boletim informativo - edição 10

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Boletim Informativo 2º Trimestre 2012 Número 10 / Ano III

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Boletim Informativo da Associação FARO1540, perioricidade trimestral

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Page 1: Boletim Informativo - Edição 10

2º Trimestre de 2010

Número 2 / Ano I

Boletim Informativo

2º Trimestre 2012

Número 10 / Ano III

Page 2: Boletim Informativo - Edição 10

2

empresariais, de práticas

económicas, de hábitos de

consumo, de hábitos de

lazer e claro de um diversifi-

cado conjunto de pessoas

todas elas diferentes e ao

mesmo tempo tentando

viverem na melhor harmo-

nia possível. Foi esta a panó-

plia de temáticas que esteve

em cima da mesa na última

conferência “Cidades pela

Retoma”. Denotamos que o

“Marketing de Cidades” é a

melhor política que se pode

implementar para a capta-

ção e afixação de pessoas.

Por outro lado políticas

aliadas à reabilitação urbana

são o mais recente instru-

mento para a promoção do

património mas, adiante, já

voltamos a este tema.

No passado mês de Abril

Caros Associados,

Este último trimestre foi um

período de intensa actividade

da nossa associação. Primeiro

queria salientar o reforço do

nosso quadro social com um

novo elemento a preencher a

categoria de associado hono-

rário. Francisco Viegas

Gomes foi o cidadão activista

homenageado pelas suas

intervenções cívicas, enrique-

cendo o melhor que as cida-

des têm, as pessoas. “…

Uma autêntica cegueira sobre

o desenvolvimento sustentável

de Faro. Em época de crise

não podemos fazer muitas

coisas, mas o que fazer, deve-

mos fazê-lo bem...” é uma

expressão deste novo asso-

ciado que demonstra o seu

caracter participativo. A

FARO 1540 agradece.

Recordo que esta categoria

é destinada a aqueles de um

modo muito particular con-

tribuem para a participação

cívica, intervindo e opinando

sobre temas ou metodolo-

gias empregues nas dinâmi-

cas de uma cidade.

As cidades são sistemas

dinâmicos e complexos,

uma consonância de planos,

de metodologias, de regras

de ordenamento, de acessi-

bilidades, de políticas

Nota Editorial:

FICHA TÉCNICA

DIRECÇÃO

Bruno Lage

Nuno Antunes

COORDENAÇÃO

Nuno Antunes

REDACÇÃO

Bruno Lage

Idália Sebastião

Jorge Carrega

Nuno Antunes

PAGINAÇÃO / DESIGN

Nuno Antunes

REVISÃO

Idália Sebastião

NOTA EDITORIAL 2

MENSAGEM DO PRESIDENTE 4

ENTREVISTA COM JORGE CARREGA, JÚRI RESIDENTE DO 2º FARCUME

5

CONFERÊNCIA CIDADES PELA RETOMA: IDENTIDADE E MARKETING DE CIDADES

7

JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO PAULO SÁ

10

JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO CRISTÓVÃO NORTE

12

FARO 1540 ARRENDOU UMA MORADIA

15

PARECER SOBRE A TDT 16

PARECER SOBRE A FUTURA PONTE DA PRAIA DE FARO

18

2º FARCUME 21

REGULAMENTO CONCURSO

FOTOGRAFIA 22

REGULAMENTO 3º RUDS 23

PARCEIROS FARO 1540 28

CURIOSIDADES E ESTUDOS 24

Nesta edição:

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org

Nuno Antune

Vice-Presidente da Direcção

2º Trimestre de 2012 Número: 10 / Ano: III

Page 3: Boletim Informativo - Edição 10

3

to é objecto de alguma activi-

dade de reabilitação, apesar das

dificuldades, é uma aposta

ganha e promissora contribuin-

do para a promoção do patri-

mónio. Para já uma consequên-

cia directa desta acção foi o

melhoramento e reabilitação

de prédios vizinhos que apa-

rentavam alguma ausência de

intervenção de seus proprietá-

rios. Bem aja á reabilitação

urbana. Por falar em reabilita-

ção urbana, recordo que conti-

nua aberto o período de inscri-

ções relativamente a apresen-

tações a serem comunicadas

no III seminário de reabilitação

urbana e desenvolvimento sus-

tentável, RUDS, da FARO 1540

para o próximo mês de Outu-

bro. Demais informações e

respectivo regulamento estão

disponíveis online, no site ofi-

cial. Relembro que este evento

é um fórum de debate direcio-

nado para técnicos, profissio-

nais e estudantes na área.

Como sempre é um evento

aberto a todos os potenciais

interessados.

O verão se avizinha e como é

costume nesta altura do ano, é

o tempo de férias e descanso.

A FARO 1540 conta com uma

actividade especial para este

período. O FARCUME, festival

de curtas-metragens de Faro,

tende a ser um evento de mar-

ca na nossa cidade. O período

de inscrições, a produtores e

realizadores de curtas, está

aberto e o regulamento dispo-

nível no nosso site. Este ano

vamos enriquecer a cidade

com um concurso de fotografia

sendo selecionado por um júri,

findou as emissões em sinal

analógico de televisão

encerrando assim uma das

grandes revoluções de nos-

sos tempos, a televisão a

cores. Deste então Portugal

partilha da mais recente

tecnologia na distribuição de

sinal de televisão por feixes

hertzianos, a televisão digi-

tal. Como se pode constar

este processo de transição

não foi um dos melhores

exemplos tendo nossa Asso-

ciação, depois de algumas

diligências, de emitir um pare-

cer. É um exemplo de cidada-

nia participativa.

Em período de discussão pública esteve o novo plano de reabilitação da ponte de acesso á praia de Faro e equi-pamentos adjacentes. A FARO 1540, através dos seus grupos de trabalho, emitiu um parecer á sociedade Polis sobre o plano em questão. Para que o bom senso impere é necessário uma intervenção inteligente e coerente, uma vez que com o apoio de fun-dos comunitários é possível a implementação de um novo equipamento mais eficaz e com mais segurança. Se por-ventura a opção de continuar com uma faixa só para veícu-los motores continuar em cima da mesa, então parece-nos um autêntico despesismo. Com uma intervenção técnica e uma nova pintura, afinal, ficamos com uma “nova” pon-te. Nota negativa para as enti-dades oficiais que não respei-tam os cidadãos e respectivas associações cívicas, na não inclusão destes no planea-mento de estratégias da cida-de.

Num ambiente informal e não

menos sério a discussão de

temas com elevada relevância

para as cidades, os jantares/

conferência, são uma das activi-

dades pilares da nossa Associa-

ção. Neste período contámos

com a presença dos deputados

á Assembleia da Republica Dr.

Paulo Sá e Dr. Cristóvão Norte

com as temáticas,

“Desenvolvimento Economico

Regional e Desemprego” e

“Reabilitação e Arrendamento

Urbano”, respectivamente.

Segundo Cristóvão Norte, a

nova lei de arrendamento é um

novo instrumento legislativo

que permite maior flexibilidade

e dinâmica numa área que á

muito precisava de ser revista.

Esperamos que sua implementa-

ção tenha os resultados previs-

tos uma vez que urge cada vez

mais a necessidade de mobilida-

de dos cidadãos e respostas

rápidas a novas formas de viver

e trabalhar. Por outro lado Pau-

lo Sá reforça a implementação

de políticas que contrariem a

sazonalidade de regiões, estimu-

lando a oferta de novas merca-

dos e novas actividades mais

estáveis e fixadoras de pessoas

e bens. Parece me imperativo,

cada vez mais, de olharmos para

os novos tempos com novas

oportunidades e mais promisso-

ras.

É oficial. A FARO 1540 assinou

no passado mês de Junho um

contrato de arrendamento de

um espaço de modo a melhorar

e expandir o seu modelo de

actividade. Numa zona movi-

mentada e aparentemente

esquecida o “novo” equipamen-

Nota Editorial B O L E T I M I N F O R M A T I V O

um conjunto de fotos que

espelhem a actividade em

nossa cidade. Próprio des-

te tipo de evento também

será atribuído um prémio

ao fotógrafo selecionado.

Boas férias e até ao FAR-CUME.

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Curiosidade:

Quando foi cons-

truído o primeiro

edifício da história?

Não se conhece a data

exata do primeiro edifício

da história, mas, desde as

primeiras civilizações, há

registros de grandes palá-

cios, templos e constru-

ções. Sabe-se que os sumé-

rios, que dominaram o sul

da Mesopotâmia de 3.500 a

1.600 a.C., chegaram a ter

cidades com mais de 30 mil

habitantes, nas quais havia

prédios repletos de colu-

nas e terraços. Por causa

da escassez de pedras, eles

usaram uma argamassa de

junco e barro, além de

tijolos de barro secos ao

sol. O maior dos prédios

deste período, o Zigurate

de Ur, tinha um pavimento

superior com mais de 30

metros de altura. A civiliza-

ção Minóica, que ocupou

Creta por volta de 2.000

a.C., deixou vestígios de

enormes palácios e edifica-

ções construídas antes de

1.750 a.C., quando uma

grande catástrofe natural

soterrou-as.

Page 4: Boletim Informativo - Edição 10

4

70% das embarcações envelhecidas mas ainda no activo. Os efeitos poluidores não são tão visíveis nos derra-mamentos intencionais, durante as operações mais ou menos clandestinas de lavagens de tanques e de porões de petroleiros, mas nem por isso serão muito menos negativos. Sobretudo se forem siste-máticos.

De resto, a contabilidade está feita: derrames aci-dentais e intencionais são responsáveis por 70% da poluição marinha a nível global.

Portugal, com a maior Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Europa e uma das maiores do mundo, tem aí problemas de sobra, que uma deficiente fiscalização por parte das autoridades marítimas portuguesas só acentua. Meios aéreos e de navega-ção insuficientes e a ine-xistência de um sistema automático de vigilância adequado (ou melhor têm já implementado, mas não

Os Oceanos cobrem qua-tro quintos do planeta Terra e são uma fonte preciosa de vida, mas ao contrário do que até há relativamente pouco tem-po se suponha, os Ocea-nos não são inesgotáveis.

Sujeitos a uma pressão crescente, estes imensos reservatórios de água, chegaram a um ponto em que se impõe uma refle-xão, novas práticas e, sobretudo, medidas de fiscalização mais eficazes.

A sobreutilização dos mares nas ultimas déca-das tem talvez a sua expressão mais evidente no movimento migratório das populações humanas para o litoral, com todos

os desequilíbrios que isso necessariamente implica: das sobrecargas de polui-ção à exploração dos recursos disponíveis. Mas as coisas não ficam por aqui.

A pesca intensiva socorre-se de meios tecnológicos cada vez mais sofisticados, por vezes destrutivos dos habitats de numerosas espécies.

Por outro lado, os aciden-tes que ocorrem com regularidade junto às cos-tas, com derramamento de toneladas de combustíveis e crude, têm efeitos ambientais desastrosos a curto e médio prazo. À frequência desses aciden-tes não será alheio o mau estado das frotas mercan-tes mundiais, com cerca de

OCEANOS, FONTE DE VIDA

M E N S A G E M D O P R E S I D E N T E

Bruno Lage

Presidente da Direcção

funciona!), são os calca-nhares de Aquiles em que assenta a falta de controlo das actividades dentro da ZEE de conti-nente e ilhas. Pior ainda, os comandantes das centenas de navios que todos os dias transitam por estas paragens sabem perfeitamente com o que podem con-tar.

Da qualidade das águas costeiras depende, no entanto, em grande par-te uma das principais actividades económicas do Pais: o turismo. E este é um sector que não pode ser negligen-ciado nem relegado para segundo plano, sobretu-do na nossa região,

Termino esta mensagem esperando contar com a vossa presença na 2ª edição do FARCUME de 23 a 25 de Agosto.

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A “Faro

1540” acolheu nos últimos

três meses mais 17 asso-

ciados a saber: Francisco

Viegas Gomes (Associado

Honorário), Carlos Perei-

ra, Maria João Lindo, João

Almeida, Carina Martins,

Carlos Pestana, Pedro

Roma, Filipa Silva, Gonçalo

Medeiros, David Apolónia,

Edelberto Ribeiro, Joaquim

Mendoza, António Dias,

Hugo Leonardo, Davide

Alpestana, João Brito Sou-

sa e Tatiana Osório.

Quadro Social

Os Oceanos

cobrem quatro

quintos do pla-

neta Terra e

são uma fonte

preciosa de

vida

Os acidentes

que ocorrem

com regulari-

dade junto às

costas, com

derramamento

de toneladas de

combustíveis e

crude, têm

efeitos ambien-

tais desastrosos

Derrames aci-dentais e inten-cionais são res-ponsáveis por 70% da polui-ção marinha a

nível global

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Jorge Manuel Neves Carrega é natural de Faro. Presentemente colabora com o CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve onde desenvolve o seu doutoramento em estudos fílmicos como bolseiro da FCT e lecciona as disciplinas de História do Cinema na UAlg e de Recur-sos Culturais no INUAF.

Foi colaborador da ERTA para a qual elaborou o “Guia do Património Cultural do Algarve” e é o autor dos livros “A Ermida de Santo António do Alto” e “Elvis Presley e o Cinema Musical de Hollywood”.

É associado da “FARO 1540” e terá a responsabilidade de este ano ser um dos membros residentes do júri do FARCUME.

Para além do tempo de duração quais são as principais diferenças entre uma longa-metragem e uma curta-metragem?

É importante notar que desde cedo o formato da curta-metragem foi relegado para segundo plano pela indústria de cinema, sendo normalmente utilizado por cineastas com poucos recursos económicos e que na maioria das vezes trabalham fora do sistema de produção institucio-

nal. Significa isto que a maioria das curtas-metragens portuguesas (e não só) são produzidas por jovens em inicio de carreira, obrigando os realizadores, argumen-tistas e equipas técnicas a fazerem uso de todo o seu talento e imaginação para contornar as naturais dificul-dades que enfrentam. No entanto, esta economia de meios acaba por se traduzir numa maior liberdade cria-tiva, uma vez que a ausência de grandes investimentos financeiros os liberta da pressão exercida pelos produ-tores cujo objectivo principal é naturalmente o da ren-tabilização comercial.

No que diz respeito às curtas-metragens de ficção, a

grande diferença reside na economia narrativa, isto porque, dadas as limitações de tempo, é difícil ao argu-mentista e ao realizador desenvolverem histórias com-plexas e que apresentem uma boa caracterização psico-lógica dos personagens. Isto obriga naturalmente a um depuramento narrativo que, quando bem feito, consti-tui na minha opinião um dos factores mais interessantes deste tipo de filmes.

Qual é a tua opinião sobre a qualidade das cur-tas-metragens portuguesas?

Naturalmente existe o bom, o mau e o assim-assim. No entanto, em termos gerais penso que a qualidade é boa e revela o talento dos nossos realizadores, a maioria dos quais são ainda jovens à procura de oportunidades de carreira e em particular da possibilidade de realiza-rem uma longa-metragem em que possam trabalhar com bons meios de produção. Só espero que não aca-bem a realizar telenovelas na SIC e na TVI.

ENTREVISTA COM JORGE CARREGA MEMBRO RESIDENTE DO JÚRI DO 2º FARCUME

E N T R E V I S T A Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A curta-metragem obriga os

realizadores, argumentistas e

equipas técnicas a fazerem

uso de todo o seu talento e

imaginação para contornar

as naturais dificuldades que

enfrentam

Page 6: Boletim Informativo - Edição 10

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Como Professor de História do Cinema e investi-gador na área dos estudos fílmicos, como vês o cinema em Portugal?

Com um misto de apreensão e satisfação. Por um lado lamento que se produzam tão poucas longas metragens em Portugal e que os espectadores nacionais revelem um interesse tão reduzido pelo cinema português ao contrario do que sucede em Espanha, Itália ou França. Por outro lado, congratulo-me por ver reconhecido internacionalmente o talento de cineastas como o Manoel de Oliveira, o Pedro Costa e o já desaparecido João Cesar Monteiro, mas também pelo reconhecimen-to de jovens realizadores como o João Salaviza e o Miguel Gomes, cujas curtas-metragens foram recente-mente premiadas no Festival de Berlim.

E na tua opinião quais são as razões para este desinteresse do público português pelo cinema nacional?

Na verdade penso que os espectadores portugueses se interessam cada vez menos por cinema limitando-se a consumir produtos televisivos e a ver alguns filmes em casa, muitas vezes “sacados da net”. Infelizmente o cinema comercial de Hollywood domina completamente o circuito de distribuição nacional (incluindo os canais de televisão) o que faz com que a maioria dos portugue-ses estejam completamente formatados para um modelo de entretenimento que nada tem a ver com o cinema de autor que se pratica em Portugal e noutros países euro-peus, o qual exige uma maior disponibilidade intelectual da parte dos espectadores.

E como contrariar esta situação?

Em primeiro lugar penso que seria necessário impor uma quota para a exibição de filmes europeus nas salas de cinema e nos canais televisivos, abrindo deste modo espaço a filmografias riquíssimas que neste momento estão completamente afastadas dos grandes espaços de divulgação de cinema. Em segundo lugar apostando numa generalização do ensino da historia do cinema e da literacia dos Media em todos os graus de ensino de modo a que as próximas gerações de espectadores sejam mais conscientes e tenham maior capacidade criti-ca sobre a produção audiovisual que consomem.

Na qualidade de membro residente do júri des-ta 2ª edição do FARCUME qual é a tua expectati-va para este festival?

Espero naturalmente que surjam obras de qualidade a concurso e que o FARCUME possa deste modo servir como um espaço de divulgação do trabalho dos realiza-dores portugueses. Acredito sinceramente que o esfor-

ço que está a ser colocado na organização deste evento vai permitir consolidar o FARCUME e prestigiar não apenas a FARO 1540, mas também a nossa cidade.

Consideras que um festival desta natureza poderá ser uma mais-valia para a oferta cultural da região algarvia?

Sem dúvida! Como sabes uma das actividades profissio-nais que tenho desenvolvido ao longo dos anos passa precisamente pela promoção e valorização turística do património cultural algarvio. Ora o FARCUME, pelo facto de se realizar em plena época alta turística e de trazer à cidade realizadores e entusiastas do cinema que não são naturais de Faro, representa uma óbvia mais valia não só para a oferta cultural da cidade, mas também para o nicho do turismo cultural que na minha opinião deve assumir um papel cada vez mais importan-te na estratégia de diversificação da oferta turística algarvia.

Esta edição conta já com várias curtas-metragens brasileiras. Como vês esta interna-cionalização do festival já na sua 2ª edição?

Com enorme agrado! O Fernando Pessoa disse um dia que a nossa língua é a nossa pátria. Pois bem, acredito que o futuro do FARCUME passa obrigatoriamente pela sua internacionalização e que nesse sentido o pri-meiro objectivo deve ser o da sua divulgação nos países de língua oficial portuguesa. O facto de recebermos trabalhos do Brasil é um sinal de que esta visão estraté-gica é correcta e que de que estamos a contribuir para o dialogo cultural entre países irmãos.

E N T R E V I S T A Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

É necessário impor uma quo-

ta para a exibição de filmes

europeus nas salas de cinema

e nos canais televisivos, abrin-

do deste modo espaço a fil-

mografias riquíssimas que

neste momento estão com-

pletamente afastadas dos

grandes espaços de divulga-

ção de cinema

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A “FARO 1540” promoveu no dia 20 de Abril, por volta das 21h30, no Salão Nobre da Sociedade Recreativa Artística Farense mais uma edição das conferências “Cidades pela Retoma”, desta feita dedicado ao tema da Identidade e Marketing de Cidades, que mais uma vez contou com uma boa participação de público. Os ora-dores convidados para esta sessão foram, António Rosa

Mendes, investigador e professor universitário, Carlos Luís Figueira, Secretário-Geral da Sociedade de Gestão Urbana de Vila Real de Santo António e Francisco Vie-gas Gomes, jornalista. Tanto na conferência como no período de debate abor-dou-se temas chave como a construção de uma identi-dade e imagem de uma cidade, estratégias de marketing e de comunicação, a gestão territorial e a promoção e o

desenvolvimento das cidades numa perspectiva de espa-ço urbano contemporâneo. Sobre estas matérias foi referido que grandes cidades

como Paris, New York, Londres, Roma, Madrid, Barce-lona, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lima, São Francisco, Veneza, Florença, Viena, que têm já uma promoção e marketing por si só a que aliam uma forte componente histórica, cultural e identitária. Em Portugal, temos o caso de Lisboa, Porto, Évora, Sin-tra, Guimarães e Coimbra que têm áreas ou centros

classificados como património da humanidade o que é fundamental em termos de marketing para valorizar uma cidade ou uma região, a que se pode aliar um con-junto de eventos de grande envergadura que projecta-ram o nome dessas cidades como foi o caso da Expo98, o Euro 2004, e as capitais Europeias da Cultura.

CONFERÊNCIA “CIDADES PELA RETOMA” SOBRE IDENTIDADE E MARKETING DE

CIDADES

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Grandes cidades como Paris, Londres ou Buenos Aires

têm já uma promoção e mar-keting por si só a que aliam

uma forte componente histó-rica, cultural e identitária

Page 8: Boletim Informativo - Edição 10

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Outro grande veículo de promoção das cidades, com resultados práticos muito bons, e que se está a transfor-mar numa aposta de marketing de muitas cidades passa por captar a indústria do cinema e a rodagem de filmes que para além do mediatismo e o dinamismo imediato

que esta actividade gera (muitos actores e actrizes, alguns deles bem conhecidos em todo o mundo, realiza-dores, argumentistas, operadores de câmara, técnicos de luz e som, assistentes de natureza diversa) com impli-

cações directas em imensos serviços de uma cidade (hotelaria, restauração, comércio, transportes, tecnolo-gia) há a vertente promocional da cidade na qualidade de cenário do filme que circulará um pouco por todo o mundo e que consegue posteriormente captar muitos visitantes. A este propósito a cidade de Barcelona tem um gabinete exclusivo para trabalhar com este tipo de indústria, tendo como principais funções aliciar realiza-dores e a promover um conjunto de facilidades a nível burocrático e a nível de licenças, autorizações, gestão de trânsito e serviço de policiamento.

No Algarve, não podemos dizer que temos uma grande cidade, quer à escala europeia, quer mesmo à escala nacional e é uma região que tem pouco património e o que existe está disperso como o caso de Sagres, Silves e VRSA, portanto é de crucial importância melhorar o espaço urbano de forma a que as pessoas se sintam bem nesses locais e a valorizar os espaços históricos. Assim, é fundamental que Faro progrida nesta área e desenvolva o seu espaço público e o seu centro históri-co e que revitalize e remodele a sua baixa comercial o que implica imediatamente mais qualidade de vida e mais atractividade o que gera grandes taxas de retorno. Curiosamente, o centro histórico de VRSA é um dos centros mais visitados no Algarve tornando-o um gran-de pilar da atractividade. Outra ferramenta muito importante para o marketing de cidades é a presença das cidades em diversas redes e rotas, quer na internet quer as redes europeias e inter-nacionais que existem (Caminhos de Santiago, rede de Cidades Iluministas, rede de Cidades Históricas), mas é preciso ter em atenção que o sucesso deste pilares e destas ferramentas só existe de soubermos criar uma identidade e soubermos promover e valorizar essa mesma identidade. Mas muitas vezes não se sabe no que consiste uma identidade de uma cidade. Ora a Identidade mais não é do que traços materiais, afecti-vos, sentimentais, característicos, distintivos que gere e une uma determinada cultura e uma determinada reali-dade.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Outro grande veículo de pro-moção das cidades, com

resultados práticos muito bons, e que se está a transfor-mar numa aposta de marke-ting de muitas cidades passa

por captar a indústria do cine-ma e a rodagem de filmes

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Sobre a cultura, também é recorrente cometer-se o erro de a considerar como algo supérfluo, algo secundá-rio, aliado às belas-artes, à música erudita, a meia-dúzia de ociosos e intelectuais que não têm mais nada para fazer e que está longe de ter importância para o desen-volvimento estratégico de uma cidade. Este é um con-ceito amplamente errado e que é importante desmistifi-car pois a cultura que passa essencialmente pela criativi-dade, pela personalidade de um povo, pela cidadania, pelas forças interiores das gentes ou de uma geração, pelos debates, pela discussão de ideias é uma ferramenta absolutamente essencial para a progressão de uma cida-de e da sua atractividade quer em termos de visitantes como em termos de fixação de população e de negó-cios. Uma cidade apetecível para o visitante precisa de ter história, identidade, museus e animação nocturna sendo esta última característica ao contrário do que possa parecer um importante complemento ao marketing de cidades. A cidade de Faro tem optimas condições para ser uma cidade atractiva, mas tem de saber trabalhar essas mes-mas condições, coisa que aparentemente não tem tido

saber fazer com o sucesso desejado desde quase sem-pre. Sobre a cidade de Faro é importante relembrar que em 1540 foi elevada a cidade por D. João VI não por ter muita população (Lagos e Tavira na altura tinham mais população) mas por se localizar pratica-mente no centro do Algarve, articulando assim com toda a região. A cidade de Faro está assim vocacionada para articular com o Algarve, viver para o Algarve e apoiar o Algarve mas apesar de ser esta a sua vocação não tem assumido esse papel e não foram raras as vezes que algumas elites da cidade recusaram essa mis-são, tendência essa que urge inverter! Durante esta conferência, a “FARO 1540” teve a opor-tunidade de atribuir a Francisco Viegas Gomes o título de associado honorário pelas acções e actividades de relevância que tem desenvolvido em Faro e no Algarve em prol dos objectivos prosseguidos por esta associa-ção, fomentando a cidadania participativa, a troca de ideias e o debate em questões essenciais e estratégicas para o desenvolvimento da cidade e para a qualidade de vida do cidadão. De referir que o título de associado honorário foi aprovado na última Assembleia-Geral da “FARO 1540”, por proposta da Direcção.

Recorde-se que esta iniciativa inserida no âmbito do Movimento Cívico “Cidades pela Retoma”, pretende desenvolver em Faro um fórum de debate que deverá mobilizar os cidadãos a participar num exercício de reflexão colectiva sobre o papel das cidades na actual fase de desenvolvimento do país, que vise identificar e avaliar os seus recursos com potencial para o desenvol-vimento económico e social e ajudar a definir uma ‘agenda local para a retoma’. O Movimento Cidades pela Retoma e o projecto Glo-bal City 2.0 continua a captar cada vez mais adeptos contando já com milhares de adesões, incluindo mais de 100 plataformas cívicas nacionais, cerca de 300 blogues de 15 países diferentes e 14 parceiros institucionais.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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A “FARO 1540” realizou no dia 19 de Maio, no Res-taurante Pontinha mais um jantar conferência. Desta feita, o orador convidado foi o Prof. Doutor Paulo Sá, deputado do PCP pelo Algarve à Assembleia da República, que apresentou uma comunicação subordina-da ao tema “Desenvolvimento Económico Regio-nal e Desemprego” abordando também, neste con-texto, a questão das portagens na Via do Infante, a que se seguiu um período de debate.

Paulo Sá referiu-se à grande taxa de desemprego que assola a região algarvia, como fruto dos efeitos da pro-funda recessão em que o nosso país está mergulhado, conduzindo a graves problemas económicos e sociais e que esta politica cega de austeridade está a levar Portu-gal e a região não para a redução do défice orçamental pretendida, mas ao seu contrário.

Os dados da execução orçamental agora divulgados – que, em resumo, reflectem uma redução total da receita

por força da quebra da receita fiscal de 3% (em particu-lar do IVA) e o aumento da despesa efectiva com ori-gem sobretudo no aumento de encargos com o serviço

da dívida pública - só permitem concluir que a política

que tem vindo a ser seguida conduzirá a uma recessão cada vez mais vincada.

Para suportar esta afirmação, Paulo Sá relembrou que grande parte do comércio local sofre os fortíssimos impactos da redução do poder de compra da população. A que se juntam outros factores que contribuem tam-bém para colocar em risco a sobrevivência de muitas

A C T I V I D A D E S

JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO PAULO SÁ SOBRE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO REGIONAL

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Esta politica cega de austeridade está a levar

Portugal e a região não para a redução do défice orçamental

pretendida, mas ao seu contrário

Grande parte do comércio local sofre os fortíssimos impactos da redução do

poder de compra da população

Page 11: Boletim Informativo - Edição 10

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das micro, pequenas e médias empresas, que são o gran-de empregador do nosso país, e consequentemente colocar em risco centenas de postos de trabalho, lan-çando muitas vezes para a pobreza famílias inteiras.

E desses factores, os mais relevantes são o aumen-to da carga fiscal, designadamente do IVA, a intro-dução de portagens na A22 e a pressão induzida pelo crescimento das grandes superfícies, que estrangulam por completo qualquer hipótese de subsistência do comércio tradicional.

A propósito das portagens colocadas na Via do Infante, Paulo Sá apontou que as portagens na A22 representam perdas muito significativas no turismo da região e consi-derou que a medida em nada contribui para melhorar a

situação financeira do país e que é um erro colossal que urge corrigir.

Ainda foi abordada a questão da Regionalização dizendo que a criação de regiões administrativas é um desígnio constitucional e que estamos abertos a começar esse processo a qualquer momento, mas infelizmente, não está na agenda política e prevê-se que esta importante

reforma seja novamente adiada. Em vez disso, avança-se com uma Reforma da Administração Local que não assenta em objetivos, nem fundamenta o porquê das alterações apresentadas. Paulo Sá referiu ainda que a fusão ou a extinção de freguesias terá pouco impacto orçamental (0,1% do Orçamento de Estado) e não resolverá qualquer problema, servindo apenas para abandonar o debate urgente sobre a regionalização, que é adiada há 35 anos.

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As portagens na A22 representam perdas muito significativas no turismo da

região

A criação de regiões administrativas é um desígnio

constitucional

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A "FARO 1540" promoveu no restaurante Pontinha, em Faro, no dia 23 de Junho um jantar conferência cujo ora-dor convidado foi o nosso associado e deputado à Assembleia da República Cristóvão Norte, que apresen-tou uma comunicação subordinada ao tema "Reabilitação e Arrendamento Urbano".

As cidades sempre foram centros de fluxos de pessoas, de capital e de informação. Hoje, mais do que nunca, a pressão intensifica-se ao termos mais de 50% da popula-ção mundial a residir nas malhas urbanas prevendo-se, de acordo com as Nações Unidas, que atinja 75% em 2050. Esta realidade representa um desafio para a gestão das actuais cidades, bem como o planeamento dos novos aglomerados que estão a surgir nas suas perife-rias, tornando-se imperativo desenvolver políticas rigo-rosas em matéria de ordenamento, regeneração e opti-mização da malha urbana.

Contudo, nas cidades estamos longe de viver em har-monia com os ecossistemas naturais. Para contrariar esta realidade, é fundamental desenvolver ferramentas de forma a caminharmos para uma sociedade que valori-ze efectivamente a regeneração urbana, a história e a identidade de uma terra e onde se estimulem simbioses com o ambiente.

Neste sentido, a Requalificação e a Reabilitação Urbana têm surgido nos últimos anos como uma ferramenta fundamental para promover uma efectiva sustentabilida-de urbana e devolver a determinadas áreas das cidades a

vida e a dinâmica de outros tempos. De facto, o efeito Donut, ou se preferirmos o esvaziamento e a conse-quente degradação dos centros urbanos, está neste momento a tornar-se uma realidade em diversas cida-des. Como consequência, vê-se o comércio tradicional das cidades a definhar, as ruas com falta de vida e alegria, as

A C T I V I D A D E S

JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO CRISTÓVÃO NORTE SOBRE REABILITAÇÃO E

ARRENDAMENTO URBANO

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A Requalificação e a Reabilitação Urbana têm surgido nos últimos anos como uma ferramenta

fundamental para promover uma efectiva sustentabilidade

urbana

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habitações a degradarem-se, o sentimento de inseguran-ça a aumentar implicando ainda o desaparecimento gra-dual da identidade das cidades, cenários estes que urgem serem alterados.

É unanime que a actual legislação do arrendamento não tem conseguido responder às necessidades deste mer-cado. A prova evidente deste facto é que desde 2006, de um universo actual de 255 mil imóveis com rendas congeladas, apenas 2888 rendas anteriores a 1990 foram atualizadas. A agravar este cenário, já por si nada anima-dor, alia-se a actual conjuntura económica e social do país a que se acrescenta ainda o elevado esforço finan-ceiro para adquirir uma residência própria e o difícil acesso ao crédito que estão a impedir milhares de famí-lias de terem casa própria.

Por esse motivo o arrendamento está a ser a opção natural. Mas se não existirem casas no mercado em quantidade e com preços acessíveis, vai inevitavelmente gerar um forte problema. Neste sentido tornou-se de crucial importância efectivar uma reforma eficiente e realista, sendo esta reforma um dos vários compromissos que está no Memorando assi-nado com a Troika. Com esta nova lei do Arrendamento, o Governo pre-tende dinamizar o mercado de arrendamento, trazendo para o mercado, habitação a preço acessível e ajustada às diferentes necessidades dos portugueses. Procura também, promover um mercado de arrendamento, que, em conjunto com o impulso à reabilitação urbana, possa

requalificar a revitalizar as cidades e por fim, mas não menos importante, favorecer a mobilidade das pessoas, factor essencial para a promoção do emprego e contri-buir para a redução do endividamento das famílias e para a promoção da poupança.

Para que isso aconteça, existem três pilares estratégicos que se pretende implementar com a nova lei do Arren-damento. O primeiro pilar consiste na flexibilização e simplificação do procedimento de criação de áreas de

reabilitação urbana através da aprovação da delimitação de áreas de reabilitação urbana que passa a poder ter lugar em momento anterior à aprovação da operação de reabilitação urbana a desenvolver nessas áreas e pela aprovação, por parte do Município, num mesmo

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Se não existirem casas no mercado em quantidade e com preços acessíveis, vai inevitavelmente gerar um

forte problema

A actual legislação do arrendamento não tem

conseguido responder às necessidades deste mercado

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momento, uma ou várias delimitações de áreas de reabi-litação urbana, em consonância com a diversidade urba-nística, económica, social, cultural e ambiental das várias parcelas do seu território, com vista à ulterior aprova-ção das concretas operações de reabilitação a efectuar na área ou áreas delimitadas. O segundo pilar passa pela criação de um procedimento simplificado de controlo prévio de operações urbanísti-cas assente na agilidade e na linearidade, eliminando-se

os obstáculos à realização de obras conformes com o plano de pormenor de reabilitação urbana previamente aprovado e que, nos termos gerais, sigam o procedi-mento de comunicação prévia.

Por fim, o terceiro pilar cria o conceito de reabilitação urbana de determinadas operações urbanísticas “isoladas” que tem como grande objectivo regular as operações de reabilitação urbana de edifícios ou frac-ções, ainda que localizados fora de áreas de reabilitação urbana, cuja construção tenha sido concluída há pelo menos 30 anos e que, em virtude da sua insuficiência, degradação ou obsolescência, justifiquem uma interven-ção de reabilitação destinada a conferir adequadas características de desempenho e de segurança.

Para as casas devolutas e em estado de ruína surge ago-ra a possibilidade dos Municípios através da expropria-ção, venda forçada dos imoveis ou arrendamento força-do dos edifícios poderem revitalizar zonas das cidades que se encontrem num estado de abandono e de deser-tificação acentuado passando a aplicar uma política de valorização da cidade, da sua identidade e história atra-vés de uma política de urbanismo de contenção em detrimento da política de urbanismo de expansão que durante décadas a fio imperou no nosso país. Neste jantar o vice-presidente Nuno Antunes teve a oportunidade de efectuar uma promoção da 2ª edição do FARCUME que irá decorrer nos dias 23, 24 e 25 de Agosto.

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Criação de um procedimento simplificado de controlo

prévio de operações urbanísticas assente na

agilidade e na linearidade

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A “FARO 1540” assinou no dia 1 de Junho um contrato de arrendamento sobre uma moradia localizada na Rua Pedro Nunes, 14 para fazer dela a sua sede operacional. Esta moradia com 76 anos de construída encontrava-se (e ainda se encontra) num estado de degradação acen-

tuado devido ao facto de estar desabitada há cerca de 20 anos sem ter sido sujeita a obras de conservação o que levou a “FARO 1540” a ter de efectuar algumas obras de recuperação e reabilitação nomeadamente no telhado constituído por telha antiga, fissuras nas pare-des, desinfecção, soalho, pintura, canalização e recupe-ração de portas e janelas tendo o cuidado de manter e se possível reforçar a identidade da casa. Estas obras têm decorrido com a ajuda de alguns asso-ciados que têm dado um precioso contributo para a recuperação da sede com o seu trabalho voluntário e com donativos de outros tantos que têm permitido a

compra dos materiais necessários à correcta recupera-ção do edifício.

Estipula-se que a sede esteja com os “mínimos” de ope-racionalidade em meados do mês de Agosto altura em que está prevista a realização do primeiro evento neste novo espaço que será o 1º Manga & Comic Event do Algarve no fim-de-semana de 18 e 19 de Agosto.

A Direcção da “FARO 1540” faz o apelo junto dos seus associados para que procedam a pequenos donativos (10, 20 ou 30 €uros) e/ou comprem os pólos “Faro 1540”. Estas verbas apesar de parecerem pequenos contributos em muito ajudam na aquisição de material. Por outro lado, caso tenham disponível, pede-se que ofereçam à associação mobiliário e equipamentos como: pequeno fogão, arca, frigorifico, secretárias, cadeiras, prateleiras, candeiros de tecto ou de móvel, livros). Para isso pede-se que contactem a “Faro 1540” para o seu e.mail: [email protected]

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Com donativos de outros tantos que têm permitido a

compra dos materiais necessários à correcta recuperação do edifício

FARO 1540 ARRENDOU UMA MORADIA PARA SER A SUA SEDE OPERACIONAL

1º Manga & Comic Event do Algarve no fim-de-semana de

18 e 19 de Agosto

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A implementação da Televisão Digital Terrestre é uma consequência de uma directiva da União Europeia, com o objectivo de libertar espectro electomagnético em toda a Europa. Como o espectro electromagnético está saturado com os mais diversos serviços de telecomuni-cações, neste novo sistema de distribuição de sinal de televisão passamos a ter espaços radio-eléctricos dispo-níveis para a implementação de novos serviços de dados, nomeadamente Internet móvel baseado em LTE. Vamos já desfazer o mito: o 4G não é a mesma coisa que LTE, segundo a 3GPP. A premissa do LTE é menor latência nas comunicações e obviamente maior velocidade na transferência de dados, em sistemas móveis celulares. Para nosso espanto, porque motivo se vende uma coisa que não o é?! A futura tecnologia 4G(de quarta geração) é um sistema de comunicações móveis para sistemas celulares baseado em LTE Advan-ced, segundo a 3GPP. Este último ainda não se encontra definitivamente standarizado mas prometendo velocida-des até 1Gbits/s, em baixa mobilidade.

Mas, voltando à TDT, vamos entender algumas siglas correntes. Este sistema é baseado na tecnologia DVB-T com norma para a codificação do vídeo em MPEG4-H262, em Portugal, e o som em AAC. Com esta tecno-logia é possível transmitir canais com definição SD (576 pixeis) e HD (720 pixeis), por opção em Portugal e com som surround. Para aqueles que andam confusos com estas terminologias, o DVB-T é um conjunto de regras que permite transmitir dados digitais, o MPEG4-H262 é um sistema de codificação de sinal de vídeo, permitindo enviar mais informação digital com menos espectro, optimizando a mensagem digital. SD e HD tem haver directamente com a largura da imagem que é transmiti-da, medindo a sua definição pela largura de tela. Por ulti-

mo o AAC é um codificador de sinal de som, idêntico ao conhecido MP3 mas mais eficiente, isto é, melhor qualidade com menos bits necessários.

Todas estas terminologias referem se a tecnologias de ponta e que envolvem mais processamento, logo os equipamentos descodificadores (Set_Top_Box) tam-bém são mais caros comparativamente com outras nor-mas de codificação. Na Europa a implementação da

televisão digital terrestre foi um processo gradual, que demorou em alguns países vários anos, alguns 10 anos, e fortemente apostados na disponibilização de novos serviços, televisão não paga, televisão com subscrição e promovendo a distribuição de canais de televisão digital tanto de âmbito nacional, regional e local. No geral a oferta de pacotes de canais de televisão é bastante diversificada.

A implementação da TDT em Portugal foi um processo estranho e pouco transparente. A anterior oferta de canais, em sinal analógico, mantém-se, inovando só no guia de programação de canais. Por outro lado não se entende, com a massificação dos televisores de LCD com formato 16:9, se opte por transmitir conteúdos em formato 4:3, distorcendo a proporcionalidade das das imagens. Alem disso a pouco informação da fase de transição, de 2009 a Abril de 2012, foi parca acompa-nhada de uma publicidade insuficiente e confusa, sendo em alguns casos tendencialmente ameaçadora. A oferta de canais temáticos, ainda que seja do operador publico

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A implementação da TDT em Portugal foi um processo

estranho e pouco transpa-rente

FARO 1540 ELABOROU UM PARECER SOBRE A TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE

A pouca informação da fase de transição, de 2009 a Abril de 2012, foi parca e acompa-nhada de uma publicidade

insuficiente e confusa

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de televisão, é uma questão que definitivamente não está em cima da mesa.

Com uma publicidade agressiva e em muitos casos enga-nadora o numero de novos clientes para serviços de televisão digital paga cresceu exponencialmente. Como um simples espectador e consumidor de televisão pode constatar que a entidade reguladora para o efeito teve e continua a ter um comportamento de uma avestruz padecendo de uma patologia ensurdecedora.

Estamos a menos de 2 semanas do termino de uma revolução (televisão analógica policromática) que mudou as nossas vidas e o mundo. O que outrora se mostrava com orgulho e audácia, hoje a troco de umas dezenas largas anuais de euros, por cliente, de serviços de televi-são, oculta-se o que de mais inovador e tecnologica-mente avançado existe, relativo á televisão digital terres-tre, cegando a cega sociedade em que vivemos.

A seguir apresenta-se um dos dois documentos (o 2º pode ser consultado na página electrónica da Faro 1540) relativos a diligências dinamizadas pela associação:.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Resolução da Assembleia da República n.º 11/2012

Recomenda ao Governo que adote as medidas necessárias

para que seja dada cobertura universal do sinal digital, seja

por televisão digital terrestre (TDT), seja por satélite, sem

custos adicionais para estes utilizadores, assegurando assim

que seja garantido que não existam cidadãos excluídos, parti-

cularmente por razões económicas, no acesso ao sinal digital

de televisão; bem como que promova, através das entidades

competentes, o incremento de ações de informação e de fiscali-

zação sobre o processo de implementação da televisão digital

terrestre (TDT).

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do

artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:

1 — Promova, junto das entidades competentes, a divulga-

ção das áreas incluídas nas chamadas «zonas de sombra».

2 — Promova, através das entidades competentes, designa-

damente da entidade reguladora e da Portugal Telecom

Comunicações, bem como, por razões evidentes de proxi-

midade, das autarquias locais, a realização efetiva junto das

populações, particularmente daquelas que se encontram

nas designadas «zonas de sombra», de ações de esclareci-

mento sobre a implementação da TDT/DTH.

3 — Através das entidades competentes, promova ações

de fiscalização destinadas a impedir e a punir as práticas

fraudulentas que vêm sendo noticiadas.

4 — Desenvolva todas as ações necessárias para que não

existam cidadãos excluídos, particularmente por razõe

económicas, no acesso ao sinal digital de televisão e

promova, através das entidades competentes, a adequada

divulgação dos procedimentos necessários ao acesso à

comparticipação dos equipamentos.

5 — Interceda junto da Autoridade Nacional de Comu-

nicações (ANACOM) e da Portugal Telecom (PT) para

que retomem o acordo por estas celebrado em 2008,

dando, assim, cumprimento às obrigações previstas nas

alíneas a) e d) do n.º 1 e no n.º 2 do seu artigo 9.º,

segundoo qual:

«A PTC deve […] utilizar de forma efetiva e eficiente as

frequências consignadas, ficando sujeita ao cumprimen-

to das seguintes obrigações de cobertura: garantir […] a

cobertura de 100 % da população, sendo que pelo menos

87,26 % da mesma deverá ser coberta por rádio difusão

digital terrestre, e garantir que à população cuja cobertu-

ra seja assegurada apenas através do recurso a meios

complementares, concretamente em DTH […] sejam

disponibilizados pelo menos os mesmos serviços das

zonas cobertas por via terrestre, bem como os níveis de

serviço e condições de acesso dos utilizadores finais

equiparáveis aos daquelas.» «[…] a PTC fica obrigada,

nomeadamente, a subsidiar, incluindo a mão de obra,

equipamentos recetores terminais, antena e cablagem, os

clientes das zonas não cobertas por radiodifusão digital

terrestre para que estes não tenham qualquer acréscimo

de custos face aos utilizadores daquelas.»

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Com uma publicidade agressi-va e em muitos casos engana-

dora o numero de novos clientes para serviços de tele-

visão digital paga cresceu exponencialmente

Page 18: Boletim Informativo - Edição 10

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No seguimento da sessão de apresentação pública do anteprojecto da ponte, acessos e estacionamento para a Praia de Faro, que decorreu no dia 12 de Abril de 2012 no Salão Nobre da Câmara Municipal de Faro, a FARO 1540 – Associação de Defesa e Promoção do Património Ambiental e Cultural de Faro, com o estatuto de ONGA junto da Agência Portuguesa de Ambiente e de ONG junto do IGESPAR apesar de não ter sido convidada a assistir à referida apresentação e não ter sido consultada ao longo de todo o processo da implementação dos projectos do POLIS LITORAL RIA FORMOSA, vem pelo presente documento emi-tir algumas considerações e sugestões em relação a este assunto.

A “FARO 1540” felicita o projecto que, pelo que teve a oportunidade de apreciar e analisar, é globalmente interessante, visualmente harmonioso e que seguramen-te será uma oportunidade única para reformular toda a utilização da Praia de Faro, que como todos nós sabe-mos tem uma utilização muito pouco sustentável e é uma das zonas de maior risco do litoral português. Nes-te sentido e atendendo ao estado de degradação da actual ponte, a “FARO 1540” faz votos para que este projecto tenha implementação efectiva com a maior

brevidade possível.

Dos aspectos mais fortes deste projecto, identificámos a existência de estruturas que ao longo da estrada para a praia vão permitir maior circulação de água e maior oxigenação na extremidade poente da Ria Formosa e o incentivo ao uso da bicicleta, dos passeios a pé e do contacto e da interacção com a natureza contribuindo sem margem de dúvidas para o aumento da qualidade ambiental da Ria Formosa e da qualidade de vida da população farense e de todos aqueles que visitam e habitam a Praia de Faro.

Contudo, sobre esta matéria convém referir que apesar do passadiço ser adequado e garantir a devida seguran-ça a ciclistas e peões, o mesmo não se passa na nova ponte a criar, onde a inexistência de uma barreira física de protecção coloca em risco a vida e a integri-dade física de centenas de cidadãos que vão usufruir desta infraestrutura para entrarem ou saírem da Praia de Faro.

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A “FARO 1540” felicita o pro-jecto que, pelo que teve a

oportunidade de apreciar e analisar, é globalmente inte-

ressante

É de todo importante existir uma barreira física de protec-

ção e de segurança para os ciclistas e não uma mera faixa

vermelha pintada no chão

“FARO 1540” APRESENTOU UM CONJUNTO DE CONSIDERAÇÕES E SUGESTÕES JUNTO DA

SOCIEDADE POLIS RIA FORMOSA

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Neste sentido, parece de todo importante existir uma barreira física de protecção e de segurança para os ciclistas e não uma mera faixa vermelha pin-tada no chão com a indicação de ciclovia (já nos basta o risquinho azul espalhado um pouco por todo o Algar-ve), porque simplesmente se pretende utilizar esta área (destinada a peões e ciclistas) numa eventual segunda faixa de rodagem em caso de emergências ou evacua-ções rápidas. Sobre esta matéria a “FARO 1540” pre-tende deixar claro que do seu ponto de vista, a segu-rança e a vida dos cidadãos não pode ser coloca-da em causa em momento algum.

Assim, já que o projecto vai contar com fundos comuni-tários que vão financiar este investimento em 70 ou 80%, a “FARO 1540” considera de todo oportuno aproveitar estes fundos para a construção de uma ponte com duas faixas de rodagem mais uma faixa para uso exclusivo dos peões e ciclistas que poderá assim ser dotada de equipamentos de segurança e pro-tecção.

Com uma 2ª faixa de rodagem para automóveis, esta poderá estar permanentemente aberta ao público (ou não) resolvendo o problema de “escoamento” em cenários de emergência e para os picos de trânsi-to, que provocam caóticos e morosos engarrafa-mentos que “entopem” por completo a estrada para entrada e saída da Praia de Faro. Estes engarrafamentos

ocorrem diariamente na época de Verão, e pontual-mente, ao longo de todo o ano (fins-de-semana, Páscoa e alguns feriados).

Quanto à introdução de parquímetros nos lugares de estacionamento dentro da praia, se estes de facto vie-rem a ser implementados, a “FARO 1540” lança o alerta para que os valores cobrados não sejam eleva-dos, pois a Praia de Faro é uma estância balnear de uso frequente, isto é, utilizada quase todos os dias pelos farenses (durante o Verão) pelo que esta realidade terá forçosamente de ser bem equacionada nos valores a cobrar. Sugere-se ainda que estes valores, se forem cobrados, funcionem como uma “taxa ambiental” sendo investidos na defesa e na manutenção da qualidade ambiental e das condições oferecidas pela praia aos seus utentes.

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A “FARO 1540” considera de todo oportuno aproveitar

estes fundos para a constru-ção de uma ponte com duas faixas de rodagem mais uma faixa para uso exclusivo dos peões e ciclistas que poderá assim ser dotada de equipa-mentos de segurança e pro-

tecção

A “FARO 1540” pretende dei-xar claro que do seu ponto de vista, a segurança e a vida dos cidadãos não pode ser coloca-

da em causa em momento algum

Os valores dos parquímetros não podem ser elevados

Page 20: Boletim Informativo - Edição 10

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Sobre esta matéria ainda é importante frisar que, actual-mente, a política de transportes públicos para a Praia de Faro está pouco desenvolvida e os seus preços são pou-co competitivos em relação ao automóvel gastando-se mais em transportes públicos (autocarro ou barco) do que se gasta na deslocação em viatura particular para percorrer os 12 km que separam a cidade de Faro da praia. Por isso, a “FARO 1540” considera que é fun-

damental repensar a política de transportes públicos para a Praia de Faro e criar melhores condi-ções de acesso e esta estância balnear com a criação de várias paragens de autocarro ao longo da praia (pelo menos 3: na zona do restaurante Paquete, no Centro Náutico e outra na rotunda do “Zé Maria”) por forma a que os utentes da praia possam ser repartidos em toda a extensão da praia para evitar grandes caminhadas à “torreira” do Sol e minimizar as “bolsas” compactas numa pequena área de areal como acontece agora, sobretudo na entrada da praia.

Sobre o parque de estacionamento exterior à Praia de 925 lugares, capacidade semelhante à capacidade de parqueamento automóvel do Largo de São Francisco

(cidade de Faro), a “FARO 1540” considera este valor algo excessivo sobretudo para um parque que terá utili-dade somente no mês de Julho e no mês de Agosto, estando praticamente deserto nos restantes 10 meses do ano. Para combater este cenário de abandono e de forma a rentabilizar e a dinamizar esta área, a “FARO 1540” sugere uma redução na capacidade de parquea-mento automóvel e que na área de estacionamento retirada seja construído um Parque de Autocarava-nas, para cerca de 20 viaturas, com as infraestruturas de apoio adequadas a este tipo de equipamento.

Ainda neste parque de estacionamento, sugere-se que alguns lugares (dois a três) estejam integrados na rede de estacionamentos MOBI.E.

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A “FARO 1540” considera que é fundamental repensar a política de transportes públi-

cos para a Praia de Faro e criar melhores condições de

acesso e esta estância balnear

A “FARO 1540” sugere ainda que alguns lugares (dois a

três) estejam integrados na rede de estacionamentos

MOBI.E

A “FARO 1540” sugere que seja construído um Parque de Autocaravanas, para cerca de 20 viaturas, com as infraestru-

turas de apoio adequadas a este tipo de equipamento

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Os preparativos para a 2ª edição do FARCUME: Fes-tival de Curtas-Metragens de Faro continuam a decorrer a bom ritmo e conta já com 16 entidades parceiras: Secretaria de Estado da Cultura, Escola de Hotelaria e Turismo de Faro, CIAC—Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Rádio RUA FM, Rádio online Mais Algarve, Quinta da Fornalha, Aldeia da Pedralva, Quinta do Mel, Zoomarine, Krazy World, Natura, Vila Termal das Caldas de Monchique SPA Resort, Fiesa—Festival Internacional de Escultura em Areia, Lusoam-biente, Cine Clube de Faro e Hagábê Informática.

A organização do FARCUME deixa aqui registada uma nota de agradecimento a estas entidades apoiantes pois para além dos seus preciosos contributos e apoios sem os quais este festival não seria realizável, o seu apoio ainda ganha mais significado quando em ano de fortes dificuldades e de grandes restrições orçamentais não deixaram mesmo assim de reconhecer o interesse deste evento e de ajudarem à realização do mesmo.

Em termos de trabalhos, neste momento a pouco mais de um mês do término da recepção das candidaturas, o número de curtas-metragens já ultrapassou as do ano transacto, a que acresce curtas de realizadores brasilei-ros. Recorda-se que esta 2ª edição do FARCUME pretende exibir e promover trabalhos até um máximo de 30 minutos de duração, repartidos em quatro categorias que são elas: Animação, Documentário, Ficção e

Videoclips. Durante os três dias de festival estão programados para além da exibição das curtas-metragens, uma exposição/concurso de fotografia, espetáculos performativos, ter-túlias sobre cinema e festas convívio no final de cada sessão entre público, actores e realizadores. Os bilhetes de entrada terão um custo de 6 euros para os três dias e poderão ser adquiridos na loja Hagâbê (Centro Comercial Horta - Penha) ou junto dos dirigen-tes da FARO 1540.

Para obterem mais informações, sobre o concurso de fotografia deverão consultar o regulamento na página eletrónica da associação ou a página 14 deste boletim e aceder à página do FARCUME para obterem mais infor-mações sobre o festival e sua programação em: www.farcume.faro1540.org

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2ª EDIÇÃO DO FARCUME VAI DECORRER DE 23 A 25 DE AGOSTO NA ESCOLA DE HOTELARIA E TURISMO

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A pouco mais de um mês do término da recepção das can-didaturas, o número de cur-tas-metragens já ultrapassou

as do ano transacto

Os bilhetes de entrada para os três dias de Festival pode-

rão ser adquiridos na loja Hagâbê (Centro Comercial Horta - Penha) ou junto dos

dirigentes da FARO 1540

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1 – A FARO 1540 – Associação de Defesa e Pro-moção do Património Ambiental e Cultural de Faro, organiza a edição 2012 do seu Concurso de Foto-grafia “FARO: IDENTIDADE & PATRIMÓNIO”;

2 – A participação neste Concurso de Fotografia implica a aceitação integral das condições inscritas no presente Regulamento;

3 – O concurso é aberto a todos os cidadãos nacionais ou estrangeiros;

4 – Os trabalhos recebidos farão parte de uma exposi-ção fotográfica que decorrerá nos dias do FARCU-ME – Festival de Curtas-Metragens de Faro e serão sujeitos, por parte da organização, a uma pré-selecção, sendo o concorrente notificado via e-mail da sua selecção para a exposição até ao dia 17 de Agosto;

5 – Os concorrentes podem apresentar trabalhos nas seguintes categorias/temas: A) Cidade e Património B) Ria Formosa

6 – Cada concorrente poderá participar nas diferentes categorias até ao máximo de 3 trabalhos de sua auto-ria por categoria;

7 – As fotografias podem ser do tipo preto e branco ou cor, impressas em papel fotográfico e deverão possuir um formato com as medidas aproximadas de 20x30 cm ou 21x29,5 cm (A4);

8 – As fotografias deverão estar identificadas no verso das mesmas com o nome do autor ou o seu nome artís-tico, título da fotografia, categoria a que concorre e o local onde foi tirada;

9 – A identificação do autor deverá seguir junto com os trabalhos, em envelope fechado, com a declaração exigi-da no número 10 e com uma cópia de um cartão de identificação (BI, Cartão do Cidadão,…) título da fotogra-fia, contacto telefónico, e-mail e morada;

10 – As fotografias no final do concurso, não serão entregues aos participantes. Estas ficarão na posse da “FARO 1540”, devendo ser acompanhadas de uma declaração devidamente assinada pelo detentor dos

direitos do(s) trabalho(s), a aceitar as condições do pre-sente regulamento e a autorizar a utilização das fotogra-fias para exposições e publicações, não dispensando contudo informação ao autor;

11 – As fotografias deverão ser enviadas por correio para:

FARO 1540 Rua Reitor Teixeira Guedes, n.º 133

8000-424 Faro

12 – A participação neste concurso é gratuita e os tra-balhos deverão ser enviados até ao dia 28 de Julho de 2012, valendo o carimbo dos correios;

13 – O Júri do Concurso será composto por 3 elemen-tos e terá um peso na decisão final de 60%. Os visitan-tes da exposição poderão votar nas suas fotografias pre-feridas, e têm um peso de 40% na decisão final;

14 - Da decisão final, composta pela votação do Júri (60%) e dos visitantes da exposição (40%), não poderá haver recurso;

15 - Haverá 3 premiados por categoria; 16 - O Júri, de acordo com a qualidade dos trabalhos apresentados, poderá atribuir ou não quaisquer dos pré-mios e/ou atribuir as Menções Honrosas que julgar merecidas; 17 - Dados os princípios e os objectivos da entidade organizadora, este Concurso de Fotografia não deve estar associado a fotografias que invoquem ou estimu-lem o desrespeito pelo ambiente, desigualdade de direi-tos humanos ou maus tratos a animais, tendo os partici-pantes o cuidado de não enviar trabalhos que não res-peitem estes princípios; 18 - A Organização do Concurso reserva o direito de decidir sobre qualquer questão não prevista no presente Regulamento; 19 - Em caso de dúvidas, os interessados podem até ao dia 13 de Julho solicitar os esclarecimentos que enten-derem convenientes à organização para: [email protected]

A C T I V I D A D E S

REGULAMENTO DO CONCURSO DE FOTOGRAFIA “FARO: IDENTIDADE & PATRIMÓNIO”

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INSCRIÇÕES PARA APRESENTAÇÕES

no 3º Seminário de Reabilitação Urbana e Desen-volvimento Sustentável que vai decorrer em Faro dia 19 de Outubro (6ª feira) de 2012.

Destina-se a convidar investigadores, profissionais da área, doutorandos e mestrandos a apresentarem uma comunicação oral relevante numa das seguintes áreas temáticas no “3º Seminário de Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Sustentável”, que deverá rondar os 30 minutos.

28 de Julho – Submissão do resumo da apresentação

17 de Agosto – Comunicação da aceitação da apresen-tação

REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DE RESUMOS

1 – Os resumos a submeter deverão focar assuntos relevantes mediante as áreas temáticas aceites;

2 – Tanto o resumo, como a comunicação, deverão ser preparados em língua portuguesa;

3 – Os resumos deverão ter no máximo uma página e deverão ser acompanhados por uma breve nota biográ-fica do(s) autor(es);

4 – No resumo deverá constar a área temática escolhi-da, o título do artigo, nome do(s) autor(es) e contacto do autor com o qual deverá ser estabelecida toda a cor-respondência (e-mail, telefone e morada), assim como a instituição a que pertence, caso aplicável;

5 – Os resumos deverão ser enviados para o e-mail: [email protected]

6 – Os resumos serão apreciados por um júri composto por três elementos a designar pela Comissão Organiza-dora do 3º Seminário de Reabilitação Urbana e Desen-volvimento Sustentável;

7 – O Júri, de acordo com a qualidade dos resumos

enviados, poderá selecionar, ou não, as comunicações que julgar merecidas, até ao limite máximo de 6 comuni-cações. Em caso de igualdade vence o resumo primeira-mente enviado;

8 – Da decisão do júri não haverá recurso;

9 – O Júri reserva o direito de decidir sobre qualquer questão não prevista e a incluir, em circunstâncias excepcionais, comunicações que não respeitem integral-mente o presente Regulamento;

10 – Os autores das comunicações selecionadas terão entrada gratuita no 3º Seminário de Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Sustentável.

11 – Em caso de dúvidas, os interessados podem até ao dia 22 de Junho solicitar os esclarecimentos que enten-derem convenientes à organização do 3º RUDS para: [email protected]

ÁREAS TEMÁTICAS

>Arquitectura Bioclimática e Construção Sustentável

>Mobilidade e Transportes Sustentáveis

>Reabilitação Urbana e Cidades Inteligentes

>Identidade e Marketing de Cidades

>Hortas Urbanas e Jardins Verticais

>Eficiência e Energias Alternativas

>Outras sugestões*

*os interessados poderão contactar a organização de forma a sugerirem uma apresentação que embo-ra não esteja designada nas “Áreas Temáticas” con-siderem relacionada com o âmbito deste Seminário

A C T I V I D A D E S

INSCRIÇÕES PARA APRESENTAÇÕES NO 3º SEMINÁRIO DE REABILITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

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Passagem do Planeta Vénus Decorreu no passado dia 6 de junho a passagem do pla-neta Vénus, em frente ao sol, visível em algumas partes do planeta Terra. Com exceção do sul da europa e do continente Africano, no planeta pôde-se contemplar este magnifico evento astronómico que decorre em ciclos de 8 e 100 anos consecutivamente. Em 2004 foi o ultimo ano que se registou este evento. Só em 2114 se voltará a repetir este fenómeno.

Fonte: Nasa from Solar Observatory

Fonte: National Geographic from Florida

O orgasmo e a sua “voltagem”...

Este artigo é especialmente dedicado aos engenhei-ros eletrotécnicos mas, quem não o é, não perde nada em enriquecer a sua cultura geral. O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reac-ção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apre-senta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado. Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga elétrica emitida pela periquita no instante do orgasmo (fica aqui a duvida sobre como se realizou a medição). Os resultados mostram que, na hora H, a “pardaleca” dispara uma carga de 250.000 micro-volts, ou seja 250V. Ou seja, 5 “passarinhas” juntas, ligadas em série na hora do “ai meu Deus”, são suficientes para acender uma lâmpada e uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um automóvel com a bateria em baixo. Já há até mulheres a treinar para carregar a bate-ria do telemóvel (com o respectivo carregador): dizem que é só ter o orgasmo e, tchan… carregar.

Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é um “brinquedo”: é uma torradeira elétri-ca!!!…e se der curto-circuito na hora de “virar os olhos”?!… Além de vesgo, fica-se com a doença de Par-kinson e com a “salsicha” assada. Preservativo agora é pouco: tem de mandar encamisar na Michelin. E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado.

É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar a “alheira”.

Por outro lado, outro estudo semelhante, indicia uma aparente perda de memória quando se atinge este esta-do. Juntando estas dados científicos, podemos justificar a postura de alguns indivíduos/as que habitualmente são “esquecidos”. Possivelmente porque têm uma vida sexual francamente saudável.

M A I S C I Ê N C I A

Curiosidades - Ditos - Estudos

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Como os cientistas sabem a temperatura das estrelas?

Por meio da observação de uma estrela é possível deduzir qual é a sua temperatura. O astrônomo Ednilson

Oliveira explica deste modo: "o espectro da luz que provém de sua superfície indica qual é a cor desta estrela

e dessa forma, sabemos sua temperatura". Uma estrela de cor branca, por exemplo, é considerada quente e

tem temperatura da ordem de 25 mil graus Celsius. Já uma estrela vermelha é fria e sua temperatura gira em

torno dos 3 mil graus Celsius.

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Para a prossecução dos seus objectivos a FARO 1540 tem estabelecido diversos protocolos de cooperação

com associações, movimentos e empresas.

PARCERIAS COM ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS

As parcerias com colectividades visam fomentar actividades paralelas ou em parceria contribuindo para a pro-

moção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico de Faro e do Algar-

ve.

PARCERIAS COM EMPRESAS

Estas parcerias, para além de fomentar relações privilegiadas entre a FARO 1540 e as entidades comerciais aqui mencionadas, estas disponibilizam junto dos nossos associados um conjunto exclusivo de vantagens e regalias.

PARCEIROS

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org