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Condies Gerais
Captulo 3 - Qualidade Global do Sistema e do Servio a Prestar
Metro do Porto, S.A. 2 Fase - Seleco Cap. 3 - 2/
Informao ao pblico e sinaltica
Ser da responsabilidade do Adjudicatrio a concepo do sistema de sinaltica e
informao ao pblico.
A exposio da informao dever ser clara, sucinta, bem colocada, ergonmica,
esteticamente agradvel de modo a que a sua funo seja cumprida com sucesso. Dever-
se- recorrer a sinaltica baseada em elementos grficos facilmente interpretveis, e de
acordo com a legislao comunitria em vigor.
No caso do Concorrente apresentar meios interactivos de informao, esta dever ser
apresentada noutros idiomas, alm do Portugus.
Dever-se-o ter em considerao diversos tipos de informao a prestar ao pblico, como
sejam:
Fora das estaes ou paragens
Sinalizao de convite, encaminhamento e orientao, exposta na rea de influncia da
estao, com o intuito de prestar informao a quem tenciona comear uma deslocao.Junto estao ou paragem dever ser colocado um placard com o sinal de entrada,
logotipo, nome da estao ou paragem, etc..
Ao longo do acesso estao (ou paragem), os clientes devero ser encaminhados por
uma adequada sinalizao de orientao.
Dentro das estaes ou paragens
Dentro da Estao (ou paragem) dever estar exposta toda a sinaltica e informao
necessria boa prestao do servio, nomeadamente:
- Nome da estao (ou paragem);
- Informao horria;
- Sinalizao da localizao das sadas (de servio e de emergncia);
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Captulo 3 - Qualidade Global do Sistema e do Servio a Prestar
Metro do Porto, S.A. 2 Fase - Seleco Cap. 3 - 3/
- Informao de aconselhamento deciso do cliente, principalmente no caso de
transbordos ou em quebras de servio;
- Informao sobre o servio (alterao das condies de circulao, atrasos,
frequncia de passagem, etc.);
- Mapa da Cidade, indicao da toponmia das principais rodovias e referncias da
zona de influncia da estao (ou paragem);
- Informao sobre normativos de utilizao (sistema de aquisio de ttulos de
transporte, informao tarifria, modalidades e preos, etc.);
- Informao sobre os servios de apoio paralelos ao sistema (interfaces, parkings,
etc.);
- Mapas de linhas de rede e planta da estao (ou paragem) com acessos;
- Sinaltica de emergncia e segurana (planos de evacuao, plantas de localizao
das pessoas, etc.);
Alguma desta informao poder ser prestada pelo sistema de teleindicao, com recurso a
painis informativos configurveis. Para potenciar a utilizao deste meio poder ser
considerado o uso de monitores (Vdeo Wall) que permitam melhor qualidade de
apresentao.
O sistema de teleindicao deve ser suportado por uma base de dados actualizvel, pelo
operador ou automaticamente, por um sistema que acompanhe a deslocao do veculo ao
longo da linha.
O sistema de sonorizao poder ser coordenado com o sistema de teleindicao e poder
ser comandado localmente ou de forma centralizada.
Deve ser dada especial ateno qualidade do som, cuidando-se de alguns aspectos como
o local de instalao, as condies acsticas da rea a cobrir, com vista reproduo de
voz e msica.
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Dentro do material circulante
Dentro do material circulante dever estar exposta toda a sinaltica e informao que o
cliente necessita, nomeadamente:
- Nome das estaes (e paragens);
- Mapa da rede e da linha que est a servir;
- Informao horria.
Tal como nas estaes e paragens, alguma desta informao dever ser prestada via
sonora, ou por teleindicao de um modo integrado com a restante informao a prestar nas
estaes e paragens.
Acesso e comodidade
Dever ser dada especial ateno ao desenho dos acessos de modo a conceb-los para o
melhor cumprimento da sua funo, tendo em conta, nomeadamente, o seguinte:
- Todos os pavimentos de zonas pblicas devero ter caractersticas anti-derrapantes(trios, corredores, escadas, etc.);
- As escadas fixas devero ter um desenho correcto e ser munidas de pavimentos
anti-derrapantes;
- No caso de existirem comandos a ser manobrados pelo prprio cliente, estes devem
ser colocados ao seu alcance.
Acesso ao cais
Os desenhos dos acessos devero procurar estabelecer de forma mais directa possvel a
ligao desde a via pblica at ao cais. Assim, nas paragens e, especialmente, nas
estaes, devido necessidade de vencer desnveis, os acessos devero ser concebidos
de modo a serem curtos e cmodos de percorrer pelo cliente. Dever ser prevista a
mecanizao dos desnveis sempre que tal situao o justifique.
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Dever tambm optimizar-se a localizao das entradas/sadas das estaes face
distribuio dos clientes na via pblica e estudar a gesto da circulao de pees na sua
envolvente.
Em particular, as interfaces com as estaes ferrovirias de Trofa, General Torres,
Campanh e So Bento, devero ser concebidas a pensar na funo colectora e
distribuidora de passageiros, devendo a correspondncia ser estabelecida de forma a que
um passageiro com bagagem possa efectuar o transbordo do modo mais fcil e cmodo
possvel. Naturalmente, que este tipo de preocupao dever tambm existir na concepo
das estaes (ou paragens) com interface com o Transporte Rodovirio Interurbano.
Embarque/desembarque e transbordo
Quanto a este aspecto, os Concorrentes devero tomar todas as medidas necessrias a que
o embarque e desembarque de passageiros seja o mais cmodo e rpido possvel.
Para isso devero os concorrentes considerar, nomeadamente, os seguintes aspectos:
- O nvel da plataforma do veculo dever estar prximo do nvel do cais de embarque.A distncia horizontal entre a plataforma e o cais deve ser minimizada. Por outro
lado, a altura mdia da plataforma, em especial nas zonas de circulao entre portas,
tem que ser constante.
A distncia entre a plataforma e o plano base de via dever ser to pequena quanto
possvel. Esta distncia deve estabelecer um razovel compromisso entre a altura do
cais de embarque colocado na via pblica e o desnvel entre esta ltima e a
plataforma do veculo, de modo a que o percurso de acesso seja cmodo,
respeitando sempre uma adequada insero urbana.
- As portas devem ser em quantidade e com dimenses suficientes que permitam
sadas e entradas fceis dos passageiros, mesmo quando os veculos esto sujeitos
capacidade limite. Cada porta deve permitir a entrada ou sada de duas pessoas
em simultneo.
- As portas devem ser dotadas de todos os sistemas de segurana capazes de evitar
acidentes na aco de embarque e desembarque.
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Espera
O modelo de explorao a adoptar pelos Concorrentes dever ser concebido a pensar na
minimizao dos tempos de espera, dentro dos limites econmicos razoveis.
As estaes e paragens, por serem uma das partes mais visveis, integrantes da imagem do
prprio Sistema, devero ser concebidas por forma a possibilitar a criao de espaos que
levem a que o tempo de espera seja valorizado e o menos penoso possvel. A este aspecto
deve ser dada a maior importncia comeando pelo esforo de valorizao da prpria
arquitectura na criao de espaos acolhedores, cmodos, ergonmicos e esteticamente
agradveis.
Os acessos e os cais devero ser dimensionados em funo dos valores da procura
estimados e nas caractersticas do modelo de explorao a propor.
Nas estaes enterradas deve-se prever uma adequada qualidade do ambiente,
nomeadamente quanto s condies do ar, temperatura, luminosidade, etc..
Devero constar das propostas indicaes dos locais de paragem de apoio ao acesso de
autocarros, e de txis, concebidas para promover a permanente complementaridade entre
modos de transporte. No dimensionamento de tais espaos devero tomar-se em conta as
caractersticas das prprias estaes ou paragens, bem como o volume de procura por elas
gerado.
A bordo
No que se refere s condies a bordo dos veculos, devem os concorrentes dotar o
material circulante e a infraestrutura de caractersticas que permitam um elevado conforto na
viagem:
- Em condies normais de servio, as viagens devem decorrer com aceleraes e
frenagens dentro dos limites confortveis;
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- A deslocao deve ser acompanhada de baixos nveis de rudo, vibraes e
oscilaes interiores durante a deslocao, de acordo com os cdigos de ensaios e
recomendaes da UITP;
- O lay-out dever ser estruturado tendo em vista a promoo de uma adequada
densidade de passageiros uniformemente distribudos ao longo do veculo, criando
um nmero de lugares sentados compatveis com a qualidade do servio a prestar.
Considerando uma densidade de 4 passageiros por m2 em p, o nmero de lugares
sentados dever ser de cerca de 30% a 35% do total dos lugares;
- Os veculos devem ser dotados de sistemas de ar condicionado;
- Os veculos devem ser dotados de um sistema de iluminao que permita uma leitura
confortvel aos passageiros, quando sentados;
- Os veculos devem ser esteticamente agradveis e ergonmicos quanto ao seu
espao e mobilirio interior. O cuidado da apresentao exterior do veculo ,
igualmente, importante;
- Os materiais de revestimento tero que ser do tipo modular, fcil e rapidamente
desmontveis e substituveis. Devero ter um acabamento perfeito, ser de fcil
limpeza e evitar a fixao de poeiras. Devero, alm disso, ter resistncia abraso,
ao fogo, a ataques qumicos e a actos de vandalismo;
- O interior dos veculos dever obedecer a linhas sbrias, evitando-se o ornamentointil, dotado de uma escolha equilibrada de cores. Todos os materiais devero ser
criteriosamente seleccionados e instalados.
Facilidade de utilizao por pessoas de mobilidade reduzida
Os Concorrentes devero no seu projecto prestar especial ateno s pessoas de
mobilidade reduzida. Entende-se por pessoa de mobilidade reduzida qualquer pessoa com
dificuldades especiais ao nvel da utilizao dos transportes pblicos, conforme definido na
Norma Europeia ISBN 92-77-59350-4, devendo ainda adoptar as resolues da UITP.
Assim, apresenta-se uma lista indicativa de pontos a ter em conta que, acompanhada pelas
Recomendaes Tcnicas para a melhoria da acessibilidade dos deficientes aos
estabelecimentos que recebam pblico, publicado na II Srie - Nmero 147 do Dirio da
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Repblica, de 30 de Junho de 1986, transmitem aos Concorrentes algumas orientaes
para a formulao das suas propostas:
- Os Concorrentes devero ter a preocupao de minimizar os percursos a percorrer
por estes clientes especiais, evitando a sensao de segregao dos restantes
clientes. Estes percursos devero estar isentos de barreiras fsicas e ser
acompanhados de sinaltica apropriada;
- Para vencer desnveis devero ser previstas solues como ascensores, escadas
mecnicas, tapetes rolantes e rampas fixas com correctos parmetros de desenho
de acordo com as normas em vigor;
- Todos os percursos de acesso aos cais devero estar devidamente preparados para
permitir a circulao de todo o tipo de clientes, preocupao que deve ser extensvel
aos trios, cais e veculos;
- Os veculos devero ter um espao reservado, e devidamente assinalado, prximo
das portas preparadas para receber cadeiras de rodas;
- No caso de existirem comandos a ser manobrados pelo prprio cliente especial,
estes devem ser colocados ao seu alcance. O mesmo se pode referir quanto s
cabines telefnicas, guichs, cartazes de informao, etc., de forma a que estes
clientes usufruam destes servios;- Os percursos de evacuao de emergncia devero estar preparados para atender
este tipo de clientes;
- O sistema dever contemplar no seu Plano de Segurana a existncia de servios de
apoio especial a este tipo de clientes.
Rapidez
Neste mbito, h a considerar que, para alm da preocupao de minimizar os tempos de
acesso e espera no cais, o sistema deve permitir velocidades comerciais elevadas com
recurso a critrios de traado e de gesto de trfego adequados s caractersticas do
material circulante.
Numa rede com as caractersticas pretendidas pelo Metro do Porto, S.A., o equilbrio
operacional relativamente rapidez dever considerar:
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- Em canais pontualmente partilhados com o trfego rodovirio, a explorao dever
estar apoiada em sistemas de semaforizao automticos com possibilidade de
integrao no sistema de gesto do trfego comum urbano, e que permita o
estabelecimento de prioridade ao Metro;
- Velocidade mxima de circulao ser limitada ao mximo legal, em troos
pontualmente banalizados com o trfego rodovirio;
- Sempre que se anteveja a possibilidade de convivncia do Metro Ligeiro num espao
fsico no limitado a pees, a velocidade mxima deve ser compatvel com esta
situao.
Regularidade e frequncia de passagem dos veculos
O Concorrente dever apresentar modelos de explorao, baseados em estudos do
comportamento do sistema, em operao real, de modo a servir de base planificao
fivel e pormenorizada das frequncias e da regularidade. Estes estudos devero ter em
conta os seguintes factores:
- A regularidade e a frequncia devem ser estudadas de modo a aumentar aatractividade do servio prestado ao cliente;
- Dado que a rede a implementar na AMP atende a dois tipos de servio de
caractersticas diferentes, um urbano e outro suburbano, a cadncia/regularidade
assume maior preponderncia nestes ltimos, devido prpria filosofia de
explorao, apoiada basicamente no cumprimento de horrios resultante da menor
frequncia de passagem;
- O controlo dos condicionalismos internos e externos ao servio dever ser baseado
em adequado equipamento operacional e fixo, tanto humano como mecatrnico, e da
prpria infraestrutura, de forma a evitar ou, pelo menos, minimizar a incidncia de
avarias, acidentes e outras condies de deteriorao do servio e
consequentemente manter um servio regular e de qualidade;
- As propostas devero conter especificaes dos equipamentos de gesto e controlo
da operao, bem como as dos sistemas de semaforizao integrados, que devem
garantir a prioridade do Metro Ligeiro. Os ciclos da semaforizao devem prever as
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situaes de necessidade de reservas de tempo para, por exemplo, recuperao de
horrio e demoras em servio.
Segurana e telecomunicaes
Em termos de segurana, o Dono de Obra exige que as solues propostas contenham
todos os requisitos, quer em termos de equipamento, quer em procedimentos de
emergncia, capazes de garantir um nvel mnimo de riscos de acidente.
Para tal, o Dono de Obra exigir o profundo tratamento de todas as questes de segurana,
nomeadamente quanto caracterizao de acidentes e respectiva anlise de riscos, planos
de segurana e planos de emergncia.
A seguir indicam-se alguns factores mais relevantes cuja definio deve merecer tratamento
detalhado por parte do Concorrente:
- Sistema de deteco e extino de incndios, incluindo os de alarmes ligados ao
PCC, considerando as recomendaes e especificaes da UITP relativas
segurana de incndios neste tipo de estruturas de transporte;- Plano dos sistemas e dos procedimentos de evacuao de emergncia, por exemplo,
do sistema de ventilao e de outros equipamentos de emergncia.
- O sistema de Controlo de Trfego, ATP, compatvel com o ATO; o sistema de
identificao da posio do comboio; sistemas de comunicao entre os veculos, o
posto central de comando e as estaes e paragens (sistema de rdio solo-comboio
baseado numa rede de transmisso, via rdio, formada por estaes fixas e que
difundam as comunicaes para as composies, de forma selectiva; o que implica a
capacidade de reconhecimento da posio de cada composio na rede, para
optimizar o plano de frequncias/canais, para alm de garantir segurana nas
comunicaes);
- Sistema de ajuda explorao munido de sistemas de registos contnuos de
ocorrncias; Sistema telefnico, incluindo o de emergncia; Sistema de transmisso
de dados; etc.. A explorao deve ser apoiada em Sistemas de Telecomunicaes
diversificados, funcionando de forma integrada com a possibilidade de serem
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operados de forma centralizada, a partir do PCC, e descentralizada, a partir de
postos de comando locais;
- Sistemas de apoio aos servios de gesto (Sistemas telefnico - convencional; bases
de dados e sistema de transmisso de dados; terminais de fax);
- Sistema de transmisso fivel e redundante (constituir o elo de ligao entre os
diversos locais e sistemas e ter um suporte fsico de transmisso que dever ter em
conta no s factores econmicos mas tambm os objectivos a cumprir pelo sistema
de transmisso, especialmente quanto capacidade de transmisso e imunidade a
interferncias electromagnticas);
- Sistema de difuso de informaes aos clientes e auxiliares de explorao
(informaes horrias, incluindo sistema de sincronismo horrio; sistemas de
teleindicao; sistema de sonorizao, incluindo equipamento de gravao, etc.);
- Sistema de videovigilncia (estes sistemas devem ser operados e supervisionados
de forma centralizada, a partir do PCC, alm de, quando necessrio, serem operados
nas paragens/estaes e devem incluir sistemas de gravao).
Os concorrentes devem ainda prever a instalao do PCC, eventualmente na Estao da
Trindade. Os concorrentes devem prever as instalaes para a Esquadra PSP / Metro,
eventualmente para o mesmo local.
Fiabilidade base
Quanto a este aspecto, o Concorrente deve apresentar um sistema que seja
intrinsecamente fivel.
Sempre que necessrio, o sistema deve dispor de dispositivos redundantes, para que o
cliente no tenha a percepo da avaria.
A proposta a apresentar pelos Concorrentes deve conter um projecto de estrutura de
operao e manuteno, dotado de meios tcnicos e humanos com capacidade para
resolver eficazmente qualquer incidente verificado durante a prestao do servio, de modo
a repor o mais rapidamente possvel a regularidade do mesmo.
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Quebras de servio ou de frequncia
Os concorrentes devero adoptar um Sistema que considere a minimizao dos
transbordos.
Em especial nos cruzamentos de linhas de metro, os concorrentes devero considerar, nas
suas propostas, solues de minimizao dos inconvenientes que um transbordo provoca
numa deslocao, como sejam os tempos de espera e distncias a percorrer, tendo tambm
cuidado em promover a continuidade e clareza nos percursos de ligao, assegurando que
a concepo do edifcio proporcione ao passageiro acolhimento, sentimento de segurana e
comodidade.
Garantia de servios mnimos
Quanto a este mbito o Concorrente deve prever a garantia de servios em perodos de
menor procura. Admite-se que o sistema no operar durante um perodo nocturno,
referenciado em 4 horas.
Em caso de greve ser aplicvel a legislao em vigor, com a garantia dos servios mnimosque vierem a ser aprovados pela entidade competente.
VERSATILIDADE PRODUTIVA
Os Concorrentes devero adoptar modelos de explorao com caractersticas de
flexibilidade, capazes de reagir perante variaes sistemticas ou pontuais dos valores da
procura, bem como a perturbaes de qualquer espcie sobre a rede.
Variaes da oferta decorrentes da alterao da procura
Alm da flexibilidade sobre a frequncia de passagem dos veculos, os Concorrentes
podero, tambm, apresentar solues que incidam na prpria formao das composies.
Poder-se-o utilizar veculos de caractersticas modulares, com possibilidade de
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acoplamento, que em funo do modelo de explorao proposto se tornem adequados aos
nveis de procura previstos e participem na reduo dos custos de explorao e na
eficincia energtica.
No mobilirio interior dos veculos podero utilizar-se solues alterveis pelos prprios
clientes, como os assentos rebatveis, convertendo imediatamente lugares sentados em
lugares de p.
Alterao do programa normal de circulao face a perturbaes externas e internas
Devem ser tomadas medidas especficas para que o sistema de explorao se adapte
pontualmente a condies excepcionais do servio e reaja eficazmente face a situaes de
perturbaes internas e externas ao Sistema.
Perante este tipo de situaes, exige-se que o sistema de informao ao cliente actue
eficazmente, no sentido de transmitir informao til, como seja a de, alteraes ao servio,
procedimentos a tomar, ou at mensagens de tranquilizao.
3.2. ADEQUAO DO SISTEMA DE ORGANIZAO E CONTROLE
Neste mbito, pretende-se a adequabilidade dos planos, dos procedimentos e dos manuais
de operao e de manuteno a um nvel de exigncia capaz de garantir o servio nas
condies exigidas pelo Dono da Obra.
OPERAO
O Concorrente dever apresentar um Plano de Operaes do Sistema que maximize a
disponibilidade e a segurana e minimize os custos de operao, privilegiando a eficincia
energtica. Para tanto devero ter em conta, nomeadamente, o que a seguir se indica:
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Produo de transporte
O Plano de Operaes do Sistema deve ser elaborado tendo em considerao a Estimao
da Procura nas Linhas do Metro do Porto nas condies j referidas neste Caderno de
Encargos e os servios mnimos considerados.
A operao do Sistema deve ainda estar permanentemente associada s variaes da
procura, indo ao encontro da versatilidade referida, isto , o Plano de Operaes do Sistema
deve integrar a capacidade de adaptao a variaes da procura, pontuais ou sistemticas,
motivadas por factores internos ou externos ao Sistema.
Os Concorrentes devem apresentar solues que tenham alto rendimento operacional.
Estrutura da empresa operadora
A estrutura organizacional da empresa operadora deve ser dotada de recursos humanos
com formao adequada.
Vendas e Bilhtica
O processo de aquisio de ttulos de transporte deve ser concebido de modo a ser
facilmente realizado pelo cliente. O Concorrente dever indicar o sistema de emisso de
ttulos de transporte, equipamentos e respectiva localizao.
O sistema dever ser dotado de mtodo eficaz de fiscalizao e controle de ttulos de
transporte e ser intimidatrio em relao fraude.
Os Concorrentes devem propor um sistema de bilhtica coerente e compatvel com as
futuras opes dos outros operadores de transporte pblico, particularmente a C.P. e a
STCP.
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necessrio que o sistema de bilhtica seja capaz de:
- Assegurar a percepo das receitas, atravs do sistema de venda/validao;
- Permitir a evoluo das estruturas e dos nveis tarifrios e diferentes tarificaes;
- Permitir a aquisio e o controle dos ttulos de transporte por processos simples, com
transparncia dos princpios e a possibilidade de utilizao multimodal;
- Contribuir para a minimizao da fraude;
- Permitir o tratamento estatstico dos dados recolhidos, em tempo til.
MANUTENO
A funo da manuteno, traduzida no respectivo organograma funcional, consistir em
fazer funcionar o Sistema com um custo global optimizado, e ser apreciado pelos
resultados, ou seja, pela capacidade de produo, definida em funo das variveis e
condies de explorao como sejam a disponibilidade intrnseca, disponibilidade
operacional, MTBF e MTTR.
3.3. INSERO NO TECIDO URBANO
Os concorrentes devero apresentar propostas que contribuam para uma correcta insero
do Sistema no tecido urbano, nomeadamente nos seguintes aspectos:
ESTRUTURAS A CRIAR E COMPROMETIMENTO DOS ESPAOS
- Adopo de solues arquitectnicas valorativas dos espaos a criar e dos j
existentes;
- Minimizao dos impactes negativos sobre os utilizadores das futuras estruturas
subterrneas, atravs de solues arquitectnicas imaginativas;
- Adopo de solues que permitam a utilizao do Sistema por pessoas de
mobilidade reduzida, particularmente indo ao encontro das recomendaes da UITP
e de toda a legislao em vigor;
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- Criao de um Sistema flexvel perante uma ampliao futura, quer para a extenso
da rede, quer para o aumento da capacidade de transporte instalada;
- Dimensionamento das reas e volumes ocupados pelas infraestruturas (temporrias
e definitivas) adequado ao fim a que se destinam.
REQUALIFICAO DO ESPAO URBANO ENVOLVENTE
- Cuidado na recuperao e na transformao de espaos destinados circulao de
pees. Caso se justifique, o movimento de acesso s estaes e paragens, ao nvel
da rea urbana envolvente, dever ser estudado assegurando espaos para
circulaes ordenadas, fluidas e lgicas, evitando sobreposies e conflitos;
- Estudo de solues que possibilitem a coexistncia pacfica com o peo em zonas de
traado partilhado;
- Adopo de uma linguagem esttica e arquitectnica simples, agradvel e que
respeite os gostos regionais mais marcantes e coerente ao longo de toda a rede;
- Adequada integrao no tecido urbano, que torne a nova estrutura de transportes
proporcionada e familiarizada com a sua envolvente, respeitando as funes
tradicionais dos arruamentos;
- Nesta mesma lgica, deve conceber-se a estrutura por forma a torn-la numcatalisador de novas referncias urbanas em zonas actualmente descaracterizadas,
mas minimizando os seus impactos visuais em zonas onde a envolvente se
apresente delicada;
- O mobilirio urbano deve ser ergonmico, estrategicamente colocado, de design
coerente com o seu espao de insero e adequadamente dimensionado sua
funo, devendo ainda traduzir a imagem de marca do Metro do Porto.
IMPACTES SOBRE O A REDE VIRIA E TRFEGO
- Todo o sistema deve ser compatvel com o trnsito rodovirio, no perturbando
significativamente as condies actuais de circulao, e nos casos de banalizao
pontual do canal (cruzamentos), o trfego comum deve ser gerido por sistemas
automticos prprios que, preferencialmente, d prioridade ao Metro. Estes sistemas
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de semaforizao devem ser compatveis com os actualmente utilizados para o
trfego rodovirio;
- Tal como j foi referido, em algumas estaes e paragens a organizao dos
espaos exteriores deve prever zonas para autocarros e txis, de modo a que se
promova a desejada complementaridade entre os diversos modos de transporte. Tais
espaos devero ser dimensionados tendo em conta a atractividade destes pontos
da rede;
- Deve ser sempre salvaguardado o interesse das populaes actualmente servidas
pela C.P., melhorando-se a qualidade do actual servio na sua globalidade;
IMPACTES AMBIENTAIS
- Adopo de sistemas que proporcionem uma boa qualidade ambiental, no que toca
nomeadamente ao nvel de rudo, s vibraes transmitidas envolvente e poluio
do ar, considerando as recomendaes da UITP.
3.4. QUALIDADE DO PROCESSO PARA ATINGIR A CONFIGURAO FINAL
O Metro do Porto, S.A., pretende ter a garantia de que o processo, com vista criao deste
novo servio pblico de transportes colectivos, seja adequado qualidade final pretendida.
Por outro lado, a execuo dos trabalhos dever decorrer em condies que garantam a
minimizao dos impactes negativos no ambiente, caractersticos da implementao deste
tipo de empreendimentos que, pela sua dimenso, especificidade e durao, sempre
acarretam.
CONSTRUO IN SITU
Os pontos referidos em seguida reflectem algumas das preocupaes Dono da Obra
relativas ao processo de construo, que os Concorrentes atravs das suas solues
tcnicas e tecnolgicas devero optimizar:
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Caderno de Encargos
Condies Gerais
Captulo 3 - Qualidade Global do Sistema e do Servio a Prestar
Metro do Porto, S.A. 2 Fase - Seleco Cap. 3 - 18/
Nvel de qualidade do processo construtivo
Os Concorrentes devem propr os processos tcnicos adequados soluo e aos
objectivos do Dono da Obra e obedecer legislao vigente, tendo sempre presentes as
regras de bem construir.
Impactes externos
Os Concorrentes devero, nas suas propostas, apresentar solues de minimizao dos
impactes negativos no meio ambiente envolvente, nas edificaes circundantes aos locais
de execuo dos trabalhos, na circulao superfcie e na limitao de acesso a zonas que
seja necessrio isolar temporariamente.
Devero tambm ser limitados os impactes resultantes da execuo dos trabalhos nos
servios actualmente prestados pela C.P., devendo ser criadas alternativas sempre que
ocorram rupturas daqueles servios.
Impactes dos estaleiros
Para os estaleiros de apoio execuo dos trabalhos, devero ser previstas solues de
minimizao dos impactes negativos no meio ambiente, quanto sua localizao,
dimeno, tempo de durao e proteco visual, de acordo com a legislao aplicvel.
Salvaguarda de registos arqueolgicos
Associado aos trabalhos de movimentao de terras existir um Programa de Salvaguarda
de Registos Arqueolgicos, o que implica uma estreita colaborao e entendimento com o
organismo competente, de forma a serem criadas condies de operacionalidade s
equipas de campo.
Os trabalhos a desenvolver neste mbito devero ser includos no programa de trabalhos,
antecipando-os por forma a no colidirem com o calendrio de execuo do projecto.
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Condies Gerais
Captulo 3 - Qualidade Global do Sistema e do Servio a Prestar
Metro do Porto, S.A. 2 Fase - Seleco Cap. 3 - 19/
No Dossier II inclui-se um documento realizado pelos Servios da Cmara Municipal do
Porto, onde se aborda o problema e se sugere a arquitectura da metodologia de aco.
Tambm o estudo de impacte ambiental dever considerar a salvaguarda dos interesses
arqueolgicos.
MONTAGEM DO SISTEMA DE MANUTENO
A construo dos veculos e dos seus componentes e equipamentos dever ser feita de
modo a garantir a uniformidade de fabrico e a intermutabilidade dos orgos, sem quaisquer
adaptaes, rectificaes ou ajustes.
Dever ser garantido o acesso fcil a todos os orgos, para operaes de desmontagem e
manuteno.
Uma parte importante dos defeitos dos produtos provm de falhas de concepo, pelo que a
mantenabilidade e a fiabilidade devem comear no projecto, sendo a AMEDEC uma das
metodologias de possvel aplicao.
O objectivo fornecer um Sistema cujo nvel de falhas seja o mais baixo possvel e com
custos controlados, pelo que deve ser feita uma simulao do custo de posse, baseado na
tcnica do Life Cycle Cost.
FORNECIMENTO DO EQUIPAMENTO
Os equipamentos tero todas as etiquetas e dsticos de identificao necessrios sua
operao e manuteno, bem como as placas com indicaes e instrues indispensveis a
manobras de segurana, ensaios ou conservao, escritas em Portugus.
Todos os fornecimentos devem cumprir o disposto no sistema de garantia da qualidade e
segurana.
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Condies Gerais
Captulo 3 - Qualidade Global do Sistema e do Servio a Prestar
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Certificao da qualidade do fabricante
O Metro do Porto, S.A., pretende que os Concorrentes desenvolvam e apresentem solues
para os sistemas de gesto da qualidade e da segurana do empreendimento.
O Metro do Porto, S.A., exigir aos Concorrentes a apresentao de elementos que
demonstrem a sua capacidade para realizarem o empreendimento empregando tcnicas de
gesto da qualidade e da segurana baseadas em requisitos de normas, especificaes e
regulamentao aplicveis.
Devero ainda os concorrentes avaliar a possibilidade de integrao dos dois sistemas de
gesto.
MONTAGEM DO SISTEMA DE GESTO DA REDE E DA PRODUO
Formao de pessoal
A qualificao da mo de obra, a sua potencialidade de aquisio de conhecimentos e a sua
formao so trs critrios fundamentais da eficcia global. Os planos de formao devem
partir da identificao da diferena entre o grau de conhecimento do indivduo e a
competncia necessria para assegurar o posto de trabalho definido.
3.5. IMPACTES SOBRE A ECONOMIA REGIONAL
O Sistema do Metro do Porto dever ter um papel no desenvolvimento regional, participando
no reforo da imagem da regio em que se integra, como um plo de crescimento de
dimenso internacional, valorizando as capacidades econmicas e tecnolgicas pela criao
de sinergias.
CONTRIBUIO PARA O EMPREGO
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Condies Gerais
Captulo 3 - Qualidade Global do Sistema e do Servio a Prestar
A construo e funcionamento do Metro dever criar um considervel nmero de postos de
trabalho com diferentes qualificaes profissionais.
Pretende o Metro do Porto, S.A., conhecer o tipo de recrutamento que pretendem realizar
para envolver homens com formao adequada, com vista a tornar o processo eficiente, os
equipamentos fiveis, minimizar a incerteza das operaes e os custos.
CONTRIBUIO PARA O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA NACIONAL
(TRANSFERNCIA DE KNOW-HOW)
A fim de integrar as escolhas tecnolgicas a efectuar pelo Metro do Porto, S. A., na
formulao da sua estratgia, h que levar em linha de conta o grau de domnio das
principais tecnologias, indispensveis prossecuo das suas actividades.
A criao de competncias tecnolgicas locais / nacionais entendida como a soluo que
dar maior independncia actividade e uma maior e mais durvel vantagem competitiva,
nomeadamente pela garantia de assistncia no ps-venda.