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UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS DE LISBOA| ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, ARQUITETURA, ARTES E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO PORTEFÓLIO DA PRÁTICA SUPERVISIONADA PATRÍCIA DE MENDONÇA QUINTINO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALBUFEIRA POENTE ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBUFEIRA 12º ANO TURMA F | OFICINA DE ARTES OUTUBRO 2018 A JUNHO 2019| ALBUFEIRA

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U N I V E R S I D A D E L U S Ó F O N A D E H U M A N I D A D E S E

T E C N O L O G I A S D E L I S B O A | E S C O L A D E

C O M U N I C A Ç Ã O , A R Q U I T E T U R A , A R T E S E

T E C N O L O G I A S D A I N F O R M A Ç Ã O

PORTEFÓLIO D A P R Á T I C A S U P E R V I S I O N A D A

PATRÍCIA DE MENDONÇA QUINTINO

A G R U P A M E N T O D E E S C O L A S D E A L B U F E I R A P O E N T E E S C O L A S E C U N D Á R I A D E A L B U F E I R A

1 2 º A N O T U R M A F | O F I C I N A D E A R T E S

O U T U B R O 2 0 1 8 A J U N H O 2 0 1 9 | A L B U F E I R A

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MESTRADO EM ENSINO DE ARTES VISUAIS NO 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO

ORIENTADOR PEDAGÓGICO: PROFESSORA DOUTORA MARIA CONSTANÇA VASCONCELOS

ORIENTADOR COOPERANTE: PROFESSORA IDALINA DE OLIVEIRA

JUNHO 2019

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AGRADECIMENTOS

À Professora Idalina de Oliveira, Orientadora Cooperante, pela disponibilidade, compreensão e apoio ao longo do

estágio, aos alunos do 12º F, à Escola Secundária de Albufeira e a toda a comunidade educativa.

À Professora Doutora Maria Constança de Vasconcelos, Coordenadora do Mestrado e Docente da Prática

Supervisionada, agradeço a disponibilidade e prontidão com que sempre atendeu as minhas solicitações, as sugestões

valiosas que apresentou e todo o apoio prestado durante a realização do estágio e elaboração do relatório.

À minha mãe, amigos e colegas de curso e de trabalho, pelo apoio e disponibilidade para ajudar, cada um à sua

maneira, mas todos de uma forma única e imprescindível.

Muito obrigada a todos.

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«Toda a criança é um artista de qualquer tipo, cujas capacidades especiais, mesmo que insignificantes, devem ser

encorajadas como contributo para a riqueza infinita da vida em comum».

In “Education Through Art “- 1940-42, Herbert Read (1943).

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- Localização da E.B. 2º e 3º ciclos Dom Martim Fernandes Figura 2- Localização da Escola Secundária de Albufeira ...................................................................................................................................................................................... 11 Figura 3- Entrada da E.B. 2,3 Dom Martim Fernandes Figura 4- Vista aérea EB 2,3 D. M.F.13 Figura 5- Sala de Educação Visual ................................................................................................................................................ 13 Figura 6- Vista aérea da Escola Secundária de Albufeira .......................................................................................................... 14 Figura 7- Escola Secundária de Albufeira Figura 8- Sala de Oficina de Artes .................................................................................................................................................................................................. 14 Figura 9- Horário da Orientadora Cooperante ........................................................................................................................... 16 Figura 10- Declaração da Professora Orientadora Cooperante ............................................................................................... 29 Figura 11- Planificação de Oficina de Artes do Agrupamento de Escolas de Albufeira Poente ....................................... 32 Figura 12- Trabalhos finais da 1ª atividade com os alunos ....................................................................................................... 53 Figura 13- Trabalhos finais da 2ª atividade com os alunos ....................................................................................................... 56 Figura 14- Trabalhos finais de alunos em vários suportes de papel (cavalinho, aguarela, cartolina, etc) .......................... 59 Figura 15- Trabalhos finais de alunos em vários formatos de vidro ....................................................................................... 62 Figura 16- Alunos em sala de aula ................................................................................................................................................ 78 Figura 17- Instalação vencedora “Quadro Vivo”....................................................................................................................... 78 Figura 18-Vista lateral direita 1 ..................................................................................................................................................... 79 Figura 19- Vista lateral direita 2 .................................................................................................................................................... 79 Figura 20- Vista lateral direita 3 .................................................................................................................................................... 79 Figura 21- Vista de frente ............................................................................................................................................................... 80 Figura 22- Vista de frente (mais distante) .................................................................................................................................... 80 Figura 23- Vista de trás ................................................................................................................................................................... 81 Figura 24- Vista traseira direita ..................................................................................................................................................... 81 Figura 25- Cartaz da Exposição .................................................................................................................................................... 82 Figura 26- Trabalhos expostos das turmas 12ºF e 11º G ......................................................................................................... 82 Figura 27- Trabalhos expostos das turmas 12ºF e 11º G ...................................................................................................... 83 Figura 28- Inauguração da Exposição Figura 29- Vereador da Cultura a entregar presente a aluno ........ 83 Figura 30- Fotografia oficial com Sr. Presidente da C.M. Albufeira, Vice-Presidente, Vereador da Cultura, Encarregado de Educação colaborante, Professora Orientadora Cooperante, Professora Estagiária e Alunos das duas turmas ................................................................................................................................................................................................ 83 Figura 31- Trabalho de pintura abstrata da aluna nº 11, do 12º F........................................................................................... 85 Figura 32- Capa e contracapa do catálogo “Upp Creative Artists – United Photo Press 1990-2018”.............................. 90 Figura 33- Destaque do artista no catálogo Figura 34- Artista em sala de aula (turno 2) .................................... 91 Figura 35- Artista em sala de aula (turno 2) ................................................................................................................................ 91 Figura 36- Alunos das duas turmas no palco principal ............................................................................................................. 92 Figura 37- Alunos no Photopoint................................................................................................................................................. 92 Figura 38- Palestra realizada no auditório da ESA, com o Eng. Göran Engberg. ............................................................... 95 Figura 39- Notícia em Região Sul online Figura 40- Notícia em albufeira.pt (Facebook) ....... 101 Figura 41- Notícia no website da CMA – (cm-albufeira.pt) ................................................................................................... 101 Figura 42- Notícia no Barlavento online ( barlavento.pt) ....................................................................................................... 102

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ÍNDICE

Agradecimentos ..................................................................................................................................................................................................... 3

Índice de Figuras…………………………………………………………………………………………………………….….5

Índice ....................................................................................................................................................................................................................... 6

INTRODUÇÃO

Organização do portefólio ................................................................................................................................................................................... 8

Curriculum Vitae da professora estagiária ........................................................................................................................................................ 8

Declaração pessoal dos objetivos e filosofia de ensino ................................................................................................................................ 10

Descrição geral das escolas do agrupamento onde se realizou o estágio e turmas observadas ............................................................. 11

Caracterização da Escola .................................................................................................................................................................................... 11

Grupo disciplinar e orientador cooperante ..................................................................................................................................................... 14

Identificação e características das turmas observadas ................................................................................................................................... 15

Caracterização da Turma do 12º F ................................................................................................................................................................... 15

Horário .................................................................................................................................................................................................................. 16

Aulas observadas, aulas lecionadas e outras atividades letivas ... 16

Importância do portefólio na prática pedagógica .......................................................................................................................................... 28

A importância do estágio pedagógico na experiência profissional da professora estagiária .................................................................. 28

Declaração da professora orientadora sobre a contribuição da professora estagiária para os alunos e comunidade educativa ...... 29

TRABALHO DE PLANIFICAÇÃO

Programa da disciplina de Oficina de Artes ................................................................................................................................................... 30

Métodos de planificação e programação de aulas adotadas na escola afiliada .......................................................................................... 32

Planificação anual ............................................................................................................................................................................................... 33

Planificação de Unidade Didática ..................................................................................................................................................................... 39

Planificação da 1ª aula da U.D. ......................................................................................................................................................................... 46

Descrição de uma aula observada ..................................................................................................................................................................... 49

Descrição de várias aulas desenvolvidas no 2º Período................................................................................................................................ 49

Reflexão crítica sobre os prós e os contras do trabalho de planificação ................................................................................................... 62

EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO

Hetero-avaliação das planificações apresentadas na secção anterior ......................................................................................................... 63

Auto-avaliação das planificações apresentadas .............................................................................................................................................. 63

Grelhas de Avaliação .......................................................................................................................................................................................... 64

Descrição dos parâmetros e critérios de avaliação ........................................................................................................................................ 66

Reflexão crítica sobre as formas de execução do trabalho planificado ...................................................................................................... 73

Materiais utilizados em sala de aula .................................................................................................................................................................. 74

TRABALHO DE PROJETO

Descrição de um trabalho de projeto realizado durante o estágio pedagógico ........................................................................................ 76

EXEMPLOS DE BOA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Exemplo de um trabalho produzido por um aluno que represente um momento de sucesso escolar ........................... 84

Comentário da professora sobre o exemplo justificando ....................................................................................................... 85

Resultados de classificação dos alunos (antes e depois) .......................................................................................................... 87

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METODOLOGIA DO ENSINO DA DISCIPLINA DE OFICINA DE ARTES

Como se identificaram as principais dificuldades dos alunos da disciplina ......................................................................... 88

Como se encorajou os alunos a ultrapassar essas dificuldades? Com que técnicas? .......................................................... 88

Houve ensino diferenciado? ........................................................................................................................................................ 89

Que tipo de resultados se obtiveram em estreita relação com a metodologia escolhida pela professora? ..................... 89

Inovações educativas .................................................................................................................................................................... 90

Avaliações realizadas por alunos sobre as aulas dadas pela professora estagiária e sugestões de melhorias .................. 96

RELAÇÃO COM A COMUNIDADE EDUCATIVA

Relação de todas as atividades realizadas com o objetivo de integrar o trabalho e a função da professora estagiária na

comunidade educativa em que esteve inserida ...................................................................................................................... 100

Reflexão crítica sobre a realidade escolar em que a professora esteve inserida................................................................ 103

Evidência de ajuda a colegas na melhoria do seu ensino ..................................................................................................... 104

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Reflexão crítica sobre o trabalho pedagógico realizado em comum com os outros professores estagiários .............. 105

Reflexão crítica sobre o trabalho pedagógico e profissional realizado com os orientadores pedagógicos locais e

coordenadores científicos do departamento .......................................................................................................................... 105

REFLEXÃO FINAL

Conclusões................................................................................................................................................................................... 106

Bibliografia .................................................................................................................................................................................. 108

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INTRODUÇÃO

ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO

No âmbito da Unidade Curricular de Prática Supervisionada do Mestrado em Ensino de Artes Visuais no 3º ciclo

e ensino secundário, para a aquisição de grau de mestre, foi solicitado um portefólio do período da mesma, no

Agrupamento de Escolas de Albufeira Poente – Escola Secundária de Albufeira, no distrito de Faro.

O Estágio Profissional teve início no dia 03 de outubro de 2018 e terminou a 10 de junho de 2019, realizando-se

inicialmente quatro dias por semana para observação de aulas do 7º e 12º anos de escolaridade, num total de 12 horas

semanais (até 23 de janeiro 2019), tendo o restante período do ano letivo sido a lecionar os Módulos 2 e 3 do Programa

da disciplina de Oficina de Artes à turma de Artes Visuais do 12º ano.

Após a observação do dia-a-dia dos alunos e Professora Orientadora Cooperante, foram elaborados por mim

registos diários, assim como a planificação anual, as planificações das atividades realizadas (unidades didáticas) e as

grelhas e respetivos critérios de avaliação durante o período do estágio.

Este relatório está organizado em nove capítulos:

• capítulo 1, Introdução;

• capítulo 2, Trabalho de Planificação;

• capítulo 3, Execução e Avaliação;

• capítulo 4, Trabalho de Projeto;

• capítulo 5, Exemplos de boa prática pedagógica;

• capítulo 6, Metodologia de ensino da disciplina de Oficina de Artes;

• capítulo 7, Relação com a Comunidade Educativa;

• capítulo 8, Relações interpessoais;

• capítulo 9, Reflexão final.

Cada capítulo é aqui representado por uma cor, estabelecendo um elo de ligação entre o relatório e a minha tese de

mestrado, sendo que a questão de partida para a investigação parte da verificação de possibilidade de existência de

relação, entre os perfis de personalidade dos alunos e as cores enunciadas pelos testes de “cores da personalidade”.

CURRICULUM VITAE DA PROFESSORA ESTAGIÁRIA

A minha paixão pelas Artes Visuais e pelo ensino começou cedo, pois a minha mãe era também Docente de

Educação Visual, e a artes sempre estiveram presentes ao longo do meu crescimento. Terminei a minha Licenciatura

em Artes Plásticas em 2004, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, tendo como projeto final uma

instalação de vídeo e fotografia que ganhou uma Menção Honrosa da Universidade onde concluí o curso superior,

tendo exposto a mesma nas galerias da Fábrica Ceres, onde atualmente se encontram os Silos- Contentores Criativos, e

posteriormente na entrada principal da discoteca Lux Frágil, em Lisboa.

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Em finais de 2004 fui a única portuguesa selecionada a nível internacional, e nomeada pela Escola Superior de Arte

e Design das Caldas da Rainha, para em sua representação, trabalhar como Chefe Suplente de Equipa de Instalação do

Projeto “The Gates” do Artista Plástico Christo Javacheff, no Central Park em Nova Iorque. Durante esse período, fui

convidada a exercer funções como editora e Consultora de Arte de guias turísticos para Portugal e Espanha, sendo

responsável por todo o material gráfico das publicações, para a empresa Y2 Communications Corporation, também em

Nova Iorque nos EUA.

Entre 2005 e 2006, fui formadora de componente tecnológica nos estabelecimentos prisionais de Olhão e Faro, do

curso EFA – Técnico de Encadernação, pela entidade GATO – Gabinete de Apoio ao Toxicodependente. De janeiro

de 2006 até agosto de 2007, exerci funções de Curadoria de Arte no Instituto Português da Juventude, em Faro, com o

Comissariado de Exposições de Arte nacionais e internacionais. No mesmo ano e até dezembro de 2007, realizei

também a Curadoria e Gestão de Programação Artística da Sociedade Recreativa Olhanense, em Olhão, onde realizei o

Comissariado de Exposições de Arte nacionais e internacionais de pintura, escultura, fotografia, videoarte e instalação,

a organização de eventos de arte e música, a coordenação de concursos de arte para jovens e Mostras de Arte Jovens e

plano de marketing da instituição. Em 2008, exerci novamente funções de formadora de componentes tecnológicas,

nas áreas de Animação, Fotografia, Expressão Plástica, Dramática e Musical, em Cursos EFA- Educação e Formação

de Adultos para Técnico de Ação Educativa, Nível Secundário- B3 Centro Comunitário de Alvor (Portimão) e na

Associação dos Amiguinhos de Silves, em Silves, pela entidade Gabinae.

No ano letivo de 2009/2010, fui colocada como Diretora de Turma PIEF no 6º ano de escolaridade e como Docente

da turma nas disciplinas de Expressões Artísticas e Corporais e Formação Cívica e Vocacional, na EB 2,3 Jacinto Correia

em Lagoa. Foi uma experiência extremamente enriquecedora e onde pude acompanhar e ajudar os alunos a alcançarem

os seus objetivos, tanto curriculares, como a nível de estágios profissionais acompanhando-os da melhor forma possível,

como a nível pessoal. Realizámos várias exposições dos trabalhos artísticos dos alunos na escola para a comunidade

escolar e participámos em projetos comuns à mesma. Nesse ano letivo iniciei também o exercício da docência de

Expressões Artísticas, Educação Musical e Inglês aos 1º, 2º 3º e 4º anos de Escolaridade, nas Atividades de

Enriquecimento Curricular, pelas empresas Educar a Sorrir, Conservatório de Música de Lagoa e Associação Tempos

Brilhantes.

No ano letivo de 2010/2011, exerci as funções de docente e técnica especializada em Artes Visuais na Escola

Secundária de Silves, com turmas profissionais de Multimédia (10º e 11º anos) e CEF de Técnico de 2 -Pré-impressão,

lecionando as disciplinas das componentes técnicas (Paginação Gráfica, História da Cultura e das Artes, Design e

Comunicação Áudio e Artes Visuais). No mesmo ano, assumi o cargo de Coordenação dos docentes nos grupos de

Expressão Plástica e Expressão Dramática e Corporal, nas Atividades de Enriquecimento Curricular do 1º Ciclo do

Ensino Básico, pelo Consórcio Sportsway Serviços Desportivos Lda. & Assoc. Educar a Sorrir.

A par do ensino, em 2010, fundei uma empresa de Audiovisuais e Produção de Media e Multimédia e Marketing

Digital, a Lust Magazine Lda, em Portimão, trabalhando por conta própria na organização de eventos diurnos, noturnos

e corporativos, em Publicidade Digital, definição de plano e estratégia de comunicação empresarial, sendo a responsável

pela comunicação externa dos clientes (Fidelização do Cliente e Publicidade), coordenação da área de E-Commerce,

articulação com Agências de Meios de Comunicação (TV e Rádio), desenvolvimento de folhetos e campanhas e design

Gráfico e Multimédia. De 2010 a 2013, fui a responsável pela fotografia de eventos em espaços comerciais distintos,

tendo a meu cargo equipas de 2 a 5 fotógrafos em cada espaço, e sendo a responsável pela seleção e edição das mesmas

para os clientes e imprensa nacional.

Posteriormente, em 2013, criei uma revista digital bimestral, com o objetivo editorial assente na produção de notícias

e reportagens direcionadas ao seu público-alvo, sensibilizando-o pela clareza informativa e fotográfica (formato

“wide/panorâmico”) e fascinando-o pelo tratamento gráfico. As temáticas era lifestyle, moda, fotografia, multimédia,

tecnologia, design, música, noite e gourmet, onde tinha a função de Editor-Chefe e direção geral de fotografia e moda,

tendo a publicação 9 edições ( https://issuu.com/lust.magazine ).

Terminei a empresa em 2016 para abraçar a profissão de docente a tempo inteiro.

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Em 2017 iniciei o Mestrado em Ensino de Artes Visuais no 3º Ciclo e Ensino Secundário, de forma a progredir

tanto pessoalmente como profissionalmente, e alcançar o nível de profissionalização que me permitirá de futuro voltar

a concorrer ao concurso de nacional de docentes. Terminei o 1º ano do mesmo e concluí a par das disciplinas desse

ano, também a maior parte das disciplinas do 2º ano, com uma média final de 17 valores.

Em julho de 2018 apresentei no 8º Encontro de investigadores Call for papers, na Universidade Lusófona de

Humanidades e Tecnologias em Lisboa, a investigação com a temática “O Algarve - a imprensa regional algarvia (1908-

2018)” no âmbito da UC Análise Sócio-Histórica da Educação.

DECLARAÇÃO PESSOAL DOS OBJETIVOS E FILOSOFIA DE ENSINO

A educação debatida nas suas diferentes dimensões, afigura-se como um projeto multifacetado de relações entre

processos de construção de autonomia dos alunos e do espaço de possibilidades entre o que são e o que podem vir a

ser. É nesse sentido que inscrevo a Educação, como um meio de “ajudar o Ser Humano a Ser o que É e o que ainda

não É” (Santos, 1988), despertando-o assim na procura de novos saberes e de novas perspetivas de análise do Mundo.

Desta forma, para que a educação seja o resultado da implicação do sujeito na transformação do seu Eu e da sua ação

no mundo, é a meu ver necessário que a mesma possibilite uma pluralidade de saberes e uma integração de linguagens

diferenciadas para que permita um acesso à multiplicidade de informação e à sua leitura crítica, rompendo com a visão

da educação baseada em formas hegemónicas de comunicação, confinadas na excelência de saberes, considerados

socialmente úteis e eleitos como únicos e relevantes.

É neste contexto que a arte, vista como uma manifestação cultural e como uma experiência humana, nas suas

diversas manifestações e significados, pode ser encarada como forma(s) de ler o Mundo, e de o conhecer, comunicar e

questionar. Assim, a arte assume-se não como um absoluto e fechado sistema, mas como um processo dinâmico que

entra em relação direta com outras áreas do conhecimento. De acordo com esta visão, o ensino das diferentes formas

de arte, é por mim encarado com um valor epistemológico e, consequentemente, a pedagogia que pratico tem o objetivo

de mobilizar metodologias para o ensino que por um lado, na aprendizagem do sistema de símbolos está subjacente a

cada forma de arte e as suas dimensões técnicas, como por outro, ao recurso à obra de arte, como um potenciador de

desenvolvimento da capacidade de atenção, de análise, de síntese e de descrição, em processos que estão na base de

toda e qualquer aprendizagem e de todo o conhecimento adquirido.

Nesta aceção, pensar a arte na educação de crianças e jovens, requer a meu ver um conjunto de competências por

parte dos educadores/professores, para que esta não seja considerada apenas, como recreação e/ou passatempo.

Trata-se de ter professores que apliquem metodologias de intervenção, capazes de desenvolver aspetos interligados da

competência estética e técnica, que levem os alunos a alargar o domínio das linguagens de diferentes tipo, géneros e

estilos de arte, e de incentivar as suas capacidades pessoais de compreender a ambiguidade e de ver as possibilidades

que as coisas têm de mudar e de ser diferentes. Neste sentido, o professor nunca deve esquecer que a sua ação deve ter

como finalidade “ensinar uma atitude dialógica para com a arte, desenvolver capacidades não apenas de ver o mundo

significativo que transcende os meios expressivos, mas também enfatizar o relacionamento pessoal com esse mundo,

abrindo-se a ele e enriquecendo-se com os significados aí descobertos.” (Leontiev, 2000).

São portanto os meus objetivos, envolver os alunos através dum ambiente de aprendizagem de maior qualidade,

construindo com eles o hábito de colocar questões e procurar respostas, permitir que aprendam com as pesquisas

facilitando uma aprendizagem significativa, ensiná-los a expandir a base de conhecimento do ensino/aprendizagem,

associando a teoria à prática e vice-versa, ajudá-los a expressar a sua identidade única (pessoal e profissional), e claro,

utilizar as lentes da investigação para uma atitude de abertura e compromisso partindo da prática, fomentando o

desenvolvimento e maturação da minha inteligência artística, para melhor compreender o papel das artes na cultura e

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na educação, auxiliando na construção da identidade dos alunos através do desenvolvimento da sensibilidade estética,

criatividade, afirmação pessoal e a coragem para correr risco e aceitar a diferença, englobando tudo numa aprendizagem

de estratégias. É a meu ver também essencial ligar o ensino artístico à comunidade, através de projetos interdisciplinares,

promovendo mudanças sociais através da sensibilização, compreensão e valorização do património artístico mundial,

nacional e local, com planificação de unidades didáticas com temáticas ligadas à comunidade e cidadania, ligando as

mesmas igualmente a museus, organizações culturais e recreativas locais, de forma a promover a compreensão do papel

das artes pela comunidade educativa, para que esta veja a arte como um processo de inclusão e a sua importância na

experiência estética do desenvolvimento dos jovens alunos.

“Educar criativamente é educar para a mudança. Preparar para uma sociedade de mudanças tem de passar por

equipar os alunos com instrumentos que lhes permitam adaptar e transformar de um modo criativo e sensível a realidade

que vivem.” (Lopes & Vasconcelos, 20-?)

DESCRIÇÃO GERAL DAS ESCOLAS DO AGRUPAMENTO ONDE SE REALIZOU O ESTÁGIO E

TURMAS OBSERVADAS

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Agrupamento de Escolas de Albufeira Poente

Escola Básica 2º e 3º Ciclos Dom Martim Fernandes e Escola Secundária de Albufeira

Figura 1- Localização da E.B. 2º e 3º ciclos Dom Martim Fernandes Figura 2- Localização da Escola Secundária de Albufeira

O Agrupamento de Escolas de Albufeira Poente, constituído em 2012, resultou da junção do já existente

Agrupamento Vertical de Escolas de Albufeira Poente com a Escola Secundária de Albufeira, sua sede. Esta nova

realidade educativa compõe-se de 8 estabelecimentos de ensino: Jardins de Infância da Guia e de Vale de Parra; E.B.1

nº1 de Albufeira; E.B.1 de Sesmarias; E.B.1. de Vale de Parra; E.B.2º e 3º Dom Martim Fernandes; E.B.1,2,3 da Guia

e a Escola Secundária de Albufeira. Para o seu desenvolvimento são planeados projetos pedagógicos comuns, percursos

escolares integrados e articulação curricular entre níveis e ciclos de ensino, mantendo cada estabelecimento a sua

identidade. Trata-se de uma unidade organizacional com uma gestão totalizada dos recursos humanos, materiais e

financeiros, dotada de órgão próprio de administração, e constituída por várias escolas que deverão ter em comum,

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embora adaptados às diversas realidades educativas: o Projeto Educativo (PE), o Regulamento Interno (RI)e o Plano

Anual de Atividades (PAA).

A população escolar do Agrupamento ronda os 2052 alunos e é composta, em regra, por crianças/jovens de níveis

etários compreendidos entre os 3 e os 18 anos. Revela-se heterogénea e multicultural, integrando alunos naturais das

freguesias do concelho, de etnia cigana, provenientes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP),

oriundos de diferentes pontos de Portugal e estrangeiros procedentes de diversas nações, principalmente de países do

Leste Europeu. Considerando o corpo docente, verifica-se que pertence, maioritariamente, aos quadros, sendo, por

isso, estável, apresentando um total de 185 membros. Por sua vez, o pessoal não docente é composto por 110 elementos,

havendo 79 assistentes operacionais, 18 assistentes técnicos, 2 psicólogas - técnicas superiores e 1 coordenador técnico.

No que concerne aos pais/encarregados de educação (Pais/EE) encontram-se constituídos em associação.

Os estabelecimentos de ensino do Agrupamento possuem, em geral, um número de salas de aula adequado, sendo

que algumas contêm mobiliário moderno e amovível. Há também, laboratórios, gabinetes, pavilhões gimnodesportivos,

ginásios, campos de jogos, campos polivalentes, bibliotecas, auditórios, reprografias, papelarias e

refeitórios/cantinas/bufetes. O Agrupamento dispõe, identicamente, ao nível das novas tecnologias, de entre outros

equipamentos, de: computadores, quadros interativos, mesas interativas, projetores, retroprojetores, impressoras

multifunções, aparelhagens, leitores de DVD e de CD, scanners, televisões, fotocopiadoras, máquinas de filmar e

fotográficas, videogravadores, vídeo-projetores e fax. Sediado na Escola Secundária, está também o Centro de Formação

de Associação de Escolas dos Concelhos de Albufeira, Lagoa e Silves (CFAEALS).

Sobre as duas escolas onde se desenvolveu o estágio, percebeu-se que os edifícios já são antigos e necessitam de

algumas reformas e pinturas. Quanto à escola secundária, onde decorreu a maioria da prática supervisionada, a sua

distribuição é dividida por blocos. Os quatro blocos, ligados por uma passadeira coberta, fazem um pátio comum

central, a céu aberto, onde os alunos costumam desenvolver o seu lazer no horário de intervalos e outras atividades ao

ar livre.

Atualmente a sua organização interna distribui-se da seguinte forma:

Bloco A Bloco B Bloco C Bloco D Bloco E Bloco F Pavilhão

Gimnodesportivo

- Reprografia

- Direção

- Secretaria

- Salas

administrativas

- Sala de

Professores

- Biblioteca

- Sala de

informática e

multimédia

- Sanitários de

Professores e

funcionários

- ASE e

Contabilidade

- Papelaria

- Buffet/Bar

de alunos

- Cantina

- Sala de

convívio dos

alunos

- Sanitários

- Sala de DT

- Centro de

Formação

- Salas de

aulas

- Salas de

aulas

-

Laboratórios

-

Arrecadação

- Sanitários

- Salas de

aulas de artes

e desenho

- Salas de

aulas de

multimédia

-

Arrecadações

-

Manutenção

-Sanitários

- Salas de

aulas

de

informática

- Salas de

aulas de

física e

química

-

Laboratórios

- Sanitários

- Salas de

aulas

- Auditório

- Sanitários

- Balneários

- Sanitários

- Sala dos

Professores

- Arrumos

- Arrecadação

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- Serviços

especializados

de apoio

educativo

- Sala de

estudo/apoio

- Elevador

Tabela 1- Distribuição interna da Escola.

A área desportiva, destinada às aulas de educação física, encontra-se no extremo direito da escola, num pavilhão

gimnodesportivo e campo de desporto pavimentado. A envolvência dos blocos contempla zonas verdes, que

aparentemente carecem de cuidados. O terreno da escola é plano e encontra-se totalmente vedado. A entrada e a saída

da escola são vigiadas por um assistente operacional que ocupa o espaço da Portaria, junto do portão de acesso ao

recinto escolar.

Figura 3- Entrada da E.B. 2,3 Dom Martim Fernandes Figura 4- Vista aérea EB 2º e 3º ciclo D. M.F.

Figura 5- Sala de Educação Visual

Na Escola Básica 2º e 3º ciclos Dom Martim Fernandes, existe uma sala de aula de educação visual, com mesas e

cadeiras antigas, sem estiradores. Um quadro branco com canetas permanentes fornecidas pela escola. Possui uma

arrecadação com cacifos para guardar materiais, e bancada com lavatório.

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14

Figura 6- Vista aérea da Escola Secundária de Albufeira

Figura 7- Escola Secundária de Albufeira Figura 8- Sala de Oficina de Artes

Na Escola Secundária, a sala de aula de Oficina de Artes, apresenta janelas com persianas que não abrem totalmente,

bloqueando a luz natural, mesas altas com bancos de madeira, visivelmente deterioradas, armários com vitrinas antigas

e cacifos com rasuras grafitadas. Existe um anexo com cacifos para guardar material, e uma arrecadação com material e

trabalhos de outros anos e turmas. Há uma mufla (que não se sabe se funciona), uma prensa metálica para gravura que

se encontra danificada, uma bancada metálica e uma com lava-louças. A sala de aula também tem computador, projetor

de vídeo, tela de projeção e quadro branco.

A segunda, foi a sala de trabalho da Prática Supervisionada.

GRUPO DISCIPLINAR E ORIENTADOR COOPERANTE

O grupo disciplinar de Artes Visuais é integrado no Departamento de Expressões e não tem atualmente delegado

de grupo, sendo a Coordenadora de Departamento, a professora Anabela Furett, do grupo 240, de Educação Visual e

Tecnológica, que coordena todo o departamento e respetivo grupo 600 de Artes Visuais.

Os professores do grupo de Artes Visuais são: Idalina de Oliveira, Carla Rajão e Fernando Costa. Dois professores

têm formação em Design (interiores e equipamento) e um em História das Artes e da Cultura. Todos os professores do

grupo estão integrados no quadro de nomeação definitiva.

Page 15: Business report (Elegant design)

15

A Orientadora Cooperante, Professora Idalina de Oliveira, é formada em Design de Interiores pelo IADE de

Lisboa, e exerce docência há cerca de 26 anos, com experiência a nível do 2º e 3º ciclos e ensino secundário. Lecionou

em várias cidades de Portugal Continental e Ilhas. Este foi o primeiro ano letivo a lecionar no Agrupamento de Escolas

de Albufeira Poente.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS TURMAS OBSERVADAS

A turma do 7º A, era constituída por 29 alunos, treze rapazes e dezasseis raparigas, com idades entre os onze e os

treze anos; a turma do 7º B, era constituída por vinte alunos, onze rapazes e nove raparigas, com idades entre os onze

e os treze anos; e a turma do 7º C, era constituída por vinte e nove alunos, quinze rapazes e catorze raparigas, com

idades entre os onze e os catorze anos. Eram turmas regulares, sem grandes problemas a nível comportamental e

cognitivo, à exceção de dois alunos mais problemáticos e uma aluna autista.

A turma G do 11º ano, era constituída por vinte e sete alunos, nove rapazes e dezoito raparigas, com idades entre

os quinze e os dezanove anos, a turma F do 12º ano, tinha vinte e cinco alunos, dos quais um anulou a matrícula, três

foram excluídos por faltas e um com matrícula condicional até ao final do ano, ficando assim, sete rapazes e catorze

raparigas. Quatro dos alunos eram estrangeiros, nascidos na Ucrânia, Brasil, Alemanha e Dubai, mas apenas o último

não falava português. Ambas as turmas eram do Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais.

CARACTERIZAÇÃO DA TURMA DO 12º F

A turma do 12º ano de Artes Visuais foi a turma escolhida para desenvolver as unidades didáticas como parte

integrante da Prática Supervisionada, por não ter ainda experiência docente com este ano de escolaridade, nem na

docência da disciplina de Oficina de Artes, pretendendo assim alargar a minha experiência como docente.

Como referido no ponto anterior, a turma era constituída por sete rapazes e catorze raparigas, num total de vinte e

um alunos. As idades variaram entre os dezasseis anos (3 alunos), dezassete anos (11 alunos), dezoito anos (6 alunos) e

dezanove anos (1 aluno) e foi dividida em dois turnos de dez e onze alunos respetivamente. A turma foi considerada

heterogénea ao nível socioeconómico, traduzindo-se na sua globalidade, num nível médio/alto, tendo os respetivos

encarregados de educação, trabalhos e formações diversificadas. Os alunos do 12º F, são residentes predominantemente

na cidade de Albufeira, sendo os restantes residentes em povoações circundantes: Olhos de Água, Ferreiras e Armação

de Pera.

Nesta turma os alunos repetentes não continuaram além do 1º período, sendo o nível escolar da turma considerado

bom, relativamente ao ano letivo anterior. Relativamente às expectativas de futuro, a maior parte dos alunos esperava

alcançar uma formação académica de nível superior, indo as preferências maioritariamente para áreas do Design

(multimédia e de comunicação), Arquitetura, do Teatro e Cinema, Dança, Artes Plásticas e Direito.

De um modo global, todos os alunos tiveram níveis escolares bastante bons, eram ordeiros, trabalhadores medianos

e aplicados quanto baste.

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16

HORÁRIO

Figura 9- Horário da Orientadora Cooperante

AULAS OBSERVADAS, AULAS LECIONADAS E OUTRAS ATIVIDADES LETIVAS

De forma a poder organizar as ideias e os conteúdos deste relatório, elaborei um quadro mensal, onde foram

apresentadas as horas observadas e lecionadas durante a prática pedagógica, assim como as horas de trabalho em

reuniões com a Professora Orientadora Cooperante, reuniões de Conselho de Turma e trabalho de componente não

letiva (Quadro I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX).

O primeiro momento de Prática Supervisionada, foi através de aulas observadas na Escola Básica 2º e 3º Ciclos D.

Martim Fernandes, às turmas A, B e C do 7º ano, com 100 minutos semanais a cada turma, na disciplina de Educação

Visual, e na Escola Secundária de Albufeira, à turma F do 12º ano, com 300 minutos semanais de aulas observadas da

disciplina de Oficina de Artes. No período entre 21 de outubro e 21 de novembro, as aulas observadas à Professora

Orientadora Cooperante foram interrompidas por motivo de doença da mesma, sendo que durante esse período,

solicitei autorização à direção do agrupamento para assistir às aulas dos outros professores do grupo 600, tendo assim

observado as aulas de Desenho A e Geometria Descritiva A, do professor Fernando Costa, às turmas 12º F, 10º B e

Page 17: Business report (Elegant design)

17

10º F respetivamente, e às aulas de Oficina de Multimédia, da professora Carla Rajão, à turma F do 12º ano. Entre os

dias 28 de novembro e 10 de dezembro, a professora Cláudia Marinho veio substituir a Professora Orientadora

Cooperante, Idalina de Oliveira, pelo que retomei a normal observação das aulas acima mencionada.

Durante todo o ano letivo, estive presente em reuniões e planeamento de atividades com a Professora Orientadora

Cooperante, no período da tarde pós-laboral, num total de 150 minutos semanais, entre outras identificadas nos mapas

de presença em anexo, à exceção de 150 minutos semanais de O.T., que se realizaram apenas no 1º Período, e de

reuniões de avaliação que apenas me foram autorizadas à observação no 1º Período, não me sendo igualmente autorizada

pela Direção do Agrupamento, a observação das reuniões de grupo e de departamento em nenhum período do ano

letivo, apesar da minha insistência nos pedidos.

No dia 23 de janeiro de 2019, iniciei as aulas lecionadas, tendo escolhido a turma F do 12º ano na disciplina de

Oficina de Artes, para desenvolver as Unidades Didáticas da Prática Supervisionada, sendo que já possuo tempo de

serviço antes da profissionalização, a turmas do 3º ciclo e 10º ano de escolaridade, e foi meu objetivo desenvolver as

unidades com uma turma finalista do ensino secundário, para investigação de tese.

Durante o 3º Período ainda observei também algumas aulas de Desenho A da turma G do 11º ano, lecionadas pela

Professora Orientadora Cooperante.

A partir da aula nº 25 (23/01/2019), todas as aulas previstas para o 2º e 3º período foram lecionadas por mim,

sempre com a presença e orientação da Professora Orientadora Cooperante. Assim, conforme previsto no plano de

estudos do mestrado, observei um total de 50 horas/aulas, lecionei um total de 98 horas/aulas à turma de 12º ano e

desenvolvi outras atividades educativas num total de 114 horas (de 30 horas/aulas obrigatórias a cada componente),

realizadas no local de estágio, sendo que as horas de preparação de aulas, visita de estudo e atividades letivas, que foram

desenvolvidas em casa não foram contabilizadas.

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Tab

ela

2-

Map

a de

Pre

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o 2018

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Tab

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3-

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2018

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20

Tab

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Tab

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3-

Map

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Pre

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bro

2018

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21

Tabela 5- Mapa de Presenças de janeiro 2019

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22

fevereiro

Outras Actividades Educativas em horas

12º F

Reunião com Orientadora Prática Supervisionada

Reunião de Cons. Turma

Trabalho de Componente não lectiva

OFICINA DE ARTES

Semana 1

sexta 1 3 Planificação de atividades 2h

Semana 2

segunda 4

terça 5

quarta 6 3

quinta 7

sexta 8 3 planificação de atelier de

pintura e ppt de apresentação 6h

TOTAL HORAS SEMANAIS 9 8

Semana 3

segunda 11

terça 12

quarta 13 3 2 AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS EM GESSO 2H

quinta 14

sexta 15 3

TOTAL HORAS SEMANAIS 6 2

Semana 4

segunda 18

terça 19

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23

quarta 20 3 2 AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS EM GESSO 2H

quinta 21

sexta 22 3

TOTAL HORAS SEMANAIS 6 6

Semana 5

segunda 25

terça 26

quarta 27 3 2 planificação de atelier de

LINÓLEO 4h

quinta 28

TOTAL HORAS SEMANAIS 3 6

TOTAL HORAS MENSAIS 24 22

Tabela 6- Mapa de Presenças de fevereiro 2019

Page 24: Business report (Elegant design)

24

MARÇO

Outras Atividades Educativas em horas

12º F Reunião com Orientadora

Prática Supervisionada Reunião de Cons.

Turma Trabalho de Componente

não letiva OFICINA DE ARTES

Semana 1

sexta 1 3

Semana 2

segunda 4

terça 5 CARNAVAL

quarta 6

quinta 7

sexta 8 3 INICIO LINOLEO AVALIAÇÃO PINTURAS 2H

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 2

Semana 3

segunda 11

terça 12

quarta 13 3 PLANIFICAÇÃO ACTIVIDADE

VITRAL

PLANIFICAÇÃO ACTIVIDADE VITRAL 4H

quinta 14

sexta 15 3 AVALIAÇÃO LINÓLEO 2H

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 6

Semana 4

segunda 18

terça 19

quarta 20 3 INICIO VITRAL AVALIAÇÃO LINÓLEO 2H

quinta 21

sexta 22 3 AVALIAÇÃO 2º P 2H

+ 3H (TARDE- PLANIFICAÇÃO PROJETO 3P)

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 7

Semana 5

segunda 25 PLANIF. PROJETO 3P 5H

terça 26

quarta 27 3 INICIO PROJETO 3P 2H

quinta 28

sexta 29 3

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 7

TOTAL HORAS MENSAIS

24 22

Tabela 7- Mapa de Presenças de março 2019

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25

ABRIL

Outras Atividades Educativas em horas

12º F Reunião com

Orientadora Prática Supervisionada

Reunião de Cons. Turma

Trabalho de Componente não letiva OFICINA DE ARTES

Semana 1

segunda 1

terça 2

quarta 3 5 VISITA DE ESTUDO "SHARE ALGARVE" VILAMOURA 9H-

19H

quinta 4

sexta 5 3 AVALIAÇÃO 2ºP

TOTAL HORAS SEMANAIS

8 10

Semana 2

FÉRIAS DA PÁSCOA 8 a 12

Semana 3

FÉRIAS DA PÁSCOA 15 a 19

Semana 4

segunda 22

terça 23

quarta 24 3

quinta 25 FERIADO

sexta 26 3

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 6

TOTAL HORAS MENSAIS

14 16

Tabela 8- Mapa de Presenças de abril 2019

Page 26: Business report (Elegant design)

26

MAIO

Outras Actividades Educativas em horas

12º F Reunião com Orientadora Prática

Supervisionada Reunião de

Cons. Turma Trabalho de Componente não

letiva OFICINA DE ARTES

Semana 1

quarta 1 FERIADO

quinta 2

sexta 3 3

TOTAL HORAS SEMANAIS

3

Semana 2

segunda 6

terça 7

quarta 8 3 2

quinta 9

sexta 10 3

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 2

Semana 3

segunda 13

terça 14

quarta 15 1 2 3

quinta 16

sexta 17 3 2

TOTAL HORAS SEMANAIS

4 4

Semana 4

segunda 20

terça 21

quarta 22 3 2

quinta 23

sexta 24 3 2

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 4

Semana 5

segunda 27

terça 28

quarta 29 3 2

quinta 30 montagem exposição das 14h30 às 22h

sexta 31 3 2 exposição 15h às 18h30

TOTAL HORAS SEMANAIS

6 16

TOTAL HORAS MENSAIS

25 26

Tabela 9- Mapa de Presenças de maio 2019

Page 27: Business report (Elegant design)

27

MAPA PRÁTICA SUPERVISIONADA

JUNHO

Outras Atividades Educativas em horas

12º F Reunião com Orientadora Prática

Supervisionada

Reunião de Cons. Turma

Trabalho de Componente não letiva

OFICINA DE ARTES

Semana 1

segunda 3

terça 4

quarta 5 3 2

quinta 6

sexta 7

TOTAL HORAS SEMANAIS

3 2

TOTAL HORAS MENSAIS

3 2

OBSERVAÇÕES

MAPA PRÁTICA SUPERVISIONADA

Aulas Observadas em horas/tempos

Aulas Lecionadas em horas/tempos

Outras Atividades Educativas em horas

7º A

7º B

7º C

12º F 12º F - OFICINA DE

ARTES

Reunião com Orientadora

Prática Supervisionada

Reunião de Cons. Turma

Trabalho de Componente

não letiva EV EV EV OF

ART

TOTAL 4 4 2 31 96 28 6 69

41 96 103

9h extra a aulas de outros

professores

Tabela 10- Mapa de Presenças de junho 2019

Tabela 11- Total Ano Letivo 2018/2019

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28

IMPORTÂNCIA DO PORTEFÓLIO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Um relatório de estágio profissional é sempre importante, já que a realização de um trabalho destes não só enriquece

a nível profissional como também a nível pessoal. É um trabalho de pesquisa, o que torna a sua importância ainda

maior, pois permite a investigação e o estudo de conceitos e ideias que estão diretamente relacionadas com o interesse

académico e profissional.

Para a elaboração deste relatório é necessário recorrer a livros, artigos, entre outras fontes, e todas as pesquisas

servirão para uma abordagem mais naturalista, fomentando a reflexão e desenvolvendo uma visão diferente sobre o

papel da teoria da formação inicial.

Segundo Korthagen (Flores & Simão, 2009) :

(…) os alunos futuros professores refletem sobre o seu pensamento, sentimento, desejo e acção, e também sobre os

mesmos aspectos nos seus alunos. O objectivo desta reflexão é torna-los mais conscientes sobre a forma como são orientados

por alguns sinais durante o seu ensino, incluindo sinais vindos de dentro da pessoa, tais como sentimentos de irritação ou de

precipitação (…) (p. 48)

Para a realização do relatório pretendo consolidar conhecimentos e tirar conclusões, que me permitirão ultrapassar

situações no futuro, tanto a nível profissional, como também a nível pessoal.

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO NA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DA

PROFESSORA ESTAGIÁRIA

Para realizar o estágio tive oportunidade de escolher a escola onde o iria efetuar, na minha zona de residência, o

que facilitou a minha mobilidade diária à mesma, e a participação e presença em várias atividades letivas.

A importância da Prática Pedagógica salienta a realização de atividades distintas, como a observação, análise e a

responsabilização pelas atividades docentes. É ainda necessário referir que a Prática Pedagógica valoriza conhecimentos,

capacidades, atitudes, níveis de adequação de intenções, expostos num conjunto de relações interpessoais e institucionais

que determinam a prática competente da profissão. O estágio consolida assim a construção da minha carreira docente,

pois possibilita a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos que não possuía enquanto possuidora de habilitação

própria, assim como uma aproximação às situações que poderemos encontrar futuramente e como agir perante as

mesmas.

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29

DECLARAÇÃO DA PROFESSORA ORIENTADORA SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA PROFESSORA

ESTAGIÁRIA PARA OS ALUNOS E COMUNIDADE EDUCATIVA

Figura 10- Declaração da Professora Orientadora Cooperante

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30

TRABALHO DE PLANIFICAÇÃO

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE OFICINA DE ARTES

Feita a análise ao programa de OFA do 12º ano, percebo que é uma disciplina que desenvolve diferentes domínios

da comunicação visual e da linguagem/expressão gráfica e plástica, bem como o desenvolvimento da sensibilidade

estética. Em termos técnicos promove/desenvolve a motricidade, a capacidade de manipulação dos materiais e técnicas,

bem como a capacidade de abstração e a cooperação individual e/ou em grupo (Gonçalves, L., Alírio, E.,2005). Tudo

isto contribui para o desenvolvimento da criatividade, autonomia, sensibilidade estética e crítica do aluno.

Relativamente às áreas de expressão e concretização plásticas, a disciplina aborda áreas ligadas à bi e

tridimensionalidade, associadas aos fenómenos da comunicação visual, originando a experimentação e realização do

projeto artístico. É de notar que alguns dos conteúdos formativos anteriormente propostos por esta disciplina foram

integrados em Desenho A, quando esta se tornou de caráter obrigatório e trienal. Desta forma, permitiu reforçar a

noção de ofício na disciplina de OFA, em que o operador plástico age numa perspetiva de intervenção crítica.

Segundo os parâmetros propostos pelo Ministério da Educação, à “Oficina de Artes compete abordar as áreas de

expressão e concretização plásticas bi e tridimensionais, associadas aos fenómenos da comunicação visual”. E, como

disciplina nova, ainda propõe “Abrir espaço à experimentação e realização do projeto artístico, considerando as

sugestões incluídas no desenvolvimento deste programa.” (Gonçalves, L., Alírio, E, 2005, p.2)

De acordo com as finalidades e objetivos proposto no programa, é delineada para a disciplina de OFA uma

orientação interativa sustentada por técnicas convencionais e não convencionais; traçou-se um percurso organizado em

três módulos: Área de Diagnóstico – temas estruturantes; Projeto Artístico – questões permanentes; Áreas de

Desenvolvimento e Concretização do Projeto. Todas estas áreas compõem a Planificação Anual de OFA do 12.º ano.

Relativamente à metodologia de ensino aprendizagem, o programa sugere que a abordagem dos conteúdos se realize

de forma gradual, faseando e intensificando as experiências, num compromisso entre a razão e a intuição, em que os

alunos sejam agentes ativos de mudança. Indo ao encontro da criatividade e expressividade artística, o processo de

ensino/aprendizagem tem como ponto de partida: a pesquisa, a recolha de materiais e o poder de síntese, de modo a

ser capaz de conjugar a poética do imaginário com o rigor da expressão de um trabalho. A questão metodológica passa

também pela fase da experimentação em que, a partir dos materiais recolhidos, far-se-á uma triagem de referências

plásticas. Nos trabalhos práticos, a conjugação de técnicas convencionais com materiais ortodoxos exigirá o

desenvolvimento de fundamentos teóricos. É de salientar a importância da referência à cultura portuguesa e da região,

às visitas na comunidade, assim como ao recurso à internet. Este programa rejeita a rotina e os estereótipos, favorecendo

a prática reflexiva, atualizada e reinventada.

Pretende-se com esta disciplina possibilitar aos alunos orientações pessoais e profissionais, de modo a serem capazes

de desenvolver e manipular diferentes conteúdos dentro das diferentes áreas das Artes. Deve ainda compreender

conceitos teóricos da linguagem visual e plástica, a fim de concretizar projetos pessoais de maneira a fortalecer o

processo criativo. Os alunos devem ganhar uma postura autocrítica dentro da contextualização e intervenção na

comunidade, revelando uma consciência estética. Traçadas as finalidades e os objetivos, compete aos alunos adquirirem

as competências necessárias que lhes possibilitem o desenvolvimento das capacidades de representação, de expressão

gráfica e plástica, de comunicação visual e de análise das obras de arte.

Assim, compreende-se que o aluno deverá ser capaz de utilizar meios riscadores e/ou informáticos com

intencionalidade, na construção de uma mensagem visual.

Page 31: Business report (Elegant design)

31

Avaliação

A avaliação das aprendizagens dos alunos compreende as modalidades de avaliação formativa e avaliação sumativa.

A avaliação formativa é contínua e sistemática e tem função diagnóstica, permitindo ao professor, ao aluno, e demais

intervenientes no processo educativo obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista ao

ajustamento de processos e estratégias. Nesta disciplina, a avaliação formativa deve exercer-se de forma a permitir captar

a evolução do aluno, no que respeita aos trabalhos produzidos e aos processos utilizados nessas produções. A avaliação

sumativa, para além das atividades próprias que possa envolver, deve ter em conta os dados da avaliação contínua

anteriormente referidos. Para que a avaliação seja eficaz, há que planificar com rigor, estabelecendo para cada trabalho

ou projeto metas precisas, de modo que os referenciais de avaliação se articulem com as competências a desenvolver

pelos alunos.

No processo de avaliação, sugere-se que os trabalhos desenvolvidos sejam expostos e analisados em conjunto,

perante todos os intervenientes. Desta forma, nesse período de discussão, e através de críticas devidamente aferidas

pelos objetivos estabelecidos no programa, ou relativos a cada trabalho ou projeto, é possível clarificar os termos de

cada motivação e a perspetiva em que assentaram a pesquisa e a experimentação. Os referenciais de avaliação a seguir

enunciados são porventura observáveis ao longo da aprendizagem prevista e deles se isolam, para cada Módulo, os mais

significativos. Assim, pretende-se avaliar, global ou pontualmente, os seguintes aspetos de formação, evolução e práticas

de aprendizagem em termos de saberes, saberes-fazer e saberes-ser:

. Poder de observação aliado à capacidade de interpretar e registar;

. Desenvolvimento de competências de pesquisa, recolha e experimentação de materiais;

. Capacidade de leitura e análise de imagens;

. Domínio dos meios de representação;

. Invenção criativa aplicada a trabalhos e projetos;

. Interesse pelos fenómenos de índole artística;

. Formulação de questões pertinentes;

. Envolvimento e capacidade de integração no trabalho individualmente e em grupo;

. Persistência na aprendizagem;

. Empenho no trabalho realizado;

. Aquisição e compreensão de conhecimentos;

. Capacidade de relacionar os conhecimentos adquiridos e de os utilizar em novas situações.

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32

MÉTODOS DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE AULAS ADOTADAS NA ESCOLA AFILIADA

DIREÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

Direção de Serviços da Região Algarve

12ºAno Disciplina: Oficina de Artes

Período Conteúdos Programados

1. – Linguagem Plástica

2. – Materiais, suportes e instrumentos

3. – Técnicas de Expressão e Representação

1. – Projeto e Objeto

2. – Representação Expressiva e Representação Rigorosa das Formas e do Espaço

Áreas de desenvolvimento do Projeto:

-Desenho

-Pintura

-Escultura

-Design Gráfico

-Design de Equipamento

-Fotografia

-Videografia

-Intervenção em espaços culturais

A Coordenadora de Departamento

Anabela Furett

Figura 11- Planificação de Oficina de Artes do Agrupamento de Escolas de Albufeira Poente

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PLANIFICAÇÃO ANUAL

Tab

ela

12-

Pla

nific

ação

Anu

al d

e O

ficin

a de

Art

es –

Pág

.1

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a de

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Pág

.2

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Tab

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Pla

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Pág

.3

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Pla

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Pág

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Pág

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Pla

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Anu

al d

e O

ficin

a de

Art

es –

Pág

.6

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39

PLANIFICAÇÃO DE UNIDADE DIDÁTICA

Esta planificação é importante no sentido de organizar e estipular metas e distribuir no tempo os conteúdos a

programar, as estratégias a utilizar, os conteúdos a definir, as técnicas de avaliação e a gestão dos tempos a cumprir, de

forma a alcançar determinados objetivos de aprendizagem.

“A planificação de unidade de trabalho enfatiza o desenvolvimento didático: as atividades que o docente e alunos realizam para

alcançar os objetivos, as metodologias de ensino, os recursos educativos e as técnicas de avaliação que se aplicam em cada

situação concreta. A planificação de unidade programática é mais específica e explícita do que a planificação anual, aquela

fundamenta-se nesta, e é a partir dela que o docente prepara a sua prática diária.” (António A. B. Pinela, 2010, p. 56)

Em conformidade com o plano geral, preparei cinco unidades de trabalho que abrangeram os dois últimos períodos

letivos. Cada aula planeada tem uma duração prevista de dois tempos letivos de 50 minutos.

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43

Enunciado entregue aos alunos:

OFICINA DE ARTES |12º F 2018/2019

MÓDULO 3 - ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO E CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO

As Cores que nos pintam – “Albufeira, destino de emoções”

PROJETO PARA INTERVENÇÃO PLÁSTICA NO ESPAÇO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Introdução

A arte tem um poder transformador que nos pode dar a capacidade de ver e sentir as coisas de um modo diferente daquele que

tomamos como certo. Pode pôr-nos a pensar tanto em coisas mundanas e divertidas como em coisas sérias e profundas. Seja qual

for a abordagem e a ideia que esteja por detrás de uma intervenção artística num espaço público, ela tem sempre a possibilidade

de enriquecer esse espaço e as vidas daqueles que o frequentam. A principal ideia é a de que uma intervenção artística pode alargar

horizontes de perceção de quem com ela contactar e, ao mesmo tempo, quebrar a monotonia instalada num determinado espaço.

Meios expressivos como a instalação, a assemblagem, a arte conceptual e recursos multimédia podem entrar aqui em campo, junto

das formas mais tradicionais, como a escultura. Definição e Objetivos

Pretende-se criar um projeto para uma intervenção que se adapte ao espaço do hall de entrada da Câmara Municipal de Albufeira

– interior – e que tenha por base uma ideia visual coerente, com a temática “Albufeira - Destino de Emoções”, utilizando a cor

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44

como principal forma de expressão artística, refletindo o(s) sentimento(s) que inspira(m) o grupo a pensar/ver a cidade de

Albufeira.

Pretendem-se ideias de execução tão simples quanto possível, que possam permitir a concretização efetiva do projeto, quer em

termos técnicos quer em termos orçamentais. O aproveitamento de objetos quotidianos já existentes e o emprego de materiais

que sejam de aplicação simples deve ser uma preocupação a ter sempre em conta.

A definição de uma boa ideia – e o impacto visual positivo da mesma no espaço designado – deve ser o principal objetivo a atingir.

A intervenção será de carácter temporário, o que trará atribuições específicas em termos da sua finalidade, configuração e

materiais utilizados.

O trabalho será realizado e apresentado em grupos, com 2 elementos cada. Deverão apresentar 2 propostas em fase inicial,

optando depois por apenas uma para concretização e desenvolvimento do projeto. O projeto será apresentado em suporte de

papel, formato A4, paginado e encadernado.

A estrutura obrigatória do trabalho é a seguinte:

Capa: Título e subtítulo do trabalho (enunciado)/ Identificação dos autores/ Ano/ Disciplina/ Nome e numeração de cada uma das

intervenções.

Índice: índice de cada fase do projeto com respetiva página inicial

1- Introdução: Texto introdutório (dactilografado): Qual deve ser a finalidade de uma intervenção artística e qual a orientação do

trabalho que os autores vão tentar seguir (texto realizado no início do trabalho).

2- “Inspirações”: Imagens impressas de intervenções consideradas inspiradoras para o trabalho pretendido, retiradas do Pinterest

ou outros sites. Cada imagem deve estar referenciada e comentada, justificando a sua apresentação em legenda. Local de pesquisa

com link de acesso para cada imagem.

3- Espaços: Recolha fotográfica e/ou em registo desenhado do espaço e locais no mesmo, onde melhor se adaptaria uma

intervenção visual. Nesta recolha devem figurar o maior número de espaços considerados elegíveis, num mínimo de três. Num

pequeno texto para cada um deles, deve o grupo justificar as características do espaço que fazem dele um espaço “elegível”.

4- Brainstorming: Esboços de ideias que constituam propostas válidas para intervenções nos espaços apresentados no ponto

anterior. Estes registos rápidos em desenho, devem elucidar as ideias de forma expedita e inteligível, mas sem entrar em muitos

detalhes. Podem ser apresentadas várias propostas diferentes para um mesmo espaço.

5- Propostas: Devem ser apresentadas propostas sob a forma de visualizações realistas das intervenções nos espaços designados.

Deverá ser apresentado um número de propostas equivalente ao número de elementos do grupo. As propostas deverão ser para

intervenções temporárias. As visualizações devem tornar claros todos os aspetos visuais (dimensões, cores, formas, etc.) das

intervenções propostas. Cada proposta deve ser visualizada de pelo menos dois pontos de vista diferentes.

6- Memória descritiva e justificativa: Um único texto dactilografado – descritivo e justificativo –para cada uma das propostas

apresentadas (tempo verbal passado - Exº: “Foi realizada uma pesquisa…”).

Contracapa: Nomes e contactos (e-mail) dos autores

AVALIAÇÃO C – Conceitos, P – Práticas, VA – Valores/Atitudes

C Intervenção artística, Visualização- registo / Projeto e metodologia 20

P1 Texto introdutório: Clareza e rigor na argumentação 20

Page 45: Business report (Elegant design)

45

P2 “Inspirações”: Quantidade e profundidade da recolha de pesquisa / Comentário e justificação 20

P3 “Espaços”: Quantidade e qualidade gráfica dos registos / Pertinência dos textos de acompanhamento 20

P4 “Brainstorming”: Quantidade, pertinência e qualidade das ideias sugeridas /Criatividade 20

P5 Proposta: qualidade gráfica e clareza das visualizações, múltiplos ângulos, criatividade no desenvolvimento da ideia, título. 40

P6 Memória descritiva e justificativa: Clareza e rigor na descrição e justificação da proposta 20

P7 Apresentação: Estrutura (C ao P6) / Organização / Sequência / Clareza gráfica 20

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Gestão do tempo 20

(Cotação Máxima) TOTAL 200

CALENDARIZAÇÃO – 27 março a 8 (T2) e 10 (T1) maio

março abril

27 29 3 5 24 26

C C P P P P

maio

3 8 10

P P7 P7

Bom trabalho!

Page 46: Business report (Elegant design)

46

PLANIFICAÇÃO DA 1ª AULA DA U.D.

Agrupamento de Escola Albufeira Poente

Escola Secundária de Albufeira

Ano Letivo 2018/2019

PLANO DE AULA Disciplina: Oficina de Artes

Ano: 12º Turma: F Sala: D9

Data: 27 e 29 março 2019 Turnos 1 e 2 1ª e 2ª Aula UT (100 min)

Módulo 3

AS CORES QUE NOS PINTAM – ALBUFEIRA, DESTINO DE EMOÇÕES

CO

NTE

ÚD

OS

PR

OG

RA

TIC

OS

Sintaxe

A Intervenção em espaços Culturais; Conceitos de instalação Artística e Site Specific.

Procedimentos

Apresentação do projeto

Processos de análise

Estudo de intervenção e análise de obras (estruturação e apontamentos)

ESTR

ATÉ

GIA

/

ATI

VID

AD

ES

- Ir ao encontro dos interesses dos alunos e fazer ligações à comunidade através das obras de arte;

- Visita virtual a duas exposições de instalações artísticas em Lisboa (Palácio Pimenta e Culturgest);

- Usar a arte para ensinar a pensar a procurar e encontrar significados, levando os alunos a interagir com as obras de arte, considerando as intenções

do artista e implicações formais;

- Propiciar e fomentar a interação equilibrada entre a dimensão conceptual e a dimensão prática, experimental do conhecimento e dos saberes, que

conduza à assimilação e à consolidação operativa dos conteúdos.

OB

JETI

VO

S /

CO

MP

ETÊN

CIA

S

- Desenvolver a sensibilidade estética e a criatividade;

- Inferir conceitos de linguagem;

- Identificar e representar os elementos estruturais da linguagem plástica determinantes, bem como os efeitos expressivos que daí

resultam;

- Desenvolver capacidades de leitura e análise dos modos de formar do objeto artístico;

- Entender o ato/processo criativo como espaço de cruzamento de diversas condicionantes físicas e conceptuais;

- Entender as fases da metodologia de conceção, planificação, projetação e execução de projetos na área enunciada;

- Entender as técnicas necessárias ao desenvolvimento e concretização do projeto.

- Reconhecer a permanente necessidade de desenvolver a criatividade de modo a integrar novos saberes;

- Desenvolver o sentido de apreciação estética e artística do mundo recorrendo a referências e a experiências no âmbito das Artes

Visuais;

- Conhecer os conceitos e terminologias das Artes Visuais.

Page 47: Business report (Elegant design)

47

REC

UR

SOS

▪ Proposta de trabalho distribuída;

▪ Visualização do vídeo/tema – “Albufeira, Destinho de Emoções”;

▪ Projetor e Computador;

▪ Power Point sobre instalações artísticas;

▪ Imagens de instalações de vários artistas como inspiração;

▪ Vídeos de visitas a exposições em Lisboa;

▪ Livros e catálogos de exposições;

▪ Internet;

▪ Fotografias do espaço.

SUM

ÁR

IO

Lições nº 46 e 47

Apresentação do projeto de intervenção plástica no espaço da comunidade educativa -

"Instalação Artística" sob o tema "As cores que nos pintam". Visualização de exemplos de instalações artísticas e do video "Albufeira - Destino de

Emoções".

Page 48: Business report (Elegant design)

48

ATI

VID

AD

ES /

TEM

PO

Entrada dos alunos na sala de aula, verificação de presenças, preenchimento de sumário, preparação da

sala e organização dos suportes multimédia e livros/catálogos para apresentação.

Briefing sobre o projeto a desenvolver e suas especificidades. Leitura e explicação do enunciado.

Explicação sobre a instalação artística como forma de arte contemporânea e a obra de arte. O espectador

passivo e ativo. A instalação site specific.

Visualização do vídeo promocional da Câmara Municipal de Albufeira – “Albufeira – Destino de Emoções”.

Observação e análise de livros demonstrativos de arte e instalações artísticas. Fases do projeto.

Análise e visualização virtual, através de registos da professora, de duas exposições em Lisboa “Vicente- O

Mito em Lisboa” – instalações de vários artistas (Xana, João Ribeiro, Miguel Januário, André Banha,

Dominik Lejman, Simeon Nelson, Jana Matejkova, Régis Perray, Alessandro Lupi, Marta Soares, Isabel

Baraona, entre outros) no Palácio Pimenta e “Once in a Lifetime repeat” de João Onofre, na Culturgest, tal

como de vários exemplos de instalações artísticas retiradas da internet via Pinterest e google.

A partir da interpretação e reflexão das obras referenciadas, definir e organizar grupos.

10 minutos

30 minutos

20 minutos

60 minutos

15 minutos

AV

ALI

ÃO

Observação direta das atividades desenvolvidas em aula.

Page 49: Business report (Elegant design)

49

DESCRIÇÃO DE UMA AULA OBSERVADA

Data: 04-01-2019

Aula nº 21 | T1 | 100 minutos

Sumário: Exploração das normas fundamentais da representação técnica rigorosa na obra do Arquiteto Ernst Neufret

"Arte de projetar em arquitetura."

Observação:

Os alunos foram recebidos à entrada da sala de aula, sendo calmamente mandados entrar, ordenadamente e

cumprimentando individualmente.

Os alunos sentaram-se e a Orientadora Cooperante fez a chamada de presentes e marcou as faltas (nºs 6 e 11).

Seguidamente a Professora Orientadora Cooperante deu as primeiras indicações relativamente ao objetivo das normas

de representação técnica rigorosa na arquitetura de interiores, no centro da sala junto ao quadro branco. Posteriormente,

utilizou o projetor de vídeo e o computador, para mostrar e explicar os conteúdos do livro “Arte de projetar em

arquitetura” de Ernst Neufret, como introdução à construção das maquetes do projeto de design de interiores que os

alunos estavam a desenvolver desde o 1º Período.

A Professora Orientadora Cooperante explicou seguidamente a necessidade de recolher amostras de materiais e

como os alunos poderiam construir as maquetes, e respetivos materiais que poderiam utilizar para as mesmas.

Após a vinda do intervalo entre os dois tempos, a Professora Orientadora Cooperante, continuou a explicar as

diferentes formas de realização de maquetes, e esclareceu dúvidas de alguns alunos.

No final do segundo tempo da aula, a Professora verificou novamente as presenças e despediu-se dos alunos, dando

ordem de saída da sala de aula.

DESCRIÇÃO DE VÁRIAS AULAS DESENVOLVIDAS NO 2º PERÍODO

Ao longo do 2º Período foi desenvolvido por mim, com apoio da Professora Orientadora Cooperante, um atelier

de artes plásticas de forma a que os alunos utilizassem várias técnicas e materiais. Foram planificadas cinco atividades:

gesso, pintura, gravura em linóleo e a estanho e vitral. No entanto, devido ao ritmo de aprendizagem dos alunos e

encargos com material, foi acordado com a Professora O.C., que se iria excluir a técnica de gravura em estanho.

Enunciados entregues aos alunos na aula anterior ao início de cada atividade:

1ª ATIVIDADE – MÁSCARA DE GESSO COM MOLDE

OFICINA DE ARTES |12º ANO 2018/2019

U.T.3- LINGUAGEM PLÁSTICA MATERIAIS, SUPORTE E INSTRUMENTOS | TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E

REPRESENTAÇÃO

ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE I

MODELAGEM EM GESSO – RETRATO DE ARTISTA ESCONDIDO

23 janeiro ‘19

Page 50: Business report (Elegant design)

50

Materiais Necessários

• Ligaduras de gesso (Farmácia +- 1,80€);

• Alguidar pequeno/médio;

• Jornais ou plásticos para proteção de mesa e chão;

• Vaselina ou parafina (quanto mais pura melhor - farmácias ou supermercado);

• Fita para proteção de cabelo (masculino e feminino – preferencial bandolete de tecido elástico larga)

• T-shirt ou sweatshirt velha;

• Toalha velha;

• Tintas acrílicas, penas, purpurina, lantejoulas, cartão/cartolina, etc. (opcional)- para decoração / os materiais

para decoração podem ser comprados em grupo

OFICINA DE ARTES |12º ANO 2018/2019

U.T.3- LINGUAGEM PLÁSTICA MATERIAIS, SUPORTE E INSTRUMENTOS | TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO

ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE I

MODELAGEM EM GESSO – RETRATO DE ARTISTA ESCONDIDO

INTRODUÇÃO Máscaras venezianas: o «glamour» do Carnaval

É um dos principais ícones do Carnaval - a máscara veneziana explora o lado de glamour do Carnaval e é um dos símbolos de uma

das cidades mais famosas de toda a Itália. Com uma história secular, o Carnaval de Veneza atrai, anualmente, milhares de turistas

àquela cidade, exclusivamente para assistirem ao desfile de máscaras venezianas que tem lugar ano após ano. O Carnaval de

Veneza surge a partir da tradição do século XVI, onde a nobreza se disfarçava para sair e misturar-se com o povo. A festa

carnavalesca tem duração de 10 dias. Durante as noites, realizam-se bailes em salões e as companhias conhecidas como Compagnie

della Calza realizam desfiles pela cidade.

Mas, e se levássemos esse glamour para o lado do fantástico? Uma mistura de Veneza com o mundo das criaturas fantásticas!

DEFINIÇÃO E OBJETIVOS

A modelagem de gesso* é basicamente efetuada para a produção em série de objetos cerâmicos, produzidos artesanal ou

industrialmente, além de também ser um procedimento utilizado na confeção de peças artísticas. Para que uma peça seja produzida

em escala repetitiva é necessário executar um protótipo - modelo, normalmente em gesso ou argila, a partir do qual será

posteriormente feito o primeiro molde, em gesso, com o objetivo de reproduzir amostras de peças, em número limitado e posterior

execução de uma madre, a partir da qual se produzirá a quantidade de moldes necessários para a reprodução de peças cerâmicas.

Para a execução de todas estas operações é necessário conhecer as várias fases de processamento de modelos e moldes, assim como

dos materiais e ferramentas a serem utilizadas para a construção dos mesmos. Por ser de mais fácil utilização e resultados, não

Page 51: Business report (Elegant design)

51

necessitando de moldes positivos e negativos, a ligadura de gaze com gesso é utilizada para diversos fins, sendo o mais comum para

imobilização e moldes de membros do corpo humano. Podemos usar a ligadura de gesso para fazer moldes das famosas barrigas de

grávidas ou moldar pés de bebé para mais tarde recordar. Estas ligaduras podem também ser utilizadas na face, para o molde de

máscaras de carnaval, e esse é o objetivo desta atividade.

Pretende-se para esta atividade que com a ajuda de um colega cries a tua máscara de cara inteira, ao estilo veneziano, podendo

posteriormente alterá-la ou não, com moldes em cartão ou outros materiais, adicionando ligaduras de gesso, ou recortando a máscara

em parte. O resultado final terá obrigatoriamente de ter uma parte dos olhos, nariz e maçãs do rosto. A decoração e alteração das

formas fica ao teu critério, seja na pintura seja na utilização dos mais variados materiais, sejam penas, lãs ou outros. Não te esqueças

que um dos objetivos é refletir o teu eu escondido ou interior, e claro, a máscara ser o mais original possível!

Bom trabalho!

*O gesso é um mineral de sulfato de cálcio de baixa dureza, de cor branca amarelada e que quando puro é muito encontrado em

terrenos associados a calcários, argilas, xistos argilosos, etc. Como matéria prima original para fabricação de modelos e moldes na

Indústria Cerâmica, o gesso passa por um tratamento de calcinação entre 130° a 180° C perdendo desta forma parte da água que o

constitui. Após sua calcinação o gesso é peneirado, seco e armazenado em sacos de papel. Deve ser mantido em local seco, para

manter suas características.

PERCURSO E METODOLOGIAS

I _ PREPARAÇÃO

• Cria uma área de trabalho protegida: espalha algumas folhas de jornal ou uma lona plástica sobre o chão e mesas da sala

de aula para protegê-las. Tem também algumas toalhas de papel por perto para poderes limpar qualquer sujidade.

• Modelo de rosto: o colega tem de ficar parado por pelo menos 30 minutos e ficar no chão ou numa cadeira com a cabeça

inclinada para cima.

• Veste uma camisola velha e prende o cabelo: Tira a franja do rosto com uma bandolete de cabelo ou alguns ganchos e

enrola uma toalha no pescoço para proteger essas áreas do gesso.

• Corta a ligadura de gesso em tiras: As tiras devem ter entre 4 cm e 10 cm de largura e 7,5 cm de comprimento; varia o

tamanho para poderes preencher as diferentes partes do rosto. Corta de 10 a 15 tiras para cobrir o rosto da pessoa com

duas camadas de gesso.

• Passa um pouco de vaselina no rosto do colega a quem vais fazer o molde. É importante cobrir toda a superfície com

o produto para facilitar a remoção do gesso seco mais tarde: esfrega a vaselina até ao início do cabelo, cobre as sobrancelhas,

as pálpebras, os lábios e o nariz.

II _ MONTAGEM

• Mergulha as tiras de gesso numa tigela ou alguidar com água morna, uma a uma. Lava as mãos antes de começar e

pega numa tira. Mergulha-a numa segunda tigela, cheia com água morna. Remove o excesso do líquido com um dedo: é

importante que o gesso esteja húmido, não encharcado.

• Cobre a testa do colega: Passa os dedos sobre a tira para alisá-la e deixá-la uniforme sobre a pele.

• Adiciona tiras extras nas bochechas e no queixo: Segue para baixo a partir da testa, cobrindo as extremidades das

bochechas e o queixo. Vai alisando todos os pedaços com os dedos conforme as aplicas, de modo que toquem no rosto e

fiquem uniformes.

• Aplica tiras menores no nariz e no lábio superior: Deixa os espaços mais apertadinhos por último e tem cuidado ao

aplicar o gesso no nariz e na boca da pessoa, pois essas áreas são sensíveis. Tem cuidado para não tapares as narinas e

impedir a respiração. Deixa um espaço de cerca de 1,5 cm ao redor das narinas.

• Cobre os olhos e a boca com gesso, se necessário: Pede que feche os olhos e avisa quando começares a cobri-los com

tirinhas mais finas de gesso, pressionando-as com cuidado. Em seguida, pede que o modelo feche a boca e repete o mesmo

processo. Cobrir os olhos e a boca é opcional e depende do tipo de máscara desejado.

• Aplica pelo menos duas camadas de gesso: Ao terminares de cobrir o rosto, começa o processo novamente,

lembrando-te de fazer com que as tiras toquem umas nas outras e fiquem planas. A segunda camada é suficiente para que

a máscara fique mais firme e resistente.

Page 52: Business report (Elegant design)

52

• Alisa a máscara com os dedos húmidos: Assim que finalizares a segunda camada, afasta-te um pouco e dá uma olhadela

geral na máscara. Mergulha os teus dedos na água do gesso, que agora deve estar um pouco pegajosa. Em seguida, passa-

os sobre a máscara para alisar as marcas e os defeitos.

III_ SECAGEM E REMOÇÃO

• Espera cerca de 15 minutos: Pede que a pessoa permaneça quieta para que a máscara seque naturalmente. Avisa-a de

que é normal sentir uma leve comichão ou que sinta calor.

• Pede que a pessoa movimente um pouco o maxilar: Assim que o gesso estiver seco ao toque, pede para o modelo

movimentar um pouco a boca e levantar as sobrancelhas. Assim, ele irá começar a soltar a máscara do rosto aos poucos.

• Retira a máscara do rosto, lentamente: Assim que o gesso se for soltando, segura a máscara pelas laterais, agarrando-a

com firmeza. Puxa-a lentamente, enquanto vais levando os dedos na direção do centro do rosto. Não puxes a máscara com

força, ou podes magoar o colega. A máscara deverá sair com certa facilidade por conta da vaselina.

IV_ DECORAÇÃO

• Amarra a máscara: Faz um furo de cada lado da máscara, ao lado dos olhos, com um furador de papel. Em seguida,

amarra um elástico ou uma fita. Agora, basta colocar a máscara à frente do rosto e amarrar as duas linhas atrás da cabeça.

• Adiciona elementos extras ao gesso: Podes fazer um bico, um par de cornos ou qualquer outra forma utilizando

algumas tiras de gesso. Podes ainda adicionar elementos através de moldes em cartolina ou cartão e cobrindo-os com as

restantes tiras de ligadura.

• Superfície da máscara: Em seguida, pinta-a com tinta acrílica ou aguarela, como quiseres. Se cobriste os olhos e a boca

da máscara, podes pintá-los para criar um visual ainda mais distinto. Aplica um verniz sobre a máscara após a pintura

para dar um acabamento e proteger o gesso.

• Adiciona as decorações desejadas: Usa cola branca para colar penas, purpurina ou lantejoulas na máscara, criando um

visual mais festivo. Se preferires, mergulha-a num recipiente com cola e deita purpurina sobre a máscara para criar uma

superfície totalmente brilhante.

• Deixa a máscara secar durante 24h: Ao terminar de decorá-la, coloca-a sobre uma superfície plana por 24 horas.

AVALIAÇÃO

CM AA AP

C Conceitos: Projeto e gestão do projeto 20

P1 Aplicação de técnicas e rigor na concretização 60

P2 Produto Final – Criatividade / Qualidade Funcional – Plástica / Resultados face aos objetivos

iniciais

100

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude 20

(CM- Cotação Máxima; AA – Auto avaliação; AP – Avaliação do professor) TOTAL 200

CALENDARIZAÇÃO - 23 a 01 fevereiro 2019

JAN FEV

23 25 30 01

P1 P2

Page 53: Business report (Elegant design)

53

Figura 12- Trabalhos finais da 1ª atividade com os alunos

2ª ATIVIDADE – PINTURA ABSTRATA EM ACRÍLICO OU ÓLEO

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ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE II

PINTURA – RETRATO ESCONDIDO DE ARTISTA

Materiais necessários: 1 tela 60x80cm /aprox + Opções de tintas e respetivos materiais (escolher 1)

a) Óleo 1- Tintas óleo - cores primárias /cores escolhidas para a pintura + 1 preto + 1 branco

2- 3 ou 4 Pincéis de várias espessuras (chatos, redondos e ovais; os pincéis de cerdas, feitos com pelo de porco (brancos ou

claros) são mais duros que os de marta e absorvem maior quantidade de tinta- são melhores para espalhar a tinta em grandes

áreas de tela; para trabalhar os detalhes, o mais indicado é usar um pincel tipo marta -laranjas redondo)

3- Óleo de linhaça e Terebintina

4- Paleta ou base madeira/plástico (qualquer superfície desde que seja impermeável e uniforme)

5- Espátulas- várias (diluir, misturar e aplicar as tintas na tela; usar técnicas espatuladas)

6- Copinhos para solventes/chávenas pequenas velhas

7- Pano velho e/ou papel de cozinha

8- Frasco de vidro para lavagem de pincéis

9- Papel vegetal e químico (para copiar o desenho para tela caso necessário) e lápis com grafite macio 4B

Page 54: Business report (Elegant design)

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10- Materiais diversos (caso utilizes técnica mista: jornais, revistas, areia, gesso, etc)

b) Acrílico

1. Tintas acrílicas - cores primárias /cores escolhidas para a pintura + 1 preto + 1 branco

2. 3 ou 4 pincéis de várias espessuras e formatos (de cerdas naturais-amarelos/laranja e os de filamentos sintéticos- mais

baratos)

3. Paleta ou base madeira/plástico (qualquer superfície desde que seja impermeável e uniforme)

4. Espátulas- várias (diluir, misturar e aplicar as tintas na tela; usar técnicas espatuladas)

5. Pano velho e/ou papel de cozinha

6. Frasco de vidro para lavagem de pincéis

7. Papel vegetal e químico (para copiar o desenho para tela caso necessário) e lápis com grafite macio 4B

8. Materiais diversos (caso utilizes técnica mista: jornais, revistas, areia, gesso, etc)

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ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE II

PINTURA ABSTRATA– RETRATO DE ARTISTA ESCONDIDO

INTRODUÇÃO

A pintura é uma das artes plásticas que não parou de evoluir em relação às suas técnicas, temáticas e correntes criativas. A pintura

abstrata é uma corrente pictórica que teve início no século XX no contexto da vanguarda artística. A característica principal deste

movimento consiste na representação refletida na tela - não definida com critérios objetivos e convencionais, ou seja, a interpretação do

que se vê não é evidente. Assim, o que se representa não é o mundo das aparências, mas sim as ideias abstratas que vêm do mundo

interior do artista. O artista abstrato expressa as suas ideias e sentimentos através de cores e formas que não correspondem ao mundo

real. Desta forma, não há uma representação figurativa, mas sim uma linguagem visual de cores e formas que tem o seu próprio

significado. O objetivo da pintura abstrata não é reproduzir algumas imagens, mas sim transmitir emoções a partir de manchas, linhas e

cores. Neste sentido, as cores comunicam sentimentos (por exemplo, o vermelho transmite energia, etc) e as formas expressam ideias

(por exemplo, o círculo pode simbolizar a perfeição).

DEFINIÇÃO E OBJETIVOS

O termo abstrato vem do verbo latino abstrahere, que quer dizer separar algo ou extrair.

De um modo geral, o abstrato opõe-se ao concreto. Um dos significados da palavra abstrato refere-se ao pensamento humano, pois de

tudo o que se observa pode extrair-se traços gerais e partir daí obter ideias. As ideias (de beleza, bondade, amor, desejo, entre outras)

são conceitos que não podem ser observados de nenhum lugar, mas são capazes de deduzir através de um processo de abstração. Na

arte, há a corrente criativa da arte abstrata, que surgiu no início do século XX como oposição à arte figurativa onde se imitava e

reproduzia a natureza. Costuma-se dividir a arte abstrata em dois grupos: abstracionismo expressivo (também conhecido como lírico ou

informal - Kandinsky) e abstracionismo geométrico (Malevich).

Na arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos, intuições e sentimentos, provocando nas pessoas que visualizam a obra, uma

série de interpretações. Portanto, uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas.

Inspirando-te na arte abstrata expressiva ou geométrica, cria num suporte de tela com medidas aprox. 60x80 cm, uma superfície

plástica abstrata, baseada numa imagem de autorretrato previamente escolhida ou trabalhada. A imagem deverá conter uma auto-

representação, de modo a poder funcionar como uma síntese apelativa e com impacto visual daquilo que tu és (retrato psicológico),

Page 55: Business report (Elegant design)

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daquilo que é o teu trabalho e também do modo particular como tu pretendes que os outros te percecionem como pessoa e como

profissional/estudante de Artes Visuais.

Pressupõe-se a realização de um breve trabalho de pesquisa prática e de experimentação de técnicas plásticas, incluindo mistas, com a

finalidade de entender os processos de pensamento e criação abstrata através da pintura. Utiliza tinta acrílica ou de óleo, conforme lista

de materiais indicados.

Em paralelo com a imagem, irás redigir um pequeno texto que te apresente como pessoa e como artista. Poderás expressar

considerações sobre ti próprio e sobre o que consideras ser a (tua) arte e os teus talentos e/ou expressar a tua visão sobre o papel das

artes visuais e daquilo que nelas achas interessante para ti.

Bom trabalho!

AVALIAÇÃO

CM AA AP

C Conceitos: Auto-imagem / Síntese visual 40

P1 Imagem – Síntese entre Auto-imagem e trabalho pessoal / Criatividade / Composição /Domínio Técnico 100

P2 Texto – Capacidade de síntese / Capacidade descritiva / Coerência / Criatividade 40

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude 20

(CM- Cotação Máxima; AA – Auto avaliação; AP – Avaliação do professor) TOTAL 200

CALENDARIZAÇÃO - 13 a 22 fevereiro 2019

FEV

13 15 20 22

C P1 P1 P1 + P2

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Figura 13- Trabalhos finais da 2ª atividade com os alunos

3ª ATIVIDADE – GRAVURA EM LINÓEO

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ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE III

GRAVURA EM LINÓLEO – TEMA LIVRE

Materiais necessários:

- 1 placa de linóleo (tamanho máximo A4 e mínimo A5)

- 1 folha de papel químico

- Goivas de corte em U e em V

- X-acto

- Rolo de polipropileno / borracha pequeno e/ou médio

- Tintas para impressão (Acrílico ou China)

- Suporte liso para colocar a tinta (azulejo, placa de acrílico ou de vidro)

- Tintas para pintura de acabamento (caso seja feito apenas o contorno na impressão) – aguarela

- Pincéis pequenos de pelo macio

- Espátula de plástico ou tarlatana (tecido parecido com gaze para a remoção de tinta da placa)

- Várias folhas para impressão (cavalinho para provas + fabriano, arches, canson, aguarela, etc)

- Para impressão podes usar um rolo de massa grande ou pequeno (se quiseres fazer provas sem a prensa que se encontra

na sala)

- Trapo para limpeza

- Álcool etílico para desengordurar a placa

Sugestões de compra de material (para encomenda):

- Placas de linóleo 33x50 = 10€ (dá para 3 alunos)

- Placas de linóleo 50x70 = 26€ (dá para cerca de 6 alunos)

- Goivas em caixa de cartão de 5 unid. = 7€

Page 57: Business report (Elegant design)

57

- Goivas em caixa de cartão de 10 unid. = 9,50€ (dá para 2 alunos)

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ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE III

GRAVURA EM LINÓLEO – TEMA LIVRE

INTRODUÇÃO

A gravura é um meio de expressão artística que se reproduz em série, produzindo

uma matriz de um modo experimental e criativo, e da qual derivam uma série de

provas.

A linoleogravura é uma técnica ímpar de gravura. O trabalho é aparentemente

simples: tudo o que é cortado não será impresso, o que nos leva a experimentar pensar no preenchimento das

imagens de forma negativa, “invertida”. É um processo de gravura semelhante à xilogravura, em que a imagem é

recortada em linóleo e impressa em papel. O linóleo foi muito usado no século XIX para se fazer pisos e “passadeiras”,

e este material foi utilizado pelos artistas europeus do final do século XIX para produzir gravuras. Na gravura em

linóleo o procedimento é parecido com o da xilogravura, e usam-se os mesmos instrumentos cortantes (as goivas). O

linóleo é mais maleável que a madeira, permitindo um corte mais "doce". E tal como na xilogravura, a tinta mais

indicada é a de impressão, sendo que podemos utilizar também acrílica e a óleo.

DEFINIÇÃO E OBJETIVOS

Nesta parte do atelier, vais desenvolver um breve projeto de gravura em linóleo, a começar pela conceção da

imagem de acordo com a lógica da impressão de relevo, passando pela gravação da superfície do linóleo, e

culminando na pintura da matriz e impressão. Serão explorados diversos processos que podem ser usados na gravura

em relevo. Os trabalhos com linóleo são especialmente apropriados para imprimir desenhos grandes e simples. O linóleo é fácil

de cortar, mas não se conseguem produzir linhas e texturas delicadas como a gravura, que usa como base a madeira ou o metal, por

isso não projetes um desenho muito elaborado!

Faz o teu desenho numa folha de papel branco. Depois, coloca a folha de papel químico sobre o linóleo e por

cima a folha com o desenho. Decalca o desenho para o linóleo passando com um lápis duro afiado. Utiliza uma

goiva pequena para o fundo e uma goiva maior para os contornos do desenho. Depois de pronta a gravação

do desenho, desengordura a placa com um trapo embebido em álcool etílico, de forma a limpá-la,

para que a tinta adira melhor.

Cada goiva, em U ou V, possui uma propriedade diferente quanto à abrangência (o quanto de área

permite cavar – áreas pequenas, áreas grandes) e ao acabamento; as pontas em V e o x-ato, por exemplo, garantem

cortes mais geométricos, “duros”, enquanto que as pontas em U permitem acabamentos mais orgânicos.

Page 58: Business report (Elegant design)

58

Com o rolo de borracha, espalha uma camada de tinta sobre o vidro ou o acrílico,

passando o rolo nos dois sentidos para o impregnar bem na tinta. Depois, passa o rolo com

cuidado sobre o linóleo e coloca devagar a folha de papel a imprimir sobre a placa pintada,

utilizando um rolo da massa para calcar o papel com força sobre o desenho ou utiliza a

prensa da sala de Oficina de Artes. Retira devagar e com cuidado e deixa secar.

Dicas:

- Fazer movimentos curtinhos e em várias direções ajuda a preencher o rolo mais

rapidamente. A quantidade “certa” de tinta é o suficiente para cobrir toda a superfície do

rolo, com uma certa transparência, mas sem excessos.

- O rolo, bem como a superfície onde vais espalhar a tinta, precisam estar bem limpos, livres de pó e de

gordura, pois essas sujidades podem entrar nos poros da tua matriz e criar marcações indesejadas, o

que pode comprometer a peça.

- Quando fores gravar/escavar, muito cuidado para não te cortares! Tenta fazer os

movimentos com a goiva na direção oposta das tuas mãos.

- Podes separar um pedacinho pequeno da placa para testar cada uma das pontas: tenta fazer linhas mais retas, mais curvas, longas

e curtas.

- Caso apenas utilizes tinta preta para a impressão, e a faças em papel aguarela, poderás posteriormente à impressão pintar as

partes não impressas com tintas de aguarela, e usares assim as duas técnicas no mesmo trabalho.

O tema é livre, e será necessário apresentares esboços e memória descritiva e justificativa, do desenho e cores que queres usar

na impressão, tipos de papel escolhidos, etc. Bom trabalho!

AVALIAÇÃO

CM AA AP

C Conceitos: Projeto/ Imagem / Síntese visual / Esboços e MD 20

P1 Aplicação de técnicas e rigor na concretização 60

P2 Produto Final – Criatividade / Qualidade Plástica / Matriz e Provas 100

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude / Responsabilidade 20 (Cotação Máxima) TOTAL 200

CALENDARIZAÇÃO – 08 a 20 de março 2019

MAR

08 13 15 20

C C + P1 P1 + P2 P2

Inspira-te!

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59

Figura 14- Trabalhos finais de alunos em vários suportes de papel (cavalinho, aguarela, cartolina, etc)

Page 60: Business report (Elegant design)

60

4ª ATIVIDADE – VITRAL

OFICINA DE ARTES |12º F 2018/2019

U.T.3- LINGUAGEM PLÁSTICA MATERIAIS, SUPORTE E INSTRUMENTOS | TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO

ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE IV

VITRAL – TEMA LIVRE

Materiais necessários:

- 1 peça de vidro lisa transparente e incolor

- 1 folha de papel vegetal

- Caneta de acetato fina

- Pasta de relevo para vitral (contorno – imitação de pasta de chumbo)

- Verniz vitral nas cores desejadas

- Fita-cola

- Pincéis

- Álcool e algodão

OFICINA DE ARTES |12º F 2018/2019

U.T.3- LINGUAGEM PLÁSTICA MATERIAIS, SUPORTE E INSTRUMENTOS | TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO

ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS – PARTE IV

VITRAL – TEMA LIVRE

INTRODUÇÃO

O vitral (da língua francesa "vitrail") é um tipo de “janela” composto por pedaços de vidro coloridos, e

geralmente representa cenas ou personagens. É um dos elementos arquitetónicos característicos do estilo

gótico. Os vitrais eram uma arte usada nas representações históricas dentro das igrejas. Com o passar do

tempo, foram introduzidos noutros ambientes como forma de decoração.

DEFINIÇÃO E OBJETIVOS

Nesta parte do atelier, vais desenvolver um curto projeto de pintura sobre vidro – pintura em vitral. Começas pela conceção da

imagem de acordo com a linguagem da pintura em vidro, passando pela reprodução na superfície de vidro transparente e incolor,

terminando na pintura com contorno do suporte em vidro.

Os trabalhos com vitral são especialmente apropriados para executar desenhos grandes e simples. Usa a simplificação das formas e

cores para criares a tua imagem, pois irás realizar a pintura numa peça pequena.

1. Desengordura o vidro com um trapo embebido em álcool etílico, de forma a limpá-la, para que a caneta de acetato e a tinta de

vidral adiram melhor.

Page 61: Business report (Elegant design)

61

2. Faz o teu desenho numa folha de papel branco. Depois, coloca a folha de papel químico sobre o vidro e

por cima a folha com o desenho. Decalca o desenho para o vidro passando com um lápis duro afiado. Podes

também reproduzir o desenho copiando para o vidro com caneta de acetato (fina), ou colocando a folha com

o desenho por detrás, ou dentro do objeto, e copiares por cima com a mesma caneta. No final, e depois de

seco, limpa o vidro novamente com álcool para o desengordurares.

3. Com a pasta de relevo para vitral (ou pasta de chumbo) irás agora contornar na parte da frente do vidro,

o desenho que fizeste com a caneta ou passaste com o papel químico. Este processo deve ser feito devagar e com cuidado para que o

contorno fique uniforme. Quando terminares, espera 24 horas, para a peça secar bem.

4. Para pintares a peça deves preencher todos os campos do desenho cuidadosamente, escolhendo uma cor para o fundo, parte que

não pertence ao desenho contornado. E uma cor para cada parte contornada. De novo, esperar que seque por 24 horas.

5. Para finalizar, podes passar um verniz próprio para vidros – balsâmico, de forma a protegeres o teu trabalho.

Dicas importantes: Não leves a peça ao forno,

nem ao micro-ondas ou à máquina de lavar loiça.

O tema é livre, e será necessário apresentares esboços e memória descritiva e justificativa, do desenho e cores que queres usar no

vitral. Bom trabalho!

AVALIAÇÃO

CM AA AP

C Conceitos: Projeto/ Imagem / Síntese visual / Esboços e MD 20

P1 Aplicação de técnicas e rigor na concretização 60

P2 Produto Final – Criatividade / Qualidade Plástica 100

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude / Responsabilidade 20

(Cotação Máxima) TOTAL 200

CALENDARIZAÇÃO – 20 a 22 de Abril 2019

ABRIL

20 22

C + P1 P1+ P2

Inspira-te!

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62

Figura 15- Trabalhos finais de alunos em vários formatos de vidro

REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE OS PRÓS E OS CONTRAS DO TRABALHO DE PLANIFICAÇÃO

A planificação é um método de organização de trabalho que deverá ser adaptado ao contexto em que é inserido,

podendo esta ser anual, trimestral, mensal, semanal ou diária, tendo como principal objetivo guiar o professor, para que

este consiga seguir um fio condutor e estruturado na sua atividade letiva.

Segundo Braga (2004),

(…) na perspectiva construtivista, a planificação passa pela criação de ambientes estimulantes que propiciem actividades que não são à partida previsíveis

e que, para além disso, atendam à diversidade das situações e aos diferentes pontos de partida dos alunos. Isso pressupõe prever actividades que

apresentem os conteúdos de forma a tornarem-se significativos e funcionais para os alunos, que sejam desafiantes e lhes provoquem conflitos cognitivos,

ajudando-os a desenvolver competências de aprender a aprender. (p. 27)

Assim, a meu ver, o professor precisa planificar as atividades, de forma a que os alunos possam partir de elementos

cognitivos que fazem parte das suas realidades. O professor precisa também desta forma, conhecer todas as

possibilidades dos seus alunos, com o objetivo de desenvolver as capacidades dos mesmos, com atividades adequadas.

Como é lógico, as crianças não se desenvolvem sozinhas, logo, é preciso existir uma interação entre as potencialidades

de cada etapa e a escola, que devem ser variadas e motivadoras.

Nas minhas planificações abordo três questões fundamentais da ação educativa:

- “O que é necessário saber?” – reportando-se a conhecimentos;

- “O que se deve saber fazer?” – reportando-se a capacidades

- “Como se deve ser?” – reportando-se a atitudes e valores

Concluindo, a planificação é a meu ver, uma ferramenta indispensável para uma boa prática de ensino, sendo que

os professores necessitam de ter consciência de como estes planos levam à qualidade e eficácia do ensino, constituindo

uma ferramenta imprescindível, à qualidade e eficácia do seu trabalho, bem como acentuar a necessidade incontornável

de que o processo de planificação seja desenvolvido, tendo em conta as necessidades de cada grupo/turma. Assim,

antes de um professor lecionar uma aula, precisa de refletir sobre o que pretende e qual a forma mais adequada para o

fazer, tendo em conta os seus alunos.

As Orientações Curriculares (Orientações curriculares para a educação., 1997) referem “o educador reflete sobre as

suas intenções educativas e as formas de as adequar ao grupo, prevendo situações e experiências de aprendizagem e

organizando os recursos humanos e materiais necessários à sua realização.” (p. 26)

Page 63: Business report (Elegant design)

63

EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO

HETERO-AVALIAÇÃO DAS PLANIFICAÇÕES APRESENTADAS NA SECÇÃO ANTERIOR

As planificações que realizei, anual, trimestral e diária, foram revistas pela Professora Orientadora Cooperante, e as

alterações efetuadas em conjunto com a mesma, sendo que algumas dessas alterações se deveram à descrição de

conteúdos e competências específicas da planificação anual, e na estrutura da planificação diária e seus descritores. Os

restantes conteúdos das planificações foram considerados corretos e sem alterações.

AUTO-AVALIAÇÃO DAS PLANIFICAÇÕES APRESENTADAS

As planificações foram realizadas mediante a turma para a qual estavam destinadas, e foram adaptadas à faixa etária

e aos conhecimentos já adquiridos pelos alunos da mesma, mediante a planificação dada pelo agrupamento, e consoante

as diretrizes de trabalho que a Professora Orientadora Cooperante solicitou. Também foi tido em conta o Plano Anual

de Atividades do Agrupamento.

Realizei planificações flexíveis e que pudessem ser alteradas a qualquer momento, consoante as necessidades dos

alunos/turma, o que efetivamente se verificou na planificação anual e trimestral, sendo alterada a data da visita do artista

plástico à sala de aula, o cancelamento da visita da turma a galerias municipais (substituída por uma visita de estudo a

uma conferência internacional), e sendo também realizada uma palestra com um convidado que não estava prevista no

plano inicial anual.

A meu ver, o trabalho de planificação é imprescindível, mas também é imprescindível uma grande flexibilidade para

alterações não previstas e impostas por terceiros, como visitas de convidados e visitas de estudos, em que datas podem

ser alteradas. Também é necessária, como referi anteriormente alguma flexibilidade do professor mediante o tempo

previsto de realização de cada unidade didática, e a sua efetiva realização consoante o ritmo de trabalho e de

aprendizagem do grupo turma. Penso ter respondido corretamente a todos os imprevistos que resultaram em alterações

na planificação anual. No final do ano letivo, foi feita uma atualização do PAA, onde foram integradas as atividades que

anteriormente tinham sido apresentadas ao conselho pedagógico, tendo sido aprovadas e executadas.

Page 64: Business report (Elegant design)

64

GRELHAS DE AVALIAÇÃO

Parâmetros de Avaliação CM AA AP

C Conceitos: Projeto e gestão do projeto 20

P1 Aplicação de técnicas e rigor na concretização 60

P2 Produto Final – Criatividade / Qualidade Funcional – Plástica / Resultados face aos

objetivos iniciais

100

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude 20

(CM- Cotação Máxima; AA – Autoavaliação; AP – Avaliação do professor)

TOTAL

200

Tabela 18- Máscaras de Gesso

Parâmetros de Avaliação CM AA AP

C Conceitos: Auto-imagem / Síntese visual 40

P1 Imagem – Síntese entre Auto-imagem e trabalho pessoal / Criatividade /

Composição /Domínio Técnico

100

P2 Texto – Capacidade de síntese / Capacidade descritiva / Coerência / Criatividade 40

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude 20

(CM- Cotação Máxima; AA – Autoavaliação; AP – Avaliação do professor)

TOTAL

200

Tabela 19- Pintura Abstrata

Parâmetros de Avaliação CM AA AP

C Conceitos: Projeto/ Imagem / Síntese visual / Esboços e MD 20

P1 Aplicação de técnicas e rigor na concretização 60

P2 Produto Final – Criatividade / Qualidade Plástica / Matriz e Provas 100

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude /

Responsabilidade

20

(CM- Cotação Máxima; AA – Autoavaliação; AP – Avaliação do professor)

TOTAL

200

Tabela 20- Gravura em Linóleo

Page 65: Business report (Elegant design)

65

Parâmetros de Avaliação CM AA AP

C Conceitos: Projeto/ Imagem / Síntese visual / Esboços e MD 20

P1 Aplicação de técnicas e rigor na concretização 60

P2 Produto Final – Criatividade / Qualidade Plástica 100

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude /

Responsabilidade

20

(CM- Cotação Máxima; AA – Autoavaliação; AP – Avaliação do professor)

TOTAL

200

Tabela 21- Vitral

Parâmetros de Avaliação

CM AA AP

C Intervenção artística, Visualização- registo / Projeto e metodologia

20

P1 Texto introdutório: Clareza e rigor na argumentação

20

P2 “Inspirações”: Quantidade e profundidade da recolha de pesquisa / Comentário e justificação

20

P3 “Espaços”: Quantidade e qualidade gráfica dos registos / Pertinência dos textos de

acompanhamento

20

P4 “Brainstorming”: Quantidade, pertinência e qualidade das ideias sugeridas /Criatividade

20

P5 Proposta: qualidade gráfica e clareza das visualizações, múltiplos ângulos, criatividade no

desenvolvimento da ideia, título.

40

P6 Memória descritiva e justificativa: Clareza e rigor na descrição e justificação da proposta

20

P7 Apresentação: Estrutura (C ao P6) / Organização / Sequência / Clareza gráfica

20

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Gestão do tempo

20

(CM- Cotação Máxima; AA – Autoavaliação; AP – Avaliação do professor)

TOTAL

200

Tabela 22- Projeto de instalação Site-Specific

Legenda: C – Conceitos, P – Práticas, VA – Valores/Atitudes

Page 66: Business report (Elegant design)

66

DESCRIÇÃO DOS PARÂMETROS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação foi efetuada de acordo com os parâmetros específicos de cada atividade (tabelas 1 a 5), que foram

utilizadas para registos de grelhas de observação e pela autoavaliação, onde os alunos manifestam a sua opinião, em

relação ao projeto executado.

Os Critérios de Avaliação utilizados, foram os fornecidos pela Coordenadora do Departamento de Expressões da

escola, conforme imagem abaixo.

DIREÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

Direção de Serviços da Região Algarve

DEPARTAMENTO DE EXPRESSÕES

C R I T É R I O S D E A V A L I A Ç Ã O Cursos Científico Humanísticos

Oficina de Artes –12º ano

Dimensão Competências Especificas Instrumentos de Avaliação

Peso na

Avaliação

Parcial Total

Cogn

itiv

a

- Aquisição e compreensão de

conceitos específicos;

- Desenvolvimento de metodologias

de trabalho diversificadas;

- Desenvolvimento de capacidades

de comunicação, com utilização de

diferentes linguagens visuais;

- Capacidade de Intervenção Crítica

Gre

lhas

de

Ava

liaçã

o d

o D

epar

tam

ento

Trabalhos/ Exercícios

Individuais ou de grupo. (unidades de trabalho)

Portefólio e/ou Diário Gráfico -Pesquisa iconográfica das Unidades de

Trabalho propostas

-Ensaios compositivos

80%

5%

85%

Moto

ra/E

xpre

ssiv

a

- Eficácia técnica no uso dos recursos

gráficos e construtivos;

- Capacidade criativa e de inovação.

Atitu

des e

Valo

res

Empenho e Interesse

Autonomia e Responsabilidade

Comportamento e Atitudes

5%

5%

5%

15%

Page 67: Business report (Elegant design)

67

Os parâmetros de avaliação de cada atividade, surgiram posteriormente adaptados à grelha de avaliação também

fornecida pela Coordenadora do Departamento, a qual foi ajustada às unidades didáticas desenvolvidas em cada período

do ano letivo. As notas finais da média foram as apresentadas na pauta de classificações do 3º Período.

Tab

ela

23-

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68

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24-

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69

Tab

ela

25-

Tab

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Por

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70

Tab

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26-

Tab

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71

Tabela 27- Notas Finais do 1º Período

Tabela 28- Notas Finais do 2º Período

Page 72: Business report (Elegant design)

72

MÉDIAS ANUAIS 1º + 2º + 3º PERIODOS Arredondamento

nº Nome

1 17,4 17,0

2 17,6 18,0

3

4 16,4 16,0

5 16,8 17,0

6 16,2 16,0

7 17,0 17,0

8

9

10 16,4 16,0

11 17,7 18,0

12 15,4 15,0

13

14 17,5 18,0

15 13,7 14,0

16 15,9 16,0

17 15,7 16,0

18 11,2 11,0

19 13,1 13,0

20 16,5 17,0

21 16,8 17,0

22 16,2 16,0

23 17,4 17,0

24 17,6 18,0

25 13,4 13,0

26

MEDIA

TURMA 16,0

16,2

Tabela 30- Notas Finais do 3º Período

Tabela 29- Notas Finais do Ano Letivo com Média Anual

Page 73: Business report (Elegant design)

73

REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE AS FORMAS DE EXECUÇÃO DO TRABALHO PLANIFICADO

A estratégia adotada no ensino/aprendizagem a lecionar na turma de artes é determinada pela corrente expressivo

psicanalista, protagonizada por Viktor Lowenfeld e Herbert Read (1943), propondo que a educação artística deve

assumir um papel novo na sociedade. O ensino foi centrado no aluno, respeitando a sua expressividade e

individualidade. Como professora, tentei respeitar as ideias dos alunos, sem interferir na sua criatividade, incentivando

o seu desenvolvimento cognitivo, potencial gerador de emoções, criatividade e subjetividade, na área das artes.

A dinâmica pedagógica implementada esteve de acordo com a ideia proposta por mim inicialmente, que foi

aprovada pela Orientadora Cooperante: a ligação da Cor com as Artes Plásticas e o “Eu” do aluno, de forma a

desenvolver ao longo do ano letivo material de estudo para a investigação de tese que irá decorrer de seguida. A par

desta, foi tido em conta o projeto educativo da escola, as caraterísticas dos alunos e a realidade da comunidade em que

se inserem.

Na estrutura global das aulas são incutidos nos alunos conceitos teóricos e conteúdos práticos, de forma a

proporcionar as oportunidades e incentivar os alunos à pesquisa/investigação de novos conhecimentos. Desta forma,

as aulas com conteúdos teóricos, foram na sua maioria abordadas e expostas através das apresentações de PowerPoint,

contextualizando os temas propostos e facultando aos alunos um conjunto de informações essencialmente visuais, com

o objetivo de despertar os alunos para a Literacia Visual. Deu-se assim prioridade às aulas práticas, sugerindo e

exemplificando algumas técnicas e promovendo a experimentação de materiais ao longo dos dois períodos.

As aulas foram planeadas de modo que os alunos tomassem consciência dos tempos previstos para a execução dos

trabalhos e entrega dos mesmos no tempo previsto, tendo em conta todas as outras atividades curriculares e

extracurriculares em que os alunos participavam.

As estratégias e recursos usados por mim foram, entre outros: o debate em grupo sempre no início de cada atividade;

o acompanhamento tutorial e exemplificado durante a execução dos trabalhos; a realização de pesquisa/investigação,

brainstorming e outras fases do projeto, que fazem parte da metodologia projetual lecionada pela Orientadora

Cooperante no 1º período, como forma de consolidação de aprendizagem. As temáticas abordadas tentaram ser sempre

relevantes e atuais, mas dentro do programa estabelecido e do interesse geral dos alunos. A seleção dos meios de

expressão visual para a concretização dos trabalhos procurou ser variada, permitindo aos alunos desenvolver diferentes

abordagens artísticas, experimentando a maior quantidade de materiais possíveis, dentro de um orçamento

disponibilizado pelos mesmos e respetivos encarregados de educação.

Em síntese, foram desenvolvidas cinco unidades didáticas distintas. Quatro delas consistiram na realização de ateliers

com os alunos, solicitando-lhes a reinterpretação do seu autorretrato (criado previamente por eles na disciplina de

Oficina de Multimédia B), através de diferentes técnicas e materiais. Na quinta unidade, foi desenvolvida a Área de

Projeto, com o objetivo definido de criação de uma instalação site-specific no átrio de entrada da Câmara Municipal de

Albufeira, o que lhes permitiu, mais uma vez, a criação artística e desenvolvimento de um projeto, e sua respetiva

execução.

Desta forma, foram abordados os conceitos de desenvolvimento de projeto e metodologia projetual, materiais e

técnicas de expressão artística, desenvolvimento da criatividade, a intervenção num espaço público, o estudo de

contextos e ambientes, a diferença entre a dimensão conceptual e a dimensão prática e o trabalho em grupo/equipa

através de um projeto de turma. Procurei desta forma, que os alunos, a par da compreensão sobre o funcionamento da

linguagem plástica, pudessem desenvolver um fazer fundamentado, na perspetiva de um artista plástico, cuja intervenção

crítica fosse eficaz e relevasse uma consciência estética, ética e inovadora. Considero que na disciplina de OFA, o

processo de ensino-aprendizagem deve partir do incentivo à pesquisa, das opções relativas ao método de análise e

síntese dos dados recolhidos, no que respeita a um trabalho capaz de conjugar a poética do imaginário com o rigor da

expressão.

Page 74: Business report (Elegant design)

74

Durante a planificação das diferentes aulas e unidades, juntamente com a Professora Orientadora Cooperante,

foram analisadas e estruturadas estratégias para melhor compreensão dos projetos e motivação dos alunos. As

planificações foram estruturadas de modo a ampliar os conhecimentos teóricos (cultura das artes), reforçando-os

com visitas de estudo, participação em colóquios, visita de um artista plástico à sala de aula e a realização de

exposição com os trabalhos dos alunos.

MATERIAIS UTILIZADOS EM SALA DE AULA

Para a realização das atividades na sala de aula contámos com a utilização dos seguintes materiais, na sua quase

totalidade pagos pelos alunos:

• Ligaduras de gesso;

• Alguidar pequeno/médio;

• Jornais ou plásticos para proteção de mesa e chão;

• Vaselina;

• Fita para proteção de cabelo;

• T-shirt ou sweatshirt velha;

• Toalha velha;

• Tintas acrílicas, penas, purpurina, lantejoulas, cartão/cartolina, etc. (opcional)- para decoração das máscaras

• Tintas acrílicas - cores primárias /cores escolhidas para a pintura + 1 preto + 1 branco

• 3 ou 4 pincéis de várias espessuras e formatos (de cerdas naturais-amarelos/laranja e os de filamentos sintéticos-

mais baratos)

• Paleta ou base madeira/plástico (qualquer superfície desde que seja impermeável e uniforme)

• Espátulas

• Pano velho e/ou papel de cozinha

• Frasco de vidro para lavagem de pincéis

• Papel vegetal ou químico e lápis com grafite macio 4B

• Materiais diversos (para técnica mista: jornais, revistas, areia, gesso, etc)

• 1 placa de linóleo (tamanho máximo A4 e mínimo A5)

• Goivas de corte em U e em V

• X-acto

• Rolo de polipropileno / borracha pequeno e/ou médio

• Tintas para impressão (Acrílico ou China)

• Suporte liso para colocar a tinta (azulejo, placa de acrílico ou de vidro)

• Tintas para pintura de acabamento (caso seja feito apenas o contorno na impressão) – aguarela

• Espátula de plástico ou tarlatana (tecido parecido com gaze para a remoção de tinta da placa)

• Várias folhas para impressão (cavalinho para provas- fabriano, arches, canson, aguarela, etc)

• Álcool etílico para desengordurar a placa

• 1 peça de vidro lisa transparente e incolor

• Caneta de acetato fina

• Pasta de relevo para vitral (contorno – imitação de pasta de chumbo)

Page 75: Business report (Elegant design)

75

• Verniz vitral nas cores desejadas

• Fita-cola

• Algodão

Para o projeto de instalação, cada projeto poderia contemplar os mais variados materiais, à escolha dos alunos, desde

materiais reciclados a utilização de recursos multimédia.

Para o projeto de turma vencedor para execução, utilizaram-se os seguintes materiais:

• Folhas de papel A4 colorido (amarelo, laranja, azul, vermelho e branco)

• Tesouras

• X-actos

• Fio de nylon de 3 e 5 mm

• Fita-cola dupla face e uma face transparente

• 2 telas 60 x 80 cm

• Tintas acrílicas (azul, branca, castanha)

• Pincéis

• Conchas, búzios e areia de praia

• Cola branca

• Cola UHU

• Cola super 3

• Rede de pesca reciclada

• Grampos de curva para suporte da rede no teto

Além dos materiais acima referidos, foi utilizado o equipamento audiovisual da sala de aula:

• Tela de projeção

• Computador

• Vídeo projetor

• Quadro branco

• Canetas permanentes

Foram igualmente utilizados os espaços anexos à sala de aula, como a dispensa com arrecadação de materiais, cacifos

para arquivos, e bancada com lavatório.

Page 76: Business report (Elegant design)

76

TRABALHO DE PROJETO

DESCRIÇÃO DE UM TRABALHO DE PROJETO REALIZADO DURANTE O ESTÁGIO PEDAGÓGICO

A obra de arte no contexto escolar, poderá ser utilizada para incutir, desenvolver e estimular o sentido estético, a

criatividade, a imaginação e o espírito crítico nas crianças e nos jovens. O contacto com a obra de arte, faz com que se

estabeleça uma relação entre a obra e o aluno, existindo um diálogo, uma comunicação, provocando emoções,

sentimentos, a arte articula a imaginação, a razão e a emoção assumindo-se como um fator transversal na vida do sujeito,

independentemente da sociedade em que está inserido.

Acreditando no valor pedagógico da imagem enquanto forma de comunicação e se esta for a imagem de uma obra

de arte, é por intermédio desta que grande parte dos alunos desenvolve o seu primeiro contacto com a arte.

Esta unidade didática pretende, assim, fazer uma abordagem sobre a importância da obra de arte e da imagem como

recurso pedagógico, através da instalação artística, uma das expressões artísticas mais comuns na arte contemporânea.

Uma instalação pode ser uma conjugação de muitas técnicas e formas de representação: da pintura ao som, do vídeo

à internet. A dissolução das barreiras entre disciplinas e a defesa de uma liberdade criativa estão igualmente na sua

génese e foram elas que possibilitaram a sua afirmação. A força da Instalação Artística reside, no facto de ter chamado

para a esfera da arte a interação com o espectador, fazendo‐o de uma forma consciente e ativa. A imersão na obra,

permite ao indivíduo retirar‐se do quotidiano que lhe é característico e passar para outra realidade, possibilitando uma

comunicação mais imediata entre duas esferas: a do indivíduo e a do artista. Imediata porque palpável e logo, inteligível.

A imersão fomenta um estímulo muito eficiente com as sensações humanas e as questões da percepção. Através da

instalação pretende‐se também a representação da arte. Existe desde logo essa diferença que a separa dos outros meios:

a instalação implica mais a experiência dos visitantes. A instalação vive do contacto com o espectador, do seu

movimento, da sua dinâmica corporal. Mais importante, a instalação depende do espaço em que se insere. Mesmo as

que são feitas com o objetivo final da portabilidade, elas partiram de um espaço inicial.

Neste trabalho, interessam-me as instalações concebidas para um espaço próprio e determinado por interagirem

com um público abrangente (desde os letrados aos iletrados, comunidade e turistas), conseguindo subverter o meio e o

contexto desse mesmo espaço. A instalação artística em espaços públicos, é de difícil concretização, porque as variáveis

são muitas, incontroláveis diversas vezes. A arte passa, pois, do espaço hermético do museu, para o espaço amplo, livre,

transfronteiriço, ambivalente, ambíguo, por vezes híbrido, por vezes vincado, que é a cidade. Deste modo, a instalação

site-specific tem uma peculiaridade ainda maior que se prende com a especificidade do lugar em que se encontra inserida.

Na verdade, esta singularidade é que está na génese da arte pública e dá a qualquer obra artística uma identidade própria

– reciprocamente – ao tal lugar e à própria peça, no limite, aos habitantes desse espaço.

O “site‐specific” surgiu nos inícios do Minimalismo, onde à semelhança da instalação procurou‐se a experiência

real, corporal e fenomenológica do sítio. A atmosfera criada, dá‐lhe uma dimensão misteriosa, também devido ao

ambiente que preenche todo o recinto. Os visitantes e residentes no Algarve procuram o sol, a cor, e movimentam‐se

por entre os obstáculos até ao destino, a praia e o mar. Nesta instalação, o espetador é envolvido por um ambiente

marítimo que o leva para uma das principais atividades da comunidade, a pesca. Quando o espetador olha para o teto,

vê as centenas de gaivotas que habitam a cidade, aliadas à luz e à cor que a mesma traduz.

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A experiência sensorial é sobre eles e não sobre os objetos. A cor sendo um dos campos de estudo ao longo do 2º

período letivo, toma agora um lugar poético, que transmite as sensações de identidade de uma comunidade, através da

representação das “cores que nos pintam”, em Albufeira, esse grande “destino de emoções”.

Esse foi o mote de partida, “As Cores que nos pintam – Albufeira, Destino de Emoções”.

O desafio partiu desse trabalho sobre a cor e o retrato do artista, para passar agora para o retrato da comunidade e

as cores/emoções que a representam, tal como referido anteriormente na planificação da unidade didática. A definição

de uma boa ideia, e o impacto visual positivo da mesma no espaço designado, foram os principais objetivos a atingir

pelos alunos, gerando amor pela tradição cultural da cidade e seus costumes aos visitantes e cidadãos da comunidade

educativa. O trabalho foi desenvolvido em grupos de dois e três elementos, e posteriormente eleito pela turma e

professoras um projeto vencedor, a ser executado pelo grupo-turma.

Todos os projetos de grupo foram acompanhados desde a fase do brainstorming, dificuldades técnicas, inspirações,

materiais, dimensões, impacto visual, entre outros aspetos. Posteriormente, os alunos realizaram um dossier para cada

projeto e uma apresentação oral em PowerPoint para a turma e professoras, em “modo concurso”.

Após a seleção do projeto vencedor através de votos, o grupo turma foi organizado de forma a fazer uma lista de

materiais necessários para a execução da instalação. Toda a turma contribuiu positivamente com empenho e interesse

em todas as fases de desenvolvimento e execução do projeto.

Ao longo de duas semanas foram executadas as partes integrantes do mesmo, e na véspera da inauguração, os

alunos foram comigo e com a Professora Orientadora Cooperante para o espaço designado, para montagem da

instalação (à qual se aliou a exposição dos trabalhos dos ateliers desenvolvidos no 2º período e algumas maquetas

selecionadas do projeto de design de interiores do 1º período, juntamente com trabalhos da disciplina de Desenho A

da turma de artes do 11º ano), onde se empenharam bastante e se mantiveram na sua grande parte entre as 14 e as 20

horas. No dia da inauguração, três alunas do 12º ano e uma aluna da turma do 11º ano, interpretaram uma performance

de dança clássica e dança contemporânea previamente ensaiadas, como forma de abertura da exposição. Contámos

também com a participação e atuação de stand up comedy, de um encarregado de educação da turma do 12º ano.

De uma forma geral foi um trabalho que me agradou imenso desenvolver com os alunos, ao poder dar-lhes a

oportunidade de darem largas à sua criatividade, de mostrarem os seus trabalhos à comunidade educativa, de uma forma

original e que valorizou imenso as artes visuais, sendo uma iniciativa publicitada em vários meios de comunicação social

regionais e apoiada pela Câmara Municipal de Albufeira.

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Figura 16- Alunos em sala de aula

Figura 17- Instalação vencedora “Quadro Vivo”

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Figura 18-Vista lateral direita 1

Figura 19- Vista lateral direita 2

Figura 20- Vista lateral direita 3

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Figura 21- Vista de frente

Figura 22- Vista de frente (mais distante)

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Figura 23- Vista de trás

Figura 24- Vista traseira direita

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Figura 25- Cartaz da Exposição

Figura 26- Trabalhos expostos das turmas 12ºF e 11º G

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Figura 27- Trabalhos expostos das turmas 12ºF e 11º G

Figura 28- Inauguração da Exposição Figura 29- Vereador da Cultura a entregar presente a aluno

Figura 30- Fotografia oficial com Sr. Presidente da C.M. Albufeira, Vice-Presidente, Vereador da Cultura, Encarregado de Educação colaborante,

Professora Orientadora Cooperante, Professora Estagiária e Alunos das duas turmas

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EXEMPLOS DE BOA PRÁTICA PEDAGÓGICA

EXEMPLO DE UM TRABALHO PRODUZIDO POR UM ALUNO QUE REPRESENTE UM

MOMENTO DE SUCESSO ESCOLAR

Tal como referido acima, no 2º capítulo ponto 2.7., ao longo do 2º Período foram desenvolvidas por mim, com

apoio da Professora Orientadora Cooperante, várias atividades de artes plásticas de forma a que os alunos utilizassem

as mais variadas técnicas e materiais. Sendo que estávamos a trabalhar com a temática do “Retrato Escondido do Artista

(autorretrato)” foi proposto aos alunos criarem uma pintura abstrata, na qual retratassem o seu EU.

Foi explicado à turma através de audiovisuais, o conceito de pintura abstrata, dando apoio teórico sobre a corrente

artística, evidenciando que o que se representa não é o mundo das aparências, mas sim as ideias abstratas que vêm do

mundo interior do artista, que expressa as suas ideias e sentimentos através de cores e formas que não correspondem

ao mundo real. Foi também necessário realçar que neste tipo de pintura, não há uma representação figurativa, mas sim

uma linguagem visual de cores e formas que tem o seu próprio significado, onde o objetivo não seria reproduzir

imagens, mas sim transmitir emoções a partir de manchas, linhas e cores, utilizando a sua simbologia, como a sua

comunicação de sentimentos (por exemplo, o vermelho transmite energia, etc) e onde as formas expressassem ideias

(por exemplo, o círculo pode simboliza a perfeição). Assim, foi proposto à turma que se inspirasse na Arte Abstrata

expressiva ou geométrica, criando num suporte de tela com medidas aproximadas de 60 x 80 cm, uma pintura plástica

abstrata, baseada numa imagem de autorretrato previamente escolhida ou trabalhada, ou que apenas o fizessem

instintivamente, dando aos mesmos a oportunidade de se expressarem livremente. A pintura deveria conter uma

autorrepresentação, de modo a poder funcionar como uma síntese apelativa e com impacto visual daquilo que o aluno

é (retrato psicológico), daquilo que é o seu trabalho e também do modo particular como o mesmo pretende que os

outros o percecionassem como pessoa e como profissional/estudante de Artes Visuais.

A atividade pressupunha ainda, a realização de um breve trabalho de pesquisa prática e de experimentação de técnicas

plásticas, incluindo mistas, com a finalidade de entender os processos de pensamento e criação abstrata através da

pintura. Os alunos podiam escolher entre tinta acrílica ou de óleo, conforme a lista de materiais indicados. Em paralelo

com a imagem, o aluno deveria redigir um pequeno texto que o apresentasse como pessoa e como artista, considerando

sobre si próprio e sobre o que considera ser a (sua) arte e os seus talentos e/ou expressar a sua visão sobre o papel das

artes visuais e daquilo que nela acha interessante para si.

Destaco o trabalho da aluna nº 11, como um exemplo de boa prática pedagógica, onde foram aplicados todos os

parâmetros de avaliação de forma exímia.

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Figura 31- Trabalho de pintura abstrata da aluna nº 11, do 12º F.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA SOBRE O EXEMPLO JUSTIFICANDO

Neste trabalho, e segundo a memória descritiva da aluna, a mesma refere que as artes têm um papel fundamental

na sua vida, pois fazem-na sentir “completa, feliz e criativa”, encontrando “liberdade de expressão, paz e tranquilidade”.

A aluna refere, que no trabalho desenvolvido tentou expressar-se através das cores, formas e texturas que aplicou,

descrevendo cada componente:

“O preto simboliza o obscuro, e os salpicos de branco a esperança e positividade, pois perante situações desfavoráveis tento

sempre pensar num lado positivo. O azul representa a minha alegria e conexão com o mar, que me transmite calma e faz-me

refletir. O roxo representa o mistério, a procura do desconhecido, de novas vivências e aprendizagens. Relativamente às formas: os

círculos, simbolizam a minha insatisfação por natureza pois nunca estou completamente satisfeita, sinto que consigo chegar sempre

mais longe, de modo a evoluir quer a nível pessoal quer a nível profissional; e os retângulos de diferentes tamanhos, representam

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os valores que considero fundamentais, sendo que o retângulo maior do lado esquerdo representa a honestidade, ainda do lado

esquerdo os dois retângulos na vertical simbolizam confiança, e por último o retângulo do lado direito representa o respeito.

Optei por criar várias texturas através de espátulas, esponja e pincéis mais largos, de forma a apresentar movimentos e

dinâmicas diferentes, e a demonstrar que sou uma pessoa que aceita e aprecia a diferença; criei um relevo com papel e cola branca

de forma a relembrar o mar; e por fim utilizei a técnica de dripping para simbolizar as pessoas importantes na minha vida e a

influência delas na minha personalidade.

De um modo geral tentei criar uma tela com várias formas, técnicas, texturas e cores que me representassem de forma a

conseguir um resultado final equilibrado e harmonioso, algo que considero bastante importante na minha vida.”

A aluna revelou assim ter capacidade de síntese visual e de autoimagem, revelando igualmente um excelente grau

de criatividade e domínio técnico e de composição dos elementos que compõem a pintura. Tanto as cores como as

formas foram utilizadas em harmonia entre elas, revelando um bom sentido estético. Foram tidos em conta os

parâmetros de avaliação dados, e as minhas sugestões e da Professora Orientadora Cooperante ao longo do

desenvolvimento do trabalho, sendo utilizada a técnica mista, que a meu ver valoriza o trabalho, o empenho, a

completude e a autonomia da aluna.

Parâmetros de Avaliação

CM AP

C Conceitos: Auto-imagem / Síntese visual

40 38

P1 Imagem – Síntese entre Auto-imagem e trabalho pessoal / Criatividade / Composição

/Domínio Técnico

100 100

P2 Texto – Capacidade de síntese / Capacidade descritiva / Coerência / Criatividade

40 35

VA Metodologia de trabalho / Autonomia / Empenho / Completude

20 20

(CM- Cotação Máxima; AP – Avaliação do professor)

TOTAL

200

193

Tabela 31- Parâmetros de avaliação e respetiva avaliação e nota final da atividade.

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RESULTADOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS (ANTES E DEPOIS)

12º F

Antes

Depois

1º Período

2º Período

3º Período

Nº de Aluno

Valores Nota Valores Nota Valores Nota

1 12,8 13 18,1 18 18,1 18

2 13,7 14 18,9 19 19,7 20

4 11,6 12 17,6 18 17,7 18

5 12,6 13 17,7 18 17,9 18

6 12,4 13 16,1 16 16,4 16

7 14,4 14 16,6 17 16,4 17

10 13,6 14 16,0 16 16,0 16

11 14,5 15 18,7 19 19,7 20

12 12,5 13 14,4 15 15,2 15

14 14,1 14 18,5 19 18,6 19

15 10,8 11 14,5 15 13,4 14

16 10,6 11 17,0 17 17,3 17

17 10,2 10 17,0 17 17,6 18

18 11,9 12 10,3 10 9,6 10

19 14,7 15 11,8 12 12,5 13

20 12,9 13 16,8 17 18,0 18

21 12,5 13 17,7 18 17,5 18

22 13,8 14 16,5 17 16,2 16

23 13,7 14 18,6 19 18,6 19

24 14,7 15 18,2 18 18,2 18

25 12,3 12 12,2 12 13,3 13

Tabela 32- Classificação final dos alunos nos respetivos períodos letivos.

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METODOLOGIA DO ENSINO DA DISCIPLINA DE OFICINA DE ARTES

COMO SE IDENTIFICARAM AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS ALUNOS DA DISCIPLINA

Foi sentida uma enorme limitação na aquisição de materiais para os alunos trabalharem, sendo que a maior parte

dos materiais foi comprada pelos seus encarregados de educação, tal como nas condições da sala de aula, com

equipamentos desatualizados e danificados (cavaletes de madeira partidos e insuficientes, prensa de gravura danificada,

mufla avariada), tal como luz natural insuficiente por persianas danificadas.

Devido a essas limitações, tal como alguma despreocupação da direção do agrupamento relativamente ao curso de

artes visuais e suas necessidades, foi detetada bastante falta de empenho e interesse pela maior parte dos alunos da turma

do 12º ano de escolaridade, aquando o início da observação das aulas no 1º Período.

Ao longo do 2º e 3º períodos, foi detetada alguma rigidez percetiva dos alunos, na compreensão de matizes, nos

seus conceitos de arte ou estética, revelando alguma falta de educação artística e literacia visual, sendo que no concelho

não existem muitas ofertas culturais a nível das artes plásticas e visuais.

COMO SE ENCORAJOU OS ALUNOS A ULTRAPASSAR ESSAS DIFICULDADES? COM QUE

TÉCNICAS?

Tentei encorajar os alunos a ultrapassar as suas dificuldades através do questionamento, gerando em aula situações

que punham em causa os modos percetivos adquiridos, ao analisar obras de arte e instalações que colocavam a tónica

na unidade de sentido dos elementos presentes, tentando sempre não apresentar em primeira mão juízos sobre as obras

que apresentava, relativizando o seu juízo e papel na interpretação, tornando conscientes as teorias implícitas dos alunos.

Penso que dessa forma, facilitei o processo de descoberta e observação, renovando os sentidos dos alunos e favorecendo

a assimilação da obra de arte não convencional, ultrapassando estereótipos e preconceitos, e garantindo uma maior

compreensão e resposta à análise de obras de arte.

Através da criação de obras de arte com vários materiais e técnicas, tentei proporcionar uma educação estética a par

da proximidade e intersensorialidade com os materiais, sendo que o conceito de perceção estética está geralmente

associado à visão, distância e contemplação.

Para aumentar a literacia visual, por falta de ofertas culturais no concelho, foi convidado um artista plástico para a

sala de aula, promovendo uma interação direta dos alunos com a obra de artes, sem serem reproduções, como

habitualmente se utiliza em sala de aula, através dos meios audiovisuais. Este contato direto do aluno com a obra, pode

ajudar os alunos a incorporar todas as informações que são dadas pela própria obra de arte, educando o aluno como

juiz crítico autónomo, com capacidades para aceder a qualquer obra que observe.

Foi igualmente aplicada a estratégia dos trabalhos em grupo, no 3º período, de forma a existir discussão sobre obras

de arte, tendo em conta a observação, a abertura à ambiguidade, à especulação, à consciência dos matizes, assim como

a contribuição da rutura de preconceitos dos elementos de cada grupo, ao depararem-se com diferentes opiniões das

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suas. Os trabalhos foram acompanhados através do método ativo de colocar perguntas abertas aos alunos que iam

apresentando as suas propostas, seguindo para perguntas orientadoras, considerando as intenções dos alunos e

implicações formais dos projetos.

De uma forma geral, foi privilegiada a educação estética ao longo de todo o estágio, de forma a favorecer atitudes,

estratégias e conceitos que valorizassem essa autonomia de juízo por parte dos alunos, tal como a realização de atividades

que privilegiassem o desenvolvimento da criatividade, da capacidade de expressão e comunicação, da apropriação de

linguagens elementares das artes, e da compreensão das artes em cada contexto. Tentei assim ajudar os alunos a adquirir

competências e a desenvolver a imaginação necessária para um desempenho de excelente qualidade nas artes, afirmando

sempre que os alunos devem pensar como artistas, e que é necessário que desenvolvam a sua sensibilidade artística,

incentivando constantemente os mesmos ao crescimento da imaginação e a adquirir capacidades técnicas necessárias

para a concretização dos seus trabalhos. Ajudei os alunos a aprender a ver e a falar sobre a qualidade da arte que veem,

através da perspetiva estética, requerendo para isso a capacidade de se focarem nas qualidades expressivas e formais.

HOUVE ENSINO DIFERENCIADO?

Na turma não existiu a necessidade de ensino diferenciado com nenhum aluno.

QUE TIPO DE RESULTADOS SE OBTIVERAM EM ESTREITA RELAÇÃO COM A METODOLOGIA

ESCOLHIDA PELA PROFESSORA?

No final do 3º período foi verificado um aumento da mestria dos alunos em relação a atividades propostas, um

maior empenho e persistência em atingir os objetivos propostos, e um aumento da capacidade de compreensão do

mundo artísticos, através da criação, expressão, observação e reflexão pelos próprios.

Os alunos foram envolvidos em todas as fases de processo de aprendizagem, não sendo apenas avaliados pelo

produto final dos seus trabalhos, tendo sido verificada a aquisição de conceitos, a concretização de práticas e o

desenvolvimento de valores e atitudes. A criatividade foi estimulada através da motivação dos alunos a pensar por si

próprios, através da descoberta, da originalidade, e dos objetivos focados e limitados a um propósito final.

Os alunos subiram visivelmente as notas, mostrando-se mais interessados, empenhados e autónomos nas atividades

propostas, contribuindo para um ambiente de aula saudável e de criação artística valorizada.

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INOVAÇÕES EDUCATIVAS

Visita de artista plástico à sala de aula

Foi convidado e recebido em sala de aula, o artista plástico abstrato Zorba (residente em Albufeira e membro do

United Photo Press Creative Artists), no âmbito da disciplina de Oficina de Artes, e da atividade de pintura abstrata.

Esta visita teve como objetivo a interação dos alunos com um artista plástico contemporâneo e a obra de arte em sala

de aula, usando a arte para ensinar a pensar, a procurar e encontrar significados, levando os alunos a intervir com o

artista no processo de análise direta da obra de arte, considerando as intenções do autor e considerações formais.

Nesta conversa informal, os alunos puderam adquirir competências no âmbito da gestão do seu património artístico

pessoal, na organização nacional e internacional de exposições e sua divulgação. A calendarização para esta ação de

formação estava prevista para o dia 15 de fevereiro, entre as 9h10 e 11h05, mas por greve da administração pública foi

apenas realizada no dia 24 de maio, no mesmo horário. Os alunos foram muito recetivos e colocaram algumas questões

relativamente às inspirações do artista, e questões de ordem técnica, como organização de portefólio, de exposições, e

de envio de obras para exposições fora de Portugal.

Figura 32- Capa e contracapa do catálogo “Upp Creative

Artists – United Photo Press 1990-2018”

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Figura 33- Destaque do artista no catálogo Figura 34- Artista em sala de aula (turno 2)

Figura 35- Artista em sala de aula (turno 2)

Visita à “Share Algarve”

Foi promovida por mim a visita de estudo à “Share Algarve – Conferência Internacional de Marketing e

Inovação” que teve lugar nos dias 2 e 3 de abril, no Centro de Congressos do Algarve, do Grupo Tivoli Hotels, em

Vilamoura, e a qual os alunos visitaram no último dia. O evento, que teve a sua edição inaugural em 2017 e que em 2018

se confirmou como uma referência no panorama nacional, contou este ano com três palcos: Central, que congregou

oradores de renome internacional; Marketing, com workshops e palestras na área do marketing digital, com alguns dos

melhores especialistas nacionais; e Inovação, onde foram apresentadas e debatidas as mais recentes iniciativas regionais

nas áreas da inovação e tecnologia, com a participação do Algarve Tech Hub, do CRIA da Universidade do Algarve e da

ASA – Aceleradora de Start-ups do Algarve. Nesta 3ª edição a conferência alargou os seus horizontes através da

participação de oradores nacionais e internacionais, acolhendo uma audiência qualificada nas áreas do marketing,

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hotelaria, turismo e inovação. A Share apresentou este ano nomes relevantes do marketing como Samuel Scott, orador

Internacional e colunista na The Drum, Matz Lukmani, Attribution Product Lead da Google, Virgínia Coutinho, da Lisbon

Digital School, Joah Santos, Fundador na Agência Nylon, Sheree Mitchell da Immersa Global, entre outros.

A visita foi realizada em multidisciplinariedade com as disciplinas de Desenho A do 11º G e a disciplina de Oficina

de Artes do 12º F (tendo sido igualmente convidada a professora da turma de Oficina de Multimédia para acompanhar

os alunos, tendo no entanto a mesma mostrado indisponibilidade), e teve como objetivos proporcionar aos alunos o

desenvolvimento de metodologias de trabalho diversificadas, o desenvolvimento de capacidades de comunicação, com

utilização de diferentes linguagens visuais, a capacidade de intervenção crítica, a capacidade criativa e de inovação, a

autonomia e responsabilidade, e, o comportamento e atitudes. Por conhecer o organizador do evento, Jorge Cabaço,

um dos responsáveis da Dengun Marketing, uma agência de marketing digital, e tendo pedido o seu apoio no que respeita

ao patrocínio dos bilhetes para os alunos, o mesmo disponibilizou-se de imediato a recebê-los, oferecendo apoio de

75% do valor dos mesmos, de forma a que os alunos pudessem usufruir da visita ao evento e contribuir para a sua

literacia visual e artística.

Figura 36- Alunos das duas turmas no palco principal

Figura 37- Alunos no Photopoint

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Para a realização da visita, foram realizados pedidos à direção e conselho pedagógico da escola, os quais foram

aprovados, e posteriormente enviado o pedido de autorização aos E.E. dos alunos menores.

DIREÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

Direção de Serviços da Região Algarve

VISITA DE ESTUDO - Planificação

12 º F e 11º G Ano Letivo 2018 / 2019

TEMÁTICA DA VISITA:

Share Algarve” Conferência Internacional de Marketing Digital e Inovação

Aprovada em Conselho Pedagógico em ______ / ______ / ________

Itinerário Data (prevista) para a realização

Albufeira / Vilamoura - Centro De Congressos

Algarve na

Marina De Vilamoura / Albufeira

3 de abril de 2019

Local e hora (prevista) de partida Local e hora (prevista) de chegada

Terminal Rodoviário dos Caliços: 7h15 Terminal Rodoviário dos Caliços: 19h45

OBJETIVOS / CONTEÚDOS:

- Desenvolvimento de metodologias de trabalho diversificadas;

- Desenvolvimento de capacidades de comunicação, com utilização de diferentes linguagens visuais;

- Capacidade de intervenção crítica;

- Capacidade criativa e de inovação;

- Autonomia e responsabilidade;

- Comportamento e atitudes.

Modo de avaliação:

Observação direta e indireta (trabalhos de grupo/ capacidade argumentativa para defesa dos trabalhos)

- Documentação necessária para a visita:

- 2 Credenciais da escola / Certificados de Idoneidade

- Cartão de Estudante;

- Cartão de Cidadão/ Passaporte;

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- Autorizações de E.E;

- Seguro Escolar.

Entidades a contactar:

“Share Algarve” Conferência Internacional de Marketing Digital e Inovação

Verbas necessárias à visita e entidades financiadoras:

Verbas próprias: 25€ bilhete para 1 dia da Conferência Share Algarve, sendo que 110,30€ é o valor do

patrocínio da organização por aluno (PVP 135,30€) + 6,00€ de transporte público por aluno (ida e volta)

Disciplinas / Professores

organizadores:

Oficina de Artes e Desenho A

Idalina de Oliveira e Patrícia Quintino

Nº de adultos a acompanhar:

2

Nº de alunos participantes:

12ºF - 10

11º G - 6

Plano de ocupação dos alunos não abrangidos pela visita de estudo:

Sala de estudo com atividades a desenvolver facultadas pelo professor ou cumprimento do horário do

estudante.

Plano de ocupação dos alunos cujos professores participam na visita de estudo:

Não se aplica.

Entidades comunicadas: Diretor de turma ................................................... ____/____/_______

Professores da Turma ......................................... ____/____/_______

Encarregados de Educação ................................. ____/____/_______

Entidade responsável pelo transporte ................. ____/____/_______

Entidades a visitar ............................................... ____/____/_______

Palestra “Global Thinking & Innovation” na Escola Secundária de Albufeira

Após a visita à conferência “Share Algarve”, foi estabelecido por mim, via rede social profissional LinkedIn, contato

com um dos oradores que os alunos presentes mais gostaram e se interessaram, o Engenheiro Göran Engberg, Sueco,

diretor e fundador da empresa GROWISE. Este, trabalha com grandes organizações em tópicos relacionados com

estratégia, desenvolvimento de liderança, desenvolvimento de equipas, coaching executivo e mentoring, desenvolvendo

metodologias e ferramentas de consultoria que permitem a empresas nacionais e internacionais cumprirem as suas

metas. O mesmo, desenvolveu trabalho em estreita colaboração com o Dr. Igor Ansoff, conhecido pelo

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desenvolvimento da Ansoff School of Thoughts, em San Diego, California, EUA, trabalhou ainda, com clientes em

setores como ciências da vida, telecomunicações, energia, entre outros, conduzindo cursos para executivos de diversas

instituições, como Champs, Gotemburgo Suécia; Educação Executiva da IFL, Estocolmo, Suécia; Universidade

Bocconi, Milão, Itália; e BI Norwegian Business School, Oslo Noruega, e foi igualmente nomeado professor associado

na Alliant International University, em San Diego, nos EUA.

Assim, tomei a liberdade de o convidar a falar numa pequena palestra de cerca de dois tempos letivos no auditório

da ESA, no dia 15 de maio, para os alunos que não puderam ir à visita (por insuficiência financeira ou outra), com a

temática Global Thinking & Innovation, tentando dar assim a mesma oportunidade a todos os alunos, independentemente

das suas possibilidades económicas. Foi com grande agrado que o Eng. Engberg aceitou o desafio, livre de custos, e se

propôs a falar do pensamento comum internacional, de inovação e de empreendedorismo.

Penso que esta iniciativa foi uma mais-valia para a escola e comunidade escolar, alunos e professores, pois foram

vários os alunos e professores de outras turmas que tiveram o privilégio de assistir a uma palestra deste género, em que

o coaching sendo um processo colaborativo e co-criativo, inspira os alunos à sua autodescoberta, a novas possibilidades

e ações estratégicas para a sua futura vida laboral, projetadas para ajudá-los a alcançar os seus objetivos. A palestra, não

estando diretamente relacionada com as artes, foi considerada uma excelente ferramenta que proporcionou um

ambiente seguro na discussão de assuntos importantes como a inovação e o “global thinking” (pensamento de interação

com a comunidade internacional), baseado em questões que promovem formas criativas de pensar; inspirando os alunos

a fazer mais do que acham que poderiam; e responsabilizando-os pelas suas decisões, ações e resultados.

Figura 38- Palestra realizada no auditório da ESA, com o Eng. Göran Engberg.

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AVALIAÇÕES REALIZADAS POR ALUNOS SOBRE AS AULAS DADAS PELA PROFESSORA

ESTAGIÁRIA E SUGESTÕES DE MELHORIAS

Foi solicitado aos alunos da turma F do 12º que respondessem ao questionário abaixo sobre as aulas lecionadas por

mim, de forma a que possa refletir sobre as suas respostas e fazer uma autoavaliação do meu desempenho enquanto

professora.

De um total de vinte e um alunos, responderam dezanove, pois os dois restantes faltaram nas aulas em que o

questionário foi aplicado.

Foi dada a hipótese aos alunos responderem de forma anónima.

Resultados:

- 6 alunos responderam anonimamente

- 13 alunos responderam com identificação do nome

QUESTIONÁRIO AOS ALUNOS | CARACTERÍSTICAS DO PROFESSOR

12º F | OFICINA DE ARTES

Nome: ____________________________________________________ nº ________

Perante cada pergunta, seleciona a que melhor se adequa com um X

1. Estimula interesse pela matéria?

Estimula sempre o interesse do aluno. 4

Geralmente estimula. 13

Ocasionalmente estimula. 1

Não estimula, mas não diminui o interesse do aluno. 0

Nunca estimula e diminui o interesse do aluno. 1

2. Domina o conteúdo que está a ensinar?

Parece ter um domínio excecional 4

Parece ter um domínio muito firme. 14

Às vezes parece ter um bom domínio, mas outras não. 1

Parece ter deficiências de domínio. 0

Parece não ter domínio. 0

3. Apresenta as atividades/unidades didáticas de um modo geral?

Apresenta excecionalmente bem. 6

Geralmente apresenta bem. 13

Apresenta bem, mas às vezes é confusa. 0

Apresenta geralmente de maneira confusa. 0

Apresenta sempre mal as atividades. 0

4. Explica o princípio e conceitos básicos da atividade?

É excecionalmente clara e elucidativa. 3

É muito clara. 13

Geralmente é clara, mas às vezes confunde-se. 3

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Não parece ser muito clara. 0

Geralmente não é clara, deixa o aluno sempre com dúvidas. 0

5. Dá as aulas com alegria e entusiasmo?

É sempre alegre e entusiasta. 9

É moderadamente alegre e entusiasmada. 10

Nem sempre é alegre e nem sempre apresenta entusiasmo. 0

Geralmente mostra nunca estar alegre e entusiasmada. 0

6. Define os objetivos de cada aula?

Define sempre. 11

Geralmente define. 7

Ocasionalmente define. 1

Raramente define. 0

Nunca define. 0

7. Demonstra preocupação de que os alunos aprendam?

Está sempre preocupada com a aprendizagem. 10

Preocupa-se quase sempre com isso. 8

Ocasionalmente demonstra essa preocupação. 1

Raramente se preocupa com isso. 0

Nunca se preocupa com isso. 0

8. Planeia as aulas?

Parece que sempre planeia as aulas. 15

Geralmente parece planear. 4

Às vezes sim e às vezes não parece planear. 0

Raramente parece planear. 0

Parece nunca planear as aulas. 0

9. Ajuda os alunos que têm maior dificuldade?

Procura sempre identificar esses alunos para ajudá-los. 8

Geralmente ajuda os alunos com maior dificuldade. 8

Ocasionalmente ajuda esses alunos. 3

Raramente faz isso. 0

Nunca se propõe a ajudá-los. 0

10. Aceita o ponto de vista do aluno?

Está sempre pronto a aceitá-lo. 3

Geralmente aceita. 13

Às vezes aceita, outras vezes não. 3

Raramente aceita. 0

Nunca aceita. 0

11. Estimula o aluno a participar da aula?

Estimula sempre os alunos a participarem. 11

Geralmente estimula. 5

Às vezes estimula, outras vezes não. 2

Raramente estimula. 0

Nunca estimula. 1

12. Exige raciocínio dos alunos?

Exige sempre raciocínio. 7

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Geralmente exige. 10

Ocasionalmente exige. 2

Raramente exige. 0

Nunca exige. 0

13. É segura ao responder às perguntas dos alunos?

Responde sempre com segurança. 13

Geralmente responde com segurança. 5

Responde adequadamente, mas nem sempre com segurança. 1

Raramente demonstra segurança na resposta. 0

É sempre insegura ao responder. 0

14. Aceita o aluno como pessoa?

Acima de tudo, vê o aluno como pessoa. 13

Geralmente vê o aluno como pessoa. 4

Nem sempre parece ver o aluno como pessoa. 1

Raramente parece considerar o aluno como pessoa. 1

Ignora o aluno como pessoa, parece considera-lo como um mero recetor de informações. 0

15. É acessível aos alunos?

É sempre acessível. 12

Geralmente é acessível. 7

Nem sempre é acessível. 0

Raramente é acessível. 0

Nunca é acessível. 0

16. É pontual?

É sempre pontual. 15

Geralmente é pontual. 4

Nem sempre é pontual. 0

Raramente é pontual. 0

Nunca é pontual. 0

17. Utiliza exemplos e ilustração ao expor matérias e atividades?

É muito eficiente no uso de exemplos e ilustrações. 9

Geralmente usa bem isso. 8

Às vezes sim, mas Às vezes não usa bem. 1

Usa deficientemente exemplos e ilustrações. 1

Usa ineficientemente ou nunca usa isso. 0

18. É bem-sucedida ao ministrar a disciplina de Oficina de Artes?

Dá muito bem a disciplina. 12

Dá bem a disciplina. 5

Dá de um modo razoável a disciplina. 2

Dá de um modo sofrível a disciplina. 0

Dá muito mal a disciplina. 0

19. Se os meus colegas me pedissem a opinião sobre ser aluno deste professor, eu

Recomendaria fortemente. 5

Recomendaria. 11

Recomendaria com reservas. 2

Desaconselharia. 1

Desaconselharia fortemente. 0

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Sugestões para melhorias da forma de dar as aulas:

1 – “Recomendo dar as aulas da mesma maneira como faz e como sabe, acho que cativa os alunos a gostarem do curso e sabe chamar

a atenção à disciplina. Quando surgir algum desentendimento dar a sua opinião, mas perceber também o lado do/a aluno/a, e se for

preciso fala-se do assunto, se não for preciso, então são águas passadas como faz!” - Lucas.

Reflexão:

Considero que de uma forma geral consegui cativar e estimular os alunos para os objetivos da disciplina de Oficina

de Artes, e que lhes mostrei que sempre me preocupei com o bem-estar deles e a sua aprendizagem. Curiosamente o

único aluno que respondeu de forma negativa, foi um aluno que sempre rejeitou as minhas opiniões e tentativas de

ajuda e sugestões ao longo dos dois períodos letivos que lecionei, fazendo os trabalhos das atividades propostas em casa

com a ajuda do pai.

Estou satisfeita com o resultado dos questionários e feliz com o facto do meu trabalho, esforço e empenho ter sido

valorizado pela turma.

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RELAÇÃO COM A COMUNIDADE EDUCATIVA

RELAÇÃO DE TODAS AS ATIVIDADES REALIZADAS COM O OBJETIVO DE INTEGRAR O

TRABALHO E A FUNÇÃO DA PROFESSORA ESTAGIÁRIA NA COMUNIDADE EDUCATIVA EM

QUE ESTEVE INSERIDA

Ao longo do 2º e 3º períodos, tentei por várias vezes envolver a comunidade educativa e escolar na disciplina de

Oficina de Artes, a par da minha integração como professora estagiária, tendo visto um dos projetos de requalificação

do espaço escolar, através de arte urbana dos alunos, ser recusado pela direção do agrupamento.

A visita do artista plástico, a palestra no auditório da escola, e o projeto de instalação e exposição realizado no

edifício sede da Câmara Municipal de Albufeira, foram atividades propostas também à direção e estas, aprovadas, em

que os alunos se envolveram a 100% movimentando o espaço escolar, a sala de aula, o auditório, e a C.M.A. Houve um

envolvimento significativo dos alunos e dos professores da escola.

Foi gratificante perceber o olhar curioso e atento dos alunos, o brilho no olhar causado pelas obras do artista, as

palavras do palestrante convidado e pelos seus trabalhos expostos num espaço público, à vista de toda a comunidade

educativa. Gratificante, também, foi o modo como a Professora Orientadora Cooperante aceitou as minhas propostas

de atividades, recebendo-as e apoiando-as na possibilidade de trabalhar com temas tão necessários ao processo de

formação crítica e artística dos alunos. Os projetos não pararam ali naquelas horas de atividades, desenvolveram-se na

escola e fora da escola, em horas extraordinárias trabalhadas com e sem os alunos.

O último projeto, da exposição e instalação, teve grande repercussão por ir ao encontro de uma das propostas do

projeto político pedagógico da escola, de trabalhar a cultura e os valores locais, tal como o da câmara municipal de

Albufeira, de trabalhar e promover o turismo no concelho. Foi noticiado no website oficial da câmara municipal, redes

sociais de várias entidades públicas e privadas, tal como em vários meios de comunicação regionais, tendo ainda o apoio

da radio nacional “Kiss Fm”.

A recetividade dos professores e alunos foi fundamental para o desenvolvimento destes projetos, que diante de

uma comunidade maioritariamente direcionada para o turismo, esteve aberta à cultura e educação, apostando numa

formação plena de indivíduos mais cultos e humanos.

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Figura 39- Notícia em Região Sul online Figura 40- Notícia em albufeira.pt (Facebook)

Figura 41- Notícia no website da CMA – (cm-albufeira.pt)

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Figura 42- Notícia no Barlavento online ( barlavento.pt)

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REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A REALIDADE ESCOLAR EM QUE A PROFESSORA ESTEVE

INSERIDA

A integração na escola decorreu de uma forma muito positiva, tendo uma boa aceitação e receção por parte dos

alunos das turmas envolvidas, professores de quadro e contratados, por parte dos assistentes operacionais,

administrativos e membros da direção.

No entanto, por parte do diretor do Agrupamento senti muita falta de disponibilidade e de vontade, em me integrar

na escola e respetivas atividades, e passo a numerar algumas situações: no início foi-me atribuído um email escolar, em

que através do qual me podia comunicar via email com os professores e direção, tendo acesso à lista de contatos, receber

email de atividades escolares e informações referentes à escola e agrupamento, tal como ações de formação, visitas de

estudo, etc; esse email foi-me cancelado no início do 2º período, pelo diretor, com a justificação através da coordenadora

do departamento, de que como eu não era docente do agrupamento não deveria receber informações nenhumas sobre

as atividades e eventos do mesmo; o mesmo aconteceu com as reuniões de avaliação, de concelho de turma e de

departamento, às quais fui inibida de observar.

Ora, segundo o protocolo estabelecido entre a Universidade Lusófona e a Escola Secundária de Albufeira, a

participação em reuniões seria muito importante pois permitiria ao professor estagiário aperceber-se da dinâmica da

escola, como instituição.

Ainda assim, no 1º período, consegui assistir a três tipos de reuniões de avaliação e direção de turma, às do 3º ciclo

e a uma de conselho de turma do 12º ano, e no 2º período, pedi à Professora Orientadora Cooperante, para me deixar

assistir a uma reunião dos encarregados de educação:

1. Na reunião de direção de turma do 12º F, foram atribuídas as notas dos alunos referentes ao 1º período, e debatidos

assuntos essenciais para a recolha de informações sobre os alunos assim como o debate das avaliações dos alunos.

2. Nas reuniões do 3º ciclo, das turmas do 7º A, B e C, foram atribuídas as classificações dos alunos referentes ao 1º

período, e debatidos outros assuntos respeitantes aos mesmos e ao normal funcionamento das aulas a todas as

disciplinas.

3. Na reunião com os E.E., a Professora Orientadora Cooperante deu várias informações acerca dos alunos, tal como

notas e comportamentos, e foram debatidos outros assuntos, como o maior empenho dos alunos no 2º período

relativamente ao 1º.

Infelizmente, não me foi permitido assistir a nenhuma reunião de Departamento de Artes Visuais, que são

presenciadas por todos os professores de Artes da Escola, quer do 2º e 3º ciclos, quer do secundário. Nestas, sei por

experiência própria por já ter tempo de serviço enquanto professora contratada, que se debatem problemas do

departamento, planeiam-se atividades (por exemplo, organização de visitas de estudo, exposições, entre outros) e futuras

dinamizações no agrupamento.

Nas reuniões do núcleo de estágio de Artes Visuais, entre mim e a professora Idalina de Oliveira, orientadora

cooperante, debateram-se assuntos sobre o estágio pedagógico. A partir delas, a orientadora delineou as diretrizes do

estágio, comentou constantemente a minha prestação enquanto professora, esclareceu dúvidas e falou de todas as

questões pertinentes acerca do estágio ou da Escola. Estas reuniões foram semanais, entre tempos letivos.

Enquanto professora estagiária, fiz sempre questão de estar presente nas reuniões, mesmo quando não estiveram

diretamente ligadas ao estágio, e lamento terem sido tão poucas as observadas, pois teria sido muito importante para a

compreensão da dinâmica destes organismos na escola, apesar da minha já relativa experiência enquanto professora

contratada.

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EVIDÊNCIA DE AJUDA A COLEGAS NA MELHORIA DO SEU ENSINO

Ao longo do meu estágio, e enquanto observadora de aulas lecionadas por outros professores não-orientadores do

grupo de artes visuais, troquei materiais didáticos e cedi outros aos mesmos, de forma a apoiar e ampliar os seus

conhecimentos.

A colegas de estágio, mesmo estando noutros concelhos e distritos, fui apoiando com opiniões acerca dos seus

projetos individuais, quando solicitadas, pedindo também por vezes as suas opiniões.

À Professora Orientadora Cooperante, apoiei noutras atividades a outras disciplinas e com materiais didáticos e

ideias para projetos futuros.

Mostrei-me sempre prestável a todos os colegas e professores da escola para qualquer apoio que necessitassem, e

disponível para partilhar informações e conhecimentos.

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS

REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO REALIZADO EM COMUM COM OS

OUTROS PROFESSORES ESTAGIÁRIOS

Infelizmente não tive oportunidade de realizar trabalho pedagógico em comum com os outros colegas estagiários

devido à distância a que nos encontrávamos (Lisboa-Algarve). No entanto, tal como referido anteriormente, foram

debatidos alguns pontos e ideias com vários colegas virtualmente.

REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO E PROFISSIONAL REALIZADO COM

OS ORIENTADORES PEDAGÓGICOS LOCAIS E COORDENADORES CIENTÍFICOS DO

DEPARTAMENTO

O trabalho pedagógico e profissional realizado com a Professora Orientadora Cooperante, Prof.ª Idalina de

Oliveira, foi de extrema importância para as minhas aprendizagens no estágio. A observação atenta das aulas da

professora cooperante e tirando partido da sua experiência, contribuiu para uma melhor prática do ensino –

aprendizagem. Apesar de eu ter alguma experiência no ensino, por não ser profissionalizada para o ensino, tive sempre

alguns receios e dúvidas sobre o melhor método de lecionar, e nesse sentido o estágio pedagógico foi gratificante e

ajudou a perceber que não há respostas definitivas: ser professor é uma aprendizagem constante ao longo da vida.

Quero realçar a Orientadora Cooperante, na pessoa da professora Idalina de Oliveira, a excelência da sua

competência como profissional docente e mentora, agradecendo os seus ensinamentos e o apoio incansável que me

prestou, tanto ao longo do ano letivo no estágio, como na supervisão deste relatório. O facto de ter a possibilidade de

lecionar uma turma, quase totalmente a meu encargo durante a prática de ensino supervisionada, dada pela Orientadora

Cooperante, proporcionou-me ferramentas indispensáveis para uma aprendizagem mais enriquecedora, que usarei

seguramente ao longo da minha carreira docente. Permitiu igualmente, ter um ritmo de trabalho constante, uma

preparação e avaliação sistemática para cada aula, possibilitando ver a reação dos alunos às aulas e reestruturá-las quando

necessário.

O apoio da Coordenadora do Mestrado, a Professora Doutora Maria Constança Vasconcelos, foi igualmente

essencial e imprescindível, tanto no acompanhamento das atividades a desenvolver, como nas questões de mais difícil

resolução, relativas à prática de ensino supervisionada.

Ambas foram essenciais no meu percurso de aprendizagem, contribuindo para o meu sucesso enquanto docente.

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REFLEXÃO FINAL

CONCLUSÕES

Quanto à reflexão da Prática de Ensino Supervisionada e de todo o trabalho desenvolvido ao longo destes dois últimos

anos letivos, é importante referir que decidi fazer o Mestrado em Ensino das Artes Visuais no 3º Ciclo do Ensino Básico

e Ensino Secundário, por lecionar desde 1999, desde o 2º ciclo ao 3º ciclo e ensino Secundário, mas sem a

profissionalização, o que me fez constatar possuir algumas lacunas em métodos de ensino, pedagogias e planificações,

além do facto de, por imposição do Ministério da Educação, ter deixado de conseguir concorrer ao Concurso de

Professores desde 2013, por possuir apenas Habilitação Própria.

A experiência como professora tem sido muito enriquecedora, uma vez que sempre dei aulas e/ou formações,

sobretudo por gostar de transmitir os meus conhecimentos e gostar de observar os resultados através dos trabalhos

realizados pelos alunos, devo acrescentar que tenho um gosto enorme em trabalhar com crianças e jovens, e poder

contribuir para se tornarem cidadãos humanistas e criativos.

Numa primeira análise, este foi um ano que exigiu uma constante reflexão profissional, uma grande dedicação e um

enorme empenho pessoal.

Foi prestada a máxima atenção aos currículos e seus domínios de referência, objetivos e descritores de desempenho.

Foram utilizadas diversas estratégias de motivação e diferentes recursos materiais, apostando num ensino o mais

diversificado possível, tentando proporcionar aos alunos um vasto leque de experiências de aprendizagem.

A observação atenta das aulas da Professora Orientadora Cooperante e tirando partido da sua experiência,

contribuiu para uma melhor prática do ensino – aprendizagem, como referido anteriormente. Aprofundei

conhecimentos, desenvolvi e aperfeiçoei a prática docente através deste estágio pedagógico. Desenvolvi ações de

diferentes âmbitos, desde atividades curriculares a extracurriculares, que em muito contribuíram para o sucesso do meu

percurso profissional. Este ano de estágio que termina, constituiu desta forma, um processo educativo evolutivo que

exigiu uma reflexão profissional contínua, como professora em aprendizagem, consciencializando-me para o

aperfeiçoamento constante da profissão que escolhi, de forma a adotar estratégias mais eficientes para que haja uma

melhoria do processo ensino/aprendizagem no meu futuro como docente. Por outro lado, a supervisão possibilitou

avaliar profissionalmente métodos e estratégias aplicadas nas aulas que lecionei.

A aplicação de conhecimentos pedagógicos adquiridos ao longo destes dois anos do curso, no campo da didática,

psicologia, pedagogia, metodologias da educação, entre outras, e aliadas à experiência de vida, foram extremamente

relevantes no decorrer do estágio. E se pensei que estaria já cansada por ter atingido os 40 anos de idade, hoje sinto-me

muito mais capaz de exercer esta profissão de que tanto me orgulho ter escolhido (apesar das contrariedades de ser

docente em Portugal atualmente).

As reflexões efetuadas, relativamente às aulas assistidas, foram fundamentais para a interiorização de noções e

conceitos, assim como de práticas, mas particularmente para a compreensão do espírito através do qual a atividade letiva

deve ser encarada e para os objetivos da profissão. A prática de ensino supervisionada revelou-se um grande contributo

para o crescimento profissional e pessoal. A troca e partilha de opiniões com docentes experientes e colegas de estágio

foi fundamental, sendo uma aprendizagem constante. Foi uma satisfação enorme chegar ao fim e ter consciência de que

tirei o melhor partido possível das experiências vividas, ultrapassando dúvidas e dificuldades, fomentando um

ensino/aprendizagem de qualidade, que conduziu ao sucesso da turma, e que resultou numa média de classificações de

17 valores, o que a meu ver é um sucesso. E ainda assim penso, que poderia ter feito tanto mais!

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Não querendo elevar os pontos menos fortes do estágio, que a meu ver se prenderam quase única e exclusivamente na

falta de aposta da direção do agrupamento no curso de artes e seus alunos (e professores), levo deles a sabedoria de

contornar contrariedades e limitações, no que diz respeito a procedimentos escolares administrativos erradamente

delegados aos professores, evidenciando desde já, o excesso de burocracia a que estes estão atualmente sujeitos, e que

os impedem muitas vezes de estarem dispostos e psicologicamente livres para o seu propósito essencial, ensinar.

Como professores, temos de estar atentos ao que se passa no mundo, seja nos saberes, na sociedade ou nos

indivíduos, e responder com estratégias imaginativas, criativas, que possibilitem aos alunos elaborar formas de

compreensão e de atuação durante o seu percurso escolar, para que possam ir desenvolvendo os seus projetos de vida.

Quanto aos programas e metodologias que privilegiam o contacto com as obras de arte, percebi que a exploração de

uma obra de arte, mesmo sendo reprodução, deverá sempre que possível, começar por um momento de observação e

fruição da obra. Assim, segundo as metodologias, é necessário que os alunos deem tempo ao olhar, levando o tempo

que for necessário a observar. Para isto, deverão ser encorajados a interagir com as obras, a examinar o que veem e a

comunicá-lo. Assim, desta forma, estarão a desenvolver a sua literacia em artes visuais. O contacto (observação ativa de

obras e espetáculos artísticos) dos indivíduos com a arte é, assim, fundamental, e pode ser abordado como recurso

pedagógico colaborando no desenvolvimento das capacidades de observação, perceção, comunicação, tornando-os mais

sensíveis, críticos, interpretativos, comunicativos, imaginativos e atentos a tudo que os rodeia. E se na comunidade

educativa não existirem recursos culturais, deve ser objetivo do professor, levar esses recursos aos alunos, tal como eu

o tentei fazer, através das gravações em vídeo de exposições de instalações artísticas que visitei em Lisboa, por

incapacidade de levar os alunos às mesmas. É fundamental que os professores saibam e defendam o que torna necessária

a educação artística e aquilo que promovem nos alunos, ao transmitirem a cultura como ela é, ou a incentivarem-nos a

funcionar como agentes de mudança.

Estudar artes encoraja os alunos a cultivar e refinar a sua sensibilidade, a educar o espírito, estabelecendo uma

relação entre o individuo e a sua herança cultural, dando-lhes uma crucial metáfora estética do melhor que a vida pode

ser, a qualidade do pensamento estético, as expetativas e satisfações aprendidas através do estudo das artes, fazem a

diferença na qualidade de vida. O ensino das artes promove o pensamento divergente, a resolução criativa de problemas,

desenvolvendo a capacidade estética, e introduzindo os alunos a um mundo de perceções e compreensões a que não

acederiam sem as artes.

Deste modo, podemos dizer que a Arte na educação, não tem como objetivo a formação de futuros artistas, mas

sim, a formação integral da criança, pois, e de acordo com H. Read, “a arte deve ser a base de toda a educação”. A arte enche

o nosso espírito, alimentando-o e inspirando-o à nossa condição humana, mostrando-nos o que fomos ontem, somos

hoje, e seremos amanhã.

"A função moral da arte consiste em afastar o preconceito, eliminar as escamas que

impedem os olhos de ver, rasgar os véus que se devem ao hábito e ao costume e

aperfeiçoar o poder de perceção das pessoas".

John Dewey

Desta forma concluo o Relatório de Estágio Pedagógico, com a certeza de que muito ainda ficou por dizer e

explorar. No entanto penso ser um justo estudo demonstrativo de todo o trabalho realizado durante o ano letivo

2018/2019 no âmbito da Unidade Curricular da Prática de Ensino Supervisionada, do Mestrado em Ensino das Artes

Visuais no 3º ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

de Lisboa.

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BIBLIOGRAFIA

Flores, A., & Simão, A. (2009). Aprendizagem e desenvolvimento profissional de professores: contextos e

perspectivas. Mangualde: Pedago.

Leontiev, D. (2000). Educação Estética e Artística - Abordagens Transdisciplinares. Fundação Calouste Gulbenkian.

Lisboa.

Lopes, & Vasconcelos, M. C. (20-?). Ensino das Artes: Desafios atuais. Lisboa: ULHT/ CICANT.

Orientações curriculares para a educação. (1997). Lisboa: Ministério da Educação.

Santos, J. (1988). Se não sabe, porque é que pergunta? Lisboa: Assírio e Alvim.