brochuras – porquê
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Brochuras – Porquê?
Beja Novembro de 2008 - Lucinda Simões
Brochuras – Porquê?
A DGIDC, após a realização de estudos sobre a aplicação das
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar
(OCEPE) e sobre as perspectivas para o desenvolvimento do
currículo na educação pré-escolar, definiu como estratégia a
publicação de materiais de apoio e a realização de acções de
formação que incidam na fundamentação do processo
educativo, dando também um particular relevo à articulação
de conteúdos.
Brochuras – Objectivo
Proporcionar uma melhor compreensão
das concepções subjacentes à organização
das OCEPE e torná-las mais operacionais -
brochuras no âmbito da Matemática e da
Linguagem Oral e Abordagem à Escrita.
Brochuras – Objectivo
Favorecer práticas pedagógicas
alicerçadas e fundamentadas numa
perspectiva de continuidade entre a
educação pré-escolar e o 1ºCiclo do
Ensino Básico.
Brochuras – Objectivo
Promover o aprofundamento de
conhecimentos dos educadores de modo
a impulsionar a disseminação de boas
práticas.
Brochuras
• Ao falar-se actualmente de sentido de número estamos a
falar de um conceito mais abrangente do que só o número
e pressupõe o conhecimento a compreensão e a
operacionalização em situações de dia a dia de:
– Contar
– Relacionar os números entre si
– Conhecer e compreender o sistema de numeração
– Conhecer e compreender a estrutura aditiva
– Conhecer e compreender a estrutura multiplicativa
–…
Sentido do número
Desenvolvimento matemático nos primeiros anos
É fundamental - o sucesso no futuro exige
experiências iniciais de qualidade; (Carnegie
Corporation, 1999)
Muitos conceitos matemáticos desenvolvem-se,
pelo menos de modo intuitivo, antes da escola;
(NCTM, 2000)
Desenvolvimento matemático nos primeiros anos
Os adultos têm um papel fundamental:para que as crianças tenham confiança nas suas capacidades matemáticas .
A investigação sugere que:•O sucesso das aprendizagens depende da qualidade das experiências proporcionadas.
• O desejo inato de aprender deve ser alimentado e apoiado.
Desenvolvimento matemático nos primeiros anos
• Não basta dizer que “a Matemática está em tudo”
• É preciso explorar do ponto de vista matemático as situações.
Que Matemática nos primeiros anos?
Desenvolver o sentido do número e das operações• Dar atenção aos padrões, símbolos e modelos;
• Considerar a geometria e o sentido espacial;
• Valorizar a organização e análise de dados.
Que Matemática nos primeiros anos?
Valorização dos processos matemáticos:Resolver problemas, investigar, comunicar, representar e relacionar.Realçar a linguagem matemática nas situações do dia-a-dia.
Desenvolve-se:• Pela exploração do mundo da criança;
• Aproveitando o seu entusiasmo e curiosidade aquando das experiências.
“ eu tenho uns sapatos novos nº 26”
(medida)
“Eu fui ao monte da minha avó. Vi duas ovelhas e
muitas galinhas. Vi dois cavalos, um pequenino e
outro grande” (Conjuntos, quantidades, atributos)
Aprendizagem da Matemática
As crianças vão desenvolvendo as suas ideias matemáticas quando:
• Classificam colecções de brinquedos ou outros objectos;
Raciocinam quando comparam e fazem construções com blocos;
Aprendizagem da Matemática
As crianças vão desenvolvendo as suas ideias matemáticas quando:
• Representam quando registam as suas ideias através de desenho.
As crianças vão desenvolvendo as suas ideias matemáticas quando…
• Reconhecem padrões quando conversam sobre a rotina diária, recitam lengalengas, contam de 5 em 5…
• Seguem direcções quando cantam canções de movimento.
As Crianças vão desenvolvendo as suas ideias matemáticas
• de visualização espacial quando constroem puzzles, fazem construções com cubos, desenham ou descrevem a figura que construíram com figuras geométricas.
Papel dos adultos
É fundamental quando:• prestam atenção à matemática presente nas brincadeiras das crianças e as questionam;
• proporcionam-lhes acesso a livros e histórias com números e padrões;
Na casinha das bonecas a educadora Teresa está a tomar chá com duas crianças que tinham duas bonecas:
Ed – Marta, a tua boneca Ana tem 8 bolinhos no prato, se ela quiser comer 10 quantos lhe faltam?Marta – 2, posso tirar ?Ed – Rita, e a tua boneca quantos bolinhos em no prato?Rita – tem 14.Ed. – Então, quantos tem a mais que a Marta?Rita – 14.Ed – E, quantos tens que tirar, para ficar igual à boneca da Marta?Rita – 4.Ed – Então quantos tens a mais?Rita – Não sei.
•Ed - “Vou tirar-te duas bolas…estas vermelhas! Quantas tens agora?
•Criança. - “Estas todas!”(pôs a mão inteira por cima do tabuleiro).
•Ed – “És capaz de contar quantas são?”
•Criança –“Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete.”(Toca as bolas ao acaso sem fazer corresponder o que diz ao que faz).
• Ed –“Podes contar agora mais devagar para eu ir vendo?”
•C. –São uma, duas, três, quatro.
Os educadores incentivam-nas a resolver problemas e encorajam a sua persistência;
A criança conhece a sequência de 1 a 7
Papel dos adultos
É fundamental quando:
• Partem do que as crianças já sabem.
• Têm em conta as suas experiências anteriores.
• Aproveitam as oportunidades que ocorrem naturalmente - a aprendizagem matemática mais significativa resulta das experiências e materiais que as interessam.
• Levam as crianças a reflectir sobre o que fizeram e porque o fizeram.
É fundamental explicitar e dar visibilidade à matemática na sala do Jardim de Infância.
Brochuras
Que lindo poema… podem agora copiar…
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Perspectiva Tradicional
• Ler e escrever são processos perceptivo-visuais, treinados de modo sistemático e sequencial.
• Regras de leitura/escrita são complexas.
• Crianças ensinadas por um técnico que deve controlar o desenvolvimento.
• As crianças não estão preparadas para ler e escrever até terem 5/6 anos.
• Papel da criança é seguir o professor.Teale & Sulzby, 1989
Inerente a esta perspectiva estão as noções de pré-requisitos e maturidade para a leitura e escrita.
Aprendizagem da linguagem escrita é um processo social influenciado por uma procura de sentido.
As crianças de idade pré-escolar possuem conhecimentos sobre a linguagem escrita precocemente.
É essencial conhecer o estado e as características do conhecimento da criança.
A criança para aprender deve envolver-se e tem um papel na organização e controlo de todo o processo.
Teale & Sulzby, 1989Pode-se falar assim de LITERACIA EMERGENTE
Perspectivas Actuais
Precoce e Contínuo
Social
Interactivo Contextualizado e Significativo
Afectivo
Funcional
Activo e Participado
Características do Processo
Mobilizar diferentes funções da linguagem escrita, tanto na resolução de situações reais como em situações de jogo e brincadeira.
Quando a Paula chegou à sala, disse à educadora Ana que naquele
dia tinha que estar pronta logo a seguir ao almoço, porque a mãe
ia buscá-la para passarem o fim-de-semana no Alentejo. A
educadora respondeu-lhe: “Que bom, vou já escrever num papel e
pôr no placar dos avisos para não me esquecer”,
Intencionalmente e de forma explícita, o educador deve referir as razões que estão subjacentes às utilizações que vai fazendo da escrita.
COMPETÊNCIAS
Distinguir o código escrito de outros códigos (p.ex. icónico) identificando algumas das suas características e utilizando-os de modo adequado e contextualizado.
A Daniela mobilizou
adequadamente 3
códigos diferentes:
escrita, (o seu
nome); os números
(data) e o desenho
(ilustração).
COMPETÊNCIAS
Nas suas brincadeiras ou na resolução de situações concretas, envolver-se com a escrita, (brincando com ela e tentando escrever), podendo recorrer a formas de registo diferenciadas, mais ou menos convencionais.
COMPETÊNCIAS
Ouvir atentamente e com prazer histórias, rimas, poesias e outros textos, extraindo as suas ideias principais, fazendo comentários e/ou levantando questões em relação ao que ouviu.
No momento de leitura partilhada, a educadora Cristina prepara (…) de modo a poder escolher uma história de que goste e também a poder pensar como a vai introduzir, quais os tópicos possíveis de reflexão e como vai arranjar algum material para a apoiar na leitura (…) roupas e outros adereços, fantoches, caixas ou malinhas surpresa de onde sai uma carta mandada pela personagem da história…
(…) esta é uma ocasião que evita interrupções , não utilizando, pois, os momentos iniciais e finais do dia, para que estejam à vontade, sem constrangimentos de tempo e sem interrupções devido às entradas e saídas.
COMPETÊNCIAS
No seu dia-a-dia estar atenta à escrita envolvente, procurando activamente atribuir-lhe significado e reconhecendo algumas palavras em contexto (nome próprio, nomes, ou outras palavras familiares)
O Pedro vê uma placa de sinalização indicando a
direcção de um monumento e diz: “Na terra do meu
avô há uma placa como esta que diz Castelo.”
O Gonçalo vai andando pelo corredor onde estão os cabides das crianças da sala, identificados com o nome e o símbolo de cada uma. Apontando para as etiquetas de identificação, vai dizendo: - Ana, Rui, Rita, Gonçalo…
COMPETÊNCIAS
Em jeito de conclusão… nas tarefas a propor o educador deve ter consciente…
– a sua intencionalidade – a sua sequência – os contextos usados– o seu carácter integrador
• A importância do educador delinear e implementar trajectórias de aprendizagem tendo em conta:
– o seu conhecimento didáctico, na construção e exploração das tarefas com as crianças;