brief transparência » revista semanal 137
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De 16-06-2014 a 22-06-2014TRANSCRIPT
REVISTA SEMANAL 137
DE 16-06-2014 A 22-06-2014
BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014
Revista de Imprensa23-06-2014
1. Correio da Manhã, 16-06-2014, Fraude a prestações tem perdão do Estado 1
2. i, 17-06-2014, PGR pode investigar manipulação de contas do Grupo Espírito Santo 3
3. Diário de Notícias, 17-06-2014, Godinho fala pela primeira vez 5
4. Público, 18-06-2014, Relação recusa extradição de cidadão chinês portador de vistogold
6
5. Correio da Manhã, 18-06-2014, Dona de farmácia e médicos presos 7
6. Visão, 19-06-2014, Eles querem limpar a casa 8
7. Sábado, 19-06-2014, A "testemunha silenciada" 13
8. i, 19-06-2014, Vale e Azevedo pede nulidade do acórdão que manteve prisão 17
9. Diário Económico, 19-06-2014, DCIAP cruza dados do caso BESA com processospendentes
18
10. Vida Económica, 20-06-2014, Banca com novo software de prevenção debranqueamento de capitais
20
11. Sol, 20-06-2014, Detidos médicos e farmacêutica 21
12. Sol, 20-06-2014, maçons em polvorosa 22
13. Público, 20-06-2014, Aprovação de obras de ex-deputado do PSD causa suspeitasna Câmara da Covilhã
25
14. Público, 20-06-2014, Dois médicos e farmacêutica em burla de meio milhão aoServiço Nacional de Saúde
26
15. i, 20-06-2014, Número de presos por corrupção é "ridículo" 27
16. i, 20-06-2014, Ex-secretária de Passos e Relvas ouvida no caso Tecnoforma 28
17. Diário Económico, 20-06-2014, Suborno e corrupção: os desafios nunca foram tãoaltos
29
18. Correio da Manhã, 20-06-2014, Santarém - Militar da GNR detido 30
19. i, 21-06-2014, Chineses da REN também estão afundados em corrupção 31
20. Diário de Notícias, 21-06-2014, Militar da GNR pedia dinheiro para investigar 34
21. Correio da Manhã, 21-06-2014, Compra inspetor para baixar dívida 36
22. Correio da Manhã, 21-06-2014, GNR detido a receber dinheiro 38
A1 Tiragem: 148956
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 30
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A17 Tiragem: 27259
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Página 17
A18 Tiragem: 17456
País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 3
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Corte: 1 de 2ID: 54440536 19-06-2014
Ministério Público está a acompanhar caso do BESA, onde se perdeu o rasto de 5,7 mil milhõesde dólares. E admite mesmo cruzar dados que surjam em outras investigações em curso.
Pau
laN
un
es
O DCIAP, liderado por AmadeuGuerra, admite reunir
elementos do domínio públicoe outros que surjam de
processos pendentes naJustiça portuguesa.
Lígia Simõ[email protected]
O Ministério Público (MP) está a acompa-nhar o buraco das contas do Banco Espí-rito Santo Angola (BESA) de 5,7 mil mi-lhões de dólares (4,2 mil milhões de eu-ros), a título de crédito concedido pelobanco de direito angolano detido maiori-tariamente pelo BES, sem que se conhe-çam os beneficiários económicos e os finspara que foi utilizado o dinheiro. A Justiçaportuguesa admite mesmo cruzar ele-mentos do domínio público e outros quepossam resultar de inquéritos em cursoem Portugal. Em causa está um conjuntode factos irregulares tornados públicosrecentemente que passam por créditosatribuídos de forma discricionária semgarantias reais, levantamentos em di-nheiro de centenas de milhões de dólarese dossiês de crédito que não existem.
O caso do BES Angola foi noticiado háduas semanas pelo semanário Expressocom o título “Saque no BESA”.
Face a estas notícias, o Económicoquestionou a Procuradoria-Geral da Re-pública (PGR) se esta situação merece oseu acompanhamento face a outros pro-cessos em curso no MP. Fonte oficial daPGR deixou a garantia que o departa-mento que investiga os crimes económi-cos e financeiros de elevada complexida-de está atento. “O DCIAP está a acompa-nhar a situação, coligindo todos os ele-mentos que estão ao seu alcance queratravés de elementos que são do domíniopúblico quer de elementos que, eventual-mente, possam resultar de processospendentes”, revela a mesma fonte.
O Económico questionou quais sãoesses processos e se foi solicitada infor-mação a entidades de supervisão/judi-ciais angolanas, mas a mesma fontedisse que “nada a acrescentar à infor-mação prestada”.
Face às potenciais perdas de não re-
cuperação destes empréstimos do BE-SA, o Estado angolano concedeu, no fi-nal de 2013, uma garantia de até 5,7 milmilhões de dólares (cerca de 4,2 mil mi-lhões de euros) por um prazo de 18 me-ses. Objectivo: evitar riscos sistémicosnos sectores financeiros de Portugal eAngola, uma situação acompanhadapelos reguladores dos dois países.
Na edição de 7 de Junho, o semanárioExpresso diz que o BESA desconhece osbeneficiários de 80% da carteira de cré-dito e que ex-CEO, Álvaro Sobrinho, quesaiu do banco no final de 2012, foi incapazde esclarecer a quem foram emprestados5,7 mil milhões de dólares, alegando quesempre prestou informação detalhada aoBES, nomeadamente sobre os grandes
riscos, bem como ao BNA, e que os audi-tores, KPMG, nunca colocaram questõesou reservas relevantes às contas.
O pedido de informação da carteirade créditofoi feito, segundo o semaná-rio, pelo actual CEO, Rui Guerra, a 21 deOutubro de 2013, em assembleia geral,que reuniu na sede do banco todos osaccionistas: Ricardo Salgado (BES), ge-neral Leopoldino Fragoso do Nascimen-to (Geni), general Manuel Hélder VieiraDias “Kopelipa” (Portmill) e Álvaro So-brinho, accionista individual. Rui Guer-ra referiu na reunião que terão aindasido levantados 525 milhões do bancoem numerário e depositados noutrascontas bancárias e que foi detectado queparte do dinheiro (182 milhões) serviupara negócios da família de Álvaro So-brinho e outra chegou a Portugal para fi-nanciar o jornal Sol (37 milhões).
O Económico questionou fonte ofi-cial do BES se foram pedidos algunselementos pelo Ministério Público so-bre este caso, tendo obtido como res-posta: “Não comentamos”. ■
DCIAP cruza dados do caso BESAcom processos pendentes
EMPRÉSTIMOS
5,7 mil milhõesMontante em dólares de créditoconcedido pelo BESA, sem quese conheça beneficiários económicos.
Página 18
Tiragem: 17456
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
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Corte: 2 de 2ID: 54440536 19-06-2014
PGR acompanha buraco nas contas do BESAe admite cruzar dados com outros processosMinistério Público está a acompanhar caso dos 5,7 mil milhões de dólares a que o BES Angola perdeu o rasto. Justiça admite cru-zar elementos com outros processos pendentes em Portugal. Em causa estão créditos não documentados e sem garantias. ➥ P3
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A20 Tiragem: 14800
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 35
Cores: Preto e Branco
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Corte: 1 de 1ID: 54459972 20-06-2014
A empresa de software Quidgest lançou uma solução que visa apoiar o setor ban-cário na prevenção de branqueamento e financiamento ao terrorismo. Recorde-se que, com as novas regras impostas pelo Banco de Portugal, no âmbito da preven-ção e branqueamento de capitais e do fi-nanciamento do terrorismo, as instituições financeiras são confrontadas com a neces-sidade de alterar e adequar os seus procedi-mentos e políticas internas.
“A solução de prevenção de branque-amento de capitais, para além de ser fá-cil de implementar, vai ser fundamental para o setor bancário cumprir os seus objetivos nesta área, de forma eficaz”, indica João Teles, business consultant manager da Quidgest. “A solução da Quidgest cria condições para a auditoria de cumprimento de dever de identifica-ção, para os procedimentos de diligência relativos a operações realizadas, para os
testes de efetividade, para as transferên-cias de fundos, para a análise do crédi-to aos consumidores e para o controlo interno de função e compliance”, refere uma nota da empresa.
Sistema implementado nos Açores
O sistema já foi adotado pela CEMAH – Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo que, no início do
ano, também escolheu a Quidgest paraimplementar a solução de Reportes Regu-latórios, no âmbito do Acordo de Basileia III.
“Especialista no desenvolvimento de so-luções para a banca, seguros e gestão finan-ceira, a Quidgest conta com uma equipaprópria dedicada ao desenvolvimento desoluções tecnológicas que respondam aos desafios globais das instituições financei-ras”, indica a empresa.
Banca com novo software de prevenção de branqueamento de capitais
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A21 Tiragem: 48224
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 54
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Página 21
A22 Tiragem: 48224
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 16
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Página 22
Tiragem: 48224
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 17
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Página 23
Tiragem: 48224
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
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Página 24
A25 Tiragem: 34107
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 15
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PAULO RICCA
Câmara vai participar o caso ao Ministério Público
A Câmara da Covilhã vai participar
ao Ministério Público um conjunto
de situações que apontam para a
prática de ilegalidades nos proces-
sos de licenciamento, em 2006, da
construção de dois edifícios do anti-
go deputado do PSD Vítor Raposo e
de um fi lho do ex-líder parlamentar
daquele partido, Duarte Lima. As
suspeitas surgiram no decurso de
uma de várias auditorias que o exe-
cutivo socialista eleito em Setembro
mandou efectuar aos mandatos an-
teriores, liderados pelo PSD.
De acordo com os resultados de
uma primeira avaliação daqueles
processos, efectuada por um con-
sultor da autarquia, o número de
apartamentos e de pisos autorizados
é superior ao previsto no alvará de
loteamento e no programa da hasta
pública através da qual Vítor Raposo
comprou os lotes ao município.
As dúvidas abrangem também
a forma como as obras de um dos
edifícios foram autorizadas em vio-
lação das exigências legais relativas
à distância que o separa de uma es-
cola, e as contradições existentes
entre alguns pareceres dos técnicos
camarários e as decisões tomadas pe-
lo executivo liderado pelo também
ex-deputado do PSD Carlos Pinto.
Surpreendente é igualmente o fac-
to de o auto de arrematação dos dois
lotes na hasta pública realizada em
22 de Agosto de 2005, assinado por
um vereador, ter data de 3 de Agosto
desse ano. As parcelas arrematadas
por Raposo, nas quais foram ergui-
dos dois grandes edifícios de habita-
ção, situam-se perto da rotunda do
Aprovação de obras de ex-deputado do PSD causa suspeitas na Câmara da Covilhã
Hotel de Santa Eufémia e do centro
comercial Serra Shopping.
Num dos casos, de acordo com o
relatório do consultor, o director do
gabinete de planeamento propôs o
indeferimento do projecto em Ja-
neiro de 2006. Motivos: o número
do pisos propostos (12) e a área de
construção excediam os parâmetros
que serviram de base à hasta pública
e ao cálculo dos valores oferecidos
pelos concorrentes; o número de
lugares de estacionamento previs-
tos era inferior ao que a lei manda;
e não era feita prova de que o afas-
tamento mínimo do prédio (edifício
Urbanismo José António Cerejo
Os dois prédios que originaram as suspeitas foram aprovados em 2006 e pertenciam a Vítor Raposo e ao filho de Duarte Lima
Requinte) em relação à escola vizinha
era respeitado. O relatório não quan-
tifi ca, porém, o excesso de pisos e
de área construída, nem o défi ce de
estacionamento. Também não re-
fere se na hasta pública participou
apenas Raposo, ou se houve outros
concorrentes.
O PÚBLICO, que não consultou
os processos, não conseguiu ontem
obter ontem, junto da Câmara da
Covilhã, os elementos necessários
para fazer essa quantifi cação e para
esclarecer o modo como se realizou
a hasta pública.
A proposta de indeferimento, re-
fere o consultor, não foi objecto de
qualquer despacho que seja conhe-
cido, mas cerca de um mês depois o
seu autor mudou de posição. Numa
segunda informação contradiz-se a si
próprio, argumentando que, afi nal,
os parâmetros do programa da hasta
pública eram apenas “dados de re-
ferência”, pelo que não impediam a
aprovação de áreas, fracções e pisos
diferentes. E propõe a aprovação do
projecto, a qual é comunicada a Vítor
Raposo dois dias depois.
No outro edifício, as divergências
prendem-se com os parâmetros
constantes no alvará de loteamento
e os que foram aprovados, sendo que
os dois teriam de coincidir. Outro as-
pecto indiciado é o de, também neste
processo, a aprovação não ter tido
em conta um parecer técnico que
considerava caducada uma autori-
zação dada dois anos antes pelo se-
cretário de Estado da Administração
Educativa, em termos que são ques-
tionados no relatório, para que o pré-
dio fosse erguido junto à escola.
O PÚBLICO contactou ontem o
presidente da câmara, Vitor Pereira,
que confi rmou a autenticidade do re-
latório do consultor, dizendo apenas
que “foram detectadas situações que
podem consubstanciar ilegalidades,
as quais serão comunicadas ao Minis-
tério Público quando estiver pronto
o relatório fi nal da auditoria a estas
e outras situações”.
As ligações a Duarte Lima
O licenciamento dos dois edifícios começou por ser requerido por Vítor Raposo, mas logo a seguir
a propriedade passou para o nome da Duliserra, uma imobiliária cujo capital pertence àquele empresário de Bragança e a uma outra sociedade, a Dulivira, cuja administração era partilhada por ele e por Pedro Lima, filho de Duarte Lima. Em 2006, os dois eram também sócios de uma outra imobiliária, a Ideialoft, e estão actualmente a ser julgados por burla qualificada, juntamente
com Duarte Lima, no caso da aquisição de terrenos em Oeiras, através do fundo imobiliário Homeland, ligado ao BPN. Sob investigação está desde o início deste ano a prática do crime de fraude fiscal pelos arguidos daquele processo. O PÚBLICO tentou ontem ouvir a Duliserra ou Vítor Raposo, mas não conseguiu contactá-los. Os telefones das sedes daquelas e de outras empresas de Vítor Raposo ou estão desactivados, ou as empresas já não funcionam nesses locais.
Página 25
A26 Tiragem: 34107
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
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Corte: 1 de 1ID: 54459686 20-06-2014
ANTÓNIO BORGES
Médicos emitiam receitas falsas com comparticipação de 90%
A Polícia Judiciária (PJ) deteve qua-
tro pessoas por burla ao Serviço
Nacional de Saúde (SNS), falsifi ca-
ção de receitas, corrupção e asso-
ciação criminosa. Entre os detidos,
em Lisboa e Trás-os-Montes, estão
dois médicos, um delegado de in-
formação médica e a proprietária
de uma farmácia.
Desde 2010 que alegadamente
burlavam o Estado, adiantou fonte
da PJ ao PÚBLICO. A polícia conta-
bilizou até agora 500 mil euros de
prejuízo para o Estado, mas este de-
verá ascender a milhões de euros,
apontou fonte policial.
Depois de inquiridos até ao iní-
cio da noite de ontem no Tribunal
Central de Instrução Criminal, um
dos médicos fi cou em prisão pre-
ventiva e o outro está proibido de
se ausentar do país, assim como a
farmacêutica e o delegado de infor-
mação médica. Estes, porém, estão
também suspensos do exercício de
funções.
Os suspeitos, detidos terça-feira,
começaram a ser investigados em
Julho do ano passado, no âmbito da
operação da PJ Prescrição de Risco,
outro caso semelhante. Nessa acção,
os inspectores encontraram indícios
que permitiram chegar a estas qua-
tro pessoas entretanto detidas. Aliás,
a farmácia da arguida agora visada
fora alvo de buscas em 2013.
Nessa altura, a PJ deteve sete
pessoas ligadas ao sector da saúde,
entre os quais o director técnico
da farmácia situada no exterior do
Dois médicos e farmacêutica em burla de meio milhão ao Serviço Nacional de Saúde
lideradas pela Unidade Nacional de
Combate à Corrupção da PJ, no âm-
bito de um inquérito dirigido pelo
Ministério Público sobre fraudes no
SNS. A polícia realizou nove buscas
domiciliárias e apreendeu diversa
documentação, nomeadamente fac-
turas e receitas falsas que irão servir
de prova no processo.
Foram ainda apreendidos telemó-
veis e computadores, além de outro
tipo de material informático.
As buscas visaram casas usadas
pelos suspeitos. Todos os arguidos
prestaram ontem declarações ao
juiz, adiantou fonte judicial.
As detenções surgem numa altura
em que chegou a tribunal o primeiro
processo de burlas no SNS. No ca-
so Remédio Santo, 18 arguidos estão
acusados de pertencerem a uma re-
de que terá lesado o SNS em cerca
de quatro milhões de euros.
O ministro da Saúde, Paulo Mace-
do, garantira já que estaria sempre
atento às fraudes. Desde 2011 têm
sido, por isso, várias as operações
policiais. No último balanço do Mi-
nistério da Saúde, estimava-se que
as fraudes ascendiam já a 229 mi-
lhões de euros.
Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Quatro dos detidos nesse processo
aguardam julgamento em prisão
preventiva, indiciados por burla
qualifi cada ao SNS, associação cri-
minosa e falsifi cação agravada de
documentos.
Além da relação destes últimos
arguidos com os detidos desse pro-
cesso e do caso Remédio Santo, a
investigação de agora foi também
consequência de várias denúncias
anónimas, nomeadamente de ou-
tros farmacêuticos. Também o Mi-
nistério da Saúde colaborou com a
PJ enviando informação. A investi-
gação vai continuar no sentido de
detectar mais provas e documen-
tação relevante.
Receitas falsifi cadasOs médicos emitiam receituário fal-
so com nomes de doentes que não
tinham conhecimento da situação.
O delegado de informação médica
levantava depois os medicamentos,
com comparticipação de 90%, na
farmácia. E estes eram, entretanto,
vendidos em circuitos paralelos do
chamado mercado negro.
As detenções de terça-feira foram
Justiça Pedro Sales Dias e Romana Borja-Santos Delegado de informação médica entre os quatro detidos pela PJ. Esquema começou em 2010. Um médico ficou em preventiva
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A27 Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Página 27
A28 Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
Cores: Preto e Branco
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Página 28
A29 Tiragem: 17456
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 20
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Corte: 1 de 1ID: 54459437 20-06-2014
Suborno e corrupção:os desafios nuncaforam tão altosQuase 40% de todos os entrevis-tados pelo EY’s 13th Global FraudSurvey consideram que o subornoe a corrupção são práticas comunse generalizadas nos seus países.Oriundos de 59 nações, uma mi-noria significativa dos 2700 exe-cutivos entrevistados (11% dosCEOs em comparação com 6% detodos os entrevistados) consideraque deturpar a performance fi-nanceira das empresas pode serjustificável, caso esta acção ajudea empresa a sobreviver e a ultra-passar uma crise económica.
Simultâneamente, enquantoque mercados em constante mu-tação potenciam a emergência denovos riscos como é o caso do ci-bercrime, é preocupante o factode que metade dos inquiridosclassificam esta ameaça como debaixo risco para o seu negócio.Sem que tenham uma apreciaçãocorrecta dos riscos relacionadoscom o cibercrime, os entrevista-dos veêm os hackers como amaior preocupação (48%). Comos cibercrimes a fazerem man-chetes numa base regular, osConselhos de Administração dasempresas deveriam esperar que
os gestores tivessem implemen-tado estratégias robustas de res-posta a estes incidentes, o quenão se verifica.
No entanto, e mercê da pressãoque se faz sentir sobre as empresaspara uma divulgação atempada deeventuais violações ou infracções,o nosso survey constata que os al-tos executivos são menos propen-sos do que as suas equipas paraparticiparem em acções de forma-ção anti-suborno e anti-corrup-ção (ABAC). Um facto alarmanteumavezqueestesexecutivosestãoexpostos a circunstâncias que po-dem ameaçar a sua integridade.
Com os reguladores a investi-rem cada vez mais em recursosque possibilitam identificar práti-cas de fraude, com o aumento dacooperação entre reguladores dediferentes jurisdições, com os rep-tos para implementar políticas ro-bustas de ABAC e avaliação de ris-co, os Conselhos de Administraçãoe outros Stakeholders devem in-tensificar os seus esforços, assumiro compromisso e dar o exemplo,desafiandoassimosseusgestoresareforçar o compromisso com ocrescimento ético. ■
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