boletim informativo edição 1192

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Ano XXVI | nº 1192 17 a 23 de setembro de 2012 Tiragem desta edição: 24.000 exemplares 9912288584/2011-DR/PR MST: 72 reintegrações de posse As PCHs Pequenas Centrais Hidrelétricas

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Boletim Informativo Edição 1192

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  • Ano XXVI | n 119217 a 23 de setembro de 2012

    Tiragem desta edio: 24.000 exemplares

    9912288584/2011-DR/PR

    MST: 72 reintegraes de posse

    As PCHsPequenas Centrais

    Hidreltricas

  • 2 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    2 MST Invases mal resolvidas

    6 PCHs O trabalho da FAEP e Sindicatos

    10 Safra Os nmeros americanos

    13 CAR/Ibama

    14 Seguro Gringos sem prejuzo

    16 Opinio Interesse nacional

    18 Entrevista Integrao Lavoura-Pecuria- Floresta

    22 Legislao Sementes salvas

    24 SENAR-PR Agricultura de preciso

    25 Cdigo Florestal Empenho parlamentar

    26 Via Rpida Sonhos, Assalto, Incas, Ursos, Cultura, Problemas

    28 Cursos Leite, compotas, Pescados, Agrinho, Milho, Incluso Digital, Panificao

    30 Notas

    ndIce MST

    Quem trabalha, constri; Quem invade...Das 110 invases herdadas, 72 esperam reintegrao

    O MST um movimento em decadncia, cansou a beleza, a pacincia e perdeu a sim-patia de outrora da populao. Volta e meia, porm, ainda tem espasmos violentos em invases e manifestaes contra o prprio governo petista, invadindo ministrios e sedes do Incra. No seu rastro o Movimento deixou as marcas de invases 110 no Para-n, com destruio de imveis, equipamen-tos, roubo e matana de animais e destrui-o de plantaes.

    Os seguidores que realmente estavam interessados em lavrar a terra e produzir fizeram surgir assentamentos de sucesso,

  • 3Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 |

    Quem trabalha, constri; Quem invade...Das 110 invases herdadas, 72 esperam reintegrao

    onde os ocupantes receberam as terras, eram vocacionados para a agricultura, tive-ram assistncia tcnica e crdito, forman-do ncleos associativistas ou cooperativas. Nesses casos identifica-se as aes do SE-NAR-PR.

    Esto no mercado do agronegcio, com os dividendos do trabalho na terra e dando orgulho e futuro aos seus filhos. Alis, no incomum donas de casa levarem nos carri-nhos de supermercados leite longa vida com a estampa de cooperativas de assentamen-tos, at porque so mais baratos.

    So incontveis, porm, assentamen-

    tos em que os beneficirios simplesmente revenderam as propriedades ou as abando-naram por inpcia com a lida rural. Parale-lamente, em vrios Estados, continuou no seu mpeto bolivariano-chavista, a pregar e praticar a violncia em contnuas invases e manifestaes.

    Esse comportamento, como no dei-xaria de acontecer, provocou a perda do apoio da opinio pblica e comearam a rarear soldados nos recrutamentos. Ao perder adeptos, o MST passou a recorrer ao rebanho de desocupados que margeiam pequenas e mdias cidades e em troca do

    Ao perder adeptos, o MST passou a recorrer ao rebanho de desocupados que margeiam pequenas e mdias cidades

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 20124

    MST

    bonezinho vermelho e da bolsa famlia para a boia, foram facilmente recrutados e manipulados.

    O MST teve o beneplcito dos governos Roberto Requio (2003-2010) e evitou--se o cumprimento de decises da Justia pela reintegrao de posse de propriedades invadidas. Em sua campanha, Beto Richa prometeu resolver os impasses dessas inva-ses trazendo esperanas aos atingidos. Seu governo negocia, mas est emparedado por herdar aes de reintegrao e pedidos de interveno federal no Estado. Nesse qua-dro alguns dos proprietrios usam como li-bi as invases para forar a venda das terras. So poucos, mas existem.

    Com TDAs, noDe qualquer forma, as 110 invases ins-

    taladas no Estado, onde vivem cerca de 6 mil famlias, 72 j tiveram a reintegrao de posse determinada pela Justia. Des-sas 72, estamos em negociao com 59 proprietrios e apenas 13 esto sem sada, disse o assessor de Assuntos Fundirios

    do Paran, Hamilton Serighelli a este BI. Na verdade, como revelou o reprter Car-los Ohara, da Gazeta do Povo ( 72 rein-tegraes de posse expedidas pela Justia esto na gaveta), os 13 impasses esto no pagamento das indenizaes pela invases com Ttulos da Dvida Agrria (TDAs), do Incra, que no so aceitos. Deciso judicial no se discute, se cumpre, afirma Tarcsio Barbosa, coordenador da ComissoTcnica de Poltica Fundiria da FAEP, e a questo dos TDAs ocorre porque so ttulos podres, sem liquidez. O Incra age de acordo com as orientaes do MST.

    Disputados pela esquerda mais radical do PT, o Ministrio de Desenvolvimento Agrrio e o Incra empacaram nos ltimos tempos as negociaes sobre as invases, criando obstculos e alegando falta de re-cursos. Isso parece ter sido superado em julho passado, quando foi exonerado da presidncia do Incra, Celso Lisboa Lacerda, substitudo por Carlos Guedes que, segundo caciques petistas, seria assim, , com a Dil-ma. Veremos.

    As 110 invases instaladas no Estado, onde vivem cerca de 6 mil famlias, 72 j tiveram a reintegrao de posse determinada pela Justia.

    O engenheiro carlos Alberto consoni Gomes h sete anos teve a fazenda invadida.

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  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 5

    Fazenda So Paulo: cumpra-se a lei

    Nesse cenrio o governo paranaense lida com pedidos de interveno federal pelo descumprimento de reintegraes de posse. A principal delas est vinculada Fazen-da So Paulo (414 hectares) e os stios So Vicente (158 hectares), Serrinha (118 hec-tares), e Garcia (48 hectares), propriedade do engenheiro civil Carlos Alberto Consoni Gomes, 69 anos e de sua famlia. Em Bar-bosa Ferraz, noroeste do Estado, a 443 km de Curitiba.

    A propriedade foi invadida em 2005, teve liminar para desocupao em segui-da, mas s foi cumprida em julho de 2008. Gomes no encontrou mais as 700 cabeas de gado, nem 33 potrinhos. As primeiras foram distribudas por acampamentos do MST e os potros viraram churrasco dos in-

    vasores. Tratores, uma caminhonete, um velho automvel colheitadeiras foram de-tonadas. Da fazenda considerada modelo na criao de gado, que chegavam a alcan-ar 17/19 arrobas e as plantaes de soja, milho, arroz e feijo restou uma foto que ornamenta seu escritrio onde atua com a filha Carla Beatriz na busca de justia. Isso porque duas semanas depois da reintegra-o, ainda mais agressivos, o bando de filia-dos ao MST, voltou a invadir a proprieda-de. L esto cerca de 70 famlias que nada plantam e reclamam que o governo federal est atrasando um direito adquirido bolsas bsicas.

    A fazenda So Paulo resultado da colo-nizao daquela regio paranaense nos idos de 1950, quando o pai de Gomes a adquiriu. Munido da documentao histrica da pro-priedade, ele instruiu processos de reinte-grao e que j transitaram em julgado, no cabem mais recursos. Isso resultou em pe-didos de interveno federal no Estado. inaceitvel a oferta de TDAs para me inde-nizar, porque so ttulos podres, podem ser pagos daqui h 5 ou 50 anos, diz Gomes, junto com o MST o governo quer fazer bondade com o chapu alheio.

    Ele acusa setores ligados esquerda de tentar denegrir sua imagem. No tenho manchas, no sou criminoso, talvez o sejam os cinco invasores presos em Campo Mou-ro portando um revlver roubado do cofre da minha fazenda, indaga, o que eu desejo simples: o cumprimento de uma determi-nao judicial.

    Alertados pela matria da Gazeta do Povo outros produtores se solidarizaram a Gomes, entre eles Eduardo Bermudez, 64 anos, proprietrio de 120 hectares em Quinta do Sol, tambm no noroeste do Estado, e que no foi alvo do MST. O que acontece na Fazenda So Paulo se resume em esbulho (posse violenta e clandestina) e a soluo est na reintegrao de posse j decidida pela Justia. Ora, cumpra-se a lei.

    da fazenda considerada

    modelo s restou a foto

    que ornamenta o escritrio do produtor rural

    O governo paranaense lida com pedidos de interveno federal pelo descumprimento de reintegraes de posse.

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 20126

    enerGIA

    tim Informativo do Sistema FAeP n 1190 | Semana de 3 a 9 de setembro de 2012

    As Pequenas Centrais Hidreltricas (PCHs) de 1 a 30 MW (megawats) torna-ram-se uma grande alternativa para o au-mento da disponibilidade de energia no pas. Aparentemente, pelas suas dimenses no causariam grandes problemas ambien-tais, mas passaram a preocupar os pequenos produtores rurais no Estado. Atualmente o Paran tem 30 PCHs em operao com potncia instalada de 176.529 KW (1 KW =1000 watts) e nos prximos quatro anos esto previstas outras 10, que aguardam au-torizao e licenas ambientais.

    A PCH gua Limpa, localizada no rio Goioer, na bacia do Piquiri, com potncia de 20 KW atinge 26 propriedades rurais nos municpios de Perobal, Mariluz e Alto Piqui-ri, a prxima a entrar em operao. A Fe-derao da Agricultura do Estado do Paran (FAEP) est prestando assessoria e assistn-cia tcnica aos produtores rurais atravs dos sindicatos rurais.

    J foram realizadas duas reunies no Sindicato Rural de Mariluz com produto-res rurais e lderes sindicais dos trs muni-cpios, representantes da empresa que vai construir a hidreltrica e o engenheiro flo-restal do Departamento Tcnico Econmico da FAEP, Jos Hess.

    A preocupao dos produtores em re-lao indenizao que ser paga pela rea alagada, principalmente as regies que atin-gem as reas de Preservao Permanente (APPs) e Reserva Legal. Para orientar nos-sos associados buscamos e estamos rece-bendo o apoio tcnico da FAEP, diz o pre-sidente do Sindicato Rural de Mariluz Mar Sakashita.

    A Medida Provisria n 571/12, que alte-

    ra o novo Cdigo Florestal (Lei 12.651/12), em tramitao no Congresso Nacional, pre-v no artigo 5 incisos 1 e 2, que em casos de implantao de reservatrios dgua arti-ficial para gerao de energia o empreen-dedor que se responsabiliza pelo Plano Am-biental de Conservao e Uso do Entorno do Reservatrio (leia no box a ntegra do artigo e pargrafo)

    Nosso objetivo defender o produtor rural e deix-lo informado sobre seus direi-tos; o que ele pode reivindicar na negociao junto s empresas que iro desapropriar as reas e qual ser a rea do seu municpio e

    As pequenas Centrais Hidreltricas

    Nosso objetivo defender o produtor rural e deix-lo informado sobre seus direitos

    Div

    ulga

    o

    Por Ktia Santos

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 7

    da sua propriedade que ser alagada, expli-ca Hess.

    De acordo com tcnico da FAEP, o pro-dutor rural precisa cobrar na indenizao todas as benfeitorias que foram realizadas na rea que ser alagada. Por exemplo, se for uma rea de pastagem o produtor deve levantar o custo dos arames utilizados, dos palanques se forem de concreto ou madeira, se h um barraco, enfim tudo que foi feito ou instalado na rea.

    Outra preocupao da FAEP que a populao afetada por essas PCHs saiba quanto seu municpio vai perder em termos

    de produtividade e gerao de renda com a diminuio da rea cultivada. As audincias pblicas sobre a PCH gua Limpa no rio Goioer devem ocorrer at o final deste ano nos municpios de Mariluz e Alto Piquiri.

    Na instalao da PCH gua Limpa so consideradas trs reas para efeito de in-fluencia da hidreltrica.

    As pequenas Centrais Hidreltricas

    Nomenclatura rea de abrangncia reas de influncias

    rea Diretamente Afetada (ADA)

    358 harea efetivamente

    inundada

    rea de Influencia Direta (AID)

    458 haIncluindo a rea

    de ADA

    rea de Influencia Indireta (AII)

    1.320 haInclui uma faixa de 500m alm da AID

    Fonte: Empresa Multi Fase/EIA/RIMA-IAP-PR.2012

    Como entra em funcionamento uma PChs

    A entrega de licenas para a construo e o funcionamento das PCHs no Paran es-tava suspensa desde 2003 pelo governo do Estado. Em 2011 o atual governo retomou as anlises dos pedidos de licenciamentos ambientais e de construo de novas PCHs. Estes pedidos so feitos ao Instituto Am-biental do Paran (IAP), que tem cadastra-dos 114 pedidos.

    Para o binio 2011/2012 foram concedi-das sete licenas ambientais prvias e uma licena de instalao. No total o potencial de gerao destes empreendimentos hidrel-tricos pode chegar a 82,2 MW, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes.

    Depois que a construtora consegue a li-cena prvia (fase 1) ela solicita a licena de

    O produtor rural precisa cobrar na indenizao todas as benfeitorias que foram realizadas na rea que ser alagada.

    FAEP e Sindicatos assessoram produtores atingidos

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 20128

    instalao (fase 2) e em seguida aguarda a publicao da licena (fase 3). O prximo passo a realizao da audincia pblica com a populao (fase 4), e caso no haja impedimentos a construtora inicia as obras. a audincia pblica que d respaldo jurdico empresa de

    que os habitantes esto cientes da instalao da hidre-ltrica e a rea que ela vai alagar, informa Hess.

    Confira abaixo a relao dos empreendimentos que esto em processo de anlise, instalao e publi-cao no Paran.

    enerGIA

    Empreendimentos para emisso de Licena Prvia (fase 1)

    Obra Rio Bacia Potncia Municpios envolvidos Empresas construtoras

    PCH das Almas Turvo Ribeira 6,4 MW Doutor Ulysses/Cerro Azul RDR Energia

    PCH Ribeiro Bonito Turvo Ribeira 6,1 MW Doutor Ulisses / Cerro Azul RDR Energia

    PCH Cachoeira Turvo Ribeira 4 MW Doutor Ulisses/ Cerro Azul RDR Energia

    PCH Cant 1 Cant Piquiri 15 MW Nova Cant/ Laranjal e Altamira do Paran Brennand Energia

    PCH Cant 2 Cant Piquiri 18 MW Nova Cant/Laranjal/Palmital e Roncador Plena Energia

    PCH Cant 3 Cant Piquiri 7 MW Mato Rico e Palmital Brennand Energia

    PCH Confluncia Marrecas Iva 19,5 MW Prudentpolis e Turvo Confluncia Energia

    Empreendimento para emisso de Licena de Instalao (fase 2)

    Obra Rio Bacia Potncia Municpios envolvidos Empresas Construtoras

    PCH Rio Bandeirantes

    Bandeirantes do Norte Pirap 4,2 MW Santa F Santa F Energtica

    Empreendimentos com Licenas Publicadas (fase 3)

    Obra Rio Bacia Potncia Municpios envolvidos Empresas Construtoras

    PCH Itagua 14 MW Pitanga e Boa Ventura de So Roque Itagua Energia

    PCH Rio do Forno Piquiri Piquiri 8,8 MW Santa Maria do Oeste / Goioxim Omega Energia

    PCH gua Limpa Goioere Piquiri 23 MW Perobal/Mariluz e Alto Piquiri Multi Fase Energia

    PCH Bela Vista Chopin Igua 28,2 MW Ver e So Joo Foz do Chopin Energtica

    PCH Ervalzinho Piquiri Piquiri 20 MW Santa Maria do Oeste / Palmital / Marquinho e Goioxim Omega Energia

    PCH Vila Galupo Santana Igua 5,10 MW Bom Sucesso do Sul e Francisco Beltro Sudoeste Energia

    PCH Cachoeira Turvo Iva 7,84 MW Turvo Ibema Energia

    PCH Cascudo Piquiri Piquiri 23 MW Diamante do Sul / Laranjal e Nova Laranjeiras Omega Energia

    PCH Porto da Bota Piquiri Piquiri 29,6 MW Altamira do Paran /Diamante do Sul e Guarania Alupar Energia

    Fonte: IAP/SEMA

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 9

    Caractersticas das PCHsOs reservatrios das PCHs correspon-

    dem a uma rea igual ou inferior a trs qui-lmetros quadrados.

    Em geral as PCHs causam pequeno im-pacto ambiental, baixo custo operacional e no requerem muito capital. Este tipo de empreendimento permite um melhor aten-dimento das necessidades de pequenos e mdios centros urbanos.

    A implantao das PCHs tem sido incre-mentada por meio de uma srie de mecanis-mos legais e regulatrios, alm de incenti-vos econmicos e financeiros.

    A PCH de gua Limpa ter 500 metros de extenso por 18 metros de altura. Alm das 26 propriedades rurais.

    ntegra do artigo 5 da Medida Provisria n 571/12

    Art.5 Na implantao de reservatrio dgua artificial destinado a gerao de energia ou abastecimento pblico, obrigat-ria a aquisio, desapropriao ou ins-tituio de servido administrativa pelo empreendedor das reas de Preserva-o Permanente criadas em seu entor-no, conforme estabelecido no licen-ciamento ambiental, observando-se a faixa mnima de 30 (trinta) metros e mxima de 100 (cem) metros em rea rural, e a faixa mnima de 15 (quinze) metros e mxima de 30 (trinta) metros em rea urbana. (Redao dada pela Medida Provisria n 571, de 2012).

    1 Na implantao de reservatrios dgua artificiais de que trata o caput, o empreendedor, no mbito do licen-ciamento ambiental, elaborar Plano Ambiental de Conservao e Uso do Entorno do Reservatrio, em conformi-dade com termo de referncia expedi-do pelo rgo competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNA-MA), no podendo exceder a dez por cento do total da rea de Preserva-o Permanente. (Redao dada pela Medida Provisria n 571, de 2012).

    2 O Plano Ambiental de Conservao e Uso do Entorno de Reservatrio Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigncia desta Lei, dever ser apresentado ao rgo ambiental concomitantemente com o Plano Bsico Ambiental e aprovado at o incio da operao do empreen-dimento, no constituindo a sua au-sncia impedimento para a expedio da licena de instalao.

    LeGISLAO

    a audincia pblica que d respaldo jurdico empresa de que os habitantes esto cientes da instalao da hidreltrica e a rea que ela vai alagar.

    Jos Hess,engenheiro florestal

    do DTE da FAEP.

    Fonte: IAP/SEMA

  • 10 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    A safra mundial, segundo os gringosBrasil supre queda da produo americana de gros

    O relatrio de setembro de oferta e de-manda mundial de gros do Departamento-de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reavaliou a produo norte americana de soja na safra2012/13 para 71,69 milhes de tone-ladas, cerca de 13% inferior safra 2011/12 (83,17 milhes de toneladas. Esse resultado consequncia da forte estiagem que atin-giu os Estados Unidos nos ltimos meses. A produtividade prevista de 2.372 quilos por hectare, aqum dos 2.808 quilos por hectares da safra passada. J os estoques norte-ame-ricanos permaneceram em 3,13 milhes de toneladas e as exportaes reajustadas para 28,71 milhes de toneladas.

    Aps um perodo de volatilidade e espe-culao sobre o real potencial de produo e produtividade da safra norte-americana de soja 2011/12, haja vista as adversidades climticas durante a evoluo da cultura

    da soja, o relatrio de setembro, bastante aguardado pelo mercado, deixou a desejar, no trazendo novidades para o mercado que j tinha precificado a quebra de safra.

    A produo mundial passou de 60,46 para 258,13 milhes de toneladas, consumo mundial de 256,73 milhes de toneladas, exportaes previstas em 93,74 milhes de toneladas e estoques mundiais de 53,10 milhes de toneladas. Com isso, a relao estoque final/consumo passa para 20,7%.

    O USDA prev a produo brasileira em 81,00 milhes de toneladas, exportaes em 37,60 milhes de toneladas e estoques finais de 16,15 milhes de toneladas. A al-ternncia do posto de principal produtor mundial do gro com os Estados Unidos se confirma e tambm a de principal exporta-dor mundial.

    Para a Argentina ficaram estveis a pro-

    PAnOrAMA

  • 11Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 |

    A safra mundial, segundo os gringosBrasil supre queda da produo americana de gros

    duo em 55,00 milhes de toneladas, as ex-portaes em 13,50 milhes de toneladas e os estoques reajustados para 20,12 milhes de toneladas. Quanto China, principal mercado consumidor de soja, as importa-es foram estimadas em 59,50 milhes de toneladas para uma produo de apenas 14,91 milhes de toneladas.

    Milho: 841,06 milhes de ton. O relatrio de setembro retificou a

    produo mundial do gro de 849,01 para 841,06 milhes de toneladas, um corte de 7,95 milhes ante o relatrio de agosto. O corte efetuado por conta das adversidades climticas no Meio-Oeste norte americano com uma forte estiagem, a maior dos lti-mos 50 anos. O consumo mundial passou de 861,64 para 856,70 milhes de tonela-das, exportaes de 92,78 milhes de to-

    neladas e estoques finais aumentados para 123,95 milhes de toneladas. Com isso, a relao estoque final/consumo de 14,5%.

    Quanto aos Estados Unidos, o USDA reduziu a produo de 273,79 para 272,49 milhes de toneladas, menos 35,62 milhes de toneladas em relao safra 2011/12 (876.68 milhes de toneladas).

    A produtividade caiu de 9.285 kg por hectare para 7.699 kg por hectare. O con-sumo americano passou de 252,11 para 254,01 milhes de toneladas, as expor-taes reajustadas para 31,75 milhes de toneladas e estoques finais aumentados de 16,50 para 18,63 milhes de toneladas, apontando uma relao estoque final/con-sumo de 7,33%.

    Para o Brasil a produo foi mantida em 70,00 milhes de toneladas e as expor-taes retificadas para 15,00 milhes de

    Por Gilda M. BozzaEconomista doDTE/FAEP

  • 12 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    toneladas. O consumo brasileiro previsto em 56,00 milhes de toneladas e estoques finais de 15,11 milhes de toneladas. Com a produo prevista o Brasil passa a ocupar a posio de 3 produtor mundial de milho.

    A safra argentina permaneceu em 28,00 milhes de toneladas, as exportaes man-tidas em 18,50 milhes de toneladas e esto-ques finais de 2,15 milhes de toneladas.

    O USDA reajustou a produo da Unio Europeia para 57,14 milhes de toneladas e reduziu o consumo de 65,50 para 61,50 mi-lhes de toneladas.

    Trigo: 658,73 milhes de ton.A produo mundial de trigo est pre-

    vista em 658,73 milhes de toneladas, uma reduo de 4 milhes de toneladas rela-tivamente ao relatrio de agosto (662,83 milhes de toneladas). J o consumo pas-sou para 680,66 milhes de toneladas e ex-portaes de 134,83 milhes de toneladas. O estoque mundial final foi reduzido para 176,71 milhes de toneladas.

    Para os Estados Unidos, a produo per-maneceu em 61,73 milhes de toneladas, o consumo estvel em 33,83 milhes de tone-ladas, as exportaes mantidas em 32,66

    milhes de toneladas e estoques finais de 19,00 milhes de toneladas.

    Para a Unio Europeia, maior produtor mundial de trigo, a produo foi retificada para 132,37 milhes de toneladas e consu-mo mantido em 124,50 milhes de tonela-das. Para a China e a Ucrnia foram manti-das as produes de 118 milhes e 15,50 milhes de toneladas, respectivamente.

    O USDA reavaliou a produo da Rssia de 43,00 para 39,00 milhes de toneladas, reduziu o consumo domestico para 35,50 milhes de toneladas. As exportaes foram mantidas em 8,00 milhes de toneladas e os estoques finais reduzidos de 8,47 para 6,44 milhes de toneladas.

    Em relao ao Brasil, o relatrio traz uma produo de 5,00 milhes de toneladas, um consumo interno de 11,00 milhes de toneladas e necessidade de importar 7,00 milhes de toneladas. O estoque final est previsto em 1,26 milho de toneladas.

    Quanto safra argentina no houve al-terao ante o relatrio de agosto: produo de 11,50 milhes de toneladas, consumo de 6,00 milhes de toneladas, exportaes de 5,50 milhes de toneladas e estoques finais de 570 mil de toneladas.

    A produo mundial de trigo est prevista em 658,73 milhes de toneladas, uma reduo de 4 milhes de toneladas relativamente ao relatrio de agosto (662,83 milhes de toneladas).

    PAnOrAMA

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 13

    cAr/ITr

    No dia 17 de agosto o presidente da FAEP, gide Meneguette, enviou ofcio ao superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-sos Naturais Renovveis (IBAMA), Jorge Augusto Callado Afonso, solicitando esclarecimentos sobre a exigncia que vinha sendo feita aos produtores rurais de efetuar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para terem direito continuidade das anlises de qualquer processo solicitado instituio. Em 31 de agosto o superintendente informou informou presidncia da FAEP, atravs do ofcio 734, que os ofcios do IBAMA que condicionaram a anlise de processos administrativos ao cadastramento no CAR, devem ser desconsiderados.

    Em sua solicitao Meneguette citou que a lei n 12651 de 25 de maio de 2012, instituindo o novo Cdigo Florestal d o prazo de um ano para o produtor se inscrever no CAR. Diz o artigo 29 dessa Lei:

    criado o Cadastro Ambiental Rural CAR, no mbito do Sistema Nacional de Informao sobre Meio Ambiente SINIMA, registro pblico eletrnico de mbito nacional, obrigatrio para todos os imveis rurais, com a finalidade de inte-grar as informaes ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econmico e combate ao desmatamento.

    3o A inscrio no CAR ser obrigatria para todas as propriedades e posses rurais, de-vendo ser requerida no prazo de 1 (um) ano con-tado da sua implantao, prorrogvel, uma nica vez, por igual perodo por ato do Chefe do Poder Executivo.

    Desta forma os produtores rurais, que rece-berem esta exigncia, via ofcio, do referido rgo devem desconsiderar a mesma.

    ITR termina dia 28 de setembro Os proprietrios rurais tm at o dia 28 de

    setembro para entregar a Declarao do Imposto Territorial Rural (ITR) Receita Federal. A apre-sentao da declarao do ITR obrigatria para pessoa fsica ou jurdica, que seja proprietria, ti-tular do domnio ou possuidora a qualquer ttulo, inclusive quem usufrui do imvel.

    Quem no fizer a declarao estar impedido de tirar a Certido Negativa de Dbitos, documen-to indispensvel para registro de uma compra ou venda de propriedade rural e na obteno de finan-ciamento agrcola.

    No Estado h 185 sindicatos rurais vinculados Federao da Agricultura do Estado do Paran, que possuem funcionrios capacitados para o pre-enchimento do ITR. Caso o produtor rural queira preencher a declarao sozinho pode procurar o sindicato para tirar dvidas ou obter informaes sobre o preenchimento, mesmo no sendo asso-ciado instituio.

    > No site http://www.sistemafaep.org.br/Sindicatos/

    default.aspx possvel verificar os endereos e telefones de todos os sindicatos e extenses de base.

    Ibama atende FAEPA dispensa do Cadastro Ambiental Rural

    Quem no fizer a declarao estar impedido de tirar a Certido Negativa de Dbitos, documento indispensvel para registro de uma compra ou venda de propriedade rural e na obteno de financiamento agrcola.

    Arq

    uivo

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 201214

    nO ALVO

    Mesmo enfrentando a maior seca desde a dcada de 1930, com uma perda de 100 mi-lhes de toneladas no milho e de 20 milhes na soja, os produtores rurais e as indstrias agrcolas dos Estados Unidos parecem estar menos preocupados com possveis preju-zos financeiros causados pela seca do que os brasileiros, que tambm sofreram com estiagens no ltimo vero. A principal jus-tificativa para o clima de tranquilidade nos campos norte-americanos o programa de seguro agrcola local, que permite renda apesar da quebra na colheita.

    Se os produtores americanos esto tran-quilos em relao sua rentabilidade, as principais perdas geradas pelo clima deve-ro se manifestar nas companhias de segu-ro. De acordo com estudos da Universidade de Illinois, a estiagem nos Estados Unidos dever gerar um total de US$ 30 bilhes em indenizaes, criando prejuzos de US$ 18 bilhes. No entanto, mesmo as compa-nhias de seguro parecem no estar muito preocupadas com a situao. As empresas fazem resseguro para se protegerem contra perdas, ento no tm que arcar com 100% das quebras. E parte dos prejuzos tambm ser paga pelo governo, garante Cameron Bishop, da Farmers Mutual Hail.

    A ajuda governamental na cobertura dos prejuzos do setor ser, na verdade, imen-sa. Conforme reportagem publicada pelo jornal Financial Times, o governo norte--americano dever cobrir cerca de US$ 14 bilhes desses prejuzos, restando uma per-da de US$ 4 bilhes para o setor privado. A atividade principal de seguradoras as-segurar contra riscos, mas quando uma ca-tstrofe acontece, pedem ajuda do governo para cobrir suas perdas. E o governo acaba pagando em torno de 60% dos prmios de

    seguro agrcola. Ser uma seguradora agrcola nos EUA um negcio bilio-nrio, aponta o analista de mercado Pedro Dejneka, da Futures International, de Chicago.

    Segundo Dejneka, a gran-de quantia de indenizaes gerada neste ano dever ter reflexos no mercado de seguros para a safra de 2013, principal-mente para os agricul-tores. As seguradoras agora iro provavel-mente aumentar de forma considervel os prmios de seguros cobrados, para tentar tapar o buraco que a seca deixou.

    Modalidade trunfo de 85% dos norte-americanos do campo

    Aproximadamente 85% dos produtores norte-americanos contratam seguro agrcola. O governo dos Estados Unidos paga de 48% a 60% do valor contratado, fazendo com que os agricultores invistam pessoalmente apenas cerca de US$ 30,00 por acre (0,40 hectare). Em caso de desastres naturais, ser retornado um percentual calculado com base no referencial de preo do gro praticado no incio da prima-vera ou do outono, dependendo da cultura se-gurada, e na mdia de produtividade da rea.

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 15

    Sem risco de que os produtores fiquem descapitalizados, as indstrias de mqui-nas agrcolas tambm no acreditam que a estiagem dever influenciar em seus neg-cios. Mesmo com a seca, a rea plantada foi muito grande, e haver muito o que ser colhido a preos elevados. E como a maioria dos agricultores possui seguro, ter renda suficiente para continuar a fazer os investi-mentos em tecnologia que precisa, comen-ta John Elliot, diretor de marketing da New Holland para a Amrica do Norte.

    Outra empresa que est otimista a John Deere. No trimestre entre maio e ju-lho, quando a seca se manifestou, a com-

    panhia teve um crescimento de 28% nas vendas nos Estados Unidos e Canad em relao ao mesmo perodo do ano passado. At o final do ano, a expectativa da empresa de que a comercializao nos dois pases cresa 10% em comparao a 2011.

    Venda futura risco calculado Para o fazendeiro John Jensen, de

    Ankeny, Iowa, a seca que atingiu o Meio Oeste vai representar mais uma oportuni-dade perdida do que prejuzos. Antes da es-tiagem, acreditando que o plantio de uma rea recorde de milho nos Estados Unidos iria forar o valor dos gros para baixo, o pro-dutor vendeu adiantado 60% de sua safra, a ser colhida a um preo fixo de US$ 5,50 por bushel (25,4 quilos). Agora, o preo do cereal supera os US$ 8,00. No caso da soja, Jensen j comercializou 80% de sua futura colheita a US$ 11,50 o bushel (27,2 quilos). Hoje em dia, est sendo negociada a US$ 17,50. No deveria ter vendido tanto antecipadamente, mas ningum contava com essa seca, e a gen-te esperava que o preo fosse despencar.

    Com a estiagem, Jensen acredita que a produtividade de suas lavouras no deve passar de 150 bushels por acre no milho e de 45 bushels por acre na soja. Em um ano bom, o produtor consegue, nas duas culturas, at 185 e 65 bushels por acre, respectivamente. Entretanto, embora es- pere uma reduo de produtividade, o agri-cultor acredita que conseguir cobrir os cus-tos de produo e, talvez, obter algum lucro. Parte dessa tranquilidade vem do fato de ter feito seguro agrcola para toda sua lavoura (7,2 mil acres ocupados por milho e soja).

    *Marcelo Beledeli, de Chicago Jornal do Comrcio

    Quebra da colheita no tira tranquilidade no campo

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 201216

    OPInIO

    Todo brasileiro minimamente bem informado sabe da importncia do agronegcio para a nossa economia. Mas, chamado a definir essa atividade, talvez no consiga ir alm de vagas referncias produo rural. O agronegcio, contudo, algo bem mais extenso e complexo. Ultrapassa os li-mites do campo. Alis, muitos dos profissionais da rea trabalham frente de computadores, em escritrios com ar-condicionado, nos modernos prdios de grandes centros urbanos, e talvez nunca tenham sujado as botas numa fazenda. A adequada proteo do interesse nacional em rela-o ao agronegcio, em razo da significativa im-portncia da atividade para a economia brasileira, pressupe sua definio com clareza.

    Para entender o que vem a ser o agronegcio convm partir daquela clssica, e bastante co-nhecida, diviso da economia em trs setores: primrio (agricultura, pecuria e outras atividades extrativistas), secundrio (indstria e comrcio atacadista) e tercirio (varejo e servios). O agro-negcio simplesmente no se encaixa nessa clas-sificao, por ser uma atividade que atravessa os trs setores, unindo atividades agrcolas, indus-triais e de servios.

    O agronegcio o exemplo mais acabado do que os economistas chamam de rede negocial, conceito baseado em estudos desenvolvidos des-de os anos 1950 na Universidade Harvard (pro-duction chain) e na cincia econmica francesa (filires). Consiste num articulado conjunto de contratos, operaes financeiras e negcios liga-do produo agrcola.

    O agronegcio no se limita, assim, especifi-camente plantao e ao cultivo das commodi-ties agrcolas (cana, soja, milho, trigo, caf, etc.), embora essa atividade esteja no centro da rede agronegocial. Tambm a integram a produo e comercializao de sementes, adubos e demais insumos, distribuio, armazenamento, logstica, transporte, financiamento, conferncia de qualida-de e outros servios, bem como o aproveitamento de resduos de valor econmico. , na verdade, a interligao racional de todas essas atividades econmicas que compe o agronegcio, e no cada uma delas em separado.

    O produtor e a tradingPara ilustrar como se d essa interligao,

    considerem-se dois empresrios da rede: um agricultor que planta soja e uma companhia tra-ding. O primeiro entende tudo sobre a produo de soja. Conhece as tcnicas de plantio, os meios apropriados para a preveno de pragas, a melhor poca para a colheita, etc. Mas, embora entenda tudo sobre produo de soja, no tem conheci-mento suficiente para acompanhar com facilidade as oscilaes do preo do produto no comrcio internacional nem para se proteger de eventuais quedas na cotao, que podem comprometer todo o seu esforo empresarial. J os operado-res da companhia trading entendem tudo sobre o mercado internacional de soja, acompanham as cotaes do produto e sabem acionar sofistica-das medidas de proteo contra as oscilaes dos preos. Em geral, trabalham de olho nos

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 17

    mercados de produtos variados, mas talvez no consigam, numa viagem ao campo, distinguir a plantao de soja da de cana-de-acar. E nem precisam, para bem desenvolver seus trabalhos, desse conhecimento. Devem estar bem fami-liarizados com os instrumentos financeiros pelos quais investidores do mundo todo chamam para si o risco das oscilaes dos preos das commo-dities agrcolas.

    O agronegcio a rede em que se encontram o produtor rural (que sabe plantar e colher soja, mas no compreende nem quer expor-se aos riscos da variao dos preos) e a trading (cuja expertise o mercado internacional de commodities agrcolas e os instrumentos financeiros que podem poupar os produtores rurais das oscilaes dos preos). Cada um cuidando do que sabe fazer melhor con-tribui para a plena eficincia da integrao racional da rede de negcios.

    Pois bem, o interesse nacional volta-se para a proteo da prpria rede agronegocial, isto , des-sa integrao racional de atividades econmicas, que acabam se tornando bastante interdependen-tes. economia brasileira interessa a plena eficin-cia dessa integrao. Cada uma das atividades do agronegcio, quando isoladamente considerada, no tem, nem de longe, a mesma relevncia para o Pas que a rede de contratos e operaes toma-da como um conjunto integrado.

    Distribuio de riscosA lei deve proteger o interesse nacional na in-

    tegrao do agronegcio. A distribuio de riscos

    entre os diversos empresrios que atuam na rede, estabelecida pelos contratos que celebram, deve ser preservada para que a atividade continue cres-cendo e contribuindo para o desenvolvimento da economia brasileira.

    Em outros termos, e de modo bastante con-creto, quando dois empresrios da rede agrone-gocial se desentendem relativamente ao contrato que celebraram, a lei deve determinar ao juiz que resolva o impasse desconsiderando os interesses individuais deles e adotando a deciso que corres-ponda ao interesse nacional, de todos os brasilei-ros, isto , que assegure a preservao da prpria cadeia integrada de negcios.

    Como as atividades do agronegcio, por defi-nio, se tornam interdependentes, cada empre-srio, compondo um elo da imensa cadeia eco-nmica, deve cumprir as obrigaes contratadas para que no se comprometam a existncia e a consistncia da prpria rede. economia brasilei-ra interessa a integridade da integrao. O Direito Comercial deve, em nome da proteo do interes-se nacional, prover os meios para tanto.

    Na verdade, o interesse na preservao da ca-deia agronegocial , a rigor, transnacional, extra-pola o mbito do nosso pas. Projees apontam que a segurana alimentar de toda a humanidade depende muito do regular desenvolvimento do agronegcio brasileiro. Quando a lei assegurar a proteo da cadeia, acima dos interesses indivi-duais dos empresrios que a compem, estar tutelando tambm os direitos dos povos de todo o mundo e das geraes futuras.

    Fbio Ulchoa Coelho, jurista eprofessor da USP

    Publicado em O Estado de So Paulo (05/09/2012)

  • 18 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    enTreVISTA

    Uma verdadeira aulaEspecialista disseca integrao Lavoura-Pecuria-Floresta

    Imagine uma propriedade que produz gros no vero e carne durante o inverno rodeada por plantaes de florestas. Esse sistema de produo conhecido como a Integrao Lavoura-Pecuria e Floresta (ILP--F) e promete dar um salto de produtividade quando o assunto produo de alimentos. Afinal, quais sos as vantagens do ILPF? Pode ser aplicado em qualquer propriedade? Em entrevista reprter Hemely Cardoso, do Boletim Informativo, o professor, doutor e engenheiro-agrnomo, Anibal de Moraes, do Setor de Cincias Agrrias da UFPR, que trabalha desde 1978 com pastagens e h 18 anos com sistemas integrados, explica as principais vantagens desse sistema e como o produtor pode implant-lo na propriedade.

    Boletim Informativo - Como comeou o trabalho de integrao de ILPF? Anibal de Moraes Em 1994, a Universidade Federal do Paran (UFPR) passou a buscar al-ternativas para gerar receita durante o inverno que dependia exclusivamente da soja e do milho. Ento, ns fizemos a proposta de utilizar essas

    reas para a produo de carne ou leite. A aceita-o foi muito difcil porque existia a ideia de que a entrada de animais iria causar problemas para o solo e para a lavoura, mas isso era apenas um tabu criado. E essa ainda a maior dvida dos produtores, no entanto, a partir daquela poca a gente buscou e desenvolveu um projeto que tinha como principal objetivo identificar essas relaes dos animais e seus efeitos no solo numa rea agrcola. J nos primeiros resultados mostraram que havia condies de trabalhar e no havia ne-nhum risco. Isso se levou para outras reas, ou-tros tipos de solo e se expandiu pelo Brasil afora. Uma vez que se adube a pastagem e se cuide dela no h nenhum risco.

    BI Muitos produtores questionam o custo muito alto com a pastagem para implantar o sistema. Como o senhor en-xerga isso?Essa pastagem no inverno tem o custo baixo e normalmente ela j est implantada, porque o produtor faz a cobertura de inverno, s que no utiliza como renda, usa apenas como co-bertura. Quando voc tira uma renda e coloca

  • 19Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 |

    os animais isso viabiliza o investimento como o custo para adubar, por exemplo. A passa-mos por uma sequncia nos nossos estudos que essa adubao do ponto de vista do siste-ma e os nutrientes que j iriam ser usados na fase pastoril. Isso representaria uma reduo de custos para a lavoura, atividade de maior risco, sendo esses valores apropriados para atividade de pecuria. Ento, a pecuria es-taria pagando uma boa parte dos custos da lavoura, uma vez que adotasse essa prtica de adubao na fase pastoril e isso a um custo mais elevado para a atividade de pecuria.

    BI Pela integrao com a pecuria, por exemplo, voc consegue aumentar a pro-dutividade? O impacto muito maior para o pecuarista. Por exemplo, a lotao de um animal por hectare e pela integrao voc consegue trabalhar com cinco, seis animais por hectare, intensificando o uso dessas reas. E quando se associa s la-vouras que j tm os solos nobres, corrigidos, fica muito mais fcil intensificar a pecuria. claro que voc pode apenas intensificar a rea de pecuria procedendo as adubaes, com um projeto de recuperao das reas de pastagens degradadas. Isso leva investimento maior que se fosse numa rea que utilizada para a agri-cultura.

    BI Nesse sistema de integrao muitos produtores questionam o sombreamen-to das rvores sobre as pastagens. H algum tipo especfico de pastagem para esse modo de produo?Nas regies mais quentes do Estado, principal-mente, h uma intensidade maior de calor que leva o estresse para os animais e convm traba-

    Div

    ulga

    o

    Professor Anibal de Moraes

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 201220

    enTreVISTA

    lhar com sombra, que pode ser natural ou arti-ficial. E nada melhor que conciliar uma sombra natural onde podemos tirar uma receita porque a rvore vai gerar mais uma renda para o pro-prietrio. As espcies forrageiras que podem ter um resultado mais adequado, de acordo com pesquisas, so as braquirias que toleram bem o sombreamento e a tanznia. Os capins estrela e tifton j apresentam baixa tolerncia som-bra.

    BI Ento, o produtor que optar pelo ILP--F deve ficar de olho no tipo de capim. Ele deve usar uma espcie forrageira adaptada sombra e fazer o espaamento correto entre as rvores. Existe toda uma tcnica, no um modelo engessado que vai servir para todo o Estado. Em cada propriedade deve ser feito um estudo, um acompanhamento. Tambm existe uma linha de financiamento, o programa ABC, onde o governo federal liberou R$ 3 bilhes para contemplar o ILPF.

    BI Mas a integrao pode ser feita em qualquer propriedade? Mesmo ela sendo pequena?Sim, independe do tamanho. At nas reas pe-quenas mais importante porque se cria opor-tunidades para diversificar a renda. Para os pe-quenos, por exemplo, se voc trabalha com leite e faz a integrao com as lavouras de soja, feijo e milho, so atividades que juntamente com a rvore vo triplicar a renda do produtor.

    BI Qual o tempo mdio para implantar o sistema? Por exemplo, se o produtor tiver uma rea de 20 hectares, quanto tempo ele vai levar para adequar a pro-priedade? Com o recurso na mo o tempo para implantar mais curto. Por exemplo, se voc tem a proprie-dade e faz o financiamento ABC dentro de um ano toda a propriedade estaria funcionando. Com esses recursos voc pode construir as cer-cas, comprar os animais e implantar as rvores.

    BI Quais a principais vantagens do ILP-F? Ns sabemos que aumenta a pro-dutividade tanto na lavoura quanto na pecuria. No caso da pecuria, se pegarmos os dados mdios de produtividade no Paran que chega a 120 quilos de carne por hectare, com o ILP-F numa rea que vai trabalhar com pecuria no vero de um forma intensiva se trabalha com 12 animais por hectare. Os resultados no final de seis a sete meses chegam a 1,5 mil quilos de peso vivo, ou seja, aumenta 10 vezes a produti-vidade mdia no Estado. No inverno essas re-as em uso servem para pastoreio de trs a qua-tro meses, isso resulta em ganho de 500 quilos de rendimento em mdia. Se fizermos as contas mesmo a soja no preo que est hoje, o milho, a pecuria uma atividade mais rentvel. bom lembrar que no perodo de outubro a abril onde ocorre maior crescimento da pastagem e

    Div

    ulga

    o

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 21

    nos meses de maio a setembro precisa ter pasto de inverno. A ento entram as reas de lavoura de vero, que acabam liberando para o plantio de pasto de inverno e compondo o sistema per-feito de forragem.

    BI Qual o primeiro passo para implan-tar o ILPF na propriedade?O primeiro passo fazer contato com o enge-nheiro-agrnomo que tenha experincia com o ABC, que vai fazer o projeto baseado na realida-de da propriedade para depois ser encaminhado ao banco e com a liberao vai continuar com o acompanhamento tcnico durante um ano.

    BI Para fazer um hectare de pasta-gem, por exemplo, quanto o produtor vai gastar?Depende. Por exemplo, para sair de uma pas-tagem degradada, que nunca foi feito cala-

    gem, vai ter um custo mais alto. O produtor vai ter que fazer a calagem e correes com fsforo, potssio, acaba saindo mais caro. O produtor pode ter o retorno do investimento com o ajuste de fertilidade do solo dentro de um ano. Uma calagem pode durar at seis anos, a elevao do fsforo que geralmente problemtica no solo. Mas com essa linha de crdito do ABC isso passou a no ser um pro-blema, porque h uma carncia de trs anos para pagar, num prazo de oito anos, ento compensa. O clculo depende da situao do solo, o custo maior com o ajuste da fertili-dade. A semente tem um valor razovel, mas, por outro lado compensa, uma vez que a pas-tagem foi bem plantada.

    BI Quanto tempo leva para formar uma pastagem?Se ela for bem plantada e formada d para co-locar os animais dentro em uma mdia de 90 dias. E h pastagens com mais de 30 anos sem a necessidade de refaz-las. Com um manejo adequado e as adubaes necessrias o pasto no se acaba.

    BI O investimento para fazer o ILPF bem alto. Depois de quanto tempo o pro-dutor tem o retorno disso?Ns verificamos em algumas propriedades que a partir do terceiro e quarto ano o produtor j est recebendo o retorno do investimento. Isso porque a lavoura passa a ter maior produtivi-dade e com menor custo, o produtor vai gastar menos em herbicidas, inseticidas e fungicidas por causa da integrao.

    > Entre os dias 8 e 12 de outubro, acontece o II Simpsio Internacional de Sistemas de Integrao Lavoura-Pecuria 2012, em Porto Alegre. O encontro reunir cientistas e especialistas de todo o mundo para apresentar e discutir os avanos nas reas de pesquisa em ILP. Mais informaes pelo site http://www.icls2012.com/index_br.asp?idioma=pt

  • 22 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 201222

    Sementes destinadas ao Uso PrprioUm be-a-b sobre a legislao das sementes salvas

    Por Ildomar Ivan Fischer, Engenheiro Agrnomo, Fiscal Federal Agropecurio do Servio de Fiscalizao de Insumos Agrcolas da Superintendncia Federal da Agricultura no Paran/MAPA

    A Lei n 10.711/2003 e o Decreto n 5.153/2004 regulamentam a produo, co-mrcio e utilizao de sementes no Brasil, onde est estipulado que assegurado ao produtor rural reservar a cada safra agrco-la uma parte de sua prpria produo, para uso como sementes destinadas semeadu-ra das lavouras prprias, na safra seguin-te.

    Para realizar a reserva de sementes sal-vas, como so chamadas, o agricultor de-ver inicialmente comprar as sementes que utilizar em seus campos, devendo estas serem produzidas por estabelecimento produtor registrado junto ao MAPA.

    A aquisio deve ser realizada junto a um comerciante igualmente inscrito no sistema RENASEM. No ato da compra, o agricultor dever solicitar a nota fiscal e o Certificado de Sementes ou Termo de Con-formidade de Sementes. Tais documentos devem ser arquivados na propriedade, pois podero ser exigidos pela fiscalizao.

    Ressalte-se que facultado ao agricul-tor realizar a reserva de uma parcela da lavoura comercial de gros para produo de sementes para uso prprio, s poste-riormente primeira aquisio comercial da semente. E dever armazen-las obri-gatoriamente na sua prpria propriedade e no em armazns comerciais de terceiros. O beneficiamento tambm dever ser feito somente dentro da propriedade.

    A batata-semente reservada tem tra-tamento legal diferenciado, pois autoriza

    o agricultor armazen-la em instalaes fora da propriedade. Deve, entretanto, declarar a reserva de sementes para uso prprio no prazo legal e tambm requerer previamente a autorizao do MAPA para o transporte e armazenamento, conforme regulamentado pela Instruo Normativa n 48/2006.

    As categorias importante informar que existem

    duas categorias de cultivares de semen-tes: as denominadas de domnio pblico e aquelas consignadas protegidas, e cuja proteo assegura ao obtentor a reprodu-o comercial da cultivar no territrio bra-sileiro pelo perodo de 15 anos, nos termos disciplinados pela Lei n 9456/1997.

    O uso das cultivares de domnio pblico no exige que o agricultor faa a declara-o junto ao MAPA toda vez que realizar a reserva de sementes para seu cultivo, de-vendo to somente guardar os documen-tos que demonstram a compra inicial de semente legal.

    J para a utilizao das cultivares pro-tegidas, o agricultor deve a cada safra, no prazo mximo de trinta dias (30) aps o plantio da sua lavoura, quer seja em re-as prprias ou arrendadas, encaminhar a qualquer um dos escritrios do MAPA no Paran, pessoalmente, por meio eletrnico (e-mail) ou atravs de Correios, a declara-o de inscrio de rea para produo de sementes para uso prprio. Trata-se de

    LeGISLAO

  • 23Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 23

    Sementes destinadas ao Uso PrprioUm be-a-b sobre a legislao das sementes salvas

    Por Ildomar Ivan Fischer, Engenheiro Agrnomo, Fiscal Federal Agropecurio do Servio de Fiscalizao de Insumos Agrcolas da Superintendncia Federal da Agricultura no Paran/MAPA

    formulrio especifico que poder ser requi-sitado junto ao prprio MAPA ou nos sin-dicatos rurais de cada municpio, mediante acesso ao site da FAEP. Este documento e o comprovante de envio devem ser ar-quivado na propriedade, juntamente com os comprovantes da compra inicial das se-mentes.

    As normas legais no restringem o nu-mero de safras que pode-se reservar se-mentes prpria. Entretanto importante que o agricultor renove a sua semente pe-riodicamente, como forma de garantir a qualidade, a pureza gentica e a sanidade do material gentico que utiliza em seus campos, visto que esta prtica poder ter reflexos na produtividade, na qualidade e na produo de gros.

    Para saber se uma determinada cul-tivar que o agricultor pretende reservar para uso prprio ou no protegida, po-der consultar atravs da internet, no

    seguinte endereo:http://extranet.agri-cultura.gov.br/php/snpc/cultivarweb/cultivares_protegidas.php.

    Transporte e punies Quando o agricultor necessitar trans-

    portar sementes reservadas entre suas di-ferentes propriedades, mesmo que dentro do municpio ou estado:

    Alm da emisso da nota fiscal de pro-dutor que acompanha a carga, dever soli-citar previamente ao MAPA, a autorizao para o transporte desta semente, atravs de um requerimento simplificado.

    importante destacar que admitido ao agricultor fazer a reserva exclusivamente para a safra seguinte, apenas nas quantida-des de semente necessrias e compatveis com a rea de cultivo em sua propriedade ou cuja posse detenha mediante instrumento contratual, independentemente de ser cul-tivar protegia ou no. Tambm proibido ao agricultor comercializar sementes para vizinhos ou para empresas. O comrcio so-mente lcito aos estabelecimentos regular-mente inscritos no RENASEM.

    O descumprimento pelo agricultor usu-rio de sementes das normas aqui anali-sadas caracteriza infrao legislao na-cional de sementes e mudas e sujeita-o s penalidades previstas, que podero ser de advertncia ou multa, graduadas de acordo com a gravidade do ato infracional come-tido. Alm da eventual apreenso das se-mentes ilegais.

    A Declarao de inscrio de rea para produo de sementes para uso prprio pode ser obtida acessando o site da FAEP: sistemafaep.org.br

    Os produtores e entidades interessadas em prestar orientaes ao pblico do agro-negcio, palestras ou treinamentos sobre o tema podem entrar em contato com um dos escritrios regionais do MAPA no Para-n; sede da Superintendncia Federal da Agricultura no Paran, ou pelos telefones (041)3361-4065 ou 3361-4064, ou ainda pelo e-mail [email protected] , do Servio de Fiscalizao de Insumos Agrcolas do Paran.

    No mesmo email pode ser feito o en-caminhamento das declaraes, as quais devero estar assinadas e digitalizadas em arquivo de formato -pdf.

    LeGISLAO

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 201224

    SenAr-Pr

    DESCRIO

    Histrico.Tcnicas de preciso na agricultura.Aplicaes agronmicas para a agricultura de preciso.Viabilizao de agricultura de preciso para a realidade do PR.

    Base da tecnologia GNSS, Galileo e Glonass.Equipamentos AP.

    Determinao.Gerenciamento.Interveno.Avaliao.

    O que um mapa de colheita.Finalidades.Filtragem de dados.

    O que um gride de amostragem.Tamanho ideal de uma malha.Formas corretas de amostragem.Equipamentos para coleta.Sensor de condutividade eltrica.

    O que um mapa de fertilidade.Como ele obtido.Maneiras corretas de gerar um mapa de fertilidade.Finalidades.Exerccios com dados coletados.

    Como ele obtido.Finalidades.

    Maneiras de gerar.Finalidades e extenses de exportao.NDVI

    Formas de criar.Finalidades de uso.Informaes obtidas.Equipamentos disponveis no mercado.

    Como utilizar a ferramenta 3D

    O que so Zonas de Manejo.Finalidades.

    Formas de fazer o cruzamento de mapas.Avaliar a influncia de fatores sobre a produtividade.

    Relatrios gerenciais: por talho, cultura, operador e relatrios operacionais.

    Como utilizar a ferramenta de criao de guias.

    Amostragem.Amostrador.

    CONTEDO

    Introduo

    Conceituao

    Etapas bsicas

    Mapas de colheita

    Grids de Amostragem

    Mapas de Fertilidade

    Mapas de pragas e doenas

    Mapas de Aplicao

    Mapas de Plantio

    Mapas em 3D

    Zonas de Manejo

    Anlise de correlao

    Relatrios

    Guias

    Prtica

    PRIMEIRO DIA

    SEGUNDO DIA

    TERCEIRO DIA

    Seminrios sobre Agricultura de PrecisoEm Mandaguau, Ponta Grossa, Guarapuava e Toledo

    O SENAR-PR vai disponibilizar para produtores e tra-balhadores rurais um curso de Agricultura de Preci-so em 2013. Para difundir esta nova tecnologia este ano sero realizados quatro seminrios no interior do Estado voltados para tcnicos da Emater, IAPAR, secretarias municipais da Agricultura e cooperativas.

    As inscries podem ser feitas diretamente nas Regionais do SENAR-PR, os endereos e telefones esto no site http://www.sistemafaep.org.br/senarpr/regionais.aspx.

    Os seminrios esto agendados para: Mandaguau: 17 a 19 de setembro no Audit-

    rio Sindicato Rural de Mandaguau Av. Munoz da Rocha, 800/3 andar.

    Ponta Grossa: 1 a 3 de outubro na sede do SEST/SENAT Rua Almirante Tamandar, 901.

    Guarapuava: 8 a 10 de outubro (vai mandar at quarta-feira a tarde).

    Toledo: 15 a 17 de outubro no Sindicato Rural de Toledo Rua Sete de Setembro, 1101. Os palestrantes deste seminrio so os enge-

    nheiros-agrnomos Andr Luiz Fabri e Pedro Hen-rique Bianchini Magalhes. As vagas so limitadas a 25 por evento. Confira a programao completa.

    Alm destes eventos o Paran vai sediar, em outubro, um dos 10 seminrios organizados pelo Senar Nacional e a regional do Rio Grande do Sul sobre Agricultura de Pre-ciso nas regies mais produtoras do Pas. Este segundo evento reunir 500 participantes em Cascavel no dia 23 de outubro. Ainda sero definidos o local e a forma como as inscries sero realizadas.

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 25

    cdIGO FLOreSTAL

    gide pede empenho a parlamentaresO risco do Cdigo Florestal no ser votado

    O presidente gide Meneguette, da FAEP, encami-nhou s bancadas do Paran na Cmara Federal, um ofcio alertando sobre a necessidade de que ocorra a votao da Medida Provisria 571, que complementa a lei 12.651, criando o novo Cdigo Florestal. Caso a votao no ocorra, lembrou Meneguette, a Emenda vai caducar, abrindo um vcuo jurdico indesejvel.

    O documento pede o empenho dos parlamen-tares paranaenses no sentido de dar quorum sesso dos dias 17 e 18 prximos, aprovando o projeto de lei apresentado pela Comisso Mista que apreciou a Medida Provisria. A MP pode caducar se no for votada at o dia 8 de outubro e, se for aprovada na Cmara na nova data, restaro apenas a ltima semana de setembro e a primeira semana de outubro para o exame da matria no Senado.

    Como so duas semanas que antecedem as

    eleies municipais e no havia previso de vo-taes em Plenrio no perodo, o presidente da Cmara, Marco Maia, deve pedir ao presidente do Senado, Jos Sarney, que estude a possibilidade de alterar o calendrio do esforo concentrado do pero- do eleitoral, para evitar que a MP perca a validade.

    Desabastecimento de dieselEm correspondncia presidncia da FAEP, o se-

    nador Sergio Souza informou que presidente da Pe-trobras, Maria das Graas Silva Foster, afirmou que a estatal vem trabalhando junto s distribuidoras para que se adequem nova realidade do mercado, com estoques confortveis, principalmente em regies com demandas sazonais. Garantiu que no haver mais falta de leo diesel no Estado. Maria das Graas abordou a questo durante a audincia pblica con-junta na Comisso de Assuntos Econmicos (CAE) e da Comisso de Servios de Infraestrutura (CI) do Senado.

    J o senador lvaro Dias registrou presidncia da FAEP o recebimento de ofcio no qual a Entida-de manifestava preocupaes com o desabasteci-mento de leo diesel no Paran, no final do ms passado. O senador informou que o tema objeto de minhas preocupaes e estou atento para que o problema seja solucionado e seja garantida a lide-rana do Paran na produo de gros.

    Da mesma forma, o deputado Zeca Dirceu in-formou ter reiterado as preocupaes da FAEP com o desabastecimento de diesel junto presidente da Petrobras.

    Maria das Graas Silva Foster

  • 26 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    Se voc sonhar comAbelhas: Sucesso nos negcios, pequenos lucros.

    Abismo: Ms notcias, sustos, loucura. Abrao: Alerta contra perigo.

    Acidente, assistir a um: Aborrecimentos. Acidente, sofrer um: Sucesso.

    Afogar-se: Medo. Baile: Ambio.

    Banco: Complicaes nos negcios. Banho: Purificao, serenidade contra adversidades, interesse sexual.

    Banhar-se em guas limpas: Boas notcias. Bar: Insegurana, desejo de confraternizao.

    Beb Feliz: Amigos.

    Maior assaltoEm agosto de 2005, o Brasil viu seu maior roubo banco. R$ 164 milhes foram roubados da sede do Banco Central do Brasil em Fortaleza, Cear. A trama envolveu a construo de um tnel de 78 metros de comprimento que levava a um cofre onde estavam armazenadas cdulas usadas, e no passveis de rastreamento. Foram levadas 3,5 toneladas em cdulas de R$ 50 por mais e vinte ladres, nem todos capturados.

    Haja gorduraA ursa polar precisa ganhar 200 quilos (atravs de gordura de foca) para ser capaz de engravidar, porque passar por um jejum de oito meses e provendo seus filhotes com um leite rico em gordura.

    Treme-tremeA tremedeira descontrolada das plpebras resultado de uma falha na transmisso dos impulsos nervosos que chegam aos msculos ao redor dos olhos. Os especialistas afirmam que tal sintoma est quase sempre relacionado a stress, fadiga ou insnia e desaparece sozinho.

    ConstataoNo meio da missa, todos ouvindo o padre e nesse instante o Diabo aparece no altar Todos saem correndo, at o Padre... mas fica um velhinho. E o senhor? - o Diabo pergunta O senhor no tem medo de mim? Imagina! - responde o velhinho Eu j fiquei 40 anos casado com

    sua irm!Sem nmero e letrasOs Incas conquistaram e administraram um territrio com invejvel competncia que equivalia superfcie somada da Frana, Blgica, Holanda, Luxemburgo, Sua e Itlia. Tudo isso sem conhecer nmeros ou letras. Para calcular usavam um cordo de pouco mais de um metro de comprimento cheio de ns. Por esse mtodo, era registrado, por exemplo, o tamanho de uma safra as cores dos cordis. A forma dos ns atribuam qualidades informao.

  • 27Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 |

    Cultura Intil Antes de ser famoso, o ator Harrison

    Ford foi carpinteiro e chegou a trabalhar para o msico brasileiro Srgio Mendes.

    Apenas nosso crebro e fgado precisam de acar como fonte de energia.

    As escovas de dente azuis so mais usadas do que as vermelhas.

    As formigas se espreguiam pela manh quando acordam.

    As unhas da mo crescem aproximadamente quatro vezes mais rpido do que as unhas do p.

    MadagascarMuita gente j viu o filme de animao Madagascar, mas talvez desconhea que esse o nome de um pas situado no oceano ndico na costa leste da frica. uma das maiores ilhas do mundo, possui 20 milhes de habitantes e sua populao fala o malgaxe.

    Maior idadeUm cdigo criminal de 1890 chegou ao absurdo de

    classificar as crianas brasileiras de nove anos de idade como passveis de punio. O jurista Tobias

    Barreto props no final deste sculo, que o grau de escolaridade fosse responsvel pela conscincia entre o que certo ou errado. A instruo bsica s terminava

    aos 18 anos. Em 1940, o Cdigo Penal brasileiro adotou de vez os 18 anos.

    Bello, o campeoSegundo o jornal Los Angeles Times, o nigeriano Bello Maasaba um lder religioso muulmano na cidade de Bida, na Nigria, 87 anos, j teve 107 esposas. Hoje vivem com ele 86 mulheres entre 19 e 64 anos. Nove morreram e Maasaba pediu o divrcio de 12 por desobedincia. Os filhos so tantos que ele tem dificuldade de saber o nmero exato. So 185, dos quais 131 esto vivos, o mais novo com apenas um ms de vida.

    Do dicheA palavra encrenca vem do diche (idioma judeu) ein krenke. O termo era comumente utilizado para definir a ideia de doena. Naturalmente, a popularizao do termo acabou ficando abrasileirada para a nossa conhecida encrenca.

    ProblemasUma loira entrou na livraria, foi

    na seo de livros de auto-ajuda e logo encontrou o livro Resolva todos

    os seus problemas.Como ainda estava em

    dvida, procurou o balconista

    Por favor, moo, este livro resolve mesmo todos os

    meus problemas? Todos eu acho que no. Digamos que ele resolva metade dos

    seus problemas! Bom, se assim, eu vou

    levar dois!

  • 28 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    Ponta Grossa

    Derivados de leite O Sindicato Rural de Ponta Grossa ofereceu o curso de Produo Ar-tesanal de Alimentos - Derivados de Leite nos dias 23 e 24 de agosto. O grupo com 12 participantes teve como instrutora a nutricionista Gisele Grube.

    Palotina

    Conservao de PescadosUm grupo de 15 produtores e produtoras rurais participou nos dias 27 e 28 de agosto de mais um treinamento oferecido pelo Sindicato Rural de Palotina com apoio do Banco do Brasil. Desta vez o curso oferecido foi de Produo Artesanal de Alimentos Beneficiamento, Transformao e Conservao de Pescado. No curso os participan-tes aprenderam a desenvolver corretamente os processos de bene-ficiamento e de conservao de pescado, preparo de pratos tpicos com total aproveitamento dos peixes, aplicando as boas prticas de higiene. No dia 28 foi servido almoo com pratos preparados no cur-so, todos com peixe como ingrediente principal, com a presena de membros das famlias dos participantes e convidados. A instrutora do grupo Zeli da Conceio Ferreira de Oliveira.

    Toledo

    Compotas e frutas O Sindicato Rural de Toledo ofereceu o curso de Produo Artesa-nal de Alimentos conservao de frutas e hortalias - compotas e frutas desidratados nos dias 9 e 10 de agosto. Participaram do curso 13 produtoras e trabalhadoras rurais. O curso aconteceu na comunidade de Vila Flrida com a instrutora Fabiana Lodi.

    Assis Chateaubriand

    AgrinhoO Programa Agrinho mobilizou os professores e alunos do mu-nicpio de Assis Chateaubriand atravs das palestras realizadas em parceria com o SENAR-PR e Sindicato Rural de Assis Chate-aubriand. Os bonecos do Agrinho visitaram todas as escolas do municpio sendo muito bem recebidos pelos professores e alunos que esto envolvidos nos projetos. No desfile de aniversrio do municpio de Assis Chateaubriand, em 20 de agosto, a Escola Municipal Janice Galdino em parceria com o sindicato divulgou o Programa Agrinho.

  • 29Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 |

    Ribeiro do Pinhal

    Transformao do milho e Gesto RuralEntre os vrios cursos oferecidos pelo Sindicato Rural de Ribeiro do Pinhal destacamos, nos dias 15 e 16 de agosto, o curso de Produo Artesanal de Alimentos, beneficiamento e transforma-o caseira de cereais, bsico em milho. O grupo com 15 par-ticipaes teve como instrutora Maria Luzineti Pinna Zani. E no perodo de 1 a 24 de agosto foi realizado o Curso de Gesto Rural bsico em gesto, sob orientao da instrutora Raquel, com a participao de 11 Empreendedores Rurais.

    Cascavel

    Conservao de PescadosO Sindicato Rural de Cascavel realizou o curso Produo Artesanal de Alimentos beneficiamento, transformao e conservao de pes-cados nos dias 21 e 22 de agosto, na sede do sindicato. Participaram da capacitao um grupo de 11 produtores rurais e familiares, que ampliaram e aperfeioaram seus conhecimentos desde o abate at o preparo de pratos variados base de peixe. A instrutora foi Zeli da Conceio Ferreira.

    Cornlio Procpio

    Incluso digital O Sindicato dos Produtores Rurais de Cornlio Procpio promo-veu o curso de Trabalhador na Administrao de Empresas Agros-silvipastoris incluso digital bsico e avanado totalizando uma carga horria de 40 horas aos produtores da regio. O intuito oferecer conhecimento necessrio para a utilizao do computa-dor, acesso a internet e a busca de informaes para obter melho-res resultados na gesto de seus negcios. O instrutor do grupo foi Vidal Ferreira de Campos. Astorga

    Panificao Em parceria, os Sindicatos Rural Patronal e dos Trabalhadores Rurais de Astorga, realizaram nos dias 21 e 22 de agosto o curso de Produo Artesanal de Alimentos panificao. As aulas aconteceram no salo de festas da Parquia So Sebastio para um grupo de 15 produtoras e trabalhadoras rurais, que aprenderam novas receitas, recheios e mais de 20 produtos diferentes de panificao de doces e salgados. A ins-trutora do grupo foi Maria de Ftima Bueno Bittencourt.

  • | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 201230

    RECEITAS EM R$ DESPESAS EM R$

    HISTRICO/CONTAS REPASSE SEAB RESTITUIO DE RENDIMENTOS TRANSFERNCIAS INDENIZAES FINANCEIRAS SALDO R$ 1-11 12 INDENIZAES /BANCRIAS

    Taxa Cadastro e Servios D.S.A 403.544,18 - 138.681,09 **542.225,27 - - -Setor Bovdeos 8.431.549,48 13.000,00 19.561.773,51 2.341.952,64 - 26.200.880,77Setor Sunos 2.200.137,02 1.360.000,00 2.074.655,37 181.518,99 - 5.453.273,40Setor Aves de Corte 1.271.958,15 210.000,00 2.051.184,31 - - 3.533.142,46Setor de Equdeos 38.585,00 15.000,00 86.120,71 - - 139.705,71Setor Ovinos e Caprinos 123,76 - 8.572,05 - - 14.410,66 Setor Aves de Postura 35.102,41 2.000,00 106.406,13 - - 143.508,54Pgto. Indenizao Sacrifcio Animais * - - - 141.031,00 - (141.031,00)CPMF e Taxas Bancrias - - - - 77.567,43 (77.567,43)Rest. Indenizao Sacrifcio Animais * - - 141.031,00 - 141.031,00 TOTAL 12.381.000,00 1.600.000,00 141.031,00 24.027.393,17 **542.225,27 2.664.502,63 77.567,43 35.407.354,11

    SALDO LQUIDO TOTAL 35.407.354,11

    NOTAS EXPLICATIVAS

    1) Repasses efetuados pela SEAB/DEFIS de acordo com o convnio: 1 - 14/12/2000 >> R$ 500.000,00 | 2 - 23/07/2001 >> R$ 2.000.000,0 | 3 - 04/09/2001 >> R$ 380.000,00 | 4 - 28/12/2001 >> R$ 2.120.000,00 | 5 - 21/05/2002 >> R$ 710.000,00 | 6 - 26/07/2002 >> R$ 2.000.000,00 | 7 - 16/12/2002 >> R$ 2.167.000,00 | 8 - 30/12/2002 >> R$ 204.000,00 | 9 - 08/08/2003 >> R$ 600.000,00 | 10 - 08/01/2004 >> R$ 400.000,00 | 11 - 30/12/2004 >> R$ 1.300.000,00 | 12 - 01/12/2005 >> R$ 1.600.000,00

    2) Valores indenizados a produtores e restitudos pelo MAPA. (*)

    3) Setor de Bovdeos (**) a) Valor total da conta Taxa de Cadastro e Servio (repasse mais rendimentos financeiros) da DSA referente ao setor de Bovdeos = R$542.225,27b) Valor total retido pela SEAB/DEFIS, referente ao total da conta taxa de cadastro e servios da DSA do setor de Bovdeos = R$ 542.225,27

    4) Conforme Ofcio n 315/2004-Defis, valor transferido da sub-conta do Setor de Bovdeos e creditado para sub-conta do Setor de Ovinos e Caprinos, R$ 5.714,85.

    gide Meneguette Ronei Volpi Simone Maria Schmidt Presidente do Conselho Deliberativo Diretor Executivo Contadora | CO PR-045388/O-9

    FUNDEPEC - PR - entidade de utilidade pblica - Lei Estadual n 13.219 de 05/07/2001.

    FundePec-Pr SnTeSe dO deMOnSTrATIVO FInAnceIrO FIndO 31/08/2012

    Cai mortalidade infantil no BrasilUma queda de 73% na taxa de mortalidade infantil do Brasil em

    apenas duas dcadas foi um dos destaques de um relatrio da Unicef divulgado. Segundo o estudo, a taxa brasileira caiu de 58 para 16 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2011. Em 2000, o ndice era de 36 por mil nascidos vivos o que faz com que a queda tenha sido de 56% desde ento.

    Ainda com essa reduo drstica, 40 mil crianas morreram an-tes de completar cinco anos no Brasil no ano passado (contra 205 mil em 1990). No Brasil, programas comunitrios e estratgias de sade para a famlia foram implementados desde a dcada de 1990 para ofe-recer cuidados de sade primrios ( populao), explica o relatrio. Isso ajudou a expandir o acesso aos servios de sade, reduzir as desigualdades na cobertura e cortar as taxas de mortalidade infantil.

    Segundo a Unicef, outros fatores que ajudaram a reduzir as mortes de crianas no Brasil incluem melhorias nos servios de saneamento bsico, nos nveis educacionais das mes e nos ndices de aleitamen-to materno e vacinao, alm do crescimento na renda das famlias.

    A queda no Brasil foi acompanhada de uma reduo menos acen-tuada nos ndices globais no mesmo perodo. Em 2011, 6,9 milhes de crianas morreram antes de completar cinco anos - um total de 19 mil por dia. Em 1990, foram 12 milhes de mortes.

    O panorama dos fertilizantesAs principais empresas ligadas produo

    de nutrientes para fertilizantes no Brasil devero investir US$ 18,9 bilhes at 2017 para diminuir a dependncia da agricultura do pas das impor-taes. Dados apresentados durante o II Con-gresso Brasileiro de Fertilizantes mostram que a produo nacional de nutrientes nitrognio, potssio e fsforo deve pular de 3,427 milhes de toneladas para 9,353 milhes de toneladas, entre 2012 e 2017.

    No mesmo perodo, a demanda passaria de 12,199 milhes para 14,732 milhes de tonela-das. Hoje, a relao entre demanda e produo de 28,1%. Com os investimentos, o pas pas-saria a produzir 63,5% do total demandado. A produo brasileira de nitrognio teria uma parti-cipao de 43,8%, contra 24,8% atualmente. No fsforo, o percentual passaria de 50,8 para 77,4 pontos. J a produo de potssio passaria a atender 6,2% das necessidades internas, contra os atuais 7,6%.

  • Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012 | 31

    Coordenao de Comunicao Social: Cynthia CalderonEditor: Hlio TeixeiraRedao: Angelo Binder, Hemely Cardoso, Katia SantosDiagramao, Ilustrao e Projeto Grfico: Alexandre Prado

    Publicao semanal editada pelas Assessorias de Comunicao Social (ACS) da FAEP e SENAR-PR.Permitida a reproduo total ou parcial. Pede-se citar a fonte.

    Av. Marechal Deodoro, 450 | 14 andarCEP 80010-010 | Curitiba | ParanFone: 41 2169-7988 | Fax: 41 3323-2124www.sistemafaep.org.br | [email protected]

    Presidentegide Meneguette

    Vice-PresidentesGuerino Guandalini, Nelson Teodoro de Oliveira, Francisco Carlos do Nascimento, Ivo Pierin Jnior e Paulo Roberto OrsoDiretores SecretriosLivaldo Gemin e Lisiane Rocha CzechDiretores FinanceirosJoo Luiz Rodrigues Biscaia e Julio Cesar MeneguettiConselho FiscalSebastio Olimpio Santaroza, Lauro Lopes e Ana Thereza da Costa RibeiroDelegados Representantes gide Meneguette, Joo Luiz Rodrigues Biscaia, Francisco Carlos do Nascimento e Renato Antnio Fontana

    SENAR - Administrao Regional do Estado do PRAv. Marechal Deodoro, 450 | 16 andarCEP 80010-010 | Curitiba | ParanFone: 41 2106-0401 | Fax: 41 3323-1779www.sistemafaep.org.br | [email protected]

    Conselho Administrativo Presidente: gide Meneguette - FAEP

    Membros Efetivos: Ademir Mueller - FETAEP, Rosanne Curi Zarattini - SENAR AC, Darci Piana - FECOMRCIO e Wilson Thiesen - OCEPARConselho Fiscal: Sebastio Olimpio Santaroza, Paulo Jos Buso Juniore Jairo Correa de AlmeidaSuperintendncia: Ronei Volpi

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    FAEP

    A SEAB e a poltica florestalO acesso informao e a organizao dos produtores rurais para ati-

    vidades florestais so aes estratgicas da poltica florestal do governo do Paran, apresentadas no 4. Congresso Florestal, em Curitiba. Essas so algumas das ferramentas que a Secretaria da Agricultura e do Abaste-cimento (Seab) pretende usar para orientar melhor o planejamento a longo prazo da cadeia produtiva do setor madeireiro no Paran.

    De acordo com o engenheiro-agrnomo Renato Viana, coordenador de Servios Florestais da secretaria, o rgo ficou responsvel pela rea florestal produtiva, que conta com oportunidades e crdito desde o micro ao grande produtor. So linhas de crdito do governo federal com taxas de juros abaixo da inflao, que foram alocadas para fomentar o desen-volvimento rural sustentvel, explicou o tcnico.

    Nessa poltica est o programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do governo federal, do qual o Paran o maior tomador de crdito. De julho de 2011 a junho de 2012 foram aprovados 849 projetos no valor de R$ 189 milhes e desse volume entre 30% a 40% foram aplicados e florestas plantadas, disse Viana.

    Agrinho no 7 de SetembroLiderado por Arceny Bocalon, o Sindicato Rural de So Joo parti-

    cipou pela primeira vez do desfile de 7 de setembro desse municpio do sudoeste paranaense. Foi representado por um grupo de alunos que es-to cursando o JAA (Jovem Agricultor Aprendiz). Mas a novidade que mais chamou a ateno do pblico foram os bonecos do Agrinho (Ani-nha, Nando e Agrinho), que despertaram a alegria, curiosidade e muitas fotos entre as crianas. O Sindicato de So Joo vem se destacando pela sua participao no Programa Agrinho, onde j obteve vrios primeiros lugares, tambm com apoio da Prefeitura e da Secretaria de Educao.

  • 32 | Boletim Informativo do Sistema FAEP n 1192 | Semana de 17 a 23 de setembro de 2012

    FalecidoAusenteNo procurado

    Teste teu humor18. Voc evita contar uma piada, se no estiver preparado?

    Sim No

    Conte um ponto para sim para cada pergunta

    Mais de 15 pontos - Voc uma pessoa que tem um bom humor imenso. Isto te ajuda a sair de si-tuaes constrangedoras e levar a vida mais ale-gremente. Para voc tudo flui com mais facilidade. O bom humor uma das chaves para se ter um bom equilbrio emocional. Parabns!

    De 6 a 14 pontos - Voc uma pessoa equili-brada. No possui um bom humor excessivo nem tampouco vive de mau humor. Contudo, procure usufruir mais do bom humor em sua vida, e vers como tudo fluir melhor no mbito profissional e pessoal.

    Menos de 6 pontos* - Voc costuma ser uma pessoa bem aptica. Leva a vida de uma forma mais dura e dramtica, o que nem sempre agra-dvel. Procure se soltar mais, pois o bom humor um ingrediente essencial para a felicidade.

    * A autora no quis te chamar de um tremendo mau homorado(a).

    Fonte: Leila Navarro

    Ter bom humor algo imprescindvel, sinal de boa sade, de inteligncia. As pessoas bem humoradas tomam decises mais rpidas, provocam menos acidentes e ficam menos do-entes. Em uma mar de mau humor, reclamamos da vida, conseguimos criar problemas! E tudo por falta de bom humor. E voc? Como tem esta-do o seu humor ultimamente?

    1. Quando se encontra numa situao ridcula, a sua primeira reao rir de si mesmo?

    Sim No

    2. Quando algum se encontra numa situao ruim, de causar constrangimento, e voc est perto, consegue ter uma sacada divertida para a situao?

    Sim No

    3. Voc frequentemente est alegre? Sim No

    4. Para voc difcil tirar sacadas engraadas das coisas?

    Sim No

    5. Voc entende que tudo o que lhe acontece, mesmo as coisas mais insignificantes, so super srias e decisivas na sua vida?

    Sim No

    6. Voc se diverte com facilidade em qualquer ocasio e situao?

    Sim No

    7. No gosta que faam brincadeiras com voc, mesmo durante uma reunio ou confraternizao somente com pessoas de muita intimidade?

    Sim No

    8. Voc ri nas situaes mais absurdas que acontecem contigo?

    Sim No

    9. Gosta de ouvir dos outros histrias engraadas, mesmo que elas, na verdade, sejam dramticas?

    Sim No

    10. Procura estar sempre de bem com vida em qualquer situao?

    Sim No

    11. Voc se surpreende quando algumas coisas so engraadas para os outros?

    Sim No

    12. Voc sempre ri de suas prprias ingenuidades ou fracassos?

    Sim No

    13. Voc teria coragem de usar uma fantasia bem engraada para ir a uma Festa Fantasia, mesmo que ela lhe deixe numa situao bem ridcula?

    Sim No

    14. Voc cr que a maioria das pessoas leva a vida como brincadeira?

    Sim No

    15. Voc sabe perder um jogo? Sim No

    16. Mesmo que voc no concorde, os outros dizem que suas brincadeiras e piadas so grosseiras e de mau gosto?

    Sim No

    17. Voc se adapta facilmente a um ambiente informal?

    Sim No