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  • Geotechnologies for Natural Disaster Monitoring in Latin America

    Escorregamentos de terra alguns conceitos bsicos

    Luiz A. Bressani, PhDDepartamento de Eng. CivilEscola de Engenharia / [email protected]

  • 1. INTRODUO2. TIPOS DE ESCORREGAMENTOS/MECANISMOS

    (quedas, escorregamentos translacionais, rotacionais, corridas de detritos)

    3. CONDICIONANTES PRINCIPAIS(tenses cisalhantes,resistncia dos solos, gua,

    razes)4. EXEMPLOS DE GRANDES ACIDENTES NO BRASIL E

    NO MUNDOS.Catarina, S.Vendelino, Angra dos Reis (RJ), Caracas (Venezuela)

    5. PROBLEMAS COM PREVISO

  • AS VRIAS ESCALAS DOS ESCORREGAMENTOS 10 a 103 m3 (escalas normais de obras de

    engenharia viria e urbana), 106 m3 (grandes escorregamentos de encostas

    naturais), valores acima de 109 m3 nos escorregamentos

    submarinos

    Perdas econmicas associadas com taludes (Schuster, 1996) US$ 4,5 bilhes por ano no Japo, US$ 2 bilhes nos EUA e Para os pases sub-desenvolvidos, estimativa de prejuzos na faixa de 1 a 2% do PIB (Hutchinson, 1995).

  • MECANISMOS E VELOCIDADES DOS ESCORREGAMENTOS

    Principais tipos de escorregamentos de terra (geometria): Rotacionais Translacionais Complexos

    Classificao quanto velocidade (ordem de grandeza): Lentos a muito lentos ( < 2m/ano) Rpidos ( at 2m/dia) Extremamente rpidos (> 20km/h)(variao de 1010 vezes)

    DANOS SO FUNO DO VOLUME E VELOCIDADE.

  • Principais esforos:Peso de solo (e estruturas , rvores, gua)Resistncia da base (coeso, ngulo de atrito (efeito da presso de gua), razes)

  • Escorregamento de bloco Teutnia, RS (Rota do Sol), 1998

    QUEDAS E ESCORREGAMENTOS TRANSLACIONAIS

  • Arenito Botucatu

    queda de blocos(Santa Maria, foto R.J.Pinheiro)

  • Escorregamentos translacionais em solos estratificados ( em geral ocorrem sob chuvas intensas)

    Inclinaes variveisGradientes hidrulicos=f(inclin.)Permeabil. fortemente anisotrpicaResistncia varivel com profundidade

    detritos do escorregamento

    lenolfretico

  • Escorregamentos translacionais em solos estratificados

  • BR116, Vila Cristina em outubro de 2000foto PMCaxias do Sul

  • Ruptura na superfcie (geometria) mais desfavorvel. Variveis:Resistncia do solo (intemperismo, variao da suco (umidade) e presso da gua (infiltrao)Espessura do soloAtividade antrpicaAcelerao horizontal (sismos)

  • Exemplo de ruptura rodoviria de grande porte e pequena velocidade - BR158, Santa Maria (ocorreu durante perodo de muita chuva na regio)

  • Escorregamento misto em rocha com descontinuidades.Bairro Kaiser,Caxias do Sul

  • Ruptura no bairro Kaiser,Caxias do Sul

  • Exemplo de variabilidade de medidas de poro-presso em taludes (adaptado de Deere e Patton , 1971)

    Efeito de chuvas em macio com descontinuidades variabilidade entre piezmetros

  • SANTA CRUZ DO SUL Escorregamento em rochas

    Um grande escorregamento de solo e rocha o qual envolveu volumes da ordem de 15 x106 m3 (60 ha em rea). Pelo menos 2 residncias foram to danificadas que foram demolidas. A rea s utilizada para agricultura de subsistncia a partir de 2001.

  • Seo transversal do movimento

    500m

  • Vista area da grande trinca vertical que se formou

  • Seo da trinca vertical e rea da foto seguinte.

  • Paredo de rocha formado pelo movimento

  • Frente de movimento da ruptura

  • Cidade de Santa Cruz do Sul

    A cidade tem diversas regies com problemas de estabilidade.

    Foto de trinca aparente em ruas da cidade.

  • Residncia abandonada por danos excessivos devido movimentao do terreno.

  • Danos devidos movimentao

  • Danos em residncias fissuras de grande porte

  • Resultados do monitoramento de deformaes: superfcie de ruptura bem definida no contato colvio x rocha alterada.

    Movimentos bem correlacio-nados com as presses de gua medidas.

  • COMENTRIOSEstes escorregamentos lentos so recorrentes, aceleram em perodos mais chuvosos e diminuem em perodos secos. Velocidades medidas ~10-40cm/ano.Interferncia humana, de pequena a alguma, praticamente sem influncia da vegetao. Observado: chuvas torrenciais tem pouco efeito, chuvas contnuas so mais importantes.

  • CORRIDAS DE DETRITOS - CARAGUATATUBA, SP (1967)

    Um evento de chuva muito intensa. Cerca de 600 mm de chuva foram estimados ter sido precipitados num perodo de 2 dias.

    Centenas de escorregamentos rasos ocorreram na regio provocando corridas de detritos nas drenagens. Populao volta a ocupar reas que foram atingidas no passado (esquecimento coletivo).

  • Caraguatatuba, SP - 1967 (cerca de 600mm / 2 dias)

  • Vista dos danos e escorregamentos na poca com a cidade ao fundo.

  • Vista atual da mesma rea (note a ocupao das reas).

  • Timb do Sul, SC 1995Em dezembro de 1995, o estado de Santa Catarina teve eventos de chuva muito intensos, chegando a 500 mm em Florianpolis em 2-3 dias.

    Na regio de Timb do Sul estimativas de at 600 mm.

    Diversas corridas de detritos com grande energia.

  • Canyon do Pinheirinho, Timb do Sul, SC (1995)depois de chuva (~400-600mm(?) em 1 dia)

  • Morro da Carioca, Angra dos Reis (jan.10)

  • Morro da Carioca, Angra dos Reis (jan.10)

    Escorregamento translacional de terra, raso, originado do topo do morro.

  • Pousada Sankay Angra dos Reis (2010)As mortes e destruio foram causadas por movimentos que se iniciaram muito acima do local.

  • reas em que a vegetao tenta se estabelecer (instabilidade natural)

  • So Vendelino, RS - 2000

    Em 24 de dezembro de 2000 em rea de cerca de 40 km2 foi submetida a uma chuva de 2h com uma precipitao total de 148mm. Srie de escorregamentos translacionais rpidos do solo raso situado sobre a rocha (1 a 2m). Corridas de detritos nas drenagens principais, soterrando os bueiros existentes, destruindo pontilhes e erodindo aterros de estradas. Diversas residncias foram danificadas e as rodovias ficaram interditadas por meses.

  • So Vendelinodezembro 2000

  • Vista area da regio mais afetada por deslizamentos translacionais, neste caso, estreitos e rasos.

  • Perfil do talude estudado em S.Vendelino anlise de fluxo; fator de segurana prximo do terico 1,0

  • REGIO DE BLUMENAU, GASPAR, ILHOTADias 22 a 24 de novembro de 2008 - chuva torrencial 600 a 750 mm em 2 a 3 dias aps 56 dias de chuvas intermitentes.

    Uma srie de rupturas de encostas, taludes, cortes de estradas e estruturas de conteno de todo o tipo. 4.000 escorregamentos de terra ocorreram na regio (sem contar os urbanos, que foram milhares). Alguns escorregamentos com grandes volumes de solo e grande velocidade. Destruio de residncias e estruturas e causando um profundo impacto no sistema virio.

  • Escorregamentos em vias e ruas da regio

  • rea urbana de Blumenau

  • A destruio causada pelos destroos.

  • Morro do Ba, Ilhota/Gaspar, SC (Nov. 2008)

  • Escorregamentos profundos e extensos em morros de alta declividade. Regio de Gaspar.

  • Escorregamentos de S.Catarina

    Envolveram grandes volumes de material em morros com profundas espessuras de solo. Vegetao de toda a sorte foi envolvida.Rupturas em diversos materiais. Rupturas nas reas urbanas, com grande

    interferncia humana e nas reas rurais com interferncias variveis.

  • Vargas, Venezuela (1999)dezembro de 1999 chuva de 910mm em 3 dias.

    Rupturas planares, rpidas, produzindo grandes volumes de material. A cidade foi seriamente afetada, com centenas de estruturas destrudas, inclusive prdios residenciais.

    Nmero de vtimas fatais alcanou nmeros estimados de 30 mil pessoas.

  • Vargas, dezembro 1999 (catstrofe) Chuvas intensas por dias

  • Efeitos da corrida no porto

  • Efeitos desastrosos das corridas na rea urbana.

  • DANOS CAUSADOS POR ESCORREGAMENTOS

    Danos diretos - causados pelo movimento de terra diretamente sobre a infra-estrutura

    fissuras e trincas em residncias por deslocamento do terreno;

    destruio parcial ou total de estruturas pelo impacto do material rompido;

    destruio de infra-estrutura (cabos telefnicos, gua, esgotos)

  • Danos indiretos: so causados pelos efeitos do fluxo do material fluidificado (que se deslocam com grande velocidade pelas drenagens)

    eroso de margens de arroios e rios induzindo novas rupturas

    eroso de aterros de aproximao de pontes destruio de pontes e pontilhes por impacto

    direto soterramento de drenagens, galgamento de

    aterros e eroso destruio de lavouras, mudana de curso de

    arroios, deposio de destroos, assoreamento.

  • So Vendelino - eroso de aterros rodovirios devido a galgamento hidrulico

  • Foto de Santana (L.Alves) tirada no dia 03 de dezembro (10 dias aps principais chuvas) pelo responsvel pela Defesa Civil do municpio.

  • Entulhos e bloqueio de pontes e bueiros eroso lateral acentuada

  • Destruio de caminhos e acessos das reas baixas, Gaspar

  • Inundao por enxurrada das reas baixas, Arraial Baixo -Gaspar.

  • OBSERVAES1. Escorregamentos lentos so recorrentes, aceleram em perodos mais chuvosos e diminuem em perodos secos. Velocidades medidas ~10-40cm/ano.2. Interferncia humana em muitos escorregamentos pequena. 3. Em vrios destes casos lentos as chuvas torrenciais tem pouco efeito, chuvas contnuas so mais importantes.

  • 4. Escorregamentos rpidos: o tamanho e a velocidade dos escorregamentos de terra dependem: (a) das caractersticas do sub-solo (inclusive lixo); (b) da declividade da encosta e sua ocupao; (c) da presena de gua (e sua infiltrao)

    5. Cada situao pode ter caractersticas diferentes em funo destas variveis.

  • 6. Modelagem em funo da rea de contribuio (gua), declividade e tipo de solo (modelos como SHALSTAB). Ignoram espessura de solo e particularidades de infiltrao.

    7. possvel identificar situaes que podem ser classificadas em grupos de comporta-mento semelhante. MAPEAMENTO GEOLGICO-GEOTCNICO

  • COMENTRIOS FINAIS:

    1. DESASTRES: escorregamentos rpidos em grandes reas ocupadas

    2. CONDICIONANTES: declividade e tipo de material3. AGRAVANTES: remoo de vegetao, incndios,

    terremotos, cortes (ocupao)4. ANGRA e CARACAS: ocupao de reas sujeitas a

    graves riscos5. EQUILBRIO ALTERADO: por chuvas torrenciais e de

    elevada durao (tempos de recorrncia(??) grandes) 6. VEGETAO: desmatamento acelera a maioria dos

    processos, mas sua preservao no elimina o risco.7. Mapeamentos geotcnicos de sucesso nas cidades do

    Rio de Janeiro, Recife, Santos, Caxias do Sul

  • Processos de instabilidade potenciais trincas remanescentes na regio de Luis Alves, esperando chuvas

  • Nuvem de tempestade em Camburiu, novembro 2008

  • Obrigado pela ateno!

    Luiz A. BressaniEng. Civil, PhD em GeotecniaDepartamento de Eng. CivilUniversidade federal do Rio Grande do Sul - [email protected]