boletim o pae agosto 2016

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1 Pesquisadores situam o “amor” como um subproduto oriundo da reação química regida pelo cérebro. O filólogo define o amor como um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. Pode ser um sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba tam- bém atração física, ou ainda inclinação ou apego profundo a algum valor ou a alguma coisa que proporcione prazer, entusiasmo, paixão. Será aceitável comparar o amor com a variedade das sensações físicas do ser humano? Figuradamente pronunciamos o amor conjugal, amor materno, amor fi- lial ou fraterno, amor à pátria, da raça, da Humanidade, como refrações do amor divino, que abrange, penetra todos os seres, e difunde-se neles, faz rebentar e desabrochar mil formas variadas, mil es- plêndidas florescências de amor. Não se pode, porém, definir amor como se fosse a abrasadora paixão que provoca os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem de um grossei- ro simulacro do amor. Nos dias de hoje, fala-se e escreve-se muito sobre sexo, sensualismo, erotismo; raramente sobre amor. Certamente, porque o sentimento do amor não se deixa capturar acade- micamente, repelindo toda tentativa de definição científica. O vazio conceitual deve-se à dificul- dade de manifestação do amor na forma de solidariedade e fraternidade no mun- do contemporâneo. A presente geração, amputada de maiores anseios espiritu- ais, profundamente hedonista, sensual e consumista, produziu os mais extensos desequilíbrios nos cursos evolutivos do Planeta, com o seu imperdoável alhea- mento do amor. O amor, intenso como o oceano, ilimitado como o firmamento, abrange todos os seres e Deus é a sua matriz. Bem como o Sol se arremessa, sem ex- ceções, sobre todas as coisas e reaque- ce a natureza inteira, assim também o amor divino tonifica todas as almas; seus raios, adentrando através das trevas do nosso egoísmo, vão clarear com cintilan- tes lampejos os recônditos de cada cora- ção humano. O amor, enfim, sintetiza o Evange- lho, como afirmam os benfeitores, visto que é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. O ponto delica- do do sentimento é o amor, não no senti- do vulgar do termo, mas esse Sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as re- velações sobre-humanas. Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 13 - Agosto de 2016. O amor é o sentimento divino por excelência.............................................................. Editorial / Jorge Hessen

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Pesquisadores situam o “amor” como um subproduto oriundo da reação química regida pelo cérebro. O filólogo define o amor como um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. Pode ser um sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba tam-bém atração física, ou ainda inclinação ou apego profundo a algum valor ou a alguma coisa que proporcione prazer, entusiasmo, paixão.

Será aceitável comparar o amor com a variedade das sensações físicas do ser humano? Figuradamente pronunciamos o amor conjugal, amor materno, amor fi-lial ou fraterno, amor à pátria, da raça, da Humanidade, como refrações do amor divino, que abrange, penetra todos os seres, e difunde-se neles, faz rebentar e desabrochar mil formas variadas, mil es-plêndidas florescências de amor.

Não se pode, porém, definir amor como se fosse a abrasadora paixão que provoca os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem de um grossei-ro simulacro do amor. Nos dias de hoje, fala-se e escreve-se muito sobre sexo, sensualismo, erotismo; raramente sobre

amor. Certamente, porque o sentimento do amor não se deixa capturar acade-micamente, repelindo toda tentativa de definição científica.

O vazio conceitual deve-se à dificul-dade de manifestação do amor na forma de solidariedade e fraternidade no mun-do contemporâneo. A presente geração, amputada de maiores anseios espiritu-ais, profundamente hedonista, sensual e consumista, produziu os mais extensos desequilíbrios nos cursos evolutivos do Planeta, com o seu imperdoável alhea-mento do amor.

O amor, intenso como o oceano, ilimitado como o firmamento, abrange todos os seres e Deus é a sua matriz. Bem como o Sol se arremessa, sem ex-ceções, sobre todas as coisas e reaque-ce a natureza inteira, assim também o amor divino tonifica todas as almas; seus raios, adentrando através das trevas do nosso egoísmo, vão clarear com cintilan-tes lampejos os recônditos de cada cora-ção humano.

O amor, enfim, sintetiza o Evange-lho, como afirmam os benfeitores, visto que é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. O ponto delica-do do sentimento é o amor, não no senti-do vulgar do termo, mas esse Sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as re-velações sobre-humanas.

Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 13 - Agosto de 2016.

O amor é o sentimento divino por excelência.............................................................. Editorial / Jorge Hessen

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Livro: Leis de AmorPsicografia: Chico Xavier e Waldo VieiraEditora: FEESP

VIII - Redenção

1 - Quando redimiremos espiritualmente a nós mesmos?Redimiremos a nós mesmos, quando compreendermos, conscien-

temente, ao preço do próprio raciocínio, que todos os sofrimentos de-correm das leis de amor que governam a vida. Para isso, é indispensável entendamos que todos vivemos subordinados ao princípio inelutável da reencarnação e que nos reencarnaremos, na Terra ou em outros mun-dos, tantas vezes quantas se fizeram necessárias, para que se nos edifique o aperfeiçoamento espiritual, seja diante dos imperativos da evolução, que nos traçam inevitáveis labores educativos, ou à frente dos encargos expiatórios que nos apontam graves tarefas de recapitulação e corrigen-da, para o expurgo da consciência culpada.

2 - Bastará apenas sofrer para que resgatemos os compromissos ad-quiridos nas existências passadas?

Se temos o coração aberto em feridas profundas, isso não basta; é preciso transubstanciar as próprias dores em esperanças e ensinamentos.

Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel

............ Espaço da Codificação ............

“O Livro dos Espíritos” - Questão 647

A lei de Deus se acha contida toda no preceito do amor ao próxi-mo, ensinado por Jesus?

“Certamente esse preceito encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros. Cumpre, porém, se lhes mostre a aplicação que comporta, do contrário deixarão de cumpri-lo, como o fazem presentemente. Demais, a lei na-tural abrange todas as circunstâncias da vida e esse preceito compreende só uma parte da lei. Aos homens são necessárias regras precisas; os preceitos gerais e muito vagos deixam gran-de número de portas abertas à interpretação.”

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O homem é a mais elevada das criaturas, a mulher é o mais sublime dos ideais.

Deus fez para o homem um trono, para a mulher um altar: o trono exalta e o altar santifica.

O homem é cérebro, a mulher é coração: o cérebro produz a luz, o coração produz o amor. A luz fecunda, o amor ressuscita.

O homem é o gênio, a mulher é o anjo: o gênio é imaculável, o anjo é indefinível.

A aspiração do homem é a suprema glória, a aspiração da mulher é a virtude extrema: a glória promove a grandeza, a virtude a divindade.

O homem tem a supremacia, a mulher a preferência: a supremacia significa a força, a preferência representa o direito.

O homem é forte pela razão, a mulher é invencível pelas lágrimas: a razão convence, as lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos, a mulher de todos os martírios: o heroísmo nobilita, o martírio purifica.

O homem é um código, a mulher um evangelho: o código corrige, o evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo, a mulher é um sacrário: ante o templo nos descobrimos, ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa, a mulher sonha: pensar é ter uma láurea no cérebro, sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é o oceano, a mulher é o lago: o oceano tem a pérola que adorna, o lago a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa, a mulher é o rouxinol que canta: voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.

O homem tem um fanal: a consciência, a mulher uma estrela: a esperança. O fanal guia, a esperança salva.

Enfim, o homem está colocado onde termina a Terra, a mulher onde começa o céu.

O homem e a mulherVictor Hugo

O mais conhecido de todos os escritores franceses, Victor Hugo, declarou-se adepto das verdades espíritas.

Por meio das mesas girantes, obteve dos espíritos respostas para seus conflitos, como narra em seu texto publicado em 18 de setembro de 1854, na obra de autoria de Raymond Escholier, com o título “A vida gloriosa de Victor Hugo”.

Sua página “O homem e a mulher” é considerada um dos mais belos dos seus escritos.

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Conselho Diretor - Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge HessenSecretária: Diomarsi Souza / 2.º Secretário: Josias da Silva

Tesoureiro: João BatistaConselho Fiscal - José Amin, Francisco Soares e Marcos Marques

Editores - Jorge Hessen e Fabiano AugustoSite - http://opae.site/ Blog - http://paespirita.blogspot.com.br/

QNM 40 AE N.° 02, Taguatinga Norte/DF - Fone: (61) 3491-2552Associe-se e colabore com o PAE!

Expediente

Sábado - 18 horasDia 6 - Fabiano Augusto (CEFE)

Dia 13 - José Matos(C. E. Alvorada Cristã)

Dia 20 - Sidney de Paula (FEB) Dia 27 - Carlos Sá (FEB)

Quarta-feira - 20 horasDia 3 - Francisco Soares (PAE)Dia 10 - Cirne Ferreira (FEB)Dia 17 - Maria Omilta (PAE)

Dia 24 - Arildo Marques (B. Menezes)Dia 31 - Valdivino Dias (PAE)

Quadro de Reuniões Públicas e Expositores do Mês de Agosto

Doutor em filosofia e teologia, médico e músico organista intérprete de Bach. É considerado um dos precursores da bioética. Em 1913, Schweitzer, tornou-se doutor em medicina e com sua esposa e enfermeira, Hélène Bresslau, foi para Lambaréné, onde às margens do rio Ogooué, construiu seu hospital e o manteve com recursos próprios, mais tarde suplementado por doações. Atendeu doentes enfrentando dificuldades como o clima hostil, a falta de higiene, o idioma incomprensível, a ausência de remédios e instrumental. Tratava diariamente dezenas de pacientes e em paralelo ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem peculiar, utilizando-se de exemplos inspirados na natureza sobre a necessidade da ação no bem em favor do próximo.

Na Primeira Grande Guerra, Schweitzer foi levado para a França na condição de prisioneiro em um campo de concentração.

Em 1924, acompanhado de médicos e enfermeiras para dar continuidade ao trabalho missionário, Schweitzer voltou à África Equatorial para reconstruir o hospital. Posteriormente inaugura uma colônia de leprosos. No início da década de 60 havia, em números aproximados, 350 pacientes e seus familiares no hospital e 150 pacientes na colônia de leprosos. Albert jamais abandonou o estudo e a música. Escreveu livros, deu aulas, realizou recitais e fez gravações. Toda a renda auferida por meio do seu talento e empenho foi direcionada para a manutenção do hospital e da colônia. Impressionou o mundo com sua vida e obra, e, em 1952, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Seu exemplo de amor e desprendimento material emociona os corações sensíveis e encoraja, ainda hoje, missionários em todo o Mundo.

Albert Schweitzer – Síntese biográficaNasceu em 14/1/1875, em Kaysersberg, Alsácia, Alemanha (hoje França) e faleceu em 4/9/1965, em Lambaréné, Gabão, África.

Fabiano Augusto