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Caderno de atividades a partir do audiovisual Brasília – 2014

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Caderno de atividades a partir do audiovisual

Brasília – 2014

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERALAgnelo dos Santos Queiroz Filho

SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃOMarcelo Aguiar

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DFJacy Braga Rodrigues

SUBSECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICAEdileuza Fernandes da Silva

COORDENADORA DE ENSINO FUNDAMENTALRosana César de Arruda Fernandes

CHEFE DO NÚCLEO DE CORREÇÃO DA DISTORÇÃO IDADE-SÉRIEShirley Bragança

COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃOShirley Bragança

COLABORADORESCarmyra BatistaDóris de Paiva AmaralJuliana TarsiaJuliana KeouiGina Vieira PonteLeandro Gabriel dos SantosMônica Menezes de SouzaNair TuboitiRaquel de AlcântaraSônia Soares

REVISÃO ORTOGRÁFICAGislene BarralHélio JustinoPROJETO GRÁFICO E ARTEEduCarvalho

Distrito Federal (Brasil). Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal . Curta na escola : Caderno de atividades a partir do audiovisual turmas decorreção da distorção idade-série / Secretaria de Estado de Educaçãodo Distrito Federal . Brasília : SEEDF, 2014. 106 p. : il.

1.Política educacional 2. Distrito Federal ( Brasil) I. Título CDU: 37.014(817.4)

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APRESENTAÇÃO

Ao refletir sobre as ações didáticas e pedagógicas, com vistas à democratização dos saberes e a ruptura com o fracasso escolar, esta Coordenação de Ensino Fundamental, por meio do Fórum Permanente de Discussão da Correção da Distorção Idade/Sé-rie, trouxe para análise a importância de investimentos em um material pedagógico que fosse ao encontro do que é significa-tivo para os estudantes que estão em processo de Aceleração da Aprendizagem.

Nesse sentido, organizamos toda uma estrutura para definição da proposta, elaboração do caderno de atividades, avaliação dos textos por um grupo interno e externo e finalizações do material. Essas ações nos permitem agora apresentar à rede o produto final: CURTAS NA ESCOLA: Caderno de atividades a partir do audiovisual.

Este caderno está estruturado com atividades diversas, rela-cionadas ao audiovisual e vinculadas a outros suportes textu-ais para os estudantes de Anos Iniciais e Anos Finais. CURTAS NA ESCOLA: Caderno de atividades a partir do audiovisual visa atender a demanda dos professores das turmas de Correção da Distorção Idade/Série, com sentido e significado para os estu-dantes, e sua intenção é subsidiar e encaminhar ações promo-toras das aprendizagens dos atores envolvidos.

Esperamos que esse material venha realmente ao encontro do fazer didático e pedagógico, na perspectiva de avançarmos rumo a uma educação de qualidade social, que busca a eman-cipação dos nossos estudantes, ao se apropriarem dos conheci-mentos construídos pela humanidade e assim serem inseridos na cultura letrada.

Bom trabalho!

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SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................ 52. Justificativa............................................................... 83. Objetivos geral e específicos ........................................ 114. Leitura e escrita envolvendo o audiovisual e o livro ............. 125. Orientações para a construção de um projeto educativo na sala de aula ......................................................... 156. Atividades na sala de aula: luzes, câmera, ação! Ensino

Fundamental – Anos Iniciais .......................................... 197. Atividades na sala de aula: luzes, câmera, ação! Ensino

Fundamental – Anos Finais ........................................... 578. Referências ............................................................. 859. Anexos .................................................................. 87

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1. INTRODUÇÃO

A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal- SEEDF en-frenta as questões relativas à defasagem idade-série-ano por meio de uma política pública própria, compreendendo que esse fenômeno precisa ser discutido e analisado de forma coletiva, com apresen-tação de propostas e ações que visem à aprendizagem de todos os estudantes.

Para isso, a SEEDF instituiu um Fórum Permanente de Discussão, em 2011, constituído por coordenadores locais, intermediários e profes-sores das unidades escolares que trabalham com turmas de correção da distorção idade-série-ano das 14 Regionais de Ensino, bem como representantes da SUBEB (Coordenação de Ensino Fundamental). O objetivo foi discutir e analisar os principais problemas enfrentados pelas unidades escolares, buscando direcionamento e intervenções adequadas para as situações apresentadas.

Os principais assuntos levantados pelo grupo para as discussões no Fórum Permanente de Discussão foram: as dificuldades de aprendi-zagem apresentadas pelos estudantes; as dificuldades didático-peda-gógicas dos professores que atuam em turmas de defasagem idade-série-ano, isolamento pedagógico vivenciado pelos professores nas unidades escolares; necessidades de atendimento especializado aos estudantes matriculados nas turmas; problemas externos à escola, que apresentam reflexos no processo educativo; material pedagógico para essas turmas e a avaliação da aprendizagem, que tem servido muito mais para constatar o fracasso do que para diagnosticar as potencialidades dos estudantes. A partir desses debates, da troca de experiências entre pares e encaminhamentos gerados no Fórum Per-manente de Discussão, a SEEDF implementa e acompanha o projeto “Correção da Distorção Idade-Série” desde 2012. Esse projeto é en-tendido como uma alternativa de intervenção pedagógica, cujo obje-tivo é reintegrar o estudante à série-ano correspondente à sua idade, com ações diferenciadas em sala de aula, baseadas na subjetividade dos estudantes, na ludicidade e nas situações de aprendizagem.

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Para subsidiar as ações dos professores em sala de aula, o Projeto conta com a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação e Ofi-cinas Pedagógicas que ministram a formação, compreendendo-a como um espaço sistemático de reflexão conjunta, de investigação acerca das questões pedagógicas enfrentadas pelo coletivo da instituição.

Essas equipes trabalham de forma articulada com a Coordenação do Ensino Fundamental/Núcleo de Correção da Distorção Idade-Série na (re)elaboração, a cada ano, da proposta de formação, para garan-tir o incentivo a essa construção coletiva. Desse modo, o objetivo é transformar a coordenação pedagógica num espaço de discussão e reflexão sobre os problemas do ensino, suas formas de articulação com o projeto político pedagógico e o Currículo em Movimento, numa perspectiva de mobilização da comunidade em torno de um projeto social e educativo da unidade escolar, visando à aprendizagem de todos os estudantes.

Além da formação continuada para subsidiar as ações dos profes-sores, a Coordenação do Ensino Fundamental/Núcleo de Correção da Distorção Idade-Série- NUCDIS propõe um trabalho de constru-ção coletiva do material pedagógico para os professores utilizarem com as turmas. O primeiro passo desse trabalho foi uma consulta aos professores, por meio de questionário, sobre o material pedagógico mais adequado para as turmas de CDIS. Esse instrumento apontou a linguagem visual mais apropriada, por ser próxima desses estudantes, tendo a televisão como o suporte de comunicação mais utilizado por eles e, em segundo lugar, a Internet.

A segunda etapa constituiu em coordenar as ações de elaboração do material pedagógico, que contou com profissionais de vários setores da SEEDF, inclusive professor de unidade escolar. Hoje, a Coordena-ção do Ensino Fundamental/NUCDIS apresenta a você, professor, o “CURTAS NA ESCOLA: caderno de atividades a partir do audiovisual”, um material que subsidiará professores e estudantes a construírem, em parceria, um projeto didático utilizando vídeos educativos, liga-dos a outros suportes textuais, tendo a interdisciplinaridade como fio condutor no desenvolvimento do trabalho.

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“CURTAS NA ESCOLA: caderno de atividades a partir do audiovisual” é composto por seis mídias DVDs, com vídeos variados e um cader-no de atividades com sugestões diversificadas, reunidas por conexão temática, divididas em três momentos: antes da exibição do vídeo, durante e depois da exibição do vídeo. Essas atividades sugerem uma sequência, funcionando como sinalizadores para os professores e es-tudantes construírem, a partir delas, suas próprias trilhas de leituras.

Antes de cada sugestão de atividade há um texto teórico com o intui-to de esclarecer conceitos, procedimentos e aguçar a investigação da prática pedagógica em sala de aula, levando os agentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem a construírem saberes locais (va-lorizados e não valorizados) e globais (valorizados e não valorizados) na perspectiva cidadã.

A terceira etapa consiste na construção do segundo caderno do CUR-TAS NA ESCOLA: caderno de atividades a partir do audiovisual, que contará com a participação dos professores na socialização das ex-periências pedagógicas. Essas atividades, desenvolvidas em sala de aula, deverão obedecer ao formato do primeiro caderno e encami-nhadas à Coordenação de Ensino Fundamental/NUCDIS. Elas serão revisadas, impressas e socializadas em toda a SEEDF, estabelecendo uma rede de aprendizagem entre professores e estudantes.

Nessa perspectiva de diálogo permanente, pretendemos construir e consolidar um ambiente colaborativo que favoreça a (re)elaboração de ações no espaço da SEEDF visando à aprendizagem de todos, que segundo Tacca (2010), não está apenas na participação ativa do estu-dante na sequência de ações empreendidas, mas na possibilidade de compartilharem sentimentos e ouvirem a comunicação do outro nesse espaço, tendo em vista uma construção conjunta do conhecimento.

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2. JUSTIFICATIVA

O fracasso escolar é um fenômeno complexo que tem despertado a atenção de vários estudiosos de diferentes áreas do conhecimento, cujas interpretações expressam diferentes perspectivas de entendi-mento de suas causas ao longo da história.

A primeira teorização sobre dificuldades de aprendizagem surgiu na França, no final do século XIX, e ficou conhecida como Abordagem Organicista, por investigar as causas do fracasso escolar levantan-do hipóteses sobre os possíveis distúrbios e doenças neurológicas do aluno (Salto para o Futuro /MEC, 2006). De lá para cá, várias outras hipóteses causais foram apresentadas, dando origem à consolidação de quatro diferentes abordagens para interpretação desse fenômeno: “Organicista, Instrumental Cognitivista, Questionamento da Escola e Sociocultural”. Essas abordagens organizam-se em torno de questões, hipóteses explicativas e metodologias de pesquisa que orientam os diferentes profissionais (médicos, professores, supervisores, psicólo-gos etc.) em seu processo de estudo e intervenção junto a crianças em dificuldades de aprendizagem.

A abordagem “Questionamento da Escola”, por exemplo, levanta, dentre outras, as seguintes hipóteses explicativas para o fenômeno: inadequação dos métodos pedagógicos, dificuldades na relação pro-fessor/estudante, precária formação do professor e falta de estrutura nas escolas. Isso nos indica que é necessário buscar mais elementos para que possamos nos posicionar diante dos casos presentes em sala de aula. A existência dessas possibilidades explicativas para o fracas-so escolar nos indica, também, que é preciso cautela ao diagnosticar as dificuldades e os problemas apresentados pelos estudantes.

Por isso, a Secretaria de Estado de Educação do DF instituiu, em 2011, o Fórum Permanente de Discussão da Correção da Distorção Idade-Série. O objetivo é buscar, por meio de reflexão, intervenções que levem a unidade escolar a uma organização pedagógica que con-temple, de acordo com (VASCONCELLOS, 2004) o convívio com as dife-

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renças e a aprendizagem como experiência relacional, participativa, que produza sentido para o aluno, que contemple sua subjetividade, embora construída no coletivo das salas de aula.

Esse Fórum Permanente de Discussão trabalha hoje (2014), de forma articulada, com o Fórum dos Anos Iniciais e Anos Finais, em uma re-lação dialógica, expondo a evasão e repetência como um dos desa-fios da educação do Ensino Fundamental do DF. Essas discussões são feitas por meio de determinadas situações-problema, de atividades focadas no questionamento e na leitura, levando os coordenadores intermediários das 14 Regionais de Ensino ao encorajamento para serem multiplicadores, junto às unidades escolares de suas respec-tivas Regionais, desses questionamentos, a fim de construirmos um trabalho que vise à aprendizagem de todos os estudantes.

Nesses momentos de ação conjunta, verificou-se a necessidade da construção de um material pedagógico que subsidiasse as ativida-des do professor que trabalha com turmas de correção da distorção idade-série. Assim, o Núcleo de Correção da Distorção Idade-Série coordenou a elaboração do CURTAS NA ESCOLA:caderno de atividades a partir do audiovisual, um material que conta com a participação dos professores da rede, a fim de ajudar professores e estudantes a construírem, em parceria, um projeto didático utilizando vídeos educativos, relacionados a outros suportes textuais, por meio de co-nexão temática.

CURTAS NA ESCOLA: caderno de atividades a partir do audiovisual con-ta com atividades e textos teóricos que instigam o olhar do professor para a pesquisa e para o sujeito que aprende na busca de interven-ções no processo de ensino e aprendizagem, visando à aprendizagem de todos. Nessa caminhada, o professor utilizará vários mecanismos, oferecidos a partir do vídeo. Um deles é o processo de andaime, aliado ao conceito de pistas de contextualização, que tem como ca-racterística básica o estabelecimento de uma atmosfera positiva en-tre professor e estudantes, por meio de ações simples como a de se ouvirem e se ratificarem mutuamente (cf. BORTONI-RICARDO, 2010):

Andaime é um conceito metafórico que se refere a um au-xílio visível ou audível que um membro mais experiente de uma cultura pode dar a um aprendiz. O trabalho de andai-magem é mais frequente analisado como uma estratégia ins-

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trucional no domínio da escola, mas de fato, pode ocorrer em qualquer ambiente social onde tenham lugar processos de sociabilização (BORTONI-RICARDO, 2010, p. 12).

Espera-se a redução do número de estudantes em defasagem escolar com a construção do projeto didático, nessa perspectiva de diálogo e cooperação, por meio de estratégias que visem à construção do conhecimento em atividades relacionais, tendo a escuta como viés condutor.

Espera-se, também, por meio do trabalho realizado nos Fóruns de Discussão Permanente, aliado ao CURTAS NA ESCOLA, a consolidação da coordenação pedagógica, nas unidades escolares, como um espa-ço de diálogo, em que estudantes e professores sejam reconhecidos não em sua individualidade, mas em sua unicidade. Ou seja,

uma escola em que cada aluno seja percebido e respeitado em sua maneira de pensar e expressar seus desejos e, neles, suas potencialidades. Uma escola que desenvolva o ouvir, o falar, o comunicar. Uma escola que desenvolva o compro-misso de ir além, além do que os livros já falam, além das possibilidades que lhe são oferecidas, além dos problemas mais conhecidos. (FAZENDA, 1998, p. 19).

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3. OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICOS

3.1 Objetivo geral

• Subsidiar professores e estudantes, inseridos no Projeto Correção da Distorção Idade-Série, para construírem saberes locais e glo-bais nas unidades escolares, com base no Currículo em Movimento da Educação Básica, por meio da análise de mensagens audiovisu-ais e dos processos de produção de vídeos educativos a partir de um projeto didático.

3.2 Objetivos específicos

• Compreender os processos de produção e circulação de sentido operado pelos filmes de curta-metragem.

• Ler, compreender e produzir textos variados em diferentes gê-neros e suportes textuais, na linguagem oral e escrita a partir do audiovisual.

• Produzir e analisar mensagens audiovisuais no desenvolvimento do conteúdo curricular.

• Elaborar um projeto didático interdisciplinar utilizando vídeos educativos.

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4. LEITURA E ESCRITA ENVOLVENDO AUDIOVISUAL E O LIVRO.

O fazer didático e pedagógico que articule a leitura, a escrita, o livro e o audiovisual implicam em uma compreensão desses conceitos no universo da educação. A aquisição da leitura e da escrita é uma construção necessária na formação do estudante, uma vez que ao se apropriarem dessa habilidade, eles são inseridos na cultura letrada e tornam-se pertencentes a esse universo criado pela humanidade. Além disso, estabelecer uma ação didática centrada em recursos como o livro e o audiovisual, que sejam carregados de sentido e sig-nificado, subentende ir ao encontro do processo de aprendizagem do estudante no sentido de direcioná-lo a apropriação dos conhecimen-tos historicamente acumulados.

A aquisição da leitura é fundamental para o exercício da cidadania e para a inserção de cada indivíduo no mundo e na sociedade. Quando lemos, nos abrimos para o diálogo com outras pessoas, culturas e saberes, mas, principalmente, passamos a ter condições de estabe-lecer um rico diálogo com a nossa própria subjetividade. A leitura, especialmente do texto literário, nos dá a oportunidade de entrar em contato com quem somos, com a nossa identidade, nossos medos e angústias. Coloca-nos também em contato com mundos desconheci-dos, em diálogo com o outro que não conhecemos (o autor), em es-tado de alerta, de alegria, provocando e aguçando nossas vontades. Por todos estes motivos, não é possível falar em práticas pedagógicas que promovam, de fato, a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, sem que se faça um trabalho contundente voltado para a leitura, que reconheça e tenha como ponto de partida o processo de aprendizagem do estudante.

Vale ressaltar que na perspectiva da proposta pedagógica que aqui se coloca, o sentido da palavra “ler” e “leitura” transcende o simples processo de decifração do código escrito. Antes mesmo de sermos alfabetizados, nós já somos capazes de realizar diversas leituras por-que, o tempo todo, somos convidados a ler o mundo, ler o outro, ler

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o que acontece ao nosso redor. Ler na perspectiva de atribuir signi-ficado, no sentido de decifrar. Assim, oportunizar a leitura a todos, independente do processo em que se encontra, considerando uma abordagem que mobilize estratégias de leitura objetiva, inferencial e avaliativa, é imprescindível para a construção de leitores proficientes.

Quanto à escrita, em meio a sua complexidade, traz exigências de uma diversidade de elementos para que o outro compreenda a mensagem, revela ainda uma arbitrariedade a mais do que a fala, e implica em uma prática contínua para o alcance da qualidade do texto. Assim, “[...] a escrita leva a criança a agir de modo mais intelectual. Leva-a a ter mais consciência do processo de fala” (VIGOTSKI, 2001, p. 318).

Nesse sentido, importa trabalhar de forma significativa o sistema de escrita, articulada com as práticas sociais, sem perder de vista o pra-zer, o sentido necessário para essa construção, por meio de situações de comunicação diversas articuladas com a vida real. O objetivo é formar escritores que produzam textos com coerência e eficácia, o que requer dedicação, cuidado e continuidade.

O livro entra nesse universo também como um mediador, pois apro-xima o sujeito que aprende do contexto da leitura e escrita. O livro traz em si as possibilidades de inserção no mundo letrado por meio do que é significativo e de histórias que oportunizam uma viagem e al-cançam as questões subjetivas. É indispensável no processo de apren-dizagem e consequente desenvolvimento do ser humano, pois permi-te a apropriação de informações de várias dimensões, cuja influência oportuniza grande e importantes mudanças na sociedade. Para além de um objeto, o livro é um instrumento do pensamento humano.

Na tríade que envolve a leitura e a escrita articuladas ao livro, tem-se o recurso audiovisual, como tecnologia, que se constitui como uma ação didática e pedagógica. Como um agente no processo de ensino e de aprendizagem, é importante compreender que sua utilização emerge nesse século com grande força no universo dos estudantes e não pode ser separado da prática social, e fortalecê-lo como forma de comunicação e de construção do conhecimento no espaço escolar.Assim, a ideia de trabalhar com o audiovisual é uma possibilidade para que os estudantes possam alargar as suas leituras de mundo, e das diferentes formas de expressão propostas nos materiais audio-

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visuais. O uso de filmes de curta-metragem, como já mencionado, pode enriquecer o processo de aprendizagem do estudante por colo-cá-lo em contato com outras linguagens, como a música, fotografia, sons e outros ícones.

O processo de construção do conhecimento por meio da leitura e escrita, articulado ao livro e à linguagem audiovisual, perpassa pelo universo da aventura que busca, em diferentes narrativas, capturar com a devida intensidade, o estudante, para fazer dele leitor, de si mesmo e do mundo, impelindo-o a interferir na comunidade escolar com competência e prazer.

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�. ORIENTAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DIDÁTICO NA SALA DE AULA

O PROJETO DIDÁTICO NA SALA DE AULA

O projeto didático não é um documento formal elaborado ao início de cada ano letivo para ser arquivado. Ele se realiza mediante um processo contínuo de reflexão sobre a prática pedagógica, em que você, professor (a), e os estudantes podem discutir, propor, realizar, acompanhar e registrar as ações que irão desenvolver para atingir os objetivos coletivamente delineados.

Nesse processo, a turma produz seu conhecimento pedagógico, cons-truindo-o e reconstruindo-o cotidianamente na sala de aula, com base em estudos teóricos na área, na troca de experiências entre pa-res e com outros agentes da comunidade. O processo de elaboração e de desenvolvimento do projeto pressupõe alguns aspectos, dentre os quais destacamos:

• O projeto precisa ter a dimensão de presente: o adolescente, a criança e o jovem vivenciam momentos específicos em suas vidas e não apenas momentos de espera ou de preparação para a vida adulta. Daí a importância de se procurar conhecer quem são os es-tudantes, como vivem, sentem e fazem, para que o projeto esteja voltado para as suas necessidades e interesses. Desta forma, estare-mos desenvolvendo neles a autoconfiança e a confiança nos outros, ampliando as possibilidades de um melhor desempenho escolar.

• O projeto precisa ter a dimensão de futuro, inerente ao ato de projetar, fazendo antecipações sobre as formas de inserção dos alunos no mundo das relações sociais, das culturas e do trabalho. Para tanto, as pessoas envolvidas precisam estar atentas para não se deixarem contaminar por posturas conformistas, fechadas, aves-sas a transformações, atuando defensivamente em relação a mu-danças. É preciso pensar: sobre as metas a serem atingidas, em um cronograma exequível; propostas que tenham continuidade, prevendo recursos necessários e disponíveis; atividades cheias de significado para os que dela participam.

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A elaboração e execução do projeto dão coerência às atividades de-senvolvidas pelo(a) professor(a), e, principalmente, contribui de for-ma efetiva com sua formação profissional, pois favorece a reflexão e a atuação sobre a realidade com a qual trabalha. A experiência acumulada pelo(a) professor(a) é a base para a reflexão e elaboração de um projeto didático que possa contemplar múltiplos aspectos, tais como: respeito à diversidade; desenvolvimento da autonomia do es-tudante, integração e cooperação entre professor(a) e a comunidade escolar, dentre outros.

É fundamental organizar as atividades do projeto para um espaço vivo, em que a cidadania possa ser exercida a cada momento e, desse modo, seja aprendida, fazendo com que os adolescentes e crianças se apropriem do espaço escolar e reforcem os laços de identificação com a unidade escolar. (Adaptação PCN)

ETAPAS DE UM PROJETO

Justificativa: razões, relevância da realização do projeto. Por que estamos elaborando o projeto? Quais as situações problemáticas ou utopias que apontam a necessidade e relevância de trabalhar o tema e atingir objetivos em relação a ele? Como surgiu e foi aprimorada a ideia desse projeto?

Objetivos: devem ser escritos de forma nítida, pois vão direcionar todo o trabalho e conduzir à escolha da metodologia, dos recursos e da avaliação. Objetivo geral: indica a realização de um propósito mais amplo, para solucionar o problema gerador do projeto. Obje-tivos específicos: são as frentes que possibilitarão a realização do objetivo geral.

Resultados esperados: são os benefícios diretos que se pretendem obter, as soluções ou melhorias desejadas. Os resultados indicam em que medida todo o trabalho realizado contribuirá para a conquista dos objetivos do projeto.

Atividades/Ações: elaboram atividades na perspectiva de situações de aprendizagem, nas quais a subjetividade esteja presente, os co-nhecimentos prévios dos estudantes sejam considerados, devendo estar relacionadas aos objetivos propostos e ao Currículo em Movi-mento da Educação Básica.

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Conteúdos abordados: relacionam os conteúdos do Currículo em Mo-vimento às ações e situações de aprendizagem.

Cronograma: prazos em que ocorrerão as atividades.

Responsável: aquele que desenvolverá a ação ou atividade prevista.

Avaliação: destaca os instrumentos de avaliação que serão utilizados no projeto.

ROTEIRO PARA ANÁLISE DO PROJETO

A organização do trabalho pedagógico por meio de projetos visa à formação global dos estudantes, permitindo a construção de co-nhecimentos das diversas áreas e a intervenção em sua realidade. O conteúdo, nessa perspectiva, deixa de ser um fim em si mesmo e transforma-se em meios para ampliar a formação dos estudantes e sua interação com a realidade, de forma crítica e dinâmica.Depois de elaborar o projeto, sugerimos que você, professor(a), revi-site o texto, observando os seguintes aspectos:

• OBJETIVO GERAL• Apresenta-se de forma ampla a contemplar ao que se propõe?

• Vem com um único objetivo?

• Expressa apenas um único foco?

• Inclui apenas um sujeito e um complemento na redação?

• É elaborado com um verbo de precisão, que evita possíveis distorções na interpretação?

• O verbo está no infinitivo?

• OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Apresentam o detalhamento do objetivo geral?

• Os verbos estão no infinitivo?

• ATIVIDADES/AÇÕES

• Relacionam-se aos objetivos específicos?

• Relacionam-se aos conteúdos propostos?

• CONTEÚDOS

• Relacionam-se aos objetivos específicos?

• Relacionam-se às atividades?

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• PRAZO/CRONOGRAMA

• O tempo está compatível com a complexidade das atividades e dos conteúdos?

• AVALIAÇÃO

• Está relacionada aos objetivos?

• Apresenta os instrumentos?

• É compatível com a concepção de avaliação formativa?

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6. ATIVIDADES NA SALA DE AULA: LUZES, CÂMERA, AÇÃO!

ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS

TEMALixo, reciclagem e limpeza - discutir soluções para uma vida melhor.

Quadro Sinóptico - Anos Iniciais – DVD 1

Filme: “Tá limpo”O desenho animado traz a preocupação com as doenças provocadas pelo acúmulo de lixo e de sujeira nas comunidades. A comunidade organizada reaproveita o lixo, separando-o e vendendo-o para fábri-cas de reciclagem. Essa atitude, em relação ao lixo, melhora a quali-dade de vida dos moradores da comunidade. Realização: BRASIL, 1991

Conversa com o(a) professor(a)

Produção audiovisual

Os filmes (documentário ou ficção) são resultados de um processo de manipulação de imagens estáticas, fotografadas do real, que reproduzem o movimento da vida. Esse movimento cinematográfi-co contínuo, parecido com o da realidade é devido ao fenômeno de ilusão de ótica, que ocorre da seguinte forma: “fotografa-se” uma figura em movimento com intervalos de tempo muito curtos entre cada “fotografia”, os chamados fotogramas. Esses fotogramas, num total de vinte e quatro por segundo são projetados, posteriormente, neste mesmo ritmo. A impressão do movimento se dá porque o nosso olho guarda uma imagem na retina por um tempo maior que 1/24 de segundo, de maneira que ao captarmos uma imagem, a anterior ainda está na retina, por isso não percebemos a interrupção entre as imagens fotografadas. Mas essa impressão é logo desfeita quando interferimos na velocidade da filmagem.

A linguagem audiovisual é outro fator que corrobora esse processo de manipulação das imagens, pois o seu conjunto de convenções e

TOME NOTA:

Verifique os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a temática.

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códigos admite a construção de mensagens, as quais são retiradas da realidade natural e/ou construída para serem reproduzidas posterior-mente. Esse sistema simbólico trabalha com elementos que permitem tocar a emoção do receptor. Essa emoção é explorada por meio da visão e audição, que acionam outros sentidos (olfato, paladar e tato) pela sugestão, com o intuito de levar o receptor a vivenciar, como experiência primeira, as emoções da história narrada, através de um pacto sensorial, que poderá ser seguido depois pela razão.

Essas formas linguísticas e a construção da narrativa estão baseadas no olhar do diretor. É ele quem decide o ângulo de visão em que as cenas serão produzidas, a sequência dessas cenas e o seu tempo de exposição na tela, como também, a emoção que deverá ser repas-sada para o receptor. Tudo isso faz dessa linguagem cinematográfica uma sucessão de seleções e escolhas, a partir de um ponto de vista: decide-se por filmar o objeto de perto ou de longe, em movimento ou não, por este ou por aquele ângulo. Na montagem escolhem-se de-terminados planos em detrimento de outros e a sequencia em que as cenas serão exibidas e, finalmente, escolhem-se os efeitos sonoros. Portanto, é fundamental que o leitor seja despertado para essas per-cepções e conceitos para que se aproprie desses modos de produção e, a partir da reflexão sobre a construção dessas realidades na tela, esse sujeito seja capaz de interferir na sociedade em transformação, colaborando na formação de outro ser “menos consumista, mais ético consigo mesmo, solidário com o próximo e integrado com a natureza que o circunda”. (Currículo em Movimento da Educação Básica das Escolas Públicas do DF, 2014, p. 8).

Para isso, é imprescindível o desenvolvimento de diferentes ativida-des em sala de aula que explorem a questão do olhar e do ponto de vista, tanto do produtor de mensagens quanto do receptor, por meio da desconstrução do objeto em estudo, destacando vários elemen-tos, tais como: o objetivo da mensagem; o enquadramento do objeto (plano médio, plano geral, primeiro plano); a interferência da luz so-bre esse objeto; a posição do objeto; os efeitos sonoros (fala, música ou ruídos); as cores utilizadas, o figurino, o tempo de exposição de cada cena, a sua organização, ritmo etc. Essas atividades permitirão ao estudante transformar as informações recebidas em conhecimen-to, por meio da interação com o outro. Assim,

(...) todos os sujeitos possam se apropriar da cul-tura, dialogar, interagir com os diferentes, enfim, ganhar visibilidade e se fazer valer como cidadãos na esfera pública (idem, p. 231-231). (Currículo em

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Movimento da Educação Básica das Escolas Públicas do DF, 2014, p. 9).

Como ponto de partida para a formação de conceitos, sugerimos uma proposta de trabalho utilizando os filmes de curta-metragem por se constituírem em excelente material de desconstrução, já que veicu-lam pequenas mensagens, que podem ser transferidas para outros su-portes textuais (revistas, jornais, rádio). Isso permitirá a ampliação da compreensão do estudante sobre a interferência e impacto do supor-te textual na visão do receptor; o modo de leitura que o receptor faz de cada suporte textual; os elementos constitutivos de cada gênero textual e os recursos utilizados pelo produtor para convencer o leitor.

Preparando a turma para assistir ao filme:

• Leve para a sala de aula a notícia veiculada pelo Correio Brazilien-se de 13/02/2014.

• Explore a imagem do caminhão seletivo e compare com o caminhão de lixo convencional.

• Em seguida, comente sobre coleta seletiva, destacando o que é, como fazer e os porquês.

• Depois, explore, por meio de perguntas e comentários, a rua onde a criança mora, acrescentando as informações contidas na notícia. Qual a vantagem de um ambiente limpo?

• Peça para as crianças construírem outra manchete para a notícia lida, na linguagem oral e escrita.

• Faça um passeio com os estudantes pela escola e leve-os a observar a limpeza do ambiente. Peça a eles para fotografarem ou desenha-rem o que mais chamou a atenção.

• Exponha as fotos ou desenhos e promova a discussão: o que é pre-ciso fazer para melhorar ou modificar o ambiente escolar observa-do? (Ex.: providenciar mais lixeiras; providenciar lixeiras seletivas; definir um local adequado para se colocar os pratos e os talheres após o lanche; etc.). Elabore uma lista de providências com os estudantes e apresente-a aos colegas da escola.

• Elabore problemas matemáticos a partir da situação vivida. Elabo-re, junto com os estudantes, gráficos que retratem a realidade da escola nesse aspecto.

• Acrescente questões monetárias, levando os estudantes a pensa-rem sobre o custo da limpeza da escola. Qual o custo da escola para limpar uma sala de aula?

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CURTAS NA ESCOLA 22

• Quais produtos a instituição utiliza? Quantos profissionais são ne-cessários para uma limpeza adequada? Qual o nome da empresa que realiza a limpeza na escola?

Coloque os alunos em contato com os profissionais que trabalham na conservação e limpeza da escola. Antes do encontro com o pro-fissional elabore um roteiro de entrevista e apresente as caracte-rísticas deste gênero.

SLU Lança cronograma com rota de caminhões de coleta sele-tiva no DF.Os dias, horários e itinerários estão disponibilizados no site da companhia.

Os caminhões da coleta seletiva recolherão somente o lixo seco (papel, plástico, vidro e alumínio).

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) disponibilizou, a partir desta segunda-feira (17/2), em sua página da web, os dias, horários e itinerários que os caminhões da coleta seletiva irão percorrer para recolher resíduos em 31 regiões administrativas do DF.Os caminhões da coleta seletiva vão recolher somente o lixo seco (papel, plástico, vidro e alumínio). Já os veículos da coleta convencional, responsáveis por retirar o descarte orgânico - ba-sicamente produtos de origem animal e vegetal -, continuarão cumprindo a escala e o itinerário normalmente.Os moradores devem ter duas lixeiras para descartar separada-mente o lixo seco do orgânico, de acordo com o diretor do SLU, Gastão Ramos. A orientação é embalar os vidros em papelão ou jornal para facilitar o manuseio e evitar acidentes. Após esse trabalho, o cidadão deve guardar o lixo seco em casa e esperar a chegada do caminhão.Correio Braziliense, 3 de março de 2014.

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Caderno de atividades a partir do audiovisual 23

Explorando o filme:

Após a exibição do filme “Tá limpo”, promova uma discussão lançan-do algumas perguntas às crianças, tais como: Quais os problemas que afligiam a comunidade? O que eles fizeram para solucioná-los? Você teria outra sugestão para resolver o problema?• Selecione algumas cenas do filme e peça aos estudantes para ob-

servá-las. Depois compare a cidade retratada no filme com a cida-de na qual os estudantes residem, apontando as diferenças e se-melhanças entre elas. Elabore uma lista contendo essas diferenças e semelhanças.

• Elabore junto com as crianças outras listas: uma com nome dos insetos que aparecem no filme; outra com o tipo de doenças que esses insetos transmitem etc.

Ampliando o filme:

• Retome as fotografias e/ou os desenhos das crianças, realizadas antes da projeção do filme. Organize o material em uma sequência e proponha às crianças a criação de uma história, com o tema do filme, na linguagem oral e escrita.

• Discuta com as crianças a visibilidade de cada foto. O que o(a) fotógrafo(a) realmente quis retratar na foto? Qual seria a melhor forma para registrar essa realidade? Uma foto mais de perto, des-tacando alguns elementos (close) ou mais geral, abrangendo todo o ambiente (plano geral)?

• Crie legendas, junto com as crianças, para as fotos e/ou desenhos e exponha-as num mural.

• Que doenças podem ser transmitidas ao ser humano em um am-biente mal cuidado? Comente com os estudantes sobre os cuidados que devemos ter em relação ao mosquito transmissor da dengue. Amplie esse conhecimento lendo para as crianças o livro Que febre de mosquito!, de Maxs Portes, da editora RHJ, 2002.

• Promova um horário na sala de aula com passatempos, relacionan-do-os ao tema. Seguem alguns exemplos abaixo.

• Além disso, promova conversas sobre o lixo orgânico, destacando o que é e como aproveitar cascas de alguns alimentos na elaboração de receitas.

• Entreviste um catador de lixo ou um profissional do SLU, que more na comunidade, para que ele, junto com a turma, descortine os principais problemas da comunidade escolar.

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CURTAS NA ESCOLA 24

PASSATEMPO

A escola é o lugar onde aprendemos várias coisas. Uma delas é com-bater o mosquito transmissor da dengue, mas isso você já sabe. Ago-ra, neste jogo é diferente. Para exterminá-los, você deverá separar cada um deles, usando apenas 4 retas.

Caça ao mosquito da dengue

Resposta

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Caderno de atividades a partir do audiovisual 2�

ENCAIxA-ENCAIxAAtenção para o desafio!

Escreva o nome das figuras nos espaços em branco do círculo abaixo, de forma que a última letra de cada palavra coincida com a primeira da próxima. Observe o sentido da seta.

TEMA Limpeza e Saúde - discutir soluções para uma vida melhor.

Quadro Sinóptico - DVD 2 Anos Finais

Higiene pessoal 20’00

O projeto busca informar, de forma descontraída, sobre assun-tos relacionados à saúde e ao bem-estar, como alimentação, sexo, poluição sonora, higiene pessoal, exercício físico, drogas e estresse. O objetivo principal é contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de doenças na população jovem. Realização: Fundação Roberto Marinho

Resposta

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CURTAS NA ESCOLA 2�

Conversa com o(a) professor(a)

O que é uma imagem?A imagem é um instrumento de comunicação que, muitas vezes, asse-melha-se ou confunde-se com o que representa. Visualmente imita-dora, ela pode iludir na medida em que se aproxima do objeto repre-sentado e educar, quando desperta no receptor uma leitura crítica. A Sobrevivência, o Sagrado, a Morte, o Saber, a Verdade, a Arte são os campos a que o simples termo imagem nos vincula.

Para entendermos melhor essa profusão de imagens produzidas na sociedade contemporânea e a sua relação com o leitor, é importante uma abordagem teórica que abarque suas especificidades, pois o ter-mo imagem é tão utilizado, com tantos tipos de significação sem vín-culo aparente, que se torna difícil uma simples definição que recubra todos os seus empregos. A seguir, algumas possibilidades de emprego desse termo para mostrarmos tal complexidade:

1 Imagem ligada à mídia: é a imagem invasora, onipresente, aquela que é criticada e que faz parte da vida cotidiana de todos nós. Ela é representada principalmente pela televisão e pela publicidade.

2 Imagem ligada à religião: segundo a cultura judaico-cristã, o ho-mem é a imagem de Deus. “Deus criou o homem à sua imagem e semelhança” (Gênesis 1: 27). O termo imagem deixa de ser uma representação para evocar uma semelhança. Através da Bíblia aprendemos que nós somos imagens, seres que estão ligados ao belo, ao sagrado, ao bem.

3 Imagem ligada à língua: a metáfora é a figura de linguagem mais utilizada e conhecida da retórica, a qual o dicionário dá imagem como sinônimo. A metáfora é um procedimento de expressão ex-tremamente rico, inesperado e criativo, quando a comparação de dois termos propõe a descoberta de pontos comuns inimagináveis entre eles.

4 Imagem ligada ao campo científico: astronomia, medicina, ma-temática, meteorologia, geodinâmica, física, informática, biolo-gia etc. Para exemplificar, destacaremos apenas duas áreas: na medicina – o raio laser, a radiografia, as imagens de ressonância magnética, e também a ecografia, que registram as ondas sonoras e depois as representa numa tela que as “traduz” visualmente. Na Matemática – os gráficos, as figuras geométricas, as imagens numéricas para representar visualmente equações.

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� Imagens virtuais: são aquelas fabricadas por meio de programas sofisticados que propõem mundos simulados ilusórios, pertur-bando, muitas vezes, a distinção entre o real e o virtual. Essas imagens são interativas e permitem ao espectador imergir num universo virtual com uma visão de 360° em relevo. Nesse univer-so, o espectador pode mover-se e apanhar objetos totalmente imaginários com a utilização de capacete e luvas.

Diante dessas diferentes significações e utilizações do termo ima-gem, é possível afirmar que “a imagem, embora nem sempre remeta ao visível, toma alguns traços emprestados do visual, e de qualquer modo, depende da produção de um sujeito” (JOLY, 2003). Ou seja, a imagem, concreta ou imaginária, para ser significativa, tem de passar por um produtor, que está inserido num contexto, e por alguém que a reconhece que também faz parte desse contexto.

Para isso, é necessário que o cidadão tenha acesso aos bens culturais, que domine e articule o maior número de códigos produzidos e vei-culados na sociedade para que a sua interferência e compreensão na rede de significação cultural sejam eficientes, tanto como receptor como produtor de imagens.

Nesse sentido, este caderno de atividade pode contribuir para o tra-balho em sala de aula porque permite a você, professor(a), organizar várias atividades de produção e recepção de imagens a partir de aná-lises de filmes e ações cotidianas do estudante, que usam tecnologias avançadas como ferramentas de recepção e produção de conteúdos.Hoje em dia, os estudantes tiram fotos e filmam com o celular; fazem a edição no computador e publicam o material na Internet. Essas ações podem ser exploradas em sala de aula, abarcando várias áreas do conhecimento, em que professor(a) e estudante podem discutir e analisar a utilização das diferentes linguagens, o mecanismo dos suportes textuais e o impacto dessas tecnologias no dia a dia, trans-formando informação em conhecimento por meio de aprendizagem significativa.

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CURTAS NA ESCOLA 2�

TOME NOTA“Tirinhas”: nome que se dá às histórias produzidas em forma de tiras de papel, portanto bem curtas, com poucos quadrinhos, às vezes, um só.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Leve para sala de aula tirinhas com o personagem Cascão, de Mau-rício de Sousa, e distribua aos estudantes.

• Converse sobre o personagem, destacando suas características. Qual o seu grande medo? O que isso provoca nos leitores?

• Explore a imagem com os estudantes. Leve-os a observar os deta-lhes. Como está o rosto do Cascão no primeiro quadrinho? Por que o Cascão parece estar triste? Levante hipóteses com as crianças. E no segundo quadrinho, como ele está? Por quê? Em seguida, leia a tiri-nha e volte às hipóteses levantadas anteriormente pelas crianças. Comente sobre cada uma delas e julgue a mais adequada ao texto.

• Abra discussão com as crianças sobre a importância do banho. Quais os benefícios? Quantos banhos nós devemos tomar por dia? Por quê? Como deve ser esse banho? E quem não tem onde tomar banho? Quem não tem roupa para trocar? Como tratar tudo isso?

• A toalha contribui para a limpeza do corpo?

• Confeccione uma tirinha com quatro quadrinhos para que cada es-tudante desenhe a sequência do seu banho. Faça a atividade qua-dro a quadro, destacando o passo a passo. (Primeiro quadrinho, o lugar onde acontece a narrativa, ou seja, a orientação; o segundo quadrinho, a complicação; o terceiro quadrinho, o clímax, onde a narrativa atinge seu ponto máximo; o último quadrinho, a resolu-ção da história).

• Destaque os elementos constitutivos desse gênero textual.

• Exponha as histórias em um mural, com o tema em destaque.

Explorando o filme

• Abra discussão sobre o fato do personagem (filho) não querer tomar banho. Compare as falas da mãe com as falas do filho. Qual a opi-

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Caderno de atividades a partir do audiovisual 2�

nião dos estudantes sobre as justificativas do filho? E da mãe?

• Esse personagem se parece com o personagem Cascão? Em que eles se parecem?

• Volte algumas cenas para que as crianças o identifiquem.

• Qual foi a atitude do filho? Você concorda com a atitude do perso-nagem do vídeo ou do personagem Cascão?

• Escolha uma cena do vídeo e peça uma criança para imitar o per-sonagem. Prepare a máquina fotográfica ou o celular e filme. Em seguida, esclareça aos alunos que esta é uma das formas de se fazer cinema. Depois, mostre a cena às crianças.

Ampliando o filme

• Apresente para os estudantes fotos, ilustrações e pinturas de pes-soas tomando banho em diferentes banheiros e em diferentes épo-cas. Compare-os com os banheiros que os estudantes têm em casa. Classifique-os em ordem cronológica. Comente sobre as semelhan-ças e diferenças entre eles por meio da Historia e Geografia.

• Pergunte aos estudantes se eles sabem como era o banheiro da casa dos avós. Em que eles se parecem com a casa dos seus pais? Quais as diferenças entre eles? Por que essas diferenças?

• Em seguida, mostre a importância de lavarmos a mão antes e de-pois de usarmos o banheiro e como se faz.

• Cante com eles a música “Lavar as mãos”, de Arnaldo Antunes.

• A partir do refrão da música, insira outras palavras: lava a mão; lava o pé; lava o dedo. Leia com os estudantes as palavras; escreva e brinque com o refrão.

• Leve os estudantes a compreenderem que a mão é o maior condu-tor de germes e bactérias para o nosso organismo.

• Crie um rótulo para o sabonete que os estudantes usam para lavar a mão.

• Leve os estudantes para lavar as mãos e mostre como deve se lavar as mãos. Filme essa cena. Depois filme um aluno mostrando como se deve lavar as mãos e a importância deste ato no dia a dia.

Para saber mais...Lavar as Mãos – Arnaldo Antunes. (disponível em: http://www.youtube.com)

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TEMABrincadeiras com palavras e jogos populares

QUADRO SINÓPTICO - ANOS INICIAIS – DVD 2

Trava-língua 07’00

O professor Pasquale, apresentador do programa Sua Língua, transforma a Língua Portuguesa, por meio de uma aventura divertida para crianças e pré-adolescentes, ao lado do seu amigo Coisinho, personagem do programa Ilha Rá-Tim-Bum, apresenta o trava-língua como desafio.Realização: TV Cultura / TV Escola, Brasil, 2006.

Conversa com o(a) professor(a)

Tipos de textos, modos de leitura

No Dicionário Aurélio, a palavra leitura (do latim medievo lectura) significa ato ou efeito de ler, mas também arte de decifrar um texto segundo um critério. Verbete leitura da Enciclopédia Einaudi assinala que o termo leitura não remete a um conceito e sim a um conjunto de práticas que regem as formas de utilização que a sociedade, par-ticularmente através da instituição escolar, faz dele. Leitura é, pois, conforme acentuam Barthes e Compagnon, nessa enciclopédia, uma palavra de significado vago, deslizante, que é preciso ocupar “por meio de umas sondagens sucessivas e diversas”, segundo os muitos fios que tecem sua trama.

Apesar do questionamento ao conceito fechado de leitura, vale re-fletir um pouco sobre a etimologia da palavra ler, do latim legere, que pode nos ajudar a compreender um pouco melhor essa práti-ca. Numa primeira instância, ler significava contar, enumerar letras; numa segunda, significava colher, e por último, roubar. Observe-se que, em sua raiz, a palavra já traduz pelo menos três maneiras, não excludentes, de se fazer leitura. Na primeira, soletramos, repetimos fonemas, agrupando-os em sílabas, palavras e frases. É o primeiro ato da leitura, o primeiro estágio, correspondente à alfabetização.

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Já no segundo momento, o verbo colher implica a ideia de algo pron-to, correspondendo a uma tradicional interpretação de texto, em que se busca um sentido predeterminado. Ao leitor, caberia apenas descobrir que sentido o autor quis dar a seu texto. Ela colheria o sen-tido como se colhe uma laranja no pé. Nesse tipo de leitura é que se busca, sobretudo, a mensagem do texto, seu tema. Aparentemente, o leitor não teria poder algum, a não ser o de traduzir o sentido que estaria pronto no texto. Entretanto, o texto não se apresenta ao lei-tor senão como uma proposta de produção de sentido, que pode ou não ser aceita. Trata-se de um pacto de leitura que constitui o que denominamos interação leitor/texto.

Há ainda uma terceira instância, correspondente ao verbo roubar, que traz uma ideia de subversão, de clandestinidade. Não se rou-ba algo com conhecimento e autorização do proprietário, logo essa leitura do texto vai se construir à revelia do autor, ou melhor, vai acrescentar ao texto outros sentidos, a partir de sinais que nele estão presentes, mesmo que o autor não tivesse consciência disso. Nesse tipo de leitura, o leitor tem mais poder e vai, como diz Umberto Eco, construir suas próprias trilhas no texto/ bosque.

Considerando a ideia de leitura como transgressão, De Certeau tam-bém compara o leitor a um viajante:

Bem longe de serem escritores, fundadores de um lugar próprio, herdeiros dos lavradores de antanho – mas, sobre o solo da linguagem, cavadores de po-ços e construtores de casa-, os leitores são viajan-tes; eles circulam sobre terras de outrem, caçam, furtivamente, como nômades através de campos que não escreveram, arrebatam os bens do Egito para com eles se regalar.Como se vê, embora não tenha um sentido fixo, a palavra carrega significações que nos levam a en-carar “sondagens sucessivas e diversas”. (PAULINO, Graça et al. Tipos de textos, modos de leitura. Belo

Horizonte: Formato, 2001, p.11-13).

Preparando a turma para assistir ao filme

• Invista, nesse dia, em brincadeiras populares, tais como: pula cor-da; queimada; bandeirinha; pique esconde; pique pega; pique cor-rente etc. (Detalhe: fotografe esses momentos) Em seguida, faça

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CURTAS NA ESCOLA 32

um levantamento perguntando às crianças quais brincadeiras são do conhecimento delas. Quem ensinou a elas essas brincadeiras? Com quem e qual a hora que elas costumam brincar? Qual a prefe-rências das crianças? Por quê? (Guarde esses dados).

• Elabore operações matemáticas, explorando as situações vividas pelas crianças (Começamos a brincadeira “queimada” com quantas crianças de cada lado? Quantos foram queimados? Quantos ficaram no grupo que perdeu?). E assim por diante...

• Explore a palavra pula, inventando outras palavras, a partir da brincadeira pula-corda.

• Leia para as crianças os livros da coleção “Na panela do mingau”, organizado por Maria José Nóbrega e Rosane Pamplona, Editora Mo-derna, 2005. Essa coleção traz adivinhas, trava-língua, parlendas, histórias enroladas, que são deliciosas brincadeiras de falar e de dar risadas, muitas risadas.

Explorando o filme

• Selecione algumas cenas do vídeo das crianças falando trava-lín-guas. Desafie as crianças da sua turma.

• Comente o fato de algumas crianças não conseguirem falar o tra-va-língua. Como ela se sente? O que podemos fazer quando não conseguimos realizar alguma coisa no tempo que desejamos?

• O que aconteceu no final do vídeo com o personagem que não con-seguia falar?

• Peça as crianças para desenharem o comportamento do persona-gem no início do vídeo e no final.

• Enquanto elas desenham, coloque uma música para acompanhar a atividade.

• Retire do trava-língua uma palavra. Explore outras possibilidades de construção da palavra, substituindo as vogais. Reflita com as crianças o fato.

• Invente ritmos para os trava-línguas. Cante com as crianças.Ampliando o filme

• Elabore um grande mural com todas as brincadeiras em que as crianças participaram.

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• Retome os dados colhidos no início da atividade. Elabore legendas com as crianças para as fotos e coloque-as no mural.

• Faça um gráfico com as preferências das crianças e também colo-que no mural.

• Espalhe alguns trava-línguas no mural.

• Leia para as crianças algumas histórias do livro Armazém do Fol-clore, de Ricardo Azevedo. Chame os profissionais da alimentação escolar para participarem da roda de histórias.

• Em seguida, sirva os bolinhos de chuva para as crianças, os quais podem ser feitos pelos profissionais da alimentação escolar.

Para saber mais...AZEVEDO, Ricardo. Armazém do Folclore. Editora Ática, São Paulo, 2000.

É um livro que explora personagens da cultura popular, tais como: Saci, Iara, Curupira, Bicho-Papão, Lobisomem e muitos outros. O au-tor traz uma coletânea de contos, quadras populares, frases feitas, adivinhas, ditados, trava-línguas e receitas culinárias, abrindo ao lei-tor o vasto universo do folclore brasileiro.

Painel FolclóricoÉ um baú, confeccionado pelos profissionais da SEDF, da Gerência de Biblioteca e Vídeo, no qual você encontrará diversos materiais que divulgam a cultura popular (livros, vídeos, painel em tecido, CD, dentre outros). Telefones para contato: 3901-6917.

Cultura Popular na sala de aulaA cultura popular é aquilo que é parte relevante da nossa identidade, do que somos, do que nos habita. Ela se traduz na forma como cada grupo social, cada localidade se expressa, se coloca diante do mun-do, transformando o meio onde vive, intervindo nele, construindo a sua expressão única diante dos eventos que lhe cercam. Manifesta-se por meio da música, da dança, das artes plásticas e visuais, do arte-sanato, da culinária etc.Trabalhar na perspectiva de privilegiar a cultura popular significa reconhecer o valor e a grandeza que há em cada grupo social. É permitir ao aluno estar em contato com as suas origens, com o lega-do de seus pares. Quando são inseridas nas atividades da escola, as

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diferentes manifestações culturais vinculadas àquele grupo do qual fazem parte os sujeitos do processo pedagógico, as condições para a aprendizagem e para o desenvolvimento serão maiores, uma vez que as chances de que haja a identificação com o que está sendo proposto serão maiores.

TEMAArtematemática na sala de aula.

QUADRO SINÓPTICO - ANOS INICIAIS – DVD 3

Série: Agora é Com Vocês/MatemáticaGeometriaSérie de oito programas em que situações reais e brincadeiras propiciam a discussão e a aprendizagem de conceitos básicos da matemática, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.Realização: TV Escola / MEC, Brasil, 1997.

Conversa com o(a) professor(a)

Transposição didática: o professor como construtor de conheci-mentoMatemática: como conhecimento científico e objeto de ensino

Comumente, considera-se a Matemática como um corpo de conheci-mentos produzido ao longo da história da humanidade, na busca de resolução de problemas. Esta ideia nos remete aos grandes nomes na história da matemática, aos grandes desafios dessa ciência, aos seus métodos axiomáticos, discussões acerca da dedução e da indução, das provas e demonstrações.

Esse é o “fazer matemático” produzido por matemáticos em cen-tros de excelência de produção científica ou individualmente, em especial por grandes nomes como o de Galois, Pitágoras, Bháskara. O desenvolvimento do conhecimento da matemática tem um papel

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Caderno de atividades a partir do audiovisual 3�

inegável no desenvolvimento da humanidade.

Entretanto, ao construirmos a escola, ao nos colocarmos como pro-fessor, tendo a aprendizagem como meta e finalidade de nossa atu-ação profissional, não podemos conceber a ideia de transmitir aos nossos estudantes esse conhecimento científico (saber) tal como ele é trabalhado em âmbito científico.

A questão da aprendizagem e do ensino da matemática implica uma reflexão: por um lado, sobre o saber acumulado dessa ciência, cujo conhecimento requer um alto grau de abstração lógica e conceitual; e por outro, sobre a construção de estruturas de pensamento pela criança e pelo jovem, que não podem assimilar esse conhecimento científico, inadequado tanto às suas necessidades quanto às suas ca-pacidades cognitivas.

A escola, não podendo trabalhar a matemática tal qual é tratada em níveis superiores, requer dos responsáveis e envolvidos no pro-cesso escolar uma transformação desse saber matemático, que cabe também ao professor, adequando-o aos interesses e necessidades do aluno. Essa transformação é denominada de transposição didática.A transposição aparece como um elemento de ligação entre o conheci-mento científico da matemática e a matemática que o estudante, no seu nível de desenvolvimento psicológico, é capaz de aprender e de produzir.

Transposição: reconstruindo um saber para uma transmissão fora da academia e para os não cientistas

A ideia de transposição extrapola o muro da escola e o seu currículo.De modo geral, podemos conceber a ideia de transposição a partir da necessidade de maior divulgação dos conceitos científicos, junto àqueles que não produzem ciências. Pretende-se fazer chegar a eles conhecimentos relevantes, que não podem ser adquiridos apenas pela intuição ou senso comum.

Tal preocupação está presente não só entre os professores, na escola, mas também entre os divulgadores científicos, que escrevem publica-ções destinadas a pessoas sem formação acadêmica ou com formação em outras áreas de conhecimento. Isso requer uma segunda produção do conhecimento, fazendo com que ele seja mais acessível, sem, no entanto, deixar de ser fiel à sua essência.

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CURTAS NA ESCOLA 3�

Transposição de saber e transposição de conhecimento

Em um sentido geral, temos dois tipos de transposição:• Um primeiro tipo refere-se à transposição das próprias experiências,

de um indivíduo a outro. A essa comunicação ou troca, denomina-mos de transposição de conhecimento, no sentido de transposição da bagagem intelectual e cultural de um indivíduo ou estudante a outro, daquilo que ele produz e assimila do seu meio, por meio de suas experiências significativas.

• A assimilação é sempre acompanhada de transposição, em especial quando a aprendizagem é mediada por outra pessoa, sobretudo, mediada pelo professor. Isso porque, quando assimilamos algo novo, fazemos sempre uma reelaboração desse conhecimento. Ou seja, aquilo que é transferido de um sujeito para outro é transfor-mado pelo receptor por meio de suas interpretações e adaptações no seu conjunto de conceitos.

Quando concebemos o estudante como produtor de conhecimento, devemos considerar essa reconstrução do conhecimento feita por ele. O objeto de conhecimento assimilado nunca é imagem fiel do objeto tal qual se encontra na sua origem.

Um segundo tipo de transposição refere-se ao conhecimento ou saber científico, que é o conhecimento de uma sociedade, validado por uma coletividade, em especial pela academia científica, ao ser trans-formado ou adaptado para amplos setores da população.

Baseado no texto de Luiz Carlos Pais (1999), vemos três tipos de trans-posição de saber, variando conforme o saber envolvido (texto adaptado):Se o conjunto das transformações sofridas pelo saber for visto num processo mais amplo, então a transposição didática poderá ser anali-sada a partir de três tipos de saberes, que correspondem a uma fase inicial desse saber e suas transformações:

• científico – que é um saber normalmente desenvolvido nas universi-dades ou institutos de pesquisa. O seu reconhecimento e a defesa de seus valores são particularmente sustentados por uma cultura científica.

• saber a ensinar – para viabilizar a passagem do saber científico para o saber escolar é necessário um trabalho didático efetivo, a fim de proceder uma reformulação visando à prática educativa, obtendo-

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se o que é definido como saber a ensinar. Esse saber é ligado a uma forma de didática que serve para apresentar o saber ao estudante. Ele envolve a descoberta do saber e está quase sempre presente nos livros didáticos, nos programas e outros materiais de apoio.

• saber ensinado – o processo de ensino resulta no saber ensinado. Para o professor, é aquele registrado em seu plano de aula e que não ne-cessariamente coincide com aquela intenção prevista nos objetivos programados para o saber a ensinar. Por outro lado, não há nenhuma garantia de que, em nível individual, o resultado da aprendizagem corresponda exatamente ao conteúdo pretensamente ensinado.

Finalmente, lembramos que o saber científico é validado pelos para-digmas internos a cada ciência, já o saber ensinado está mais direta-mente sob o controle de um contrato didático que rege as relações entre professor, aluno e saber.

Em Benedito A. da Silva (2010, texto adaptado), encontramos que a relação professor-estudante está subordinada a muitas regras e con-venções que funcionam como se fossem cláusulas de um contrato. Esse conjunto de regras, que quase nunca é explícito, normatiza as relações professor-estudantes-conhecimentos e é denominado de contrato didático. Conforme o autor, no ensino de Matemática, o professor cumpre seu contrato dando aulas expositivas e passando exercícios aos estudantes; o estudante, por seu lado, cumpre seu contrato se ele bem ou mal compreende a aula dada e consegue resolver, corretamente ou não, os exercícios.

Transposição: um objeto de estudo da didática – quando educado-res e o professor constroem um novo conhecimento

Como já vimos, em parte, no texto adaptado de Pais, a transposição didática ocorre em vários níveis.

No início, do nível de produção científica original para o nível de conhecimentos desenvolvidos na universidade, pois os estudantes de um curso superior não aprendem as teorias nos livros originais onde primeiro elas apareceram, embora isso possa ocorrer em nível de pós-graduação. Quem define esse nível de adaptação são os autores de livro para o ensino superior.

Também há uma transposição quando, a partir do corpo de conheci-

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mentos de uma ciência, os educadores destacam os conteúdos que farão parte de uma proposta curricular nacional para o Ensino Básico. Embora haja uma tendência de conservadorismo nessas propostas, mudanças ocorrem de vez em quando. No caso da Matemática, mu-danças curriculares significativas ocorreram por ocasião do Movi-mento de Matemática Moderna no Ensino e por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais.

São propostas que definem não só novos conteúdos, mas também novas metodologias. O currículo escolar não deve ser uma lista dos saberes matemáticos a serem assimilados pelos estudantes ao longo de um período escolar, mas deve transparecer os caminhos para a transformação desses conteúdos por meio da transposição didática, a ser feita pela equipe pedagógica e pelo próprio professor.

A partir de uma proposta nacional, são feitas transposições na elabo-ração das propostas estaduais e, depois, nas dos municípios e escolas.Também os autores de livros didáticos para o Ensino Básico fazem uma transposição. Com base nos conteúdos propostos em nível na-cional ou regional, eles devem transpor os conteúdos, do modo como são ensinados nas universidades, para outras formas mais adaptadas à cognição e ao interesse dos estudantes, crianças e jovens.

Por fim, o professor, conhecendo a proposta nacional, a estadual e a da sua escola, tendo ou não um livro didático como apoio, deverá realizar uma priorização dos conteúdos. Trata-se de uma reformula-ção das maneiras de apresentá-los e a elaboração de metodologias adequadas, fazendo uma transposição daquelas propostas e do livro para a realidade de sua região, de sua escola e dos seus alunos.

Transposição revelando os saberes e concepções do professor de matemática

Ao recriar o saber matemático, produzindo o saber didático, o pro-fessor é influenciado por suas próprias concepções acerca do que é matemática. As transposições didáticas, presentes ou ausentes no processo pedagógico, são frutos das próprias concepções do professor sobre o fazer matemática dos estudantes e também da escola como espaço de construção de conhecimento.

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A transposição é, portanto, uma reveladora das crenças e concepções do professor em relação à Matemática e ao seu trabalho pedagógico. Ou seja, a atuação do professor no ensino de Matemática é uma con-sequência do modo como vê a Matemática, modo esse construído ao longo de suas experiências de estudante, de formação profissional e de exercício da profissão.

Esses modos de ver a Matemática podem ser variados e opostos.O professor pode vê-la como uma ciência fechada e hermética produ-zida por alguns gênios, difícil de ser desvendada, ou, de modo oposto, pode reconhecer que grande parte dessa ciência foi construída pelos homens, a partir das necessidades de suas vivências. Nesse sentido, vale lembrar o que ocorreu com conhecimentos geométricos. Muito antes de Euclides construir a Geometria, os artesãos e trabalhadores egípcios detinham muitos conhecimentos práticos a esse respeito.

Competências necessárias ao professor ao planejar a transposição didática

Uma primeira competência do professor de matemática é relacionar-se bem com a matemática, conhecer e refletir sobre seus conteúdos, entender as relações entre eles e perceber a relevância dessa ciência no mundo real.

Saber o conteúdo é apenas o início de um longo processo. O professor deve ainda saber transformar esse objeto de ensino, adequando-o à situação de aprendizagem. Isso requer que o professor domine tam-bém saberes da psicologia, pedagogia e didática específica.

Produzir esse processo adaptativo do saber, para torná-lo acessível ao aluno, é uma produção de conhecimento de alto valor social e cultur-al, do qual o professor, a escola e a sociedade não podem abrir mão. Ela indica o nível que a atuação profissional do professor pode atingir.

Não existe uma metodologia pronta e acabada, à espera do professor, para ser aplicada aos estudantes: cada estudante é um estudante, cada sala é uma sala, cada situação é uma situação bem particular e singu-lar, exigindo constantemente do professor um permanente processo de recriação e readaptação do processo de transposição didática.

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Ao fazê-lo, o professor está produzindo um conhecimento que não é matemático tal qual concebido na academia, mas é um conheci-mento adaptado ao processo de aprendizagem. Esse conhecimento permitirá ao estudante ter, gradativamente, acesso aos aspectos e conceitos da matemática mais presentes socioculturalmente, expres-sos em uma linguagem acessível, sem perder, contudo, a fidelidade às ideias científicas que sustentam esses conceitos.

A articulação necessária e desejável entre o conhecimento cientí-fico e o cultural na transposição da matemática

Nessa transposição, o conhecimento matemático científico (muito distante da compreensão do estudante) e o conhecimento matemáti-co cultural (muito próximo da realidade e do cotidiano do estudante) devem se articular. Se, de um lado, o saber matemático consiste na busca de uma generalização, o professor deve buscar contextualizar, em situações de significado para o estudante, esse saber matemáti-co. Voltando ao texto de Pais (1999, p. 28), vemos que

na realidade, quando se fala de competência téc-nica, o trabalho do professor envolve um impor-tante desafio que consiste em realizar uma ativi-dade que é, num certo sentido, inversa daquela do pesquisador. Pois, enquanto o matemático elimina as condições contextuais de sua pesquisa e busca níveis mais amplos de abstração e generalidade, o professor de matemática, ao contrário, deve recon-textualizar o conteúdo, tentando relacioná-lo a uma situação que seja mais significativa para o aluno.

Todavia, o contexto reconstituído nunca é o mesmo daquele em que o saber foi elaborado, pois, no meio científico, prevalece uma realidade totalmente dis-tinta daquela da escola. Enquanto para o pesquisa-dor o saber é o objeto principal de sua atividade; na prática escolar o conhecimento é um instrumen-to educacional que tem natureza própria. São essas diferenças que fazem com que, em sala de aula, prevaleça sempre a existência de uma situação didática com toda sua especificidade pedagógica.

É evidente que o trabalho intelectual do aluno não é diretamente comparável com o trabalho do matemático ou do professor de matemática. Mesmo assim, essas atividades guardam entre si al-

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gumas correlações cuja análise é de interesse para a educação matemática. O aluno deve ser sempre estimulado a realizar um trabalho em direção a uma “iniciação científica”. Nesse sentido, a ati-tude intelectual do aluno, diante de um problema, deveria ser semelhante ao trabalho do matemático diante de sua pesquisa. Aprender a valorizar sem-pre o espírito de investigação. Esse é um dos ob-jetivos maiores da educação matemática, ou seja, despertar no aluno o hábito permanente de fazer uso de seu raciocínio e de cultivar o gosto pela res-olução de problemas. Não se trata evidentemente de problemas que exigem o simples exercício da repetição e do automatismo.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Leve às crianças a observarem no ambiente da sala de aula formas geométricas. Com um barbante, contorne o objeto e comprove a hipótese levantada pelos estudantes.

• Apresente fotografias de Brasília e destaque as formas geométri-cas. Ex.:

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• Explore as formas geométricas contidas nos vitrais. Peça às crianças para colorirem os vitrais abaixo com cores bem variadas e fortes.

Explorando o filme• Compare as formas geométricas encontradas no filme com as for-

mas da sala de aula.

• Quais os objetos encontrados no armário? Quais as suas formas? Há algum objeto na nossa sala que é igual ou parecido com algum objeto do armário?

• Cante a música com os estudantes. Pergunte a opinião deles sobre a música. Podemos criar outra música? Qual o ritmo que adotare-mos? Que instrumentos nós utilizaremos?

• Explore a forma geométrica dos instrumentos.

Ampliando o filme

• Apresente a obra de Escher e deixe as crianças apreciá-las. Colo-que uma música pra acompanhar esse momento.

• Ouça os comentários das crianças. Veja como elas se sentiram ven-do a obra (medo, admiração, interrogação, calma etc.).

• Investigue com as crianças as formas geométricas presentes na obra.

• Promova uma exposição com os vitrais que as crianças fizeram jun-to com obras de pintores famosos.

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Para saber mais...

Maurits Cornelis Escher (1898-1972) foi um artista holandês, autor de várias obras de estilo bem peculiar, representou o impossível, o infinito e metamorfoses através de efeitos de ilusão de ótica, sem burlar as regras geométricas do desenho e da perspectiva. Suas ob-ras são na maioria xilogravuras, litografias e meios-tons. Foram estas técnicas que permitiram que suas obras atingissem a estética im-pecável que podemos observar. Ele também foi o artista que mel-hor utilizou conceitos avançados de matemática e geometria para embasar suas obras. Ele mesmo uma vez declarou sua proximidade com a matemática: “Embora não tenha qualquer formação e conhe-cimento das ciências exatas, sinto-me frequentemente mais ligado aos matemáticos do que aos meus próprios colegas de profissão”.

O formato dos sólidos geométricos, em especial, dos poliedros tam-bém atraiu Escher. Seu interesse nasceu a partir da observação dos cristais, possivelmente influenciado por seu irmão que era geólogo. Realizou diversos trabalhos explorando as possibilidades dos po-liedros. Maravilhado pelas suas formas afirma que no caos da socie-dade moderna os poliedros “representam de maneira ímpar o anelo de harmonia e ordem do homem”. ( http://www.exame.abril.com.br).

Nascimento: 17 de junho de 1898,Falecimento: 27 de março de 1972,Período: Arte modernaObras: Relativity, Ascending and Descending, Drawing Hands, Water-fall, Hand with Reflecting Sphere, Sky and Water I, Metamorphosis II, Belvedere, Reptiles, Convex and Concave, House of Stairs, Regular Division of the Plane, Curl-up, Three Worlds, Bond of Union, Puddle, Another World, Castrovalva, Snakes, Still Life with Spherical Mirror, Metamorphosis I, Still Life and Street, Metamorphosis III, Tower of Babel, Gravitation, Three Spheres II, The Bridge, Sky and Water II, Magic Mirror, Dolphins, Cube with Magic Ribbons, Atrani, Coast of Amalfi, Stars, Rind, Moebius Strip II, Day and Night, Up and DownFilhos: Giorgio Arnaldo Escher, Jan Escher, Arthur Escher

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TEMATrabalhando com números

Quadro Sinóptico - Anos Iniciais – DVD 3

Série: Agora é Com Vocês/MatemáticaNúmeros 08’10Descoberta dos números a partir do próprio corpo e da obser-vação do meio ambiente.

Série de oito programas em que situações reais e brincadeiras propiciam a discussão e a aprendizagem de conceitos básicos da matemática, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.Realização: TV Escola / MEC, Brasil, 1997.

Conversa com o(a) professor(a)

Formulação e resolução de problemas

Problema “é qualquer situação que exija o pensar do indivíduo para solucioná-lo” (DANTE, 1994, p. 9) e o problema matemático “é uma situação que um indivíduo ou grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um caminho rápido e direto que o leve à solução”. (LESTER apud Dante, 2009, p. 12)

Os problemas de matemática sempre fizeram parte da matemática escolar desde a história antiga egípcia, grega e chinesa. Registros de problemas foram encontrados nos papiros Rhind (1650 a.C.) e Moscou (1890 a.C.) com 85 e 25 problemas respectivamente. Acredita-se que eram problemas elaborados como exercícios para jovens estudantes.

A resolução de problemas é um dos tópicos mais difíceis de ser traba-lhado em sala de aula, pois implica na aplicação da matemática em questões que “ampliam as fronteiras das próprias ciências matemáti-cas” (ONUCHIK, 1999, p. 204) e exigem o conhecimento de técnicas, conceitos e suas relações, logo, um problema não deve envolver ape-nas a aplicação de operações.

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Na sala de aula a resolução de problemas ainda se limita a uma forma de aplicação de conhecimentos já adquiridos e que se seguem por uma lista de problemas que podem ser resolvidos da mesma maneira adotada num dado exemplo.

A prática mais frequente consiste em ensinar um conceito, procedi-mento ou técnica e depois apresentar um problema para avaliar se os alunos são capazes de empregar o que lhes foi ensinado. Para a grande maioria dos alunos, resolver um problema significa fazer cál-culos com os números do enunciado ou aplicar algo que aprenderam nas aulas (PCN, 1997, p.42).

Durante a resolução de problemas “o aluno deve ser capaz não só de repetir ou refazer, mas também de ressignificar em novas situações, de adaptar, de transferir seus conhecimentos para resolver novos problemas”. (CHARNAY, 2001, p. 35)

A resolução de problemas passou a ser importante nas últimas dé-cadas, pois os problemas são considerados instrumentos precisos e bem definidos e a sua resolução exige uma coordenação complexa e simultânea de vários níveis da atividade matemática.

A investigação da resolução de problemas como uma área de pesquisa em Educação Matemática, teve início nos anos 60, sob a influência do pesquisador George Polya, cujo livro A arte de resolver problemas, publicado em 1945, ainda é referência para os estudiosos do tema.

Segundo Polya (1978, p. XII), o processo para resolver um problema segue os seguintes passos:

1º É preciso compreender o problema;

2º É preciso criar um plano para a resolução do problema;

3º Deve-se executar o plano;

4º Deve-se examinar a solução obtida.

Segundo Dante (2009, p. 18) os objetivos da resolução de problemas são:

• Fazer o aluno pensar produtivamente;

• Desenvolver o raciocínio do aluno;

• Ensinar o aluno a enfrentar situações novas;• Dar ao aluno a oportunidade de se envolver com as aplicações da

matemática;

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• Tornar as aulas de matemática mais interessantes e desafiadoras;

• Equipar o aluno com estratégias para resolver problemas;

• Dar uma base matemática às pessoas.

• Liberar a criatividade do aluno.

Tipos de problemas (DANTE, 2009, p. 24):• Exercícios de reconhecimento: têm o objetivo de levar o aluno a

reconhecer, identificar ou lembrar um conceito;

• Exercícios de algoritmo (arme e efetue): têm o objetivo de treinar a habilidade de executar um algoritmo ou reforçar conhecimentos anteriores;

• Problemas-padrão (podem ser simples ou compostos): são aqueles cuja tarefa principal é transformar a linguagem usual em lingua-gem matemática, seu objetivo é recordar e fixar os algoritmos;

• Problemas-processo ou heurísticos: envolvem questões que não estão no enunciado, seu objetivo é desenvolver a criatividade, a iniciativa e o espírito explorador;

• Problemas de aplicação ou situações-problema contextualizadas: re-tratam situações reais do cotidiano e exigem o levantamento de da-dos, pesquisa e o uso da linguagem matemática para serem resolvidos;

• Problemas quebra-cabeça: são aqueles que desafiam os alunos, fa-zem parte da matemática recreativa.

Para estimular os alunos a resolverem problemas é preciso incentivar sua análise por meio da verbalização das ações, da discussão com os colegas, do estabelecimento e do teste de hipóteses (sem medo de errar) e da verificação de diferentes estratégias. Após a compreensão do problema pode-se buscar soluções relendo o problema, sublinhan-do a pergunta, verificando se há informações suficientes, listando as informações importantes e representando o problema por meio de gráficos e esquemas. A fim de chegar a solução do problema é impor-tante que se promova a troca de informações entre toda a turma e se faça perguntas que direcionem os alunos para que todos cheguem a solução do problema proposto.

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Preparando a turma para assistir ao filme

• Leve para sala diferentes objetos em quantidades variadas. Ex.: três lápis vermelhos, sete livros, oito cadernos etc. Deixe os gru-pos de materiais à mostra. Em seguida, lance questionamentos às crianças. De que maneira podemos representar todas essas coisas? De que maneira nós escreveremos isso no quadro? Será que os nú-meros sempre existiram ou alguém inventou? Como eles surgiram?

• Conte um pouco da história dos números. (Ver na seção “Para saber mais...”).

• Pergunte às crianças se elas conhecem alguém que não reconheça os números. Como elas convivem com essa ausência no dia-a-dia?

• Confeccione com os alunos uma tira numérica, conforme o modelo abaixo, pois a memorização de números isolados, não apoiada em nenhum tipo de organização, desfavorece a observação de regu-laridades, que exerce importante papel no trabalho com escritas numéricas.

• O tamanho da tira dependerá da sequência numérica que você professor(a) trabalhará com as crianças.

• A tira numérica servirá como um dicionário nas mãos das crian-ças, resolvendo questões do tipo: “Como se escreve dezesse-te”? Para descobrir, a criança aponta cada um dos quadrinhos de sua tira, contando até chegar ao número 17. Neste momento ela verificará, no quadro correspondente a escrita dezessete.

• Além do papel de dicionário a tira permitirá que os alunos des-cubram as regularidades da sequência. Para isso você deverá confeccionar uma tira em que apareçam representadas quanti-dades de zero a cinquenta e nove (ou o número que você julgar conveniente). Solicite às crianças que dobrem a tira de dez em dez quadrinhos e, em seguida, peça a eles para observarem como ficou cada trecho da tira.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10um dois três quatro cinco seis Sete oito nove dez

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20onze doze treze catorze quinze dezesseis dezessete dezoito dezenove vinte

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• Peça para recortarem as diversas partes dobradas e coloque uma embaixo da outra, fazendo coincidir o início de cada tre-cho, conforme o exemplo abaixo.

• Discuta com os estudantes como formar as quantidades 12 e 21, por exemplo, tendo em vista que elas utilizam na escrita os mesmos algarismos. O que significa 12? E 21? Investigue junto aos estudantes as relações quantidade/quantidade; quantida-de/símbolo e símbolo/símbolo.

Explorando o filme

• Pare o vídeo na cena em que há discussão sobre polvo e povo. Leve o questionamento para a sala. Em seguida faça a distinção entre uma palavra e outra no quadro. Compare outras palavras.

• Quantos pés tem o povo? È possível contar? Nós fazemos parte des-se povo do qual fala o vídeo?

• Leve a constituição para sala e leia partes dela para as crianças.

• É possível contar a quantidade de pés das pessoas que estão pre-sentes na nossa sala?

• Pare na cena em que há confusão com o relógio. É possível contar o tempo? De que forma fazemos isso? Como vocês dividem o seu dia?

• Faça um relógio bem grande e vá, junto com as crianças dividindo o tempo, conforme a indicação da sala. Em cada parte do tempo co-loque figuras relativas às atividades executadas por elas. Compare as atividades dos estudantes com as atividades dos adultos. Quais as diferenças? Quais as semelhanças? Por quê?

• Compare as horas de descanso com as horas em atividades. Conver-se com os estudantes sobre a importância do sono. Quantas horas nós devemos dormir por dia para termos um corpo saudável.

• Registre cada atividade com uma câmera fotográfica, observando a maneira pela qual os estudantes resolvem os problemas. Comparti-lhe o material com os demais colegas, levando-os a reflexão sobre as soluções encontradas por cada estudante.

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Ampliando o filme

• Promova o dia do bingo e do desafio na sala de aula.

• Elabore convites com as crianças e envie-os à direção e outros co-legas para participarem da atividade.

• Elabore com as crianças cartazes para a divulgação do evento.

• Divida os participantes em dois grandes grupos: aqueles que farão o desafio e aqueles que participarão do bingo. Faça o revezamento entre os grupos.

• Distribua doces ao final, agradecendo a participação dos colegas.

DIA DO DESAFIO E BINGO

Distribua as cartelas aos participantes. A criança escreverá o número no local adequado, “cantado” pelo(a) professor(a), responsável pelo bingo. Vencerá o participante que preencher corretamente toda a cartela. Outra forma, peça aos participantes que escrevam por ex-tenso os números.

As cartelas poderão ser elaboradas como no exemplo a seguir:

0 3 5 9

11 15 17

20 23 26 28

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DESAFIOS

TRABALHANDO COM PROBLEMAS

UM BOM NEGÓCIOAqui está um negócio que você pode propor a um adulto e se dar bem. Pense em alguma ta-refa que você possa realizar todos os dias: limpar o carro, levar o lixo para fora ou algum servicinho. Então proponha este ótimo negócio. Você co-brará 10(dez) centavos no pri-meiro dia, e a cada dia que pas-sar você cobrará o dobro do dia anterior. Quem poderia rejeitar um negócio como esse, certo? Acredite você ganhará um bom dinheirinho! Calcule quanto você receberá em um mês.

CAMINHO DA SETAO desafio é o seguinte: numere os círculos abai-xo de 1 a 9 de tal forma que fiquem em sequência e obedeçam aos sentidos das setas. Vai encarar?

A ESFERA DO RELÓGIODeve-se cortar a esfera desse relógio em seis par-tes que tenham qualquer forma, de maneira que a soma dos números conti-dos em cada parte seja a mesma. Pare e pense um pouquinho! É moleza!

DIA PAGAMENTO1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1530

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Observe a banca de frutas e responda:

Banana: R$ 2,00 a dúziaAbacaxi: R$ 2,00 cadaMorango: R$ 3,00 a caixa.Maçã: R$ 1,00 cada

a) O que você pode comprar com R$ 30,00? Vai sobrar troco?b) O dono da banca está gritando: “Leve 3 caixas de morango e pa-

gue R$7,00”!. É vantagem ou não?c) E se você quiser comprar meia dúzia de bananas, 4 maças, 3 aba-

caxis e uma caixa de morango, quanto vai gastar? Para saber mais...

Como nasceu a ideia de número?

Pesquisas arqueológicas mostram que o homem sempre viveu em gru-pos e que se alimentava da caça, da pesca, do pastoreio e dos pro-dutos obtidos de pilhagem. Nessa época não havia posses individuais e, assim, não era necessário contabilizá-las. Estudos de línguas con-firmam essa ideia, mostrando diferenciações apenas para os termos um, dois e muitos.

Com o fim da glaciação e o recuo do gelo para os polos, as plantas começaram a nascer. Há cerca de 10 mil anos, nossos antepassados descobriram que podiam alimentar-se delas e então foram se estabe-lecendo nos vales de grandes rios, como o Nilo, no Egito, e o Eufrates e Tigre, na Mesopotâmia, entre outros.

A partir daí, teve início um novo modo de vida que exigia cada vez mais organização: o planejamento da produção das terras; dos reba-nhos; a divisão das terras cultiváveis, das colheitas; a quantificação (quantos animais nós temos?; Quanto de semente precisamos? Quan-tas luas até a próxima colheita?)

Assim, quando os dedos das mãos se mostraram insuficientes para re-gistrar quantidades maiores, nossos antepassados começaram a usar pedrinhas, uma para cada objeto a ser representado. Em seguida, a

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necessidade levou a substituição das pedras por marcas em ossos, em paredes nas cavernas e outras formas. Com o tempo, a experiência com muitos conjuntos em correspondência biunívoca levou a huma-nidade a conceber a ideia de número.

TEMACidade viva, meu espaço.

Quadro Sinóptico - DVD 2 Anos Iniciais

Série Distrito FederalTaguatinga 07’49

Esta série apresenta a construção histórica de cada ci-dade do DF, destacando alguns aspectos culturais de cada localidade.Realização: Canal E – SEDF – Brasil

Conversa com o(a) professor(a)

O Processo de produção de vídeo educativo

Para a produção de um vídeo educativo consideramos dois mo-mentos distintos: o da criação e o da realização. Cada mo-mento compõe-se de etapas. O primeiro momento se divide em concepção e criação; o segundo momento em realização e criação.

Primeiro momento:1. Concepção e criação: é a elaboração do conteúdo e a trans-

formação deste conteúdo para a linguagem audiovisual. An-tes de se fazer um vídeo é necessário definir o que se quer dizer ao espectador. Para isso, é preciso elaborar um texto, o qual formalizará a ideia para que as outras pessoas real-mente possam conhecê-la. Esse momento exige cuidados porque uma ideia mal expressa pode se tornar uma má ideia.

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2. Transformação do texto escrito para a linguagem audiovi-sual: esse momento é a passagem do texto escrito para o filme, no qual será decidido o formato do filme. O profissio-nal que responde por este momento chama-se roteirista.

3. O texto escrito no gênero roteiro: um texto, com muitas palavras em inglês, no qual se define as encenações; a presença de um apresentador ou não; a recriação de uma época; a iluminação; etc. Nesse momento são definidas as características da linguagem que serão mais adequadas ao objetivo do filme. Segue abaixo um exemplo:

Segundo momento:1. Realização e criação: esta etapa é chamada de pré-produ-

ção ou preparação. Ela se desdobra em duas outras etapas. A primeira envolve a preparação, que diz respeito à defini-ção de como cada cena será gravada: a roupa da apresen-

IMAGEM

Introdução: estúdio sala de aulaNORMA criança, numa carteira esco-lar, prestando muita atenção. Ela tem o cabelo comprido e usa trancinhas.

IMPORTANTE: a cena é um flashback de Norma, contaminado por um toque de fantasia. O ambiente, portanto, deve ser quase irreal, como em certos momentos de desenhos animados em que o fundo não é um cenário, mas uma cor.

CORTA PARA:A professora em close: uma senhora de óculos, cabelo “de perua”, estili-zado. Ela é quase uma personagem de desenho animado.

NORMA (OFF)Essa aí sou eu... Uns anos atrás.

NORMA (OFF)Essa era a minha professora de matemática...

PROFESSORAVamos lá, crianças...

ÁUDIO/SOM

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tadora, o horário da gravação, o tipo de penteado, parada para o almoço, a composição do cenário etc.

2. A segunda etapa é a gravação: coordenada pelo diretor, o qual pode modificar cenas e solicitar aos atores determina-da forma de agir em cena, o que pode exigir várias repe-tições. Esse é o momento em que toda a equipe trabalha junto, portanto todos devem ser compreensivos e se ajudar o tempo todo.

3. A terceira e última etapa desse segundo momento é a fina-lização, ou pós produção. Nesta etapa as cenas são coloca-das em ordem, o som melhorado, os letreiros inseridos, a realização da computação gráfica e a música. Esse momen-to requer sensibilidade e estética, pois é a etapa em que se articula o discurso, como quem monta uma frase com as palavras, que são as cenas gravadas.

Todo o processo de fazer um filme leva muito tempo. Mas, depois de pronto nós o assistimos em alguns minutos. Muitas vezes o assistimos de forma distraída e sem consciência de todo esse processo. Agora, que já conhecemos um pouco dessa produção, com certeza nós ampliaremos o olhar na exibição de um filme ou de um comercial de televisão.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Apresente o livro “Nossa rua tem problema” de Ricardo Aze-vedo Ed. Ática, 1993. Explore o formato do livro. Por que a metade do livro está em uma posição e a outra metade na po-sição inversa? Explore a reação das crianças, instigue o olhar de observador. Em seguida leia a história para as crianças.

• Destaque a questão de gênero (masculino e feminino) que a his-tória traz e estabeleça o link com a rua onde as crianças moram.

• Faça um levantamento, em sala, das ruas nas quais as crian-ças moram. Destaque a rua que apresenta maior número de estudantes residindo. Liste os problemas apontados por eles. Questione aos alunos quais seriam as soluções.

• Localize algumas ruas no mapa da cidade.

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• Em seguida, liste as curiosidades encontradas na rua. Quais as atividades mais divertidas? Quais as histórias que você conhece sobre a rua onde você mora? Quais as pessoas, que residem na rua, mais importantes para você?

• Realize um dia de contação de histórias na sala. Depois, pe-ças aos estudantes para recontarem essas histórias por meio do gênero textual memórias. (Consulte a revista ou o site da Olimpíada de Língua Portuguesa – escrevendo o futuro. (http://.escrevendoofuturo.org.br).

Explorando o filme

• Leve para a sala o mapa do DF. Localize a cidade dos estu-dantes no mapa. Em seguida, explore a percepção da crian-ça sobre a cidade. Escreva no quadro os aspectos que elas elegeram na fala.

• Pare o filme destacando os aspectos escolhidos pelo diretor. Compare com os aspectos selecionados pelas crianças.

• Continue o debate explorando o olhar abordado pelo diretor. A turma concorda? A cidade vista pelas crianças é a mesma do diretor?

• Se nós fossemos fazer um filme sobre a nossa cidade como seria? Quais características que a turma destacaria?

Ampliando o filme:

• Elabore um dicionário registrando os diversos falares da ci-dade na qual a turma reside. Trabalhe com o gênero textual verbete.

• Leve dicionários para sala de aula e esclareça às crianças a função desse livro na sociedade; a sua organização; a mu-dança de significado das palavras com o passar do tempo; as informações que ele traz sobre a palavra.

• Peça às crianças para observarem as expressões utilizadas pelas pessoas que moram na sua rua e, em seguida, abra o diálogo em sala levando os estudantes a refletirem sobre os diversos falares no Distrito Federal. Peça as crianças para registrarem as falas utilizando o celular. Caso não seja pos-sível, registre no caderno.

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• Explore o material colhido em sala de aula, explicando o fenômeno registrado pelos estudantes. Exponha a palavra com mais incidência na turma. Trabalhe algumas questões ortográficas a partir dessa palavra.

• Elabore uma narrativa coletiva a partir das palavras colhidas pelas crianças.

Para saber mais...

Gênero Memórias

O gênero memórias objetiva resgatar um passado, com base nas lembranças de pessoas que viveram esse tempo. Represen-ta o resultado de um encontro, no qual as experiências de uma geração anterior são evocadas e repassadas a outra, dando continuidade ao fio da história.

O resgate das lembranças e o repassar de histórias de uma ge-ração para outra, por meio de gestos e palavras, é o que liga os moradores de um lugar. O fato de entender que a história de alguém mais velho é nossa própria história desperta um sentimento de pertencer a determinado lugar e época e ajuda na percepção de um passado que não está morto.

Para escrever um texto de memórias é preciso: identificar pessoa(s) que possa(m) realmente contribuir para a elabora-ção do texto, com suas lembranças; realizar uma entrevista com essa(s) pessoa(s); selecionar e organizar as informações relevantes coletadas; e, finalmente, escrever o texto.

Além disso, é preciso ter atenção para algumas características específicas do gênero: texto em primeira pessoa; reescrever a entrevista dada de modo que resulte em um texto literário, narrativo em sua maior parte; não perder de vista que há um leitor curioso para conhecer o passado; criatividade no texto de tal maneira que o leitor se sinta envolvido por ele.

Alguns elementos normalmente presentes nos textos de me-mórias literárias são as comparações entre passado e presen-te; a presença de palavras e expressões que transportam o

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leitor para certa época do passado (“antigamente”, “naquele tempo” etc.); referência a objetos, lugares ou pessoas e expli-cação do sentido de certas expressões antigas ou de palavras em desuso.

Enfim, cabe ao produtor posicionar-se como um pesquisador que busca recuperar a memória coletiva da cidade e, por meio do seu texto, possibilitar ao leitor compreender um passado do qual não tenha participado, mas que foi decisivo para que seja o que ele é atualmente.(Adaptação do texto “Recordar para contar”- Ana Lima – revista Na ponta do

lápis – ano V – n° 11)

7. ATIVIDADES NA SALA DE AULA: LUZES, CÂMARA, AÇÃO! ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

TEMAVida Legal - Qualidade de vida 2

Quadro Sinóptico - DVD 2 - Anos FinaisQualidade de vida 2Série: Viva Legal

Série de 52 programas sobre temas ligados à saúde e ao meio ambiente. Profissionais ensinam a prevenir doenças e melho-rar as condições de vida nas comunidades. Realização: Ministério da Saúde, Brasil, 2002.

Conversa com o(a) professor(a)

O roteiro audiovisual

O roteirista é uma pessoa que vive observando tudo a sua volta: as pessoas, os objetos, os animais, os lugares etc. Ele utiliza desse olhar, da sua vivência pessoal e da sua desconfiança nos aconteci-

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mentos corriqueiros para criar belas histórias. Tudo para o roteirista tem um significado especial: uma fruta que cai da árvore; um simples passeio de carro; uma pessoa observando um inseto. Esses detalhes, sob o seu olhar, podem se transformar em grandes cenas, cheias de significados mais diversos, quando acompanhadas de trilha sonora, efeitos visuais e enquadramentos diferenciados.

Os roteiros, que são as histórias criadas pelo roteirista, podem ser contadas por meio de vários gêneros. As histórias de ficção, por exemplo, são geralmente, baseadas em um conflito, que desencadeia a trajetória do personagem principal até o desfecho. O conflito é um problema, um obstáculo, uma barreira que impede que o personagem principal consiga o que quer. Além do conflito, as narrativas possuem uma trama, que de modo simplificado, é a rede de relações e con-flitos que envolvem e liga personagens e acontecimentos em uma única história. A trama é extremamente ativa; é ela que faz a história caminhar até seu clímax e consequentemente a resolução. Na trama há personagens que dão vida a história. Eles podem ser:

Protagonista: personagem principal da história, aquele que age, ou a partir de quem os acontecimentos se desenrolam. Podem ser uma única pessoa, uma dupla, um grupo de pessoas, um animal ou objeto. Ele é o herói, aquele por quem geralmente o público torce. Aquele que deve resolver o problema apresentado no conflito para vencer no final... ou não.

Antagonista: faz contraponto ao protagonista. Ele é o vilão, o gera-dor do conflito. Mas nem sempre fica claro quem é o antagonista. Às vezes, ele só é descoberto no final da história. O antagonista pode ser uma situação, um desejo irrealizável, uma impossibilidade física, intelectual, espiritual.

Personagens secundários: eles servem para auxiliar o protagonis-ta a resolver o conflito, ou o antagonista a atrapalhá-lo. Algumas vezes eles ganham funções mais importantes na trama e chegam a desenvolver suas próprias histórias paralelas, que também devem ter começo, meio e fim.

Os roteiros passam por vários tratamentos antes de chegar a sua ver-são final. Os ajustes são feitos para aperfeiçoar a história de acordo com o público destinado e o conteúdo que se pretende passar, ou

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para adequar o roteiro aos recursos da produção, como tempo de realização e custos.

Os diálogos nos roteiros são uma das partes mais difíceis de serem construídas. Hoje em dia, já existem especialistas nesse trabalho, conhecidos como dialoguistas. Nos roteiros de ficção, o conselho é que os diálogos expressem a personalidade de cada personagem. Ao escrevê-los, é necessário compreender bem a linguagem, colocar-se no lugar dele e ter uma ideia exata de como ele falaria.

O formato do roteiro não é um consenso entre os roteiristas, mas o modelo mais usado se detém na descrição objetiva dos acontecimen-tos nas cenas e diálogos, com algumas indicações de intenção para os atores, mas somente quando estas se mostrarem imprescindíveis. Assim, o diretor fica livre para interpretar o roteio a sua própria ma-neira, fazendo até eventuais modificações no momento da gravação ou filmagem, caso julgue necessário.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Convide um profissional da saúde para uma roda de conversa sobre saúde e alimentação, destacando o problema da obesidade como fator de risco à saúde. (doenças associadas à obesidade). Em se-guida, observe, em parceria com os estudantes, a turma e lance a pergunta: “Nós estamos no peso ideal?” O que é o peso ideal?

• Relembre com os estudantes programas televisivos que abordaram o assunto. Leve-os a pensar o porquê determinados artistas aceita-ram a proposta. Em que os artistas foram beneficiados? E a popula-ção? E o programa de televisão?

• Proponha aos estudantes o desafio de descobrirem o peso ideal. Com balança e fita métrica, peça a cada estudante para calcular seu Índice de Massa Corporal (IMC). O Índice de Massa Corporal é uma medida de padrão internacional, adotada pela Organização Mundial de Saú-de (OMS) para verificar se o peso está dentro de limites saudáveis.

• Feito isso, organize uma tabela com os resultados e exponha para turma. Será que o nosso peso tem relação com as coisas que come-mos ou com a quantidade que comemos? O gênero das pessoas, a idade, o lugar onde elas moram interfere no peso? A nossa turma está em boa forma física? Depois da discussão, sugira a turma que elaborem juntos um email e envie para um programa de rádio ou

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CURTAS NA ESCOLA �0

televisão que aborde o assunto.Explorando o filme

• Destaque algumas fases da vida apresentadas no filme. Pergunte aos estudantes se eles concordam com o discurso das pessoas en-trevistadas.

• Qual a contribuição do exercício físico para uma vida saudável? Re-prise esta parte do filme. Que tipo de exercício nossa turma pratica?

• O que é uma alimentação saudável proposta pelo vídeo? Como seria um cardápio saudável?

• Leve os estudantes a refletirem. Como eu estou me alimentando? Em que posso melhorar? Que benefícios eu ganho adotando um car-dápio favorável a minha saúde?

Ampliando o filme

• Peça aos estudantes para observarem e escreverem o que ingerem durante dois dias (café, almoço, jantar). Em seguida, peça a eles para relatarem a experiência aos colegas. É importante destacar que devemos ter cuidado para não criar uma situação de constran-gimento. Após a exposição dos estudantes, estabeleça compara-ções com os cardápios saudáveis discutidos no item anterior.

• Apresente aos estudantes a constituição de alguns alimentos e a sua contribuição para a construção do corpo saudável. Em seguida, retome o cardápio saudável, em sala de aula e, por meio de tabloi-des encontrados em supermercados, calcule o custo dos alimentos escolhidos e reflita com os estudantes: os preços influenciam na compra dos alimentos? Qual o custo dessa lista de alimentos, para uma família de cinco pessoas consumirem em uma semana? Como ter uma alimentação saudável gastando pouco?

• Discuta com os estudantes sobre o salário mínimo: o que é, quando foi instituído, para quê foi instituído, que classe trabalhadora re-cebe esse salário. O salário mínimo supre a necessidade da família no quesito alimentação?

• Destaque a produção de alimentos do DF. Que tipo de alimento a sua cidade produz? Como é feita essa produção? Qual a importância dessa produção para o DF? Divida a turma em grupos e proponha

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Caderno de atividades a partir do audiovisual �1

a eles buscarem essas informações. Forneça as fontes e oriente a apresentação dos grupos.

• Prepare o ambiente para os alunos realizarem a apresentação. Re-gue o evento com os alimentos destacados por eles e sucos. Foto-grafe e depois apresente à turma em Power point.

TEMAA propaganda a favor da Saúde e Meio ambiente.

Quadro Sinóptico - Anos Finais – DVD 2

Higiene pessoal 20’00

O projeto busca informar, de forma descontraída, sobre as-suntos relacionados à saúde e ao bem-estar, como alimenta-ção, sexo, poluição sonora, higiene pessoal, exercício físico, drogas e estresse. O objetivo principal era contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de doenças na população jovem. Realização: Fundação Roberto Marinho, Brasil.

Conversa com o(a) professor(a)

Linguagem audiovisual: enquadramento

A utilização da linguagem visual no processo de ensino e de aprendi-zagem, para além de uma estratégia de motivação e ilustração, opor-tuniza a informação, a produção de conhecimentos. Esse meio de comunicação quando bem analisado e explorado, por meio da ação mediadora do professor, que promova questionamentos e uma ação pensada nas situações de análise, vem contribuir com sentido e signi-ficado na organização do trabalho pedagógico que vá ao encontro do processo de aprendizagem do estudante.

Além disso, o recurso pode ser explorado no sentido da criação. Para isso, alguns conhecimentos são básicos. Ressaltamos aqui o enqua-dramento, uma noção importante para se contar uma boa história, seja na produção de pequenos filmes, na fotografia, e até mesmo na

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construção de uma apresentação de slides. Nesse sentido, enquadrar permite apresentar e interpretar uma situação de forma que o inter-locutor compreenda e ou perceba o que está sendo representado da realidade, e qual a intenção do autor.

Enquadrar tem a ver com o que se objetiva, assim perpassa pela com-preensão de três elementos: o plano, a altura do ângulo e o lado do ângulo. Vamos nos deter ao plano, por ser um componente essencial, considerado também como estruturante nesse contexto.Os planos de enquadramento podem ser considerados em três as-pectos: “plano aberto”, “plano médio” e “plano fechado”. Quando se deseja ajustes mais finos, pode-se variar com “um pouco mais aberto”, “um pouco mais fechado” etc..

No plano aberto a cena é vista como um todo. A câmera fica bem distante e revela todo o ambiente, pode-se chamar de plano de am-bientação; no plano médio há um enquadramento da parte, a câmera fica a uma distância média do objeto e esse é mais perceptível e ainda se percebe o espaço, pode-se chamar de plano de posiciona-mento e movimentação; no plano fechado o foco está nos detalhes do ambiente, do objeto ou da pessoa, a câmera fica bem próxima do objeto, revela o mínimo ou nada do cenário, considerado um plano de intimidade e de expressão.

Na atualidade, nossos estudantes convivem de forma intensa com essa linguagem, trazê-la para o cotidiano escolar é uma responsabi-lidade que abre mais caminhos para a aprendizagem de todos, pois vai ao encontro do que é significativo, permite a interação e envolvi-mento de todos, dinamiza, promove a análise refletida e pensada, e agrega a oportunidade de criação. Além disso, quando bem utilizada oportuniza um trabalho interdisciplinar, que vai ao encontro dos ei-xos propostos pelo Currículo em Movimento (2014).

Preparando a turma para assistir ao filme

• Selecione e leve para a sala de aula imagens de paisagens retiradas de revistas, jornais, calendários, Internet e outros, relacionadas ao tema. Divida a turma em grupos. Distribua as imagens entre os grupos. Recorte duas tiras de cartolina nas dimensões 1,5cm X 10 cm. Junte e prenda as duas tiras por uma das extremidades com um clips. Em seguida peça aos estudantes para selecionarem uma par-te da imagem recebida, enquadrando-a num ângulo reto ou obtuso. Dobre a gravura e deixe à mostra somente a parte selecionada. Cada grupo exibirá a parte selecionada da sua imagem e os outros

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colegas levantarão hipóteses sobre o objeto, na tentativa de des-cobri-lo. Depois disso, o grupo desdobrará a gravura, confirmando ou não as hipóteses levantadas.

• Com este exercício do olhar, explore a questão do ponto de vista; das hipóteses levantadas pelos estudantes por meio das pistas da-das no texto não verbal. Esclareça o conceito de ângulos.

• Leve para a sala de aula propagandas interessantes que dialoguem com o meio ambiente ou saúde, retiradas de sites, revistas, jor-nais. Analise a construção da mensagem, destacando os elementos verbais e não verbais. Discuta com os estudantes sobre a influência da propaganda no comportamento das pessoas.

• Grave 4 (quatro) propagandas veiculadas na televisão sobre meio ambiente e saúde. Selecione com a turma duas propagandas e, em seguida, discuta com os estudantes cada uma delas, analisando-as a partir do roteiro abaixo:

• Quem são os possíveis destinatários desse texto publicitário? Que informações do texto nos levam a identificá-los?

• Que recursos o produtor dessa mensagem utiliza para atrair a aten-ção do leitor; despertar seu interesse e estimulá-lo a consumir o produto?

• Quais as características desse texto, tendo em vista os objetivos que ele pretende atingir?

• Qual o enquadramento escolhido pelo produtor da mensagem?

Explorando o filme

• Selecione 3 (três) partes do filme. Pare nesse momento e discuta com os estudantes sobre a contribuição da publicidade na cons-cientização da população sobre alguns problemas apresentados no vídeo: agrotóxicos na plantação; uso de protetor solar; poluição sonora e etc. A turma considera esse gênero eficiente?

• No programa apresentado, o diretor poderia introduzir algum pro-duto para o consumidor? Que produto seria? Por quê? Isso é favorá-vel ou desfavorável?

• Selecione partes do telejornal. Observe a bancada de cada um dos apresentadores. Por que o cenário foi montado desta forma? Que tipo de mensagem é transmitida pelo cenário?

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PUBLICIDADE

Os textos publicitários utilizam uma linguagem que, embora pareça uma produção espontânea, com um tom informal, mais próximo da oralida-de do que da escrita, é intencionalmente elaborada, estilizada, para atingir um determinado público e manter o produto sempre em desta-que. Esses textos podem apelar para o humor, curiosidade, contraste, quebra de expectativa, enfim elementos que estimulam o desejo, que induzam à ação e exerça certa pressão psicológica nos consumidores.

As mensagens procuram passar a ideia de bem-estar, de prazer, de lu-cro, de prestígio que o consumidor alcançará ao adquirir o produto.

Ampliando o filme

A partir da sugestão do roteiro de audiovisual abaixo, solicite aos es-tudantes que elaborem uma propaganda que leve a população a cons-cientização sobre os problemas que afetam nossa vida no planeta.Divida a turma em grupos e acompanhe cada etapa do trabalho.Elabore uma mostra de propagandas na unidade escolar e divulgue o trabalho dos estudantes.

Sugestão de roteiro

Objetivo: (O que se pretende com a veiculação da propaganda).Duração: (O tempo de veiculação do comercial na televisão:

1’, a 1’30”).Roteiristas: (Os participantes do grupo).Sinopse: (Um resumo da proposta da propaganda).Título:

Para saber mais...

A propaganda apresenta certos mecanismos de manipulação e téc-nicas de convencimento, com o objetivo de convencer você a aderir uma ideia ou a adquirir um produto. Para isso, ela utiliza, geralmen-te, a linguagem verbal e a não verbal.

A propaganda pode ser feita por meio de frases curtas (slogans) que, em conjunto com o logotipo do produto, formam um conjunto har-monioso que leva o consumidor a repeti-lo e, assim, a gravá-lo na memória.

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IMAGEM

1. Registrar o número de cenas a serem filmadas e a sequencia, detalhando cada uma delas.

CENA 1:Imagens internas (ambiente fechado) ou externas (ao ar livre). Descrever a cena.Enquadramento dos objetos e pessoas.Horário do registro da cena.Local da cena.Duração da cena.Figurino.

CENA 2:Idem

1. Registrar a sequencia em que o som aparecerá: mú-sica, ruído, ou a fala de al-guém.

2. Registrar literalmente a fala das pessoas ou objetos.

ÁUDIO/SOM

ATENÇÃO INTERESSE DESEJO AÇÃO

TEMAAdmirável mundo louco

Quadro Sinóptico - Anos Finais – DVD 2

Admirável mundo louco 07’00

O Professor Pasquale, apresentador do programa Sua Língua, transforma a Língua Portuguesa apresenta dicas sobre a lín-gua, significados das palavras e esclarece dúvidas dos teles-pectadores, por meio de uma divertida aventura para crianças e pré-adolescentes. Tudo isso ao lado do seu amigo Coisinho, personagem do programa ilha Rá-Tim-Bum.Realização: TV Cultura / TV Escola, Brasil, 2006.

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Conversa com o(a) professor(a)

Sequência Didática

A sociedade contemporânea vive a era da informação que a faz cir-cular em quantidade, territorialidade e velocidade impressionantes. Diante desse cenário surge um grande desafio para a escola: definir quais conhecimentos acumulados no curso da história devem ser en-sinados e de que forma.

Pensar o ensino da Língua Portuguesa, por exemplo, exige do educador o domínio da língua, de seus princípios de aprendizagem, e uma refle-xão minuciosa da realidade, para então organizar e articular a seleção de temas e conteúdos que devem ser ensinados sistematicamente.

Para trabalhar com gêneros textuais é fundamental elaborar uma se-quência didática, um roteiro de ações. Esse procedimento permite integrar as práticas sociais de linguagem-escrita, leitura e oralidade, guiando as intervenções do professor.

A sequência didática tem como finalidade abordar aspectos envolvi-dos na produção de textos em um determinado gênero. Esse conjunto de atividades permite que os estudantes dominem as características próprias do gênero em estudo e tenham condições de escrever cada vez melhor.

ENSINAR: O QUE? COMO?

Sequência didática é um conjunto sistematizado de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo etapa por etapa. Essa proposta envolve atividades de aprendizagem e avaliação, organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar.

Ao organizar uma sequência didática, é preciso preparar detalhada-mente cada uma das etapas do trabalho. Vamos a elas:

1. Compartilhe a proposta de trabalho com os estudantes, organi-zando junto com a turma o plano de trabalho. Anote em um car-taz cada etapa da proposta e deixe exposto em lugar visível na sala de aula.

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2. Mapeie o conhecimento prévio dos estudantes sobre o tema, gê-nero textual e a etapa do trabalho. Quanto ao gênero textual, o professor deve, ao propor a primeira produção textual, detalhar a situação de comunicação. Ou seja, para quem se destina o texto (pais, colegas, pessoas da comunidade); qual é a finalidade (in-formar, convencer, divertir); que posição tem o produtor de texto (intimidade ou não com o receptor); onde o texto vai ser publicado (no mural da escola, no jornal; na revista, Facebook, email). Essa produção aponta os saberes dos estudantes e dá pistas para que o professor possa melhor intervir no processo de aprendizagem.

3. Amplie o repertório dos estudantes. Elabore um conjunto de ati-vidades diversificadas em que leitura, escrita oralidade estejam presentes. É fundamental oferecer textos bons e variados, apro-ximando a turma do gênero textual em estudo. Essa diversidade amplia a possibilidade de êxito dos estudantes.

4. Analise as marcas do gênero. No decorrer das atividades é essencial a mediação do professor, para que os estudantes consigam ana-lisar e identificar os recursos utilizados pelos autores na escrita.

5. Busque informações sobre o tema. É preciso conhecer o tema so-bre o qual se escreve, qualquer que seja a situação comunicativa. É preciso dominar o conteúdo (ter o que dizer) e a forma (ter como dizer), utilizando o gênero mais apropriado para a produção.

6. Produza um texto coletivo. Esta é uma etapa bastante desafiadora da sequência didática. O professor coordena a produção do tex-to coletivo, dando oportunidade para que os estudantes troquem ideias, exponham seus conhecimentos, dúvidas. Nesse momento, o professor faz intervenções, transformando o discurso oral num texto escrito.

7. Hora de escrever o texto individual. Para isso é necessário reto-mar a situação de produção e relembrar as marcas próprias do gê-nero. Nessa produção final o estudante colocará em prática tudo o que foi aprendido ao longo da sequência didática.

8. Revisão e aprimoramento do texto. Essa é uma tarefa árdua para o professor e estudantes. Exige ler, reler, identificar o que não está bem claro e os aspectos que devem ser melhorados no texto.

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9. Publicar os textos produzidos. Finalizado o trabalho, organize os textos para a publicação. Escolha o portador mais adequado ao gênero. Para crônica, por exemplo, uma coletânea ou livro; no-tícia, no jornal mural ou escolar; fotos com legenda, exposição. Depois, comemore com a comunidade escolar. Essa conquista me-rece celebração.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Amplie a capa do livro “Este Admirável Mundo Louco”, da autora Ruth Rocha, editora Salamandra, 2003, ou reproduza-a por meio de desenho. Esconda o nome da autora. Em seguida, explore com os estudantes as imagens, solicitando a descrição do que eles vêm. O que elas querem dizer? Do que se trata, afinal? Propaganda? Livro? Quais os elementos que caracterizam este objeto como um livro?

• Apresente o título do livro e pergunte aos estudantes o que esse título sugere.

• Faça um breve comentário sobre a autora e explique que ela reto-mou esse texto de outro autor romancista inglês Aldous Huxley, do século passado (1932). Nesse romance ele satiriza o mundo moder-no e suas conquistas. É um livro referência da literatura.

• Em seguida, apresente o livro, a autora, a editora, o ilustrador e leia pequenos trechos que você considerar relevante.

• Explore as ilustrações contidas no livro.

• Trabalhe em sala com o texto abaixo, por meio de perguntas, insti-gando os estudantes a lerem o livro. Vamos a ele:

ADMIRÁVEL MUNDO LOUCO

Eles moram, quase todos, amontoados nuns lugares muitos feios que eles chama de cidades. Esses lugares cheiram muito mal por causa de umas porcarias que eles fabricam e de umas nuvens escuras que saem de uns tubos muito grandes que por sua vez saem de dentro de umas caixas que eles chamam de fábricas.Parece que eles vivem dentro de outras caixas. Algumas des-sas caixas são grandes, outras são pequenas.

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Nem sempre moram mais freguetes nas caixas maiores. Às ve-zes acontece o contrário: nas caixas grandes moram pouqui-nhos freguetes e nas caixas pequenininhas moram um monte deles.Nas cidades existem muitas caixas amontoadas umas nas ou-tras.Parece que dentro desses amontoados há um tubo, por onde corre um carrinho na direção vertical, chamado elevador, por-que eleva as pessoas para o alto dos amontoados. Não ouvi dizer que eles tenham descedores, o que me leva a acreditar que eles pulem lá de cima até embaixo, de alguma maneira que eu não sei explicar.Quando fica claro, eles saem das cai-xas deles e todos começam a ir pra outro lugar e ficam nisso de ir daqui pra lá o tempo todo, até que fica escuro e todos voltam pro lugar de onde vieram.Não sei como eles encontram o lugar de onde saíram mas en-contram; e entram outra vez nas caixas.Assim que eu cheguei era um pouco difícil compreender o que eles diziam. Mas logo, logo, graças aos meus estudos de flóbitos, consegui aprender uma porção das línguas que eles falam.Ah, porque eles falam uma porção de línguas diferentes.E como eles se entendem?E quem disse que eles se entendem?ROCHA, R. Este Admirável mundo louco. São Paulo: Salamandra, 2003.

Sugestões de perguntas para explorar o texto

a) No conto “Admirável Mundo Louco”, de Ruth Rocha, podemos iden-tificar três autores presentes, de alguma forma, no texto. Quais são eles?

b) Que sugere a você essa quantidade de “vozes”, que passam a pa-lavra de uma pessoa à outra?

c) A descrição feita pelo jovem visitante mostra uma visão negativa da “cidade”. Essa visão é evidenciada claramente no texto, por meio de expressões usadas pelo autor. Que expressões são essas?

d) O autor que descreve a vida na terra parece não entendê-la muito bem. Que recursos linguísticos sugerem isso?

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Explorando o filme

• Depois de exibir o vídeo, selecione algumas partes que mais se aproximam do texto trabalhado anteriormente ou partes do livro lido e faça comparações.

• Selecione algumas falas de crianças no vídeo. Em seguida, discuta com os estudantes a visão das crianças sobre a obra. A turma con-corda com a opinião dessas crianças? Por quê?

• Quais os comentários do Pasquale sobre a obra? Esses comentários instiga o espectador a conhecer a obra?

Ampliando o filme

• Retome as ilustrações do livro. Teça pequeno comentário sobre a importância do ilustrador em um livro infanto-juvenil. Destaque o traço e o material usado por ele.

• Depois disso, proponha aos estudantes construírem outras ilustra-ções para o texto, utilizando materiais que eles possuem: lápis de cor, giz de cera, ponta de lápis, recursos do computador etc.

• Coloque os desenhos em uma base que coadune com o material uti-lizado pelos estudantes, transformando-as em telas. Exponha todas as produções, articuladas a um tema e chame alguns colegas para prestigiarem o evento. Sirva sucos bem diferentes e coloridos para os convidados.

TEMABrasília, patrimônio da humanidade.

Quadro Sinóptico - Anos Finais – DVD 1Uma cidade se faz do sonho 15’21

A construção de Brasília. O nacional-desenvolvimentismo. A luta pela reforma agrária. O golpe militar. Neste vídeo os bo-necos animados explicam acontecimentos políticos importan-tes para a formação do Brasil contemporâneo.Realização: TV Escola, Brasil, 2002.

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Brasília, símbolo e memória 24’14O documentário oferece uma visão ampla de Brasília. A pré-história da região do Distrito Federal, os povos indígenas que habitaram esse território e a colonização de Goiás liderada pelos bandeirantes paulistas são bons exemplos do que a pro-dução retrata. O filme foi realizado por meio de uma extensa e profunda pesquisa e sintetiza os principais valores históricos e culturais de Brasília

Conversa com o(a) professor(a)

“Os primeiros raios de um sol que sucedeu a ligeira chuva banham seis mil quilômetros quadrados de superfície no planalto central e

a mais nova das cidades latinas.”(Jornal- O Estado de São Paulo, 21/04/1960)

Os documentários – 500 anos: O Brasil-República na TV “Uma cidade se faz do sonho”; Brasil Cultural, Nosso País 1- Centro Oeste e Arte – Brasília, Símbolo e Memória buscam traçar um panorama sobre o crescimento de algumas cidades, entre elas Brasília, e oferecem a possibilidade de trabalhar, comparativamente, aspectos relacionados à fundação, ao desenvolvimento urbano e econômico e aos aspectos culturais da capital.

Os vídeos destacam o chamado período JK, quando Juscelino Kubits-chek governou o Brasil, entre 1956 e 1961. Há que se destacar que a cidade nasce de um projeto de transferir a capital federal para o in-terior do país, com o objetivo de proporcionar uma maior integração do território e a consolidação do Estado nacional brasileiro.

Sobre Brasília, os documentários destacam duas de suas características fundamentais: o planejamento urbano e a sua função político-adminis-trativa. Cidade planejada pelo urbanista Lúcio Costa, com arquitetu-ra criada por Oscar Niemeyer e paisagismo concebido por Burle Marx, é considerada patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.

Um corte temático da história de Brasília – a sua população de mi-grantes - é abordado com destaque, como fator de discussão sobre os méritos e problemas de uma cidade planejada como Brasília.

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Essas visões sobre Brasília propicia aos estudantes a integração de novas informações aos conhecimentos e experiências construídas por eles anteriormente, o que resulta na construção de outros significa-dos sobre a cidade, pois todo leitor, tocado por um texto, conhece o prazer de uma nova realização que faz com que reorganize, enrique-ça ou reconstrua um conceito anterior.

Essas atividades permitem, ainda, puxar os fios que um tratamento do tema deixa escapar e tecer os pontos ou nós necessários para entrelaçar novos fios, ou seja, outros temas, a serem interligados à essa rede. Nesse contexto, o papel do professor é mediar a constru-ção de redes de conhecimentos, valorizando a experiência prévia dos alunos, incentivando-os a descobrir, a relacionar fatos, a servir-se dos conhecimentos já estruturados como ponto de partida para novos, possibilitando o desenvolvimento das diferentes habilidades concei-tuais, atitudinais e procedimentais.

No entanto, a ação de interligar os fios, relacionar fatos da natureza e das práticas e discursos do mundo social é complexa e exige uma flexibilidade de pensamento e uma gama articulada de conhecimen-tos que permitem engajar o estudante em diversas práticas sociais de leitura. Para isso, é preciso destacar e discutir, em sala de aula, os vários temas presentes nos documentários, tais como: transferência da capital federal para o interior do país; o desbravamento da área do planalto central; o ideário da construção de Brasília; o plano urba-nístico, arquitetônico e artístico inovadores; o movimento migratório e, também, os aspectos políticos, sociais e culturais que são textos interdependentes, interativos entre o objeto de conhecimento, Bra-sília e seu contexto. Ou seja, ver Brasília sob partes e o todo, o todo e as partes, as partes entre si. Brasília é, ao cabo, essa união entre a unidade e a multiplicidade.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Traga para a sala de aula o CD “Canciones Curiosas”, disco pro-duzido entre São Paulo (Brasil) e Buenos Aires (Argentina) e todos intérpretes infantis são argentinos ou colombianos. Mostre a capa do CD, leia o nome das canções e convide-os a ouvir “Ora Bolas” e, em seguida, convide-os a cantá-la.

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• Promova a interlocução entre estudantes e “Ora bolas”. Preserve o ludismo no contato do leitor com a música. Deixe-os perceber a sonoridade das palavras. Chame atenção para o jogo de perguntas (Quem, onde, como) e respostas; a estrutura paralelística do texto (mesma frase se repete várias vezes) e o tom de informalidade do diálogo que o compositor estabelece com o ouvinte.

• Veja que os artistas – Sandra Perez e Paulo Tatit - apoiam-se na ideia da articulação entre os objetos, seres, coisas, lugares, esta-belecendo inter-relações entre esses elementos (do mais específico para o mais abrangente), por meio de encadeamentos: bola, meni-no, vizinho, casa, rua, cidade, floresta, Brasil, continente america-no, planeta.

• Nesse sentido, o leitor-ouvinte é conduzido do espaço mais imedia-to, mais concreto ao espaço geográfico, mais abstrato – o planeta. E pode, dessa maneira, construir referenciais de localização.

• Leve o globo terrestre para a sala. Identifique a imagem poética “o planeta é uma bola” e converse com os alunos sobre isso. Em seguida, localize o continente americano no globo e quais os países que fazem parte deste continente.

• Observar “onde” se localiza o Brasil dentro do continente. Quais suas regiões e onde fica o Centro-Oeste. Quem são nossos vizinhos? O que a região Centro-Oeste tem em comum com as outras regiões? Localize o lugar em que Brasília foi construída. Depois disso, abra o debate: O que nos torna irmãos em relação a outras regiões do país? O que nos torna diferentes?

• Sugerimos, também, a audição de outra música “Terra” de Caetano Veloso, do álbum Prenda Minha, cuja letra aponta para os vários sentidos do vocábulo. O verbete TERRA aparece com suas várias nu-ances - cunho afetivo (terra natal), geográfico e científico (planeta/movimento de rotação e translação; pátria etc), relativo à agricul-tura e tantos outros, como pode ser verificado no fragmento abaixo:

Terra! Terra!Por mais distante

O errante naveganteQuem jamais te esqueceria?...

Eu estou apaixonado

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Por uma menina terraSigno de elemento terra

Do mar se diz terra à vistaTerra para o pé firmezaTerra para a mão carícia

Outros astros lhe são guia...

• Repare que somos “o errante navegante”, cuja morada é a Terra. Após a audição desta canção e interpretação da letra, contrapor a letra da música à linguagem audiovisual dos documentários sobre Brasília: Onde se localiza nossa casa? Quem são os habitantes dela? Como se deu a construção desse espaço? Quais foram as pessoas (“a gente”) que participaram de sua construção?

• Associe o fragmento da música de Caetano “Eu sou um leão de fogo/Sem ti me consumiria/A mim mesmo eternamente/E de nada valeria/Acontecer de eu ser gente/E gente é outra alegria/Diferen-te das estrelas...” ao tratamento dado aos trabalhadores - chama-dos candangos - vindos de todas as partes do país, após a conclusão das obras da construção de Brasília.

Explorando o filme

• Escolha cenas que impressionaram os estudantes. Destaque a ma-neira pela qual o autor as produziu, destacando: cores, enquadra-mentos, personagens.

• Compare a cidade de Brasília no momento de sua fundação com a cidade de hoje: quais eram os propósitos do projeto original criado por Niemeyer e Lúcio Costa? Quais são as principais dificuldades enfrentadas pela cidade hoje?

Ampliando o filme

• Migração - a relevância do tema para a construção de uma identi-dade coletiva em relação ao mundo e à globalização das relações é proporcional à sua relevância para a manutenção de valores e para o respeito mútuo de grupos diferentes numa sociedade em que grandes levas de indivíduos vêem-se constantemente forçados a migrar de uma região para outra no país ou para fora de sua terra natal.

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Nesse sentido, vale discutir os méritos e problemas de uma cidade planejada como Brasília. Em que medida ela se tornou uma cidade que criou melhores condições para a vida de seus habitantes? Quais os seus mecanismos de segregação? Que perspectivas ela traz para seus cidadãos?

• Geografia – os deslocamentos populacionais, em diferentes épocas, seguiram dinâmicas econômicas, sociais e políticas distintas. Em quais momentos houve migrações internas no Brasil? De onde vem e para onde vão as populações que imigram? Onde se estabelecem? Quais fatores influenciaram a migração: ambientais, políticos, reli-giosos etc?

• Língua Portuguesa - identificar os dialetos que podem ser percebi-dos em Brasília. Em sua opinião, há uma língua brasileira? Existem variações entre o português falado no restante do país e o falado no Distrito Federal? O português está sujeito a modificações, devi-do a influências que podem ser linguísticas, ambientais, culturais e socioeconômicas. Na sua comunidade, ocorrem variações linguís-ticas entre os falantes? Predomina a norma culta ou popular? Em Brasília, os migrantes utilizam as variedades regionais?

• Literatura – selecionar textos poéticos e narrativos sobre o tema. Fazer varal literário com os textos escolhidos.

• História - Quais os motivos do êxodo no Brasil e no mundo? Quais os problemas das minorias no Brasil? Como a migração afeta costumes e religiões? Que povos imigraram para o Brasília? Por quê? Onde eles vivem? Sugere-se, também, assistir ao documentário “Con-terrâneos Velhos de Guerra”, de Vladimir Carvalho, que relata os maus-tratos, as condições de trabalho precárias e muitos acidentes fatais encobertos para não manchar o romantismo da construção de Brasília.

• Educação Artística - Músicas (ex. Brejo da Cruz de Chico Buarque); fotos de Sebastião Salgado, que retratam as migrações através do mundo; pinturas (ex. A série Os retirantes de Portinari).

• Ciências - Quais são as causas das grandes migrações? (alimentares, climáticas) Quais os fatores ambientais que propiciam a migração? Por que razão as pessoas deixaram sua região e vieram para a nova capital? Fome? Falta de alimentos? Novas perspectivas?

Page 76: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA ��

• Matemática - Realize um censo para verificar taxas de imigração, representação gráfica do número de imigrantes em cada ano no país. Qual o perfil desses imigrantes?

• Educação física - O professor Nicolau Sevcenko, ao enfocar os grandes deslocamentos do início do século XX, afirma “Populações eram deslocadas rumo aos novos centros de produção, fazendo bro-tar cidades imensas da noite para o dia. Nessas cidades, ninguém tinha raízes ou tradições, todas vinham de diferentes partes do país ou do mundo. Na busca de novos traços de identidade e de solidariedade, de novas bases emocionais de coesão que substitu-íssem as comunidades que cada um deixou, essas pessoas se vêem dragadas para a paixão futebolística que irmana estranhos, os faz comungarem sonhos, consolida gigantescas famílias vestindo as mesmas cores”. Qual o papel do futebol na vida dos Imigrantes que vieram para Brasília? Eles trouxeram alguma tradição futebolística? Ou essa população encontrou novas bases emocionais de coesão, na busca de seus traços de identidade e solidariedade: casas de cultura, festas populares, etc.

Para saber mais... www.palavracantada.com.br/final/quemsomos.aspx

Ora BolasPalavra Cantada (Álbum Canções de Brincar)

oi oi oi, olha aquela bola,a bola pula bem no pé, no pé do meninoquem é esse menino, esse menino é meu vizinhoonde ele mora, mora lá naquela casaonde está a casa, a casa tá na ruaonde está a rua, tá dentro da cidade. onde está a cidade, tá do lado da florestaonde está a floresta, a floresta é no Brasilonde está o Brasil?tá na América do sul no continente americano,cercado de oceano e das terras mais distantesde todo o planeta.e como é o planetao planeta é uma bola, que rebola lá no céu.

Page 77: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

BEÚ, Edson. Expresso Brasília: a história contada pelos candangos. Brasília:LGE, 2006.BOJUNGA, Cláudio. JK: o artista do impossível. Rio de Janeiro: Ob-jetiva, 2001.CHAUI, M. Conformismo e resistência. Aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986.Coleção Arte em Brasília: cinco décadas de cultura. Brasília: Instituto Terceiro Setor, 2012.COUTO, R.C. Brasília Kubitschek de Oliveira. Rio de Janeiro: Record, 2FREITAS, Tino. Brasília de A a Z. Belo Horizonte: Lê, 2012.HOLSTON, James. A cidade modernista: uma crítica de Brasília e sua utopia. São paulo: Companhia das Letras, 1993.

TEMASaúde e prevenção

Quadro Sinóptico - Anos Finais – DVD 1

Contraceptivos 26’00Nesse episódio, os amigos Tapioca, Bira, Carla e Fátima assis-tem a uma aula sobre camisinha e outros métodos contracep-tivos. A turma fica eufórica com o assunto.Realização: MEC TV Escola, Brasil.

Como se prevenir delas: as DSTS 26’00Nesse episódio, o Professor Roberto promove uma palestra em sala de aula sobre DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis. Os nossos heróis, apesar da resistência de alguns, vão à escola e discutem sobre formas de contágio, tratamento e prevenção às DST.Realização: MEC TV Escola, Brasil

Conversa com o(a) professor(a)

O tema Saúde e Prevenção amplia o debate sobre a promoção da saú-de, sobre o respeito e valorização das diferenças individuais (gênero, etnias, orientações sexuais, classes sociais, biotipos, etc.), aproveita situações de conflito como momentos de aprendizagem e valoriza o

Page 78: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA ��

diálogo; fortalece atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidarie-dade, repudiando qualquer espécie de discriminação e preconceito, reforçando conceitos de cidadania; proporciona conhecer e vivenciar práticas de um estilo de vida ativo e sustentável.

O tema estimula uma abordagem das questões corporais, favorece a aceitação do próprio corpo e seu desenvolvimento natural. Dessa forma, os estudantes compreenderão os sistemas do corpo humano de forma integrada e conjuntamente ao ambiente; as transformações pelas quais o corpo humano passa e se interessarão pelos cuidados com o próprio corpo e entenderão a saúde como um estado de bem-estar físico e mental.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Leve para a sala de aula a seguinte pergunta: “Seu corpo hoje é igual de quando você era bebê?”

• Após a discussão da frase acima, apresente imagens que represen-tem as mudanças no corpo dos meninos e das meninas.

• Reserve um tempo para observação das imagens sobre as mudanças no corpo.

• Retome a pergunta e promova discussão sobre as transformações do corpo, as fases do desenvolvimento humano, cuidados e higiene com o corpo.

• Registre as observações e comentários dos estudantes relevantes para a aprendizagem e incentive a anotação no caderno.

Explorando o filme

• Após a exibição do filme promova reflexão com algumas perguntas aos estudantes tais como: As mudanças ocorridas na adolescência devem-se aos hormônios? É um processo natural? O que é ovulação? Você conhecia os sistemas genitais masculino e feminino?

• Selecione algumas cenas do filme relacionadas ao momento da fe-cundação e peça aos alunos para observá-las.

• Promova a discussão sobre as doenças sexualmente transmissíveis e os cuidados que devemos para prevenir as DSTs.

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Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

Ampliando o filme

• A sistematização dos temas abordados nos curtas poderão fazer uma conexão com os conteúdos curriculares; realizar leituras de textos informativos, pesquisas, produção de textos, promover se-minários, campanhas de saúde e desenvolver atividades escritas para continuar a organização dos conteúdos trabalhados e possibi-litar o avanço dos estudantes em seus conhecimentos.

Para saber mais...

Tema: Saúde e prevençãoAudiovisual:

• GERAÇÃO SAÚDE 2 – Como se prevenir delas (AS DST)

• GERAÇÃO SAÚDE 2 – Contraceptivos

CONTEÚDOS

Adolescência e sexualidade• Fases do desenvolvimento humano• Cuidados e higiene com o corpo• Doenças sexualmente

transmissíveis (DST) /Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)

• Gravidez na adolescência e planejamento familiar

• Métodos contraceptivos• Comportamento, diversidade de

gênero e sexualidade.

Sistema endócrino• Funções e características das

principais glândulas• Regulação hormonal• Doenças relacionadas ao sistema

endócrino

OBJETIVOS

• Compreender conceitos básicos de Ciências Naturais para melhor inter-relação de seres vivos com o am-biente, reconhecendo o ser humano como parte integrante da natureza e transformador do meio em que vive.

• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade, repudian-do qualquer espécie de discrimina-ção e preconceito, reforçando con-ceitos de cidadania.

• Perceber, respeitar e valorizar dife-renças individuais (gênero, etnias, orientações sexuais, classes sociais, biotipos, etc.), aproveitando situa-ções de conflito como momentos de aprendizagem e valorização do diá-logo.

• Compreender e interpretar textos orais e escritos em diferentes situa-ções de participação social.

Page 80: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA �0

CONTEÚDOS

Sistema genital• Anatomia e fisiologia• Noções de embriologia• Gravidez e parto• Noções de genética

CONTEÚDOS

Sistema nervoso e órgãos sensoriais• Organização e funcionamento• Doenças relacionadas a sistema ner-

voso, órgãos sensoriais e transtornos mentais

• Drogas lícitas e ilícitas e drogas sin-téticas.

OBJETIVOS

• Valorizar a leitura como fonte de in-formação, via de acesso a mundos criados pela literatura e possibilida-de de fruição estética.

• Valer-se da linguagem em relações pessoais, sendo capaz de expressar sentimentos, experiências, ideias e opiniões.

OBJETIVOS

• Utilizar a linguagem como instru-mento de aprendizagem, acesso, compreensão e uso de informações contidas nos textos.

• Conhecer e analisar criticamente usos da língua como veículo de valo-res e preconceitos de classe, credo, gênero, procedência e ou etnia.

• Desenvolver o letramento, utilizando o texto e sua diversidade no processo de construção de significados, assim como a expressão do pensamento.

• Reconhecer registros formal e infor-mal, de acordo com as condições de produção/recepção de texto.

• Promover debate, analisar, identifi-car e elaborar textos argumentativos.

Page 81: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual �1

TEMAMeio ambiente

Quadro Sinóptico - Anos Finais – DVD 2

Neste chão tudo dáDocumentário que mostra iniciativas simples e que dão certo no campo rural. Traz conceitos importantes como biodiversi-dade, preservação ambiental e sustentabilidade.

Registro informal do trabalho e pensamento do agricultor e pesquisador Ernst Gotsch. Graças a um trabalho pioneiro de agrofloresta, sua fazenda no Sul da Bahia é considerada uma das áreas mais férteis e biodiversas da região. Esses frutos são resultado do trabalho de interação e parceria com agriculto-res e agrônomos da região do semi-árido.Realização: Sumaúma Documentários, Brasil

Conversa com o(a) professor(a)

O tema Meio Ambiente permite compreender conceitos básicos de Ciências Naturais para melhor inter-relação de seres vivos com o am-biente, reconhecer o ser humano como parte integrante da natureza e transformador do meio em que vive. O estudo sobre o Meio Ambien-te proporciona uma aprendizagem significativa de valores e atitudes relacionadas à preservação ambiental, à sustentabilidade das ativi-dades humanas e analisar suas relações com o ambiente.

Preparando a turma para assistir ao filme

• Leve para a sala de aula uma imagem que retrate uma cidade.

• Promova a reflexão com os estudantes, por meio de questões, a partir da imagem escolhida: “Uma cidade pode ser considerada um ecossistema?” “O que o crescimento das cidades pode transformar o ambiente?”

• Reserve um tempo para observação da imagem.

• Proporcione um debate voltado para o equilíbrio/desequilíbrio

Page 82: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA �2

ambiental e norteie a discussão encaminhando para conservação e manejo de ecossistemas, desenvolvimento sustentável e educação ambiental.

• Registre as observações e comentários dos estudantes relevantes para a aprendizagem e incentive a anotação no caderno.

Explorando o filme

• O curta Sáude e Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho refe-re-se a um monstro. “Que monstro é esse?” por meio dessa questão desenvolva a discussão e relacione o “Monstro” à poluição. Pro-ponha para o grupo se dividir entre quatro subgrupos, sendo que cada um fique com um tema. Em seguida proponha a elaboração da seguinte lista:

• Dez coisas que precisamos saber sobre poluição da água;

• Dez coisas que precisamos saber sobre poluição do ar;

• Dez coisas que precisamos saber sobre poluição do solo;

• Dez coisas que precisamos saber sobre poluição sonora.

• Sugira aos subgrupos relacionarem o tema poluição com as doenças que podem ser desencadeadas no corpo humano. É importante que nesse momento os grupos tenham acesso à informação por meio de: livro didático; revistas; jornais; internet e o próprio curta ex-plorado na sala de aula.

• Promova a apresentação dos subgrupos na sala de aula.

Ampliando o filme

• A sistematização dos temas abordados nos curtas poderão fazer uma conexão com os conteúdos curriculares; realizar leituras de textos informativos, pesquisas, produção de textos, promover se-minários, campanhas de preservação do meio ambiente, coleta se-letiva de lixo, e desenvolver atividades escritas para continuar a organização dos conteúdos trabalhados e possibilitar o avanço dos estudantes em seus conhecimentos

Para saber mais...

Tema: meio ambiente

Page 83: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual �3

Audiovisual:

• SAÚDE E MEIO AMBIENTE - FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO

• NESSE CHÃO TUDO DÁ

CONTEÚDOS

• Higiene de alimentos

• Doenças: intoxicações, verminoses, diarreias, desidratação

• Cuidados e higiene com o corpo

Ecossistemas

• Importância e preservação de ecos-sistemas

• Sustentabilidade e conservação

• Habitat ecológico

• Adaptações de seres vivos no Cerrado

• Aproveitamento de recursos naturais do Cerrado

• Conservação e manejo de ecossiste-mas, desenvolvimento sustentável e educação ambiental.

• Tratamento da água

• Tipos de água: potável, destilada e poluída

• Uso racional da água

• Tratamento de águas residuais (es-gotos)

• Poluição da água e doenças relacio-nadas com a água

• Solo e ecossistemas

• Consumo sustentável

• Lixo: reaproveitamento, reciclagem e coleta seletiva

OBJETIVOS

•Aprimorar a cidadania ambiental em uma visão prospectiva, crítica e transformadora de desafios ambien-tais a serem enfrentados pelas atu-ais e futuras gerações.

• Compreender o universo e o planeta Terra, teorias sobre a origem da vida e condições necessárias para a vida na Terra, bem como a interação de seres vivos com água, ar e solo, en-tendendo a importância de ecossis-temas, suas inter-relações e noções de sustentabilidade, assim como transformações do ambiente causa-das por interferência humana e sua relação com o equilíbrio/desequilí-brio ambiental, identificando medi-das de proteção e recuperação.

•Compreender conceitos básicos de Ciências Naturais para melhor inter-relação de seres vivos com o am-biente, reconhecendo o ser humano como parte integrante da natureza e transformador do meio em que vive.

• Compreender e interpretar textos orais e escritos em diferentes situa-ções de participação social.

• Valorizar a leitura como fonte de in-formação, via de acesso a mundos criados pela literatura e possibilida-de de fruição estética.

Page 84: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA �4

CONTEÚDOS

• Poluição do solo

• Doenças relacionadas com o solo

• Relação Ser Humano/ Natureza/ So-ciedade

• O trabalho e a transformação do es-paço geográfico

• Impactos Ambientais

• Preservação do meio ambiente

OBJETIVOS

• Valer-se da linguagem em relações pessoais, sendo capaz de expressar sentimentos, experiências, ideias e opiniões.

• Utilizar a linguagem como instru-mento de aprendizagem, acesso, compreensão e uso de informações contidas nos textos.

•Compreender a importância da ci-ência geográfica e seus conceitos, desenvolvendo a interpretação da relação da sociedade com a nature-za, questões ambientais e interação com seu espaço de vivência.

• Valer-se da linguagem em relações pessoais, sendo capaz de expressar sentimentos, experiências, ideias e opiniões.

Page 85: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

�. REFERÊNCIAS

BORTONI-RICARDO, Stella Maris et al. Formação do professor como agente letrador. São Paulo: Contexto, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Programa gestão da aprendizagem escolar – GESTAR II. Língua Portuguesa: Caderno de teoria e prática – TP 4. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Bá-sica, 2008.

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Edu-cação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Brasília, 1998.

CARVALHO, Maria Angélica Freire de; MENDONÇA, Rosa Helena (Org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.

CHARNAY, Roland. Aprendendo (com) a resolução de problemas. In: PARRA, Cecília; SAIZ, Irma (Orgs.). Didática da matemática: reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 2001.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de mate-mática 1ª. a 5ª. séries: para estudantes do curso de magistério e professores do 1º. grau. 4. ed. São Paulo: Ática, 1994.

______. Formulação e resolução de problemas de matemática: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2009.

DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Educação do Distrito Fe-deral. Currículo em Movimento da Educação Básica: Caderno Pressu-postos Teóricos. Brasília: SEDF, 2014.

FESTIVAL PRIMEIRO FILME. Enquadramentos: planos e ângulos. Dispo-nível em: http://www.primeirofilme.com.br/site/o-livro/enquadra-mentos-planos-e-angulos/. Acesso em: 20 mar 2014.

FIORENTINI, Leda Maria Rangearo; CARNEIRO, Vânia Lúcia Quintão. (Coord.). TV na Escola e os Desafios de Hoje: Curso de Extensão para Professores do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública UniRede e Seed/MEC/ 3. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2003.

JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Campinas: Papirus, 1996.

LENOIR, Yves. Didática e Interdisciplinaridade: uma complementari-

Page 86: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA ��

dade necessária e incontornável. In: FAZENDA, Ivani (Org.) Didática e interdisciplinaridade. São Paulo: Papirus, 1998.

MUNIZ, Cristiano Alberto. Programa gestão da aprendizagem esco-lar – GESTAR II. Matemática: Caderno de teoria e prática 1 – TP I: matemática na alimentação e nos impostos. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2008.

ONUCHIC, Lourdes de la Rosa. Ensino-aprendizagem de matemáti-ca através da resolução de problemas. In: BICUDO, Maria Aparecida (Org.) Pesquisa em educação matemática: concepções e perspecti-vas. São Paulo: Unesp, 1999.

PAIS, Luís Carlos. Transposição didática. In: MACHADO et al. Educação matemática: uma introdução. São Paulo: EDUC, 1999.

PAULINO, Graça et al. Tipos de textos, modos de leitura. Belo Hori-zonte: Formato, 2001.

POLYA, George. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático. Rio de Janeiro: Interciência, 1978. Ensinar pela imagem. Disponível em: http://repositorium. sdum.uminho.pt/bits-tream/1822/26021/1/Lencastre_ENSINAR_PELA_IMAGEM_2003.pdf. Acesso em: 20 mar 2014.

TACCA, Maria Carmen Vilela Rosa. Aprendizagem e trabalho pedagó-gico. Campinas: Alínea, 2008.

TOLEDO, Marília Barros de Almeida. Teoria e prática de matemática: como dois e dois. São Paulo: FTD, 2010.

SILVA, Benedito Antonio da. Contrato Didático. In: MACHADO, Silvia Dias Alcântara et al. Educação Matemática: (uma nova) uma introdu-ção. 3. ed. São Paulo: EDUC (PUC-SP), 2000010. P. 49-75.

VASCONCELLOS, Celso S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do trabalho político- pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

�. ANExO

SINOPSES DOS VÍDEOS

As sinopses dos vídeos abaixo estão organizadas em Anos Iniciais e Anos Finais, uma organização que não impede a utilização dos curtas nas duas etapas, por entendermos que há em sala de aula diferentes faixas etárias e foco de interesse. A escolha dos vídeos deve ter como base o projeto didático.

ANOS INICIAIS DVD1, DVD 2, DVD 3 e DVD 4: são vídeos para estu-dantes que estão em processo de alfabetização e alfabetizados. A seleção desses vídeos está voltada para os anos iniciais, os quais per-mitirão aos professores e estudantes refletirem sobre determinados temas, que estão em discussão na sociedade, tais como: lixo, saúde, direitos das crianças, abuso sexual de crianças, água, saneamento básico, dentre outros. A seleção conta, ainda, com séries que tratam de questões ligadas à Matemática, à Língua Portuguesa, à Geografia, à História, às Ciências, à Arte e Educação Física. Os vídeos podem ser utilizados também nas demais séries, realizando as devidas adequa-ções e aprofundamentos necessários.

ANOS FINAIS DVD 1 e DVD 2: esta seleção de vídeos possui temas voltados para questões étnico-racial; meio ambiente; História; Mate-mática dentre outros assuntos. Há uma série explorando os contos de fadas, que tem por objetivo levar os estudantes a elaborarem suas narrativas a partir dessas histórias que são contadas de forma diver-tida. É preciso esclarecer que a seleção feita para Anos Iniciais pode ser utilizada também nos Anos Finais.

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CURTAS NA ESCOLA ��

ANOS INCIAIS – DVD 1

Contém 21 (vinte e um ) curtas, com as seguintes temáticas

1. A grande ameaça 7’10 Realização: National Film Board of Canada, Canadá, 1977.

Como a água pode se tornar uma ameaça em resposta às agres-sões humanas.

2. Água, amiga da vida 20’49

3. Azul da cor do mar 18’17 Série: Chuá Chuágua Série de programas em que bonecos mostram às crianças a impor-

tância da água para a vida na Terra.

4. Christopher, por favor limpe o quarto 6’58 Animação. O menino Christopher só tinha um defeito: não ar-

rumava o quarto. Por estar muito sujo, o lugar é invadido por milhares de baratas. Isso leva a Christopher a limpar o quarto e a mantê-lo assim.

Realização: National Film Board of Canada, Canadá, 2001.

�. Higiene corporal O corpo humano precisa de diferentes cuidados para continuar

funcionando. Os hábitos de higiene são fundamentais. Gestos simples como lavar as mãos, tomar banho e escovar os dentes garantem mais saúde e previnem as doenças.

Realização: Videoescola, Brasil, 1994;

�. Higiene 14’14 Série: Futuro Cidadão Brasileiro Série de programas em que bonecos animados apresentam ques-

tões básicas relacionadas à saúde e à cidadania. Realização: Petrobrás, Brasil, 1994.

7. Germes e o que eles fazem 09’55 Série: Nosso Corpo

Série de programas em que Zork, explorador espacial chega à Ter-ra para conhecer melhor o ser humano e seu corpo: o modo como cresce, o funcionamento dos órgãos, a proteção contra doenças e a importância da boa alimentação e da prática de esportes.

Realização: Christianson Productions, Inc – Coronet, EUA, 1993.

Page 89: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

�. O Corpo Humano 12’46 Animações que explicam o funcionamento do corpo humano e a

evolução dos órgãos. Realização: United Learning, EUA, 1993.

9. O oxigênio 14’20 O elemento mais abundante no planeta, o oxigênio, é a chave

da sobrevivência da maioria dos organismos. Este vídeo combina filmagens reais em várias locações, com a computação gráfica, para explicar o oxigênio e seu ciclo. Iniciando com o átomo de oxigênio, o vídeo prossegue com uma explicação sobre a fotos-síntese, como fonte do oxigênio da atmosfera e a dinâmica da reação de oxidação. O programa termina discutindo como o ciclo do oxigênio recicla os seus átomos.

Realização: United Learning, EUA, 1993.

10. Pipsqueak e a poluição 02’59

11. Pipsqueak e as coisas velhas 02’59

12. Pipsqueak economiza água 03’00

13. Pipsqueak economiza energia 02’59

14. Pipsqueak preserva as árvores 02’59

15. Pipsqueak recicla 02’59

16. Pipsqueak vai à cidade 03’00 Série: O Planeta de Pipsqueak Série de programas que aborda os princípios de conscientização

ecológica na história de Pipsqueak, personagem que vive em um planeta imaginário onde encontra boas soluções para problemas ambientais.

Realização: Cromossoma, Espanha, 1997.

17. Reciclar 14’07 A reciclagem como alternativa para enfrentar problemas causados

pela grande quantidade de lixo produzido e estocado nas cidades. Realização: Fase Productions, EUA, 1994.

18. Solo, nosso sustento Uso de agrotóxicos, manejo inadequado e ações da natureza são

alguns dos fatores que ameaçam a fina camada de terra fértil do planeta.

Realização: TV Escola / MEC – Ema Vídeo, Brasil, 1998.

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CURTAS NA ESCOLA �0

19. Tá limpo O acúmulo de lixo e de lixo e de sujeira nas favelas provoca do-

enças. A comunidade organizada reaproveita o lixo, separando-o e vendendo-o para fabricas de reciclagem. A limpeza do morro melhora a qualidade de vida dos moradores da favela.

Realização: Brasil, 1991.

20. Vira plástico História da reciclagem do plástico e importância desse processo. Realização: 5 Elementos – Videografia, Brasil, 1995.

21. Vira volta Um dia na vida de uma menina e seu pai revela a importância

da reutilização do plástico e de outros materiais, estimulando a prática da coleta seletiva de lixo.

Realização: 5 Elementos – Videografia, Brasil, 1994.

ANOS INICIAIS – DVD 2

contém 18 (dezoito) curtas, com os seguintes temas

1. Números nas portas 09’12

2. O boliche das dez coisas 08’50

3. Todos a bordo 09’18 Série: A Turma da Tabuada Série de programas que utiliza técnicas variadas de animação e

números musicais. Liz, Flo, Bruno, Juca, Mirabel e Sapequinha, a Turma da Tabuada – que formam a tripulação do Navio Matemá-tico – se deparam com questões básicas de cálculo do dia a dia. Um apresentador canta e explica os conceitos expostos em cada programa.

Realização: Channel 4 Learning, Grã-Bretanha, 1998.

4. Declaração dos Direitos Humanos: Vinhetas Vinhetas feitas em diferentes técnicas de animação para come-

morar os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Realização: TV Escola / MEC, Brasil, 1998.

5. Direitos das crianças Vinhetas produzidas pelo UNICEF e por alguns dos maiores es-

túdios de animação e redes de televisão do mundo, ilustram os

Page 91: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual �1

princípios da Declaração dos Direitos da Criança. Realização: Unicef, 1998.

6. Família: crescendo e mudando 13’00 Desenho animado com explicações sobre família: casamento, fi-

lhos, divórcio. Realização: Take III Vídeo Education

7. Poluição 09’48 A ação poluidora do ser humano e as formas de evitá-la. Realização: TV Escola / MEC – Ema Vídeo, Brasil, 1998.

8. Saneamento 07’01 O saneamento básico – sistema de coleta de água e tratamento

de esgoto – é fundamental para a saúde e a qualidade de vida da população.

Realização: TV Escola / MEC – Ema Vídeo, Brasil, 1998.

9. O segredo 23’00 Da Série “Os pássaros e as abelhas”, apresenta Nara é uma garo-

tinha que sofre abuso sexual e não sabe lidar com esse terrível segredo. Episódio que mostra formas de identificar crianças que estejam sofrendo esse tipo de violência, retratando de que modo elas se expressam e como costumam se sentir.

Realização: EBS, Coreia do Sul, 2005.

10. Trava-língua 07’00 O professor Pasquale, apresentador do programa Sua Língua,

transforma a língua portuguesa em uma divertida aventura para crianças e pré-adolescentes de sete a quatorze anos. Ao lado do seu amigo Coisinho, personagem do programa Ilha Rá-Tim-Bum, ele dá dicas sobre a língua, os significados das palavras e esclare-ce dúvidas dos telespectadores.

Realização: TV Cultura / TV Escola, Brasil, 2006.

11. Direitos das crianças Vinhetas produzidas pelo UNICEF e por alguns dos maiores es-

túdios de animação e redes de televisão do mundo, ilustram os princípios da Declaração dos Direitos da Criança.

Realização: Unicef, 1998.

12. Brazlândia 06’58

13. Cruzeiro 09’09

Page 92: Caderno de atividades a partir do audiovisual

CURTAS NA ESCOLA �2

14. Núcleo Bandeirante 09’07

15. Paranoá 10’03

16. Planaltina 09’27

17. Riacho Fundo 13’08

18. Santa Maria 08’03

19. Taguatinga 07’49 Série: Vídeo Cidades – Distrito Federal Realização: Canal E – SEDF – Brasil

ANOS INICIAIS – DVD 3

contém 23 (vinte e três) curtas, com as seguintes temáticas.

Série: Agora é Com Vocês/MatemáticaSérie de oito programas em que situações reais e brincadeiras propi-ciam a discussão e a aprendizagem de conceitos básicos da matemá-tica, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.Realização: TV Escola / MEC, Brasil, 1997.

1. Contando o tempo 08’11 Situações que favorecem a discussão sobre tamanho, distância e

tempo.

2. Números 08’10 Descoberta dos números a partir do próprio corpo e da observação

do meio ambiente.

3. Adição 08’11 Introdução à noção de tamanho e às operações de adição, com

brincadeiras com bonecas.

4. Diferença e igualdade 08’26 Os conceitos de subtração e divisão, em operações com números

inteiros.

5. Multiplicação 08’13 A resolução de operações de multiplicação a partir de brincadei-

ras do dia a dia.

6. Divisão 08’13 O dinheiro precisa ser dividido entre todos de maneira que nin-

guém saia prejudicado.

Page 93: Caderno de atividades a partir do audiovisual

Caderno de atividades a partir do audiovisual �3

7. Geometria 08’14 Formas geométricas são usadas para enfeitar o depósito onde vai

haver uma festa.

8. Sistema de numeração decimal 08’08 Campanha no colégio para manter a escola limpa. Série: Agora é Com Vocês/Matemática Série de oito programas em que situações reais e brincadeiras

propiciam a discussão e a aprendizagem de conceitos básicos da matemática, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.

Realização: TV Escola / MEC, Brasil, 1997.

9. As aventuras do sinalzinho 06’06

10. Prêmio DENATRAN de educação para o trânsito 06’06

11. Acidentes de trânsito 03’00

12. Atravessando a rua 03’00

13. Falta de educação no trânsito 03’00

14. Informação em trânsito 03’00

15. Manutenção do trânsito 03’00

16. Segurança dos caminhoneiros 03’00

17. Pedalando com a galera 03’00

18. Tecnologia nas rodovias brasileiras 03’00

19. Transporte escolar 03’00

Série: Rua Legal Série de programas com três minutos cada um. A série mostra, de forma lúdica, tudo o que os adultos, os jovens e as crianças precisam saber sobre o trânsito em geral.Realização: TV Escola / MEC, Brasil.

20. Brasília, sede do poder 24’12 Um estudo sobre o poder e o governo, revelando como pessoas de

diferentes origens vivem, pensam e se relacionam em um espaço essencialmente institucional.

Série: Paisagens brasileirasSérie de programas com estudo de paisagens brasileiras, em que crianças de diferentes cidades mostram o seu cotidiano.Realização: TV Escola / MEC, Brasil,1997.

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CURTAS NA ESCOLA �4

21. O Menino Nito/Menina bonita do laço de fita 25’00 É verdade que menino não chora? Nesse programa vamos conhe-

cer a história do Nito, um menino que chorava bastante. Fala também sobre as diferenças entre meninos e meninas. A segunda história é sobre um coelho bem branquinho, que faz de tudo para ficar pretinho com a menina que ele acha linda, “A menina do laço de fita.”

Realização: Canal Futura – Brasil, 2005

22. Bichos da África 1 e 2 25’00 Esse episódio se passa no zoológico. As crianças vão conhecer os

animais que vieram da África, além de brincar de Memória e de Leão fugiu. Para incrementar esta viagem, as histórias A mosca trapalhona, A Tartaruga e o leopardo, A moça e a serpente e O Cassolo e as abelhas, todas do livro Bichos da África, de Rogério Andrade Barbosa.

Realização: Canal Futura – Brasil, 2005

23. Capoeira, jongo e maracatu / Os reizinhos do Congo 25’00Com certeza a alegria é uma delas, assim como o ritmo, a capo-eira, o maracatu e o jongo. Nesse episódio dos Livros Animados, vamos conhecer três livros da autora Sônia Rosa que mostram um pouco dessas heranças. As crianças vão criar instrumentos, tocar e jogar capoeira. Também teremos a história do “Reizinho de Congo” que vai inspirar a brincadeira “Rei da Festa”.

Realização: Canal Futura – Brasil, 2005

Série: A Cor da Cultura - Livros Animados 1Série em que a apresentadora Vanessa Pascale se une a um grupo de criança para mergulhar fundo no mundo dos livros infantis. Jun-tos eles conhecem diferentes histórias e seus autores, por meio de animações. O programa conta com muitas brincadeiras: as crianças colorem desenhos, brincam de perguntas e respostas, de fantoches, tocam instrumentos, entre outras diversões. Os livros que ilustram os episódios são relacionados à Mitologia africana, à manifestação da cultura afro-brasileira e ao cotidiano do negro no Brasil, atendendo aos objetivos do projeto A Cor da Cultura, de valorização da identi-dade negra.

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Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

ANOS INICIAIS – DVD 4

contém 24 (vinte e quatro) curtas, explorando as seguintes temáticas.

1. Células 08’33 Todos os seres vivos são compostos por células. Os diferentes ti-

pos de células e sua funcionalidade. O ciclo de vida das células e o processo de envelhecimento dos seres vivos.

Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

2. Ciclo da vida: adolescentes e adultos 14’02 Este episódio trata das transformações físicas e comportamentais características da puberdade, bem como da formação e do fun-cionamento dos aparelhos reprodutores: masculino e feminino. Mostra o processo de gestação de um bebê, acompanhando o de-senvolvimento do embrião até o nascimento.

Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

3. Coração e circulação 05’09 A fisiologia e a estrutura celular do coração. Como os átrios e

ventrículos realizam a circulação sanguínea: venosa e arterial. Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

4. Digestão 06’12 O aparelho digestivo e o funcionamento do processo de digestão,

desde a boca com a mastigação até o intestino com a excreção. Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

5. Ossos e movimentos 10’57 Uma análise computadorizada dos movimentos do corpo humano,

desde o engatinhar até o andar. O estudo do esqueleto humano e suas partes permite observar as articulações e os ossos trabalham em harmonia.

Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

6. Respiração 12’24 A anatomia do aparelho respiratório, a absorção do oxigênio e a

eliminação de dióxido de carbono e outros gases. O que ocorre num ataque de asma. Os efeitos do fumo nos pulmões e brônquios.

Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

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CURTAS NA ESCOLA ��

Série: O Corpo HumanoSérie de programas cuja proposta é desvendar a formação do corpo humano.

7. Água nossa de cada dia 17’13 Realização: SAPESP / TV Cultura, Brasil

8. Terra, Planeta água 16’02 Realização: SAPESP / TV Cultura, Brasil

9. Água A importância da água para a vida e o clima, com exemplos das

populações ribeirinhas do Brasil. Os aspectos folclóricos e as prin-cipais lendas brasileiras ligadas à água.

Série: Crônicas da TerraRealização: TV Escola / MEC – Brasil, 1998.

10 .Recursos aquáticos 12’34 Formas de armazenamento e distribuição de água, as principais

dificuldades enfrentadas pelas grandes cidades do sistema de abastecimento e na preservação dos recursos hídricos.

Série: Divirta-se AprendendoRealização: Fase Productions, EUA, 1994.

11. Vida legal 13’00 O ator Marcos Frota é o convidado desse programa gravado na ci-

dade de Lajedo, em Pernambuco. A atividade proposta é a “brin-cadeira da serpente”, que usa tambor para marcar o ritmo, ora mais acelerado, ora mais lento. O tambor é confeccionado pelas próprias crianças com materiais simples como latas, papelão e barbante. O objetivo do programa é mostrar que o esporte e a atividade física promovem a melhoria da qualidade de vida.

Realização: Ministério do Esporte / MEC- Brasil, 2001.

12. Hábitos saudáveis 13’00 O jogador de futebol Dunga é o convidado desse programa que foi

até Porto Alegre mostrar como se pratica o “handboliche”, jogo que mistura as regras do handbol e boliche. O material usado no jogo é uma bola de borracha pequena e garrafas plásticas de re-frigerantes de 2 litros, que são coloridas pelos alunos. O objetivo

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Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

é mostrar que a alimentação equilibrada, boa higiene e sono ade-quado são fundamentais para todos, especialmente para quem faz atividades físicas e que a prática esportiva também ajuda a adquirir hábitos saudáveis.

Realização: Ministério do Esporte / MEC- Brasil, 2001.

Série: Esporte na EscolaSérie que enfoca as atividades físicas cotidianas realizadas nas esco-las sob um outro ângulo: atletas, professores e especialistas falam sobre a prática esportiva realizada além das aulas de Educação Física e como isso pode contribuir para a formação da cidadania. Cada pro-grama contém uma sugestão de jogos ou atividades físicas e explica-ções de como produzir os materiais necessários para essas atividades.

13. Atividades físicas 12’43Realização: Programa Saúde na Escola, Ministério da Saúde, Brasil, 1999.

Série: Viva LegalSérie de programas sobre temas ligados à saúde e ao meio ambiente. Profissionais ensinam a prevenir doenças e a melhorar as condições de vida nas comunidades.

14. A concepção 04’00

15. Menina ou menino 03’30

16. Planejando a família 03’30

17. Um bebê vem ao mundo 03’30

18. A puberdade das meninas 03’30

19. A puberdade dos meninos 03’30

20. As meninas 03’30

21. As sementinhas 03’30

22. Os cromossomos 03’30

23. Os meninos 03’30Realização: Folimage-Valence, França, 1992.

Série: Alegria da VidaÉ o material mais completo sobre educação sexual para crianças e adolescentes já publicado no Brasil. Animação que mostram de ma-neira clara e acessível os aspectos biológicos e sociais que envolvem o crescimento, o amadurecimento e a vida em família, e um livro de

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referência para os pais contendo as respostas às perguntas inevitáveis feitas por todas as crianças e adolescentes, esta coleção vai ajudar pais, familiares e educadores a formar adultos mais bem informados e muito mais seguros.

24. DST/AIDS: a informação é a luz (RAP) 06’00 Realização: Programa Nacional de DST/AIDS, Ministério da Saúde.

Série: DST / AIDSProgramas de valorização da vida e prevenção de drogas.

ANOS FINAIS - DVD 1

contém 12 (doze) curtas, com as seguintes temáticas

1. Uma cidade se faz do sonho 15’21 A construção de Brasília. O nacional-desenvolvimentismo. A luta

pela reforma agrária. O golpe militar. Realização: TV Escola, Brasil, 2002.

Série: 500 Anos: O Brasil República na TVSérie em que bonecos animados explicam acontecimentos políticos importantes para a formação do Brasil contemporâneo.

2. O renascimento, a reforma e o iluminismo 30’00 O surgimento do Humanismo e o Renascimento Artístico na Eu-

ropa. As reformas Protestantes: o Luterismo, o Calvinismo, e o Anglicanismo; e a Contrarreforma católica. O nascimento das Monarquias Absolutistas: a Dinastia Tudor, e Stuart e a Revolu-ção Gloriosa na Inglaterra, a França com os Bourbons, o Cardeal Richelieu e o Absolutismo de Luís XIV na França, o “Rei do Sol”. O “século das luzes” e os pensadores iluministas. Da Vinci, Galileu, Vesálio, Newton e outros.

Realização: SBJ Produções, Brasil.

Série: A história da humanidade

3. Brasília, símbolo e memória 24’14 O documentário oferece uma visão ampla de Brasília. A pré-histó-

ria da região do Distrito Federal, os povos indígenas que habitaram esse território e a colonização de Goiás liderada pelos bandeiran-tes paulistas são bons exemplos do que a produção retrata. O filme foi realizado por meio de uma extensa e profunda pesquisa

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Caderno de atividades a partir do audiovisual ��

e sintetiza os principais valores históricos e culturais de Brasília. Realização: Paideia e Videografia, Brasil.

4. Pré-história da Pedra Furada 32’19 Imagens do sítio arqueológico de Pedra Furada, em São Raimun-

do Nonato, interior do Piauí. A descoberta de vestígios com pelo menos 48 mil anos revolucionou antigas teorias acerca da origem do homem americano. A análise, por arqueólogos brasileiros, de ossos, pedras, pinturas rupestres e restos de fogueira encontrados na região convenceram a comunidade científica internacional da necessidade de reavaliar as teorias vigentes até então.

Realização: TV Cultura, Brasil, 1993.

Série: Brasil 500 Séculos 2Série que mostra as mais recentes descobertas sobre a origem e a evolução da vida no Brasil.

5. Região Centro Oeste 24’00 Aborda a Conquista do Oeste: a ocupação dos grandes espaços na

Trilha dos Bandeirantes, o Pantanal: o último refúgio dos animais exóticos do planeta mostra as Chapadas, serras e rios: o gigantis-mo da natureza no coração da América do Sul, Brasília: a capital mística do poder, Centro-oeste: o reino da soja e do gado.

Série: Brasil Cultural, Nosso País

6. Brasil Geral 22’20

7. A Segunda Guerra Mundial 29’00 Esse estudo revela os acontecimentos históricos que levaram os

Estados Unidos à Segunda Guerra Mundial, desde a invasão japo-nesa da Manchúria até o bombardeio de Pearl Habor.

Realização: Enciclopedia Britannica

8. Ângulos 25’55 Definição de ângulos. Unidade de medida para ângulos: o grau. Os

elementos que formam um ângulo. Ângulos opostos pelo vértice. Classificação dos ângulos: retos, agudos e obtusos. Definição de cálculo da bissetriz. Ângulos adjacentes, complementares e su-plementares. Ângulos congruentes.

Realização: SBJ, Brasil.

9. A divisão e suas interpretações 13’29Realização: TV Escola, Brasil, 2002

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Série: Matemática na Vida: Razão e ProporçãoSérie que aponta a riqueza das possibilidades na construção do co-nhecimento, utilizando conceitos matemáticos de razão e proporção, baseados em situações significativas e presentes no contexto cultural do aluno.

10. Globalização O programa introduz os conceitos de economia e cultura globali-

zada, tratando das consequências negativas e positivas envolvidas nesses. A produção de materiais esportivos é analisada, desde a matéria-prima até a venda, e mostra as diferenças entre os países que participam desse processo.

Realização: BBC, Grã-Bretanha, 2000

Série: O Mundo ContemporâneoSérie investigativa que alerta para importantes questões e problemas que, nos últimos anos, têm desafiado governantes e populações em escala global. Os programas partem de notícias assustadoras ou mitos que são examinados por meio de fatos e estudos de caso, deixando o telespectador com questões, não com respostas. Com ênfase na ligação do local com o global, a produção reflete sobre a necessidade global que pode desenvolver-se em um caminho sustentável e fazer os benefícios desse desenvolvimento disponíveis para todos.

10. Brasil, consolidando a democracia 13’00Realização: Fundação Roberto Marinho, Brasil.

11. Comprimento e áreas 30’00 Unidades de medidas lineares ou cumprimentos. Perímetro. Medi-

das de superfícies ou áreas. Realização: SBJ, Brasil.

ANOS FINAIS - DVD 2

contém 18 (dezoito) curtas, abordando os seguintes temas:

1. A baleia e o corvo 4’58

2. A raposinha esperta 5’09

3. Cinderela 5’07

4. O livro dos feitiços 4’59

5. Os três porquinhos

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Caderno de atividades a partir do audiovisual 101

6. Patinho feio 4’47 Realização: TF1 – Demol-Une Groisse boite Americaine, França, 1999.

Série: Contos desfeitosSérie de seis programas de animação que usa objetos do cotidianos para recriar, uma forma diferente e divertida, contos de fadas tradi-cionais da Literatura Infantil.

7. Higiene pessoal 20’00 Realização: Fundação Roberto Marinho, Brasil.

O projeto busca informar, de forma descontraída, sobre assuntos relacionados à saúde e ao bem-estar, como alimentação, sexo, poluição sonora, higiene pessoal, exercício físico, drogas e estres-se. O objetivo principal era contribuir para a melhoria da qualida-de de vida e a prevenção de doenças na população jovem.

8. Saúde e meio ambiente 18’13 Realização: Fundação Roberto Marinho, Brasil.

9. Como se prevenir delas: as DSTS 26’00 Nesse episódio, o Professor Roberto promove uma palestra em

sala de aula sobre DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis. Os nossos heróis, apesar da resistência de alguns, vão à escola e dis-cutem sobre formas de contágio, tratamento e prevenção às DST.

Realização: MEC TV Escola, Brasil.

10. Contraceptivos 26’00 Nesse episódio, os amigos Tapioca, Bira, Carla e Fátima assistem

a uma aula sobre camisinha e outros métodos contraceptivos. A turma fica eufórica com o assunto.

Realização: MEC TV Escola, Brasil.

Série: Geração Saúde 2 Série em que um grupo de adolescentes, a partir de situações do cotidiano, discute temas relacionados a sexualidade, DST/AIDS, qua-lidade alimentar e saúde bucal.

11. Neste chão tudo dá Documentário que mostra iniciativas simples e que dão certo no

campo rural. Traz conceitos importantes como biodiversidade, preservação ambiental e sustentabilidade.

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CURTAS NA ESCOLA 102

Registro informal do trabalho e pensamento do agricultor e pes-quisador Ernst Gotsch. Graças a um trabalho pioneiro de agroflo-resta, sua fazenda no Sul da Bahia é considerada uma das áreas mais férteis e biodiversas da região. Esses frutos são resultado do trabalho de interação e parceria com agricultores e agrônomos da região do semi-árido.

Realização: Sumaúma Documentários, Brasil.

12. Células 08’33 Todos os seres vivos são compostos por células. Os diferentes ti-

pos de células e sua funcionalidade. O ciclo de vida das células e o processo de envelhecimento dos seres vivos.

Realização: BBC Worldwide Limited, Grã-Bretanha, 1999.

Série: O Corpo Humano 2Série de programas cuja proposta é desvendar a formação dos apare-lhos circulatório, respiratório, auditivo, digestivo, fonador, óptico e reprodutor, suas funções e as das células do corpo humano.

12. O Xadrez das Cores 22’00 Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Ma-

ria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extrema-mente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumul-tuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra.

Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.

Realização: Midmix Entretenimento, Brasil, 2004.

Série: Curtas na Escola

13. Praticar esportes sem perder a saúde: risco calculado 13’54 Realização: Transtel

14. De cara limpa, drogas e violência 13’07 Estudos mostram que o uso de drogas potencializa a violência.

Daí a importância de discutir problemas comuns enfrentados pe-los adolescentes: violência familiar, fumo, alcoolismo e o uso de outras drogas (como a maconha e as injetáveis), riscos de conta-minação por HIV ao compartilhar seringas, acesso a armas.

Realização: Ministério da Saúde, Brasil

15. Admirável mundo louco 07’00

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Caderno de atividades a partir do audiovisual 103

Série: Sua Língua 2O Professor Pasquale, apresentador do programa Sua Língua, trans-forma a Língua Portuguesa em uma divertida aventura para crianças e pré-adolescentes de 07 a 14 anos. Ao lado do seu amigo Coisinho, personagem do programa ilha Rá-Tim-Bum, ele dá dicas sobre a lín-gua, os significados das palavras e esclarece as dúvidas dos telespec-tadores.

16. Vista minha pele 24’00 Trata-se de uma paródia da realidade brasileira, para servir de

material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula. Nessa história invertida, onde os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são, por exemplo, Alemanha e Inglaterra, e os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique.

Maria, é uma menina branca pobre, que estuda num colégio parti-cular graças à bolsa de estudos que tem pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Lua-na, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.

Maria quer ser Miss Festa Junina da escola, mas isso requer um es-forço enorme, que vai desde a predominância da supremacia racial negra (a mídia só apresenta modelos negros como sinônimo de be-leza), a resistência de seus pais, a aversão dos colegas e a dificul-dade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos.

Vencer ou não o Concurso não é o principal foco do vídeo, mas sim a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela des-cobre que, quanto mais confia em si mesma, mais possibilidades ela tinha de convencer outros de sua chance de vencer.

Realização: CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades,

2003.

17. Qualidade de vida 12’39 Realização: Ministério da Saúde, Brasil, 2002.

Série: Viva Legal

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