boletim informativo número 32

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Febrapdp promove Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha Boletim Informativo FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO NA PALHA Associada a CAAPAS - Confederación de Asociaciones Americanas para la Agricultura Sustentable Ano 9 Número 32 Maio a Julho / 2008 Febrapdp promove Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha O objetivo é reunir agricultores, técnicos, estudantes e todos interessados em agricultura para apresentar o que há de mais moderno no sistema A Federação Brasileira de Plantio Dire- to na Palha (Febrapdp) – sediada em Ponta Grossa – promove o 11º Encontro Nacio- nal de Plantio Direto na Palha. O evento será realizado de 2 a 4 de julho, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina (Paraná). O objetivo é reunir agricultores, técni- cos, estudantes e todos interessados em agricultura para apresentar o que há de mais moderno no Sistema Plantio Direto na Palha (SPDP), no sentido de estimular a adoção e difusão desta tecnologia. São es- perados cerca de 800 participantes de todo o país. Durante o encontro, será sorteada uma semeadora ‘Semeato’ SHM 11/13 – 11 linhas. Segundo o coordenador geral do even- to e membro da Febrapdp, Bady Cury, os palestrantes para o 11º Encontro foram es- colhidos com muito critério. “Isso para que pudéssemos ter profissionais da mais alta qualidade”. Entre as presenças confirma- das, Cury aponta o ex-ministro da Agricul- tura Alysson Paolinelli; o atual Ministro da Agricultura, Reynolds Stephanes; além dos secretários do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, e da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini. Ainda conforme Cury, o evento permi- tirá fomentar discussão e avaliação dos as- pectos ambientais, econômicos e sociais li- gados ao plantio direto. “Assim como deve fomentar a adoção do SPD em todo o país”, complementa. Vale lembrar, que o encontro deverá despertar o interesse do público so- bre a produção sustentável. “Ao se valori- zar as práticas adequadas adotadas pelos agricultores, colaborando com a viabilização da atividade agropecuária, estimula-se a melhoria da qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente”. Para Bady Cury, o Sistema de Plantio Direto na Palha é uma das mais importan- tes ferramentas para que a meta da produ- ção sustentável seja atingida. “Produzir com sustentabilidade é o maior desafio do agricultor. Não podemos mais conceber um bom resultado produtivo desvinculado do cuidado com o meio ambiente”. Atualmente, em todo o país, são mais de 25 milhões de hectares em SPD, incluin- do pequenos, médios e grandes agriculto- res. “Temos conhecimentos e condições de aumentarmos a área plantada sob o SPD. Porém, devemos ter consciência de que esse aumento deve ser feito com qualida- de, utilizando-se sempre dos conceitos que norteiam o sistema”. O custo do investimento para a partici- pação de profissionais e produtores será de R$ 250,00. Estudantes pagam R$ 220,00, mediante apresentação de documento da instituição de ensino. O valor inclui livro de resumo das palestras, pasta, crachá, cer- tificado, acesso às plenárias, coquetel de abertura, coffee break e dois almoços no local do evento. Para conferir a programação completa do evento e efetuar as inscrições, basta acessar o site www.febrapdp.org.br ou li- gar para Princess Eventos (42) 3225-9094.

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Febrapdp promoveEncontro Nacional de

Plantio Direto na Palha

Boletim Informativo

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DEPLANTIO DIRETO NA PALHA

Associada a CAAPAS - Confederación de Asociaciones Americanas para la Agricultura Sustentable

Ano 9 Número 32 Maio a Julho / 2008

Febrapdp promoveEncontro Nacional de

Plantio Direto na PalhaO objetivo é reunir agricultores, técnicos, estudantes e todos interessados em agricultura para

apresentar o que há de mais moderno no sistema

A Federação Brasileira de Plantio Dire-to na Palha (Febrapdp) – sediada em PontaGrossa – promove o 11º Encontro Nacio-nal de Plantio Direto na Palha. O eventoserá realizado de 2 a 4 de julho, no Parquede Exposições Governador Ney Braga, emLondrina (Paraná).

O objetivo é reunir agricultores, técni-cos, estudantes e todos interessados emagricultura para apresentar o que há demais moderno no Sistema Plantio Direto naPalha (SPDP), no sentido de estimular aadoção e difusão desta tecnologia. São es-perados cerca de 800 participantes de todoo país. Durante o encontro, será sorteadauma semeadora ‘Semeato’ SHM 11/13 – 11linhas.

Segundo o coordenador geral do even-to e membro da Febrapdp, Bady Cury, ospalestrantes para o 11º Encontro foram es-colhidos com muito critério. “Isso para quepudéssemos ter profissionais da mais altaqualidade”. Entre as presenças confirma-das, Cury aponta o ex-ministro da Agricul-

tura Alysson Paolinelli; o atual Ministroda Agricultura, Reynolds Stephanes; alémdos secretários do Meio Ambiente de SãoPaulo, Xico Graziano, e da Agricultura doParaná, Valter Bianchini.

Ainda conforme Cury, o evento permi-tirá fomentar discussão e avaliação dos as-pectos ambientais, econômicos e sociais li-gados ao plantio direto. “Assim como devefomentar a adoção do SPD em todo o país”,complementa. Vale lembrar, que o encontrodeverá despertar o interesse do público so-bre a produção sustentável. “Ao se valori-zar as práticas adequadas adotadas pelosagricultores, colaborando com a viabilizaçãoda atividade agropecuária, estimula-se amelhoria da qualidade de vida e o respeitoao meio ambiente”.

Para Bady Cury, o Sistema de PlantioDireto na Palha é uma das mais importan-tes ferramentas para que a meta da produ-ção sustentável seja atingida. “Produzircom sustentabilidade é o maior desafio doagricultor. Não podemos mais conceber um

bom resultado produtivo desvinculado docuidado com o meio ambiente”.

Atualmente, em todo o país, são maisde 25 milhões de hectares em SPD, incluin-do pequenos, médios e grandes agriculto-res. “Temos conhecimentos e condições deaumentarmos a área plantada sob o SPD.Porém, devemos ter consciência de queesse aumento deve ser feito com qualida-de, utilizando-se sempre dos conceitos quenorteiam o sistema”.

O custo do investimento para a partici-pação de profissionais e produtores seráde R$ 250,00. Estudantes pagam R$ 220,00,mediante apresentação de documento dainstituição de ensino. O valor inclui livrode resumo das palestras, pasta, crachá, cer-tificado, acesso às plenárias, coquetel deabertura, coffee break e dois almoços nolocal do evento.

Para conferir a programação completado evento e efetuar as inscrições, bastaacessar o site www.febrapdp.org.br ou li-gar para Princess Eventos (42) 3225-9094.

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha2

Boletim Informativo da FederaçãoBrasileira de Plantio Direto naPalha (FEBRAPDP).Instituída em 20/02/1992Entidade de Utilidade PúblicaFederal (Proc.MJ 15630/97-32)DOU 116-22/06/98Associada a Confederación deAsociaciones Americanas parala Producción AgropecuáriaSustentable

Presidente:Franke Dijkstra

Diretor honorárioHerbert Bartz

Vice-presidentes:Felisberto Dornelles-RSFlávio Faedo-GOHilário Daniel Cassiano-SCJoão Angelo Guidi Jr.-MGLeonardo Coda-SPLuiz Carlos Roos-MSRenato Faedo-BAWillem B. Bouwman-PR

1º secretário:Ivo Mello

2º secretário:Ricardo Ralisch

1º tesoureiro:Manoel Henrique Pereira

2º tesoureiro:Benami Bacaltchuk

Diretor-executivo:Maury Sade

Produção:Eng. agr. Bady Cury, assessortécnico da FEBRAPDPEng. agr. Lutécia Beatriz Canalli,Emater-PR/FEBRAPDP

Jornalista responsável:Luciana AlmeidaMtb. 5347-PR

Diagramação:Matusalem Vozivoda

Impressão:Kugler Artes Gráficas

Endereço:Rua Sete de Setembro, 8002o andar. Conjunto 201, centroPonta Grossa-PRTel/fax: (42) 3223-9107CEP: 84010-350e-mail: [email protected]: www.febrapdp.org.br

EXPEDIENTE12:10-12:30 Perguntas

12:30-14:00 Intervalo para o almoço

14:00-18:30 Painel de debate: Manejo do solo em SPDP

14:00-15:30 Bloco IA vida no solo no SPDP - macro, meso emicrofauna, suas funções e importânciaGeorge Gardner Brown, Embrapa Florestas,Curitiba-PRDinâmica da matéria orgânica e fertilidadequímica do soloPedro Machado, Embrapa Arroz e Feijão,Santo Antônio de Goiás-GODinâmica da matéria orgânica e estabilidadeestrutural do soloGraziela Moraes de Cesare Barbosa, IAPAR,Londrina-PR

15:30-15:40 Debatedores

15:40-15:55 Perguntas

15:55-16:10 Intervalo para café

16:10-16:30 A importância da dose correta no manejode plantas daninhas em Soja RR no SistemaPlantio DiretoAroldo Marochi, Monsanto

16:30-18:00 Bloco IICorreção da acidez do solo no SPDPEduardo Fávero Caires, UEPG, PontaGrossa-PRCompactação do solo no SPDP: causas, níveiscríticos e soluçõesMilton da Veiga, EPAGRI, Campos Novos-SCManejo da enxurrada e eficiência no uso daágua no SPDPJosé Eloir Denardin, Embrapa Trigo, PassoFundo-RS

18:00-18:10 Debatedores

18:10-18:30 Perguntas

18:30-20:00 Painel de debate: Biotecnologia e oPlantio Direto – solução ou dependência?

Moderador: Carlos Finatti, Rádio CBNLondrinaPainelistas:Valter Bianchini, Secretário de Estado daAgricultura e Abastecimento do ParanáAlda Lerayer, Dir. Exec. Conselho deInformações sobre BiotecnologiaRubens Onofre Nodari, Prof. e Pesquisadorda UFSC, Florianópolis-SCJosé Maria da Silveira, Prof. e Pesquisadorda UNICAMP, Campinas-SPJoão Shimada – Eng. Agr., Grupo MaggiAlmir Rebelo de Oliveira – Eng. Agr. e produtorrural, Presidente CAT Tupanciretã-RS

DIA 04/07 – SEXTA-FEIRA08:00-08:45 Palestra: Gestão do Agronegócio - Meca-

nismos de proteção de preços agropecuáriosJoão Pedro Cuth Dias, BM&F, CampoGrande-MS

08:45-09:00 Perguntas

09:00-09:20 Controle da buva (Conyza bonariensis) comassociação de Spider/DMA/GlizRodrigo Neves, Dow AgroSciences

09:20-09:40 Intervalo para café

09:40-10:40 Painel de debate: Plantio Direto -Problemas e soluções na visão do produtorIngbert Döwich, Presidente da APDC,Luis Eduardo Magalhães-BA,João Rodrigo Schimitt, Presidente do CATPalmeira das Missões-RSFernando Sichieri, Projeto Arenito do Vale,Estância JAE, Santo Inácio-PR

10:40-10:50 Debatedores

10:50-11:10 Perguntas

11:10-12:10 Conferência de encerramento:Agronegócio e o Brasil no contexto mundialReinhold Stephanes, Ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, Brasília-DF

12:00-12:30 Encerramento

Horário AtividadeDIA 02/07 – QUARTA-FEIRA

09:00-14:00 Inscrições e entrega de material

14:00-15:55 Painel de debate: Sustentabilidadeambiental e o SPDP

14:00-15:30 Qualidade no SPDP – rumo a certificaçãoAfonso Peche Filho, CEA/IAC, Jundiaí-SPAquecimento global e o impacto na agriculturaHilton Silveira Pinto, CEPAGRI/UNICAMP,Campinas-SPCréditos de carbono e o sistema plantio direto– uma oportunidade a ser conquistadaCarlos Eduardo Cerri, ESALQ, Piracicaba-SP

15:30-15:40 Debatedores

15:40-15:55 perguntas

15:55-16:10 Intervalo

16:10-18:05 Painel de debate: Integração lavoura-pecuária em SPDP

16:10-17:40 Integração Lavoura-Pecuária em plantiodireto: tecnologia brasileira e competitivaAlysson Paolinelli, Ex-Ministro daAgricultura, Eng. Agr. e produtor ruralIntegração Lavoura-Pecuária-Floresta nacondição de clima tropicalRamon Costa Alvarenga, Embrapa Milho eSorgo, Sete Lagoas-MGIntegração Lavoura-Pecuária na condição declima subtropicalSérgio José Alves, IAPAR, Londrina-PR

17:40-17:50 Debatedores

17:50-18:05 perguntas

19:30-19:50 Abertura Oficial do Evento

19:50-20:00 Apresentação Fundação AGRISUSFernando Penteado Cardoso, Presidenteda AGRISUS

20:00-21:00 Conferência de abertura:Competitividade e sustentabilidade – odesafio do agricultor do século XXIXico Graziano, Secretário de Estado do MeioAmbiente, São Paulo

21:00 hs Coquetel

DIA 03/07 – QUINTA-FEIRA08:00-12:30 Painel de debate: Manejo de culturas em

SPDP

08:00-09:30 Bloco IDesafio da produção de palha para o sistemaplantio direto na condição tropicalGessi Ceccon, Embrapa Agropecuária Oeste,Dourados-MSCulturas potenciais para a produção debioenergia e a rotação de culturas no SPDPAdemir Calegari, IAPAR, Londrina-PRPlantio direto de feijão nas várzeas tropicais –o caso do TocantinsHomero Aidar, Embrapa Arroz e Feijão, SantoAntônio de Goiás-GO

09:30-09:40 Debatedores

09:40-09:55 Perguntas09:55-10:10 Intervalo para café10:10-10:30 Manejo de resistência das plantas aos

herbicidas no plantio diretoLieselotte Dechandt, Syngenta Proteção deCultivos Ltda

10:30-12:00 Bloco IIProdução de cana de açúcar em SPDPOswaldo Tanimoto, Eng. Agr. e Produtor rural,Aramina-SPProdução de hortaliças em SPDPJamil Fayad, EPAGRI, Ituporanga-SCProdução de café em SPDPLuiz Roberto Saldanha Rodrigues, Eng.Agro e Produtor rural, Jacarezinho-PR

12:00-12:10 Debatedores

PROGRAMAÇÃO TÉCNICA DO 11º ENCONTRO NACIONAL DE PLANTIO DIRETO NA PALHA

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha 3

A irrigação comosolução para a

falta de alimentosASPIPP divulga charge para discutir

a importância dos incentivos parairrigação como solução a falta de

comida

A agriculturairrigada é a

solução prática eviável para aescassez de

alimentos nomundo e como

tal deve serreconhecida eincentivada

Sulamita Carvalho

Em umcontexto mun-dial de escas-sez de alimen-tos e manifes-tações de po-vos famintos,é importantelevantar a dis-cussão da im-portância dosi n c e n t i v o sagrícolas – emespecífico naárea de irriga-ção - como manutenção da atividade. Ten-do isso em mente, a Associação do Sudoes-te Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha(ASPIPP), encomendou do chargista Xavier,um Cartum para mostrar, de forma bem-humorada, que a irrigação é uma soluçãoviável para aumento da produção de alimen-tos no mundo e merece atenção e espaçopara crescer e se desenvolver no país.

“Para que haja maior disponibilidade dealimentos, é necessário incentivar a agricul-tura, em especial a irrigada”, enfatiza ElaineCandido secretária da ASPIPP.

“A produtividade na agricultura Irrigadaé maior que a de sequeiro. Exemplo disso éo fato de apenas 4,8% da área plantada noBrasil ser irrigada, esta área é responsávelpor 19% do total da produção de alimentos”explica.

De acordo com o presidente da Coope-rativa Agro-Industrial Holambra, SimonVeldt, “a irrigação permitiu que numa re-gião muito sujeita a veranicos, se plan-tasse até três culturas por ano com altaprodutividade e gerando muito emprego erenda. O Sudoeste do Estado de São Pau-lo, antes Vale da Fome, hoje é conhecidocomo Celeiro do Estado”.

Comparado com outros países a lei bra-sileira em geral incentiva pouco a agricul-tura e a produção de alimentos, visto quenão há subsídios. “Se não há incentivosos proprietários irão preferir cada vez maisarrendar suas terras para outros fins que nãoproduzem alimentos e nos quais a geraçãode empregos é menor. A irrigação aumenta arenda, gera mais emprego que a agriculturade sequeiro evita frustrações de safra princi-palmente as causadas pela seca”, destacaElaine.

Premiaçãoincentiva projetos

universitáriosProfessores e estudan-

tes universitários interessa-dos em desenvolver práti-cas para a agricultura sus-tentável poderão ter seusprojetos reconhecidos pelonovo Prêmio AgroambientalMonsanto. Criado pelaMonsanto, em parceria coma agência Sociedade da Co-municação, o objetivo é in-centivar alunos e pesquisa-dores de cursos técnicos,graduação e pós-gradua-ção (latu e stricto senso) aapresentar propostas nasáreas de Agronomia e Eco-logia, Biologia e GestãoAmbiental, Direito ou idéi-as inovadoras que englo-bem ou não as áreas anteri-ores. As inscrições estarão

abertas de 15 de junho a 31de outubro. Os trabalhosvencedores, a serem anun-ciados em março de 2009,ganharão laptops, viagensnacionais ou internacionais(conforme a categoria) eampla divulgação.

As propostas, que deve-rão ser inéditas no Brasil eainda não utilizadas comer-cialmente na agricultura bra-sileira, irão concorrer emduas categorias: pesquisa-dor e estudante. Podem serdissertações, teses ou pro-jetos pesquisas, reporta-gens, artigos e ensaios so-bre os avanços da agricul-tura e da biotecnologia, ten-do como principal requisitoo desafio de apresentar prá-

ticas inovadoras e levar asinformações de maneira cla-ra para a sociedade, criandouma massa crítica capaz desuscitar reflexão sobre o as-sunto. “Queremos que oprêmio se torne um marconas universidades do País,e uma forma de levar para asociedade as mensagenssobre nosso papel nos trêspilares da sustentabilidade:benefícios de nossos pro-dutos, práticas aplicadasem nossas unidades e pro-jetos socioambientais”,observa o diretor de Comu-nicação da Monsanto, Lú-cio Mocsányi.

O regulamento completopode ser obtido através do sitewww.premiomonsanto.com.br.

Fonte:Folha de Londrina

Empresários e técnicos ligados aoMinistério da Agricultura do Quêniae da Tanzânia participam, em Lon-drina, de um workshop com pesqui-sadores do Instituto Agronômico doParaná (Iapar) e fabricantes nacio-nais de máquinas e implementos paraplantio direto em pequenas proprie-dades. O encontro, realizado emmaio, integrou uma atividade do pro-jeto Sard (sigla em inglês para Agri-cultura e Desenvolvimento RuralSustentáveis), da FAO, órgão dasNações Unidas para agricultura e ali-mentação que, em parceria com o go-verno daqueles países e com a Rede

Plantio direto naÁfrica é tema deevento no Iapar

Africana de Agricul turaConservacionista, promove ações vi-sando incrementar soluções‘’ambientalmente corretas, tecnica-mente apropriadas, economicamenteviáveis e socialmente aceitáveis’’, ex-plica Josef Kienzle, consultor do or-ganismo internacional que acompa-nha o grupo.

O principal objetivo do workshopfoi facilitar a interação entre empre-sários brasileiros e africanos. No Bra-sil, a comitiva percorreu os estadosdo Rio Grande do Sul e SantaCatarina. No Paraná, os africanostambém estiveram na estação experi-mental do Iapar em Ponta Grossa,onde conheceram resultados de pes-quisas.

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha4

Evolução do nível de matériaorgânica na Fazenda Uemura

Luís Henrique B. KasuyaBBC – Consultoria

A fazenda Uemura é localizada no muni-cípio de São Desidério, região Oeste daBahia. Situada em região de divisa de chu-vas, possui um regime de chuvas de aproxi-madamente 1.400 mm/ano, porém com al-guns veranicos constantes ao longo dosúltimos 20 anos, nos meses de janeiro e fe-vereiro.

O nível de matéria orgânica após a abertu-ra da área fica na faixa de 1,2 – 1,3 % , e o teorde argila da propriedade varia de 16 a 25%.Com essas adversidades o produtor se viu naobrigação de melhorar o seu solo, para obtermais produtividades. Começou-se então oprocesso de formação de perfil de solo, rota-ção de culturas e, posteriormente, plantio di-reto.

Em 1998 os lotes mecanizados variavam a% de m.o. de 1,4 a 1,9 na camada de (0-10) cm.Com isto, tornaram-se necessárias algumasmedidas agronômicas para elevar este nívelde m.o.

Exemplos da perda de Carbono devido aopreparo de solo e da monocultura:

CHUVA S O N D J F M A M J J A SOJA MILHETO MILHETO MILHO BRACHIARIA RUZIZIENSIS ALGODÃO

Segundo os autores, os solos da regiãoOeste da Bahia, em apenas cinco anos, apre-sentam taxa anual de perda de 7,0 a 13%. Istoé extremamente preocupante, pois, sabe-sedas limitações desses solos.

Sua matéria orgânica é de vital importân-cia para darmos sustentabilidade à região, poiscom níveis muito baixos pode vir adesestruturar completamente os solos, levan-do à desertificação.

Segundo Lopes e Resck, a matéria orgâni-ca é responsável pela contribuição de 75-90%na CTC (capacidade de troca de cátions) dossolos de cerrado do Brasil.

A partir daí adotou-se na fazenda, além darotação de cultura, o SPD (sistema de plantiodireto). Estabeleceu-se um planejamento emmédio prazo com rotação de culturas, dandosustentabilidade e retorno financeiro ao sis-tema. Práticas culturais adequadas, MIP (ma-

nejo integrado de pragas), MID (manejo inte-grado de doenças). Estabeleceram-se os se-guintes princípios com rotação de culturas:

- Soja com milheto- Milho com brachiaria ruziziensis- Algodão

O esquema gráfico ficou assim distribuído:

Milho em consórcio com brachiaria ruziziensisFoto: BBC

Cultivos Grão Palha Raiz TotalAlgodão 3,75 2,44 0,675 3,11Soja 3,6 3,31 0,648 3,96Milho 7,2 8,64 1,8 10,44Milheto 0 5,00 1,15 6,15Brachiaria 0 6,00 1,92 7,92Brachiaria+ Milho 0 12,00 3,84 15,84

Observando os gráficos, percebe-se a evo-lução do nível da matéria orgânica no solo,confirmando que a adoção de práticas cultu-rais agronômicas (formação de perfil de solo,rotação de cultura e plantio direto) utilizadasde forma adequada trazem enormes benefíci-os ao solo.

Com a evolução de novas doenças comoMofo branco, (Sclerotinia sclerotiorum) a me-lhor maneira de controle é a formação depalhada, porque ela mantém o solo a uma tem-peratura constante que dificulta a germinaçãodos escleródios.

O planejamento adequado observando asculturas que antecedem a próxima cultura éfundamental para o sucesso do empreendi-mento. A adoção do SPD resulta em economiasignificativa em óleo diesel e nutriente, pois,com o cálculo de extração de cada cultura ecom a reciclagem principalmente de potássio(através do milheto e brachiária), consegue-se diminuir a adubação com de Potássio ematé 90 pontos de K20 na cultura do algodão,sobre milho com brachiaria.

A agricultura nacional passa por temposdifíceis onde o custo de produção está muitoalto, principalmente pelo aumento dos fertili-zantes nitrogenados, fosfatados e potássicos.Assim, é preciso ser criativo, economizar ondepossível e não perder em produtividade, sóassim se garantirá rentabilidade esustentabilidade à região Oeste da Bahia

Soja sobre palhada de milhetoFoto: BBC

Algodão sobre palhada de milho com brachiariaFoto: BBC

Com o esquema de rotação de culturasadotado no sistema de plantio direto ao lon-go dos anos, houve um incremento de produ-tividade e aumento da m.o. no solo. Evolução matéria orgânica - Fazenda Uemura T-113 1998 1998 2003 2003 2006 2006 (00-10) (10-20) (00-10) (10-20) (00-10) (10-20)m.o% 1,5 1,4 2,1 1,4 2,6 1,7

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha 5

Plantio direto de milho, sorgo ou sojanas entrelinhas do citros em formaçãoAliar a preservação ao uso de manejos conservacionistas e de tecnologias tornam o manejo mais simples e adequado à

necessidade do produtor, trazendo sustentabilidade e respeito ao meio ambienteMarcelo Montezuma*

Em pomares cítricos, o alto trá-fego de máquinas pesadas, oriun-do do manejo cultural, chega arepresentar 18 horas/ha no perío-do de maior umidade do solo.Portanto, a preocupação com ouso de atitudes mitigadoras dacompactação como o tráfego emruas alternadas ou a cada três ruascom o uso de equipamentos semi-mecanizados com barra aérea parapulverização com pistolas; a co-lheita com transbordo realizadaem ruas de banca; o uso de pneusde alta flutuação e a produção depalha de alta relação Carbono/Nitrogênio - C/N (1% a mais decarbono muda a agregação dosolo, permitindo um maiorarmazenamento de água pelorearranjamento do solo, aumen-tando o volume do solo, apesardo mesmo teor de argila) – ajudade sobremaneira na preservaçãoe melhoria das características fí-sico-químicas do solo.

O sistema radicular das plan-tas se desenvolve bem emmacroporosidade, permitindo amelhor retirada de água e, conse-qüentemente, de nutrientes doambiente pela planta. O sistemaradicular de gramíneas é fascinan-te em criar porosidade no solo e arealização de uma subsolagem nãoestraga o sistema radicular dasculturas onde não se tem raiz, alémda alternância da subsolagem ruasim, rua não, ou em anos alterna-dos, reduzir este risco.

As gramíneas são mais efici-entes na manutenção dos agre-gados do solo, devido ao vastosistema radicular e à aproximaçãocom as partículas do solo, aumen-tando a resistência do mesmo, acompactação e gerando matériaorgânica em profundidade.

O plantio direto de coberturasou culturas na entrelinha do po-mar de citros em formação, ou emimplantação, deve sempre ser pre-ferido em relação ao preparo con-vencional, por preservar as carac-terísticas do solo, evitando pro-cessos de degradação e erosão.

Culturas perenesMesmo em culturas perenes

como a laranja, produtores já ado-tam o plantio direto, conservan-

do mais o solo e a vida acima eabaixo dele. Entre os pés de la-ranja, o cultivo de gramíneas ouleguminosas produz palha quecontribui para proteger o solo docalor e ajuda a trazer de volta avida, diversificando osmicroorganismos presentes emtorno das raízes da laranjeira.

Ao se intercalar o plantio demilho, sorgo ou soja, muda-se aprofundidade das raízes e variamas exigências em nutrientes.Quando é feita a colheita, a palhaé deixada sobre o solo. A relaçãoC/N mais elevada nas raízes dasgramíneas permite uma decompo-sição mais lenta desta matéria or-gânica e atua como importanteagente estabilizador dosmacroagregados, e, por conse-guinte, contribui para a melhoriada estruturação do solo.

CritériosO plantio de uma cultura in-

tercalar é recomendado, seguin-do-se critérios como:

• porte adequado das espéci-es escolhidas em relação àdistância e altura da cultura;

• manutenção de 1,0 a 1,5 mlivre a cada lado da planta cí-trica, permitindo uma melhoreficiência no controlefitossanitário de ambas asespécies, devendo se buscara compatibilidade no empre-go de defensivos.Entre os cultivos intercalares, o

milho, o sorgo e a soja podem apre-sentar interesse econômico e retor-no indireto pelos benefícios trazidosao solo, pela reciclagem de nutrien-tes, pela fixação microbiana de nitro-gênio – que, no caso da soja, deixa 1kg de N por saca colhida. No entan-to, eles devem ser tratados comocultura, investindo-se nos tratosfitossanitários e no manejo de fertili-dade, evitando-se, assim, a competi-ção pelos recursos disponíveis.

Melhora naatividade microbiana A rotação ou cultivo interca-

lar melhora a atividade microbianado solo. As raízes das plantas sóconseguem assimilar nitrogênio naforma mineral. Quando é aplicadoum fertilizante químico, todo o ni-trogênio não absorvido rapidamen-te pelas raízes pode se perder, eva-

porar ou ser arrastado pelas águas.A biomassa microbiana do solo tam-bém precisa de nitrogênio mineral,mas, no entanto, ela tem vida curtae, quando morre, ‘devolve’ este ni-trogênio ao solo, e o nutriente setorna novamente disponível paraas plantas. Os microorganismos,portanto, ‘guardam’ nitrogênio mi-neral no solo, evitando sua perdaem curto prazo.

De inimigos a benfeitoresA diversidade de espécies as-

sume um outro significado, poisaté animais genericamente consi-derados inimigos das culturas,como as formigas e os cupins, sãoreconhecidos como essenciaispara a fertilidade da terra. Algu-mas espécies de formigas e cupinsrealmente podem ameaçar a cultu-ra plantada, mas outras têm o im-portante papel de reduzir em frag-mentos menores os restos de co-lheita. Facilitando, assim, a açãodos microorganismos, a decom-posição da matéria orgânica e, porextensão, a fertilização do solo.

Ainda em relação à prevençãoda compactação, besouros einvertebrados escavadores podemauxiliar. Eles abrem as portas paraa água e criam os poros maiores.Os túneis feitos por minhocas, porexemplo, chegam a atingir 20 cen-tímetros de profundidade, enquan-to os das ninfas de cigarras vãoaté 60 cm. Os besouros, popular-mente conhecidos como ‘rola-bosta’ (família Scarabaeidae), fa-zem ainda mais: além de cavarem,enterram pelotas de fezes,redistribuindo nutrientes ao alcan-ce das raízes. (Regina doPrado; Revista Terra da Gente -Ribeirão Preto/SP - outubro 2006).

Diminuição da erosãoTambém a erosão é reduzida

quando se devolve ar e vida aosolo. Se chuvas fortes caem sobresolos compactados, a água nãopenetra e escorre livre pelo terre-no, arrastando com ela a terra, osnutrientes e a matéria orgânica emprocesso de decomposição. A ter-ra vai parar nos rios, onde causaestreitamento das margens,assoreamento do leito e ainda com-

promete a sobrevivência dos seresaquáticos pelo excesso de turbideze pela redução do oxigênio dispo-nível. Com um tapete de palha eplantas vivas, no plantio direto osolo está mais protegido contraenxurradas e os rios recebem suarecarga de águas limpas, sem terra.O solo coberto ainda perde menoságua por evaporação, garantindoa umidade necessária para todos,vegetais e animais.

Deve-se a todo custo minimizar,ou até mesmo evitar, o preparo me-cânico das áreas em prol de um ma-nejo conservacionista por excelên-cia, como o plantio direto, que trazsustentabilidade e é ecologicamen-te superior, socialmente desejável eeconomicamente eficiente.

Hoje os pomares são bombar-deados a todo o momento para ocontrole de pragas e doenças. Des-ta forma, o milho ou a soja, ou qual-quer outra cultura intercalar, tam-bém o será, mas com maior diversi-dade. O potencial de reação doambiente é maior e a cultura princi-pal (citros) se beneficia do tratocultural, dos resíduos culturais edo menor trafego de entrelinhas.

Mais renda, mais palha, maiorretenção e disponibilidade deágua e nutrientes na entrelinhafavorecem um melhor desenvol-vimento do sistema radicular docitros, o custeio da cultura e aantecipação das primeiras colhei-tas rentáveis.

Aliar a preservação do meioambiente ao uso de manejosconservacionistas, de tecnologiascomo o MIP, plantas geneticamen-te modificadas que exigem menoruso de insumos, como o milho re-sistente a insetos (MilhoYieldgard), recém-aprovado noBrasil pelos órgãos regulatórios,e a soja tolerante a Roundup (SojaRoundup Ready), tornam o mane-jo mais simples e adequado à ne-cessidade do produtor, trazendosustentabilidade e maior respeitoao meio ambiente, podendo, inclu-sive, aumentar e antecipar a vidaprodutiva de um pomar, visto queem um manejo convencional o re-torno financeiro acaba ocorrendosó a partir do oitavo ano (segun-do a Revista Agrianual 2008).

* Marcelo Montezuma é engenheiro agrônomo MSc, do Departamentode Tecnologia & Desenvolvimento da Monsanto do Brasil.

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha6

Encontro fomenta discussõessobre sustentabilidade

O 5º Enipec foi realizado em maio deste ano em CuiabáDas assessorias

Geração de informação quali-ficada e o fomento ao diálogo.Duas condições consideradasessenciais pelos palestrantes dofórum “Sustentabilidade é negó-cio?” para o avanço da compre-ensão sobre o tema. O fórum in-tegrou a programação do 5º En-contro Internacional dos Negó-cios da Pecuária (5º Enipec), rea-lizado em Cuiabá (Mato Grosso),em maio deste ano.

Mas se ainda há discussãoconceitual sobre o que ésustentabilidade, os líderes doagronegócio de Mato Grosso es-tão seguros de que o Estado estána vanguarda e com bons exem-plos. “Aqui se faz agricultura sus-tentável há muito tempo”, garan-te o deputado Homero Pereira, umdos debatedores. Segundo ele,no Estado, boa parte das embala-gens usadas de agrotóxicos écorretamente recolhida. Paralela-mente, percebe-se o avanço naadoção do plantio direto. “Além

de ser o Estado que já fez um di-agnóstico dos impactosambientais da produção da soja eda cadeia de pecuária de corte”.

Para o coordenador do pro-grama de agricultura e meio ambi-ente do WWF Brasil, Luís Laran-ja, a questão ambiental não podeser vista como problema, mas umdesafio. Ele alertou que é precisomedir o impacto dos atuais mo-delos produtivos para saber seuslimites com mais segurança.

“Precisamos assumir que aagricultura produz impactos so-bre os recursos naturais. E conhe-cendo melhor como se compor-tam, poderemos agir com mais in-teligência sobre o problema”, de-fende o pesquisador do InstitutoAgronômico de Campinas (IAC),Afonso Peche Filho.

E a geração de informação éuma das funções do Instituto doAgronegócio Responsável(Ares), criado no ano passadopara dar sustentação às ações deentidades do setor produtivo eindustrial. A superintendente do

Ares, Meire Ferreira, foi uma daspalestrantes do fórum. Ela refor-çou a necessidade de criação deum banco de dados com iniciati-vas sustentáveis e de senormatizar os processos decertificação, como forma de ga-rantir o respeito, pelos produto-res, das normas que vão além dasquestões ambientais.

O pesquisador da Escola Su-perior de Agricultura Luiz deQueiroz (Esalq/USP), Carlos Cle-mente Cerri, disse ser inevitávelo aumento da produção de ali-mentos, mas “lá fora, cobram aeficiência no modo de produção”,observa, alertando sobre a urgên-cia de se encontrar formas de re-duzir as emissões de gasespoluentes.

O Brasil ocupa a 4ª posiçãomundial entre os maiores emisso-res de gases nocivos, quando seconsideram as emissões proveni-entes do desmatamento e daagropecuária. Cerri recebeu o cer-tificado do Prêmio Nobel da Pazno ano passado, devido à partici-

pação no IntergovernmentalPanel on Climate Change (IPCC),que reúne cerca de dois mil cien-tistas do mundo, sendo 10 brasi-leiros.

O consultor econômico daFamato, Amado Oliveira, destacaa importância de se discutir ozoneamento sócio-econômicoecológico do Mato Grosso. Oprojeto, que vem sendo estuda-do há 17 anos, foi entregue nomês passado pelo governadorBlairo Maggi à AssembléiaLegislativa. Ele explicou que oEstado precisa do zoneamento,mas o modelo apresentado érestritivo à produçãoagropecuária. Oliveira argumentaque, se aprovado da forma atual,muitos produtores serão prejudi-cados, já que não haveria tempopara que se adequassem às exi-gências da lei. O economista rei-terou, ainda, que os sindicatosrurais devem se organizar paraparticipar de todas as audiênciaspúblicas que serão realizadas pelaAssembléia Legislativa.

Das assessorias O Clube Amigos da Ter-

ra (CAT), de Palmeira dasMissões, completou 25anos de existência ao ladodo produtor, no último dia14 de maio, quando foi rea-lizado jantar festivo nasdependências do Restau-rante do Parque Municipal.

O evento teve iniciocom as boas vindas pelosecretário Édio Perusso,seguido do presidenteJoão Rodrigo Schmitt, queagradeceu a colaboraçãoe parceria de todos. A fes-ta contou com a presençado vice-presidente da Fe-deração Brasileira do Plan-tio Direto na Palha,Felisberto Dornelles, queaproveitou para contar a

Assessoria Cooplantio

O Engenheiro Agrôno-mo e gerente técnico daCooplantio, DirceuGassen, foi agraciado como Premio al Profesional –Da edição VIII Del PremioInternacional “ABULAC”Agricultura deConservación. O principalmotivo foi seuassessoramento e ajuda naagricultura de conserva-ção na Espanha, desde1999. A premiação aconte-ceu no dia 1º de maio em Lerma, na pro-víncia de Burgos.

Em sua estada na Espanha, DirceuGassen participou de uma série de vi-sitas técnicas e palestras a produtorese engenheiros agrônomos nas provín-cias de Burgos e Palencia.

A homenagem, fato relevante parao cenário nacional, destaca Dirceu

CAT de Palmeiradas Missões

comemora 25 anoshistória do CAT. Na se-qüência foi feita uma ho-menagem aos ex-presi-dentes, com a entrega deum troféu e também umahomenagem especial aosecretário Édio Perusso eao tesoureiro Luiz CarlosChiochetta, colaborado-res do CAT.

O Clube conta com umquadro de 126 associadosde Palmeira das Missõese região, promove eventosmensalmente como pales-tras técnicas e encontrosfestivos. O sucesso é re-sultado da administraçãode seus sócios que se em-penham para mantê-losempre atuante. O CAT éum marco em tecnologia,informações e inovaçãopara seus sócios.

Engenheiro brasileirorecebe Prêmio Internacional

Gassen como referência no que diz res-peito ao plantio direto e aos processosconservacionistas na agricultura. “Prin-cipalmente num país como a Espanhaonde o processo de agriculturaconservacionista foi sempre muitomarcante”, afirma o gerente da unidadede Sementes da Cooplantio, engenhei-ro agrônomo Gaspar Santana.

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha 7

Denizart BolonheziEng. Agr. Pesquisador Científi-co – APTA/SAA – Programa dePesquisa SPDireto

Marcelo CampelloMontezumaEng. Agr. Coordenador deDesenvolvimento de Produto –Monsanto do Brasil Ltda

As discussões sobre a viabi-lidade do plantio direto da cana-de-açúcar estão ressurgindoneste novo período de expansãocanavieira, muito embora já te-nha sido objeto de estudo noBrasil desde o início da décadade 80. Na ocasião, a área complantio direto de cana chegou a100 mil/ha em nível nacional, masa continuidade da sua adoção foiprejudica por aplicação genera-lizada em condições não adequa-das (compactadas, pragas desolo, etc) para o sistema. Atual-mente, com a obrigatoriedade daadoção até o ano 2014 - o siste-ma de colheita de cana crua nasáreas mecanizáveis, aliado aosaltos preços do barril de petró-leo (US$ 100) e às questões doaquecimento global - o plantiodireto retorna como a principalalternativa para produção sus-tentável, nos aspectos ambientale econômico. A grande quanti-dade de palhiço de cana (médiade 15t/ há-1 de matéria seca) re-manescente da colheita é um ali-ado importante, na medida em

Plantio direto dacana-de-açúcar: sem

rotação não há soluçãoCom a obrigatoriedade da adoção até o ano 2014, o plantio direto retorna como a principal

alternativa para produção sustentável

que reduz em 10 vezes as perdasde solo, evita assoreamento desulco de plantio, conserva águaem períodos de deficiênciahídrica, aumenta abiodiversidade, contribui nocontrole de plantas daninhas, fa-vorece a ação de agentes do con-trole biológico de pragas, pro-porciona aumento dos estoquesde carbono e melhora a fertilida-de do solo. Pesquisas realizadaspelo CENA/USP, demonstramque após cinco anos de colheitade cana crua, a biodiversidadedo solo se aproxima da condiçãooriginal da mata. Convém menci-onar também, que a incorpora-ção de 17 t/ha-1 de palhada decana, proporciona a emissão de9 t/ha-1 de CO2 em um períodode 30 dias, em relação à manu-tenção do resíduo na superfíciedo solo. Todavia, quando os ca-naviais são renovados atravésdo sistema intensivo de preparode solo, todos estes benefíciossão perdidos rapidamente. Alémdisso, o custo de preparo do solopara incorporar uma grandequantidade de resíduos acumu-lados ao longo das colheitas éaumentado.

Porém, é contraproducentedifundir a adoção do plantio dire-to de cana, sem preconizar, aomenos, um período de cultivo naentressafra com alguma cultura desucessão. O monocultivo, asso-ciado ao plantio direto, é a formamais eficiente de se aumentar os

problemas fitossanitários ao lon-go do tempo. O plantio direto dequalquer cultura somente podeser uma solução sustentável sehouver rotação. Na Austrália,onde a colheita de cana crua já érealidade há muitos anos, pesqui-sadores concluíram que, omonocultivo foi a principal causapara a estagnação da produtivi-dade de cana durante 20 anos deestudo, denominado de “yielddecline”, mesmo com o lança-mento de variedades mais pro-dutivas. Estes pesquisadoresapresentam aumentos de 46 % naprodutividade de colmos, quan-do o plantio direto é associadocom o cultivo anterior de soja,para diferentes condiçõesedafoclimáticas australianas. Emalgumas regiões de São Paulo, há10 anos já se pratica plantio di-reto de soja na reforma de canacrua, com resultados muito favo-ráveis, tais como redução nocusto de produção em 32%, gan-hos de produtividade, amortiza-ção no custo de implantação docanavial, fornecimento de nitro-gênio e auxílio no controle denematóides. A tecnologia da sojaRR vem agregar mais vantagensao sistema, devido à praticidade,eficiência no controle de plantasdaninhas e possibilidade dadessecação da soqueira após se-meadura da soja. Da mesma for-ma, este sistema é viável paraoutras culturas como, amendoimrasteiro, girassol e adubos ver-

des. Com relação ao plantio dire-to da cana após alguma cultura,ainda faltam pesquisas, emboraalguns resultados sinalizem paraaumentos de até 20 t/ha na pro-dutividade da cana planta, quan-do realizado plantio direto sobreleguminosa.

Neste contexto, a APTA/IAC,em parceria com a Monsanto, de-senvolve projeto em conjuntocom as Usinas Equipav, Guaíra,Cerradinho e São Martinho, como objetivo de estudar o plantiodireto da cana-de-açúcar sobre di-ferentes culturas em rotação (sojaMonsoy 7908 RR, AmendoimIAC-886, Girassol IAC-Iarama,Crotalaria juncea e mucuna ver-de). Resultados preliminares de-monstram que o crescimento ini-cial da cana ‘SP 86 155’ foi até 30%maior em plantio direto sobreleguminosas do que em relaçãoao tratamento convencional e semcultura de rotação. Consideran-do que nos próximos anos, esta-rão disponíveis mais de 1 milhãode ha de canaviais para renova-ção, que a demanda é crescentepor matérias primas de baixo cus-to visando biodiesel e que o plan-tio direto é o mais sustentável sis-tema de cultivo, é imperativo queas empresas sucroalcooleiras etécnicos do setor incorporem osprincípios da agriculturaconservacionista neste sistemade produção. Parabéns a todosque acreditam e auxiliam na cons-trução desta idéia!

Durante o 11º Encontro Nacional de Plantio direto na Palha, a FEBRAPDPestará realizando a sua Assembléia Geral Ordinária.

Dentre os assuntos a serem tratados, haverá a eleição da nova diretoriapara o período 2008/2010.

FFFFFederederederederederação ração ração ração ração realizará ealizará ealizará ealizará ealizará AssembAssembAssembAssembAssembléialéialéialéialéia

Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha8

De 2 a 4 de julho de 2008:

11ºEncontroNacionalde PlantioDireto naPalhaLocal:Londrina - PR

Agende-se

Dia 3 de Julho de 2008:

3º Encontro Técnico do PASTema: Experiências com o Sistema PlantioDireto (SPD) e a integração lavoura pecuária(ILP) na região oeste da BahiaRealização: Programa de Agricultura Sus-tentável (PAS); Agrolem; Fundação BA; GrupoUemura; FAAHF; Embrapa cerrados eEmbrapa algodão.Local: Fazenda Uemura, Rod. BR-020 km –São Desidério – BA

Dia 9 de Julho de 2008:

IV Encontro de AgriculturaIrrigada na PalhaTema: Economia aplicada ao agronegócioLocal: Holambra II/Paranapanema – São PauloRalização: ASPIPPInformações: [email protected] ou(14) 3769-1788

Syngenta oferece soluções para omanejo no Sistema de Plantio DiretoProdutores rurais contam com produtos que colaboram para a técnica

de plantio direto com foco na sustentabilidade

Das assessorias

A Syngenta, uma das líderes mundiaisno setor de agribusiness, é a parceira idealpara o produtor rural que utiliza o Sistemade Plantio Direto (SPD) como técnica paraa produção de alimentos. A empresa estarápresente no 11º Encontro do Plantio Diretona Palha, que acontece de 2 a 4 de julho,em Londrina (Paraná), participando de de-bates e apresentando produtos.

A Syngenta conta com uma equipeespecializada em compreender as dificul-dades e levar soluções para vencer osdesafios no SPD e demais necessidadesda agricultura brasileira. A empresa temexperiência e atua junto aos produtoresrurais nos principais estados do país coma oferta de produtos eficazes para o ma-nejo integrado de pragas, doenças e plan-tas infestantes.

O manejo correto das plantasinfestantes é fundamental para que o pro-dutor obtenha sucesso ao utilizar a técni-ca de SPD. A Syngenta tem as melhoressoluções em herbicidas para o uso destaprática, essencial na redução de impactosambientais e visando colaborar para umaagricultura cada vez mais sustentável.

Serviços e produtosA Syngenta oferece ao mercado am-

pla linha de herbicidas que permitem ma-nejar as plantas infestantes, evitando aseleção de espécies tolerantes e de espé-cies resistentes em virtude do uso exclu-sivo e prolongado do herbicida glifosato.

O Gramocil é a solução para complemen-tar o controle de plantas infestantes nas inú-meras lavouras brasileiras que fazem o usodo glifosato, evitando que este importanteherbicida perca a sua eficácia no SPD.

A resistência de plantas infestantesao glifosato, que é a capacidade adquiri-da pelas plantas em sobreviver à dosenormalmente eficaz desse herbicida, é umfenômeno que vem crescendo em diver-sos países. Isso decorre do uso muitofreqüente desse herbicida, sem o uso deherbicidas com outros mecanismos deação. No Brasil, a buva e o azevém são

espécies já resistentes ao glifosato, prin-cipalmente em áreas de cultivo de soja.O Gramocil é um herbicida eficaz no con-trole da buva e do azevém, devendo serusado em rotação ao glifosato. Tambémé eficaz no controle da buva e azevém járesistentes ao glifosato.

Outro produto que pode ajudar os pro-dutores em SPD, desta vez na cultura domilho, é o herbicida Callisto, lançado noBrasil em 2004. É um herbicida para usoem pós-emergência, de ação sistêmica,com novo mecanismo de ação, que con-trola eficazmente diversas espécies deplantas infestantes de ocorrência freqüen-te em milho, tais como o capim-colchão, acorda-de-viola e a trapoeraba.

Papel fomentadorA Syngenta é reconhecida como umas

das entidades que colaboraram para odesenvolvimento da técnica e adoção doSistema de Plantio Direto (SPD) por pro-dutores de todo o país. Desde o início, oSPD é um assunto que conta com a dedi-cação dos profissionais da Syngenta, tan-to na área de Pesquisa e Desenvolvimen-to de soluções como também no campo.As pesquisas, que se iniciaram na décadade 60, tiveram o apoio da Syngenta emdiversos estados do País, com destaquepara Paraná, Mato Grosso, Rio Grande doSul, São Paulo e Goiás. Hoje, a técnica élargamente utilizada em todo o país e, des-de 2001, é indicada pelo Fundo das Na-ções Unidas para a Agricultura como mo-delo para a sustentabilidade.

SyngentaA Syngenta é uma das líderes mundi-

ais na área de agribusiness, comprometidacom a agricultura sustentável através deinovação em pesquisa e tecnologia. A com-panhia é líder em Proteção de Cultivos eocupa a terceira posição no ranking do mer-cado de Sementes de alto valor. As vendasem 2007 foram de aproximadamente US$9,2 bilhões. A empresa emprega cerca de 21mil pessoas em mais de 90 países. ASyngenta está listada nas Bolsas de Valo-res da Suíça (SYNN) e de Nova York (SYT).