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BRONQUITE Bronquite é a inflamação dos brônquios que ocorre quando seus minúsculos cílios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo de secreção faz com que os brônquios fiquem permanentemente inflamados e contraídos. Existem dois tipos, a bronquite aguda, que é causada geralmente por vírus, embora, em alguns casos, possa ser uma infecção bacteriana. O cigarro é o principal responsável pelo agravamento da doença. Poeiras, poluentes ambientais e químicos também pioram o quadro. A bronquite crônica instala-se como extensão da bronquite aguda e pode ser provocada unicamente pela fumaça do cigarro. Por isso, é conhecida por “tosse dos fumantes”, por ser rara entre não-fumantes. A bronquite aguda surge subitamente e é de curta duração, ao passo que a bronquite crónica é uma afecção que se repete ao longo de vários anos. Doenças pulmonares crônicas não-específicas motivam número grande de internações a cada ano. As doenças do aparelho respiratório se colocam em primeiro lugar como causa de internação e podemos relaciona-las a variáveis como o fumo, poluição ambiental, infecções bacterianas, poeira domiciliar e fatores constitucionais.

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BRONQUITE

Bronquite a inflamao dos brnquios que ocorre quando seus minsculos clios param de eliminar o muco presente nas vias respiratrias. Esse acmulo de secreo faz com que os brnquios fiquem permanentemente inflamados e contrados. Existem dois tipos, a bronquite aguda, que causada geralmente por vrus, embora, em alguns casos, possa ser uma infeco bacteriana. O cigarro o principal responsvel pelo agravamento da doena. Poeiras, poluentes ambientais e qumicos tambm pioram o quadro. A bronquite crnica instala-se como extenso da bronquite aguda e pode ser provocada unicamente pela fumaa do cigarro. Por isso, conhecida por tosse dos fumantes, por ser rara entre no-fumantes. A bronquite aguda surge subitamente e de curta durao, ao passo que a bronquite crnica uma afeco que se repete ao longo de vrios anos. Doenas pulmonares crnicas no-especficas motivam nmero grande de internaes a cada ano.As doenas do aparelho respiratrio se colocam em primeiro lugar como causa de internaoe podemos relaciona-las a variveis como o fumo, poluio ambiental, infeces bacterianas, poeira domiciliar e fatores constitucionais. Segundo Marcelo de Carvalho Ramos,em pesquisa realizada na populao da cidade de Ribeiro Preto(SP) foi considerado como portador de sintomas sugestivos de asma brnquica o respondente que relatasse dispnia em crises, associada a chiado no peito. Aquele que relatasse tosse acompanhada de expectorao por perodo maior que 3 meses em um ano, era considerado como bronqutico crnico. Encontrou-se uma prevalncia de 5,54% para o sexo masculino e de 3,37% para o feminino de pessoas com bronquite crnica.No sexo masculino, a variao segundo o grupo etrio, evidenciou uma prevalncia crescente medida que aumenta a idade Os valores encontrados so bastante elevados quando se examina os grupos etrios individualmente. No houve no sexo feminino distribuio crescente de casos com a idade, como observado no masculino.

As crianas so as que mais sofrem com a incidncia dos casos de bronquite Estudos realizados em diferentes pases sugerem que a prevalncia entre crianas e adolescentes em idade escolar est aumentando, assim como a taxa de hospitalizao. A repercusso da doena muito importante, tanto econmicacomo socialmente, contribuindo para a sobrecarga dos servios de sade e constituindo um grave problema de sade pblica. Em pesquisa realizada no Brasil constatou-se uma alta prevalncia dos sintomas que sugere uma elevada prevalncia da doena, mesmo a colheita dos dados sendo evitada nos meses em que o ar fica mais poludo na cidade. O resultado serve de alerta, de que este um problema importante de sade pblica. Conforme afirmamAntonio J. Amorim e Jlio C. Daneluzzi, empesquisa realizada tambm com o objetivo de estimar a prevalncia de bronquite em escolares, o resultado da amostra estudada foi elevado e com alguns sintomas predominantes no sexo feminino. A ocorrncia de "sibilos no ltimo ano" mostrou-se associada histria familiar, contato com animais domsticos e localizao urbana das escolas. O termo "bronquite" tem amplo significado, que inclui a inflamao alrgica e infecciosa; isoladamente ou associado adjetivao "alrgica" ou "asmtica",e muito usado pela comunidade em geral, incluindo pacientes, familiares e at mdicos para designar a asma. Caracterizou-se a distribuio dessa prevalncia segundo tabagismo ativo e passivo, exposio a animais domsticos, histria familiar de asma e local de residncia (urbana ou rural). J a incidncia de bronquite em menores de um ano de idade deu-se pelo VSR que foi o principal causador de infees do trato respiratrio inferior em lactentes que necessitaram de hospitalizao.O vrus sincicial respiratrio (VSR) considerado o principal agente causal de infeces do trato respiratrio inferior (ITRI) em lactentes em todo o mundo

Em Estudo observacional realizado com crianas menores de 12 meses de idade, internadas nos servios de pediatria de hospitais pblicos que atendem principalmente a populao de baixa renda.Os diagnsticos de 89 lactentes, com base em dados clnicos e radiolgicos, foram: 44 (49,4%) com bronquiolite; 26 (29,2%) com pneumonia e 19 (21,3%) com bronquiolite e pneumonia . O oxignio foi prescrito em 21/42 (50%) lactentes VSR positivos. No Rio de Janeiro, foi observada maior incidncia de doena causada por VRS nos meses de maro, abril e maio e no final do outono e incio do inverno, enquanto na regio sul do pas, o padro epidemiolgico se assemelha mais ao dos pases de clima temperado, com picos no inverno e incio da primavera. Ao Avaliar a prevalncia de morbidade respiratria entre crianas expostas ao fumo passivo e ao determinar os efeitos do fumo ambiental no sistema respiratrio inferior e superior de certas crianas,verificou-se queem relao ao trato respiratrio inferior as queixas mais comuns foram sibilncia, dispnia, asma e bronquite A fumaa do tabaco no ambiente domstico o principal irritante do trato respiratrio de crianas e a principal fonte de exposio ao tabagismo no domiclio. A asma/bronquite a patologia que esteve mais fortemente associada com o tabagismo edentre os fatores de risco incluem-se: a ventilao do domiclio, o estado nutricional da criana, o nvel de escolaridade dos pais, a densidade domiciliar e o tabagismo dos moradores da casa, principalmente o da me. A exposio de crianas ao fumo ambiental um fator de associao para a morbidade do trato respiratrio superior e inferior entre menores de cinco anos. . Essas apresentam mais tosse e infeces virais e esto mais propensas a sofrer infeces do trato respiratrio superior e do inferior So elevadas as taxas de exposio de crianas ao tabagismo passivo no Brasil. Com isso, um grande nmero de crianas continua sendo exposta ao tabagismo domiciliar. Em uma pesquisa realizada em Londres, de 2.205 crianas, de zero a cinco anos, a incidncia anual de bronquites e pneumonias foi de 7,8% com pais abstmios, de 11,4% quando um desses era fumante e de 17,6% quando ambos eram tabagistas.

provvel que exista um efeito protetor biolgico do leite materno contra a irritao do fumo no trato respiratrio das crianas. Entre as que mamaram mais de seis meses, no h elevao no risco de doenas respiratrias associadas ao fumo materno . Entretanto em pesquisa cujo objetivo era determinar a prevalncia de morbidade do trato respiratrio em crianas de zero a cinco anos de idade, a prevalncia de crianas fumantes passivas e a associao entre morbidade do trato respiratrio e exposio ao fumo passivo nesse grupo, constatou-se maior prevalncia de asma, bronquite ou pneumonia, assim como tosse e/ou expectorao em crianas fumantes passivas, quando comparadas com as no fumantes passivas. Tambm houve constatao atravs dos estudos que mofo e aglomerao foram fatores de risco somente para a morbidade do trato respiratrio inferior. A literatura tem demonstrado que filhos de mes que fumavam e tinham histria de asma, bronquite ou outros problemas respiratrios sofriam de rinite e sinusite mais frequentemente. Sabendo-se que o tabagismo um elemento nocivo s vias areas das crianas, esforos devem ser envidados no sentido de que no apenas os pais, mas tambm os demais moradores dos domiclios se abstenham de fumar, pelo menos na presena das crianas, de forma a reduzir os efeitos deletrios sade infantil. Programas de educao para a sade devem ser fomentados visando a esse objetivo. Tambm existe um tipo de bronquite cujo nome : bronquite plstica. Este tipo de bronquite uma doena infrequente na criana, sendo caracterizada por moldes ou cilindros mucofibrinosos na rvore traqueobrnquica. Faz parte do diagnstico diferencial de crianas com insuficincia respiratria de incio agudo, e o tratamento precoce importante para a resoluo do quadro. Ocorre na bronquite plstica (BP) a impaco ou moldagem da rvore traqueobrnquica por cilindros mucofibrinosos, raramente constituindo doena primria. Como a bronquite plstica uma condio infrequente, foi recebido por outras denominaes anteriores, tais como bronquite fibrinosa ou croup bronchitis. Geralmente ocorre em doentes com asma, fibrose cstica, na anemia falciforme (como sndrome torcica aguda), e no ps-operatrio de cirurgia cardaca.

No relato em pesquisa realizada, os autores descrevem um caso de paciente peditrico admitido por insuficincia respiratria aguda, de instalao sbita, com quadro de dificuldade respiratria e portador de talassemia alfa. O paciente evoluiu para insuficincia respiratria, sendo colocado em ventilao mecnica e foi tratado com sucesso por endoscopia. A suspeita de bronquite plstica pelo pediatra, com indicao precoce de broncoscopia flexvel em casos como o deste relato, podem tornar o diagnstico etiolgico mais precoce e melhorar o prognstico dos pacientes com essa condio. A bronquite foi uma das queixas de morbidade aguda ou crnica de maior prevalncia entre mulheres (de faixa etria entre 10 a 49 anos) que informaram ter atividade remunerada. Informao esta deuma pesquisa realizada em So Paulo. A maioria das mulheres eram responsveis pelo sustento familiar, no tinham companheiro, eram jovens e com pouca escolaridade. A situao de abandono, a dificuldade e a necessidade de sobreviver com os filhos impulsionam a mulher de baixa qualificao profissional para modos de produo precrios, desfavorveis sua sade fsica e mental. Assim, percebe-se que a mulher toma para si o papel de provedora familiar mesmo quando os indcios apontam para obstculos intransponveis, como o de oferecer prole qualidade de vida com recursos inadequados e quando no pode contar com a ajuda financeira de outros membros da famlia, o pai das crianas principalmente. Esta situao de desvantagem se materializa quando se observa que as mulheres ocupam um tero dos postos oficiais de trabalho no mundo, apesar de representarem cerca de metade da populao mundial. O mundo cada vez mais globalizado aumenta a competitividade dos mercados e exige crescente produtividade, o que tem afetado amplamente as condies de trabalho, sade e de vida do trabalhador, em especial, da mulher.A doena e a sade formam um processo dinmico, que reflete a ligao estrutural entre corpo e sociedade e uma das maneiras de se verificar as desigualdades sociais por meio de avaliao dos indicadores de sade de determinada populao. As mulheres de nveis sociais inferiores so arrimo de famlia mais frequentemente que aquelas de nveis sociais superiores e as mulheres com atividade

remunerada fazem mais referncia a queixas tanto de morbidades agudas quanto de crnicas que as donas de casa. A bronquite crnica em mulheres ainda continua sendo tema de estudo, quando fazemos referncia a mulheres que utilizam biocombustveis para a preparao de alimentos nas reas rurais do estado de Ekiti, sudoeste da Nigria. As mulheres que utilizavam biocombustveis relataram mais sintomas respiratrios que aquelas que no os utilizavam(bronquite crnica (10,6% vs. 2,8%). Cerca de 50% da populao mundial utiliza os biocombustveis como principal fonte de energia domstica para a preparao de alimentos. Os combustveis slidos incluem o carvo, que um combustvel fssil, e os biocombustveis (madeira, carvo vegetal, esterco e resduos de cultura). Na fumaa gerada pela queima de combustveis slidos (carvo e biocombustveis), foram identificados mais de 200 produtos e compostos qumicos, 90% dos quais so materiais particulados inalveis. A maioria desses agentes letais tem sido associada a doenas infecciosas. Vrios estudos apontam a fumaa dos biocombustveis como uma das causas de bronquite crnica.A inalao aguda de fumaa de biocombustveis causa irritao brnquica aguda, inflamao e reatividade brnquica, enquanto a exposio prolongada causa inflamao crnica das vias areas e tambm aumenta a suscetibilidade a infeces bacterianas e virais. A alta taxa de utilizao de biocombustveis se deve ao fato de que os biocombustveis so as fontes mais baratas e acessveis de energia disponveis para as mulheres rurais. Na Nigria, o gs e a eletricidade no so amplamente utilizados em razo do custo e o papel do nvel socioeconmico como um determinante do tipo de combustvel utilizado para a preparao de alimentos descrito em outros estudos em pases em desenvolvimento. O uso de biocombustveis aumenta o risco de desenvolvimento de sintomas respiratrios e bronquite crnica. Os resultados do estudo enfatizam a necessidade de se mudar a fonte de energia nos domiclios - dos txicos biocombustveis para tipos mais limpos e atxicos de combustvel, como eletricidade ou gs. O governo tambm deveria

ajudar a populao na mudana para combustveis mais limpos, subsidiando os custos desses combustveis e garantindo um fornecimento constante de eletricidade. Os resultados enfatizam a necessidade de se substituir o uso de biocombustveis nos domiclios pelo de um tipo de combustvel atxico, como eletricidade ou gs. Os homens tambm so vtimas dos efeitos da bronquite. Foram investigados o histrico laborativo, as condies do ambiente e trabalho, a sade respiratria e o hbito tabgico nos suinocultores do municpio de Brao do Norte, Santa Catarina. O 'fenmeno sade do trabalhador' pode explicar a associao entre tempo/intensidade de trabalho e a menor prevalncia de manifestaes respiratrias. Entretanto, o evidente comprometimento do aparelho respiratrio entre os suinocultores e a baixa adoo de medidas de proteo especfica nesta populao apontam para a necessidade de um programa de controle da exposio e regulamen tao dos fatores ambientais. Sintomas como tosse aguda e crnica, expectorao, dispnia e sibilncia, bem como o diagnstico de laringite, bronquite crnica, asma brnquica tm sido descritos como mais prevalentes. A hiper-reatividade brnquica, a inflamao da mucosa brnquica observada atravs da fibrobroncoscopia e o predomnio de neutrfilos na anlise do lavado broncoalveolar tm sido utilizados para comprovar as alteraes determinadas por esta atividade laborale j foi descrita a sndrome da disfuno reativa das vias areas, uma situao aguda e de maior gravidade, que ocorreu em conseqncia da inalao de gases num confinamento fechado cujo sistema de ventilao falhou Alm . disso, os efeitos da exposio poeira orgnica da suinocultura, por perodos superiores a trs horas, causa inflamao intensa nas vias respiratrias, detectando -se o envolvimento de interleucinas 1 e 6 e do fator de necrose tumoral alfa na mediao deste processo inflamatrio. Como portadores de sinais e sintomas especficos das vias areas superiores, foram classificados os indivduos que apresentaram diagnsticos clnicos de asma brnquica e bronquite crnica. A bronquite crnica foi duas vezes mais prevalente

naqueles que utilizavam fogo a lenha e a prevalncia de bronq uite crnica foi bem maior nos usurios de desinfetantes. Quanto ao tipo especfico de desinfetante, a creolina e o iodo mostraram associaes importantes com manifestaes respiratrias. Tanto o tempo de trabalho, em anos na suinocultura, quanto o tempo gasto na granja apareceram como fatores de proteo para o desenvolvimento das manifestaes respiratrias. A prevalncia de bronquite crnica encontrada entre os suinocultores foi de 5,1%. Este achado est um pouco abaixo dos valores encontrados em suinoc ultores acima de 40 anos de outros pases. Um fator que pode explicar esta prevalncia mais baixa o fato de que a suinocultura praticada no Brasil ocorre em ambiente diferente daquele descrito na literatura internacional, especialmente nos pases com baixas temperaturas e, por isso, o sistema de criao realizado em ambientes fechados. Pocilgas muito fechadas, encontradas nos climas mais frios, propiciam uma concentrao maior de exposio a poluentes. O tabagismo, alm de significar um fator que aumentou em quase quatro vezes o risco do desenvolvimento de manifestaes respiratrias e de doena entre os suinocultores estudados, pode ter apresentado um efeito aditivo na manifestao dos sintomas crnicos, j descrito por outros autores. Entretanto, nos suinocultores de Brao do Norte no foi encontrada uma diferena importante na prevalncia de bronquite crnica ao comparar tabagistas e no tabagistas. Ainda que vrios estudos demonstrem uma maior prevalncia destas manifestaes entre os suinocultores comparados s outras atividades da agropecuria no presente estudo, a prevalncia de bronquite crnica entre aqueles que tambm exerciam a atividade agropecuria foi em torno de 7%, muito abaixo do encontrado por outros. No estudo realizado, resultados de uma associao positiva entre o uso de fogo a lenha e existncia de sinais e sintomas respiratrios, apenas confirmam o j conhecido risco da exposio passiva fumaa. Conclui-se que o evidente comprometimento do aparelho respiratrio entre os suinocultores e a baixa adoo de medidas de proteo especfica nesta populao apontam para a necessidade de um programa de controle da exposio e regulamentao

dos fatores ambientais em Brao do Norte, SC. O fenmeno sade do trabalhador pode explicar a aparente associao entre tempo e intensidade de trabalho. H situaes graves de morbidade respiratria, dentre elas citamos a doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) cujo tratamento clnico est bem padronizado por consensos nacionais e internacionais. Junto com transplante pulmonar, a cirurgia redutora de volume pulmonar (CRVP) alternativa de tratamento cirrgico para o enfisema. No entanto pacientes que apresentem quadro clinico de bronquite crnica so contra-indicados A bronquite crnica representou a principal contra-indicao em 29% dos casos em seleo de pacientes no Hospital Universitrio Antnio Pedro, Universidade Federal Fluminense, Niteri, Rio de Janeiro, RJ.Pacientes com indicao de CRVP, freqentemente, apresentam mais de um fator mrbido a contra-indicar e a anlise dos 31 pacientes resultou na seguinte contra-indico para a CRVP: bronquite crnica (29% ou nove pacientes). Quanto ao critrio de contra-indicao realizao da CRVP, pode-se citar: pacientes hipersecretivos caracterizando bronquite crnica. Sabe-se que estes no evoluem satisfatoriamente no ps operatrio, tendem a apresentar com maior freqncia infeces respiratrias que aumentam a morbidez e a mortalidade. Eis a justificativa da contra-indicao. A bronquite tambm um problema encontrado nas aves. A Bronquite Infecciosa das galinhas (IB ou BIG) uma doena viral aguda , que ocorre em Gallus gallus domesticus causada pelo vrus da bronquite infecciosa das galinhas (IBV ou VBIG). altamente contagiosa e provoca grandes perdas econmicas indstria avcola em todo o mundo. As mudanas ativas e constantes da populao viral permitem a seleo da subpopulao de IBV melhor adaptada ao hospedeiro, garantindo sobrevivncia longa do vrus na clula, no organismo e na populao hospedeira, levando as mudanas na patogenicidade e emergncia de novos patgenos virais.

Em poedeiras, o IBV pode causar severo declnio na produo e, posteriormente, diminuio do tamanho, da qualidade interna e da casca do ovo. Esses efeitos podem ser acompanhados por sinais respiratrios moderados ou ausentes. O perodo de incubao da IB pode ser de at 50 dias, e as infeces podem ocorrer associadas a infeces respiratrias bacterianas e virais. Estudou-se as respostas de IgM e IgG especficas contra IBV aps as vacinaes com vacinas vivas (duas doses, via ocular) e vacina inativada oleosa, aplicada na 17a semana e cultivos de anis de traqueia foram usados para estudos de cepas de IBV e da resposta imune em galinhas experimentalmente e naturalmente infectadas. O estudo em cultivos de anis de embries SPF o mtodo laboratorial que melhor se aproxima das condies in vivo, embora seja tcnica trabalhosa e no oferecida pelos laboratrios em rotina. Testes complementares incluem microscopia eletrnica, uso de anticorpos monoclonais e testes imunohistoqumico. A IB uma doena endmica no Brasil, permanecendo como problema econmico importante para a avicultura, apesar das tentativas de controle por vacinao. Os surtos no pas tm ocorrido com frequncia e com a emergncia de novas variantes do vrus. O controle da bronquite infecciosa das galinhas (BIG) difcil devido existncia de diversos sorotipos do vrus da BIG (VBIG). Isolados capazes de causar a doena em aves vacinadas foram identificadas por diversos autores. Com a possibilidade da existncia de novos sorotipos, semelhante ao que ocorre em todo o mundo, ficou evidente a necessidade de estudos de classificao sorolgica das amostras isoladas no pas. O tratamento clnico da doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) est bem padronizado por consensos nacionais e internacionais. Junto com transplante pulmonar, a cirurgia redutora de volume pulmonar (CRVP) alternativa de tratamento cirrgico para o enfisema. No entanto pacientes que apresentem quadro clinico de bronquite crnica so contra-indicados A bronquite crnica representou a principal contra-indicao em 29% dos casos em seleo de pacientes no Hospital Universitrio Antnio Pedro, Universidade Federal Fluminense, Niteri, Rio de Janeiro, RJ.Pacientes com indicao de CRVP, freqentemente, apresentam mais de um fator mrbido a contra-indicar e a anlise dos

31 pacientes resultou na seguinte contra-indico para a CRVP: bronquite crnica (29% ou nove pacientes) Quanto ao critrio de contra-indicao realizao da CRVP, pode-se citar: pacientes hipersecretivos caracterizando bronquite crnica. Sabe-se que estes no evoluem satisfatoriamente no ps operatrio, tendem a apresentar com maior freqncia infeces respiratrias que aumentam a morbidez e a mortalidade. Eis a justificativa da contra-indicao.

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