breve histórico da psicologia jurídica no brasil
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Psicologia Jurídica.
Breve histórico da psicologia Jurídica no Brasil.
(Atuação do psicólogo.)
Autoras: Viviam Medeiros Lago.
Paloma Amato
Patrícia Alves Teixeira
Palavras chaves: Jurídica, histórico, Brasil, atuação formação, forense, psicólogo.
Introdução:
Este relatório é baseado no artigo das autoras citadas acima do programa de
Pós Graduação em psicologia da Universidade Federal do Rio grande do Sul e
publicado nos meses de outubro, dezembro de 2009 na revista Estudos de
Psicologia São Paulo Campinas.
As autoras tem como objetivo principal na publicação do artigo é discutir as
referências históricas da psicologia Jurídica no Brasil, apresentando os
principais campos de atuação da mesma, com uma pequena descrição das
tarefas desempenhadas pelo psicólogo em cada um dos campos da psicologia
Jurídica. Elas apresentam também as áreas de interface entre o direito e a
psicologia, questões referentes do psicólogo na área Jurídica inclinando
perspectivas futuras sobre o assunto
Psicologia Jurídica.
Delimitar o início da psicologia jurídica no Brasil é uma tarefa complexa, em
razão da não existência de um único marco histórico que defina esse momento
na história brasileira, mas é importante discutir como psicologia e direito se
aproximaram. A história da atuação dos psicólogos brasileiros teve início na
década de 1960, se dando de maneira gradual e lenta, muitas vezes informal
por meio de trabalhos voluntários, os primeiros trabalhos ocorreram com
adultos criminosos e adolescentes infratores da lei (Ronviski 2002).
A história revela desde a entrada dos psicólogos na área jurídica, uma
preocupação com avaliação dos criminosos, principalmente quando este é um
doente mental e delinquente.
Todo um histórico envolvendo a loucura do século XVII, ao qual era
caracterizada por exclusão dos doentes mentais deu origem a
estabelecimentos para internação dos doentes mentais em toda Europa, Na
França Pinel liberou os doentes mentais de suas cadeias dando-lhes
assistência médica (Pavon1993).
A Psicanálise contribuiu com a psicologia Jurídica passando a valorizar sujeito
de forma mais compreensiva com enfoque mais dinâmico apresentando o
psicodiagnóstico para pacientes, este ganhou força deixando o enfoque médico
de lado para incluir aspectos psicológicos (cunha 1993). Os pacientes então
passaram a ser classificados em dois grupos: Os grupos de doenças severas e
não severas, os indivíduos com patologias menos severas eram encaminhados
aos psicólogos, enquanto que os demais caracterizados grupos severos aos
psiquiatras. (Souza1988). O trabalho dos psicólogos com grupos menos
severos era realizado a partir de diagnósticos psicológicos.
Esse breve histórico relatado no texto retrata a aproximação da psicologia
dentro da área jurídica criminal, também a importância dada a avalição em
indivíduos criminosos. Não era apenas o campo do direito penal que consistia
na demanda de psicólogos, outros como direito civil das áreas da infância e
juventude, crianças e adolescentes vítimas de maus tratos entre outros.
Nos últimos dez anos a psicologia jurídica cresceu muito tanto a nível nacional
quanto a nível internacional e vem ganhando muita força em áreas como o
direito da família, do trabalho,
O psicólogo atua na área de confecção de laudos, pareceres, relatórios,
embasando os magistrados com subsidio avaliativo em questão, ressaltando
que os psicólogos podem concluir o processo de avaliação mais jamais
recomendarem soluções para os conflitos apresentados, nem procedimentos
jurídicos que deverão ser tomados, essa decisão cabe ao juiz.
Os campos de atuação dos psicólogos em psicologia jurídica é direito de
família, conselho tutelar, divórcio, visita a abrigos e família, disputa de guardas,
adoção, destruição do poder familiar, adolescentes autores de ato infracional
etc.
Ramificações da psicologia Jurídica.
Psicologia Cível (interdições indenizações, danos psíquicos).
Psicologia Jurídica, Direito Judicial e penal (Perícia, insanidade mental, crime e
delinquência).
Psicologia do testemunho (estudos dos testemunhos e falsas memórias)
Psicologia penitenciária (penas alternativas, intervenção junto aos reclusos
ingressos e trabalho de segurança).
Psicologia policial e das forças armadas (seleção e formação da policia civil e
militar, atendimento psicológico).
Psicologia dos direitos humanos (defesa e promoção dos direitos humanos).
O objeto de estudo da Psicologia jurídica ou de Forense é atingir a
compreensão do binômio Lei-sujeito, estudando todas as circunstâncias que
ligam o sujeito à lei. Quanto ao termo forense esse é novo surgiu da palavra
fórum (latim). Na antiga Roma significa tribunais, porém nem todos os países
aceitaram o termo, na França psicólogos não concordaram e a palavra Forense
foi retirada, ficando somente Psicologia jurídica, o restante dos países
aceitaram inclusive o Brasil.
Conclusão:
Conclui-se que Psicologia jurídica é a área da psicologia que procura aplicar o
conhecimento psicológico dentro do direito civil, criminal e penal.
Entretanto são duas áreas que caminham juntas, o direito está no foco e
aplicação da lei, normatiza as leis entre os homens, enquanto que a psicologia
seu foco principal está na subjetividade humana, na intenção de compreender
as diferentes formas em que se estruturam e estabelecem as relações
pessoais institucionais e sociais.
O profissional de psicologia deve estar em constante aprendizado devido às
mudanças de acontecimentos sociais, tanto quanto diversidade cultural dos
indivíduos.Desde sua formação é necessário ter conhecimento para melhor
desempenho do trabalho. Contudo psicologia e direito, ambas as áreas visam à
relação, a proximidade dentro das relações humanas, trabalhando em contexto
para melhor desempenho da função das leis aplicadas ao indivíduo, das
políticas publicas, cidadania e direitos humanos.
Referências:
Altoé, S Atualidade em psicologia Jurídica. Revista de pesquisa da Psicologia
do Brasil- Unírio Juiz de Fora, ano I nº2 julho dezembro 2001.
Cunha J.A (1993) fundamentos do psicodiagnóstico- Porto alegre Artes
Médicas.
BRho LMT(2005) Reflexões em torno da Psicologia Jurídica São Paulo casa
do Psicólogo.
Stein LM (2000) Falsas memórias em depoimentos de testemunho, anais do
congresso Ibero Americano de Psicologia Jurídica São Paulo Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRÍTO SANTO
Relatório seminário um
Psicologia do Desenvolvimento III
Professora Doutora Celia Regina Rangel Nascimento
Alunos
Ana Cristina da Vitória Luna da Silva.
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Maio 2011