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BOM DIA ADAS - BR Fundador da ADAS-BR e do Jornal: Benardino Barbas Pires Director: Benardino Barbas Pires Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego Nº 21, Dezembro 2013 ADAS-BR IPPS Nº 99/02 - PCUP Rua Portugal Durão, 54-A 1600-187 Lisboa Boas Festas Feliz Natal Bom Ano Chove. É Dia de Natal Chove. É dia de Natal. Lá para o Norte é melhor: Há a neve que faz mal, E o frio que ainda é pior. E toda a gente é contente Porque é dia de o ficar. Chove no Natal presente. Antes isso que nevar. Pois apesar de ser esse O Natal da convenção, Quando o corpo me arrefece Tenho o frio e Natal não. Deixo sentir a quem quadra E o Natal a quem o fez, Pois se escrevo ainda outra quadra Fico gelado dos pés. Fernando Pessoa

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Jornal semestral da ADAS-BR, ipss. que tem como missão melhorar a qualidade de vida dos seniores do bairro e freguesia.

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Page 1: BOM DIA Adas-br

BOM DIA ADAS - BRFundador da ADAS-BR e do Jornal: Benardino Barbas Pires Director: Benardino Barbas Pires

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego Nº 21, Dezembro 2013

ADAS-BR IPPS Nº 99/02 - PCUP Rua Portugal Durão, 54-A 1600-187 Lisboa

Boas Festas Feliz Natal Bom Ano • •

Chove. É Dia de NatalChove. É dia de Natal. Lá para o Norte é melhor: Há a neve que faz mal, E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente Porque é dia de o ficar. Chove no Natal presente. Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse O Natal da convenção, Quando o corpo me arrefece Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra E o Natal a quem o fez, Pois se escrevo ainda outra quadra Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa

Page 2: BOM DIA Adas-br

Estamos perto de mais um Natal e com ele, tam-bém, a aproximação de mais um final de Ano e, para mim, o final de mais um mandato como Presidente da Dire-ção desta casa.

Chego ao fim desta etapa, feliz por ter conseguido um dos grandes sonhos, dos

três que fazem parte do painel da história da nossa Associação.

Nestes nove anos enquanto membro dos órgãos sociais, empenhei-me em salvaguardar o que se tinha conseguido de bom e, também, em melhorar as nossas valências.

Acompanhei o desenvolvimento do Centro de Dia, ajudei a implementar novas actividades para os nossos idosos e procurei estabelecer novas parcerias com instituições. É com orgulho que, com a ADAS, participei em diversos eventos tais como a feira Natalis, os quais são uma opor-tunidade para mostrar às pessoas o trabalho que desenvolvemos durante o ano.

Disponibilizei o meu tempo pessoal a favor dos nossos idosos e da nossa associação. Tempo esse que me enriqueceu como pessoa e também me realizou.

Estou confiante que dei o meu contributo en-quanto membro dos órgãos sociais.

Daqui em diante, como associada, não deixarei de ser a Luísa que conhecem. Continuarei pois a ajudar da melhor forma possível.

Maria Luisa de Jesus (Presidente da Direção)

VOLUNTARIADOVoluntárias e Voluntáriosda ADAS-BR

Um elogio e agradecimento às Voluntárias/os, que, diariamente, ajudam a ADAS-BR a cumprir a missão a que se propôs na sua fundação - APOIAR OS IDOSOS -, em especial os mora-dores do Bairro do Rego e de toda a Freguesia a que pertence.

Realmente, sem apoios suficientes das En-tidades Oficiais, a ADAS-BR, registada e tutela-da pela Segurança Social, não poderia levar por diante as múltiplas e cada vez mais complexas

actividades que vem implementando e desen-volvendo a favor dos mais de 800 Associados que a integram, maiormente idosos, sem a prestimosa e generosa, ajuda das suas voluntárias e voluntários, que dia a dia, dão o melhor de si, em muitas horas semanais que tiram às suas vidas para dar vida a esta OBRA SOCIAL, hoje já indispensável no nosso Bairro.

Estas MULHERES e HOMENS merecem de todos os moradores do nosso Bairro e da nossa Freguesia, o maior carinho, respeito e admira-ção, pelo muito que doam aos nossos Idosos.

E é pena que muitas e muitas pessoas moradoras no Bairro e Freguesia, válidas, com saúde, com valores e conhecimentos adquiridos nas suas vidas profissionais e não só, com algum tempo livre, não destinem aos nossos Idosos uma hora, ou duas que tenham disponíveis, e não venham conhecer esta OBRA SOCIAL aqui à sua porta.

Venham e ve jam a g rande obra de humanidade que estas Mulheres e Homens, dia a dia vêm, há anos, ajudando a construir. Even-tualmente, morando aqui no Bairro e na Freguesia, irão sentir a necessidade de a eles se juntarem para ajudar a Associação que é do nosso Bairro.

Na verdade, uma dessas voluntárias vem da outra Banda, dos Foros da Amora, concelho do Seixal; outra, vem dos lados de Carcavelos. Pagam elas as viagens e as refeições, porque, infeliz-mente, por enquanto, a Associação nem essas despesas essenciais pode custear! É mais um pro-blema que temos de resolver.

Agora, a Associação já conta entre as suas Voluntárias algumas, embora poucas, moradoras no Bairro.

APELO, que aqui se deixa: AOS M O R A D O R E S / M O R A D O R A S D O BAIRRO DO REGO, INSCREVAM-SE COMO VOLUNTÁRIAS/ VOLUNTÁRIOS e venham ajudar esta Obra.

Aos Voluntárias/os, a Associação (e o seu Fundador) agradecem e desejam um BOM NATAL e FELIZ ANO NOVO, desejos estes extensivos a todos os membros dos Corpos Gerentes da Associação, agora em fim de mandato.

(Barbas Pires)

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego2

Editorial

Page 3: BOM DIA Adas-br

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego 3

Atividades da ADAS-BR

Junho/2013 - Actuação do Grupo de Teatro da

ADAS-BR na Escola de Palma representando a

peça infantil “Sem Barba e as Gaivotas''.

Junho/2013 - Actuação do Grupo de Teatro da

ADAS-BR na Escola de Palma, representando a

peça “Quem manda são elas''.

Síntese das actividades da ADAS-BRno 2º Semestre de 2013

15/06/2013 – Festa de Santo António:Sardinhada e festa animada com baile e actuação do amigo

Gordilho e do Grupo Coral da ADAS-BR;

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Julho/2013 - Festa de Final de Ano Lectivo 2012/2013 da Academia Sénior da ADAS-BR – Apresentação das diversas disciplinas/atividades leccionadas na Academia e apresentação do ano lectivo 2013/2014, seguida de lanche.

23/09/2013 - Comemoração

do Centésimo Aniversáriodo nosso Associado nº 61,

Sr. Luís Filipe Mouta

Loureiro e Liz.

Parabéns a você, jovem

simpático.

Muitos anos de vida.

12/10/2013 – Passeio a Aveiro e Costa Nova

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego4

Atividades da ADAS-BR em 2013

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25/10/2013 - Palestra por vários elementos da Esquadra da Polícia de Segurança Pública do Bairro, subordinada ao tema “SEGURANÇA DOS IDOSOS” Apresentação do tema em powerpoint, debate e esclarecimento de dúvidas, com intervenções de diversos Associados. Distribuição de material informativo e brindes.

16/11/2013 - FESTA DE SÃO MARTINHO tarde

de Baile também animada pela actuação da nossa

Associada nº 777, Maria Isabel Alves da Cruz, que

tocou ao piano vários clássicos da música popular

portuguesa e estrangeira, sendo muito aplaudida.

Seguiu-se um lanche ajantarado.

01/11/13 - Dia das Bruxas Visita das crianças do Jardim de Infância do Bairro do Rego (nosso vizinho) à ADAS-BR, para comemoração do dia.

Realizou-se no dia 27/11/2013 a Assembleia Geral Ordinária da ADAS-BR, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto 1) Informações:

Ponto 2) Apreciar e votar:

a) Orçamento e o Programa de Acção ambos para o Ano de 2014

b) Os Pareceres e Propostas emitidos acerca desses documentos pelo Conselho Fiscal da Associação.

Ponto 3) Eleição por votação secreta dos membros da:

a) Mesa da Assembleia Geral (MAG) e os da:

b) Direcção e do Conselho Fiscal para o biénio de 2014/2015.

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego 5

Atividades da ADAS-BR em 2013

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Continuação da Assembleia Geral de 27/11/2013... :-

:-Foram aprovados os documentos do Ponto 2) da Ordem de Trabalhos e eleitos os membros constantes da Lista única de candidatos apresentada às eleições e que a seguir se transcreve:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente Alice Tavares Leitão Ascensão Luís Associado nº 16

Vice-Presidente Virgínio Martins Pardal Associado nº 100

Secretário Bernardino Barbas Pires Associado nº 1

DIRECÇÃO

Presidente David Jorge Pinto de Sousa Rodrigues Associado nº 650

Vice- Presidente Isaura da Luz Dias de Aires Trindade Associada nº 293

Tesoureiro Maria Arminda R. do Carmo D. Carvalho Associada nº 433

Secretário Isabel Brito Associada nº 822

1º Vogal Maria Idalina Sousa Flora Associada nº 820

2º Vogal Renato Correia Associado nº 739

3º Vogal João Marcelino Araújo Parreira Associado nº 390

Suplentes

1º Suplente José Nascimento Associado nº 194

2º Suplente Sofia Alexandra Silva G. Lisboa Associada nº 754

3º Suplente Carlos Manuel Santos O. J. Santos Associado nº 756

CONSELHO FISCAL

Presidente Maria Irene G. R. de Carvalho Associada nº 691

1º Vogal Carlos Ferreira C. Ventura Associado nº 818

2º Vogal Maria Inês Santos Pinheiro Associada nº 363

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego6

Atividades da ADAS-BR em 2013

30 de Novembro a 8 de Dezembro - Participação da ADAS-BRna 8.ª Edição da Natalis/FIL

Venda de artigos

elaborados pelas

Associadas da ADAS-BR

no âmbito

das Atividades Paralelas.

‘‘Atelier de Artesda ADAS-BR’’

Coordenado pela AssociadaAdosinda Gonçalves

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‘‘É Natal, é Natal, tudo tem mais luz...’’

FESTA DE NATAL14 de Dezembro 2013 - a partir das 12:30 horas ADAS-BR

13:00 horas - Almoço Natalício;

15:00 horas - Atuação do Grupo Coral da ADAS-BR;

15:30 horas - Atuação Surpresa;

16:15 horas - Atuação do Grupo Coral da Associação dos Amigos de São Marcos – Sintra;

16:45 horas - Representação da peça “O Conferencista” – Grupo de Teatro da ADAS-BR;

17:30 horas - Atuação do Grupo de Cavaquinhos da ADAS-BR;

18:00 horas - Atuação dos Grupos de Cavaquinhos e de Danças de Salão da ULTI (Universidade de Lisboa para a Terceira Idade);

18:30 horas - Encerramento;

O Treino de Memória éuma atividade que já se realiza na ADAS-BR desde 2010

Primeiro estava inserido com a Alfabetização no projecto de parceria com a GEBALIS intitulado “Escola Activa” (projecto este que foi o embrião para a Academia Sénior ADAS) e desde o ano passado está inserido na Academia Sénior, contando já o seu 3º ano, tendo já alcançado mais de 30 alunos nestes 3 anos, divididos em 2 turmas, uma hora cada um por semana.

É importante também referir que há alunos que participam desde o primeiro ano e que estas aulas/exercícios são para continuar ao longo dos anos, até as pessoas se sentirem bem em participar.

O Treino de Memória ajuda a manter o cérebro ocupado, entretido e estimulado, resultando numa maior sensação de bem-estar, e tem como objectivo prevenir futuros problemas cognitivos. Além do mais, com as turmas preenchidas, os alunos têm momentos de diversão, entre ajuda, sentimento de pertença e é estimulador de novas amizades, uma vez que além de exercícios de atenção, rapidez, memória, raciocínio, interpre-tação, leitura, escrita, entre outros, também se realizam jogos que estimulam o cérebro, mas que também ajudam nas boas relações uns com os outros, e com a diversão que todos precisamos.

Nesta edição do Jornal, vamos mostrar um exemplo de um pequeno exercício realizado.A leitura e a escrita, aliada à criatividade, ainda são um dos factores protectores mais impor-tantes contra as demências. Ler todos os dias ou escrever, são processos muito ricos para o cérebro. Só na leitura existe pelo menos a inter-

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Atividades da ADAS-BR em 2013

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pretação de sinais, a codificação dos sinais em letras, o agrupamento de letras em palavras e seu reconhecimento em significados, a complexi-dade da interpretação de conceitos associados a palavras, entre outros. Na escrita acontecem os mesmos processos e ainda são trabalhados a psicomotricidade fina, a localização espacial, a capacidade de síntese e o espírito crítico, entre outros processos. Aliados à criatividade, esta que remete para o pensamento abstracto e para a soma de todos os processos neurológicos, num simples exercício de leitura e escrita criativa, podemos observar uma riqueza de processos cognitivos.

O EXERCÍCIO:

Foi pedido aos alunos que escrevessem uma história que apresentasse as seguintes palavras:

PARAÍSO, ESPADA, CASTELO, NUVENS, C A V A L E I R O , S U R P R E S A , F E S T A , CONFUSÃO, CORRER, VIAJAR, LUTA, NOZES, VIOLETA, IGREJA, ÓCULOS, LIVRO.

(David Rodrigues)

Apresentamos algumas das histórias criadas pelos alunos:

1) «Era uma vez um cavaleiro que partiu para uma conquista. Teria de passar por um castelo para se encontrar com outros cavaleiros para participa-rem na conquista. Como não se en-contraram ficou uma grande confusão. O cava-leiro ficou aborrecido pelo desencontro, com-prou um livro para ler, como não levou os óculos, não pôde ler. Lembrou-se de ir visitar uma Igreja, e levou um ramo de violetas porque era dia de festa. Entretanto foi às compras, comprou nozes e combinou encontrar-se com os cavaleiros. Foi uma surpresa, em vez da conquista fizeram uma festa. Assim terminou a história terminando tudo em bem.»

Antonieta Vieira

2) «Estávamos todos no CASTELO de São Jorge, em Lisboa, num dia de Santo António com muito sol, sem NÚVENS, o que constituía para a população um autêntico PARAÍSO, quando, de repente e de SURPRESA, surgiu um CA-VALEIRO com uma bandeira com uma CRUZ, vindo dos lados da IGREJA de Santo António, a CORRER com a ESPADA desembainhada em LUTA com três mouros, um dos quais, que parecia ser o chefe e trazia na cara uns ÓCULOS e na mão direita, não uma ESPADA,

mas um LIVRO e na esquerda uma VIOLETA, o qual por não vestir uniforme de combate, mais parecia encontrar-se a VIAJAR.A FESTA inicial de tranquilidade e sol em que o povo se encontrava transformou-se em grande CONFUSÃO, pois, não se sabe como, o povo começou a deitar das ameias do CASTELO carradas de NOZES sobre os sarracenos, que, de SURPRESA, deram todos em debandada.O nosso CAVALEIRO foi ovacionado e voltou a haver FESTA.»

Barbas Pires

3) «Numa de muitas viagens em direcção a casa.

Os castelos já fizeram a sua história.

Do paraíso nada conheço.

O livro que lia enquanto viajava, falava do passado mas também me trazia memórias da minha terra; as festas no adro da igreja, e ao mesmo tempo a luta dos pescadores que no mar enfrentavam os temporais e por vezes até a morte, apesar do negro ameaçador das nuvens.Depois de poisar os óculos regresso à realida-de e reparo que o comboio corre ainda em direcção ao meu destino que será sempre com o mar ao fundo…»

Maria Fernanda Carmo

4) «Era uma vez, uma menina que vivia no Alen-tejo, para ela era o paraíso, gostava de correr e olhar as nuvens, ela ia à igreja, sempre à missa e adorava o seu castelo, gostava de festas, fugia da confusão e ao passear viu umas lindas violetas, que cheirinho, e sonhava em viajar e ler bons livros.Um dia apareceu um cavaleiro com a sua espada, ela olhou admirada e ele disse-lhe “Anda comigo”. Que grande surpresa, “Para onde”?, “Para onde não há guerras, mas só amor…”»

Antonieta Brito

5) «Era uma vez, no Carnaval em uma aldeia do Minho, a mocidade corria para procurar as rou-pas para se mascarar. Era uma grande festa com espadas fingindo soldados saídos de um castelo, mas de repente gerou-se uma grande confusão. Sai o Padre da igreja de óculos escuros e um livro na mão a correr atrás do cortejo das máscaras, mas a festa continuou. O Padre ficou nas nuvens da raiva, porque

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Atividades da ADAS-BR em 2013

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queria todas as pessoas a rezar. Por isso não admitiu que os jovens se divertissem no paraíso da alegria.»

Maria Perpétua

Como se pode observar, as mesmas palavras foram usadas para contar uma história imaginária, para escrever poesia, para escrever memórias, de acordo com a criatividade e singularidade de cada um.

No final, os alunos tiveram que ler também a sua história para o resto do grupo, e o exercício foi mais além. Como a Academia Sénior também tem informática e alguns dos seniores já conseguem usar o computador para escrever texto, foi pedido que escrevessem no computador o texto criado, e que o enviassem por email para ser apresentado neste jornal. E geralmente o treino de memória acaba com a visualização de um vídeo projectado do Youtube sobre artes, curiosidades ou cultura, de forma a manter os alunos curiosos nas actualidades dos nossos dias.

Desta forma, também se treina a memória. Mantenha-se activo, use as suas capacidades para não as perder. E aprenda, interesse-se e participe nas diversas actividades que temos para lhe oferecer, assim como na vida.

(David Rodrigues)

Os Estatutosda nossa Associação

Como fizemos no número anterior do n/ jornal, vamos continuar agora a “ler em conjunto“ alguns artigos da lei mais próxima da nossa Associação, OS ESTATUTOS DA ADAS-BR, para nos mantermos conscientes dos direitos e deveres que temos dentro da nossa Associação :

- Quem é que a dirige?, quais os seus Corpos Gerentes?, quais os lugares que ocupam os membros desses Corpos?, o que faz cada um deles? ou seja, quais as suas competências, obrigações, direitos e deveres?

É que, como decerto concordam, conhecendo esses e outros aspectos, poderemos nós, Associa-dos, que, responsavelmente, os elegemos, exigir que cumpram os seus deveres, pedir-lhes escla-recimentos sobre a vida e gestão da Associação e agradecer-lhes, se for caso disso, elogiando-os, também, pelo maior ou menor esforço que dedi-cam no exercício dessas mesmas funções em que foram investidos, quais os resultados conse-guidos a favor dos Associados, etc., etc.

Como sabem ou devem saber, segundo os Estatutos, cada Associado não pode estar no mesmo cargo mais de 2 mandatos, ou seja mais de 4 anos. E é preciso substituí-los, como acaba-mos de fazer. Umas vezes são uns. A seguir serão outros, conforme as aptidões e capa-cidades de cada um. Temos de nos renovar ao serviço desta nossa bela OBRA SOCIAL.

E, já agora, é bom que tenhamos sempre pre-sente que todos os membros dos Corpos Geren-tes da nossa Associação trabalham gratuitamente, pois a nossa Associação foi feita por Voluntário(s) e tem vivido com base nos voluntários, que altruis-ticamente a servem. OS VOLUNTÁRIOS SÃO UM EXEMPLO SOCIAL, QUE DEVE SER SEGUIDO. Seria bom que os apoios das Entida-des Oficiais nos tivessem já permitido funcionar com menos voluntários! Mas não! A nossa realida-de é difícil por falta de apoios. Vivemos só das quotas! Temos todos de ajudar com o que cada um pode. A Associação é de nós todos e todos nós igualmente queremos que se vá desenvolvendo cada vez mais. É, pois, natural que sejamos nós todos a ajudar a geri-la.

Assim, de 2 em dois anos, como este ano, elegemos novos Corpos Gerentes, nos termos constantes dos respetivos ESTATUTOS, que, repito, todos devemos conhecer.

CORPOS GERENTES:

Dizem os Estatutos da ADAS-BR no seu Capítulo V – Da Organização e Funcionamento – Secção I – (Dos Corpos Gerentes):

Artº 17º

1. São Corpos Gerentes da Associação a Assem-bleia Geral, a Direcção e o Conselho Fiscal.

2. A maioria dos membros de cada um dos Corpos Gerentes deverá, preferencialmente, morar no Bairro do Rego.Secção II – (Eleições):

Artº 18º

São eleitores e elegíveis para os Corpos Geren-tes da Associação todos os Associados que tenham em dia as suas quotas e estejam no pleno gozo dos seus direitos.

“(…)Artº 28º.

(Mesa da Assembleia Geral – Noção)

A Mesa da Assembleia Geral é o órgão social eleito juntamente com os Corpos Gerentes. (Direcção e Conselho Fiscal) e cujas funções são, essencialmente, dirigir os trabalhos das reuniões da Assembleia Geral e demais funções re-lacionadas com este Corpo gerente.

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José BeatoO Adeus a um Amigo

Andava doente, mas nada fazia esperar aque-la notícia tão triste que chegou à Associação. Falecera o nosso asso-ado José Beato. Assim, inesperadamente! Em 23 de Setembro passado.

Um bom Homem e grande Amigo da nossaAssociação logo na sua fundação, ainda antes das

instalações estarem abertas. Mal soube da ideia de criar o Centro de Dia logo veio ter com o fundador para lhe oferecer todo o tipo de ajuda que pudesse prestar: ele próprio, os seus braços e forças, a sua carrinha… estiveram à disposição para o que foi preciso. E esse oferecimento de ajuda, seguido de actos, foi precioso e nunca esquecido.

Tínhamos os móveis, vários, em vários sítios, que pedíramos e nos haviam sido oferecidos por várias Entidades, mas não tínhamos quem os carregasse, nem carrinha para os transportar. E foram os braços do Amigo Zé Beato (e não só) e a sua carrinha que os carregaram para a nossa Sede, enchendo-a. Nunca quis um cêntimo! Perante a tentativa de lhe pagar o gasóleo, respondia sempre:- “Isso é que era bom! Então a Associação e o Centro não é para nós todos? Isto que eu dou não é nada comparado com o que V. fez, está a fazer e há-de fazer. O que é agora preciso é que a CML, e não só, ajudem a fazer o Lar, que tantos e tantos idosos precisam aqui no Bairro, aqui no terreno ao lado’’.

Era um Amigo, um Homem bom. Foi uma perda para todos nós. Mais um idoso que partiu para o Além, sem ver o desejo concretizado, nem a necessidade de todos eliminada!

À Família enlutada, em especial á viúva, nossa amiga Manuela, e seus três filhos, mais uma vez, manifestamos os nossos sentidos pêsames. Os filhos procurarão trazer a Manuela até ao seu Centro de Dia, de que tanto gosta e onde é e será sempre recebida como uma boa amiga e viúva de um grande Amigo. Cá ficamos à tua espera, Manuela !

(ADAS-BR e Barbas Pires, seu fundador)

Artº 29º

(Constituição da Mesa da Assembleia Geral)

1. A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

2. Em caso de impedimento do Presidente, este será substituído pelo Vice Presidente, sendo o lugar deste exercido por um dos Associados presentes, eleito na ocasião pela Assembleia.

3. Na falta de todos os membros da Mesa da Assembleia Geral, competirá á Assembleia eleger os respectivos substitutos de entre os Associados presentes.

4. Os Associados eleitos nos termos dos dois números anteriores cessarão as suas funções no final das respectivas reuniões, após lavrarem as actas.

Artº 30º

(Competência dos membros da Mesa da Assem-bleia Geral):

1. Compete ao Presidente da Mesa da Assem-bleia Geral:

a) Convocar a Assembleia Geral e dirigir os trabalhos em conformidade com os presentes Estatutos.

b) Despachar e assinar todo o expediente que diga respeito á Assembleia Geral.

c) Dar posse aos Associados eleitos para os Corpos Gerentes.

d) Exonerar os membros dos Corpos Geren-tes eleitos.

e) Decidir dos recursos dos actos dos Cor-pos Gerentes.

f) Decidir sobre os protestos e reclamações referentes aos actos eleitorais, sem prejuízo do recurso nos termos legais.

g) Assistir ás reuniões da Direcção e do Conselho Fiscal, sem direito a voto.

h) Convocar a Direcção e o Conselho Fiscal para reuniões plenárias, para discussão de assuntos que o justifiquem.

2. Compete ao Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral auxiliar o Presidente no desem-penho das suas funções, preparando, em conjunto com o Secretário, todo o expediente da Mesa.

3. Cabe ao Secretário da Mesa da Assembleia Geral auxiliar o Presidente e o Vice-Presidente,de modo a facilitar o regular funcionamento da Assembleia Geral, bem como redigir as actas das reuniões, que, depois de assinadas pelos mem-bros presentes, serão submetidas á apreciação da mesma Assembleia.’’

Hoje, vimos apenas o Órgão Social: Mesa da Assem-bleia Geral. Nos próximos números, veremos os Corpos Gerentes: Direcção e Conselho Fiscal.

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego10

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O Eco da Vida

Um filho caminha nas montanhas com seu pai. De repente, magoa-se num espinho e grita: Aaaaih!.... Para seu espanto, ouve uma voz vinda detrás da montanha: Aaaaih!... Com curiosidade o menino grita de novo: - Quem está aí? E logo recebe uma resposta: - Quem está aí?. Zangado com aquela atitude, o menino grita ainda mais alto: - Cobarde! E recebe como resposta: - Cobar-de! O menino intrigado, olha para o seu pai e pergunta-lhe, com curiosidade: - Que é que se passa aqui, pai?

O pai sorri e diz-lhe: - Filho, presta atenção. E o pai exemplifica, gritando para a montanha: - Admiro-te! E a voz não se fez esperar: - Admiro-te!

Uma vez mais o homem grita: - És um cam-peão! E, de novo, lhe responde: - És um cam-peão! O menino está admirado. Pensa no que poderá ser aquilo, mas não entende.

Então o pai explica-lhe: - As pessoas cha-mam-lhe eco, mas na realidade é a vida! De-volve-te tudo o que dizes ou fazes. A nossa vida é simplesmente um reflexo das nossas acções. Se desejas mais amor no mundo, cria mais amor à tua volta. Se desejas felicidade, faz feliz os que te rodeiam. Se desejas um sorriso na alma, oferece um sorriso gratuito àqueles que conheces. Esta relação aplica-se a todos os aspectos da vida. Ela dar-te-á sempre, exactamente, aquilo que tu lhe deste. A tua vida não é uma coincidência, é um reflexo de ti. Um sábio disse uma vez: - Se não gostas do que recebes, revê muito bem o que dás! Se queremos colher bons e abundantes frutos, deveremos semear e cultivar boa semente em boa terra.

(Recolha da n/ Associada nº 522, Custódia Saloio)

Saciar a SedeRelata-nos um conto oriental que, certa vez,

um homem procurava avidamente água no deserto para saciar a sua sede. Depois de muito caminhar e já bastante cansado, julga ter encon-trado um riacho. Mas, ao saltar para a água, en-contra apenas areia abrasadora!

Volta a caminhar quilómetros e quilómetros. A sua sede e fadiga aumentam consideravelmente. Novamente, ao longe, vislumbra um rio poderoso e largo. Já se imaginava a mergulhar naquele líquido abençoado. Mas, de novo, encontra areia escaldante! E, sem desanimar, lança-se nova-mente no deserto.

No dia seguinte, ao amanhecer, é surpreen-dido por uma brisa fresca… húmida. À distância,

parece ver um vasto mar, que brilha já nos seus olhos. A água é salgada…amarga, mas é água! Ansioso por naquelas ondas, logo percebe que se trata apenas de lama!...

O caminhante, desta vez, detém-se. E imagina já a sua pobre mãe, o quanto sofrerá quando souber da sua mais que certa morte. Entretanto, resvalam abundantes lágrimas para as suas mãos em forma de concha, o que lhe permite saciar a sua sede!

Algo semelhante acontece com todos nós. Às vezes, depois de tentarmos, em vão, saciar a nossa sede, em tantas fontes enga-nosas, descobrimos, finalmente, nas lágrimas da contrição e do arrependimento pelos nossos erros, a água que pode saciar a nossa sede.

(Recolhido da “Cruzada”/2013,pela nossa Associada nº.522, Custódia Saloio)

Sapatos Sujos

Mia Couto, escritor moçambicano, proferiu uma conferência em que sugeria que ao entrar na modernidade, devíamos ter em conta 7 ideias a que chamou SAPATOS SUJOS e que devería-mos evitar:

1) A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho;

2) O preconceito de que quem critica é um inimigo;

3) A ideia de que mudar as palavras muda a realidade;

4) A vergonha de ser pobre e o culto das aparências;

5) A passividade perante a injustiça; e

7) A ideia de que, para sermos modernos, temos de imitar os outros.

(Recolha de Maria Custódia Saloio,Associada nº 522)

O Natal e a Natalidade

A quadra de Natal que se aproxima sugeriu-me algumas ideias para um artigo que me com-prometi a escrever para o nosso Boletim.

Em primeiro lugar a ideia de que a vida é um tesouro que o Criador, com a colaboração dos pais, dá a cada um de nós. E é de tal modo grato que, mesmo os mais desesperados pelas mais diversas circunstâncias, fazem todos os esforços por preservá-la e procurar a melhor qualidade para a sua vida. E não é verdade que o dia do nosso nascimento tem sempre uma comemoração

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especial, ainda que seja com um ovo estrelado, como sucedia na minha terra, nos meus tempos de infância?

A vida é um dom que é necessário defender, tratando o nosso corpo, recorrendo ao médico sempre que necessário, antecipando-se às doenças mediante exercício físico possível, fazendo um regime alimentar regrado, evitando excessos de qualquer tipo. É certo que o nosso organismo tem uma grande capacidade de suprir os nossos devaneios alimentares, mas à medida que a idade avança as coisas tendem a complicar-se nesse sentido.

Passemos ao capítulo da natalidade, ou seja da capacidade generativa que o homem e a mulher têm de substituir aqueles que partem por gerações novas.

De alguns anos a esta parte, rezam as estatís-ticas que, principalmente os países da velha Eu-ropa, entre os quais Portugal, estão a envelhecer. Ou seja, o número de falecidos é superior ao dos nascidos. Daqui resulta que, a breve trecho, a população activa diminui e, em contrapartida, graças ao louvável avanço da medicina, aumenta o número de reformados, que espera legiti-mamente vir a usufruir de uma pensão.

Sucedendo como sucede que os montantes dos descontos para a Segurança Social são inferiores ao total das reformas pagas, há que recorrer aos cofres do Estado (dos contribuintes) ou aumentar a idade da reforma, para cobrir a diferença.

Um outro aspecto não menos importante é o do recurso a mão-de-obra estrangeira para trabalho permanente ou sazonal, por falta de população activa disponível. Já não falando nos casos em que o subsídio de desemprego é mais apetecível do que o vencimento oferecido.

É toda uma cadeia de consequências que advêm do facto de as mulheres de Portugal terem atingido um índice de natalidade inferior ao ne-cessário para compensar os mortos e permitir ainda um crescimento da população.

Provavelmente já muitas instituições e pessoas se debruçaram sobre este tema, numa tentativa de averiguar as causas deste estado de coisas. Atrever-me-ia a fazer um diagnóstico, muito su-perficial embora, da situação:

1ª. Razão: Económica – As pessoas fazem o seu orçamento familiar e chegam à con-clusão de que o dinheiro não estica. Daí que, mais uma boca a comer e a vestir, a frequentar a escola, tem custos. E, se as prioridades forem outras, corta-se aí.

2ª. Razão: Impreparação – É a lei natural que nos diz – e não é difícil chegar lá, com boa

vontade – que os casamentos têm como finalida-des principais a ajuda mútua e a procriação de forma responsável. Nos casos em que, por razões de saúde de algum dos cônjuges, a procriação não seja possível, há sempre recurso à adopção. Nesta área, há várias instituições – entre as quais a Igreja Católica – que organizam cursos de preparação para o matrimónio, com o fim de ajudar os futuros cônjuges a elaborar um projecto de vida em comum, com aceitação das responsabilidades inerentes. Cada vez se torna mais imperioso, em qualquer actividade, a pre-paração, sob pena de insucesso e ser ultra-passado. E creio estarmos todos de acordo em que o passo do casamento é extremamente im-portante, a ponto de justificar ponderação e a necessária preparação.

3ª. Razão: Rendimento profissional – Acresce ainda uma razão que não depende pro-priamente da mulher, mas sim de uma menta-lidade economicista e que se reflecte no índice da natalidade: é a barreira psicoló-gica que algumas empresas, primeiro na admissão e depois à possibilidade de fun-cionárias suas engravidarem, porquanto isso acarretaria uma licença de parto e de alei-tação, ou seja uma ausência que, no seu en-tender, afectaria os proveitos da empresa.

A escassez de berçários e jardins de infância são também um óbice para muitos pais, a quem se põe o problema de confiar os filhos durante o dia.

Não obstante os óbices apontados, uns de res-ponsabilidade directa do casal e outros que têm a ver com a falta de condições que permitam à mulher conciliar a sua profissão com o acompanha-mento dos filhos de tenra idade, mediante um salário familiar, é de ressaltar o esforço e dedica-ção que tantos casais têm de desenvolver para prepararem as crianças, dar-lhes o pequeno-al-moço e levá-las ao infantário ou escola, tudo an-tes de se dirigirem ao local de trabalho. À tarde, sucede o percurso inverso. Quando o número de dependentes se multiplica, graças à perícia do casal, os mais velhos assumem alguma responsabi-lidade e encarregam-se de tomar conta dos mais novos e, desde pequenos, atribuir-lhes tarefas com-patíveis. E quantas vezes isso significa que aquela compra tão necessária para o marido ou para a mulher fica uma vez mais adiada…

A constatação destas realidades e tantas outras manifestações de generosidade, permitem-nos acalentar a esperança de um rejuvenescimento da população portuguesa dentro de algum tempo.

Votos de um bom Natal.

(Hermínio Fernandes, Associado nº 26)

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Marionetas do Capital

Já tinha a convicção de que os políticos são as Marionetas do Capital. O povinho é que ainda se convence que, colocando no poder o “Ás” das suas convicções, este vai mudar o rumo dos acontecimentos. Claro que há diferenças.- uns são mais corruptos do que os outros.

Agora percebi mesmo. Espero que também percebas... É muito didáctico, não é?

Mas será que percebemos mesmo bem, tudo? Talvez… para se perceber melhor talvez fosse melhor assistir a uma aula mais acessível a todos. Assim aprenderíamos melhor certas noções que ouvimos todos os dias. Por exemplo, o que é o BCE? Quais as regras e mecanismos utilizados no seu funcionamento?

Assistamos, pois, á formulação de algumas perguntas e respectivas respostas:

P. O que é o BCE?

R. O BCE é o Banco Central dos Estados da União Europeia que pertencem á Zona Euro, como é o caso de Portugal.

P. E donde veio o dinheiro do BCE?

R. O dinheiro do BCE, ou seja o seu capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da EU, na proporção da riqueza de cada país. Assim à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da EU, que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da EU contribuíram com 30%.

P. E é muito esse dinheiro?

R. O capital social era de 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012, até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

P. Então, se o BCE é o banco destes Estados, pode emprestar dinheiro a Portugal, ou não? Como qualquer banco, pode emprestar dinheiro a um ou outro dos seus accionistas?

R. Não, não pode.

P. Porquê?

R. Porquê? Porque… porque, bem …são as regras.

P. Então a quem pode o BCE emprestar dinheiro?

R. A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses (mercado secundário).

P. Ah! Percebo, então Portugal, ou a Alemanha, quando precisa de dinheiro emprestado não vai ao BCE, vai aos outros bancos, que por sua vez vão ao BCE!!!

R. Pois.

P. Mas para quê complicar? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?

R. Bom... sim... quer dizer… em certo sentido… mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!!

P. Agora não percebi!!!

R. Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE, de Maio a Dezembro de 2010, emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

P. Mas isso assim é um “negócio da China“! Só para irem a Bruxelas buscar o dinheiro!

R. Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

E agora, sou eu que vos pergunto: - Foi, ou não, um bom negócio para os banqueiros?!

Não há dúvida que vou mais esclarecido!!! …E quando é agora a próxima aula?

No próximo número do nosso jornal veremos.

(Colaboração de Carlos Rodrigues)

Recordações de uma Associada, de Figueiró da Granja

“Vivo em Lisboa há 50 anos, mas nasci nas Beiras, mais concretamente em Figueiró da Granja, uma aldeia do Concelho de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda.

Como a muitos outros daquelas paragens, trouxe-me a vida à capital, onde constituí família e onde cresceram os meus dois filhos. Por isso, também Lisboa é a minha terra, mas nunca es-queci de onde vim, as minhas origens.

Muita coisa mudou desde esses “idos” anos 60, mas também muita coisa ainda se mantém na minha terra de origem. O cheiro a terra, a fruta da época, a autenticidade de sabores e pessoas, o fumo das lareiras no Inverno, o queijo da serra, o

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requeijão e o doce de abóbora, o Mondego a correr nos vales, a Feira quinzenal com o seu colorido ou as Festas religiosas e/ou profanas.

Portugal em pleno século XXI, ainda conse-gue ser autêntico e a minha terra natal é exemplo disso mesmo. Um local que me faz recordar uma infância limitada ao Básico, onde se começava a trabalhar com a idade com que os miúdos de hoje vão para a Escola, mas que ainda considerei feliz.

O que sou hoje começou ali, numa aldeia que poucos conhecem, no sopé da Serra da Estrela.

Eu sou a AURORA, eu sou beirã.

Hoje não tenho tempo, mas numa próxima oportunidade hei-de referir-me a um modo de viver, que considero especial, que havia na minha terra e que acho interessante de transmitir, que lhe chamavam PARTILHA e que de certo modo consiste em as pessoas repartirem entre si, umas com as outras o que cada uma tem, numa comunhão fraterna, baseada no conhecimento íntimo de todas as famílias, dos momentos melhores e piores de cada uma e da proximidade, amizade e sentimento de humanidade cristã que as liga, mais profundos nesta época do Natal.

Será que se poderá chamar á PARTILHA que se pratica na minha terra SOLIDARIEDADE?’’

(Lídia Aurora, Associada nº 574)

Camões

Todos ou quase todos sabem quem foi o nosso CAMÕES, o nosso maior POETA. No entanto, Camões teve uma vida muito agitada, acabando por morrer praticamente na miséria.Perguntar-se-á porquê. Camões era muito culto e inteligente. Fisicamente tinha uma figura atlética.

Em determinada altura da sua vida, frequen-tava a Corte do Rei. Os servidores do Rei sen-tiam-se inferiorizados perante ele e foram arran-jando intrigas, dizendo que as damas da Rainha lhe prestavam muita atenção, etc.,etc.

Começaram a sugerir junto do Rei que o melhor era Camões deixar de frequentar a Corte. Porém, o Rei não tinha motivos para o mandar embora da Corte, pelo que, perante o crescer das pressões da fidalguia, acabou por lhes dizer: - Juntem-se e dêem-lhe uma tareia, se acham que têm razões e força para tal.

Os fidalgos pensaram em tal e, se bem o pen-saram, melhor o fizeram. No local onde hoje está o Teatro D. Maria II era um largo sem casas. Os fidalgos reclamantes eram seis. Rodearam Camões, e prepararam-se para o sovar.

Mas o tiro saiu-lhes pela culatra, porquanto Camões sozinho “mandou“ os seis para o Hospital!

Desta provação, Camões saiu vencedor. O grande erro e consequente derrota veio depois.

Como atrás se disse, Camões era desejado por muitas fidalgas de grande prestígio na Corte, vindo a amantizar-se com uma delas. Até aí, tudo corria bem, “ás mil maravilhas“, pois essa fidalga de grande prestígio, sua amante, protegia-o. Tudo bem! O pior foi que essa fidalga tinha uma filha muito linda e elegante. Camões, que era jovem e também elegante, apaixonou-se pela filha e com ela se amantizou, largando a mãe. Trocou a mãe pela filha! Foi a desgraça de Camões, a sua derrota! A mãe desprezada, detentora de influência junto do Rei, conseguiu que Camões fosse des-terrado para a Índia, onde esteve em Goa, Damão e Diu e dali seguiu para Macau. Aí viveu miseravel-mente, numa gruta, que veio depois a ser conhecida como a Gruta de Camões. Viveu tempos de miséria com o seu escravo Jau, que era natural de Java (Indonésia). Foi em Macau que Camões escre-veu os LUSÍADAS.

No regresso a Portugal, o barco em que viajava naufragou, tendo Camões lutado brava-mente contra as ondas alterosas, para salvar os Lusíadas, tendo conseguido salvar a maior parte do heróico POEMA.

Chegado a Portugal, Camões ofereceu os Lusíadas ao Rei D. Sebastião. O Rei gostou da oferta, reconhecendo-o com 60 mil Reis para so-breviver. Ontem, como hoje e amanhã, os fracos são maltratados! Os situacionistas aproveitam o infortúnio dos mais competentes.

Houve inveja e iniquidade em relação ao nosso maior POETA. Houve até quem lhe atribuísse que fora ele o causador do naufrágio do barco em que regressava. Tantas e tantas maldades lhe fizeram, mas não conseguiram apagar o nome de CAMÕES!

Hoje, a 10 de Junho, comemora-se o dia de PORTUGAL e dia de CAMÕES.

(José Borges Ricardo, Associado nº 570)

2014 – O que dizo BORDA D'ÁGUA…

Aos oitenta e cinco anos, que é a idade do Borda d'Água, continuam muitos a comprar “a folhinha”, como lhe chamava o meu avô materno, sempre crente no que lá se dizia e que sua filha Emília, minha mãe, lia bem alto, para prazer de meus avós, que não sabiam ler. É que o Borda

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d'Água já nessa altura era muito útil aos que tra-balhavam no amanho das suas terras e tratavam das suas sementeiras e culturas. E era útil por muito mais razões. Era e ainda é. Pois a folhinha, que se intitula O Verdadeiro Almanaque Português, o almanaque do velhinho da cartola, o que diz quanto a 2014? Logo na capa diz que 2014 é um Ano Comum, ou seja, vai ter 365 dias. Portanto, se vai ser um ano Comum, não vai ser Bissexto. O ano bissexto tem 366 dias e aparece de 4 em 4 anos. O próximo ano bissexto será o de 2016 e, lembrando o que me ensinaram na primária, são anos bissextos os que divididos por quatro dão resto zero. Assim, 1940, por exemplo, foi um ano bissexto. Outra coisa que se pode dizer sobre 2014 é que começa numa quarta-feira, dia de Lua Nova. Portanto, o último dia de 2013 será numa terça-feira. E também nos diz o Borda d'Água que o último dia 2014 vai ser igualmente numa quarta-feira. Coinci-dência. O ano de 2014 vai ter Feriados em: 1 de Janeiro (Ano Novo); 18 Abril (Sexta-feira Santa); 20 Abril (Domin-go Páscoa); 25 Abril (Dia da Liberdade); 1 Maio (Dia do Trabalhador); 10 Junho (Dia de Portugal); 15 Agosto (Assunção de Nossa Senhora); 8 Dezembro (Imacu-lada Conceição); 25 Dezembro (Natal). Além disso, o Entrudo será em 4 de Março. Estão suspensos os feriados de 19 Junho (Corpo de Deus); 5 Outubro (Implantação da República); 1 Novembro (Dia de Todos os Santos) e 1 Dezembro (Restauração da Independência).

O planeta Mercúrio é o que rege o ano de 2014, diz o Borda d'Água. Segundo as suas previsões, 2014 será “um ano de instabilidade, de opções pouco fundamentadas e por vezes levianas”, e além disso, o tempo que fará neste novo ano será de “um Inverno áspero mas pouco frio, a Primavera será humida, o Verão quente e o Outono temperado”. Diz ainda o Borda d'Água que “quem nascer neste ano será de estatura mediana com olhos pequenos e atracti-vos, testa larga e alta, mãos esbeltas e dedos compri-dos”. Seja como o Borda d'Água diz ou não, o que importa é que o ano seja de muita saúde para todos, que haja o máximo de concórdia e esperança, num tempo em que são muito difíceis as circunstâncias da vida da generalidade dos portugueses, ditadas pela crise em que estamos mergulhados e pela ausên-cia de soluções adequadas e de efeitos visíveis.Para finalizar, convido a resolver os provérbios a seguir apresentados, colocando nos espaços em branco as palavras que faltam:

De boas ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____.

está o ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ cheio.

Quem não ___ ___ ___ ___ ser ____ ____ ____ ____

não lhe ____ ____ ____ ____ ____ a ____ ____ ____ ____.

Quem não ____ ____ ____ cão ____ ____ ____ ____

com ____ ____ ____ ____.

Manuel Sá - Novembro 2013

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Na sequência do que, em jeito de homena-gem, este jornal dedicou nos seus últimos três números ao nosso Associado nº 2, Américo de Lemos Saraiva, pioneiro auxiliar da fundação da ADAS-BR, continuamos no presente número a pu-blicar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua Resolução 217 A (III), de 10 de Dezembro de 1948, cujo exemplar nos foi confiado por aquele co-Associado, o qual, infelizmente, com pouca saúde, não nos tem con-templado com a sua agradável presença. Es-peramos que, em breve, venha até esta casa que ajudou a criar:

“ ( … )Artº 15º

1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacio-nalidade.

2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artº 16º

1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.

2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.

3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado.

Artº 17º

1. Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade.

2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

Artº 18º

Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Artº 19º

Todo o indivíduo tem direito á liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de

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procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.

Artº 20º

1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reu-nião e de associação pacíficas.

2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.”

(a continuar no próximo nº do n/Jornal)(Coligido por Barbas Pires, Associado nº 1)

Vamos falarum pouco de Direito

Continuando o que temos vindo a fazer nos últimos números do nosso jornal e por se consi-derar que os Associados terão algum interesse em conhecer algumas noções de direito, não muito usadas no dia a dia, vamos, neste número, também, referir-nos a elas , embora, como sempre, de forma abreviada e genérica e, em alguns casos, não necessariamente completa.

a) Por exemplo, o que devemos entender por ABANDONO (em Direito civil)?

Abandono é o acto pelo qual o titular de um direito real a ele renuncia, extinguindo-o ,assim, na sua esfera jurídica, sem a necessária e consequente aquisição por outrem.

Se se tratar de um direito real menor, o aban-dono tem como consequência a expansão do di-reito de propriedade. A propriedade dos animais e outras coisas móveis que tenham sido aban-donadas pelos seus proprietários pode ser adqui-rida por ocupação, nos termos dos Artºs 1316º, 1317º d) e 1318º do Código Civil.

Quanto aos imóveis, determina o Artº 1345º do mesmo Código que, caso não tenham dono conhecido, se consideram património do Estado. (V. Exºs nos Artºs. 1397º, 1411º, 1472º e 1567, nº 4, todos do mesmo Código Civil.

b) Só mais um exemplo:- O que se deve enten-der por HERANÇA?

É o objecto da sucessão: conjunto das re-lações jurídicas patrimoniais de que uma pessoa singular é titular ao tempo da sua morte e que, em consequência desta, se transmitem aos seus sucessores.

Há várias noções de herança. Por exº.:

- Herança deficitária: é a herança em que os valores do passivo excedem os do activo,

- Herança indivisa: é a herança cujos bens ainda não se encontram partilhados entre os suces-

sores do de cujus (o falecido ou autor da heran-ça). Relativamente à herança indivisa, não têm os sucessores direitos próprios sobre qualquer dos bens, sendo titulares em comunhão de todo o património hereditário. A administração da herança indivisa pertence ao cabeça-de-casal (Artº. 2079º.do Código Civil).

- Herança jacente: é a herança que não foi aceite nem repudiada nem declarada vaga para o Estado, e, por fim.

- Herança vaga: a herança é judicialmente de-clarada vaga para o Estado, quando, na falta de testamento, do cônjuge e de qualquer parente sucessível, aquele (o Estado) é chamado à sucessão.

Bom… e, por hoje, parece que já chegará de “algumas noções de direito”, ainda que breves e genéricas.

(Noções coligidas por Barbas Pires, que fica dis-ponível para, sobre as mesmas, trocar impressões com os Associados, que desejem).

(de Barbas Pires)

Natal Antigo

Mais um Natal que chega! Tanto Natal que já passou por mim! Uns alegres, outros tristes, mas na infância quase todos felizes.

Vivia, então, em S. Martinho do Porto com a minha mãe, a minha tia, a minha irmã e a minha avó. A minha avó estava doente há muito tempo e passava quase todo o dia deitada.Morávamos numa grande casa perto da praia. No Natal fazia um frio tão grande, tão grande! Era um frio húmido que se metia pelas roupas e nos fazia tiritar debaixo das camisolas e nos enchia os dedos de frieiras!

Mal escurecia, fechávamo-nos em casa em redor da grande braseira de cobre cheia de borralho e brasas cintilantes, que um rapaz, o Cândido, trazia todas as manhãs da padaria. Quando o borralho diminuía, íamos à saca de carvão e com uma pinça de ferro deitávamos na braseira mais carvão. Depois soprávamos e víamos as brasas reavivar e sair até uma pequena chama!

À tarde do dia 24 de Dezembro era especial. Almoçávamos cedo e logo a seguir começavam os preparativos da ceia. A minha tia e a minha mãe afadigavam-se em redor da mesa da cozinha. Havia tigelas com açúcar e com ovos, tigelas com farinha, batiam-se as claras em castelo, pesava-se o arroz do arroz-doce, es-

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tendia-se a massa, barrava-se a perna de porco. A minha irmã e eu corríamos da cozinha para o quarto da minha avó e íamos dando as novi-dades: - Avó, a mãe vai fazer fatias douradas; Avó, a tia deixa-me bater as claras! E corríamos de novo para a cozinha, excitadas, afogueadas, desejosas de ajudar. “Se não estão quietas não entram na cozinha”, ralhava a minha mãe. E logo acalmávamos… mas por pouco tempo.

Ao mesmo tempo havia a excitação das prendas, que só nos eram dadas no dia de Natal. “Anda, vamos procurar melhor no quarto do fundo”, dizia a minha irmã. E corríamos para o quarto do fundo, espécie de quarto de arrumações onde es-távamos proibidas de entrar. Fechávamos devagar a porta, abríamos as arcas de follha com cuidado, procurávamos debaixo das camas, dentro do guarda-fato, mas nunca encontrávamos as prendas do Natal. Ainda hoje não sei onda as escondiam, talvez na casa do tanque, no rés-do-chão ou debaixo das escadas.Á medida que a tarde avançava, espalhava-se pela casa um cheiro bom a bolo, canela e carne assada. Depois vinha a ordem:- “Meninas, ajudem a pôr a mesa!”. E nós, radiantes, queríamos fazer

tudo: estender a toalha, tirar do aparador a louça das festas, levar os copos, os talheres…

Na noite de Natal a minha avó ia sempre comer à mesa, o que era motivo de grande satisfação. Nessa noite, o meu pai chegava cedo de Lisboa. Vinha também cear connosco uma amiga da minha tia, a senhora D. Apolónia, uma velhinha de oitenta e muitos anos, antiga professora primária, que vivia sozinha na vila. Nunca faltava na noite de Natal.

Lembro-me numa noite da Consoada a minha avó dizer, olhando para nós com os seus olhos fundos, cheios de bondade: - Gostava de ver o futuro destas duas gaiatas…”. Não o pôde ver infelizmente; morreu quatro anos mais tarde. “Minha querida avó, tantas saudades nós temos de ti!” Permaneceu, por muito tempo, na vila alentejana onde nasceste, a lembrança da tua bondade, da fome que mataste a muita gente. Permaneceu, também, a tua lembrança forte em duas das tuas netas, que, em tua homenagem, herdaram o teu nome: Umbelina.

(Maria Umbelina Pires, Associada. nº 224)

Receita de Culinária Frango com Castanhas

Ingredientes 1 Frango

1 Cebola grande

4 Dentes de alho

5 Colheres (de sopa) de azeite

1 dl de vinho do Porto

5 Tomates pelados

Sal q.b.

Pimenta preta moída q.b.

(Recolha de Maria Inês Pinheiro,Associada nº 363)

(Voluntária mais antiga)

Preparação do recheio

• Corte o frango em pedaços. Leve ao lume um tacho com o azeite e deixe aquecer. Adicione os pedaços de frango e deixe-os cozinhar até ficarem dourados de ambos os lados. Entretanto, descasque a cebola, os alhos e pique tudo.

• Escorra o excesso de gordura do frango, junte a cebola, o alho picado e misture, deixando cozinhar até a cebola ficar dourada. Junte o tomate pelado, tempere com sal e pimenta, tape e deixe cozinhar durante 10 minutos em lume brando.

• Adicione as castanhas descascadas, regue com o vinho do Porto e misture. Tape e deixe cozinhar mais 15 minutos em lume brando, sacudindo o tacho de vez em quando. Sirva quente.

• PS. Se cozer castanhas em água e sal e lhes fizer um corte na vertical, antes de as confeccionar, descascá-las-á mais facilmente. Para tal, pele-as ainda quentes. As castanhas frescas podem ser substituídas por castanhas congeladas.

Bom apetite!

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P. - Pergunta: - Se não é indiscrição, de onde é na-tural, que habilitações tem e onde mora?

R. - Sou natural de Lisboa. Tenho o Curso Geral de Administração e Comer-cio e os Complementares em secretariado e relações públicas, o que é mais ou menos comparado ao 11º ano atual. Moro em Lisboa na freguesia de Belém.

P. - A Luísa ainda trabalha ativamente por conta de outrem? Em que área e quanto tempo do dia lhe ocupa essa atividade?

R. - Sim, ainda estou no ativo a trabalhar numa empresa ligada à construção civil, sediada no Restelo na qual faço o meu horário das 9h às 18h, mas por ser um grupo composto com mais 4 empresas e, sendo eu a única administrativa, na maioria dos dias só consigo sair pelas 20h.

P. - Se não mora no nosso Bairro, qual a razão por que conheceu a nossa Associação e se tornou Associada em 2003 e até se veio a tornar, em breve, membro da Direção, chegando, rapida-mente, a Presidente da mesma?

R. -“Conheci” a ADAS ainda ela não tinha nome, conheci toda a sua caminhada desde que ela apenas fazia parte do sonho de um amigo, Dr. Barbas Pires. Foi pelas mãos deste amigo que me inscrevi como associada (nº 81) em Maio de 2003 com o intuito de ajudar. Nessa altura, nem sabia onde era o Bairro do Rego. O Dr. andava na m/empresa às voltas com o projeto do “logótipo”.

P. - Começou nos Corpos Gerentes em Tesou-reira? Porquê?

R. - Constituída a Associação, já com os pri-meiros órgãos sociais em funções no seu 1º biénio, fui convidada pelo Dr. Barbas Pires para integrar a lista do biénio seguinte como tesou-reira, porque eu era contabilista.

P. - Antes de se associar á ADAS-BR já tinha sido associada de outra Associação semelhante, tinha ajudado ou sentira vontade de o fazer?

R. - A ADAS foi a primeira associação onde en-trei, já tinha tido vontade de ajudar, fazer volunta-riado apesar da minha vida se pautar sempre com uma carga horária enorme, sentia necessidade de fazer algo pelos outros. Por isso fui oferecer-me

como voluntária à CERCI, onde só me aceitaram para vender o pirilampo mágico, tinham necessi-dade de voluntárias, mas era em tempo útil e, isso, eu não podia dar.

P. - Pode recordar-nos as suas primeiras impressões ao começar a conhecer a ADAS-BR e seus Idosos? O que mais a impressionou positiva… e negativa-mente?

R. - Quando entrei pela 1ª vez na ADAS foi para assistir a um lanchinho, talvez uma festa, não me recordo, não tinha muita gente, mas conheci alguns idosos que ainda hoje são vivos e outros que, infelizmente, já não estão entre nós.Achei engraçado porque cada um trouxe uma coisa doce ou salgada para fazer a mesa da confrater-nização, achei todos muito bem-dispostos, vi alguns idosos, já muito idosos, mas com uma vida e uma disposição incrível, senti que era tudo tão humano, tão doce, tão diferente do meu trabalho. Não tendo sido nunca associada noutra associação, fiquei logo com vontade de continuar e, depois se veria o que resultavaAcho que não notei nada negativo. É claro que, quando integrei os corpos sociais tive que adaptar alguns procedimentos que achei virem a ser mais benéficos ao desenvolvimento da ADAS-BR. Quando se altera alguma coisa nem sempre é fácil, mas a Equipa era constituída de pessoas compreensivas e, tudo e todos se foram ajustando ao trabalho de cada um. Infelizmente, mais tarde fiquei desempregada e, foi então, que para não ter uma depressão, fiz da ADAS-BR o meu trabalho diário como voluntária a 100%. Aí sim, foi muito bom! Vir para aqui todos os dias, trabalhar sem receber nada em troca, escutar os idosos com histórias de vida tão engraçadas, mascarar-me em festas de Carnaval, decorar a nossa sala de convívio, fazer trabalhos e pinturas nas Artes, eram sempre uns dias bem passados e que me fizeram esquecer a volta que a minha vida pessoal e profissional tinha dado. Foram seis meses passa-dos com muita alegria. Até que, no dia 13 de Dezem-bro desse ano (2007) surgiu a oportunidade tão esperada, conseguir um emprego onde, feliz-mente, ainda hoje trabalho. Nessa altura, percebi que também criei amigos. Houve uma voluntária, que ainda hoje, tal como eu, faz parte dos Corpos Sociais que ficou triste por eu ter arranjado em-prego, não porque não quisesse o meu bem, mas porque a equipa funcionava bem. Essa pessoa é a Glória.

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do RegoAssociação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego18

Entrevista á senhora Presidente da Direção da ADAS-BRMaria Luísa de Jesus (Associada nº 81)

Entrevista conduzida e apoiada por Barbas Pires, Diretor do Jornal

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P. - E agora, passados todos estes anos e todas estas experiências de trabalho, que impressão guarda que a marcaram mais?

R. - Não houve nenhuma experiência de des-taque em todas estas que vivi nesta associação, foram todas desenvolvidas com um objetivo: - foi dar mais e mais a esta causa. Todo este trabalho me deixou não completamente realizada, mas feliz por ter dado o que me foi possível dar.

P. - Dado que ainda continua a trabalhar ativa-mente no seu “ganha-pão” diário, por conta de outrem, com horário completo, como tem conseguido con-ciliar essas tarefas obrigatórias, com as do exer-cício das suas múltiplas tarefas como Voluntária, como Presidente da Direção da ADAS-BR, pres-tadas gratuitamente (por vontade própria, por gosto pessoal, digamos?

R. - Na verdade, nem sempre é fácil conciliar o trabalho que faço na ADAS com o trabalho que tenho, tanto no emprego como depois na minha casa. Mas, como eu costumo dizer, “com pro-gramação atempada e força de vontade tudo se faz; é só querermos”. Sobretudo, quando se de-fende uma causa como esta. Há associados que dependem desta Associação. Foi sempre a pen-sar neles que fiz o que tenho feito e, não choro este tempo, nem o acho como sacrifício, mesmo contando que me levanto diariamente às 5,30 da manha. Tudo o que aqui faço na ADAS-BR é para os Idosos, faço com muito carinho e faço-o como estivesse a fazer por mim ou pela minha família.

P. - Findos estes mandatos, primeiro como Tesou-reira e estes 2 (4 anos) como Presidente, que saldo pessoal de satisfação ou não retira de toda esta Doação ao Próximo, aos “seus” Idosos? É positivo esse saldo?

R. - Sinto que foi positivo. Muito positivo. Sinto que ultrapassei o que nunca tinha pensado ser possível alcançar quando aqui entrei.

P. - Que diferença sente hoje sob o ponto de vista humano em relação aos Idosos que encontrou na ADAS-BR ao chegar aqui há cerca de 9 anos em especial á relação que com eles tem agora? Criou amizades, que vai procurar manter?

R. - Há cerca de 9 anos quando os conheci achava-lhes graça e divertia-me com eles, hoje, já fazem parte da minha vida. A minha vida é com-posta pela minha família, pelos meus amigos e eles fazem parte desta composição.

P. - E a Instituição ADAS-BR e seu Centro de Dia que diferença tem agora (2013) em relação á data em que aqui chegou?

R. - A ADAS-BR nestes 9 anos, cresceu em qualidade, inovou, trouxe movimento para todos os idosos, deu-lhes a oportunidade de frequentarem

atividades que eles nunca pensaram ter capaci-dade de as aproveitar nesta idade.

P. - Que evolução houve na ADAS-BR, como Obra Social, que mais a satisfez?

R. - Estão bem à vista os trabalhos que são feitos, pelas idosas, nas Artes, nos bordados, as peças de teatro que se têm exibido cujas personagens são idosos, na informática veja que até há lista de espera, uma atividade com 3 aulas por semana. A Escola Ativa que mesmo, com a professora a passar por um período de convalescença pós-operatório, os seus alunos nunca faltaram, veja-se o nº de inscritos em todas as outras atividades. Quando cá cheguei apenas jogavam as cartas, homens e mulheres e pouco mais.

P. - Que ideias ou planos tinha e deixa por con-cretizar?

R. - Até há uns minutos atrás tinha duas coisas que tinha deixado por concretizar: a aquisição de uma carrinha para transporte dos nossos utentes de casa para o Centro de Dia e deste para casa deles e, a aprovação do Serviço de Apoio Domici-liário. Mas neste momento, estou muito feliz porque acabei de saber pela Dra. Paula Afonso da Segurança Social que foi aprovado o nosso Serviço de Apoio Domiciliário. Finalmente e, ao fim de dois anos de recebermos tantos Pareceres favoráveis, de responder a tantas perguntas, de enviar tantos documentos, eis que sai a resposta desejada. Obrigado meu Deus.

P. - Acha que as Entidades Oficiais da Área Social (Segurança Social, CML., Santa Casa da Miseri-córdia, Junta de Freguesia, cumpriram as suas obrigações e ajudaram suficientemente esta Obra Social?

R. - No decorrer dos meus mandatos obtivemos algumas ajudas. 1) Da Gebalis, sem as quais hoje, possivelmente, não existiam as aulas de alfa-betização. 2) Da Fundação Calouste Gulbenkien sem as quais não teríamos o refeitório tão bem equipado 3) Da Segurança Social sem cujo o subsidio único que nos deram, pedido ainda no mandato do Dr. Barbas Pires, não teríamos a cozinha tão bem equipada. 4) Da Junta de Freguesia presidida pela senhora Idalina Flora que, até agora, nos tem ajudado com a partici-pação pontual em passeios, nas fotocópias do nosso jornal semestralmente e, ultimamente, na participação das refeições de uma utente, de igual modo que o fez em tempos com outra utente. Não esquecemos a Parceria que mantemos com a Junta de Freguesia, pelo qual temos um Gabinete de Enfermagem, com um enfermeiro muito com-petente, É um serviço indispensável ao apoio dos idosos. A Santa Casa da Misericórdia, não nos tem ajudado, mas foi graças à Dra. Helena, directora

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quando as dores me obrigavam a levantar, pri-meiro dava a volta para trás e assim via o que já tinha feito e ganhava alma!”

O homem acabou a seara, recebeu o dinheiro, pagou as dívidas e viveu para transmitir a mensa-gem, tão simples e tão sábia: quando as coisas estão mesmo más e a vida aperta conosco, o pensa-mento tem de ser “Já fui capaz de tanto! também hei-de conseguir vencer o que lá vem!” Olhar a vida noutra perspectiva, para nos orgulharmos de nós próprios e para ganharmos coragem. E fun-ciona tanto melhor quanto maiores e mais difíceis foram as searas que já ceifámos!

Um abraço para todos e votos de Bom Natal e de melhoras para o nosso Portugal, tão doente...

Mané

Sabia que os animaisde estimação, além de óptimas companhias, podem reduziro risco de doenças nos idosos?

Estudos clínicos mostraram que ter um animal de estima-ção promove uma melhoria na saúde física do dono, como diminuição da pressão sanguí-nea e redução do colesterol, por conta do exercício promovi-do nas atribuições de cuidado. Resulta na redução da solidão e do stress, no combate à de-pressão, além de auxiliar no de-

senvolvimento da competência social, empatia e cooperação.

Cuidar de um animal de estimação também pode mudar alguns hábitos no estilo de vida dos idosos, proporcionando uma actividade diária, como levar um cão a passear ou brincar às escon-didas com um gato. Ao proporcionar um alívio, em algum grau do stress diário, os animais de estimação contribuem para a melhoria na quali-dade de vida do idoso.

O gato, com seu afecto e alegria, dá vontade de viver e de sentir-se bem. Provou-se que a com-panhia de um gato dá resultados significativos, não apenas no caso de distúrbios psiquiátricos, mas também em casos de hipertensão e enfarte do miocárdio.

A interacção entre cães e idosos resulta em bene-fícios nos aspectos físico (incremento da mobi-lidade e estabilização da pressão arterial), mental (estímulo da memória), social (maior comunica-

A mensagem do ceifeiro

No verão de 75, eu estava numa aldeia do Alentejo que se chama Carregueiro, ao pé de Castro Verde. Éramos um grupo de jovens convencidos que estávamos a mudar o mundo. Com esse tão nobre objectivo, estávamos era a abrir, a pá e picareta, uma vala para instalar esgotos na aldeia. Mudámos um bocadinho o mundo, mas não conseguíamos era mudar a temperatura que, todos os dias, atingia os 39, 40º Mas não foi só por isso que se chamou o “verão quente” – foi mais por causa das emoções...

À noite, os mais resistentes íamos para a tasca local, conversar com os habitantes, ouvi-los cantar e beber uns copos. Foi aí que, uma noite, descobrimos um velhote que tinha trabalhado sempre no campo e que, para espantar os jovens lisboetas, espetava uma agulha de coser na palma da mão e só sentia picar depois de entrarem uns 4 ou 5 mm. Aquilo não era pele, era casca de árvore! Esse velhote transmitiu-me uma mensagem de uma simpli-cidade genial.

Contou-me ele que, quando era novo, com filhos pequenos, uma su-cessão de doenças e más sortes o obrigou a pedir dinheiro emprestado. Dívi-das de pobre, no Alentejo dos anos 30, eram um tor-mento de angústia e ver-gonha. Ouviu en-tão falar de uma seara grande ali perto e que queriam con-tratar homens para a cei-farem.

Foi olhar para a seara, tirou-lhe as medidas, e pensou: “Vou ceifar esta seara sozinho e desen-rasco a minha vida” e propôs isso mesmo ao dono da seara, que aceitou.

Ele explicava mais ou menos assim o que se seguiu: “quando o trigo está pronto, tem de se ceifar depressa, porque os ratos, os coelhos e os pardais estão a comer aquilo tudo! Se eu não me despachasse, o homem tinha de meter outro, e eu já não ganhava… então, eu começava mal havia luz no céu, a dar-lhe que dar-lhe! Mesmo à luz da lua, pela noite adentro, a aguentar! As dores “nas cruzes” eram tão más, piores a cada dia, que eu tinha de me levantar de vez em quan-do, a esticar as costas para trás...” E demons-trava, torcendo a espinhela: “Mas quando me levantava virado para a frente, via o tamanho da seara que ainda faltava ceifar e perdia as forças, desanimava! Então, comecei a fazer ao contrário:

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do lar situado na Rua Tenente Espanca que rece-bemos ajuda com informações muito úteis para o nosso projeto de Apoio Domiciliário.Só que isto não chega para uma instituição sem meios financeiros suficientes para ultrapassar esta crise económica e social que o País atra-vessa, sendo difícil de ajudar os que mais ne-cessitam, no nosso caso, os idosos.

P. - Ou antes termina estes mandatos e parte dos Corpos Gerentes com queixas destas Entida-des?

R. - Não se pode dizer que sejam queixas, mas sim, desilusão. Ouvimos tantas coisas bonitas na comunicação social e, quando precisamos, as coisas são tão diferentes!

P. - O que pediria a essas Entidades para ajuda á ADAS-BR?

R. - O senhor Dr. sabe que ficou um desejo por concretizar, a carrinha. Que, apesar de tantas cartas enviadas em alguns casos nem responderam a confirmar a recepção das mesmas.

P. - A sua sensação ao deixar agora os Corpos Gerentes é a de que necessita descansar por uns tempos, embora continuando, por fora, a ADAS-BR, para voltar mais “fresca” para continuar a Obra, se os Associados assim quiserem? Ou sai com outras ideias?

R. - Por cansaço, retiro-me dos órgãos sociais, mas continuarei a manter sempre o contacto com os idosos, continuarei a preocupar-me com o seu bem-estar, acompanharei a ADAS-BR e o seu crescimento.

P. - Quer deixar alguma mensagem especial á ADAS-BR, aos Idosos, aos Associados e novos Corpos Gerentes?

R. - Aos idosos desejo muita saúde, continuem a frequentar a ADAS-BR, inscrevam-se nas ativi-dades, respeitem as voluntárias porque elas saem da casa delas, longe do Bairro, por vocês. Aos novos Corpos Gerentes desejo e peço: sempre que entrarem na ADAS-BR, apliquem o lema que “da porta para dentro somos todos iguais”, com a diferença que os associados con-fiam em vocês para levar esta “casa” por diante. Deixem os títulos, os vossos problemas e os vossos aborrecimentos do lado de fora da porta, entreguem-se com toda a energia, calor humano, carinho, espirito de equipa. Criem novos projetos, dinamizem e vão ver como o vosso trabalho é reconfortante.

Aos que comigo trabalharam nestes anos, MUITO OBRIGADO, desculpem se por vezes pareci injusta, mas nestes anos lutei por uma Instituição com regras, tentando que esta casa fosse, um dos melhores exemplos de uma IPSS.

Pela nossa parte (Jornal – BOM DIA ADAS-BR – que sempre ajudou a fazer com seu filho, o nosso Muito Obrigado, por tudo o que fez pela Associa-ção, Centro de Dia, Idosos, por este Jornal e por esta entrevista.

Obrigado. Barbas Pires – Diretor.

‘‘Receita de Culinária’’ Bolo da Felicidade

Ingredientes 1 Xícara de Amizade;

2 Xícaras de Compreensão;

1 Xícara de Paciência;

1 Xícara de Humildade;

1 Copo cheio de Bom Humor;

1 Colher de fermento de Personalidade.

(Colaboração da Associada nº 522Custódia Saloio)

Preparação do recheio

• Meça as palavras cuidadosamente. Acrescente a Compreensão, a Humildade e a Paciência, misturando tudo com jeito. Nunca ferva. Tempere com a Alegria e Bom Humor.

• Sirva porções generosas, com muito Amor.

• Não deixe esfriar. A temperatura ideal é a do Coração.

• Esta receita nunca falha!

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P. Como era então o Bairro dos Olivais?

R. Era tudo quintas e havia a doca que ainda hoje existe lá no Parque das Nações, onde viviam em traineiras os pescadores, que saíam nas suas canoas para pescarem, para ao fim do dia ven-derem lá pelas ruas em alcofas, onde o peixe e o camarão ainda saltava.Entretanto casei e vim viver para este Bairro, onde habito há 39 anos, na Rua Filipe da Mata.

P. Como era o nosso Bairro no ano de 1974 e seguintes?

R. Há 39 anos atrás era um Bairro pacato e limpo, não tinha nada a ver com o que é hoje.

P. Como foram os seus primeiros tempos no nosso Bairro?

R. E como nem tudo corre bem, há 9 anos atrás tive um grave problema de saúde, mas como há males que vêm por bem, reformei-me e despertei para a vida.

P. Fale-nos da nossa Associação: o que a trouxe para cá?

R. Comecei a frequentar a nossa Associação como aluna do Atelier das Artes e mais tarde fiquei a dirigir o mesmo, fazendo também parte dos membros da Direcção.

P. Fez como disse parte da Direcção. Gostou da experiência?

R. Fiz 2 mandatos, mas tenho de confessar que o último ano me foi muito difícil, porque numa Direcção tem de haver colaboração total entre os membros e não atropelarem-se uns aos outros; daí a minha saída, mas sem nunca deixar de aju-dar a Associação.

P. Tem ajudado a ADAS-BR também como Volun-tária, o que continua a fazer! Também faz parte de outra Associação?

R. Sou também voluntária de uma outra Asso-ciação que tem Grupos de Auto-Ajuda, onde já ocupei vários cargos - e continuo a ocupar - e que faz parte da minha vida; lá encontro conforto.

P. Além de ajudar a ADAS-BR, agora como pro-fessora e como voluntária em outras tarefas, não exclui a hipótese de voltar á Direcção?

R. Com tudo isto não digo, não quero dizer que não farei mais parte da Direcção da ADAS-BR, o que farei se as pessoas que a constituírem me inspirarem confiança.

P. D. Adosinda, tanto quan-to julgo saber não nas-ceu no nosso Bairro. Se assim é, diga-nos onde nasceu e quando.

R. Nasci em 20 de Junho de 1952 nos Olivais, fre-guesia de Stª Maria dos Olivais.

P. Quando veio morar para o nosso Bairro?

R. Moro no Bairro desde Junho de 1974.

P. Quais as Escolas que frequentou, em especial no Ensino Secundário e outras?

R. Frequentei a Escola Marquesa de Alorna e a Escola de Artes Decorativas António Arroio.

P. Quando sentiu vocação para as Artes?

R. A minha ida para a Escola António Arroio foi porque já na instrução primária as professoras me diziam que tinha jeito para o desenho, a ponto de chamarem a minha mãe e perguntarem-lhe se eu copiava os desenhos.

P. Quantos anos durava o Curso da António Arroio?

R. Frequentei a António Arroio durante quatro anos, porque era essa a duração do curso, que acabei aos 17 anos.

P. Qual a sua experiência profissional após a conclusão do seu Curso?

R. Entretanto, como não conseguia emprego na minha área, fui tirar um curso de dactilografia e arranjei emprego na Associação de Futebol, mas continuei sempre a procurar emprego na minha área, o que consegui algum tempo depois numa empresa de comercialização de embalagens, como Desenhadora.

P. Em rapariga, gostava, decerto, de se divertir como as moças da sua idade. De que diver-timento gostava mais?

R. Nos meus tempos livres, gostava muito de ir aos bailaricos lá da colectividade e fazia trabalhos manuais.

P. Em 1974 veio para o nosso Bairro deixando os Olivais. De que se lembra desses tempos?

R. Tenho saudades do meu Bairro nessa altura, porque nesse espaço foi construída a EXPO.

Entrevista à Associada nº 418Adosinda Gonçalves

Entrevista conduzida e apoiada por Barbas Pires, Diretor do Jornal

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do RegoAssociação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego 23

Page 23: BOM DIA Adas-br

Humor

Anedotas

O pai ficou apavorado quando viu o boletim escolar do filho e disse: - Na minha época, as notas baixas eram punidas com uma boa surra!Responde o filho:

- Boa Pai! Apanhamos o professor à saída?

No Hospital:

- O senhor é que é o dador de sangue- Não, eu o da dor de barriga!

Mãezinha, os anjos do céu usam roupa?

- Não, meu filho!- Então por que é o pai deitou dois botões

no saco das esmolas na igreja?

Estratégias de Venda:

- Trago cheirosos sabonetes.- Não quero!- Desculpe tê-la incomodado, mas julguei

que a sua vizinha não tinha razão!- Mas… o que foi que ela disse?- Que a Senhora nunca se lavava!- Ora a atrevida! Dê-me cá meia dúzia de

sabonetes.

(Colaboração da Associada nº 522, Custódia Saloio)

Dois bebés estão no berçário e um diz para o outro:

- Tu és menino ou menina?- Não sei, diz o outro bebé.- Então, baixa lá o lençol para vermos!

O bebé vai baixando cada vez mais o lençol…até que o outro diz:

- Pronto, já chega! Já sei: - Tu és uma menina, porque tens sapatinhos cor de rosa !!!

(André Pires Sá, de 8 anos)

Um atleta acaba de bater o recorde mundial dos cem metros. Todos vão felicitá-lo e ouvem-no murmurar :

- Se apanho o tipo que meteu o enxame nos meus calções !!

Depois de uma tempestade de neve que obrigou a fechar as escolas, a professora perguntou ao Pedrinho : - Então aproveitaste bem as férias ?

Sim professora:

- Todos os dias rezava para que nevasse mais !!!

(Miguel Pires Sá. 10 anos)

ção e convivência, troca de informações, senti-mento de segurança e motivação) e emocional (melhoria da atenção, aumento da espontanei-dade, alegria, troca de afecto e diminuição da solidão e da ansiedade).

Os animais relaxam

O estado de relaxamento que deriva da com-panhia de um animal provoca mudanças no ponto de vista fisiológico, a frequência cardíaca diminui, a respiração diminui, os músculos relaxam. Isto explica o melhoramento de determinadas doenças do sistema músculo-esquelético através dos ani-mais. Há uma melhoria do sistema imunológico, da auto-confiança, da auto-estima e o aumento da capacidade motora, cognitiva e sensorial.

O gato pode melhorara nossa relação com o mundo

O gato também tem outras características que fazem uma pessoa querer colocá-lo ao colo e acariciá-lo: ele é pequeno, suave e naturalmente limpo. Isto torna-se particularmente adequado para a vida com os idosos ou com dificuldades motoras que não podiam manter animais mais exigentes. Seguro nos braços é muito reconfortante, e o gato começa a ronronar de satisfação.O gato eleva o humor, apenas observando o jogo sozinho ou com outros gatos ou outros animais. A sua presença também ajuda a melhorar as nossas relações com os outros, porque ele pode-se tornar um tema de conversa e um passatempo agradável para os idosos. O hábito de conversar com animais de companhia resulta na diminuição da ansiedade e consequentemente redução da pressão sanguínea, da frequência cardíaca e respiratória.

Cuidar de um gato pode ser um momento muito útil e importante para idosos com proble-mas físicos e mentais, uma vez que lhes permite aumentar a sua confiança na busca de sua pró-pria capacidade de alimentar e dar-lhe o cuidado que ele necessita.

(Colaboração da Associada nº 694Ana Gomes)

Pensamento

“A memória é a consciência inserida no tempo”.

(Fernando Pessoa)

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Page 24: BOM DIA Adas-br

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,Eu sei que traí, mãe.

Tudo porque já não souO retrato adormecidoNo fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras Que há leitos onde o frio não se demoraE noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digoSão duras, mãe,E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancasQue apertava junto ao coraçãoNo retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;Esqueceste que as minhas pernas cresceram,Que todo o meu corpo cresceu,e até o meu coraçãoficou enorme, mãe!

Olha – queres ouvir-me ?- Às vezes ainda sou o menino que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coraçãorosas tão brancascomo as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:“Era uma vez uma princesa No meio de um laranjal…

Mas – tu sabes – a noite é enorme,e todo o meu corpo cresceu.Eu saí da moldura,dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada mãe.Guardo a tua voz dentro de mim.E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

(Autor: Eugénio de Andrade;recolha de Barbas Pires;

P. Como acha que os Associados e mesmo quan-do voluntárias devem agir, proceder ao serviço da ADAS-BR?

R. É preciso sentir e agir como se fosse a nossa casa.

P. Saiu da Direção há 2 anos. Nota algumas di-ferenças agora na Associação?

R. Eu estava habituada a ver a nossa Associação sempre que havia quadras festivas a sala decorada e adequada à época e isso perdeu-se. Agora pergunto porquê. Se os enfeites conti-nuam lá e dão ânimo às pessoas!

P. Concedemos-lhe espaço para dizer algo mais sobre a nossa Associação e sua disposição para a continuar a ajudar, que sirva de exemplo para os demais Associados.

R. Aqui ficam os meus sentimentos e ressenti-mentos, mas também quero dizer que estarei sem-pre disponível para ajudar sempre que me pedirem.

Obrigado pela sua disponibilidade para esta entrevista e, também, pelo que de muito já fez pela ADAS-BR e pelo que se dispõe continuar a fazer para bem dos nossos Idosos.

(Barbas Pires)

PoesiaAdeusJá gastámos as palavras pela rua, meu amor,E o que nos ficou não chegaPara afastar o frio de quatro paredes.Gastámos tudo menos o silêncio.Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,Gastámos as mãos à força de as apertarmos,Gastámos o relógio e as pedras das esquinasEm esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;Era como se todas as coisas fossem minhas: Quanto mais te dava mais tinha para te dar.

As vezes que tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.E eu acreditava.Acreditava,Porque ao teu ladoTodas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,Era no tempo em que o teu corpo era um aquário,Era no tempo em que os meus olhosEram realmente peixes verdes.

(Autor: Eugénio de Andrade;recolha de Barbas Pires)

Pensamento

“No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas dos silêncios dos nossos amigos.

(Martin Luther King)

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Vale de Cambra, Minha Terra IOh! Minha terra encantada!Toda de verde enroupadaDesde manhã ao sol posto!Vejo nuvens a chegar….Sombrinhas p`ra te guardarNão vás queimar teu rosto.

IIHá muito que te deixei!Mas sempre que aí volteiO encanto é sempre igual!Fez-te Deus assim airosa!Penso que és a mais formosaDas terras de Portugal.

IIISeja Outono ou PrimaveraEu acho-te sempre belaEm toda a tua paisagem!Quem me dera ser pintora Ou mesmo grande escritoraPara pintar tua imagem!

IVUm desejo bem antigoEu trago sempre comigoE até o vou divulgar:Que na hora da partidaQuando deixar esta vidaEu quero em ti repousar.

(Poema de Maria Joaquina M. de Pinho; recolha da Associada nº 391,

Aldina Parreira)

Natal FestivoNesta época festiva,Deseja-se a todos os Povos...Um Carnaval Cheio de Páscoas...E um Natal cheio de Anos Novos...

Que as Renas do Pai Natal,Surjam nos Céus a Voar,Tilintando alegremente...Com o Rudolph a piscar!

Que o Pai Natal e os Duendes,Façam raves a bombar...E não se baralhem nas botas...Na altura de ofertar!...

Que o presépio de Natal,Tenha estrelas sorridentes,Ovelhinhas e Pastores...E Reis Magos bué Contentes!

Que tudo surja em sorrisos,Com muita Paz e Carinho...E que o coelho da Páscoa,Se esmere no sapatinho!

Que se tenha nesta quadra,Muito Amor e Alegria...Rabanadas e filhósesArroz doce e Aletria!

Autor: (Desconhecido)

PoesiaO Passado, o Presentee o Futuro

Entre o passado que seiE tudo o que não conheçoVivo em redor duma leique duvido se mereço.

Sobre os meus ombros cansados,Fadigas do que já foi!Só em tempos recuadosRelembro o que me não dói.

Olho em frente e tenho féna promessa de sorrir!Vou suportando o que éna esperança do que há-de vir!

(Arménia Silva, Associada nº 495)

Versosde “pé quebrado’’

Para a nossa AssociaçãoUns versinhos vou fazerCom muita satisfaçãoMas com muito pouco saber

Eu já vos dei a conhecerEm anteriores ediçõesQue gostava de conhecerOs verdadeiros campeões.

Não é preciso ser perfeitoNem entendido como talÉ preciso dar um jeitoPra dar vida ao nosso JornalA mal ninguém levariaDarmos vivas ao JornalE ao nosso Centro de Dia!

Isto de fazer PoesiaTem que ser com precisão.Estimem nosso Centro de Dia!Ao contrário do que alguém dizÉ muito bom e merece ser estimadoAmigos e CompanheirosVamos prestar-lhe cuidados!!

Não podia terminarNem sequer eu o fariaSem dar uma palavra de apreçoÀ nossa AcademiaE ao seu grande mentorAcho que ninguém duvidaQue é homem de grande valor!

Ao Director deste JornalEu tenho de agradecerPeço-lhe que não leve a malMas o nome dele vou dizer.

Para ninguém é surpresaEspero não desiludirTodos têm a certezaQue é o Dr. Barbas Pires.

E só para terminarE p`ra verem o que eu façoGostaria de deixar para todosO meu afectuoso abraço.

(Da autoria do nosso Associado nº 390, João Marcelino Parreira)

Bons Modos INestes tempos que vivemosTopamos aqui e além Trabalhadores de somenos Com modos que não convêm. IIAzedume e grosseriaTemos que os banir de uma vez;“Muito obrigado!”, “Bom dia’’“O que deseja, freguês?’’

IIINo comunicar diárioCom todos os teus irmãos:Sê amigo, sê solidário!A todos estende as mãos!

IVNão custa nada um sorriso,Dá até boa impressão!Uma boca que sorriAté nos fala ao coração!

VProcura ser agradávelEm qualquer sítio ou serviço,Quem procura ser afávelSerá feliz só por isso!

(Poema de Maria Joaquina M. de Pinho;

Recolha da nossaAssociada nº 391, Aldina Parreira)

Poema de Natal

Neste Natal não peças só coisas boas porque, Quem passou pela vida em branca nuvem E em plácido repouso adormeceu Quem não sentiu o frio da desgraça, Quem passou pela vida e não sofreu...Foi espectro de homem, não foi homem,Só passou pela vida, não viveu!

Autor: (Desconhecido)

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VIVA A POESIA

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DIFERENÇAS SOLUÇÕES

Palavras para encontrar:

BRASIL - RUANDA - SAMOA - SEICHELES - TOGO - UGANDA ZAMBIA - VATICANO - PERU - NAURU - LIBANO

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Passatempo

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83

95 2 9

31

5

1 6

9 1

62

5 4

3

8 5 9

2

6

8

9

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29

4

8

SUDOKU CAÇA PALAVRAS

Q

C

K

S

A

D

N

A

U

R T O L M N D B C S W

R U A N U N T A E J

W F O H Z I T S I O

H R M G C H O V C R

O N A B I L G A H G

F P S L W F O T E A

I E L I S U E I L C

D R D S T O G C E L

B U G A N D A A S T

B Z A I B M A Z O R V

X T A R L O F N G A

AAAAAAAAAAAAAA

DDDDDDDDDDDDDD

AAAAAAAAAAAAAA

S OM

ASSSSSS L

O

O

M

SSSSSSS

LINGUAGEMDescubra palavras que tenham o grupo ADAS e que encaixem na quadrícula. Pode haver mais de uma solução.

G O L

G

F I G

H

N

F

J

P

1 7 3

5 2 4

6 8 9

RACIOCÍNIOColoque os númerosde 1 a 9 nos círculosvazios, de modo quea soma dos doisnúmeros contíguosa um quadradocorresponda aonúmero de ordemda letra no alfabeto.

SOLUÇÃO - CADASTRO; CADASTRAGEM; ADASTRA; NOITADAS; FADAS; TARADAS; CADASTRAL; ARCADAS; CADASTRADO; FACADAS; ADASTRO; CULPADAS; REGADAS.

Page 27: BOM DIA Adas-br

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do RegoAssociação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego26

Apoio Domiciliário

ADAS-BR

| | | | Dia Noite Fim-de-Semana

Tem um familiar ou conhecido

que necessita de cuidados primários em casa?

Fornecemos refeições, higiene pessoal e habitacional, tratamento de roupa, aquisição de bens e alimentos,

pagamentos de serviços, deslocação a entidadesda comunidade, entre outros.

ADAS-BR | DINAMISMO E VIDA SÉNIOR | APOIO NAS NECESSIDADES

ADAS - Bairro do Rego WWW.ADAS-BR.PT | 217 820 133

Rua Portugal Durão, 54-A e 56-A1600-187 LISBOA

Horário de Funcionamento

Segunda-feira Sexta-Feira, das 09:00 às 18:00 horas

‘‘Finalmente, para alegria de todos nós, de todos os idosos,agora, quase em final de mandato, celebrámos com a Segurança Social, no dia 22/11/2013, o tão desejado Protocolo do Serviço

de Apoio Domiciliário aos nossos idosos’’

Page 28: BOM DIA Adas-br

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego28

Nota da Redação

‘‘Este Jornal foi feito com carinho e amor por si.

Ajude a ADAS-BR com o que puder, adquirindo um exemplar e distribuindo alguns exemplares pelos seus familiares e amigos. Ou, se ainda não é, junte-se a nós, associando-se.’’ (Quota mínima mensal de € 1).

‘‘Ajude-nos a ajudar os idosos mais carenciados do nosso Bairro.’’ Dê um pouco do seu tempo - Custa pouco e sentir-se-á bem consigo mesmo.

Seja Solidário esta bela OBRA SOCIAL do nosso Bairro precisa de Voluntários(as).

Conheça, apoie e ajude esta OBRA SOCIAL do seu Bairro.

Numa Instituição dinâmica sempre a crescer...

Associação para o Desenvolvimento e Apoio Socialdo Bairro do Rego ADAS-BR

Centro de Dia IPPS 99/02 - PCUP

Rua Portugal Durão, 54-A e 56-A1600-187 LISBOA

Telef./Fax: 217 820 133

E-mail: [email protected]

Blog: http://adasbr.blogspot.pt/

Estimado(a) Associado(a) convida um amigo(a), ou familiare mostra-lhe as belíssimas e activas instalações da nossa ‘‘ADAS-BR’

e as várias atividades nelas desenvolvidas,- e associa-o(a). Ficarás satisfeito(a) contigo mesmo(a) pois

já praticaste uma boa acção.

A pretende:ADAS-BR

Melhorar a qualidade de vida dos utentes;

Promover a capacidade de participação e potenciar as relações inter-pessoais;

Melhorar a integração social e favorecer a autonomia pessoal;

Fornecer refeições aos seus associados mais carenciados;

Fazer Apoio Domiciliárioaos Idosos, que não podemvir ao Centro de Dia;

Conseguir um Lar paraos mais carenciados.

Participe no nosso Jornal

Escreva um artigo sob qualquertema, um Poema, etc..

Não deixe que poucos façam estejornal, que é de todos.

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Academia Sénior

ADAS

ANO LECTIVO 2013/2014INÍCIO DAS AULAS OUTUBRO DE 2013/2014

DISCIPLINAS

HISTÓRIA E CURIOSIDADES

TREINO DE MEMÓRIA

ALFABETIZAÇÃO

CANTO TRADICIONAL

INFORMÁTICA E INTERNET

BORDADOS DE ARRAIOLOS

GRUPO CORAL

ARTES DECORATIVAS

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CUIDADOS SAÚDE

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

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