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BOLETIM INFORMATIVO IPEF / LCF / ESALQ / USP 3(21) MARÇO/ABRIL/1997 ABRIL DE 1997 IPEF: 29 ANOS DE PESQUISA UNIVERSIDADE E EMPRESAS FLORESTAIS IPEF HOMENAGEIA RONALDO ALGODOAL GUEDES PEREIRA Prof. Walter de Paula Lima (diretor do IPEF), Manoel de Freitas (presi- dente do IPEF), Prof. Helládio do Amaral Mello (prof. homenageado) e Valdemar Antonio Demétrio (prefeito do Campus Luiz de Queiroz). Prof. Helládio do Amaral Mello e Marcos Guedes Pereira. Cerca de 80 pessoas estiveram dia 21 de março, participando do descerramento da placa que dá o nome do Prof. Ronaldo Algodoal Guedes Pereira ao prédio do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef). No ano passado o homenageado recebeu o prêmio Navarro de Andrade, a mais alta condecoração do setor florestal brasileiro. O ex-professor da Esalq/ Usp Helládio do Amaral Mello teve por incumbência relembrar as realizações do engenheiro agrônomo. Em seu discurso, ele ressaltou que Ronaldo foi importante porque integrou a luta para a instalação da cadeira de Silvicultura na Esalq/Usp, que resultou na criação do que é hoje o Departamento de Ciências Florestais e Curso de Engenharia Florestal. Como idealizador do Ipef em 1968, Ronaldo fez uma verdadeira peregrinação pelas empresas florestais para difundir e defender com afinco a importância da universidade, da ciência e da pesquisa para o desenvolvimento do setor florestal. “Não há uma coisa a destacar que o Ronaldo fez; ele participou de tudo,” declarou Amaral Mello. Muito emocionado, Marcos Guedes Pereira, filho do homenageado, disse que o pai era um patriota. “A Esalq é um centro de excelentes estudiosos e tem por vocação formar homens que estão construindo o país: meu pai foi um deles,” declarou Pereira. O Ipef, em comemoração aos seus 29 anos, aproveitou a ocasião para inaugurar as novas instalações da Biblioteca, o novo prédio do Setor de Sementes do Instituto e do Laboratório de Biologia Reprodutiva e Genética de Espécies Arbóreas, além do lançamento de duas publicações internacionais: a nova revista científica do Ipef Scientia Forestalis e o livro “Certification of Forest Products - Issues and Perspectives”. Leia mais sobre os eventos do dia 21 de março nas páginas de 5 a 8. Compareceram ao evento, além dos familiares de Ronaldo, professores da Esalq, Diretores e representantes de Empresas Florestais Associadas ao Ins- tituto.

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BOLETIM INFORMATIVOIPEF / LCF / ESALQ / USP

3(21) MARÇO/ABRIL/1997

ABRIL DE 1997

IPEF: 29 ANOS DE PESQUISA UNIVERSIDADE E EMPRESAS FLORESTAIS

IPEF HOMENAGEIA RONALDO ALGODOALGUEDES PEREIRA

Prof. Walter de Paula Lima (diretor do IPEF), Manoel de Freitas (presi-dente do IPEF), Prof. Helládio do Amaral Mello (prof. homenageado)e Valdemar Antonio Demétrio (prefeito do Campus Luiz de Queiroz).Prof. Helládio do Amaral Mello e Marcos Guedes Pereira.

Cerca de 80 pessoas estiveram dia 21de março, participando do descerramentoda placa que dá o nome do Prof. RonaldoAlgodoal Guedes Pereira ao prédio doInstituto de Pesquisas e Estudos Florestais(Ipef). No ano passado o homenageadorecebeu o prêmio Navarro deAndrade, a mais altacondecoração do setorflorestal brasileiro.

O ex-professor da Esalq/Usp Helládio do AmaralMello teve por incumbênciarelembrar as realizações doengenheiro agrônomo. Emseu discurso, ele ressaltouque Ronaldo foi importanteporque integrou a luta para ainstalação da cadeira deSilvicultura na Esalq/Usp,que resultou na criação doque é hoje o Departamentode Ciências Florestais eCurso de EngenhariaFlorestal. Como idealizadordo Ipef em 1968, Ronaldofez uma verdadeira

peregrinação pelas empresas florestaispara difundir e defender com afinco aimportância da universidade, da ciênciae da pesquisa para o desenvolvimentodo setor florestal. “Não há uma coisa adestacar que o Ronaldo fez; ele

participou de tudo,” declarou Amaral Mello.Muito emocionado, Marcos Guedes

Pereira, filho do homenageado, disse queo pai era um patriota. “A Esalq é um centrode excelentes estudiosos e tem por vocaçãoformar homens que estão construindo o

país: meu pai foi um deles,”declarou Pereira.

O Ipef, em comemoraçãoaos seus 29 anos, aproveitoua ocasião para inaugurar asnovas instalações daBiblioteca, o novo prédio doSetor de Sementes doInstituto e do Laboratório deBiologia Reprodutiva eGenética de EspéciesArbóreas, além dolançamento de duaspublicações internacionais: anova revista científica do IpefScientia Forestalis e o livro“Certification of ForestProducts - Issues andPerspectives”. Leia maissobre os eventos do dia 21 demarço nas páginas de 5 a 8.

Compareceram ao evento, além dos familiares de Ronaldo, professores daEsalq, Diretores e representantes de Empresas Florestais Associadas ao Ins-tituto.

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Pág. 2 - Boletim IPEF Março/Abril/97

BOLETIM INFORMATIVO

Publicação do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

(IPEF), orgão conveniado com a Universidade de São Paulo,

através do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP.

Reitor

Prof. Dr. Flávio Fava de Moraes

Diretor da Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz

Prof. Dr. Evaristo Marzabal Neves

Chefe do Departamento de

Ciências Florestais e Diretor

Científico do IPEF

Prof. Walter de Paula Lima

Central Técnica de Informações

Marialice Metzker Poggiani

Coordenação Técnica

Eng. Edward Fagundes Branco

Diagramação e Editoração

Quatro Soluções Editoriais

(019) 422-2001

Correspondência

CTI/IPEF - Caixa Postal 530

CEP: 13400-970 - Piracicaba -SP

Fones: (019) 429-4264

433-6155

Fax: (019) 433-6081

Expediente

Tiragem 1.900 exemplares

IPEF/LCF/ESALQ/USPIPEF/LCF/ESALQ/USP

FEIRAS E EXPOSIÇÕES

AGRISHOW ‘97

Este ano a Feira ocorrerá noperíodo de 28 de abril a 03 de maio,na Estação Experimental “NeyBittencourt Araújo”, do InstitutoAgronômico de Campinas,localizada em Ribeirão Preto-SP. Apartir deste ano a Agrishow será umafeira internacional, reconhecida peloMinistério da Indústria, Comércio eTurismo e seus organizadores estãotrabalhando para conseguir aparticipação de expositores da Itália,Alemanha e Estados Unidos.Produtores de máquinas,equipamentos, produtos e serviçosestarão mostrando suas novidadesneste evento de negócios que já éconsiderado como o mais importantedo agribusiness no Brasil. Estima-seum público superior a 60.000pessoas (Fonte: Jornal doEngenheiro Agrônomo, no 223, jan/fev 97).

HORTITEC ‘97

A quarta edição da ExposiçãoTécnica de Horticultura aconteceráentre 19 e 22 de junho em Holambra-SP, reunindo diversos expositores/fabricantes de equipamentos deirrigação, plásticos, defensivos,adubos, aquecedores, telas,embalagens, estufas, sementes eplantas etc. Trata-se de umaexcelente oportunidade paraatualização sobre produtos esistemas utilizados na produçãovegetal.

A REESTRUTURAÇÃO DO PCNAT

PROGRAMA TEMÁTICO SOBRE MANEJO DE

FLORESTAS NATURAISO PCNAT encontra-se atualmente em processo de reestruturação, iniciado

com a contratação de uma nova coordenadora técnica em outubro de 1996(Boletim Informativo do IPEF/LCF/ESALQ/USP 2(19) Dezembro/1996). Dentrodesse processo de reestruturação, foram definidas novas linhas de atuaçãopara o programa, num contexto mais atual e mais alinhado às necessidadesdas empresas florestais brasileiras.

Na 20a Reunião Técnica, realizada em Itatinga-SP, em dezembro de 1996e na 21a Reunião Técnica do PCNAT, realizada na Aracruz Celulose S/A ,janeiro de 1997 foram realizadas avaliações do Programa, desde sua criaçãohá 05 anos atrás, onde foram levantados aspectos positivos e negativos doGrupo, além de sugestões e perspectivas futuras. Essa avaliação levou àconsolidação de 03 linhas de estudo e pesquisa(1) e de temas para trocade informações e benchmarking(2), como colocados a seguir:

•• Recuperação de Ecossistemas Naturais(1):⇒ Biologia e silvicultura de espécies nativas (grupos ecológicos, produção de sementes e mudas, modelos de consorciação ambiental e uso múltiplo);⇒ Conversão de talhões de reflorestamento em áreas de preservação ou de uso múltiplo;⇒ Manejo de fragmentos florestais.

•• Manejo de Paisagens(1):⇒ Interligação de fragmentos florestais;⇒ Planejamento geográfico das atividades de recuperação de florestas naturais e dos sistemas silviculturais.

•• Indicadores de Qualidade Ambiental(1):⇒ Indicadores ambientais e sociais de sustentabilidade.

•• Biologia e silvicultura de espécies nativas - Banco de Dados(2);

•• Certificação florestal - Eventos Científicos, Palestras, Debates(2);

•• Sistemas de gestão ambiental- Eventos Científicos, Palestras, Debates(2).

Eng. Renata Evangelista de OliveiraCoordenadora Técnica e Administrativa do PCNAT

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Março/Abril/97 Boletim IPEF - Pág. 3

As Indústrias Klabin tomaram umadecisão acertada, mas que deixou suascolegas brasileiras do setor de papel ecelulose numa saia justa. Enquantoempresas como a Bahia Sul e aChampion buscavam o certificado dequalidade ambiental ISO 14.000, aKlabin Florestal do Paraná decidiupartir para outro lado, abrindo umprecedente no setor. Ela está sesubmetendo a uma ampla auditoriapara conseguir o selo do ForestStewardship Council (FSC),considerado muito mais rígido que aISO.

As empresas de papel não admitempublicamente, mas temem que a opçãoda Klabin estabeleça um novo patamarde exigências, superior ao atual. Aprincipal diferença da certificação doFSC para o da ISO 14.000 é que estaatesta apenas que a empresacertificada adotou um programa degerenciamento ambiental. Ou seja: elenão avalia resultados. Já no caso doFSC, ou o empreendimento já estáadequado às exigênciassocioambientais mínimas, ou nãoganha o selo. “Na verdade, as duascertificações são complementares”,desconversa Celso Foelkel, vice-presidente de Meio Ambiente daAssociação Nacional de Fabricantes dePapel e Celulose (ANFPC). “Cada umatem suas próprias exigências”.

Os selos de certificação de madeirae produtos florestais proliferavam, nocomeço da década, concedidos sejapor empresas, seja por não-governamentais, nem todosrespeitáveis. Em 1993, ONGs eempresas do setor madeireirointernacional resolveram criar o ForestStewardship Council (FSC), umainstituição independente, sem finslucrativos, formada por um terço derepresentantes do setor social, outro deambientalistas e outro de empresários,justamente para credenciar ascertificadoras. Como tudo que se refereà certificação, nada é obrigatório. Umaentidade certificadora, como, no Brasil,o Imaflora, pode, ou não, submeter-seao seu crivo. Se for aprovada, passa aexibir a marca do FSC ao lado de seuselo.

A credibilidade do FSC vem, dentreoutras coisas, do fato de que ele écontrolado por uma assembléia e por

um conselho diretivo com reuniõesanuais. O grupo de trabalho brasileiroda entidade, que deverá estipularregras de avaliação coerentes com arealidade nacional, é secretariado peloWWF e composto pelo Grupo deTrabalho da Amazônia (GTA), VitacCivillis, Greenpeace, Amigos da Terrae Imazon. Os empresários sãorepresentados pela SociedadeBrasileira de Silvicultura, a Associaçãodas Indústrias Exportadoras de Madeirado Pará (Aimex) e a ANFPC. Estequadro ainda não está fechado. O grupojá está identificando suas prioridadesno Brasil: definir regras de exploraçãode floresta de terra firme (com ou sema presença de mogno), de floresta devárzea, de borracha nativa, decastanha, pau-rosa, palmito (jussara, deMata Atlântica, e açaí, da Amazônia),caixeta e, até madeiras exóticas, comoa teca e o eucalipto. Por enquanto, oImaflora é o único certificador com baseno Brasil ligado ao FSC, através darede Smart Wood, que é umaarticulação de várias ONGs.

“É natural que a Klabin procure obtero certificado da FSC, um bomreferencial específico do setor florestal,da mesma forma que busca a ISO paraseus processos industriais”, diz PauloKikuti, coordenador da área decertificação florestal da empresa noParaná. Mas ele admite que o processode auditoria da FSC é bem maiscomplexo, envolvendo a avaliação deespecialistas nas áreas social,ambiental e econômica. Outradiferença: os critérios da FSCenvolvem um grau maior desubjetividade, não limitando aavaliação a um simples está ou nãoestá bom. Assim, o FSC avalia, porexemplo, os interesses da comunidadeenvolvida.

Tal rigidez compensa na conquistade mercados. Os organizadores dosJogos Olímpicos da Austrália, porexemplo, estão exigindo a certificaçãode toda a madeira que será empregadanas centenas de milhares de cadeirasque serão instaladas em dois estádiosem construção.

“O FSC ainda não definiu regrasnacionais em nenhum país”, explicaTasso de Azevedo, diretor executivo doImaflora. “E é evidente que paísescomo a Suécia e a Inglaterra, com

apenas um tipo de floresta, terão muitomais facilidade para estabelecê-las”.Justamente por não ter um padrão deauditoria brasileiro, o Imaflora estátendo de elaborar um modelopersonalizado de consulta para aKlabin, buscando informações sobre aatuação da empresa junto a 122instituições entre locais, nacionais einternacionais. Segundo Tasso, oresultado da avaliação da Klabin devesair até abril.

A VOCAÇÃO DO FSC

Nem tudo é unanimidade naimplantação da FSC no Brasil. Asentidades envolvidas no processo têmvisões discordantes de qual deve sersua função última - enquanto algunsdefendem que a certificação deve seruma exclusividade dos projetosmodelares, como forma de destacá-losnum mercado competitivo, outros,como o próprio Imaflora, advogam suaampliação, nos moldes da ISO 14.000.“A prioridade do FSC deveria ser abrirmercado e agregar valor para produtosde origem comunitária ou indígena, porexemplo”, diz João Paulo Capobianco,do Instituto Socioambiental. “Não querodesmerecer a certificação de grandesempreendimentos agroflorestais, masela agrega valor a um modelo que omovimento ambientalista nãoconsidera sustentável. Tem quem acheque a certificação deve ajudar amelhorar o manejo, diminuindo oimpacto ambiental. Entretanto, eu achoque ele tem que promover,prioritariamente, uma melhoria social”.

Tasso, do Imaflora, não concordatotalmente: “hoje, já não se fala emrevolução, como em décadaspassadas, mas em transformação, emtransição. Embora nossa prioridadesejam os pequenos produtores, acertificação de grandes empresas podeajudar, e muito, nesta transição”. Elelembra, também, que uma parte dos R$62 mil pagos pela Klabin para obter seucertificado é revertida no pagamento dacertificação do artesanato em palha detucumã produzido pelas mulheres deSantarém, no Pará, garantindo suasustentabilidade. (RS)

Fonte: Parabólicas, Publicaçãomensal do Instituto Socioambiental,no 26, Ano 4, Jan./Fev. 97, pg. 8.

CERTIFICAÇÃO DA KLABIN PELO FSC ELEVA PATAMAR DE EXIGÊNCIAS

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Março/Abril/97 Boletim IPEF - Pág. 5

BIBLIOTECA “PROF. HELLÁDIO”MUDA PARA NOVAS INSTALAÇÕES

O Ipef inaugurou as novasinstalações da Biblioteca“Professor Helládio do AmaralMello”, agora totalmenteinformatizada, no prédio ondeestá o auditório doDepartamento de CiênciasFlorestais da Esalq/Usp.

A biblioteca contéminformações específicas sobreo setor florestal brasileiro e éutilizada por engenheiros,pesquisadores, professores ealunos dos cursos degraduação e pós-graduação.Segundo a Bibliotecária doIpef Marialice M. Poggiani, oacervo foi todo organizadopara consulta direta pelousuário via computador. “Ainovação,” disse ela, “vaifacilitar de forma racional as consultaspelos usuários.”

Desde setembro do ano passado, obanco de dados da Biblioteca estádisponível através da Internet, noseguinte endereço: http://jatoba.esalq.usp.br/ (ver foto), e 678pesquisadores já visitaram a home

QUEM É HELLÁDIO DO AMARAL MELLO

ACERVO DA BIBLIOTECA

DO IPEF

Prof. Helládio do Amaral Melloe Manoel de Freitas.

6.235 livros5.000 diapositivos 597 títulos de periódicos 341 microfichas8.651 folhetos 141 fitas de vídeo8.578 separatas 435 catálogos gerais 431 mapas

O professor Helládio do AmaralMello, natural de Piracicaba, é casadocom dona Yolanda Romano do AmaralMello, tem dois filhos e cinco netos.Formou-se na Esalq em 1943. Iniciouna profissão como agrônomo-silvicultorna Estrada de Ferro de Goiás. Em 54foi admitido como assistente da 12ªcadeira de Horticultura da Esalq, ondechegou a ocupar o cargo de professorcatedrático. Em seguida assumiu a che-fia do Departamento de Silvicultura efoi o responsável pela criação do cursode nível superior de Engenharia Flores-tal e do Ipef.

De 1968 a 78 ocupou a DiretoriaCientífica do Ipef, criou a Estação Ex-perimental de Ciências Florestais deAnhembi. Atuou como assessor de di-versas entidades nacionais e represen-tou o Brasil em congressos internacio-nais. Participou da implantação do

Centro de Conservação Genética eMelhoramento de Pinheiros Tropicaisem Aracruz, no Espírito Santo e inte-

grou o grupo que elaborou o novo Có-digo Florestal Brasileiro.

Recebeu os prêmios “AraucáriaAngustifolia”, de 73, concedido pelaAssociação Paulista deReflorestadores, a “Medalha Navarrode Andrade”, de 79, pela SociedadeBrasileira de Silvicultura e o “Prêmiode Mérito”, em 68, na 1ª ConvençãoAnual da Associação Técnica Brasilei-ra de Celulose e Papel.

Publicou mais de 50 trabalhos cien-tíficos e cerca de 200 de divulgação,técnicos e didáticos. Em homenagemao professor Helládio, a biblioteca doIpef recebeu o seu nome em 1980 eem 81 foi criado o prêmio “Helládio doAmaral Mello”, concedido ao alunoconcluinte do curso de engenharia flo-restal da Esalq que obtiver a melhormédia final.

Home Page doInstituto dePesquisas eEstudosFlorestais -IPEF.

Vista Geral da Biblioteca. O Bancode dados contém cerca de 35 milreferências bibliográficas.

page da biblioteca.O responsávelpela implantaçãodo sistema foi oprofessor do

Departamento de Ciências Florestaisda Esalq/Usp Luiz Carlos EstravizRodriguez.

Com um acervo de mais de 6 millivros e quase 600 títulos de periódicos(ver quadro) é uma das mais completasdo Brasil sobre o setor. De acordo comos dados do Instituto, só no ano

passado, entre consultas e empréstimos,4.295 usuários utilizaram o serviço.

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Pág. 6 - Boletim IPEF Março/Abril/97

PUBLICAÇÕES INTERNACIONAIS SÃO LANÇADASTambém no dia 21 de março, duas publicações

internacionais foram lançadas: a revista científica Scientia Forestalis

e o livro Certification of Forest Products - Issues and Perspectives

sobre certificação ambiental de produtos florestais

Prof. João Luiz Ferreira Batista nolançamento da revista ScientiaForestalis.

entre os pesquisadores,” disse oeditor-chefe da Scientia e professordo Departamento de CiênciasFlorestais da Esalq/Usp João LuizFerreira Batista.

A publicação, que tem por objetivodivulgar os trabalhos científicosflorestais, traz artigos em português eem inglês e tem uma tiragem de milexemplares, dos quais 300 vão parauniversidades e institutos de pesquisade outros países, como Estados Unidos,Austrália, França, Alemanha, África doSul, Angola, Moçambique, Finlândiaetc.

Certificação de Produtos Florestais

O livro Certification of ForestProducts - Issues and Perspectivessobre certificação ambiental deprodutos florestais já lançado nosEstados Unidos tem como um dosautores o professor do Departamentode Ciências Florestais da Esalq/UspVirgílio Maurício Viana.

Com 320 páginas e editado pelaIsland Press, a obra trata de questõesbastante atuais e de grande interessesobre o desenvolvimento de iniciativas

Scientia Forestalis

A revista IPEF é editadasemestralmente pelo Instituto desde1970 e foi reformulada pela Edusp, soba coordenação do professor PlínioMartins. As alterações modificaram onome para Scientia Forestalis, aapresentação gráfica e até os critériospara seleção dos trabalhos a serempublicados. Tudo para adequar a revistaaos padrões internacionais.

Além dos artigos científicos, foramincluídos artigos específicos de revisão,uma seção de “Comunicações” paratrabalhos mais curtos com resultadospreliminares ou detalhes metodológicosde pesquisas, uma seção para resenhasde livros e uma para “Cartas ao Editor”,que serão encaminhadas aos autoresdos artigos e publicadas com asrespectivas respostas.

Embora tenha como enfoque areal idade f lorestal brasi leira,pesquisadores de qualquer parte domundo podem encaminhar artigospara avaliação da comissão editorialda publicação. “A nossa expectativaé de que a iniciativa seja bem aceitapela comunidade científica e quepossamos fomentar mais o debate

de conservação ambiental tendo comoestratégia uma nova tendência demercado: os produtos com “selo verde”.A certificação nada mais é do que agarantia que o consumidor tem de queo processo de fabricação de umdeterminado produto florestal seguiupadrões de conservação do meioambiente adequados.

No livro estão o histórico doprocesso, os princípios de manejoconforme padrões internacionais, osvários programas de certificaçãodisponíveis. Além disso, discute eanalisa o contexto social e político noqual a certificação está inserida.

Viana defende a participação limitadade órgãos do governo e de empresasflorestais na certificação. Segundo ele,estudos da Organização de MadeirasTropicais indicam que a certificação nãodeve ser controlada por setores quepossuam potenciais conflitos deinteresse. “Como apontam algumaspesquisas,” disse Viana, “a credibilidadede órgãos governamentais é baixa e háuma tendência de aumentar o papel dasociedade civil na tomada de decisõessobre os sistemas de produção queafetam de forma significativa a qualidadeambiental.”

Prof. Dálcio Caron apresenta o livrodo Prof. Virgílio Viana sobrecertificação florestal.

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Março/Abril/97 Boletim IPEF - Pág. 7

SETOR DE SEMENTES: DEPENDÊNCIAS AMPLIADAS

Durante ainauguraçãodas novasinstalaçõesdo Setor deSementes, oprofessor doDepartamen-to de Ciênci-as Florestaisda Esalq/UspP a u l oKageyama,ressaltou aimportânciada biotecnologia para o setor flo-restal brasileiro, a cooperaçãocom o Ipef e lembrou os principaiscolaboradores de sua equipe.

O Setor foi ampliado com recur-sos da Fapesp, através de umprojeto de reestruturação apre-sentado pelo Laboratóriode Biologia Reprodutiva eGenética de EspéciesArbóreas. Segundo IsraelGomes Vieira, técnico doInstituto, a ampliação doespaço físico vai possibili-tar maior interação entre olaboratório e o Setor deSementes e permitir que oIpef continue a desempe-nhar o papel de um dosmaiores fornecedores desementes florestais do Bra-sil.

Na unidade sãoselecionadas e beneficia-das sementes melhoradasbiotecnologicamente de pinus,eucaliptos e espécies nativas.Cerca de 80% delas são colhidasnas Estações Experimentais deAnhembi e Itatinga e o restantevem de parcerias com empresasflorestais e reservas indígenas,como é o caso dos Ashaninkas,que enviam 200 kg de sementesde nativas por ano (70% mogno).

Dados do Ipef indicam que as

Convidados conhecem as novas instalações do Labo-ratório de Reprodução de Espécies Arbóreas.

Sementes Florestais: Cabreúva, Jatoba, Olho-de-Dragão eSaguaraji (Sentido horário de cima para baixo).

Inauguração das novas instalações do Prédio doSetor de Sementes do Ipef.

empresas do setor plantam 100mil hectares de espécies de pinuse eucaliptos por ano. Desse total,o Instituto participa com 20% dassementes comercializadas. A pro-dução anual está em torno de 1,4toneladas, o equivalente a 43 mi-lhões de mudas plantadas em 20

mil hectares.

Os principais compradores, ex-cetuando-se as grandes empre-sas florestais, são pequenos pro-dutores rurais que trabalham comapicultura, produção de cercas-vi-vas, mourões e paisagismo.

O LABORATÓRIO

Criado em 1977, tem suas ati-vidades divididas em duas áreas:

Genética e Reprodução. Com asnovas instalações, a Reproduçãopassou a funcionar no interior doprédio do Setor de Sementes pararacionalizar o processo de análi-se.

A análise consiste em avaliar aqualidade das sementes quanto à

germinação, fisiologia eteor de pureza, que, emseguida, são armazena-das paracomercialização. A avali-ação das sementes quepermanecem muito tem-po estocadas é feita peri-odicamente.

O engenheiro FlávioGandara, um dos estu-dantes de pós-gradua-ção que trabalham no la-boratório, informou que“em breve devem che-gar novos equipamentos(câmara de germinaçãoe de crescimento), ad-

quiridos também com verbas daFapesp, o que vai propiciar a am-pliação no controle de qualida-de das sementes produzidas”.

Para o Diretor Científico doInstituto e Chefe do Departa-mento de Ciências Florestais daEsalq/Usp Walter de Paula Lima,as novas instalações inaugura-das de certa forma são resulta-do da credibilidade que o Ipefconquistou nestes quase 30anos.

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Pág. 8 - Boletim IPEF Março/Abril/97

O Instituto de Pesquisase Estudos Florestaisencerrou o dia 21 de marçocom a realização de sua 29a

Assembléia GeralOrdinária. Participaram daAGO os seguintesconselheiros do Ipef:Antonio Joaquim de Oliveira(Duratex), Claudio Silva(Votorantim), Jorge VieiraGonzaga (Riocell),Constantino B. Lordelo Neto(Lwarcel), Julio Rotundo(Caf), Luiz Roberto Capitani(Eucatex), Manoel deFreitas (Champion), MárcioCampos Torquato (BahiaSul), Marlus Wiecheteck(Inpacel), Paulo Kikuti(Klabin), Sebastião Fonseca(Aracruz), Shinitiro Oda (Suzano) e Wilsonde Oliveira Campos (Cenibra). Aprogramação da reunião consistiu daapreciação dos Relatórios Financeiro eTécnico do Ipef, Renovação de 50% doConselho Deliberativo e eleição doPresidente e Vice-Presidente do Ipef parao mandato 1997-2001.

Segundo o presidente do Ipef, Manoelde Freitas, que também é diretor daChampion, “as metas estabelecidas paraesta gestão foram ultrapassadas comcontrole financeiro, o que é muitoimportante”.

MANOEL DE FREITAS REELEITO PRESIDENTE DO IPEF

CELSO FOELKEL ELEITO VICE-PRESIDENTEUniversidade e asAssociadas. Só assimpoderemos melhorar. E éessencial melhorar sempre.

Para 1997, o Prof. Walterde Paula Lima destaca aestruturação do SIP/IPEF -Sistema Provedor deInformações do IPEF, quedeverá organizar edisponibilizar na Internetdiversos bancos de dados deinteresse imediato dasassociadas, tais como:dados de monitoramentoambiental, imagens, fotos emapas, resultados delevantamentos periódicos decustos e preços de produtosflorestais, resumos e íntegrasde artigos publicados pelo

IPEF, acervo da Biblioteca “Prof. Helládiodo Amaral Mello”, legislação florestal eambiental, disponibilidade de sementes emudas etc. O SIP/IPEF, desta forma, deveconstituir-se em um serviço dos maisimportantes, que é a disponibilização rápidae eficiente da informação, em sintonia como ritmo e a demanda do setor nesta era deglobalização.

Após a prestação de contas do Ipef doexercício de 1996, promoveu-se arenovação do Conselho Deliberativo quepassa a apresentar a seguinte constituiçãopara os próximos dois anos:

Para o Diretor Científico do Ipef, Walterde Paula Lima, do ponto de vista financeiro,o ano transcorreu dentro da normalidade,tendo o orçamento anual sido realizado deacordo com o previsto. Relativamente àadministração propriamente dita, o Institutoesteve atento às mudanças, buscandoconstante a qualidade total. Invariavelmente,estas mudanças foram sempre discutidasem nível de colegiado interno (coordenaçãotécnica e coordenadores das áreas de P&D)e levadas para a análise no ConselhoDeliberativo. Ou seja, as decisões foram esempre serão um consenso entre a

Celso Foelkel (vice-presidente do IPEF), João Luiz Ferreira Batista (editorchefe SCIENTIA FORESTALIS) e Manoel de Freitas (presidente do IPEF).

Presidente:Manoel de Freitas

CHAMPION

Vice-Presidente:Celso Foelkel

RIOCELL

CDConselho Deliberativo

Antonio Joaquim de OliveiraAntonio Natal Gonçalves

Celso FoelkelEdson Antonio Balloni

Fábio PoggianiFausto R. A. Camargo

José Luiz StapeJosé Nivaldo Garcia

Manoel Carlos FerreiraManoel de Freitas

Paulo KikutiWilson de Oliveira Campos

Walter de Paula Lima

Conselheiros:DURATEX

LCF/ESALQ/USPRIOCELL

PISALCF/ESALQ/USPVOTORANTIM

LCF/ESALQ/USPLCF/ESALQ/USP

EUCATEXCHAMPION

KLABINCENIBRA

LCF/ESALQ/USP

RELATÓRIO TÉCNICO ANUAL 1996 DO IPEFVocê já pode adquirir o Relatório

Técnico Anual 1996 do IPEF. Trata-se de uma publicação única no Paísapresentando o resultados de maisde 70 projetos de pesquisa edesenvolvimento realizados pelo Ipefem 1996 (Investimentos quesuperam R$ 500.000,00 -Quinhentos Mil Reais - em P&D),distribuídos em 170 páginas (31Figuras e 20 Tabelas). Deposite R$150,00 (já acrescido do custo depostagem) com cheque nominal aoInstituto de Pesquisas e EstudosFlorestais - IPEF no Banco do Brasil,Agência 0056-6, conta Corrente4368-0. Favor enviar comprovantede pagamento por fax (019) 433-6081, junto com o nome e endereçopara onde o Ipef deverá enviar oRelatório. Restam poucosexemplares para comercialização.Não perca esta oportunidade!!!

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Março/Abril/97 Boletim IPEF - Pág. 9

13ª REUNIÃO DO PROGRAMA TEMÁTICO DE MANEJOINTEGRADO DE PRAGAS FLORESTAIS PCMIP/IPEF

“processo contínuo que visa gerar informação e contribuir para aformação dos técnicos envolvidos, assim como selecionar eviabilizar temas para serem estudados em projetos específicos,estes com equipe técnica, metodologia, custos e cronograma bemdefinidos”. Um indicador dos resultados de 1996 é a captação derecursos dentro do PCMIP. Historicamente, o orçamento doprograma sempre foi, basicamente, restrito às mensalidades,envolvendo cerca de R$34.000,00/ano, sendo que para 1997 foramcaptados até a data da 13ª Reunião (13/03/97) R$ 81.192,00adicionais, para aplicação em projetos de pesquisa específicos.Isso significa uma elevação de 239% no orçamento do programa.

O Coordenador Técnico do PCMIP comentou os vários avançosna sistemática do programa durante 1996:

1º)

2º)

3º)

No entanto, detectou-se dois aspectos negativos principais damensalidade atualmente paga pelas empresas para participar doprograma:

1º)

2º)

Assim, visando eliminar a mensalidade, foi realizada umaproposta para que os recursos já captados nos projetos a seremdesenvolvidos em 1997, possibilitem a sustentação econômicado programa (“processo contínuo” desenvolvido pela coordenaçãotécnica). A proposta consiste, basicamente, em utilizar as taxasjá previstas dentro dos projetos propostos para 1997, parasustentação do programa. São duas as taxas previstas: 15% paracoordenação técnica, segundo contrato estabelecido no início de1996 e 12%, que é a taxa normal do IPEF, para gerar o “fundo depesquisa”. Essas duas taxas totalizam 28,8% (1,15x1,12). Osrecursos provenientes dessas taxas continuariam sendo utilizadospara manter o programa (coordenação técnica) e gerar o “fundode pesquisa do IPEF”. No entanto, prioritariamente estariasustentando o programa, através de uma destinação decrescente,para este fim, em função do montante de recursos captados pelosprojetos em desenvolvimento. Isto é, para uma captação pequena,de até R$50.000/ano, os recursos seriam integralmente destinadosà sustentação do programa e, a partir desse valor, parcelasmenores seriam destinadas a esse fim e, consequentemente,

A 13ª Reunião do PCMIP foi realizada em Portão e Guaíba, noEstado do Rio Grande do Sul, no dia 12 e 13 de março de 1997.No primeiro dia, a fábrica da Rhodia-Agro foi visitada, com ênfaseàs instalações de fabricação e controle de qualidade da iscaformicida Blitz. No dia seguinte, houve a reunião geral do programa,na Riocell. Os participantes da reunião geral do programa, alémdo Coordenador Técnico do PCMIP, foram: Augusto Tarozzo(Agroceres), Edésio Bortolás (Riocell), Édson Dias (Fertibrás),Edward Fagundes Branco (IPEF), Fausto R. A. Camargo(Votorantim), Horácio de Figueredo Luz (Eucatex), José Luiz daSilva Maia (Duratex), Júlio Cézar Rotundo (CAF Santa Bárbara),Carlos Cezar Santos (Klabin), Maísa Nogueira (Rhodia Agro),Paulo H. Groke (Cia. Suzano), Robert Sartório (Aracruz Celulose)e Carlos F. Wilcken (UNESP/Botucatu).

VISITA TÉCNICA À FÁBRICA DA RHODIA-AGRO

Na visita técnica às instalações da Rhodia-Agro em Portão/RS, além dos homólogos do PCMIP, várias outras pessoasparticiparam por convite da Rhodia, incluindo representantes daatividade de citricultura do Brasil, de reflorestamento da Argentina,dentre outros.

A visita à fábrica da Rhodia-Agro causou boa impressão,principalmente na parte que mais interessava ao membros doPCMIP: a fábrica da isca formicida Blitz. Destacam-se nessaunidade, a alta qualidade do controle do processo de fabricaçãoda isca, assim como das condições de higiene e segurança dotrabalho.

REUNIÃO GERAL DO PROGRAMA

A reunião abrangeu os seguintes tópicos: abertura eapresentação da Riocell; breve apresentação do PCMIP;distribuição do material da 13ª Reunião; resultados de 1996;situação e discussão dos projetos em andamento; proposta dealteração do programa; situação e discussão dos projetospropostos para 1977; temas a serem discutidos na próxima reuniãodo programa.

O Coordenador Técnico do PCMIP distribuiu material dareunião, contendo: relatório anual do PCMIP, apresentado pelocoordenador técnico para compor o relatório anual do IPEF;proposta para sustentação técnica e econômica do PCMIP sem amensalidade do programa; situação da definição das empresasdo PCMIP e outras, sobre a participação nos projetos de pesquisapropostos para 1997, até a data da 13ª Reunião do PCMIP;destaque técnico do 16º Congresso Brasileiro de Entomologia,realizado no período de 3 a 7 de março/97, em Salvador.

O Coordenador Técnico do PCMIP destacou a estruturaçãoque ocorreu no programa durante 1996, cuja essência é um

Homólogos do PCMIP (VCP, Klabin, Eucatex, CAF, Duratex, Suzano eRiocell), Professores da UNESP/Botucatu e Engenheiros do IPEF emvisita a fábrica da Rhodia-Agro

A sustentação econômica da coordenação técnica doprograma foi estabelecida no início de 1996, com base numaporcentagem da mensalidade paga por cada empresa doprograma e em função do resultado de viabilização de projetosde pesquisa, o que não comprometia o orçamento doprograma, com a entrada e, principalmente, saída deempresas do programa e, além disso, ainda deixava 43%das mensalidades (100% menos 45% para coordenaçãotécnica e menos 12% para a taxa de administração do IPEF),para utilização em projetos de interesse comuns;

Separou-se o “processo contínuo do PCMIP” (informação,formação e geração de propostas de P&D) dos “projetos”,estes independentes em termos de equipe responsável,metodologia, custo e com prazo definido;

Criou-se um método de repartição justa de custos e resultadospara viabilizar os projetos de pesquisa, já que cada empresatem níveis diferenciados de interesse e de recursosdisponíveis, em relação a cada projeto.

Existe uma dificuldade em justificar a mensalidade do PCMIPdentro de várias empresas, não pelo seu valor, pois é baixo,mas por uma questão conceitual. As empresas querem pagarpor objetivos bem claros, cujos custos e prazos para suaobtenção estejam bem definidos;

A mensalidade limita a participação de um número maior deempresas, até das que são associadas ao IPEF. A menorparticipação gera uma menor força do programa, inclusivepara viabilizar projetos de pesquisa.

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parcelas maiores seriam destinadas ao “fundo de pesquisa doIPEF”. A proposta já foi discutida com a direção do IPEF, sendoviável tecnicamente e economicamente.

Assim, como meta ficou estabelecido que as mensalidades e,consequentemente, os contratos atuais do PCMIP, entre asempresas e o IPEF, serão mantidos até o mês de abril/97(prestação que vence em 15 de maio/97). Sugeriu-se que asempresas utilizem os valores das mensalidades extintas paraviabilizarem projetos de pesquisa de interesse, dentre os propostospara 1997.

PROJETOS EM ANDAMENTO NO PCMIP

• Desenvolvimento de metodologia de amostragem de Scolytidae em reflorestamentos com eucaliptos e pinheiros;• Influência do estado nutricional da floresta na predisposição e ocorrência da Thyrinteina arnobia - 1ª FASE;• Estudo da entomofauna em florestas implantadas e em fragmentos florestais.

CERTIFICAÇÃO DA PODA FLORESTAL:

UM PROCESSO DE CREDIBILIDADEpoda foi realizada de maneira correta, demodo que a madeira possa atingir valor depelo menos duas vezes e meia maior quea madeira oriunda de povoamentos nãopodados. Para solucionar este problema oproprietário deve ter um documento emitidopor um profissional ou inst i tuiçãocredenciada certificando que a poda foirealizada na época e altura adequadas. Acertificação da poda pode ser feita porprofissionais habilitados, como na NovaZelândia ou por instituições credenciadascomo no Chile.

No Brasil, o IPEF e o Departamento deCiências Florestais da ESALQ/USP,através do Setor de Inventário Florestalestão aptos para treinar profissionais oumesmo realizar a certificação da poda empovoamentos florestais. Trata-sebasicamente de um levantamento florestalpor amostragem, visto que as demaismedições são simples de se conseguir.

QUANDO PODAR?

Os benefícios que a poda tecnicamentecorreta pode trazer para a produção demadeira serrada e painéis livres de nós, serefletem no valor final do produto, queapresenta vantagens de qualidade (resistência e estética), exigências domercado interno e internacional.

Um dos elementos chaves na operaçãode poda é a sua realização antes doamadurecimento dos ramos. Para sedeterminar se a poda foi corretamente

Certificação florestal é atualmente umassunto que tem movimentado a áreaflorestal. Além dos benefícios de marketing,a certificação, desde que feitaadequadamente, pode trazer para aempresa benefícios de ordem estrutural egerencial, através da detecção dosproblemas que por ventura existiam.Enquanto que a certificação florestalenvolve todas as operações da empresa ecomo ela se relaciona com o meio ambientee a sociedade, um outro tipo de certificação,já modesto, mas não menos importantesurge no mercado. É a Certificação da PodaFlorestal (CPF). O Manejo Florestal paraprodução de madeira de qualidade eportanto de alto valor monetário, passa pelouso de operações de poda ou desrama,desbastes e rotações mais longas. Emboraexistam técnicas sofisticadas,principalmente com o uso de instrumentosportáteis de ultra-sonografia, para detectarnós na madeira, ou outros defeitos internos,a certificação ainda é uma técnica usadaem alguns países, com sucesso. Surgiu naNova Zelândia para certificação de talhõesde Pinus radiata e mais recentementecomeçou a ser usada no Chile. Isto vematender a demanda por madeira de altaqualidade, exigência do mercadointernacional.

ACREDITAR OU NÃO ACREDITAR

Na hora da transação comercial de umpovoamento podado, entre o proprietário eo comprador, a primeira indagação é se a

realizada, deve-se medir uma amostra notalhão a ser certificado para estabelecer odiâmetro sobre o verticilo podado (DVP) decada altura de poda, assim como avaliar alimpeza do fuste ou tronco da zona podada.

Uma vez efetuada a auditoria oproprietário recebe um documento queindica a propriedade legal, e para cadaaltura de poda, a data de execução, com95% de probabilidade e erro amostral de5%.

Dr. Hilton Thadeu do CoutoProfessor de Inventário Florestal- ESALQ/USP

Monitoramento de cupins de muda de eucalipto, utilizando iscasdo tipo Termitrap;Controle de cupins do cerne de eucalipto com inseticidasfisiológicos, associados a fungos entomopatogênicos, utilizandoiscas atrativas;Estudo da eficiência das armadilhas Lindren e Theysohn nomonitoramento e controle de Scolytidae, em condiçõesbrasileiras, comparando-as com a armadilha ESALQ-84;Desenvolvimento de sistema para utilização de avião nomonitoramento e controle de formigas cortadeiras em florestas,visando a integração e viabilização do equipamento com outrasoperações de proteção florestal.

PROJETOS APROVADOS ATÉ O MOMENTO PARA 1997

TEMAS PARA A PRÓXIMA REUNIÃO

• análise quantitativa e qualitativa da Sulfluramida;• formulações de Fipronil para controle de cupins;• ocorrência de Phoracantha no Brasil.

Alberto Jorge LaranjeiroCoordenador Técnico do PCMIP/IPEFEquilíbrio Proteção Florestal S/C Ltda.

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BOLETIM INFORMATIVOIPEF/LCF/ESALQ/USP

Instituto de Pesquisas e Estudos FlorestaisDepartamento de Ciências Florestais

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"Universidade de São Paulo

Av. Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 53013400-970 - Piracicaba - SP - Brasil

IMPRESSO

3(21) MARÇO/ABRIL 1997

4a REUNIÃO TÉCNICA DO PROGRAMA TEMÁTICO DE CULTIVO MÍNIMO PTCM/IPEFCoordenação/Organização/Promoção:

Roberto A. Cicolin - IPEFCelso Luiz M. Lima - VCPJosé Leonardo M. Gonçalves - USPEdward F. Branco - IPEF

Data: 15 e 16 de Abril de 1997Local: VCP - Luiz Antonio - SP*

* Fazenda Cara Preta - Rod. Anhanguera, km 258 - Santa Rita doPassa Quatro - SPHotel Holiday Inn - Rua Álvares Cabral, 1120 - Ribeirão Preto-SP -Tel: (016) 625-0186/Fax: 635-1279

Taxa de Inscrição*Empresas Associadas R$ 100,00Empresas não Associadas R$ 200,00Professores, Pesquisadores e Estudantes R$ 50,00

* Estarão isentos da taxa, 2 representantes por empresa cooperada ao PTCM.Público Alvo• Homólogos do PTCM;• Engenheiros, técnicos, professores e pesquisadores de áreas afins,

que integram o convênio IPEF/LCF/ESALQ/USP;• Pesquisadores e técnicos de outras instituições com atividades

relacionadas às praticas de preparo de solo.Número de Vagas: 50 ParticipantesInscrições e Informações:Bianca Rodrigues Moura - Secretaria do IPEF

Fone (019) 429-4264 e 4336155 / Fax (019) 4336081 ouSilvania - VCP - Fone (016)683-1165

Objetivos:• Apresentar os resultados parciais de projetos de pesquisa em

andamento no PTCM;• Discutir impactos de equipamentos de colheita florestal e

conseqüências no preparo de solo;• Conhecer as atividades desenvolvidas pela VCP na área de preparo

de solos e manutenção (equipamentos utilizados);• Discutir aspectos econômicos na construção de equipamentos para

fins florestais;• Apresentação de propostas de projetos de pesquisa.

Programação:

Dia 15/04/97 - Terça-Feira08:30 - Recepção (Coffee)09:00 - Apresentação da VCP (Eng. Celso L. Medeiros)09:30 - Apresentação dos resultados iniciais do projeto “Dinâmica de água

no solo, ciclagem de nutrientes e física do solo em plantio de E.grandis x E. urophylla submetido a diferentes métodos de reformano norte da Bahia” (Prof. José Luiz Stape)

10:00 - Apresentação de propostas de novos projetos de pesquisa sobre:a)Fontes e métodos de aplicação de adubos eb) Equipamentos depreparo de solo (Prof. José Leonardo de M. Gonçalves e Prof. José Luiz Stape)

11:00 - Programação final da viagem para África do Sul - 14-29/Jun/97(Prof. José Luiz Stape e Eng. Roberto A. Cicolin)

11:30 - Abertura para debates e assuntos administrativos.12:00 - Almoço14:00 - Palestra: “Uso de termofosfato em culturas de ciclo longo”

(Minoru Yasuda - Mitsui)15:00 - Palestra: “Efeitos técnicos e econômicos na compactação do solo”

(Prof. Kleber Lanças - UNESP/Botucatu)16:30 - Coffee Break16:45 - Palestra: “Custos de construção de equipamentos florestais”

(Nilton Vantini - Arador Ltda.)

Dia 16/04/97 - Quarta-Feira08:00 - Visita de campo (A programação será fornecida pela VCP no dia da

reunião)12:00 - Demonstração do uso do Permeâmetro - Equipamento usado para

avaliar a capacidade de infiltração de água no solo em áreas naturaise compactadas (Prof. José Leonardo de M. Gonçalves)

13:00 - Almoço14:00 - Encerramento