boletim do campus de salvador nº6 - junho/2013 - ano 3

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Informavo do IFBA - Instuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Junho de 2013 - Ano 3, Nº 06 Eventos científicos marcam o mês do Meio Ambiente Lançado o Projeto SOLidário Fotos: Verusa Pinho As aulas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) se iniciam em junho, para algumas turmas, e acontecem no Centro Co- munitário da Igreja Basta (Cecom), situado na ave- nida Anita Garibaldi. Foram mais de 1.000 vagas ofe- recidas pelo campus de Salvador do IFBA no nal de maio, desnadas aos cursos prossionalizantes de Formação Inicial e Connuada (FIC), o que resultou em longas las durante todo o período de matrícula. Desnados aos beneciários do Programa Bolsa Fa- mília ou seus dependentes, os cursos têm duração entre três e seis meses. São alguns deles: camareira, cuidador de idoso, recepcionista em saúde e de hos- pedagem, eletricista industrial, ferroviário e predial, pedreiro de alvenaria, soldador, torneiro mecânico e operador de processos químicos industriais. As oportunidades estão relacionadas às demandas da Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Mu- nicipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), com previsão de mais vagas para 2013. Começam as aulas do Pronatec De acordo com Gilmar Barreto, 25, as formações são uma oportunidade para adquirir conhecimentos. “Faço o segundo ano do ensino médio e pretendo conciliar os estudos com o curso de caldeireiro. Já trabalhei na construção civil como servente e tenho cercado de pedreiro azulejista. Minha meta, ago- ra, é concluir o segundo grau, fazer o Enem e tentar vesbular para área de música ou artes pláscas, pois também desenvolvo composições e adoro de- senhar”, comentou. “Mesmo com a chuva e problemas com a internet, a procura foi intensa, superando todas as expecta- vas”, disse o coordenador adjunto do Programa no campus e responsável pela Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (Direc), Paulo Cesar Andrade. Profissionais falam sobre a importância da SMS

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Informativo do IFBA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

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Page 1: Boletim do Campus de Salvador Nº6 - Junho/2013 - Ano 3

Informati vo do IFBA - Insti tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Junho de 2013 - Ano 3, Nº 06

Eventos científicos marcam o mês do Meio Ambiente

Lançado o Projeto SOLidário

Fotos: Verusa PinhoAs aulas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) se iniciam em junho, para algumas turmas, e acontecem no Centro Co-munitário da Igreja Bati sta (Cecom), situado na ave-nida Anita Garibaldi. Foram mais de 1.000 vagas ofe-recidas pelo campus de Salvador do IFBA no fi nal de maio, desti nadas aos cursos profi ssionalizantes de Formação Inicial e Conti nuada (FIC), o que resultou em longas fi las durante todo o período de matrícula.

Desti nados aos benefi ciários do Programa Bolsa Fa-mília ou seus dependentes, os cursos têm duração entre três e seis meses. São alguns deles: camareira, cuidador de idoso, recepcionista em saúde e de hos-pedagem, eletricista industrial, ferroviário e predial, pedreiro de alvenaria, soldador, torneiro mecânico e operador de processos químicos industriais. As oportunidades estão relacionadas às demandas da Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Mu-nicipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), com previsão de mais vagas para 2013.

Começam as aulas do Pronatec

De acordo com Gilmar Barreto, 25, as formações são uma oportunidade para adquirir conhecimentos. “Faço o segundo ano do ensino médio e pretendo conciliar os estudos com o curso de caldeireiro. Já trabalhei na construção civil como servente e tenho certi fi cado de pedreiro azulejista. Minha meta, ago-ra, é concluir o segundo grau, fazer o Enem e tentar vesti bular para área de música ou artes plásti cas, pois também desenvolvo composições e adoro de-senhar”, comentou.

“Mesmo com a chuva e problemas com a internet, a procura foi intensa, superando todas as expecta-ti vas”, disse o coordenador adjunto do Programa no campus e responsável pela Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (Direc), Paulo Cesar Andrade.

Profissionais falam sobre a importância da SMS

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SeminárioDias 6 e 7 de junho, acontece o I Seminário de Conhecimento, Inovação e Comunicação de Serviços em Saúde na capital baiana. O evento é organizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com apoio do IFBA, através do campus de Salvador, que sediará o seminário. Podem parti cipar estudantes, docentes, pesquisadores, profi ssionais, empresários, fi nanciadores e gestores de serviços de saúde públicos e privados. Entre as ati vidades do evento, estão conferências, palestras e apresentação de trabalhos em painéis. Mais informações no site www.cicsaude2013.ici.ufb a.br

Tecnologia SustentávelO núcleo avançado de Salinas da Margarida sedia o II Seminário de Tecnologia Sustentável, de 5 a 7 de junho. O evento, realizado pelos estudantes do terceiro semestre do curso técnico subsequente de informáti ca, é aberto ao público e integra a disciplina empreendedorismo, ministrada pelo docente Aristi des Marti ns. Durante a Semana, haverá palestras e minicursos, trazendo temas, como crimes virtuais, ergonomia, Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), HTML e BROffi ce, além de apresentações culturais.

Boletim de cara nova!

12ª CoteqDe 18 a 21 de junho, estudantes e professores do campus de Salvador do IFBA, integrantes do Grupo de Pesquisas em Ensaios Não Destruti vos (GPEND), parti cipam da 12ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos (Coteq). O evento é conhecido como de maior importância em toda a América Lati na, reunindo especialistas da área para troca de conhecimentos.

Liderada pela professora Claúdia Teresa Teles, coordenadora do GPEND e revisora técnica dos trabalhos inscritos na 12ª Coteq, a equipe do IFBA é composta por sete alunos das engenharias industriais elétrica e mecânica e quatro professores. Nos arti gos cientí fi cos que serão apresentados no evento pelo Grupo, o foco é a detecção e a caracterização de defeitos na estrutura de materiais, como o aço, a parti r de inspeções ultrassônicas, especialidade do Laboratório de Ensaios Ultrassônicos (Leus), ligado ao GPEND.

No próximo mês, o Boleti m do Campus de Salvador trará mudanças signifi cati vas em seu visual e conteúdo, levando em conta as opiniões colhidas do público leitor, em pesquisa realizada no fi nal de 2012. Vem aí o “Nosso Campus”! Com novas editorias e projeto gráfi co diferenciado, o periódico pretende se aproximar ainda mais dos leitores, servindo para o fortalecimento da identi dade coleti va. Além de espaços para arti gos, textos relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão, bem como temas atuais, a exemplo de sustentabilidade, ciência, tecnologia & inovação, o Nosso Campus manterá você informado dos principais acontecimentos insti tucionais, suscitando debates com foco na cidadania. Parti cipe, enviando a sua sugestão de pauta para o e-mail comunicacao_ssa@ifb a.edu.br e preenchendo o nosso Banco de Fontes, disponível no endereço eletrônico www.portal.ifba.edu.br/salvador/banco-de-fontes.html

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Desafios para a saúde e a segurançano ambiente de trabalhoA responsabilidade de organizações como o IFBA e o papel do profissional da área

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Prejuízo para empresas e para o governo, os aci-dentes de trabalho são responsáveis pela clas-sifi cação do Brasil entre os 10 países com maior vulnerabilidade nas práti cas laborais, desti nando bilhões dos cofres públicos a esse ti po de benefí cio previdenciário. De acordo com Amaurílio Alencar, auditor fi scal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e professor dos cursos técnicos de mecâni-ca, manutenção mecânica industrial, refrigeração e climati zação do IFBA, campus de Salvador, em 2010, houve mais de 700 mil acidentes, sendo cer-ca de 3 mil fatais.

A preocupação com o assunto já faz parte das ações do Departamento de Qualidade de Vida (De-quav), por meio da Coordenação de Higiene e Se-gurança do Trabalho (Coset), ligados à Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) do IFBA. De acordo com Denise Mascarenhas, engenheira de segurança do trabalho do Insti tuto, já está disponível nas direto-rias do campus de Salvador, assim como na Reito-ria e nos campi de Camaçari, Simões Filho, Santo Amaro, Valença e Vitória da Conquista, o Progra-ma de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRAs), a NR9, documento que pretende antecipar, reco-nhecer, avaliar e controlar a ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existi r no ambiente de trabalho, levando em consideração a proteção, inclusive, dos recursos naturais.

“No IFBA, ainda há muito para fazer. Temos acordo de cooperação técnica fi rmado entre o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e demais ór-gãos da Administração Pública Federal, que, atra-vés do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), adota medidas com a fi nalidade de se adequar às Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Por meio da Coset, estudamos a viabilidade de implan-tação da Comissão Interna de Saúde e Segurança

do Trabalho (Cisst), nos campi e na Reitoria. O gru-po será consti tuído por servidores com o objeti vo de propor ações voltadas à vigilância da saúde e à humanização do trabalho”, descreveu.

No campus de Salvador, a matéria Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) integra as grades curricu-lares de todos os cursos técnicos e das engenha-rias, além do tema fazer parte das discussões, em diferentes disciplinas, do curso tecnológico de ra-diologia. Foi também oferecida uma especialização técnica na área. Os concluintes dessa pós-gradua-ção ti veram arti gos publicados em livro organizado pelos docentes Armando Tanimoto, Cláudio Rey-naldo de Souza e Rafael Wanderley, e coordenado pela professora Núbia Ribeiro. Lançada em março deste ano, a obra integra o projeto multi disciplinar Baía de Todos os Santos, que conta com apoio fi -nanceiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

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Para Robson Mendonça, técnico em SMS da Petro-bras e especialista nessa área pelo IFBA, autor do arti go “Ilha de Maré: suas comunidades, riscos e cuidados”, juntamente com a professora Núbia, o tema perpassa pelo fortalecimento da relação en-tre empresas e comunidades. “Lugares como a Ilha de Maré, têm belezas naturais ímpares, mas estão com o meio ambiente ameaçado. É necessário preparar planos de conti ngência, bem como ações sustentáveis locais, que minimizem os impactos dos poluentes emanados pelas instalações fabris”. Já para o colega José de Paula, técnico da área por-tuária da capital baiana, muito além de uma sigla, esse campo requer conhecimentos que devem trabalhar juntos. “O assunto discute tendências e comportamentos em várias vertentes. A especiali-zação me abriu os olhos. Agora pretendo ingressar na formação técnica em meio ambiente”, disse.

“Em todo local onde há trabalhadores, devem existir procedimentos de segurança”

Entrevista

Segundo o professor e auditor fiscal do MTE Amaurílio Alencar, a segurança do trabalho deve garanti r a execução de tarefas em um ambiente se-guro, com riscos conhecidos, avaliados, monitora-dos, controlados e, quando possível, neutralizados e eliminados, através de procedimentos que ga-rantam um ambiente livre de acidentes e de doen-ças ocupacionais.

“O profi ssional de segurança do trabalho deve ser, acima de tudo, um facilitador e multi plicador, atuando como agente moti vacional para obtenção de um ambiente seguro. A área de atuação é bas-tante ampla, desde empresas a órgãos públicos”, acrescentou Amaurílio. Segundo ele, as insti tui-ções devem se organizar em grupos de trabalho, como a Comissão Interna de Prevenção de Aciden-tes (Cipa), presente no setor privado, responsável pelas auditorias, que buscam identi fi car fontes de

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

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risco e condições inseguras. “Já as fi scalizações ofi -ciais realizadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do MTE, através do quadro funcional de auditores federais do trabalho, ocor-rem de acordo com o planejamento estratégico do órgão e, também, a parti r de denúncias de traba-lhadores e sindicatos, não havendo, portanto, uma frequência pré-estabelecida”, comentou.

Conversamos um pouco mais com o professor Amaurílio, que detalhou melhor o assunto.

Onde atua e quais as principais áreas do profi ssio-nal de segurança do trabalho?

Em todo local onde há trabalhadores, devem existi r procedimentos de segurança, independentemente de ter ou não profi ssional especializado. Há, entre-tanto, obrigação legal de contratação de profi ssio-nais da área de saúde e segurança, como técnicos, engenheiros, médicos e enfermeiros, para empre-sas integrantes do Quadro II da NR 4, em função do número de empregados e do grau de risco da área de atuação. Por exemplo, empresas que atuam na área de construção, a parti r de 101 emprega-dos, são obrigadas a manter, no quadro funcional, um técnico de segurança do trabalho. Entretanto, aquelas empresas que não estão obrigadas a man-ter profi ssional especializado, precisam ter consul-toria para elaboração de programas preventi vos e implantação dos procedimentos de segurança, ja-mais negligenciando sua responsabilidade legal e, sobretudo, social, com a saúde dos seus trabalha-dores e com um ambiente de trabalho seguro.

O que faz esse profi ssional no seu dia a dia?

O início do trabalho pode estar baseado nas Nor-mas Regulamentadoras (NRs) do MTE. Há atual-mente 35 NRs, que estabelecem parâmetros míni-mos, através de programas preventi vos e conduta segura para evitar a ocorrência de doenças e aci-dentes. Cada empresa pode, por sua vez, ampliar esses procedimentos. Uma atuação interessante desse profi ssional é a eliminação dos incidentes do trabalho, conhecido como “quase acidentes”. Se um saco de cimento cai da 5ª laje de uma obra e, ao encontrar o solo, não ati nge nenhum trabalha-dor, estamos diante de um incidente, pois houve apenas perda material e ninguém foi acidentado.

Se nada for feito da próxima vez, possivelmente, algum trabalhador será ati ngido. Deve-se, nesse caso, adotar os procedimentos previstos na NR 18, que obrigam a instalação de plataformas primárias e secundárias, evitando a queda de material; ins-talação de rede de segurança; programa de treina-mento; proteção periférica, entre outros. Atuando na eliminação dos incidentes, estaremos nos afas-tando da ocorrência de doenças e dos acidentes tí picos propriamente ditos.

O que são EPIs?

Os EPIs são os Equipamentos de Proteção Individual utilizados pelos trabalhadores que estão expostos a alguma condição insalubre ou periculosa. Como exemplo, têm-se luvas, protetores respiratórios e auditi vos, calçados de segurança e óculos. Entre-tanto, não basta apenas fornecer o EPI, mas, princi-palmente, exigir o seu uso. Em algumas situações, a empresa fornece o EPI, mas nem sequer treina ou orienta o trabalhador. Apenas quando não for possível a redução, eliminação ou neutralização do risco, há a autorização para o fornecimento do EPI. Se há uma fonte, é preciso analisar a possibilida-de de alguma medida de engenharia ou de uma manutenção mais adequada, de forma a reduzir a exposição e evitar o uso desse equipamento. Po-demos citar a instalação de sistema de captação de ar para controle de exposição à poeira ou a algum agente químico. Antes de, simplesmente, encher o trabalhador de equipamentos de proteção, muitas vezes desconfortáveis, transformando-o em um “astronauta”, faz-se necessário, atuar, prioritaria-mente, no estudo, desenvolvimento e na implan-tação de medidas de proteção coleti va, como as barreiras fí sicas, que impedem a aproximação de trabalhadores a alguma zona de risco, e o enclau-suramento de fontes de ruído.

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Quais são os principais riscos ambientais?

Os principais riscos são os fí sicos, formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, tem-peraturas extremas, radiações; químicos, que são substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, atra-vés da pele ou por ingestão, nas formas de poeira, névoa, gás ou vapor; biológicos, que consistem em bactérias, fungos, protozoários, vírus, entre outros; riscos ergonômicos, capazes de produzir Lesão por Esforço Repeti ti vo (LER)/ Distúrbio Orteomuscu-lar Relacionado ao Trabalho (Dort), e os riscos de acidente, como máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação inadequada e ferramentas improvisadas. O risco ergonômico, por sua vez, tem se mostrado bastante presente e, atualmente, o Dort é a segunda maior causa de afastamento por doença, superado apenas pela Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional (Pairo). Por isso, é necessário, durante a jornada de trabalho, fazer pausas para descanso, nas atividades que exijam sobrecarga muscular estáti ca ou dinâmica do pes-coço, ombros, dorso, membros superiores e infe-riores.

da Copa do Mundo no Brasil e ainda faltam várias obras de infraestrutura e mobilidade urbana. Em Salvador, ainda não conseguimos ajustar a ope-ração do metrô com o calendário do Mundial de 2014, resumindo as ações de mobilidade urbana a obras de revitalização de calçadas e rotas de pedes-tres para acesso à Fonte Nova. A grande questão envolvida nessa correria fi nal é: como fi ca a segu-rança dos trabalhadores brasileiros? A pressão por produti vidade e o excesso de jornada são fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes e doenças, sendo necessário estabelecer um sistema de gestão integrado. Outro tema bastante atual e que evidencia uma tendência é que, nos últi mos dez anos, o Brasil passou por uns cinco blecautes com refl exos em todo o território nacional. O mais recente ati ngiu diversos Estados das regiões Norte e Nordeste. No setor elétrico, trabalhadores ter-ceirizados sofrem muito mais acidentes fatais do que os próprios empregados das concessionárias. Esses dados alertam para a necessidade de me-lhorar as condições e os processos de trabalho, a gestão e, sobretudo, a qualifi cação e capacitação das empresas prestadoras de serviço. Nesse sen-ti do, o governo vem se estruturando, através da Advocacia Geral da União, a promover, cada vez mais, ações regressivas, previstas no art. 120 da Lei 8.213/91, buscando, judicialmente, fazer com que as empresas paguem pelos benefí cios, como pensão por morte, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente, quando comprovada a negligên-cia no tocante ao não cumprimento dos procedi-mentos de saúde e segurança do trabalho.

A quem compete esclarecer e conscienti zar os empregados sobre os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, esti mulando-os em favor da prevenção?

A conduta preventi va e a conscienti zação devem começar nas próprias insti tuições de ensino, aler-tando o estudante e futuro trabalhador. As aulas de sociologia e de segurança do trabalho são extre-mamente úteis. Entretanto, no ambiente laboral, a atribuição de informar, esclarecer e conscienti zar sobre riscos e medidas de controle existentes na empresa é do empregador. Este, por sua vez, pode contar com assessoria técnica dos profi ssionais de SMS.

Qual a importância do tema na atualidade, tendo em vista as tendências do mercado de trabalho?

Quanto ao momento atual, a situação é muito preocupante no que se refere à segurança dos trabalhadores. Estamos a pouco mais de um ano

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“Xote e baião no salão”

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O trecho da música “Olha pro céu”, de Luiz Gonza-ga e José Fernandes, destaca dois ritmos marcan-tes do mês de junho, que está repleto de comemo-rações e homenagens, em especial, voltadas para Santo Antônio, São João e São Pedro. As festas dos santos populares são seculares e incluem a tradi-ção das fogueiras e das famosas quadrilhas, danças realizadas em pares, que se tornaram próprias dos festejos juninos, principalmente, no Nordeste do país.

E para fazer jus ao período, o campus de Salvador sedia o “Arraiá Culturá”, que, este ano, traz como tema Terra & Fogo. “A ideia foi destacar a impor-tância desses elementos essenciais, especialmen-te no São João. Contamos com a colaboração de todos os estudantes, servidores e familiares neste evento acadêmico interdisciplinar, transformando-o em uma grande festa e exposição de conhecimen-tos”, disse o professor de teatro Heitor Guerra.

A parti r das 15h, do dia 19 de junho, o “Arraiá Cul-turá” se inicia na quadra de esportes, com estan-des, apresentação musical, casamento matuto, danças tí picas e muito mais.

Projeto SOLidárioInstalar placas e inversores de energia solar na rede elétrica do campus, através da arrecadação de doações desses materiais. Esse é o objeti vo do Projeto SOLidário, lançado no últi mo dia do II Encontro de Egressos do campus de Salvador do IFBA, 24 de maio, como parte da programação da II Feira de Integração e Oportunidades (Finop), realizada pela Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (Direc).

A ideia é do diretor geral, Alberti no Nascimento. Docentes de construção civil verifi caram que a proposta é viável e sugeriram à estudante de edifi cações, Tati ane Pereira, que realizasse levantamento in loco, em seu trabalho de conclusão de curso. Dessa forma, o campus convida empresas, servidores, aposentados, alunos, egressos e demais simpati zantes a unir forças em prol da sustentabilidade. Cada grupo de pessoas ou empresa que fi zer a doação terá seu nome exposto na respecti va placa. Informações sobre as especifi cações técnicas dos materiais: proex@ifb a.edu.br, ccivil@ifb a.edu.br.

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África-Bahia

ReitoraAurina Santana

Diretor Geral do Campus de SalvadorAlbertino Nascimento

Coordenadora de ImprensaAndréa Costa - DRT BA 1962

Jornalista ResponsávelVerusa Pinho - DRT BA 3546

ReportagemGabriela Malaquias | Verusa Pinho

DiagramaçãoGustavo Pontas | Lilian Caldas

RevisãoAndréa Costa

Apoio AdministrativoValdinice Alcântara

Periodicidade: MensalTiragem: 600 - Circulação Campus de Salvador e Reitoria

Rua Emídio dos Santos, s/n, Barbalho - Salvador/BA CEP: 40301-015 | Telefone: (71) 2102-9509

Facebook : IFBA_Salvador_Oficialwww.ifba.edu.br | [email protected]

Fotos: Arquivo

Seis professores de Benim, país da região ocidental da África, esti veram no Brasil, visitando empreendimentos de cooperati vismo e agroecologia. De 20 a 26 de maio, a comiti va percorreu os Estados de Goiás e Bahia. Em Salvador, os beninenses conheceram a Incubadora Tecnológica de Cooperati vas Populares (ITCP) do IFBA, onde houve palestra e avaliação do encontro.

Integrante da equipe que recepcionou os convidados na capital baiana, o professor Alex Cypriano, coordenador da ITCP, já esteve em Benim, em 2010, junto com profi ssionais de outros IFs, para avaliar demandas e planejar a instalação de uma incubadora de processamento de alimentos.

Entre os objeti vos do acordo fi rmado pela Secretaria de Educação Profi ssional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) com aquele país, está em desenvolvimento a capacitação dos professores dos liceus agrícolas do Benim, por meio de cursos de especialização, que inclui as visitas no processo formati vo.