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A capoeira como instrumento para tirar o jovem do meio do crime, entrevista com Jesse Nascimento e muito mais

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A revista Buzz é uma publicação mensal da Voz Ativa Comunicações - Diretor Geral: Mauro San Mar-tín - Diretora Comercial: Silvia Regina Evaristo Teixeira - Editor-chefe: Mauro San Martín - DRT 24.180/SP - Repórter: Mauro San Martín e Sandro Possidonio. Revisão: Renata Melo - Tiragem: 5 mil exemplares - Impressão: Jac Gráfi ca e Editora - Email: [email protected] - Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam necessariamente a opinião da revista ou da editora. Não é permitida a reprodução de anúncio publicitário deste número como também das edições anteriores, exceto com autorização por escrito. POR FAVOR, RECICLE ESTA REVISTA!

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carta ao leitor

Edição 28|Ano III|Novembro de 2012

2 Buzz - Novembro de 2012

Cidade dividida

Capa - Capoeira Foto e arte: Buzzimagens

5 facilitando a vidaPromotoria de Justiça avisará quem perdeu documento

8 longevidade geladaJesse Nascimento, dono da Sorveteria Leal, revela sua história

12 Tipo exportação A capoeira vista como projeto de recuperação de jovens

O resultado das eleições mu-nicipais deste ano não po-deria passar em branco nas páginas da presente edição

da revista. A recondução de Hamilton Mota (PT) ao cargo de prefeito não repre-senta a vontade esmagadora da população jacareiense. Mota elegeu-se com 47,63% dos votos válidos. A maioria da população optou por outros candidatos, portanto o prefeito reeleito precisa reavaliar seu go-verno e procurar pelos erros que quase o tiraram do comando da cidade.

Nas entrevistas, Hamilton refere-se apenas ao fato de ter sido “vidraça” a pou-ca sorte nos números fi nais do pleito. Em momento algum ele fez uma autocrítica de sua administração. Há sinais de mudanças do secretariado seguindo a vontade dos partidos da base aliada para o próximo mandato.

Hamilton se recusa a admitir que a maioria dos eleitores não está satisfeita com os rumos da administração petista em Jacareí. O comentário era que apenas a promessa de empregos com a vinda de novas fábricas, os Educamais e as obras de infraestrutura seriam sufi cientes para ganhar a eleição. Passados alguns dias após o pleito, a prefeitura anunciou que devolverá a Santa Casa à irmandade e que a Sany adiou a instalação de sua fábrica na cidade. Como teria sido a eleição com esses novos dados?

Os erros da gestão petistas precisam de reavaliação. Afi nal, esses problemas afe-tam o dia a dia do morador. O que dizer do péssimo estado da saúde em Jacareí e o trânsito cada vez mais caótico? A maioria dos eleitores, 52,4%, não votou em Ha-milton porque acreditou mais nas promes-sas oposicionistas, mas porque desejava mudanças na condução da prefeitura.

O prefeito petista ganhou uma segunda chance para resolver os problemas sérios de uma cidade que cresce a cada dia. Se o PT acreditava num projeto de poder pelos próximos 20 anos e rolo compressor na oposição, sentiu nessa eleição a insatisfa-ção dos eleitores. O recado implacável das urnas foi dado.

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RADAR O mês em revista

4 Buzz - Novembro de 2012

Sany adia fábrica em JacareíA multinacional chinesa Sany suspen-deu temporariamente as obras para im-plantação de sua nova fábrica em Jacareí, alegando crise nos mercados brasileiro e sul-americano de máquinas. A Sany espe-ra o mercado se recuperar para reiniciar as obras na cidade. A empresa explicou ainda que o cronograma seguirá o ritmo dos mer-cados brasileiro e sul-americano. A Sany será construída numa área de 568 mil m2 às margens da Via Dutra e estava prevista a geração de 500 empregos nas obras e ou-tros 1.000 na fase de operação.

Novos radares em funcionamento

A Prefeitura de Jacareí instalou oito novos radares e outros três foram recolocados nas ruas da cidade para prevenir e reduzir acidentes de trânsito. Eles estão funcionan-do desde 31 de outubro. Com esses novos equipamentos, a cidade passará a ter 21 radares fi xos e um móvel. Segundo a pre-feitura, o número de acidentes diminuiu de 1295, no primeiro semestre de 2011, para 1022, nos primeiros seis meses deste ano. No mesmo período, ainda de acordo com a prefeitura, as multas passaram de 41.501 para 55.197.

MAV e a Revolução de 1932O MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba) sedia até o dia 13 de janeiro

de 2013 a exposição “SP, 1932: 80 anos do movimento Constitucionalista”. Os visi-tantes terão acesso a fotos, jornais da épo-ca, cartazes, ao vídeo “Bravos Paulistas” produzido pela TV Câmara Jacareí, simu-lação das trincheiras usadas em combate, discursos, entre outras instalações. Mais de 600 pessoas morreram na Revolução Constitucionalista de 32, segundo dados ofi ciais. A curadoria da exposição é do Ar-quivo Público do Estado de São Paulo e do Museu da Imigração do Estado de São Paulo. A produção executiva é de Izabel Muanis. A região é a primeira a receber a exposição porque várias cidades foram ce-nários do confl ito.

Mais câmeras de monitoramento Mais duas câmeras de monitoramento, uma na frente do Mercado Municipal e outra no cruzamento da Avenida Nove de Julho com Doutor Lúcio Malta, foram instaladas pela prefeitura no centro de Jacareí para ampliar a segurança dos lojistas e evitar o tráfi co de drogas. O custo foi de R$ 24 mil. Com mais esses equipamentos, a cidade dispõe agora de cinco câmeras na região central. As outras três estão no Parque da Cidade, Praça Conde de Frontin e Espaço Liberda-de. O monitoramento é feito pela Guarda Municipal. A Polícia Militar acredita que as câmeras deveriam fazer parte de um Centro de Monitoramento Integrado, que agregasse a PM e demais órgãos porque somente a Guarda tem acesso às imagens.

Fibria promove educação ambiental

518 alunos das redes municipais de San-ta Branca, Jambeiro, Paraibuna e Igaratá participaram do Projeto Interpretação Am-biental desenvolvido pela Fibria e as secre-tarias de educação dessas cidades. O pro-jeto foi desenvolvido em três etapas. Num primeiro momento, educadores ambientais fi zeram palestras nas escolas. Depois, na segunda etapa, os alunos visitaram o NEA (Núcleo Educação Ambiental), em Santa Branca, onde tiveram contato com a fauna e a fl ora locais. E, por último, os partici-pantes discutiram propostas de intervenção no meio ambiente em suas escolas.

Eleição 2012O prefeito de Jacareí Hamilton Mota (PT) foi reeleito com 54.203 votos (47,63%), em segundo lugar fi cou Izaias Santana (PSDB) com 48.883 votos (42,96%), em terceiro Adriano da Ótica (PPS) com 8.738 votos, em quarto Suzete Chaffi n (PSOL) com 1.969 votos. Os vereadores eleitos para a próxima legislatura são: Mauricio Haka (PSDB) com 2.437 votos, Arildo Batista (PT) 2.408 votos, Edinho Guedes (PMDB) 2.285 votos, Ana Lino (PMDB) 2.134 vo-tos, Fernando da Ótica (PSC) 2.131 votos, Paulinho do Esporte (PMDB) 2.059 votos, Hernani Barreto (PT) 1.981 votos, José Francisco (PT) 1.981 votos, Rose Gas-par (PT) 1.906 votos, Itamar Alves (PDT) com 1.808 votos, Pastor Rogério Timóteo (PRB) com 1.659 votos e Valmir do Parque Meia-Lua (PSD) com 1.336 votos.

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A Promotoria de Justiça do Consumidor de evitou um grande prejuízo aos consu-midores de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Pindamonhangaba e Taubaté que emprestaram dinheiro da extinta Net Capital. A financeira, após ter sido fechada pela Justiça, vendeu as notas promissórias esquecidas por seus clientes para uma em-presa de cobrança de São Paulo. Porém, a maioria desses títulos de crédito referia-se a dívidas quitadas.

A revista Buzz apurou que Net Capi-tal emprestava dinheiro e exigia cheques e assinatura de promissória. Os clientes quitavam os valores devidos e esqueciam de resgatar a nota promissória. Ao fechar a empresa por determinação da Justiça, o dono da Net Capital vendeu esses títulos para uma empresa paulistana que, sem sa-ber dos fatos, protestou todos eles.

Revoltados, os consumidores procura-ram o Procon e a Promotoria de Defesa do Consumidor para buscar uma solução para o imbróglio. No Procon, pelos menos 50 clientes da Net Capital buscaram seus di-reitos. O promotor de Justiça do Consumi-dor de Jacareí, José Luiz Bednarski, procu-rou a empresa de cobrança e, através de um acordo, resgatou 300 notas promissórias que seriam protestadas, causando um gran-de prejuízo para clientes de várias cidades do Vale do Paraíba.

Bednarski explicou que evitou assim centenas de processos individuais. “Foi bem melhor que mover uma ação judicial,

Menos prejuízos

MP resgatou 300 notas promissórias de clientes da Net Capital que seriam protestadas por uma empresa quehavia comprado os títulos

pois revolvemos o problema de forma mais rápida para o consumidor”.

A Promotoria e o Procon recomendam aos consumidores de entidades financeiras que, após o pagamento do empréstimo, exijam a devolução das notas promissórias porventura firmadas para garantia anterior da dívida e também documento que com-prove a quitação da dívida.

A diretora do Procon/Jacareí, Cecília Eiko Kubo, informa que os empréstimos na Net Capital ocorreram há dez anos. Se-

gundo ela, as promissórias começaram a ser protestadas há cinco meses.

Num contato com a empresa que havia comprado os títulos, o Procon descobriu que havia mais de cinco mil notas a serem protestadas.

O Ministério Público de Jacareí infor-mou que a incineração dos títulos ocorrerá no dia 6 de dezembro, às 11h00, em sua sede, num ato público que ocorrerá com acompanhamento do Procon e da OAB Ja-careí.

aos consumidores

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A agência dos Correios, em Jacareí, recebe inúmeros documentos perdidos por dia. O setor está abarrotado de cédulas de identidade, títulos de eleitor, CPFs, certi-dões de reservista e carteiras profissionais. A pessoa que perde um documento desco-nhece que ele pode estar nesta seção dos Correios e tira uma segunda via. A Pro-motoria de Justiça da Cidadania de Jacareí criou um sistema para evitar que a pessoa tire um novo documento sendo que o mes-mo pode ter sido encontrado.

“O MP já contava com o sistema para pesquisa nos inquéritos civis. Agora o expande para outra causa de interesse pú-blico, integrando outros setores do poder público e igualmente os parceiros da ini-ciativa privada”, afirma o promotor José Luiz Bednarski.

O novo serviço surgiu para acionar o interessado antes que se completem as pri-meiras 24 hora que sucedem a perda de um documento. Em outubro, Bednarski entrou

seM lenço, sem documentoServiço da Promotoria acionará pessoa que perdeu documento nas primeiras 24 horas do extravio

com contato com os Correios e ofereceu mão de obra e o terminal de computador da promotoria para viabilizar esse trabalho.

Segundo o promotor, o serviço evita-rá inúmeros problemas como: registro de ocorrência policial, locomoção até o Pou-patempo para tirar uma segunda via e que o documento perdido caia na mão de bandi-dos. O novo serviço não terá custo, segun-do a Promotoria.

Os documentos encontrados ou esque-cidos no comércio também farão parte des-se projeto do MP.

Bednarski conseguiu apoio da Asso-ciação Comercial e Industrial de Jacareí, que encaminhará ofício aos comerciantes informando da iniciativa da Promotoria e oferecendo o novo serviço.

A revista Buzz procurou a assessoria de imprensa dos Correios para ouvi-los a respeito do assunto, mas a empresa não re-tornou os questionamentos propostos pela revista.

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20 anos da Hideki Auto ElétricaIn

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A Hideki Auto Elétrica, uma das melhores empresas de seu segmento em Jacareí, está celebrando 20 anos de

existência. A data será marcada por uma grande promoção de baterias. Mas para chegar ao estado atual, o empresário Lau-ro Hideki Tukiyama trabalhou muito desde que chegou em Jacareí, há mais de 30 anos.

A família de Lauro mudou-se de Ada-mantina, interior de São Paulo, para Jacareí na década de 80. Um dos tios dos irmãos Tukiyama ensinou o ofício aos mais velhos e estes repassaram tudo ao jovem Lauro. O aprendizado ocorreu na Auto Elétrica Ir-mãos Tukiyama, que funcionou no bairro do São João, por mais de 25 anos. O suces-so do empreendimento familiar não aco-modou Lauro. O mais jovem dos Tukiyama desejava lançar vôo solo. Aprendeu o ofí-cio e após servir o Exército (Tiro de Guer-ra) em 1985 abriu a sua própria oficina.

O começo não foi fácil. Lauro lembra que possuía poucas peças em seu estoque. A oficina ficava na Avenida Avareí, era co-berta com telha de amianto e o piso era de pedra. O tempo passou e as coisas foram melhorando. O estabelecimento ganhou um novo telhado, o piso foi concretado e a oficina ampliada.

O empresário Lauro contratou os pri-meiros quatro funcionários, sendo uma se-cretária e três eletricistas. Os empregados

são capítulos à parte nessas duas décadas de sua empresa. Ele os trata com muito ca-rinho, honestidade e sempre oferece cursos de aprimoramento aos que desejarem. O re-sultado dessa relação é medida pelo fato de a empresa possuir empregados com mais de 15 anos de carteira assinada. Atualmen-te, a empresa conta com três profissionais na área administrativa e seis eletricistas.

Ao completar 20 anos, os clientes da Hideki já desfrutam do primeiro presen-te – a sede própria localizada na Avenida Bruno Decária, 35, no bairro Parque Brasil. O prédio fica a poucos metros do primeiro endereço da empresa. A Hideki presta ser-viços para particulares, órgãos públicos e indústrias. A empresa trabalha com elétrica em geral, como alternadores, motores de partida, baterias e também atende clientes nas áreas de som, alarme e acessórios para veículos.

SSe existe uma receita para o sucesso da Hideki, Lauro o atribui ao bom relacio-namento com seus funcionários, à busca

constante por novos conhecimentos e ao bom atendimento aos clientes e no momen-to que ele precisar. Segundo o empresário, os tempos são outros e exigem mais esfor-ço de todos porque o mercado está muito competitivo.

Para o futuro da Hideki Auto Elétrica, o empresário Lauro revela que pretende fa-zer uma grande reforma e aumentar ainda mais o conforto de seus clientes, como tem feito nesses 20 anos de história.

A credibilidade e o sucesso da Hideki Auto Elétrica nessas duas décadas deve-se aoesforço e muito trabalho do empresário Lauro Hideki Tukiyama

A empresa é equipada com aparelho digital para testes de alternadores, motores de partida e elétrica em geral

Hideki Auto Elétrica premiada duas vezes seguidas pelo Prêmio The Best de Qualidade 2011 e 2012, pela satisfação de seus clientes nos quesitos: qualidade do atendimento, serviços e produtos

Lauro Hideki Tukiyama

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8 Buzz - Novembro de 2012

Entrevista |Jesse Nascimento, comerciante

Buzz – Como o senhor começou a fazer sorvete?

Jesse Nascimento – Eu aprendi a fazer sorvete à moda antiga. Hoje, com a tecno-logia, está tudo diferente. Não tem aquele padrão de antigamente, quando era mais artesanal e o sorvete era mais gostoso. A Sorveteria Leal começou com a irmã de meu pai, Maria Auxiliadora do Carmo, que também dirigiu o Asilo Amor e Caridade. Ela fazia um sorvete diferente, com vários tipos de sorvete italiano. Éramos restritos pela tecnologia. Se de um lado ela ajuda, de outro deixa a desejar em certos aspectos. Optamos pela tecnologia devido a pratici-dade. Meu pai, o Pedrinho da Sorveteria Leal, aprendeu com o cunhado. Eu assumi a direção da sorveteria por causa da doença dele. Após dois anos que assumi, ele mor-reu. Eu não consegui aprender muita coisa.

A sorveteria que virou tradição em JacareíA família de Jesse Nascimento abriu a Sorveteria Leal, localizada na Praça Conde de Frontin, há mais de 70 anos e o negócio está na sua terceira geração

Em seus 73 anos de existência, a Sorveteria Leal tornou-se um ponto de referência em Jacareí.

Turistas ou moradores sempre procuram a Leal em busca do refrescante sorvete que fez fama nessas sete décadas de vida. O reconhecimento deve-se também ao caris-mático proprietário Jesse Nascimento, que aprendeu com o pai, o Pedrinho da Sorve-teria, a arte de fazer sorvete e atender bem seus fregueses. Jesse revelou parte dos se-gredos de um delicioso sorvete e confessou que não gostaria que seus fi lhos ou netos seguissem o negócio da família, exceto se “gostassem muito” da sorveteria. Ele aprendeu a fazer sorvete na forma artesa-nal e afi rma que, com a tecnologia atual, até uma criança é capaz de fazer. No entan-to, os produtos atuais são bem diferentes de quando, aos 10 anos de idade, aprendeu com o pai a retirar o verdadeiro sabor de uma fruta para preparar um sorvete.

Buzz – Qual é o ponto forte do se-nhor na arte de fazer sorvete?

Nascimento – Eu fazia um sorvete de forma diferenciada, sem uso da tecnologia. Hoje, tudo é na máquina e os produtos já vêm preparados. Antes, você tinha que ma-nipular as frutas. Havia um processo para você extrair o sabor de uma fruta. Uma criança, hoje, faz sorvete.

Buzz – Qual é a maior difi culdade em criar uma nova receita de sorvete?

Nascimento – Eu vejo a difi culdade na divulgação desse produto. Precisa de uma propaganda muito forte. Depende muito da propaganda para pegar o novo sabor. Só fa-zer e deixar aí não adianta.

Buzz – O que mais faz sucesso: o sorvete de fruta ou outros sabores como milho, coco, creme, chocolate?

Nascimento – Usamos muito leite para fazer sorvete. Há pessoas que utilizam leite em pó. Eu uso leite mesmo. Dá uma tex-

tura melhor no sorvete. A fruta precisa de conhecimento para manipular corretamen-te. Não basta apenas espremer e apertar. Senão o negócio desanda. Para fazer o co-zimento para um sorvete de creme, coco ou de ameixa, por exemplo, depende de hora. O negócio é demorado.

Buzz – O que o sorvete necessita para ser considerado artesanal?

Nascimento – No meu conceito, o sor-vete artesanal é o que utiliza como ingre-dientes básicos naturais e sem nenhum conservante. É difícil encontrar uma pes-soa que faz isso hoje em dia. Eu não co-nheço. Hoje, pela facilidade e tempo, em cinco minutos você faz uma quantia boa de sorvete.

Buzz – O que não pode faltar num bom sorvete?

Nascimento – O sabor e a dosagem correta de açúcar. Ambos precisam da do-sagem correta para o sorvete fi car gostoso.

Jesse Nascimento: “O pessoal acredita que o sorvete necessita ser duro, mas o correto é ser cremoso e leve”.

“A fruta precisa de conhecimento para manipular correta-mente. Não basta apenas espremer e

apertar”.

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Novembro de 2012 - Buzz 9

Buzz – Qual é o segredo de um sor-vete cremoso?

Nascimento – Para fi car cremoso, de-pende da maneira de utilizar com os ingre-dientes e da maneira correta de prepará-lo. O sorvete feito na hora é cremoso, mas tem facilidade para derreter. O pessoal acredita que o sorvete necessita ser duro, mas o cor-reto é ser cremoso e leve. Há pessoas que fazem o sorvete e ele fi ca empedrado, nesse caso alguma coisa está faltando. Não posso dar o “pulo do gato”, mas cada um faz a sua maneira.

Buzz – Qual é o sorvete mais vendi-do?

Nascimento – O campeão de vendas é o sorvete de coco.

Buzz – Como é a venda de sorvete durante o ano?

Nascimento – O pico mesmo é entre outubro e fevereiro. Isso varia muito com o tempo. Se o tempo estiver quente, mexe com a população. No inverno, cai muito a venda de sorvete e precisamos de criativi-dade. Existe a história do sorvete “quente”, mas sorvete é sorvete. Não existe sorvete “quente”. A gente se adéqua a outro tipo de produto como salgados ou outra mercado-ria para esses períodos. Quando chove, por exemplo, as pessoas não saem de casa. Nos feriados prolongados, as pessoas viajam para outros lugares. A cidade fi ca vazia. Na época de meu pai, era diferente. As pessoas não tinham acesso a veículos ou créditos e fi cavam na cidade. Ocorreu uma mudança no comportamento social nesses últimos 20 anos. Quem não podia, agora pode. Quem podia, agora pode mais ainda. O comerciante fi ca indeciso na hora de atrair os clientes porque há muita propaganda. Não sei aonde isso vai parar. O negócio pe-queno fi ca dispendioso. Não dá para fazer uma divulgação grande como desejo. Estou tentando fazer modifi cação a passos lentos porque não dá para me atirar de cabeça.

Buzz – Em 73 anos, como a sorvete-ria se manteve?

Nascimento – Há muita dedicação da gente. Nós dependemos disso. O pouco que entra dá para sobreviver. O comércio passa por difi culdades. Dando para levar, vamos continuando.

Buzz – Como estão as vendas?Nascimento – Não temos uma base por-

que há dias que vendemos bastante e outros que não vendemos quase nada. Produzimos sorvetes umas duas ou três vezes por sema-na. Não tenho como precisar quanto ven-deu. Afi nal, não dependo somente de sor-vete. Faço ainda uma vitamina, coalhada, tem salgado, café, chocolate quente e sala-da de fruta para vender aqui na sorveteria.

Buzz – Fora da temporada de verão, como sobreviver com a sorveteria?

Nascimento – Não posso dizer que não vendemos sorvete nesse período, vende-mos mas é pouco. Vendemos, então, pastel, bolo, cachorro quente, chocolate quente, café com leite, vitaminas, coalhada. Um produto que vendemos bastante é a coalha-da pura ou batida.

Buzz – Qual é a novidade da Sorvete-ria Leal para o verão que se aproxima?

Nascimento – Eu estou pensando num produto diferenciado, um doce tipo sorvete a base nozes e chantili. Um sorvete espe-tacular. Quero lançar isso. Uma coisa que fazia muito sucesso na época de meu pai era o creme franco, que tinha como um dos ingredientes a groselha. Parei de fazer por-que o pessoal não pede mais. Quero ver se no verão, reativo esse creme com sorvete também. No auge da sorveteria, todos gos-tavam de provar o creme franco. Não posso dar mais detalhes porque dependo também da família aprovar essas novidades.

Buzz – Nesses 73 anos de existên-cia, várias pessoas conhecidas já pas-saram pela Sorveteria Leal?

Nascimento – A sorveteria é ponto de referência em Jacareí. Muitas pessoas co-nhecidas nacionalmente passaram pela sor-veteria como: Silvio Santos quando come-çava a carreira, José Serra, Luiz Máximo, Marco Aurélio, Severo Gomes, Carlinhos de Almeida, Ricardo Izar, o ator Norton Nascimento, músicos e artistas em geral. Há amigos que visitam Jacareí e fazem questão ir à sorveteria tomar um frapê de coco.

Buzz – Qual é o futuro da Sorveteria Leal?

Nascimento – Temos pela frente tantas pedras para atravessar que não sabemos se conseguiremos. Enquanto tiver força e âni-mo, vamos trabalhar. Haverá um ponto que teremos que parar. A gente não tem mais aquela fl exibilidade dos mais jovens. Eu não quero isso para um neto ou fi lho a não ser que ele tenha muita vontade de conti-nuar. Porque o futuro está nos estudos. Isso para mim é uma prisão porque não tenho sábado, domingo ou feriado. Não tenho férias. Trabalho direto. Como uma pessoa pode nestas condições sobreviver fazendo todo dia a mesma coisa? Você não aguenta! Gostaria de fi car até os 80 ou 90 anos, mas sem muito compromisso de horário. Hoje, dedico umas 13 ou 14 horas e, às vezes, mais. No domingo, chego à 1h30, abro às 3h00 da madrugada para atender o pessoal do fi nal das baladas. O negócio é complica-do para uma pessoa sozinha.

Buzz – A Sorveteria Leal está loca-lizada entre a Igreja do Bomsucesso e um templo da Igreja Universal, que abri-gou por muito tempo o Cine Rio Branco. Fale-me da época do antigo Cine Rio Branco.

Nascimento – Foi o melhor período que tivemos. Vendíamos também sorvete den-tro do cinema. Havia a Sanbrattur que pa-ravam em frente à sorveteria. Era uma mini rodoviária. Havia o Clube Elvira e agora mudou muito. As fi las do cinema viravam o quarteirão. As matinês. Antigamente, se você não fosse no centro, não saía de casa. Era missa, cinema, sorveteria e os clubes daquela época como Elvira, Ponte Preta e Trianon. Era o point daquela época.

Buzz – Como o senhor observou a evolução de Jacareí nesses 73 anos da sorveteria?

Nascimento – Antes, como não havia interesse político, a cidade não caminha-va a passos largos. Alguns proprietários de terra fi cavam segurando o progresso da cidade. De uns 20 ou 30 anos para cá, o crescimento é assustador. Eu ia pescar num ribeirão no Parque Santo Antonio. Aquilo era uma enorme fazenda. As pessoas não imaginavam que dava para fazer casa no morro. Hoje mudou muito. Há bairros que nem conheço.

“Existe a história do sorvete “quente”, mas sorvete é sorvete. Não

existe sorvete “quente””.

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DIA DAs CrIAnçAs no jArDIM sAnTA MArIABuzzImagens

A festa das crianças reuniu mais de 2.000 pessoas no dia de 12 de outubro, no campo de futebol do bairro. Foram distribuídos mais de 1.500 lanches, algodão doce, pipoca, sorvete e refrigerante. As crianças aproveitaram os brinquedos infláveis, fizeram desenho no rosto e ganharam muitos presentes. Os responsáveis pela festa foram Roberto Fischer, Zé do Porto, Mauricio Café, Dirceu Latinha, Torresmo, Dinho Pimenta, Leandro e Orlando Siqueira.

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vai bem

vai indo

vai malAgendamento demorado

Sonho antigo

Reforma do campo

O centro comunitário da Vila Garcia re-cebeu melhorias. O campo de futebol recebeu novo alambrado e as telhas do vestiário foram trocadas. O projeto completo da reforma prevê ainda que o local tenha um novo gramado para o campo de futebol e a implantação de uma academia de ginástica da terceira idade ao ar livre. Os recursos, no valor de R$ 192 mil, para as obras vieram de emenda parlamentar.

A obra de cobertura da quadra da re-gião do Jardim Dindinha começou no fi nal de outubro. O local é muito utiliza-do pelos moradores para realização de festas e ensaio da escola de samba. Até aulas de educação física das es-colas próximas ocorrem nesse espaço. Com a cobertura, os usuários poderão enfi m usufruir da única área de lazer da região com mais conforto.

Os usuários do SIM (Serviço Integra-do de Medicina de Jacareí) enfrentam vários meses de espera para agendar consultas. As reclamações da inefi ci-ência do sistema não são novas. Uma senhora de 60 anos, cuja identidade preferiu não revelar, disse que espera por um exame há mais de três meses. Noutra ocasião, essa mesma pessoa teve problemas para agendar uma to-mografi a computadorizada através do SIM.

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A capoeira é muito mais que música, berimbau e roda de capoeirista. O estudan-te jacareiense Lucas Ruan de Castro, de 14 anos, era um menino terrível. Vivia no meio do tráfico de entorpecentes e não res-peitava nem mesmo a própria mãe. O pro-fessor de capoeira Marcos Pereira de Na-zareth, o Gavial, chamou-o para participar da Oficina da Capoeira Internacional. O projeto resgatou o adolescente ao colocá-lo em contato com arte marcial brasileira presente em mais de 150 países, inclusive naqueles mais fechados como Japão, Israel e Polônia.

Para felicidade de sua família, Lucas é uma nova pessoa. “Tenho outra cabeça agora”, afirma o adolescente ao conversar com a reportagem da revista Buzz. Ele explica que melhorou o rendimento esco-lar de zero para notas que variam de 8 a 9. Lucas ainda lembra que passou a respeitar

seus pais. Diz também que não participa mais de atos de vandalismo contra o patri-mônio público. Segundo Lucas, a capoeira trouxe disciplina para sua vida e interesse pelas coisas.

Lucas e diversos garotos participaram da I Mostra Internacional de Capoeira que ocorreu na primeira quinzena de novembro em Jacareí. Para os mestres, professores e instrutores de capoeira, a receita para ocu-pação do tempo livre dos jovens na cidade não tem nenhuma mágica.

Ginga - Raimundo Ferreira de Sousa, o mestre Ray, natural de Belo Horizonte, que também participou no evento em Ja-careí, é um entusiasta da capoeira. “A ca-poeira cria um sentido de responsabilidade e hierarquia para seus praticantes”, afirma. O mestre mineiro explica que, ao partici-par de uma roda, a pessoa encontra todos os problemas da sociedade. Ele acrescenta

da capoeiraBenefíCIos

O movimento, a necessidade de agir, noções de espaço, tempo, ritmo e música são os princípios da capoeira para livrar os jovens do crime e da evasão escolar

que a ginga do capoeirista faz com que o jogador escape dos golpes e tal estratégia serve também para a vida.

Através da capoeira, Souza visitou mais de 40 países e fala cinco idiomas. Seu grupo, o Oficina da Capoeira Internacional, está presente em 16 países. Ele acrescenta também que a capoeira traz turistas para o Brasil, envia pessoas para ensinar a luta no exterior e possui inúmeros outros itens como música e instrumento que geram di-visas ao país.

A instrutora baiana Fernanda Concei-ção Santos, de 24 anos, conheceu nove países ensinando capoeira. Aluna de mes-tre Ray, Fernanda começou a praticar num projeto social de Salvador, o Muse-Brasil, e não parou mais. Segundo mestre Ray, Fernanda é uma prova do poder de trans-formação da capoeira.

Mudanças - A aluna jacareiense Ana Júlia Domiciano Soares, de 10 anos, três deles na capoeira, sente as mudanças na sua rotina. “Para mim é tudo maravilhoso, a capoeira me ajudou muito a tomar deci-sões, respeitar os mais velhos e, na escola também, já penso em aprender outras lín-guas para quando crescer ser professora de capoeira e viajar pelo mundo”.

O adolescente Lucas Azevedo, de 15 anos, já começa a colocar seus planos em prática: “Já faço aulas de inglês e comecei a fazer espanhol e no futuro pretendo cur-sar educação física e trabalhar com isso; não consigo viver sem o som do berim-bau”, diz.

12 Buzz - Novembro de 2012

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Fernanda: levou capoeira para nove países Mestre Ray: “Na roda, há pessoas de todo jeito”

Flexível - O professor Gavial explica que o jovem é fi sgado pela capoeira, ex-perimenta e não larga mais. Segundo ele, somente quando o menor está no projeto é possível cobrar disciplina e boas notas na escola.

Não há adversário numa roda de capo-eira, mas companheiros de luta. Segundo mestre Ray, ninguém joga sozinho e há necessidade de interação e sociabilização. Na luta, única que possui música, a pessoa joga e depois retribuiu tocando instrumen-to ou cantando. O mestre acredita que o su-cesso da capoeira entre os jovens está liga-do a fl exibilidade e valorização dos nossos valores.

O jovem Lucas não está sozinho ao fa-lar dos reais benefícios da capoeira. A luta conquista educadores a cada dia e foge do estigma de pertencer ao gueto. Mestre Ray, com 35 anos dedicados ao esporte, afi rma que sempre participa de congressos falan-do de capoeira para educadores. O último ocorreu em Porto Alegre. E todos fi cam maravilhados com esse viés educacional ao som do berimbau e muito gingado.

Ofi cina de capoeira - Há vagas para crianças e adolescentes interessados em participar das aulas de capoeira gratuita-mente em espaços da Prefeitura de Jacareí. - Centro Comunitário Vila Formosa (aula nas terças e quintas-feiras) – Avenida Aliança, s/nº, Telefone (12) 3953-7011.- Centro Comunitário Vila Zezé (aula na quinta-feira) – Avenida das Indústrias, s/nº, Telefone (12) 3953-5588.

Capoeiristas durante I Mostra Internacional de Capoeira

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BUZZ IN

14 Buzz - Novembro de 2012

Os pais da Giovanna Torres Miotto comemora-ram mais um ano da fi lha no dia 20/10/2012

A empresária de Santa Branca, Rosana Filippi, do Choppi - o melhor chopp da região

III Feira do Conhecimento do Colégio Objetivo Júnior de Jacareí / Outubro 2012

A escritora jacareiense Ingrid Almeida durante lançamento de seu segundo livro

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JACAREIENSE É TOP 10 NO MUNDIAL MASTER DE MTB

Brasil Cycle FairGrandes conquistas do CJC

DUATHLON DO VALE EQUIPE MERIDA JOGOS ABERTOS PAULISTA DE DUATHLONNo domingo, 16 de setembro,

aconteceu a 2ª etapa do Duathlon do Vale em São José dos Cam-pos, em que o Clube Jacareí de Ciclismo participou em várias categorias. Os destaques foram os irmãos Matheus e Larissa, que conquistaram o lugar mais alto do podium como campeões em suas categorias. Matheus, da categoria 16-19 anos, fez uma prova muito regular, correndo em bom ritmo e mantendo-se bem encaixado no pelotão intermediário durante o ciclismo que perseguiu os líde-res até o início da última perna da corrida pedestre. Larissa teve uma prova de superação, pois em razão do forte calor durante a competição sentiu muitas cãim-bras, mas, com o apoio da torci-da, manteve-se sempre na lide-rança, conquistando o 1º lugar da categoria 16-25 anos, tendo como vice-campeã Carolina Delpasso, da equipe Carbon Fit, também de Jacareí. Na categoria 30-39 anos o campeão foi Rivelino Barbosa, da Maranga Team, seguido de perto pelo jacereiense João Viana Filho (segundo na classifi cação), em uma prova eletrizante que ain-da teve o estreante em duathlon Jeferson Standke na quinta colo-cação. O veterano Nelson Lopes fez uma ótima prova e conquistou a quarta colocação na categoria acima dos 50 anos.

Já está adiantada a nego-ciação para a manutenção da Equipe Merida como time ofi -cial de Jacareí. Com os bons re-sultados obtidos durante 2012, como o Campeonato Brasileiro de MTB, a Taça do Brasil de MTB e a Copa Internacional de MTB, além de ter seu atleta Ru-binho Valerino nas Olimpíadas de Londres, a Equipe Merida/CJC/Jacareí chega ao fi nal do ano como a mais forte do Brasil e é um grande desejo do Clube Jacareí de Ciclismo e da Pre-feitura Municipal de Jacareí a continuação desta grande par-ceria.

A equipe de CJC/Marques Bike re-presenta Jacareí nos Jogos Aber-tos do Interior em Bauru/SP entre os dias 14 e 23 de novembro. O destaque da equipe será o atle-ta Rubens Valeriano, o Rubinho, que é o atual campeão Brasileiro de MTB e foi o representante do Brasil nas Olimpíadas de Lon-dres 2012. Também competirá no MTB o atleta Thiago Aroeira, companheiro de Rubinho na Equi-pe Merida. No feminino, nossas representantes serão Stephanny Gomes e Larissa Castelari. Ainda farão parte da delegação os atle-tas Matheus Germanio e Jeferson Standke.

João Viana conquistou, no dia 28 de outubro, o Campeo-nato Paulista de Duathlon, que teve sua última etapa realizada na cidade de Americana.

Em um dia de muito sol e recuperando-se de uma lesão no joelho, João terminou a eta-pa na terceira colocação, sendo o sufi ciente para garantir-se como campeão, pois havia ga-nhado as etapas anteriores.

É um grande orgulho ter-mos um atleta como este em nossa cidade.

O atleta Geraldo Tadeu Pimenta , do Clube Jacareí de Ciclismo, repre-sentou o país no Campeonato Mun-dial de Mountain Bike, realizado em Camboriú/SC. Pimenta competiu na categoria 55-59 anos e terminou com a importante sétima colocação. Tadeu relatou difi culdade no circuito, que era ainda mais técnico que na edição 2011 desta competição. “Estar mais uma vez no seleto grupo dos Top 10 no Mundial me enche de orgulho”, disse o entusiasmado ciclista, que direcionou

seu foco para essa prova este ano. O vencedor foi o sueco Anderson Benny. Pimenta manteve-se sempre em bus-ca de um lugar no podium, mas as difi culdades do circuito acabaram por permitir somente a conquista do sé-timo lugar. O ciclista agora focará as provas regionais, nas quais continua-rá representando o Clube Jacareí de Ciclismo. O Clube parabeniza Geraldo Tadeu Pimenta pelo seu esforço e por manter-se entre os TOP 10 do mundo em sua categoria.

Rubinho Valeriano venceu a úl-tima etapa da Taça Brasil, no dia 30 de setembro, em Campo Largo/PR. A disputa ocorreu em circuito com pouco mais de 5 km, onde os atletas deram um total de sete voltas. Rubinho, que já liderava o campeonato, tornou-se o campeão da Taça Brasil 2012, com duas vitórias e um segundo lugar.

Com mais esta conquista no Cam-peonato Brasileiro, mais a participação nas Olimpíadas de Londres, Rubinho, atleta do Clube Jacareí de Ciclismo, consolida-se como o principal moun-

tain biker brasileiro pelo seu desempe-nho e regularidade nas provas dispu-tadas. Rubinho é o maior nome entre os atletas contratados por equipes da cidade em 2012.

O Clube Jacareí de Ciclismo, com o apoio da Prefeitura Municipal, bus-cou a parceria com a melhor equipe de MTB do Brasil, a Equipe Merida, que além de Rubinho Valeriano conta também com Thiago Aroeira. Ambos preparam-se para representar a cida-de nos Jogos Abertos do Interior em Bauru, no mês de novembro.

A equipe da Marques Bike esteve em São Paulo para o BRASIL BIKE FAIR, a maior feira do mercado de bicicletas brasileiro, quando as grandes fabricantes e importadores apresentaram seus produtos para 2013. Todos da Marques Bike apro-veitaram para se atualizar com as novidades e participaram dos cur-sos oferecidos pelas marcas como Shimano e RST. Eventos como esse são uma grande oportunidade para a Marques Bike buscar mais infor-mações sobre os produtos ofereci-

dos aos seus clientes e assim po-der prestar a melhor consultoria do Vale do Paraíba.

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