor que tinham cidade de Santarm em geral e ao grande carinho pela sua Misericrdia em particular.

    Na portaria do antigo Hospital de Jesus Cristo encontram-se inscritos em duas placas de mrmore, para memria futura, os nomes dos Irmos Perp-tuos que atravs da sua aco, exemplo e de dicao foram reconhecidos pela Misericrdia e pela grande maioria dos seus conterrneos.

    Bem Hajam pelos belos exemplos de generosidade e de voluntariado que nos legaram!

    COMEMORAES DOS 512 ANOS [ Maria Jos Casaca ]

    Durante o ms de Maio decorreram as Comemoraes dos 512 anos da Misericrdia.

    Ao olharmos para o programa salta-nos de imediato vista que toda a Santa Casa se envolveu, todos participaram de diferentes formas nas atividades planeadas.

    Desde a abertura das Comemoraes no dia 2, em que a Mesa Administrativa reuniu com responsveis tcnicas das diferentes reas da Instituio, at ao dia 31, que todos nos volt-mos a juntar para as encerrar, aps a Eucaris-tia de Ao de Graas celebrada na Igreja de Jesus Cristo, por sua Ex. Rev. o Bispo de Santa-rm coadjuvado pelo nosso Capelo Padre Vtor Alcobia.

    Esta data ficar assinalada na histria da Misericrdia, pois para acabar este dia, o Pro-vedor e todos os Mesrios acompanharam D. Manuel Pelino Domingos para a bno das novas instalaes do servio de Apoio Domi-cilirio, que ao fim de 23 anos teve autonomia espacial de outras respostas sociais.

    Quando olhmos volta vimos as caras de todos ns a sorrirem de felicidade partilhada e dissemos: Valeu a pena esperar, foi feito por ns e para ns e faz sentido porque se dirige aos outros, aos que esto nas suas casas a aguardarem que at eles chegue o sorriso amistoso das colegas que os vo cuidar.

    (Continua na pgina 2)

  • 2

    Editori al 1

    Comemorao dos 512 Anos 1

    Comemorao dos 512 Anos (cont.) 2

    Worksh op: Recuperar p ossvel: reabi lita-o func ional

    3

    O Tempo d a Pessoa 3

    Creche e Pr-Escolar Os amigui nhos - Dia aberto

    4

    Creche e Pr-Escolar Os amigui nhos - Brincar e Aprende r co m a ali mentao

    4

    UCCLD Hospi tal de Jesus Cristo - 1 Aniversrio

    5

    Monumental Celestino Graa - Reflexes 6

    Memri a do Temp o 7

    As novas Instalaes das Resp. Soci ais: Serv. Apoio Do micili ri o e AD. In tegrad o

    7

    Lugares da Memri a | Museu Hospitalar 8

    Notci as Bre ves 9

    Obras de Misericrdi a - Visitar os presos 10

    Envelhecimento Activo 12

    Protocolo SCMS/HDH 12

    Feira d a Euro pa | 7 Edio | Our m 11

    PROPRIEDADE

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Largo Cndido dos Reis, 17 | 2001-901 Santarm

    Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

    DIRECTOR

    Provedor Eng Mrio Augusto Car ona Henri que s Rebelo

    EDITOR

    Eng Emlia Daniel Leito

    EXECUO GRFICA

    Antni o J. L. Monteiro

    TIRAGEM

    550 ex.

    DEPSITO LEGAL

    112397/97

    PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PBLICA

    D.R. N 46 - 1 SRIE - D.L. N 119/83, 25-2

    ACABAMENTO E IMPRESSO

    Garrido Artes Grficas - Alpiara

    Foi um ms de reforo e exigncia de participao de todos, mas ao chegar o final da tarde, a Misericrdia estava mais rica. A Misericrdia no centrou as suas atividades comemorativas exclusivamen-te no ms de Maio, elas foram planeadas e postas aprovao dos dirigentes com a antecedncia que permitiu a sua dina-mizao, pois ao reportarmo-nos de novo para o Programa, percebemos que o envolvimento no s institucional, h que ter em conta os que generosamente contriburam para divulgar esta Casa e a sua ao, permitindo o aumento de com-petncias atravs da partilha de conheci-mentos especficos de cada um dos parti-cipantes nos diferentes workshops, ate-liers e sesses de esclarecimento.

    Num perodo de vivncia conturbada do nosso pas, no era possvel que a Miseri-crdia no o propusesse reflexo e foi assim mesmo que desafimos todos, des-de os responsveis polticos, aos peritos e comunidade em geral que nos acompa-nhasse no dia 28, no auditrio do teatro S da Bandeira no II Ciclo de Conferncias de Economia Social, subordinado ao tema: Crise, uma oportunidade.

    O Senhor Ministro da Solidariedade e Segurana Social, na sesso de abertura remeteu-nos para a responsabilidade de todos na resoluo dos problemas, para os apoios que podemos usar e para a disponibilidade com que podemos con-tar.

    A Dr. Mariana Ribeiro, presidente do Instituto da Segurana Social e o Dr. Oct-vio Oliveira, presidente do Instituto do Emprego e Formao Profissional, esclare-ceram sobre os recursos e as alternativas na busca de solues para as dificuldades que diariamente se vivem nas organiza-es do 3 setor.

    O professor Jos Crespo de Carvalho e o professor Joo Csar das Neves, foram os peritos convidados, que deixaram uma mensagem de esperana para a resoluo de uma crise de que todos falamos, mas cuja resoluo ainda no se avista, no deixaram os seus crditos em mos alheias, deixaram-nos material para pensar, para discutir, enfim, para reforar a nossa cidadania participativa.

    Todos no somos de mais para um tra-balho que se quer articulado e integrado, rentabilizando recursos e partilhando conhecimentos.

    A Santa Casa da Misericrdia de Santa-rm promoveu o debate, disponibilizou-se para a partilha o que significa que no nos atemorizamos com as dificuldades dos tempos atuais, a nossa idade d-nos confiana para enfrentar o futuro. Tal como em 1500 a fora da Misericrdia est na sua capacidade de se regenerar e gerar esperana atravs do suporte humano com que conta nas suas diferen-tes reas.

    A Todos os Irmos resta-nos dizer Para-bns, por mais um ano desta to prezada Instituio.

    (Continuao da pgina 1)

    QUOTAS Lembram-se os Irmos que ainda no efectuaram o pagamento da sua quota referen-

    te ao ano de 2012 (ou anteriores) que o podero fazer directa e pessoalmente na Secre-taria dos Servios Administrativos ou enviando a respectiva importncia atravs de cheque ou vale de correio para o endereo abaixo indicado.

    Relembramos igualmente que o valor da referida Quota de 12,00/ano.

    SSSSaaaannnnttttaaaa CCCCaaaassssaaaa ddddaaaa MMMMiiiisssseeeerrrriiiiccccrrrrddddiiiiaaaa ddddeeee SSSSaaaannnnttttaaaarrrrmmmm

    LLLLaaaarrrrggggoooo CCCCnnnnddddiiiiddddoooo ddddoooossss RRRReeeeiiiissss,,,, nnnn11117777

    AAAA ppppaaaarrrrttttaaaaddddoooo 22223333

    2222000000001111----999900001111 SSSSaaaannnnttttaaaarrrrmmmm

  • 3

    O tempo ocupa uma importncia sobe-jamente conhecida na nossa vida pes-soal, profissional e nos mais variados contextos.

    No passado dia 18 de Maio, tivemos oportunidade de dar tempo ao tempo para conversarmos sobre as pessoas, o tempo, o tempo das pessoas o tempo dos profissionais, o tempo das organiza-es, o tempo para que as mudanas possam ocorrer.

    Nesta estimulante conversa, estive-ram presentes trs preletores que nos trouxeram o seu conhecimento, a sua experincia, facilitando deste modo a conversa e a partilha entre todos os par-ticipantes.

    O Prof. Dr. Hermano Carmo refletiu sobre a perspetiva do tempo cronolgi-co, o tempo da histria, o tempo entre as diferentes culturas, o tempo que dispo-mos para organizar a nossa vida, do cum-

    primento das tarefas, o tempo dos proje-tos, o tempo que nos aprisiona e nos deixa acorrentados, entre o que se torna prioritrio e que nos obriga cada vez mais a sermos gestores do nosso tempo e fundamentalmente da nossa vida.

    A Dr Regina Tralho abordou a ques-to do tempo, tendo por base trs importantes conceitos, a liberdade, a criatividade e a transcendncia.

    Reportando para a necessidade que todas as pessoas o devem ter para esco-lher, projetar e pensar na sua mudana.

    A Dr. Teresa S direcionou a sua pers-petiva para a necessidade de crescimen-to dos profissionais e por vezes dos egosmos que nos aprisionam e no nos permitem danar, ou seja agir a um ritmo diferente.

    Foi um tempo muito produtivo, em que conseguimos dar tempo ao tempo para pensarmos nas pessoas com as quais trabalhamos, mas tambm nas pessoas que somos e como podemos por vezes mudar a nossa perspetiva da interveno e dos outros, quando damos tempo ao tempo, para parar, pensar e refletir sobre as nossa praticas.

    O Tempo da Pessoa [ Mafalda Monteiro ]

    No mbito das comemoraes do 512 aniversrio da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, foi realizado, no dia 22 de Maio de 2012, um Workshop intitulado Recuperar possvel: reabilitao funcio-nal, tendo como destinatrios os familia-res/cuidadores dos clientes desta Institui-o.

    O pretendido pelos oradores, Terapeutas Elsa Coelho e Maria Machado (Terapeutas Ocupacionais) e Terapeutas Mrio Siqueira e Andreia Lus (Fisioterapeutas), e que aca-bou por ser alcanado, foi no s uma mera exposio terica mas, primordialmente, uma partilha de conhecimentos e vivncias onde alm de se debater o tema reabilitao, se mostraram ajudas tcnicas e se forneceram algumas estratgias para que o cuidador possa desempenhar este seu papel da melhor forma.

    Workshop Recuperar possvel: reabilitao funcional

    [ Maria do Sameiro ]

  • 4

    Dando continuidade sesso Os legu-mes so nossos amigos, realizada no dia 25 de Maio de 2012 pela Tcnica de Die-ttica e Nutrio Ctia Incio, nas salas de Creche e Pr-Escolar desenvolveram-se atividades ldicas relacionadas com a alimentao, para que atravs dos senti-dos as crianas pudessem conhecer melhor as caratersticas dos vrios ali-mentos. Nas salas de Creche realizaram-se jogos de descoberta de sabores, o jogo

    das sensaes que permitiu aos mais pequeninos mergulhar num mundo de cores e sabores, em grandes taas de gelatina e explorar livremente atravs dos sentidos. A construo de puzzles em grandes dimenses com figuras de ali-mentos foi outra das atividades realizada pelas crianas da Creche, assim como uma pequena dramatizao em que os protagonistas foram diversos legumes animados, para que as crianas percebes-

    sem a importncia de cada um na nossa sade.

    Em Pr-Escolar, escolhemos diversas frutas para que as crianas realizassem um jogo de descoberta. Assim numa pri-meira etapa do jogo realizado em cada sala, as crianas puderam tocar nas frutas e conhecer as suas caratersticas. De seguida foi-lhes dado a provar uma fruta e com os olhos vendados teriam que conseguir adivinhar que frutas estavam a provar.

    Para finalizar as atividades, as crianas de Pr-Escolar fizeram uma salada de frutas para o almoo de todos!

    nos primeiros tempos de vida que as crianas comeam a formar os hbitos alimentares que, posteriormente, sero mais difceis de alterar. Por isso, de extrema importncia que o padro ali-mentar que se vai estabelecer seja saud-vel, o que poder em grande parte garan-tir, futuramente, um bom estado de sa-de, um rendimento adequado e um bom desenvolvimento e bem-estar, resultando numa maior qualidade de vida.

    No dia 25 de Maio de 2012, decorreu uma sesso de educao alimentar, junto dos pais e avs das crianas frequentado-ras da Creche e Pr-Escolar Os Amigui-nhos, proferida pela tcnica de diettica e nutrio, Ctia Incio. Esta iniciativa, referente s comemoraes do Dia Aber-to, intitulada Os legumes so nossos amigos, apresentou como objetivo sensi-bilizar os educadores para a adoo de hbitos alimentares saudveis. No total

    participaram vinte e um pais e avs, das crianas das diferentes salas, cujas idades dos educandos variavam entre os 9 meses e os 5 anos.

    Perante um grupo que compreendia diferentes fases da infncia, abordou-se a diversificao e a implementao de hbi-tos alimentares saudveis, de forma a conseguir atingir as expetativas de todos os participantes.

    O crescente interesse dos pais e avs pela temtica abordada fez com que a sesso fosse muito dinmica, com a parti-lha de experincias relacionados com a introduo de alimentos e a implementa-o de hbitos alimentares saudveis. Tambm foram lanados possveis proble-mas que podem surgir na alimentao infantil, com a apresentao de solues.

    No final da sesso foram esclarecidas dvidas sobre o tema abordado e tam-

    bm por solicitao de alguns pais foi feito um aconselhamento em situaes especficas.

    Como concluso podemos constatar que cada criana tem o seu ritmo de cres-cimento e desenvolvimento e deve ser respeitado, sem esquecer o papel estrutu-rante da famlia.

    CRECHE e PR-ESCOLAR Os Amiguinhos | Dia aberto

    [ Ctia Incio | Tcnica de Diettica e Nutrio ]

    Dia aberto da CRECHE e PR-ESCOLAR -Os Amiguinhos - Brincar e Aprender com a Alimentao

    [ Rita Pais ]

  • 5

    A Unidade de Cuidados Continuados de Longa Durao e Manuteno - Hospital de Jesus Cristo, da Santa Casa da Miseri-crdia de Santarm, comemorou no dia 1 de Junho de 2012 o seu primeiro anivers-rio.

    Este dia foi comemorado atravs de vrias atividades, sendo uma delas a din-mica de grupo com os clientes na qual se desenvolveram abordagens sobre a Uni-dade, o tempo de internamento de cada cliente, os seus gostos e insatisfaes com o servio prestado. Posteriormente, os nossos clientes visualizaram uma seleo de fotografias, na qual lhes foi pedido que as comentassem, trazendo memria momentos vividos. No perodo da tarde, todos os colaboradores e clientes canta-ram os parabns e recordaram vrios momentos vivenciados ao longo deste primeiro ano de existncia. Um pouco mais tarde, e com a colaborao da artista plstica Fernanda Narciso, realizaram-se atividades de estimulao sensorial com todos os ckientes, mesmo os que se encontravam no quarto. Esta dinmica foi conseguida com a utilizao de fantoches

    e msica.

    Ao longo deste ano, a Unidade deu res-posta a 72 pessoas, oriundas da regio de Lisboa e Vale do Tejo e com necessidades, ou de cuidados de longa durao ou para descanso do seu cuidador principal, tendo sempre uma taxa de ocupao superior a 90%.

    preponderante manter a dinmica estabelecida e continuar a melhorar a prestao de cuidados, as atividades reali-zadas com os clientes, as relaes inter-pessoais e o trabalho em equipa, nunca esquecendo que o nosso objetivo o bem-estar e a manuteno da qualidade de vida dos clientes.

    Devemos continuar a desenvolver o nosso trabalho, direcionado para os dife-rentes momentos e circunstncias da pr-pria evoluo das doenas e das situaes sociais dos clientes, promovendo o seu maior nvel de independncia e participa-o, e reforando as capacidades e com-petncias dos seus cuidadores para lidar com estas situaes.

    Unidade de Cuidados Continuados de Longa Durao e Manuteno - Hospital de Jesus Cristo| 1 Aniversrio

    [ Vanessa Gomes ]

  • 6

    MONUMENTAL Celestino Graa - Reflexes

    [ Casimiro Santos ]

    Sem pretenso a registos histricos, sabe-se que remonta ao ano de 1825, a pro-moo do espectculo tauromquico, organizado pelas Santas Casas, no sentido da obteno de fundos para ajudar a sus-tentao dos mais pobres, que as mesmas tinham a seu cargo.

    Recintos com adaptaes primrias, praas de toiros doadas para explorao ou adquiridas pelas Santas Casas, outras mesmo construdas de raiz com apoio de benemritos; eram, e so locais privilegia-dos exibio da dita valentia dos nobres, com retoques de galhardia dos amantes desse espectculo, sedentos de fama, que muitas vezes terminava em morte.

    Toiro. Matria prima por excelncia.

    Admirvel na sua entrega na luta. Peri-gosamente imponente. Obra de arte acompanhada e acabada com carinho por ganaderos, maiorais e campinos, tambm eles postos prova.

    Cavalos espectaculares. Cavaleiros dese-nhando figuras de toureiro da mais alta qualidade. Forcados - um todo de valentia e raa. Matadores - Senhores que sabem dignificar a morte como final de lide, levantando uma exploso de aplausos entre msica e ols.

    O pblico - Indispensvel em quantidade e qualidade.

    ele que representa a desejvel fonte de recolha de fundos.

    Este quadro que felizmente chegou at ns, mostra a virtualidade e riqueza deste tipo de espectculos, que vem sobrevi-vendo ao longo dos anos, pese embora algumas vicissitudes de permeio.

    Ter sido talvez, mesmo pelas suas carac-tersticas mais ldicas e emblemticas que historicamente as Santas Casas, associam orgulhosamente as suas Praas de Toiros, no s a uma fonte de eventuais receitas, como tambm a um registo que as mes-mas proporcionam em termos mediti-cos, levando a imagem das Misericrdias generalidade da populao portuguesa e no s.

    assim neste particular, que a nossa Monumental Celestino Graa se enqua-dra.

    Alteraes polticas e sociais, aconse-lham-nos a repensar com toda a ateno a gesto da nossa praa.

    A exemplo de outras Misericrdias, tam-bm ns interviemos com obras de manu-teno, mas apenas na sua estrutura, evi-tando males maiores.

    Fizemo-lo a custos reduzidos, com o conforto que nos d a relao manuten-o/proveitos.

    Mas olhando o futuro importante ter-mos em ateno alguns indicadores:

    Pese embora a tauromaquia ser o segun-do espectculo com mais pblico, o mesmo tem diminudo,

    A falada proibio oficial dos municpios de subsidiarem a nenhum ttulo os even-tos tauromquicos,

    A generalidade dos mesmos ao afirmar que os espectculos do prejuzo (confirmado pelo nmero reduzido de espectadores),

    Os ganaderos no poderem vender toi-ros a preos mais baixos,

    Os artistas no estarem sensveis a actuar a cachet mais baixo,

    A actual reduzida capacidade econmi-ca do cidado normal, pontuar-se mais pela ausncia aos espectculos,

    Os concessionrios das Praas esforam-se por cumprir os correspondentes con-tratos, verificando-se mesmo e j, nalgu-mas praas, a ausncia de concorrentes aos concursos abertos, e mesmo desis-tncia antes do trmino dos contratos.

    Este e outros episdios preocupantes, aconselham em nosso entender que os intervenientes da Festa dos Toiros se concentrem mais no colectivo do espect-culo, do que no interesse individual,

    Porque somos proprietrios de uma Praa de Touros,

    Porque o encaixe anual que a mesma nos tem proporcionado, advm de espectculo tauromquicos,

    Porque partilhamos a defesa deste

    espectculo to do agrado da generali-dade dos portugueses,

    Porque acreditamos que talvez os bilhe-tes possam ser mais baratos,

    Porque acreditamos que iremos pro-gressivamente assistir a espectculos montados com mais qualidade; aquele que o pblico merece e tem direito, e que por fora disso assistiremos a um maior fluxo de espectadores.

    Ficamos confiantes que a Monumental Celestino Graa poder voltar a apresen-tar enchentes com pblico entusiasmado.

    Confiantes tambm que os agentes eco-nmicos da nossa cidade, partilhem desta leitura, e que se envolvam em projecto colectivo, j que por isso tambm sairo beneficiados.

    Bem haja a todos

  • 7

    As Novas Instalaes das Respostas sociais: Servio de Apoio Domicilirio (SAD) e Apoio Domicilirio Integrado (ADI)

    [ Odete Lus ]

    A Santa Casa da Misericrdia de Santa-rm que manifestamente tem crescido, tornando-se Entidade credvel, confivel e com reconhecimento na comunidade, pelos servios que desenvolve e pelo envolvimento dos seus profissionais, na promoo do empowerment dos seus clientes, tem novas instalaes para as Respostas Sociais de Servio de Apoio Domicilirio e Apoio Domicilirio Integra-do, cuja inaugurao ocorreu no mbito das comemoraes do seu 512 anivers-rio, em 31 de Maio, Dia de Nossa Senho-ra da Visitao.

    Esta conquista resulta da conjugao de esforos de todos aqueles que se envolveram diretamente neste projeto e representa mais uma etapa na longa caminhada desta Instituio.

    Revela tambm o empenho e o esforo da Mesa Administrativa, atualmente em funes, pelas decises tomadas na reali-zao desta obra, to necessria, para as instalaes destas Respostas Sociais, de forma a dignificar e a melhorar o seu fun-cionamento.

    Estas Respostas Sociais que se caracteri-zam, pelos servios prestados nos domic-lios dos clientes, tm como principais objetivosobjetivosobjetivosobjetivos :

    Promover a autonomia das pessoas dependentes, para melhorar a sua qua-lidade de vida em casa.

    Apoiar a pessoa, facilitando a satisfa-o das suas necessidades bsicas atra-

    vs de:

    Acompanhamento psicossocial

    Vigilncia do seu estado de sade

    Cuidados de higiene pessoal e do seu ambiente

    Tratamento de roupa

    Transporte e distribuio de refeies

    Arrumao e pequenas limpezas no domiclio

    Acompanhamento ao exterior

    Integrao em atividades ldicas e de convvio promovidas pela Instituio.

    Apoiar as famlias na resoluo de pro-blemas de carcter social e desenvolver com elas uma relao de parceria na promoo da autonomia da pessoa dependente.

    Ao nvel da interveno social com os clientes SAD e ADI, os servios so presta-dos diariamente, durante os 365 dias do ano.

    A rea de interveno Social, destas Respostas Sociais, estende-se s fregue-sias de Marvila, S. Nicolau, S. Salvador, Vale de Santarm, Pvoa da Isenta e Almoster.

    Estes cuidados prestados no domiclio dos clientes podem constituir um ato de amor e proporcionar um sentido de vida, atravs da relao afetiva que se estabelece.

    So pequenas ajudas que podem dar sentido vida!

    Gazeta de Lisboa,

    Edies 1-151 pg. 524

    31 de Maio de 1825

    _

    Nos dias 12, 13, 24, e 29 do corrente mez de Junho ho de correr-se Touros na Villa

    de Santarm. Este divertimento teve primei-ramente por objecto festejar e applaudir a

    preconisada vinda de S. M. F. ElRei Nosso Senhor a esta Villa; porm com bastante

    magoa dos moradores della no tem podi-do verificar-se aquele fim; entretanto como

    Sua Magestade foi Servido (annuindo s supplicas da Meza da Santa Casa da Miseri-

    cordia) conceder, por effeitos de Sua Real Munificencia, licena para as mencionadas

    corridas de Touros, he por isso que elles devem ter lugar nos referidos dias.

    O apparato e os cooperadores desta funo promettem um espectaculo brilhan-

    te; a Praa para isso designada, he pelo gosto e magnificncia da sua construo,

    digna dizer-se a melhor do Reino; os Tou-reiros assim de cavallo, como de p, so

    dos mais acreditados na sua arte; os Touros so das melhores raas do Riba-tjo; em fim

    mascaras, exhibies, danas, e apparatosas caraas, tudo promette hum magnifico

    espectculo.

    Pelo lado do agradvel parece merecer

    muito; mas pelo lado da utilidade, este divertimento se torna muito mais recom-

    mendavel: o produto do divertimento reverte todo em beneficio do Hospital Real

    de Jesus da mesma Villa, ao qual ElRei N. S. foi Servido Conceder esta Graa.

    Todas as vezes que se junta o agradvel ao til, consegue-se tudo quanto cabe nos

    projectos do homem; no espectculo men-cionado conseguem-se ambos os fins, e

    como tal elle se torna no s digno de con-templao, mas ajuda da concorrncia de

    todos que prezarem divertir-se e interessar huma casa, que tem por objecto o amor e o

    bem da humanidade.

    N.B. Os lugares de sombra so a 240 rs.,

    e os do Sol a 160.

    MEMRIA DOS TEMPOS

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    Lugares de Memria | MUSEU HOSPITALAR [ Emlia Leito ]

    A importncia do Patrimnio artstico-cultural ou monumental, enquanto memria do desenvolvimento das socie-dades e ainda o seu papel na construo do futuro, constitui um testemunho incontornvel do passado, mantendo viva a memria dos povos, contribui decisiva-mente para o reforo da sua identidade e , hoje, encarado como um recurso insubstituvel para o desenvolvimento.

    Um museu , na definio do Internatio-nal Councilof Museums: uma instituio permanente, sem fins lucrativos, ao servi-o da sociedade e do seu desenvolvimen-to, aberta ao pblico e que adquire, con-serva, investiga, difunde e expe os teste-munhos materiais do homem e do seu meio ambiente para a educao e deleite da sociedade. Ou dando uma definio mais potica, do Instituto Brasileiro de Museus: Os museus so casas que guar-dam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e instituies que ganham corpo atravs de imagens, cores, sons e formas. Os museus so pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes: Os museus so conceitos e prticas em meta-morfose.

    As Santas Casa da Misericrdia foram, ao longo dos sculos, importantes plos de desenvolvimento e evoluo da vida sociocultural das cidades onde esto implantadas e muito particularmente um auxlio importante no que diz respeito assistncia sade, o que decorre do seu objectivo de exercer as obras de miseri-crdia. A maior parte das Misericrdias tinha um hospital associado, muitas vezes apoiado pelas ordens religiosas que a prestavam servio. As antigas instituies, j no incio do sc. XIX, passaram, em pouco tempo, do abrigo de caridade e de compaixo, para a prtica hospitalar e consequente laicizao. Isto implicou o descarte de peas religiosas, pinturas, esculturas e outras peas que adornavam o interior das instituies.

    Estes e outros objectos usados para a cura, anlises, tratamento e cirurgias de doentes ou livros, documentos e at mobilirio, podem constituir a base para as coleces de um Museu hospitalar que, quanto mais diversificado for, maior inte-resse despertar no pblico.

    Assim, e tendo em vista algum material que a Santa Casa da Misericrdia de Rio Maior cedeu SCM de Santarm, por oca-sio do encerramento do seu hospital e outro j na sua posse, decidiu a Mesa Administrativa, na tentativa de contribuir para um servio pblico de informao, educao e celebrao da memria do Hospital de Jesus Cristo e da histria da cidade, trazer a lume algumas peas com a formao de um Museu Hospitalar da SCMS que vir, de certeza, trazer uma mais-valia, cidade de Santarm, contri-buindo para o seu desenvolvimento e histria.

    Para o crescimento deste projecto e optimizao do cumprimento dos objecti-vos, necessrio estabelecer protocolos com outras instituies, empresas ou universidades, arranjar colaboradores e at patrocinadores.

    Sendo assim, vimos solicitar a todos os Irmos que, eventualmente, tenham na sua posse materiais ligados prtica da medicina que contribuam para o enrique-cimento deste Museu, em constituio, atravs da doao de peas alusivas ao assunto, como fotografias antigas do Hospital de Santarm, histrias com ele relacionadas, publicaes, livros, diplo-mas, frascos de medicamentos, louas, instrumentos, malas, receitas antigas, tubos, provetas Estas ficaro devida-mente registadas em nome do doador.

    A palavra hospital de raiz latina e de origem relativamente recente. Vem de hspede, porque antigamente nessas casas eram recebidos peregrinos, pobres e enfermos. Hospitium era o lugar em que se recebiam hspedes. Deste vocbulo derivou o termo hospcio, estabelecimen-to ocupado permanentemente por enfer-mos, pobres, incurveis e insanos. Sob o nome de hospital ficaram designadas as casas reservadas para o tratamento tem-porrio dos enfermos. O hospital tem a sua origem numa poca muito anterior era crist. Mas foi o cristianismo que impulsionou e desenvolveu novos hori-zontes e novos servios de assistncia.

    Os museus tm um papel activo e mlti-plo na sociedade. A diversidade dos mate-riais tem um propsito comum: a preser-vao da memria colectiva da sociedade expressa atravs do patrimnio cultural e natural, tangvel ou no. No entanto, para o fazer, s far sentido se estiver associa-

    do acessibilidade e interpretao dessa memria. Desta forma, os museus possibi-litam a partilha, avaliao e compreenso do nosso patrimnio. Da o interesse da participao de toda a comunidade que melhor conhecendo o seu patrimnio, melhor o poder proteger e amar.

    A temtica da museologia ligada sa-de e aos hospitais ainda pouco difundi-da, sobretudo em Portugal. Considerando a importncia de preservar, dinamizar e dar vida a um conjunto de equipamentos com histria, em poder da SCMS, vimos dar o primeiro passo para a criao de um Museu Hospitalar. Para isso precisamos de si. Contribua com peas, documentos ou sugestes. Desde j um muito OBRIGADA pela vossa participao, na certeza que estaro contribuindo para o enriqueci-mento cultural da vossa cidade, para a sua histria e para a prestao de um servio de interesse pblico.

    Caminhada

    No mbito das comemoraes dos 512 anos da Misericrdia, organizmos no passado dia 26 de Maio, uma caminhada para os colaboradores e voluntrios da Instituio,

    O objetivo da mesma foi a criao de novos espaos de convvio e interao entre ambos os interventores.

    Na organizao desta caminhada conta-mos com a colaborao da Prof. Paula Gomes que organizou um percurso pela cidade e que terminou no Centro de Ativi-dade de Tempos Livres - Quinta do Boial, num almoo convvio.

    A opinio de todos os participantes foi unnime e apelaram para a realizao de atividades deste tipo, promovendo deste modo uma maior interao entre todos.

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    NOTCIAS BREVES Rebelo, o Vice-Provedor Lus Valente e o Mesrio Jos Cunha.

    Na apresentao do livro de Maria de Lurdes Vstia, Avieiros - Dores e Maleitas, estiveram presentes o Prove-dor Mrio Rebelo, o Vice-Provedor Lus Valente, as Mesrias Emlia Leito e Cremilda Salvador, e os Mesrios Jos Cunha e Casimiro Santos.

    O Mesrio Jos Cunha esteve presente no teatro do Grupo Cultural Scalabitano, na apresentao da pea cujo produto reverteu a favor do Lar dos Rapazes.

    O Vice-Provedor e a Mesria Cremilda Salvador estiveram presentes na conferncia sobre Eficincia Energtica, sen-do que a Mesria Cremilda Salvador tambm participou na reunio da CMS sobre: Ondas de Calor, que veio alertar para a necessidade de acautelar os idosos e crianas.

    Participaram na aco de inspeco da Comisso Europeia referente s ddivas do Banco Alimentar da Comunidade Europeia, os Mesrios Jos Cunha e Casimiro Santos.

    O Mesrio Casimiro Santos esteve presente na exposio Portugal e a II Guerra Mundial, de homenagem a Aristides de Sousa Mendes.

    O Mesrio Casimiro Santos reuniu com os representantes da CMS, Segurana Social e Lar de Santo Antnio na sequncia da tentativa de resoluo do problema de um imvel per-tencente s 4 instituies.

    O Mesrio Casimiro Santos reuniu com o Arquiteto Lus de Freitas e o Eng. Diogo Gomes da CMS para fazer a entrega dos documentos correspondentes ao projecto das vivendas da judiaria.

    No dia 26 de Maio, estiveram na inaugurao do Centro de Investigao Professor Doutor Verssimo Serro, o Provedor Mrio Rebelo e os Mesrios Emlia Leito, Jos Cunha, Casi-miro Santos e Cremilda Salvador.

    O Correio do Ribatejo ofereceu SCMS a medalha comemo-rativa do seu 1 centenrio.

    Participaram nas cerimnias da Pscoa, na procisso do enterro do Senhor, o Provedor e os Mesrios da SCMS.

    O Provedor Mrio Rebelo esteve presente na Missa cantada pelos Pequenos Cantores de S. Francisco e na inaugurao da roscea do convento de S. Francisco, onde tambm esti-veram os Mesrios Emlia Leito e Jos Cunha.

    Na cerimnia realizada na Escola Superior de Sade, para a tomada de posse como Doutor Honoris Causa do Professor Doutor Jos Miguel Noras representou a SCMS, o Mesrio Jos Cunha.

    Na condecorao, a ttulo pstumo, de Victor Gaspar e na condecorao do Presidente da Fundao do Montepio, esteve presente o Mesrio Jos Cunha, na CMS.

    A UTIS realizou uma exposio dos trabalhos artsticos dos seus alunos, no W Shopping tendo assistido inaugurao do evento o Provedor Mrio Rebelo, as Mesrias Emlia Lei-to e Cremilda Salvador e o Mesrio Jos Cunha.

    Na reunio do Secretariado da UMP, para a implementao das Cantinas Sociais, participaram o Provedor Mrio Rebelo e o Vice-Provedor Lus Valente.

    Realizou-se a Festa da Amizade promovida pelo grupo de Voluntrias da SCMS, onde estiveram presentes todos os Mesrios, tendo a maioria participado tambm nas festas de fim de ano da Creche e ATL que tiveram a colaborao dos pais.

    Na Assembleia Geral do CNEMA esteve presente o Provedor Mrio Rebelo em nome da SCMS e o Mesrio Jos Cunha como representante do Conselho Fiscal.

    Realizou-se o concerto de encerramento do II Ciclo de rgos de Santarm, onde estiveram presentes o Provedor Mrio Rebelo e os Mesrios Emlia Leito, Joo Pita Soares, Jos Cunha e Cremilda Salvador.

    O Mesrio Casimiro Santos representou a SCMS, na reunio do Conselho Municipal de Segurana, onde foi apresentado o relatrio anual de ocorrncias.

    No dia 20 de Abril, o Provedor Mrio Rebelo, o Mesrio Casimi-ro Santos e o tcnico Lus Mota foram recebidos pelo Vereador Joo Leite e pelo Eng. Diogo Gomes, para tratar dos pormeno-res referentes licena de utilizao de um espao da SCMS.

    Dia 21, o Provedor Mrio Rebelo e o Vice-Provedor Lus Valente estiveram presentes na Assembleia Geral da UMP, em Ftima, em que um dos pontos a tratar dizia respeito sustentabilida-de das Misericrdias.

    O Provedor recebeu os representantes da empresa Servilusa que vieram propor um protocolo de colaborao para forma-o.

    O Provedor Mrio Rebelo e o Vice-Provedor Lus Valente estive-ram presentes na Assembleia da Repblica, no Dia Europeu e Nacional da Solidariedade Social.

    Na assinatura do contrato da Cantina Social estiveram presen-tes nas antigas instalaes do Governo Civil, o Provedor Mrio

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    OBRAS DE MISERICRDIA - Enterrar os mortos [ Antnio Monteiro ]

    Enterrar os Mortos a ltima das Obras de Misericrdia enunciadas, tanto no primeiro Compromisso datado do remoto ano de 1498, como nos estatutos de Misericrdias de fundao mais recen-te. E justamente com a leitura desta ltima cartela, a oitava, existente na Sala do Definitrio da Santa Casa da Misericr-dia que iremos dar por concluda esta srie de artigos dedicados s sete Obras Corporais de Misericrdia, que so motivo de ilustrao em quatro lindssimos silha-res de azulejos.

    Etimologicamente enterrar significa voltar terra, e o programa azulejar da cartela transporta-nos de facto terra; derradeiro local de passagem do nosso corpo. A cena azulejar, tendo por fundo o casario de uma qualquer vila do reino, mostra-nos muito claramente, uma cova aberta; um corpo amortalhado transpor-tado por dois indivduos, os coveiros; e, em segundo plano, duas personagens de p que assistem ao enterro. E bem que podemos ver aqui representados os Irmos da Misericrdia de Santarm, nes-tas elegantes figuras de irrepreensvel decoro, as quais vestem longas capas rematadas por largas golas brancas, com os chapus na mo, frente ao peito em sinal de respeito e humildade. Os covei-ros, trajam sem caractersticas especiais, tm contudo, botas de abas viradas e o da direita transporta cintura as chaves do porto principal do cemitrio.

    Os chapus de abas largas (incluindo o que se encontra no cho), as calas at ao joelho, as capas compridas, as golas lar-gas, e o remate dos cabelos apanhados com fitas, so caractersticas que fazem jus indumentria do sculo XVII.

    Revela-se ainda esta obra de misericr-dia na representao iconogrfica das ossadas junto da sepultura, pois a disposi-o do crnio e das tbias se pode encon-trar figurativamente nos escudos ovala-dos na grande maioria dos brases das Santas Casas da Misericrdia.

    Sendo de inspirao bblica quase toda a enunciao das Obras de Misericrdia (S. Mateus 25, 34-36), algumas h, cuja origem, ter sido proveniente de outras fontes. A esse propsito, questionava-se o Padre Antnio Vieira nos seus SSSSeeeerrrrmmmmeeeessss: Pois se as obras de misericrdia so sete, e a stima enterrar os mortos; porque alega Cristo as outras seis, e esta no? Conclui ainda o padre Antnio Vieira que,

    quando Cristo se sacramentou no pobrepobrepobrepobre, quis contrapor o sacramento ao que ao que ao que ao que padecepadecepadecepadece, e como nas sete obras de miseri-crdia, s os mortos no sofrem, por isso excluiu os mortos.

    Afirmava Margaret Wertheim, em Hist-ria do Espao: de Dante Internet (Wertheim, 2001, pg.13): Para o cristo convicto, a morte no o fim, mas o in-cio. O incio de uma jornada cujo destino a cidade sagrada de Nova Jerusalm, o Paraso supremo, onde os eleitos sempre residiro luz do Senhor, contudo, para que possamos atingir o Paraso supremo, temos que passar ao estgio superior a que chamamos Alm.

    O Alm, sempre fez parte do imagin-rio, inspirando imensos artistas e escrito-res na produo de obras de arte e de literatura, constituindo um importantssi-mo manancial de imagens que encarnam e perfilam a sensibilidade e a ideologia crist, as quais desempenham um papel fundamental na pertinncia do desejo de subir aos cus, como a ltima das vonta-des terrenas.

    Durante sculos, o Alm, como se de um mundo paralelo se tratasse, estava dividido em dois grandes patamares: o superior, onde os bons vivem as delcias do Paraso (So muitos os convidados, mas poucos os escolhidos Mateus 22;14), e o inferior, onde os maus permanecem condenados aos suplcios do fogo que no se extingue. durante o perodo medieval que, a ideia do Alm se modifica com a introduo de um patamar inter-mdio: o purgatrio, que o local de purificao das almas antes da Bem-Aventurana. E logo aps, surge uma outra ideia: o limbo, que , segundo a religio catlica, o lugar onde esto as almas dos mortos sem baptismo, sendo o caso de muitas crianas que faleceram sem serem baptizadas. Estranho desgnio este que, logo que nascemos, estamos prontos para morrer. Esta uma das razes pela qual a Santa Casa durante bem perto de trs sculos, cuidou das crianas colo-cadas na Roda dos Expostos, as quais, logo que era possvel, eram sacramenta-das e ungidas com os Santos leos, pas-sando a ser baptizadas, e dessa forma, libertas do pecado original.

    Tm ento, o purgatrio e o limbo, uma vertente muito particular: apenas se sai deles para entrar directamente no para-so, ou seja, jamais se volta ao inferno.

    Tendo como base o que pregava o aps-tolo Santiago Orai uns pelos outros, por tal que vos salveis, convencionou-se que a ascenso ao patamar superior depen-desse directamente dos sufrgios; sufr-gios esses que, se traduzem em preces, esmolas ou missas rezadas que os familia-res ou amigos, pagam para tornar mais curto o tempo de penalizao dessas almas.

    E desta forma, que a relao entre vivos e mortos se estabelece, em que os mortos dependem muitas vezes dos favores dos vivos para terem o acesso vida eterna.

    Desde tempos imemoriais que, queren-do o homem honrar e preservar a mem-ria dos seus familiares ou daqueles com quem mais de perto privou, muito anti-gos so os vestgios, e muito diversifica-dos so os locais onde foram depositados os corpos daqueles que nos antecederam na vida e nos anteciparam na morte.

    Desse desejo lcito, de honrar em vida a alma dos que connosco viveram, criou o homem uma srie de ritos que antecede-ram a razo esclarecida e a f. E no menos verdade que muitas vezes esses ritos levaram a prticas de magia que quase sempre assentavam a sua influn-cia em cincias ocultas que no domina-va, mas s quais estava sujeito.

    Na primeira fase da tradio crist, o espao dentro das igrejas era vedado colocao e depsito de defuntos, pois essa honra era apenas concedida aos Santos. A autorizao para uma ocupao de uma forma mais generalizada, apare-ceria j no sculo XII. Os indivduos de classes sociais mais abastadas, tentavam assegurar-se de que o seu corpo ficasse dentro do templo o mais perto do altar, pois dessa forma esperavam alcanar maior proteco divina. Os pobres, regra geral, jaziam no exterior da igreja paro-quial quando no eram lanados em valas comuns, ficando expostos ao poder do diabo".

    No h obra mais grandiosa

    que usardes de misericrdia com quem no vo-la pode pagar.

    - Santo Ambrsio

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    Contudo, todos esses costumes se foram ajustando evoluo dos prprios tempos e das mentalidades. Assim, at 1835 e com excepo de algumas pocas mais conturbadas da vida da nossa cida-de, todos os enterramentos eram feitos nos recintos ou adros das igrejas ou das capelas, existindo mesmo em redor dos conventos e dos mosteiros. Ao enterra-mento feito no espao dos prticos ou alpendres das igrejas, chamava-se naque-le tempo, galils.

    de 20 de Setembro de 1833 a determi-nao rgia do Duque de Bragana, Regente em nome da Rainha, que probe a prtica do enterramento de cadveres dos fiis dentro das igrejas, nos atrios dellas, ou nos Claustros do Conventos, aonde at agora se usava enterrar os mor-tos, passando a ser obrigatrio o estabe-lecimento de cemitrios pblicos nas localidades mais convenientes "onde se deveriam abrir covas de dois metros qua-drados de espao mnimo, e cinco palmos de profundidade, quatro de largura e dez de comprimento". E assim se cumpriu.

    ainda de Fevereiro de 1835 a delibera-o Camarria em que o cemitrio de Marvila passasse a ser na cerca do extinto Convento de Santo Antnio dos Capu-chos. Esta escolha, tinha em especial ateno a sua localizao face orienta-o dos ventos dominantes de norte, e do prprio espao que se achava j ser sufi-ciente, tendo passado a cemitrio munici-pal em 11 de Dezembro desse mesmo ano.

    Tivemos j a oportunidade de referir em boletim anterior a importncia que tem a srie de vinte alvars e provises rgias de D. Manuel passadas em Lisboa a 20 de

    Maro de 1500, as quais foram outorga-das tambm por D. Sebastio e que con-ferem Misericrdia a autenticidade da sua existncia como Irmandade, logo no raiar do sculo XVI. E justamente o segundo alvar desse conjunto de diplo-mas, em que o rei concedia o privilgio Santa Casa da Misericrdia, em cada ano e no dia de Todos-os-Santos, autorizao para poder retirar os justiados pela forca, e proceder de uma forma condigna, ao enterramento das suas ossadas em cemi-trio prprio.

    Logo desde a sua fundao, a Santa Casa comeou a aplicar muitos dos seus rendimentos prprios no enterramentos dos seus Irmos, respectivas mulheres e filhos legtimos, todavia, essa prtica estendia-se tambm aos pobres, necessi-tados e como se v no caso acima, os justiados da forca, os quais eram assisti-dos tanto no encaminhamento espiritual como no ltimo acto da sua vida terrena, sendo sepultados custa de verbas pr-prias da Misericrdia e com o acompa-nhamento de muitos dos seus Irmos.

    Independentemente da poca e da capacidade organizativa das vrias Mesas Administrativas, tinham os Irmos da Santa Casa da Misericrdia expresso em artigo prprio do Compromisso, o direito a serem sufragados com os actos religio-sos previstos. Um dos mais interessantes artigos diz respeito figura do Provedor, que por imposio estatutria, estava tambm obrigado, a participar nos enterramentos dos Irmos, e suas mulhe-res, para que com seu exemplo faa o mesmo toda a demais Irmandade, e em todos os mais servios da dita Confraria ser sempre o primeiro e principal, [por]

    que sobre ele carrega todo o peso desta Santa obra; olhando que todos os demais membros e servidores sejam sempre os que cumprem para o servio de Deus, honra e aumento desta Confraria.

    Quem faltasse ao enterro de um irmo era severamente punido e, mesmo nos nossos dias, mantm-se como dever esta-tutrio dos Irmos, a participao nos funerais dos irmos falecidos, sempre que tais funerais se realizem na localidade onde se situa a sede da Instituio

    Poucos so os livros antigos de Registos de bitos que subsistem no Arquivo His-trico da Misericrdia, mas, os mais anti-gos datados do sc. XVII so maravilhosas raridades, verdadeiros testemunhos da aco benemrita da Misericrdia no exerccio de to nobre Obra de Misericr-dia.

    Embora a utilizao do esquife para o transporte de defuntos se tenha verifica-do at 1947, na actualidade, a Santa Casa da Misericrdia no presta este tipo de assistncia de uma forma regular e siste-mtica (exceptuando-se num ou noutro caso mais particular), uma vez que o Esta-do portugus se tem sobreposto s Mise-ricrdias nesta tarefa to singular atri-buindo a si prpria a mxima da divisa segurana social para todos, consagra-da atravs do Artigo 63 da Constituio da Repblica Portuguesa.

    Assim, resta-nos pedir a Deus por todos aqueles que j partiram, familiares, ami-gos ou simples conhecidos que, algures num jazigo ou numa campa rasa, num mausolu ou num coval, a permanecem na PAZ ETERNA e esperam a chegada do Juzo Final.

    No passado dia 9 de Maio de 2012, a Santa Casa da Misericrdia de Santarm, participou na 7 Edio da Feira da Euro-pa, no Concelho de Ourm.

    O convite foi feito por parte do Centro Europe Direct de Santarm, e foi-nos dis-ponibilizado um stand para a Promoo e Divulgao do Projeto Europeu Connect in Laterlife, no qual a Santa Casa da Mise-ricrdia de Santarm participou em par-ceria com outros cinco pases europeus (Irlanda, Alemanha, Finlndia, Polnia e Itlia) na construo de uma Rede Social para Sniores.

    Estiveram na implementao deste evento, a Tcnica de Animao Scio Cultural do Lar de Idosos, Carla Ferreira e a Coordenadora Pedaggica da Universi-dade da Terceira Idade de Santarm, Maria Joo Silva, que durante esse dia proporcionaram aos participantes desta

    feira, pblico em geral (jovens/ idosos) e promotores, o acesso a uma informao mais abrangente sobre este projeto. Atra-vs da sua monitorizao foi possvel ao pblico navegar pelo site (uma vez que no nosso stand estavam disponveis dois computadores portteis com acesso wire-less), e ainda obter mais informaes de como efetuar o seu registo e dinmica de funcionamento do site.

    De modo a tornar esta divulgao mais eficaz e atraente ao pblico foi colocado um ecr com imagens do site e foram distribudos diferentes tipos de materiais promocionais, criados durante o tempo de vida do projeto, sendo estes (flyers, canecas, chs, blocos de notas, canetas e manuais de induo para seniores, fami-liares e prestadores de servios).

    FEIRA DA EUROPA | 7 Edio | Ourm [ Carla Ferreira ]

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    ENVELHECIMENTO ACTIVO

    O ano 2012 reconhecido como o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Geraes. Desta for-ma, surge a pertinncia de desenvolver um artigo, que permita aos leitores algum conhecimento sobre o envelhecimento ativo e a sua importncia no contexto atual.

    O contacto dirio com pessoas idosas, permite constatar que existem vrias for-mas de envelhecer. Um envelhecimento ativo, bem-sucedido, saudvel ou satisfatrio, depende de cada um de ns, dos padres comportamentais adqui-ridos, das amizades, do tempo socioeco-nmico, das aes e responsabilidades adquiridas ao longo da vida.

    O envelhecimento ativo surge na sequncia do envelhecimento saudvel, abrangendo, para alm da sade, os aspe-tos socioeconmicos, psicolgicos e ambientais, assimilados num modelo multidimensional, que explicam os resul-tados do processo de envelhecimento.

    O envelhecimento ativoenvelhecimento ativoenvelhecimento ativoenvelhecimento ativo consiste no processo que permite a otimizao das oportunidades de sade, participao e segurana, promovendo uma maior quali-dade de vida medida que as pessoas vo envelhecendo. composto por vrios determinantes, nomeadamente, determi-nantes pessoais , comportamentais, sociais, econmicos, servios sociais, sa-de e meio fsico. Este conceito suporta-do por trs pilares, a participao social na comunidade onde se insere e a participa-o ativa nas questes relacionadas com a famlia e os grupos de pares, e por fim o exerccio da cidadania.

    A sade tendo como base diagnsticos mdicos, um dos aspetos centrais do envelhecimento e a segurana relaciona-da com as questes do planeamento urbano, dos lugares habitados, dos espa-os privados e do clima social de no-violncia nas sociedades. Estes pilares implicam uma autonomia (controlo sobre a vida e a capacidade de deciso indivi-dual), independncia (nas atividades de vida diria e nas atividades instrumentais da vida diria, isto , ter capacidade para cuidar de si prprio), a expectativa de vida saudvel, simbolizada no tempo de vida que se pode esperar viver sem precisar de cuidados especiais e a qualidade de vida, a qual incorpora, de modo complexo, a sade fsica, o estado psicolgico, o nvel de dependncia, as relaes sociais, as crenas pessoais e as caractersticas do ambiente em que a pessoa se encon-tra. (Pal e Ribeiro, 2011, p. 3).

    Os determinantes deste tipo de envelhe-cimento compreendem-se numa perspe-tiva de gnero e cultura, onde se enqua-dram as caractersticas do indivduo, atra-vs das seguintes variveis:

    Pessoais (fatores biolgicos e psicolgi-cos);

    Comportamentais, ou seja, os estilos de vida saudvel, a participao ativa no cuidado pessoal;

    Econmicas, como os rendimentos e a proteo social;

    Meio fsico (a acessibilidade que de cada idoso tem a moradias e vizinhana segura, a servios de transporte, gua limpa, ar puro e alimentos seguros);

    Meio social, as questes da educao e alfabetizao;

    Sade e dos servios sociais das quais as pessoas beneficiam, orientadas para a promoo da sade e da preveno de doenas, alcanveis e de qualidade.

    Constana Pal defende a ideia de que essencial obter um consenso no sentido de estabelecer como resultados desej-veis para o processo de envelhecimento, seja a nvel individual, seja societrio, a manuteno da autonomia seno fsica, pelo menos psicolgica e social dos ido-sos, ou seja, a possibilidade de manter a capacidade de deciso e controlo sobre a sua vida, uma voz ativa, em termos do seu meio prximo e da comunidade. O enve-lhecimento ativo ento um meio para atingir a qualidade de vida e o bem-estar na velhice.

    O processo de envelhecimento ativo algo que diz respeito a todas as pessoas e uma tarefa de curso de vida. Para que este processo se concretize com xito, cabe sociedade a responsabilidade de criar espaos e equipamentos sociais, diversifi-cados, seguros e acessveis aos mais velhos, de forma a garantir e fomentar a sua participao cvica.

    Bibliografia:

    Pal, Constana, (s.d), Envelhecimento activo e redes de suporte social artigo retirado da internet;

    Ribeiro, Oscar & Pal, Constana, (2011), Manual de Envelhecimento Activo, Lisboa Porto, LIDEL;

    [ Vanessa Gomes ]

    No passado dia 11 de Abril, a Santa Casa da Misericrdia de Santarm representada pelo seu Provedor Eng. Mrio Rebelo e pelo Vice Provedor Dr. Lus Valente, assi-nou um protocolo, de significativa impor-tncia com o Hospital Distrital de Santa-rm, E.P.E representado pelo seu Presiden-te Dr. Jos Riano Josu.

    Este Protocolo visa regular as relaes entre estas entidades, para a prestao de servios nas reas do Servio de Patologia Clinica e da Medicina Fsica e de Reabilita-o por parte do Hospital Distrital de San-tarm, E.P.E aos clientes internados na UCCLDM Hospital de Jesus Cristo, aberta desde 1 de Junho de 2011.

    Protocolo SCMS / HDS

    Unidade de Cuidados Continuados de Longa Durao e Manuteno

    Hospital de Jesus Cristo